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Se você tem dificuldade em produzir receitas com mais de 3 ingredientes, imagine misturar os 118 elementos da Tabela Periódica em uma única massa uniforme e estável. Spoiler: não dá. Entenda. 

Praticamos misturas químicas todos os dias, ainda que não pensemos muito sobre isso. Para produzir seu café, ou chá, alguns elementos da Tabela Periódica estão inclusos na mistura, a fim de obter uma bebida quente e reconfortante.Se o assunto é limpeza de banheiros,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287419-toxina-mortal-conheca-produtos-quimicos-perigoso-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a química pode tomar rumos inesperado</a>s. As famosas "misturinhas de limpeza" podem resultar na produção de gases tóxicos, que deixaram seu banheiro livre de bactérias e você em um hospital. E aqui temos um ponto: tudo é misturável, mas nem tudo deve ser misturado.&nbsp;<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294136-conheca-tabela-periodica-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A tabela periódica cósmica</a></li></ul>Mas e se por acaso, tentássemos misturar todos os 118 elementos presentes na Tabela Periódica, o que será que conseguiríamos produzir? O resultado pode não ser tão interessante quanto o processo. Confira.!<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27103531204016.jpg" alt="Todo mundo quer uma banheiro limpinho, mas cuidado com a química do processo. Fonte: GettyImages."><figcaption>Todo mundo quer um banheiro limpinho, mas cuidado com a química do processo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Sim, Salabim, traga uma molécula Pan-Atômica para mim!</h2>Misturar todos os elementos da Tabela Periódica pode parecer uma tarefa simples, afinal, fazemos essas misturas todos os dias. Contudo, nosso mix elementar é bastante limitado e é realizado à base de ligações e afinidades naturais entre as moléculas. Eu explico.&nbsp;Quando você toma água, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290271-video-mostra-hidrogenio-oxigenio-criando-agua-nanoescala-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o Hidrogênio já está naturalmente ligado ao Oxigênio</a> em uma equação balanceada. Você não precisa ter um super equipamento tecnológico para unir esses elementos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27113810735026.jpg" alt="Porém, nem todos os compostos formados irão interagir da mesma maneira, como óleo e água. Fonte: GettyImages."><figcaption>Porém, nem todos os compostos formados irão interagir da mesma maneira, como óleo e água. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para sermos capazes de misturar todos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235492-tabela-periodica-aprenda-elementos-1-minuto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os elementos químicos presentes na Tabela Periódica</a>, os ingredientes devem ser puros e não suas apresentações em compostos. O problema é que nem todos gostam muito da companhia um dos outros.&nbsp;Os integrantes da Tabela possuem características únicas que podem torná-los mais ou menos reagentes, ou ainda, mais ou menos susceptíveis a se ligarem com outros elementos. Todos têm suas famílias e algumas são menos adeptas de uniões do que outras.&nbsp;A família 8A por exemplo, Gases Nobres, não reagem ou se ligam com outros elementos, por serem estáveis. Grande parte do grupo elementar procura obter oito elétrons em sua última camada de valência para se tornarem estáveis, assim como o grupo 18.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27114849522029.jpg" alt="Muitos elementos, nem tantas possibilidade de mistura. Fonte: GettyImages."><figcaption>Muitos elementos, nem tantas possibilidades de mistura. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para isso, eles fazem<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401844-ionicas-x-covalentes-qual-ligacao-quimica-e-mais-forte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;'acordos' de doação ou compartilhamento de elétrons</a>, onde quem doa ou compartilha permanece unido. Quase um casamento. Mas pense em Romeu e Julieta. Famílias rivais e uma tragédia.Devido às configurações de cada átomo, assim como sua natureza, eles não podem se ligar a qualquer um. Existem algumas regras físicas e químicas que impedem que essa união seja bem sucedida, acarretando explosões, fogo e gases tóxicos.&nbsp;Mas digamos que essa primeira onda de desgraça possa ser ultrapassada, há ainda elementos radioativos, que não iriam interagir muito bem entre si, quiçá desencadeando processos de fissão nuclear que seriam difíceis de barrar.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27120342039031.jpg" alt="E seriam muitas meia-vidas até que você pudesse de fato chegar a um resultado final. Fonte: GettyImages."><figcaption>E seriam muitas meia-vidas até que você pudesse de fato chegar a um resultado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas se temos os longevos átomos radioativos, também temos os efêmeros elementos que não vivem mais que milésimos de segundos, como o Oganessônio (118) com 0,89 milissegundos de meia-vida de existência.&nbsp;Devido ao breve tempo de vida<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286389-canto-tabela-periodica-saiba-elemento-quimico-pesado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;de alguns dos elementos super pesado</a>s, ainda não se sabe ao certo como eles 'funcionam' e qual a sua capacidade de interação com outros elementos, o que não contribui para sabermos quando seria o momento de incluí-los na nossa receita Pan-Atômica.&nbsp;E enquanto o rebuliço é feito na tentativa de reunir todos os elementos da Tabela Periódica, a Família 8A continua inerte sem querer se misturar com o restante.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27121936590037.jpg" alt="Você espera um novo elemento e recebe uma massa estranha e instável, igual o bolo embatumado para o café da tarde. Fonte: GettyImages."><figcaption>Você espera um novo elemento e recebe uma massa estranha e instável, igual o bolo embatumado para o café da tarde. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Porém, digamos que haja de fato uma condição ideal de pressão e temperatura para que toda essa miscelânea seja possível (mas não é graças às <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288858-leis-termodinamica-apontam-fim-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leis da Termodinâmica</a>), o resultado seria uma massa plasmática que não seria nada parecido com um novo elemento, mas sim, bem semelhante às suas tentativas de fazer um pudim.&nbsp;<h2>Hoje não tem final feliz</h2>Mas se misturássemos tudo, não teríamos um mundo novo? A gente é muito mais simples que isso. Os elementos necessários para 'criar' novos mundos são apenas 6, os CHONPS: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio, Fósforo e Enxofre. Então não conseguirmos misturar todos os elementos da Tabela Periódica em um único elemento não representa uma grande perda.Claro que todos os outros elementos também apresentam funções para o funcionamento do universo e manutenção da vida, ao menos aqui na Terra. Então não há necessidade e nem possibilidade de se pensar em misturar todos os elementos da Tabela Periódica, a não ser em experimentos mentais e em conversas descontraídas nos almoços de família.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27123356007042.jpg" alt="Ao menos que sua família seja da galera do 8A, aí ninguém quer se misturar. Fonte: GettyImages."><figcaption>Ao menos que sua família seja da galera do 8A, aí ninguém quer se misturar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282824-existe-limite-elementos-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tabela Periódica também não tem um limite definido de elementos</a>, assim, os 118 que agora compõem a classificação, podem receber novos irmãos nos próximos anos ou décadas, e quem sabe, nesse espaço de tempo, aqueles com baixíssima meia-vida possam ser melhor conhecidos e terem usos mais explorados.Nosso conhecimento e nossa tecnologia ainda são muito singelos em comparação as possibilidades de uso e descobertas, mas claro, tudo deve ser realizado de modo calculado e projetado, principalmente quando falamos em trabalhar com elementos e suas característica-atômicas, pois os riscos são grandes e reais.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27124646944043.jpg" alt="Há quem diga que você precisaria de 118 aceleradores de partículas se quisesse ao menos tentar fazer uma molécula Pan-Atômica. Fonte: GettyImages."><figcaption>Há quem diga que você precisaria de 118 aceleradores de partículas se quisesse ao menos tentar fazer uma molécula Pan-Atômica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas como bom cientista caseiro, é claro que você quer continuar arriscando suas receitas e misturinhas, então fica o alerta: cuidado! Pesquise bem antes de realizar qualquer mistura de produtos de limpeza, ou de preferência, não misture, afinal, sua vida não vale uma panela brilhando.E pensando nisso, qual reação entre elementos químicos você elegeria como a mais bonita ou eficiente? Nos conte em nossas redes sociais!&nbsp;Até lá, que tal saber sobre os novos elementos químicos em pesquisa? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287937-tabela-periodica-completa-descoberta-levar-criacao-elemento-120.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lá vem o 120 da Tabela Periódica!</a> Para mais conteúdos de ciências e sobre cuidado na hora de misturar substâncias, continue nos acompanhando!

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O desafio da Química em unir todos os elementos da Tabela Periódica

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Conheça um pouco mais sobre as principais ligações químicas, algumas de suas propriedades e se há uma 'vencedora' nesse embate de forças. 

Depois do caos criador, tudo no universo está em busca de um pouco de equilíbrio. Em um nível atômico, essa estabilidade pode ser obtida através da doação ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compartilhamento de elétrons</a> formando as ligações químicas.Essas interações fundamentais unem os elementos e moldam suas propriedades,&nbsp;resultando nas diversas substâncias, líquidas, sólidas ou gasosas, que conhecemos no cosmos. Mas elas não iguais.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece quando um átomo se divide? Estudo explica em nível quântico</a></li></ul>Hoje nós vamos relembrar o motivo pelo qual química era sua matéria preferida na escola, e se você for vestibulando, fique ligado nas diferenças!<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24114617854024.jpg" alt="Um átomo sozinho não faz um elefante. Fonte: GettyImages."><figcaption>Um átomo sozinho não faz um elefante. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Todos querem ser nobres!&nbsp;</h2>A anatomia simples de um átomo revela um núcleo circundado por uma eletrosfera. Enquanto <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267920-medicao-protons-oferecer-respostas-inicio-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o conteúdo nuclear contém prótons</a> e nêutrons, a eletrosfera é formada por elétrons em diferentes camadas de energia.Essas camadas podem ser mais ou menos estáveis, a depender da quantidade de elétrons que ela suporta ou que necessita para se manter.&nbsp;Geralmente, os elementos respondem a uma 'lei' chamada de Regra do Octeto, onde a grande maioria dos elementos precisa de ao menos oito elétrons em sua última camada de valência para se manterem estabilizados.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24121758493030.jpg" alt="Como os átomos buscam se manter estáveis e unidos, algumas interações podem ser necessárias para que eles se mantenham coesos. Fonte: GettyImages."><figcaption>Como os átomos buscam se manter estáveis e unidos, algumas interações podem ser necessárias para que eles se mantenham coesos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Porém, sempre há <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282824-existe-limite-elementos-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os filhos rebeldes da Tabela Periódica</a> como o Berílio, Lítio, Alumínio, Fósforo, Enxofre e Xenônio, são exemplo de elementos que não respeitam a regra. Esses elementos podem sofrer uma expansão ou contração da última camada de valência, se tornando estáveis com maior ou menor número de elétrons.Há ainda o Hidrogênio e Hélio, que respondem à Regra do Dueto, onde suas camadas suportam no máximo dois elétrons. Para muitas regras, muitas exceções.&nbsp;<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282093-teoria-sugere-existe-eletron-universo-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teoria sugere que existe apenas um elétron em todo o universo</a></li></ul>A Teoria do Octeto foi proposta por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), um químico e físico americano que observou as interações entre diversos compostos químicos.&nbsp;Ele é mais conhecido por sua contribuição no entendimento sobre ácidos e bases.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24124008734038.jpg" alt="Ao atingir o mesmo 'estado' eletrônico dos gases nobres, os elementos se tornavam menos propensos a formar novas ligações."><figcaption>Ao atingir o mesmo 'estado' eletrônico dos gases nobres, os elementos se tornavam menos propensos a formar novas ligações. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Ele observou que os elementos atingiam estabilidade após completarem oito elétrons em sua camada de valência, assim como ocorre na configuração natural dos gases nobres. O grupo 18 da Tabela periódica é conhecido por sua estabilidade e baixa reatividade com outros elementos.Mas como outros elementos, com menor número de elétrons na última camada de valência, podem atingir esse patamar de estabilidade? Através das ligações químicas! Bora brincar de especulação eletrônica.&nbsp;<h2 style="text-align:left;">Estou ligando porque o grande amor da minha vida é a química</h2>Existem alguns tipos de ligações químicas, mas hoje vamos focar, principalmente, em duas: Ligações Covalentes e Ligações Iônicas. Elas apresentam propriedades diferentes e ligam elementos diferentes. Então, fique ligado.&nbsp;<h3 style="text-align:justify;">Ligação Covalente</h3>Esse tipo de ligação ocorre principalmente entre elementos não metálicos, através do compartilhamento de elétrons. Em um exemplo, simples, é se irmãos estivessem compartilhando o mesmo guarda-roupa.&nbsp;Nesse tipo de ligação não há alteração na distribuição eletrônica dos elementos, além disso, os átomos a serem ligados apresentam o mesmo grau de eletronegatividade.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24130708393046.jpg" alt="Os elétrons são emprestados e compartilhados. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Os elétrons são emprestados e compartilhados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>As ligações químicas do tipo covalente ainda podem ser classificadas como simples, quando há o compartilhamento de apenas um par de elétrons, duplas, como na imagem acima, quando há o compartilhamento de dois pares e triplas, quando há compartilhamento de três pares de elétrons.Os compostos formados por ligações covalentes nem sempre serão solúveis em água, e geralmente, são maus condutores de eletricidade, exceto pelo grafite. Também podem ser maleáveis e relativamente resistentes, e que nesse ponto, ganha em força das ligações iônicas. E falando nela.<h3 style="text-align:left;">Ligações Iônicas</h3>A principal característica das ligações iônicas está na doação de elétrons entre elementos metálicos e não metálicos. Nesse tipo de ligação química há uma mudança na distribuição eletrônica dos elementos, pois doar uma ou mais cargas eletricamente negativas, gera uma alteração no nível de distribuição eletrônica do elemento, assim como uma alteração na polaridade das moléculas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24132438184050.jpg" alt="A última camada que possui elétrons livres irá doar um elétron a outro elemento, buscando a estabilidade de ambos. Fonte: GettyImages. "><figcaption>A última camada que possui elétrons livres irá doar um elétron para outro elemento, buscando a estabilidade de ambos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Isso implica em uma ligação entre átomos com diferentes graus de eletronegatividade. Após a doação, essa diferença irá se manter, e a força de ligação entre esses elementos está exatamente na atração que essas diferenças provocam.Quem doa não fica sem, mas sim, estável. Se lembrarmos das distribuições eletrônicas pelo Diagrama de Linus Paulling, sabemos que os elétrons estão em diferentes níveis, e cada nível pode ser alterado pelas doações ou recepções entre as interações dos elementos. Se um elemento fornece uma partícula, é porque estava disponível.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294121-importancia-numero-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a importância do número atômico?</a></li></ul>Outros fatores interessantes sobre os compostos de ligações iônicas é sua solubilidade em água, alta condutividade, devido ao movimento dos elétrons e altos pontos de fusão e ebulição devido à forte atração entre os íons.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24133731961057.jpg" alt="As ligações iônicas estão geralmente ligadas a compostos da química inorgânica. Fonte: GettyImages"><figcaption>As ligações iônicas estão geralmente ligadas a compostos da química inorgânica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Compostos iônicos formam redes cristalinas tridimensionais, onde os íons são mantidos unidos por forças eletrostáticas. Contudo, essas estruturas podem ser um pouco frágeis. Além da solubilidade em água, forças externas podem 'obrigar' que os átomos sofram um rearranjo, que pode acarretar interações entre íons de igual polaridade e polos iguais se repelem. Foi forte enquanto durou.<h2 style="text-align:justify;">Qual ligação química é mais forte?</h2>Já posso ver a expectativa em seus olhos para saber o resultado do duelo de hoje, porém, como sempre, a resposta é um grande: depende! Quando falamos de força e ligações químicas, precisamos pensar em quais aspectos de força estamos falando.&nbsp;Em relação à forma de ligação entre um átomo e outro, as ligações iônicas ganham em disparada devido às reações que a doação de elétrons geram formando uma força de ligação através da diferença de polaridade entre as moléculas, dentre outros fatores.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24135135908062.jpg" alt="Mas as ligações iônicas por serem solúveis, em sua maioria, podem possuir uma força de dissociação um pouco mais baixa. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Mas as ligações iônicas por serem solúveis, em sua maioria, podem possuir uma força de dissociação um pouco mais baixa. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Sendo assim, as ligações químicas do tipo covalente também têm seu espaço, sendo fortes e resistindo à solubilidade e sendo bastante estáveis. Além disso, compostos formados por esse tipo são maleáveis e adaptáveis, e vimos acima que cristais de ligações iônicas podem se um pouco frágeis.Nesse embate, a vencedora irá depender da característica analisada, mas o que pode ser afirmado sem dúvidas é que nosso mundo só se mantém coeso e funcional graças a essas interações maravilhosas, complexas e diversas.Sendo você o jurado, para quem você daria o prêmio de ligação química mais forte? Nos conte em nossas redes sociais e enquanto decide,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290165-ligacao-carbono-carbono-unico-eletron-observada-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> talvez queira incluir a ligação de carbono</a> no páreo para inflamar essa disputa entre as ligações químicas!&nbsp;Eu sei que tem uma química entre você e a TecMundo, então mantenha a ligação acompanhando nossos conteúdos. Até mais!&nbsp;

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Iônicas x covalentes: qual ligação química é mais forte?

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Novo estudo sugere possível associação da poluição por chumbo com a queda do Império Romano.

A poluição por chumbo diz respeito à liberação de chumbo no meio ambiente, o que pode ocorrer por meio da queima de combustíveis fósseis, mas também de outras formas. Ela é gravemente danosa tanto para o planeta quanto para os seres humanos.Os efeitos dessa contaminação são tão extensos que podem ter provocado, inclusive, o fim de civilizações, incluindo a queda do Império Romano.<h2>As consequências da poluição por chumbo</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14192145192166.jpg" alt="A mineração pode provocar a poluição por chumbo no meio ambiente. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A mineração pode provocar a poluição por chumbo no meio ambiente. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure>Um estudo do Desert Research Institute conduziu uma pesquisa no gelo do Ártico para entender melhor a poluição ambiental do passado e seus efeitos na saúde humana. Esse gelo possui pequenas bolhas de ar que contêm pistas microscópicas sobre como era a atmosfera da Terra na época em que esse material foi gerado.Essas bolhas trouxeram aos pesquisadores informações importantes sobre como foram os níveis de poluição atmosférica por chumbo ao longo dos séculos. Por meio delas, eles chegaram a dados sobre a época do Império Romano, especificamente a fase da Pax Romana.A constatação foi surpreendente: durante esse período, <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/287178-gladiador-filme-iconico-anos-2000-baseado-historia-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a civilização romana vivenciou um aumento significativo nas operações de mineração e fundição em toda a Europa</a>. O resultado disso foi uma grave poluição por chumbo.“Este é o primeiro estudo a pegar um registro de poluição de um núcleo de gelo e invertê-lo para obter concentrações atmosféricas de poluição e então avaliar os impactos humanos. A ideia de que podemos fazer isso há 2 mil anos é bastante nova e emocionante”, comentou Joe McConnell, principal autor do estudo.<h2>&nbsp;A fundição de chumbo durante a Roma antiga</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14192233818167.jpg" alt="x"><figcaption>O Império Romano fez grande uso da fundição de metais para produzir seus materiais. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure>É importante resgatar aqui o fato de que, durante o Império Romano, a fundição era um processo essencial, permitindo que os romanos extraíssem metais valiosos como ferro, cobre e chumbo de seus minérios. Por conta disso, eles montaram grandes fornalhas em que aqueciam o material com carvão.Ocorre que o calor intenso fazia com que o metal se separasse do minério rochoso, derretesse e se acumulasse no fundo do forno. Havia também trabalhadores qualificados que controlavam a temperatura e o fluxo de ar para garantir que os metais derretessem corretamente, sem desperdiçar combustível ou danificar o forno.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/286953-gladiador-2-coliseu-realmente-inundado-batalhas-navais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gladiador 2 – o Coliseu realmente era inundado para batalhas navais?</a></li></ul>Esse metal era então utilizado para criar muito itens, que iam de armas até obras de arte. O chumbo, em especial, era usado em encanamentos e construções, o que mostra que os romanos já eram muito sofisticados em seus conhecimentos de engenharia.&nbsp;Os pesquisadores notaram, por meio da análise do gelo, que a ascensão e a queda dos níveis de poluição por chumbo aconteceu entre 500 a.C. e 600 d.C. Ela começou a aumentar durante a Idade do Ferro e atingiu o pico no final do século II a.C., tempo em que ocorria o auge da República Romana.O estudo ainda estima que, no ápice do Império Romano, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/247575-caixao-rainha-elizabeth-ii-feito-carvalho-chumbo-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais de 500 quilotons de chumbo foram lançados na atmosfera</a>, principalmente como subproduto da mineração da prata.<h2>Os efeitos nocivos do chumbo entre os romanos</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14192037274165.jpg" alt="Pesquisadores discutem atualmente se a alta contaminação por chumbo pode ter provocado a queda do Império Romano. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores discutem atualmente se a alta contaminação por chumbo pode ter provocado a queda do Império Romano. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure>A hipótese dos cientistas é que essa exposição crônica à poluição por chumbo pode ter causado muitos impactos negativos contínuos à saúde.dos romanos. “Sabe-se que o chumbo tem uma ampla gama de impactos na saúde humana, mas escolhemos focar no declínio cognitivo porque é algo que podemos quantificar”, explicou Nathan Chellman, professor em hidrologia de neve e gelo no DRI, que também assina o estudo.Ou seja, a grande quantidade de poluição por chumbo na Europa nessa época pode ter provocado o declínio cognitivo generalizado na população, incluindo as que viviam em Roma. Os pesquisadores acreditam que, no auge desse governo, a expansão maciça da mineração e do processamento de minérios metálicos fez com que a poluição atmosférica por chumbo aumentasse, o que pode ter levado a uma queda estimada de 2 a 3 pontos no QI das pessoas.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263707-google-earth-mostra-acampamentos-romanos-arabia-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google Earth mostra acampamentos romanos na Arábia, diz pesquisa</a></li></ul>“Nossas descobertas demonstram que as emissões antropogênicas de atividades industriais resultaram em danos generalizados à saúde humana por mais de dois milênios, o que é bastante profundo na minha opinião”, acrescentou McConnell.O estudo ainda afirma que os médicos romanos já sabiam sobre os riscos do envenenamento por chumbo, mas mesmo assim o metal era amplamente usado em canos de água e panelas de cozinha, além de medicamentos, cosméticos e brinquedos.&nbsp;Em média, os níveis de chumbo no sangue das crianças no auge do império podem ter subido 2,4 microgramas por decilitro, o que reduziria o seu QI em 2,5 a 3 pontos. Partindo da estimativa de que o I<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/600141-gladiador-2-e-inspirado-em-historia-real-veja-7-detalhes-que-sao-verdade-no-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mpério Romano pode ter chegado a ter mais de 80 milhões de pessoas,</a> afirma-se que um quarto da população mundial pode ter sido exposta à poluição por chumbo gerada pela mineração e fundição.&nbsp;Os cientistas concluem dizendo que os efeitos do envenenamento por esse metal podem ser tão graves que suscitam até uma discussão se o império pode ter caído por conta disso. "Uma redução de 2,5 a 3 pontos no QI pode não parecer muito, mas ocorreu em toda a população e teria persistido pelos quase 180 anos da Pax Romana. Deixo para epidemiologistas, historiadores antigos e arqueólogos determinar se os níveis de poluição atmosférica de chumbo e os impactos à saúde que identificamos foram suficientes para mudar a história", concluiu McConnell.Quer saber mais sobre como as descobertas do campo científico trazem novas luzes sobre o conhecimento da história? Então siga retornando ao TecMundo para acessar os melhor conteúdos. Até a próxima!

Contaminação por chumbo pode ter levado à queda do Império Romano

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Uma receita caseira para acender fogões a lenha e churrasqueiras resultou em um composto parecido com o napalm, a gasolina mortal usada na Guerra do Vietnã.

Um vídeo publicado recentemente no TikTok como uma dica caseira está agitando as redes sociais porque, ao divulgar um método para acender fogão a lenha e tapar buraco no telhado, a tiktoker Dany Felix ensinou, sem querer, uma explosiva receita de um dos agentes incendiários mais famosos do mundo, o napalm.Criado em 1942, na Universidade de Harvard, nos EUA, o napalm é feito de gasolina gelificada pelos composto ácido naftênico e ácido palmítico, cujas inicias compõem o nome da substância. O uso mais conhecido dessa gasolina mortal ocorreu durante a Guerra do Vietnã, pelos seus efeitos devastadores <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108816-menina-do-napalm-conheca-a-historia-dramatica-por-tras-da-imagem-iconica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e pela icônica foto da garotinha Kim Phuc</a> fugindo de um brutal ataque norte-americano.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-e-napalm-e-quem-o-inventou" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é napalm e quem o inventou?</a></li></ul>Na segunda-feira (13), um post divulgado no perfil Careca de Ratanabá no X republicou o polêmico vídeo (que foi retirado do TikTok) com o alerta “NÃO FAÇA NAPALM”. Optamos por mostrar o vídeo abaixo, com a explicação científica do que ocorre, e orientar que MANIPULAR OU FABRICAR ESSA MISTURA É PERIGOSO, POIS PODE CAUSAR INCÊNDIOS INCONTROLÁVEIS E REPRESENTAR RISCO À VIDA E AO AMBIENTE!<h2>Uma receita caseira explosiva (PERIGOSA!)</h2><blockquote class="twitter-tweet">Regra número um da química NÃO FAÇA NAPALM <a href="https://t.co/w0t12tDKAz">pic.twitter.com/w0t12tDKAz</a>— Careca de Ratanabá (@Ratanaba_gov) <a href="https://twitter.com/Ratanaba_gov/status/1878871430387159064?ref_src=twsrc%5Etfw">January 13, 2025</a></blockquote>No vídeo original, a influencer fabrica uma "geleka" dissolvendo isopor (poliestireno expandido) na gasolina. Embora ela diga que "a gasolina corrói o isopor", o que ocorre, na verdade, é o que chamamos de "dissolução por semelhança química", devido à similaridade química entre as estruturas moleculares das duas substâncias.O poliestireno do isopor é um polímero, uma longa cadeia de moléculas chamadas monômeros. Cada monômero do poliestireno é chamado estireno e tem uma estrutura química com anéis benzênicos (<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290165-ligacao-carbono-carbono-unico-eletron-observada-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">átomos de carbono</a> e hidrogênio). Já a gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos, com compostos aromáticos também baseados em anéis benzênicos.Como tanto o poliestireno quanto os compostos aromáticos da gasolina possuem anéis benzênicos, a interação entre as moléculas segue a regra básica da química "semelhante dissolve semelhante". Assim, a gasolina atua como um solvente, quebrando as ligações fracas entre as cadeias do poliestireno, dissolvendo-o e formando um gel viscoso.<h2>Jamais façam esse experimento em casa!</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15194450042011.jpg" alt="Foto de bombardeio com napalm. (Foto: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Bombardeios com napalm são feitos com bombas recheadas ou com derrame seguido de ignição. (Foto: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Essa interação química explica de que forma o poliestireno (como o do isopor, por exemplo) dissolve na gasolina, formando um material altamente inflamável e pegajoso, bem parecido com o napalm A, a tradicional formulação utilizada na Segunda Guerra Mundial. Quase 80 anos depois, essa propriedade continua perigosa e requer cuidados no manuseio.Da mesma forma que o napalm tradicional, essa mistura caseira adere às superfícies, queima por mais tempo e dificilmente se extingue com água. Além disso, sua combustão gera vapores altamente tóxicos, como dióxido de carbono, monóxido de carbono e outros compostos perigosos. Finalmente, há grande risco de explosão devido à volatilidade da gasolina.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282709-perigo-cozinha-farinha-trigo-explodir-causar-incendios-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Com a farinha de trigo pode explodir e causar incêndios</a></li></ul>Esse vídeo é um exemplo claro de um processo químico básico que JAMAIS deve replicado em casa, pois além do risco de incêndio da gasolina, a mistura resultante (a geleka) é extremamente perigosa, podendo causar acidentes gravíssimos. Por mais simples que sejam, experimentos que envolvam combustíveis, devem ser sempre realizados em ambientes laboratoriais e orientados por profissionais qualificados.<h2>Truques e dicas "milagrosos" podem ser perigosos</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15203120759019.jpg" alt="É importante pesquisar sobre experiências químicas antes de tentar replicá-las. (Fonte: Getty Images/Reproduççao)"><figcaption>É importante pesquisar sobre experiências químicas antes de tentar replicá-las. (Fonte: Getty Images/Reproduççao)</figcaption></figure>Básicos, úteis e, geralmente, bem intencionados, esses conteúdos são normalmente conhecidos como "life hacks", "dicas caseiras", "truques caseiros" ou "DIY" (faça você mesmo nas iniciais em inglês). Ou, no bom português, "gambiarras", pois geralmente envolvem soluções improvisadas.Embora a definição "dica caseira" proporcione uma sensação de segurança, pois observamos a pessoa realizando a proeza,&nbsp;algumas dessas práticas podem ter consequências inesperadas ou perigosas, não mostradas nos vídeos. Nesse caso, a própria tiktoker esteve exposta ao risco de explosão e queimaduras graves que, felizmente, não ocorreram.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/29376-7-armas-caseiras-mortais-das-quais-voce-deveria-manter-distancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 armas caseiras mortais das quais você deveria manter distância</a></li></ul>Nas redes sociais, principalmente no TikTok, Instagram e YouTube, esses conteúdos são publicadas de forma chamativa como "truques que ninguém te conta". A busca por likes e visualizações muitas vezes leva os criadores a compartilhar essas práticas sem a devida verificação de segurança.&nbsp;Gostou do alerta? Comente sobre experiências (positivas ou negativas) sobre essas "dicas secretas" em nossas redes sociais, e aproveite para compartilhar com seus amigos. Até mais.

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Napalmirinha? Sem querer, influencer ensina a fazer Napalm em casa

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O Boro está mais presente do que você imagina no seu dia-dia, em diferentes versões. Para crianças, ele pode ser um sonho divertido ou o terror das refeições. Entenda o motivo. 

Nossa pequena jornada pela Tabela Periódica chega à parada número 5, o Boro. Esse elemento está presente em muitas combinações no nosso cotidiano, havendo inclusive uma reserva em nosso organismo.O Boro é um elemento bastante interessante, devido às suas propriedades ele tem uma espécie de comportamento dual: frágil, porém <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272989-diamantes-ancestrais-mudar-perspectiva-evolucao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com uma dureza próxima a do diamante</a>. Não essencial para o organismo humano, mas capaz de gerar problemas quando não está lá. E ainda que esteja na família 3A, e essa receba o nome de "Família do Boro", é o único semimetal do grupo 13.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286389-canto-tabela-periodica-saiba-elemento-quimico-pesado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é o elemento químico mais pesado?</a></li></ul>Interessado nesse elemento utilizado há milênios? Então continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre as características e usos desse elemento fantástico.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10073445618000.jpg" alt="Cristais de Boro podem chegar a uma dureza de 9,5 na Escala de Dureza de Mohs. Já o diamante alcança os 10 pontos, máximo da escala. Fonte: Getty Images."><figcaption>Cristais de Boro podem chegar a uma dureza de 9,5 na Escala de Dureza de Mohs. Já o diamante alcança os 10 pontos, máximo da escala. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Um curto conto sobre o Boro</h2>Pesquisas históricas apontam para utilizações do Boro desde os mesopotâmios. Cerâmicas, tinturas e mais recentemente, como um dos ingredientes para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271909-mumificacao-natural-homem-bulgaro-vira-mumia-duas-semanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os rituais egípcios de mumificação</a>.&nbsp;Apesar de registros bastante interessantes de suas histórias, é claro que essas civilizações não deixaram para trás receitas em que o elemento esteja claramente listado, mas é possível reconhecer traços do componente mediante análises químicas e biológicas dos legados materiais dessas civilizações.Registros apontam para a descoberta oficial do Boro no ano de 1808, pelos químicos franceses Joseph-Louis Gay-Lussac e Louis-Jacques Thenard, sendo que em alguns livros-texto, a descoberta também pode ser creditada ao químico britânico Sir Humphry Davy.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10081020540000.jpg" alt="O Boro não é encontrado de forma pura na natureza, estando presente também em minerais silicatados, como a Turmalina e o Feldspato. Fonte: GettyImages."><figcaption>O Boro não é encontrado de forma pura na natureza, estando presente também em minerais silicatados, como a Turmalina e o Feldspato. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Como ele&nbsp;não é encontrado em sua forma pura, para que pudesse ser isolado, os químicos realizaram uma queima programada de minerais contendo a substância. Possuindo uma alta resistência à temperatura, sendo assim, o que restou da queima naqueles primeiros experimentos era uma forma mais refinada, porém não pura, do elemento.&nbsp;Mas ele não foi imediatamente classificado como um novo elemento. O reconhecimento veio apenas em 1824, com o químico sueco Jöns Jakob Berzelius.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282824-existe-limite-elementos-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Existe um limite para os elementos da Tabela Periódica?</a></li></ul>A forma pura do elemento ainda levou algumas décadas para ser obtida, e foi apenas em 1909 que o Ezekiel Weintraub, químico norte-americano, foi capaz de produzir a primeira amostra.&nbsp;Mesmo antes de ser reconhecido, o Boro já bastante utilizado, contudo, com seu isolamento, novas possibilidades passaram a ser estudadas. Porém, se engana quem pensa que sabemos tudo sobre esse elemento. Ele ainda guarda alguns truques que não conseguimos descobrir sobre sua funcionalidade em organismos vivos, ao menos, nos organismos animais.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10084159506003.jpg" alt="Com peso próximo de 11 e Símbolo 'B' o boro tem utilizações muito diversas, antes mesmo de ser considerado um elemento da Tabela Periódica. Fonte: GettyImages."><figcaption>Com peso próximo de 11 e Símbolo 'B' o boro tem utilizações muito diversas, antes mesmo de ser considerado um elemento da Tabela Periódica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Boro nosso de cada dia</h2>Se você imagina que o Boro seja um daqueles elementos reclusos, presentes apenas em laboratórios longe do seu cotidiano, não poderia estar mais enganado. Caso você tem filhos, deve ter sofrido com a fase do Slime. Se na composição da gosma divertida, e duvidosa, havia água boricada, sim, o ele estava lá. &nbsp;Além disso, os pratos em que você come, também podem ter traços do elemento, pois seus silicatos são amplamente utilizados <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272323-vidro-liquido-solido-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para dar maior dureza e resistência à temperatura em utensílios de vidro</a>.Você também ingere Boro todos os dias. Ele é considerado um micronutriente essencial para o desenvolvimento das plantas, atuando nas paredes celulares, regendo diversas funções de nesses organismos. O elemento, também, pode estar presente no alho, espinafre, amendoim, batata, cenoura e diversos outros. &nbsp;Em nosso organismo ele ainda não é considerado essencial, porém, estudos têm demonstrado que ele pode contribuir para funções de absorção de vitamina D, prevenção de osteoporose, dentre outras funções ainda não tão bem estudadas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10090220941009.jpg" alt="Se você se pergunta até hoje como você teve sorte suficiente para não espatifar a tigela preferida da sua mãe quando ela caiu no chão, agradeça ao santo Boro pelo milagre. Fonte: GettyImages."><figcaption>Se você se pergunta até hoje como você teve sorte suficiente para não espatifar a tigela preferida da sua mãe quando ela caiu no chão, agradeça ao santo Boro pelo milagre. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>E aqui entra um alerta importante:&nbsp;ainda que o elemento venha sendo estudado em diversas frentes em prol da saúde humana, não há informações suficientes para garantir quantidades necessárias, mínimas ou máximas, em nosso organismo.&nbsp;Então não adianta tentar suplementar algo que não está verdadeiramente em falta no seu organismo, e que é totalmente disponível para obtenção através da alimentação. Ainda que o elemento não pareça ter toxicidade alarmante, não se sabe com certeza onde é armazenado e conforme metabolizado no nosso corpo.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285950-tabela-periodica-elementos-raros-sao-utilizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são os elementos mais raros da Tabela Periódica e como são utilizados</a></li></ul>A pesquisa com Boro para a saúde humana tem apresentado outros caminhos promissores. Esse elemento possui uma característica bastante interessante: ele absorve nêutrons. Por isso ele pode ser utilizado como método de freamento <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261033-conheca-reator-nuclear-meio-paulo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de reações em cadeia em reatores nucleares</a>, além de estar presente também nas paredes como componente em ligas metálicas por sua alta resistência ao calor.Graças a essa característica, ele tem sido pesquisado no tratamento de cânceres de difícil acesso, servindo como alvo nas células tumorais. O método se chama&nbsp; BNCT&nbsp;boron neutron capture therapy,&nbsp;que em uma tradução literal seria algo como Terapia por captura de nêutrons por Boro.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10093016318018.jpg" alt="O método vem sendo estudo como forma de tratamento de radiação em cânceres cerebrais como o Glioblastoma Multiforme. Fonte: GettyImages"><figcaption>O método vem sendo estudo como forma de tratamento de radiação em cânceres cerebrais como o Glioblastoma Multiforme. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Simplificando a técnica, seria como marcar todas as células tumorais com Boro, que irá atrair os nêutrons emitidos por feixes de radiação. A captura dessa partícula geraria um aumento significativo temperatura da célula tumoral a destruindo. Essa é uma grande promessa para tumores inoperáveis ou de difícil acesso, conferindo maior tempo de vida aos pacientes em tratamento.<h2 style="text-align:justify;">O céu não é o limite</h2>Alguns pesquisadores acreditam que o Boro possa ter sido trazido a Terra por meteoros, o que explicaria sua pouca abundância no planeta, e ao que parece, no cosmo. Por aqui ele é encontrado principalmente em minerais como borax, kernita, ulexita e colemanita.&nbsp;Por apresentar uma dureza próxima a do diamante, ele é utilizado na indústria como material abrasivo para superfícies que passarão por estresse. Mas lembra que dissemos que ele também é frágil?&nbsp;Por isso, dificilmente você verá uma ferramenta de Boro, como é possível ver lâminas e lixas de diamante por aí no mercado. Efemeridades que só esse elemento tem.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10094139258019.jpg" alt="Os minerais que contém o elemento são muito frágeis, como um giz de lousa. Fonte: GettyImages."><figcaption>Os minerais que contém o elemento são muito frágeis, como um giz de lousa. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mais ainda para maravilhar seus olhos, ele pode chegar aos céus de duas maneiras: como componente de ligas em espaçonaves ou como fogos de artifício. O verde das explosões dos fogos contém o elemento.E não para por aí, ele ainda pode ser utilizado como antisséptico, alvejantes, em suplementos agrícolas, em tecnologia e eletrônica, como ácido, base, dentre outras inúmeras formas. Ele é demais! &nbsp;Alguns elementos estão muito presentes em nossa vida, mas devido às suas diversas apresentações, nem sempre ligamos o nome ao elemento e pode ser que até hoje, ele tenha passado longe do seu radar. O que você tem com Boro aí na sua casa? Conta para gente nas redes sociais.&nbsp;E se você quer saber mais sobre Tabela Periódica e não consegue esperar para conhecer outros elementos, fica a dica com <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234451-veja-5-aplicativos-conhecer-melhor-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 aplicativos que irão lhe ajudar nessa jornada de 118 elementos fantásticos!</a> Nos vemos no Carbono!

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Conheça o Boro: o quinto elemento da Tabela Periódica

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Muito valorizado pelos antigos gregos, o oricalco só teria sido menos valioso que o ouro.

Você já ouviu falar do oricalco? Pois saiba que este é um dos metais mais preciosos que se tem conhecimento e que, segundo as lendas, teria sido usado na fictícia ilha de Atlântida. No entanto, até hoje tudo o que se descobriu sobre esse material está ainda no campo do desconhecido.Cercado de mistérios, o oricalco teria sido muito usado para adornar templos e fundir moedas na Grécia e em Roma, para então desaparecer da Terra há mais de mil anos.<h2>O que é oricalco?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://d1o6h00a1h5k7q.cloudfront.net/imagens/img_m/42026/20539283.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Alberto Lopes&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10192115627000.jpg" alt="(Fonte: Alberto Lopes / Reprodução)"><figcaption>O oricalco é mencionado em textos de autores célebres como Platão, Cícero e Virgílio. (Fonte: Alberto Lopes / Reprodução)</figcaption></figure>Citado em Crítias, um dos últimos diálogos escritos pelo filósofo grego Platão, o oricalco é entendido como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290642-cobre-atrair-imas-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um metal criado a partir de uma liga de cobre e zinco</a> que teria sido muito valioso – ele era apenas menos precioso que o ouro. Já na Eneida, de Virgílio, o poeta escreveu que o peitoral do principal antagonista, Turno, era todo revestido de oricalco, o que deixava claro o seu poder.O nome desse metal é uma tradução literal do grego de um termo que designa "cobre da montanha" ou "metal da montanha". O curioso é que, tantos séculos depois, o oricalco segue envolto de mistérios. Ele foi mencionado pela primeira vez por volta do século VII a.C. e descrito como um metal dourado com características quase sobrenaturais. Supostamente, as paredes do Templo de Poseidon, localizado no centro de Atlântida, teriam sido revestidas de oricalco.Por séculos, os historiadores não conseguiam ter certeza se o oricalco realmente existiu ou foi uma invenção coletiva. Além de Platão, o filósofo Cícero também o mencionou em sua obra De Officiis,&nbsp;na&nbsp;qual escreve que a liga era tão similar ao ouro que as pessoas confundiam frequentemente os dois metais. Depois disso, as menções a ele aparentemente desapareceram da Terra.<h2>Descobertas atuais</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://archaeologymag.com/2024/10/recovery-of-greek-shipwreck-in-sicily-reveals-orichalcum/" data-fonte="&amp;nbsp;Soprintendenza del Mare&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10200541995005.jpg" alt="Naufrágio próximo da Sicília onde teriam sido encontrados lingotes de oricalco. (Fonte: Soprintendenza del Mare)"><figcaption>Naufrágio próximo da Sicília onde teriam sido encontrados lingotes de oricalco. (Fonte: Soprintendenza del Mare)</figcaption></figure>No entanto, em 2015, dezenas de blocos de metal foram encontrados por pesquisadores em destroços que datavam de 2.600 anos e que estavam em um navio naufragado na costa da Sicília. A grande suspeita era que esse material poderia ser, finalmente, oricalco. Contudo, uma análise química acabou revelando que o metal presente nestes lingotes era <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285950-tabela-periodica-elementos-raros-sao-utilizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma liga de cobre e zinco muito semelhante ao latão</a>. O material era formado de 75% a 80% de cobre, 15% a 20% de zinco, além de alguns vestígios de níquel, chumbo e ferro.Além dos blocos de metal encontrados no navio afundado perto da Sicília, há também alguns achados arqueológicos que teriam sido usados pelos antigos romanos para fundir moedas a partir de 45 a.C. Esses itens eram elaborados com zinco e cobre, mas até hoje não há total certeza que se trata da mesma liga referenciada em textos gregos do mesmo período.Mesmo que o oricalco tenha sido bastante mencionado pelos gregos e romanos, há ainda dúvidas se os autores falavam a respeito desse mesmo metal. Mas talvez o aspecto mais interessante do oricalco é que ele se relaciona com outro mistério: o da lendária ilha de Atlântida.<h2>O mistério de Atlântida</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://us1-prod-images.disco-api.com/2023/05/02/5f19e994-655b-3ece-8c2e-f6de970289db.jpeg?bf=0&amp;f=jpg&amp;p=true&amp;q=70&amp;w=1920" data-fonte="&amp;nbsp;Discovery&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/10/10192231749001.jpeg" alt="(Fonte: Discovery / Reprodução)"><figcaption>&nbsp;A Atlântida é uma ilha fictícia, mas há quem acredite que ela realmente existiu. (Fonte: Discovery / Reprodução)</figcaption></figure>A ilha de Atlântida é uma localidade fictícia mencionada nas obras Timeu e Crítias, de autoria do filósofo Platão. Na verdade, os estudiosos dizem que ela seria uma alegoria criada por ele para falar sobre a arrogância das nações, já que a civilização existente na ilha teria incitado a fúria dos deuses. Por conta disso, a cidade foi destruída e afundou no oceano.Nas histórias de Platão, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278227-continente-perdido-atlantida-descoberto-australia-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atlântida é descrita como um império naval</a> que governava todas as partes ocidentais do chamado mundo conhecido, o que dava a ela uma imagem oposta ao Império Aquemênida. Uma vez que Platão descreve Atenas como semelhante ao seu Estado ideal na obra A República, a história de Atlântida teria a intenção de fazer referência à superioridade do seu conceito de Estado.De acordo com Platão, a ilha seria maior que a Líbia e a Ásia juntas, ou ao menos do que se conhecia desses territórios em sua época. A Atlântida seria muito rica, já que dispunha de grandes quantidades de oricalco. Até hoje, muitas pessoas acreditam na real existência de Atlântida e defendem que esta pode ser uma cidade ainda perdida — e que a preciosa liga de metal seria mais uma chave para chegarmos até ela.Nos trechos em que escreve sobre a ilha, Platão menciona que o oricalco “era extraído da terra em muitas partes da ilha” e era “mais precioso naquela época do que qualquer coisa, exceto ouro”. Ele também escreve sobre o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280485-crosta-terrestre-virou-cabeca-baixo-mergulhar-mediterraneo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Templo de Poseidon na Atlântida</a>: "(ele) brilhou com a luz vermelha do oricalco… Todo o exterior do templo, com exceção dos pináculos, eles cobriram com prata, e os pináculos com ouro. No interior do templo, o teto era de marfim, curiosamente trabalhado em todos os lugares com ouro, prata e oricalco; e todas as outras partes, as paredes, pilares e piso, eles revestiram com oricalco".Sabe-se que a Atlântida nunca existiu, mas há muita gente que defende que o oricalco, sim, é real. Até hoje, os pesquisadores seguem discutindo se o metal encontrado nas moedas na Roma Antiga era de fato o famoso material tão valorizado pelos gregos.

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A fascinante história do oricalco, o metal precioso do mundo antigo

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O Princípio de Exclusão de Pauli revolucionou a ciência e foi fundamental para o desenvolvimento da mecânica quântica.

A física quântica começou a ser amplamente estudada no século XX, quando cientistas fizeram descobertas que introduziram teorias que iam além do modelo de física da época, como a dualidade onda-partícula e o princípio da exclusão de Pauli. No caso do princípio de Pauli, ele explica que dois elétrons não ocupam o mesmo estado quântico.Em 1925, o físico teórico austríaco Wolfgang Pauli formulou o princípio para compreender e explicar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290465-cientistas-usam-gato-cheshire-explicar-divisao-quantica-particulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a estrutura dos átomos e das partículas subatômicas</a>; por isso, foi considerado uma das grandes contribuições para a mecânica quântica.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287407-4-fatos-bizarros-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 fatos bizarros sobre a mecânica quântica</a></li></ul>Como alguns comportamentos caóticos dos átomos e partículas não podiam ser explicados pela física tradicional, Pauli previu a restrição que recebeu seu nome em homenagem. Com esses dados, os cientistas conseguiram compreender melhor a estabilidade da matéria.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Coet4fbjB08?si=QXtqo_H7AxAYg9E-" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Além de ser considerado um conceito essencial na física quântica, o princípio da exclusão de Pauli também é muito importante na química. Inclusive, foi uma das descobertas responsáveis pela tabela periódica como a conhecemos, pois forneceu uma explicação para a estrutura eletrônica dos átomos. Consequentemente, auxiliou na organização das propriedades dos elementos químicos.A história de Pauli com a ciência começou com seu pai, médico e professor na Universidade de Viena, o que despertou seu interesse pelo tema. Como físico,&nbsp;ele publicou artigos amplamente reconhecidos e prestigiados por cientistas importantes da época, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293897-maior-erro-albert-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incluindo o físico Albert Einstein</a> — com quem também trocou correspondências.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as partículas fundamentais do Universo</a></li></ul>“O princípio da exclusão de Pauli é a afirmação de que dois elétrons em um átomo não podem estar, ao mesmo tempo, no mesmo estado ou configuração. Posteriormente, o princípio da exclusão foi generalizado para incluir uma classe inteira de partículas, das quais o elétron é apenas um dos membros”, é descrito na enciclopédia Britannica<h2>O que é o princípio de Exclusão de Pauli?</h2>Pauli percebeu que nenhum elétron em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259984-voce-viu-atomo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um átomo</a> pode ocupar um estado com os mesmos valores para os quatro números quânticos: principal (n), azimutal ou secundário (l), magnético (ml) e spin (ms). Assim, em janeiro de 1925, ele anunciou o princípio da exclusão de Pauli.Os números quânticos descrevem o estado de um elétron em um átomo e são utilizados para entender suas propriedades e localização nos orbitais atômicos.Um orbital atômico é o nome dado a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293843-nucleo-atomico-quarks-gluons-mostrados-1-vez-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma região ao redor do núcleo de um átomo</a>. Ele é classificado em diferentes tipos com base no número quântico azimutal, que determina seu formato. Esse conceito ajuda os cientistas a entender como os elétrons estão distribuídos ao redor do núcleo e como eles interagem entre si.No princípio da exclusão de Pauli, o cientista explica que dois ou mais elétrons não podem ter os mesmos números quânticos no mesmo sistema. Assim, apenas dois elétrons podem ocupar juntos o orbital mais baixo de um átomo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/20/20074849215008.jpg" alt="As partículas que obedecem ao princípio de exclusão de Pauli têm tem um valor de spin específico."><figcaption>As partículas que obedecem ao princípio de exclusão de Pauli têm tem um valor de spin específico.</figcaption></figure>Talvez você esteja lendo todas essas informações e não esteja entendendo nada. Calma. Vou tentar explicar de uma forma mais simples.Imagine uma casa grande cheia de quartos, mas cada quarto só tem capacidade para duas pessoas. A regra é que essas pessoas precisam ser de países diferentes — ou seja, não podem ser do mesmo lugar.&nbsp;Pense no orbital de um átomo como um desses quartos:&nbsp;ele só pode acomodar dois elétrons e, assim como as pessoas precisam ser de países diferentes, eles precisam ter sentidos de rotação (spin) distintos para coexistir.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294121-importancia-numero-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a importância do número atômico?</a></li></ul>“As partículas às quais o princípio de exclusão de Pauli se aplica são chamadas férmions; aquelas que não obedecem a esse princípio são chamadas bósons. Em um sistema fechado, como um átomo (para elétrons) ou um núcleo (para prótons e nêutrons), os férmions são distribuídos de modo que um determinado estado seja ocupado por apenas um de cada vez”, a enciclopédia Britannica descreve.Talvez esse exemplo não transmita a real dimensão da importância do princípio de exclusão de Pauli. Mas não se sinta desencorajado, pois milhares de cientistas continuam estudando o tema para entender melhor como esse princípio explica a estrutura dos átomos e como ele contribui para outras áreas da ciência.&nbsp;Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre física e química aqui no TecMundo e aproveite para conferir&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que acontece quando um átomo se divide</a>. Até a próxima!

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Os átomos e o princípio de exclusão de Pauli

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Nosso parco conhecimento não se restringe apenas a composição química do universo, mas também sobre nosso próprio planeta. 

Todo conhecimento já fundamentado na história da humanidade nos obriga a reconhecer que ainda sabemos muito pouco sobre onde vivemos. Quando estendemos nosso olhar para nossa vizinha intergaláctica, as coisas ficam ainda mais nebulosas.&nbsp;São infinitas as possibilidades de arranjos atômicos, contudo, nós conhecemos uma quantidade bastante limitada desse todo. Alguns especulam que nosso conhecimento sobre as diferentes receitas moleculares do universo não passam de 1%.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288242-elementos-abundantes-universo-tao-raros-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que elementos abundantes no universo são tão raros na Terra?</a></li></ul>Mas como isso é possível se já viajamos ao espaço para coletar amostras e<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283121-ha-sistema-solar.htm#:~:text=O%20Sistema%20Solar%20foi%20formado,planetas%20come%C3%A7aram%20a%20se%20formar." rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;já mapeamos uma parte da vizinhança do sistema solar</a>? A realidade aponta que no mundo macro nós temos uma ideia superficial de como as coisas se organizam, já no mundo molecular, mal sabemos por onde começar.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10095302843009.jpg" alt="c"><figcaption>Mesmo a receita que formou nosso universo ainda é um mistério em partes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:left;">Efêmeros demais para sequer serem vistos</h2>Se olharmos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237094-surgiu-tabela-periodica-saiba-origem-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para a tabela periódica com seus 118 elementos</a>, podemos pensar que já desvendamos todos os elementos existentes. Mas ainda que novos elementos não sejam descobertos todos os dias, diariamente pesquisadores investigam a possibilidade de novas combinações, formas de decaimento e maneiras de como tornar mais estáveis elementos com vidas medidas em milésimos de segundos.&nbsp;A verdade é que,&nbsp;mesmo estando catalogados, alguns dos elementos nem ao menos possuem sua estrutura molecular mapeada. Isso dificulta inclusive na detecção e compreensão de como esses elementos podem ter usos práticos ou quais os efeitos das interações desses elementos com organismos biológicos.&nbsp;Se os instrumentos de medida não fossem sensíveis o suficiente para detectarem sua presença, talvez continuassem incógnitos por muito mais tempo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09140045822146.jpg" alt="É como uma espiadela pelo buraco da fechadura do universo. Mesmo visualizando a silhueta, não somos capazes de descrever o todo. Fonte: GettyImages."><figcaption>É como uma espiadela pelo buraco da fechadura do universo. Mesmo visualizando a silhueta, não somos capazes de descrever o todo. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure>Outra barreira para conhecermos mais sobre o universo é nossa lista comparativa, composta basicamente pelos elementos da tabela periódica e um número limitado de combinações desses elementos.&nbsp;Sabemos atualmente que isso não é suficiente para descrever tudo o que observamos na composição química do universo, inclusive por não sabermos com certeza o que estamos observando. Afinal, o que observamos também sofre distorções graças as lentes gravitacionais, formadas pela ação da gravidade que deformam o tempo-espaço.Por mais que tenhamos dado um nome aos elementos que compõem o cosmos, nós simplesmente ainda não sabemos o que é, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273805-materia-escura-ter-tabela-periodica-exclusiva-elementos-invisiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e do que é composta a matéria escura</a>, que corresponde a aproximadamente 26,8% do universo, e a energia escura, que dá conta de outros 68% da formação de tudo o que vemos fora das fronteiras da nossa atmosfera.&nbsp;Há inclusive pesquisadores que estimam que para os elementos ainda desconhecidos, seja necessário a formulação de uma tabela periódica específica. É um mundo químico novo, estimulando uma nova ciência em construção e em constante mudança.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Mas por que não vemos isso por aqui?&nbsp;</h2>Pressão, temperatura e afinidade. Na Terra temos condições bastante específicas de temperatura e pressão. Ainda que haja uma variação dependendo da altitude e latitude, entre outros fatores, jamais seremos capazes de atingir temperaturas e condições para forjar ou fissionar elementos como estrelas e nebulosas, por exemplo.&nbsp;Com relação à afinidade, alguns elementos não interagem ou se ligam <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282469-pesquisadores-detectaram-nova-molecula-quimica-sistema-solar-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com outras moléculas em condições normais</a>. Em laboratório há possibilidade de tentar proporcionar essa conjunção. Mas geralmente essas ligações são instáveis e rompem antes mesmo que consigamos verificar como a estrutura de ligação foi provocada.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09142554874154.jpg" alt="Equipamentos de Raio-X e espectômetros de massa são capazes detectar elementos e revelar as estruturas dos elementos, desde que eles vivam o suficiente. Fonte: GettyImages."><figcaption>Equipamentos de raio-x e espectrômetros de massa são capazes detectar elementos e revelar as estruturas dos elementos, desde que eles vivam o suficiente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Infelizmente não temos condições de gerar cenários similares ao Sol, estrelas e nebulosas em condições de pressão e temperatura suficientes para testar e simular elementos teóricos.E nas teorias <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273471-elementos-universo-formaram-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre composição química do universo</a>, as possibilidades de interação e arranjo entre os elementos estão na casa dos milhões. Mas sem provas, sem elementos. Além disso, não seria possível trazer amostras confiáveis trazidas do espaço, pelos mesmos desafios em formar os elementos aqui da Terra.&nbsp;<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294136-conheca-tabela-periodica-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A tabela periódica cósmica</a></li></ul>Ainda que os equipamentos fossem capazes de manter os elementos em condições ideais de conservação durante toda viagem, ao manipularmos os elementos no laboratório, muito provavelmente, ao abrirmos as amostras, estimularíamos o decaimento do elemento, ou então, as ligações poderiam se desfazer.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09150023851168.jpg" alt="Algumas ligações podem ser mais fortes que outras, contudo, todo elemento, ainda que leve milhões de ano, irão decair e se transformar em novos elementos, ou deixar de existir. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Algumas ligações podem ser mais fortes que outras, contudo, todo elemento, ainda que leve milhões de ano, irão decair e se transformar em novos elementos, ou deixar de existir. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Todos esses são desafios que contribuem para que nosso conhecimento ainda não tenha avançado a ponto de conhecermos amplamente a composição química do universo. Ademais, a imensidão do cosmos, com distância inimagináveis, nos limitam.&nbsp;A tecnologia ainda precisa se tornar mais precisa e sensível para podermos encontrar novos elementos e estabilizá-los a ponto de poderem ser amplamente estudados, desde a estrutura até possíveis aplicabilidades, como em usos na medicina, engenharia, dentre outros.&nbsp;Quem sabe você não será um dos responsáveis por desvendar e descobrir mais um pedacinho da composição do universo? Ainda há muito o que descobrir!&nbsp;E quer saber o motivo para as buscas pelos outros 99% dos elementos ainda não ter acabado?<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281655-cosmoquimica-ajudar-encontrar-vida-fora-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Saiba mais sobre como isso pode contribuir para encontrar vida fora da Terra</a>! Boas buscas e continue acompanhando a TecMundo para atualizações! Até mais.&nbsp;

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Conhecemos apenas 1% da composição química do universo

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Explorar asteroides com jazidas de metais preciosos é certamente um investimento lucrativo, mas, a que custo para os habitantes da Terra?

Sonho de dez entre dez pessoas na face da Terra, tornar-se um bilionário não é uma coisa que cai do céu. Mas, quem sabe, pode estar no céu, ou mais precisamente entre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290501-asteroides-proximos-terra-desvendar-misterio-quinta-forca-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os chamados asteroides próximos à Terra</a> (NEAs na sigla em inglês). É que alguns desses corpos celestes, e outras que eventualmente cruzam nosso planeta, podem conter metais preciosos.Segundo Bertrand Dano, da Universidade de Miami, nos EUA, alguns desses asteroides "são feitos apenas de pedra, enquanto outros têm altas concentrações de metais raros, como platina e ouro para eletrônicos, níquel e cobalto para catalisadores e tecnologia de células de combustível e, claro, ferro", explicou o engenheiro mecânico em artigo publicado no site da universidade.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279529-asteroides-sistema-solar-ter-elementos-superpesados-diz-cientista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Asteroides do Sistema Solar podem ter elementos superpesados</a></li></ul>Para o professor, a mineração de asteroides já é uma realidade, com um “punhado de empresas apostando nisso”. Como há atualmente cerca de dois milhões de asteroides maiores do um quilômetro, há um enorme potencial nesses corpos celestes, principalmente depois que diversas missões recentes encontraram, orbitaram, pousaram e até trouxeram amostras de asteroides para o nosso planeta.<h2>Minerar asteroides pode gerar lucros incalculáveis</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/y8XvQNt26KI" title="Recursos ilimitados do espaço - Mineração de Asteroides" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em entrevista ao site Earth.com, o cofundador e CEO da startup AstroForge, Matt Gialich, afirma que a mineração de corpos celestes tem potencial para render lucros incalculáveis e transformar a exploração espacial em um negócio multibilionário. Fundada em San Jose, na Califórnia, em 2021, sua empresa já arrecadou US$ 40 milhões (R$ 236 milhões) em financiamento.Um exemplo dessa riqueza, o asteroide 16 Psique, de 200 quilômetros de largura, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272308-nasa-estuda-natureza-metalica-asteroide-psyche.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que será visitado pela sonda espacial Psyche da NASA em 2029</a>, pode ter um valor superior a US$ 10 quintilhões em metais preciosos. Se puder ser explorado, ele poderia transformar cada habitante da Terra em bilionário.Só que não dá para pegar simplesmente uma carona no foguete Falcon Heavy, de Elon Musk, e levar uma picareta para o espaço. Assim como o seu resultado, a mineração de asteroides demanda igualmente investimentos altíssimos, desde equipamentos especiais capazes de funcionar no vácuo, até uma tecnologia para trazer essas cargas preciosas para a Terra.<h2>A mineração de asteroides já começou</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/grosgXkfua694zVQuXtoTC-970-80.jpg.webp" data-fonte="&amp;nbsp;AstroForge&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27154131316177.jpg" alt="A nova nave especial Odin, da AstroForge. (Fonte: AstroForge/Divulgação)"><figcaption>A nova nave especial Odin, da AstroForge. (Fonte: AstroForge/Divulgação)</figcaption></figure>Em seus planos ambiciosos, a AstroForge não quer ficar restrita às imediações da Terra, mas já obteve, da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282197-ceu-noturno-identificar-cometas-asteroides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma licença experimental para operar no espaço profundo</a>. Isso significa operar além de dois milhões de quilômetros da Terra com sua sonda espacial de prospecção Odin.&nbsp;No vale-tudo da corrida do ouro dos corpos celestes, Gialich não se preocupa com questões éticas ou legais, como, por exemplo, reivindicar a propriedade de um asteroide. "Em 2015, aprovamos a Lei Espacial, e a Lei Espacial diz que qualquer empresa comercial nos Estados Unidos pode minerar um asteroide com fins lucrativos", observou o CEO.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400486-as-2-luas-de-marte-foram-formadas-pela-ruptura-de-um-asteroide-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As 2 luas de Marte foram formadas pela ruptura de um asteroide, diz estudo</a></li></ul>Para dar um verniz positivo ao seu empreendimento, que pode ter algumas consequências perigosas para a população da Terra, Gialich se defende dizendo que não está buscando apenas o lucros, mas também uma solução mais ecológica para as poluentes formas de mineração terrestres.&nbsp;<h2>Quem ganha e quem perde com a mineração espacial?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://forbes.com.br/wp-content/uploads/2024/08/16-Psyche-768x512.png" data-fonte="&amp;nbsp;NASA&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27163704818192.jpg" alt="Sonda Psyche chegará em 2029 ao asteroide que vale mais do que a economia global. (Fonte: NASA/Divulgação)_"><figcaption>Sonda Psyche chegará em 2029 ao asteroide 16 Psique que vale mais do que a economia global. (Fonte: NASA/Divulgação)_</figcaption></figure>Embora seja um caminho escolhido por vários empreendedores para se tornarem trilionários, a mineração espacial traz embutidos alguns riscos para a economia global e até mesmo para a sobrevivência do planeta. Imagine se, durante uma manipulação de asteroides para facilitar sua mineração,&nbsp;alguém desviar uma rocha dessas em direção à Terra.Há também a questão de possíveis conflitos geopolíticos e militares, com nações passando as vias de fato e bombardeando asteroides bem sobre nossas cabeças. Mesmo a tão propalada solução ecológica perde, quando pensamos no descarte inadequado de resíduos espaciais, que podem teoricamente degradar nosso solo, água e atmosfera.&nbsp;<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271833-nao-deve-usar-imas-procurar-meteoritos-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que não se deve usar ímãs para procurar meteoritos?&nbsp;</a></li></ul>Finalmente, no campo meramente econômico, há o risco de saturação dos mercados, pois cada carregamento de minerais preciosos que chegasse à Terra derrubaria o <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/238672-commodity-saiba-tipos-importancia-economia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">preço das commodities</a>. A consequência imediata seria um impacto na economia de países em desenvolvimento (mais um!) que dependem das exportações de matéria-prima.&nbsp;Embora esse debate se baseie em uma tecnologia que ainda não está operacional, é preciso que ele seja feito, e não envolva apenas negociações entre os países que possuem capacidade tecnológica para concretizar a mineração de asteroides no espaço sideral. Na mesa de negociações, devem estar também os países que sofrerão os impactos econômicos negativos, para não serem excluídos, como ocorre nos debates climáticos.&nbsp;Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com seus amigos. Até mais!&nbsp;

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Minerar asteroides pode ser o futuro dos investimentos?

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O elemento de número 4 da tabela periódica possui diversos usos, inclusive, possui versões preciosas, como esmeraldas. Saiba mais sobre o berílio.

O berílio é o quarto elemento da tabela periódica e pertence à família 2A, que corresponde aos metais alcalinos-terrosos. Sua aparência é similar a do alumínio em sua 'versão' metálica, mas também possui versões preciosas, bastante cobiçadas e com valores consideráveis.&nbsp;Como outros metais da sua família, ele <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275164-conheca-importancia-3-principais-camadas-terra.htm#:~:text=A%20crosta%20terrestre%20%C3%A9%20a,mais%20espessa%20e%20menos%20densa." rel="noopener noreferrer" target="_blank">não está amplamente disponível na crosta terrestre</a>, sendo necessários alguns processos até obter uma versão purificada utilizada na metalurgia, tecnologia nuclear e até em dispositivos enviados para espaço.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237094-surgiu-tabela-periodica-saiba-origem-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como surgiu a tabela periódica?&nbsp;</a></li></ul>Continue a leitura para saber mais sobre&nbsp;a história do berílio, principais usos e algumas curiosidades sobre esse metal, tão importante na atualidade. &nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12161006821226.jpg" alt="Os espelhos do telescópio James Webb são um bom exemplo de usos do berílio em missões espaciais. Fonte: GettyImages."><figcaption>Os espelhos do telescópio James Webb são um bom exemplo de usos do berílio em missões espaciais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Um doce de Berílio</h2>Em 1798, Louis Nicolas Vauquelin, farmacêutico e químico francês, estava analisando algumas amostras de pedras preciosas, esmeraldas e águas marinhas, sob demanda de um colega mineralogista, chamado Abbé René-Just Haüy.&nbsp;Em seus testes, Vaquelin detectou a presença de um novo elemento, ao qual ele deu o nome de glaucinium,&nbsp;em alusão a palavra grega que significa doce. O gosto do material isolado das pedras preciosas tinha um sabor adocicado, o que levou a escolha do nome.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12162703570238.jpg" alt="Eu sei que lembra uma bala de açúcar, mas evite. Você vai agradecer. Fonte: GettyImages."><figcaption>Eu sei que lembra uma bala de açúcar, mas evite. Você vai agradecer. Fonte: (Getty Images)</figcaption></figure>É sempre bom lembrar, que até certo tempo atrás, era comum que pesquisadores 'provassem' seus experimentos. Algo que atualmente se sabe ser fortemente não recomendado. E a recomendação tem um motivo. Algumas apresentações do berílio são altamente tóxicas. Então, o pequeno experimento gustativo, pode não ter acabado muito bem.&nbsp;Fato é, que talvez em busca de não encorajar outros curiosos, o nome do elemento ficou registrado como berílio, que designava várias pedras verdes, ou verde azuladas, encontradas na natureza.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13083534802003.jpg" alt="d"><figcaption>Pode continuar usando suas joias sem medo de morte por intoxicação por berílio. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Hoje sabemos que essas pedras são uma forma de silicato de berílio, e não, suas esmeraldas e águas marinhas<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287419-toxina-mortal-conheca-produtos-quimicos-perigoso-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;não são tóxicas</a>. Contudo, se você optar por isolar o berílio, não podemos dar garantias.<h2 style="text-align:justify;">Berílio da terra ao espaço&nbsp;</h2>O berílio é considerado&nbsp;o metal alcalino-terroso mais leve da tabela periódica, e também possui como vantagem, o seu alto ponto de fusão, em torno de 1287&nbsp;°C, que o faz resistente o suficiente para utilização em tecnologia militar, nuclear e espacial.Além disso, ele possui uma baixa interação com o oxigênio, tornando o bastante resistente à oxidação. Todas essas características o fazem desejado como elemento para produção de ligas, como berílio-alumínio e cobre-berílio.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294121-importancia-numero-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a importância do número atômico?</a></li></ul>As ligas contêm berílio são amplamente utilizadas nas áreas de aeronáutica e <a href="https://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/45170-jwst-saiba-como-os-espelhos-mais-complexos-do-mundo-vao-funcionar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria espacial</a>, indústria nuclear, maquinário de Raios-x e tecnologia de imagem, por ser 'transparente' nos bombardeios, ferramentas de precisão, dispositivos eletrônicos e ópticos.Além disso, ele também pode ser utilizado em datações geológicas. Seu isótopo, berílio - 10, é radioativo e através da contagem da quantidade do elemento em rochas, é possível estimar por quanto e a quanto tempo esses minérios estiveram expostos na crosta terrestre.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12164825501250.jpg" alt="Estados Unidos, China e Moçambique são os principais produtores de berílio. O Brasil possui uma participação discreta. Fonte: GettyImages."><figcaption>Estados Unidos, China e Moçambique são os principais produtores de berílio. O Brasil possui uma participação discreta. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Porém, como dissemos anteriormente, o quarto elemento da tabela periódica não é encontrado sozinho em sua versão metálica pura, sendo necessário o processamento mineral para sua obtenção.Sabe-se que existem ao menos 30 tipos de minerais que apresentam a presença do berílio. E é na extração que outros riscos da manipulação do elemento surgem. Já vimos que provar sais (mesmo sendo doces) de berílio não é uma boa alternativa. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400660-o-nucleo-do-demonio-o-experimento-que-tirou-a-vida-de-dois-fisicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mas inalá-los, pode ser uma ideia ainda pior</a>.&nbsp;Quando processado, partículas do elemento podem ficar dispersas no ar. Quando inaladas, podem desencadear um processo inflamatório significativo nos pulmões, ocasionando no desenvolvimento de câncer pulmonar. O nome da doença causada pela hiper exposição ao berílio é chamada de beriliose.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12165645195253.jpg" alt="Mas é necessário muito trabalho para mineração e isolamento do berílio, envolvendo riscos de saúde. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Mas é necessário muito trabalho para mineração e isolamento do berílio, envolvendo riscos de saúde. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Vapores de berílio são igualmente tóxicos. Por isso, trabalhadores de minhas de extração e processamento de desse elemento precisam manter testagem constante dos níveis de berílio no organismo. Nada de burlar os exames periódicos.A tabela periódica é recheada de elementos incríveis, e o quarto elemento é tão importante que foi classificado pela união europeia como uma das suas 20 matérias-primas principais. E como um bônus, sabemos da existência dos nêutrons também graças a esse elemento.Quais outros usos para o berílio você conhece? Nos conte em nossas redes sociais! E a até o próximo elemento, confira também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294136-conheca-tabela-periodica-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como seria uma tabela periódica cósmica</a>! Que tal um silicato de berílio para Natal? Fica a dica de presente e até mais!

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Berílio: da tabela periódica aos mísseis, aeronaves e celulares

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Conheça a história do objeto que vitimou dois físicos no Laboratório Nacional Los Alamos, nos Estados Unidos, na década de 40. 

No ano de 1945, nos recônditos de uma sala do Laboratório de Los Álamos, um pedaço de plutônio 239, inerte à primeira vista, escondia o poder de um sol em miniatura. Ele não emitia luz ou calor visíveis, mas carregava a capacidade de destruir ou de transformar por completo o espaço ao seu redor.&nbsp;Conhecido como o “Núcleo do Demônio”, esse bloco de metal cinza foi responsável por dois trágicos acidentes que custaram a vida de físicos talentosos e sublinharam os perigos da manipulação de materiais nucleares. Mas o que havia de tão especial — e tão perigoso — neste objeto?<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260471-brasil-nao-ter-armas-nucleares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o Brasil não pode ter armas nucleares?</a></li></ul>No início da década de 40, o mundo estava em meio a uma revolução científica que mudaria a história para sempre. Durante a Segunda Guerra Mundial, o famoso Projeto Manhattan reuniu cientistas de todo o mundo <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/266921-oppenheimer-feita-bomba-atomica-usada-explosao-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desenvolver a bomba atômica</a>, uma arma que explorava a fissão nuclear para liberar quantidades imensas de energia. Elementos como urânio-235 e plutônio-239 eram fundamentais para esses dispositivos.<figure class="image" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_do_Dem%C3%B3nio" data-fonte="&amp;nbsp;Laboratório Nacional Los Alamos&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03105209623075.jpeg" alt="Núcleo do Demônio, uma massa subcrítica de plutônio de 6,2 kg."><figcaption>Núcleo do Demônio, uma massa subcrítica de plutônio de 6,2 kg.</figcaption></figure>Este último elemento, o protagonista desta história, é um isótopo altamente radioativo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269273-fissao-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que pode sofrer fissão nuclear em cadeia</a>, liberando energia ao dividir seus átomos em partes menores. O chamado estado crítico ocorre quando o material é compactado ou configurado de maneira a permitir que nêutrons emitidos pela fissão causem reações em cadeia descontroladas.&nbsp;<blockquote>“Esse princípio é o mesmo que alimenta bombas atômicas, mas, em um laboratório, mesmo pequenas quantidades de material nuclear podem ser fatais quando as reações não são controladas.”</blockquote>O Núcleo do Demônio foi criado como parte do esforço de guerra, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280441-tragedia-nuclear-hiroshima-revelar-misterios-formacao-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visando ser usado em uma terceira bomba atômica após as de Hiroshima e Nagasaki</a>. No entanto, com o fim da segunda guerra, ele se tornou um objeto de estudo para entender melhor os limites da fisicalidade dos materiais nucleares.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03105341852076.jpg" alt="Nuvens de poeira em formato de cogumelo resultado da explosão atômica em um teste militar,"><figcaption>Nuvens de poeira em formato de cogumelo resultado da explosão atômica em um teste militar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Pesando cerca de 6,2 quilos, o núcleo era denso e aparentemente inofensivo, mas sua proximidade ao estado crítico significava que, sob certas condições, poderia desencadear reações em cadeia perigosas.&nbsp;Os físicos que trabalhavam com ele realizavam experimentos conhecidos como "brincadeiras com o rabo do dragão", tentando determinar quão perto poderiam chegar de um estado crítico sem o ultrapassar.Contudo, essa não é uma história feliz. Na noite de 21 de agosto de 1945, o físico Harry Daghlian estava sozinho na sala do núcleo no Laboratório Nacional de Los Alamos, localizado no Novo México. Ele estava realizando um experimento para medir a massa crítica do núcleo, empilhando blocos de carbeto de tungstênio ao redor do plutônio para refletir nêutrons de volta ao núcleo, aumentando sua reatividade.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400257-como-e-por-que-a-radiacao-pode-ser-perigosa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como e por que a radiação pode ser perigosa?</a></li></ul>Em um momento fatídico, Daghlian deixou cair acidentalmente um dos blocos sobre diretamente o núcleo. Isso fez com que o material alcançasse um estado crítico temporário, desencadeando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230756-radiacao-saude-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma liberação súbita de radiação</a>.&nbsp;Daghlian reagiu rapidamente, removendo o bloco, mas já era tarde demais. Ele recebeu uma dose letal de radiação equivalente a 5,0 Gy (5,0 grays, unidade de radiação absorvida. O índice de letalidade começa por volta de 2,0 Gy).&nbsp;Nas semanas seguintes, Daghlian sofreu os sintomas clássicos da exposição aguda à radiação: náuseas, queimaduras e falência de órgãos. Ele morreu 25 dias depois, com apenas 24 anos.<figure class="image" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_do_Dem%C3%B3nio#/media/Ficheiro:Tickling_the_Dragons_Tail.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Laboratório Nacional Los Alamos&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03105431285077.jpg" alt="Encenação do incidente de 1946 com uma chave de fenda utilizada para separar os dois hemisférios."><figcaption>Encenação do incidente de 1946 com uma chave de fenda utilizada para separar os dois hemisférios. (Fonte: &nbsp;Laboratório Nacional Los Alamos)</figcaption></figure>Menos de um ano depois, em 21 de maio de 1946, o físico Louis Slotin também caiu vítima do Núcleo do Demônio. Slotin, um especialista <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267067-funciona-bomba-atomica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em montagem de bombas nucleares</a>, estava demonstrando um experimento de criticidade para outros colegas. Usando uma técnica altamente arriscada, ele manipulava hemisférios de berílio ao redor do núcleo, que funcionavam como refletores de nêutrons.Para controlar a proximidade dos refletores, Slotin usava apenas uma chave de fenda, mantendo-os separados por uma pequena abertura. Durante o experimento, a chave escorregou, fechando a abertura e levando o núcleo a um estado supercrítico. Uma intensa rajada de radiação foi emitida em frações de segundo.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266682-bomba-atomica-oppenheimer-ainda-perigosa-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A bomba atômica de Oppenheimer ainda é a mais perigosa do mundo?</a></li></ul>Slotin, percebendo o erro, reagiu rapidamente e separou os hemisférios, mas já havia absorvido uma dose de radiação fatal, estimada em 10 Gy. Ele sentiu um calor instantâneo, um sinal clássico de exposição extrema à radiação. Nos dias seguintes, ele desenvolveu os mesmos sintomas que Daghlian, incluindo náuseas, vômitos e queimaduras severas. Slotin morreu nove dias depois, aos 35 anos.A radiação emitida em ambos os casos causou uma ionização massiva no corpo dos cientistas, destruindo moléculas, quebrando DNA e matando células de forma irreversível, tornando uma recuperação impossível.<figure class="image" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_do_Dem%C3%B3nio#/media/Ficheiro:Operation_Crossroads_-_Able_001.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Domínio Público&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03105607413083.jpg" alt="Explosão da bomba Able, feita a partir do Núcleo do Demônio."><figcaption>Explosão da bomba Able, feita a partir do Núcleo do Demônio. (Fonte: Domínio Público)</figcaption></figure>Após o segundo acidente, o núcleo foi desativado e eventualmente usado em um teste nuclear na Operação Crossroads, em 1946. Esses acidentes levaram&nbsp;a mudanças significativas nos protocolos de segurança para experimentos nucleares, incluindo a proibição de manipulações manuais de materiais radioativos em condições críticas.O Núcleo do Demônio deixou um legado sombrio, mas também serviu como um alerta sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/294312-8-mitos-verdades-energia-nuclear-usada-alimentar-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os perigos da energia nuclear</a> quando não manipulada com o devido respeito e cautela. Os infelizes acidentes de Daghlian e Slotin ajudaram a moldar práticas mais seguras na manipulação de materiais radioativos que evoluem até hoje.

Laboratório Nacional Los Alamos

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O Núcleo do Demônio: o experimento que tirou a vida de dois físicos

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Um novo método desenvolvido por cientistas japoneses pode simplificar a produção de hidrogênio utilizando luz solar e água.

Com um futuro cada vez mais focado nas mudanças climáticas, governos, pesquisadores e empresas estão buscando alternativas de combustíveis que não agravem a situação do planeta. Em um estudo recente publicado na revista científica Frontiers in Science, cientistas japoneses descrevem que estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de transformar luz solar e água em combustível de hidrogênio.O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274956-saiba-hidrogenio-verde-o-futuro-geracao-energia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidrogênio é considerado um dos combustíveis do futuro</a>, pois causa menos danos à natureza do que os combustíveis fósseis utilizados atualmente. Porém, o problema é que sua produção ainda é complicada e muito cara. Ou seja, o novo método desenvolvido pelos cientistas japoneses poderia revolucionar o mercado de combustíveis verdes.<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290271-video-mostra-hidrogenio-oxigenio-criando-agua-nanoescala-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vídeo mostra hidrogênio e oxigênio criando água em nanoescala</a></li></ul>A partir de fotocatalisadores sensíveis a ultravioleta, os cientistas desenvolveram um método que utiliza a luz solar para dividir a água em hidrogênio e oxigênio.&nbsp;Apesar de parecer um processo simples, ele exige tecnologia e uma quantidade significativa de energia para ‘converter a água em combustível de hidrogênio’.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/X3qb1Wc1j5g?si=QXUzvbnBVN3Gfnox" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>"A divisão de água acionada pela luz solar usando fotocatalisadores é uma tecnologia ideal para conversão e armazenamento de energia solar em química, e desenvolvimentos recentes em materiais e sistemas fotocatalíticos aumentam as esperanças para sua realização. No entanto, muitos desafios permanecem", disse um dos autores e professor da Universidade Shinshu, Kazunari Domen, em comunicado oficial.<h2>Luz solar e água em hidrogênio</h2>A equipe conseguiu realizar uma prova de conceito do método a partir de um reator de 100 metros quadrados, utilizado durante três anos.&nbsp;O estudo descreve que eles obtiveram um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282305-espelhos-espaco-melhorar-producao-energia-solar-terra-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desempenho melhor com a luz solar real</a> do que com a luz artificial em laboratório.&nbsp;Porém, o modelo apresenta atualmente apenas 1% de eficiência total, e os cientistas esperam superar 5% com o avanço da tecnologia.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04122116139099.jpg" alt="Especialistas acreditam que o hidrogênio verde pode ser o combustível do futuro."><figcaption>Especialistas acreditam que o hidrogênio verde pode ser o combustível do futuro, mas os avanços na área continuam engatinhando. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para superar a barreira dos 5%,&nbsp;o estudo sugere a necessidade de desenvolver fotocatalisadores mais eficientes e reatores ainda maiores&nbsp;do que o utilizado durante a pesquisa. Assim, eles poderiam produzir combustível de hidrogênio em uma escala maior.Por isso, os pesquisadores recomendam a criação de regulamentações de segurança, padrões e critérios de eficiência para facilitar e agilizar o desenvolvimento de uma tecnologia eficaz.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284460-relacao-hidrogenio-corrida-do-ouro-energia-limpa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual a relação do hidrogênio com a 'corrida do ouro' pela energia limpa?</a></li></ul>“O aspecto mais importante a ser desenvolvido é a eficiência da conversão de energia solar em química por fotocatalisadores. Se for melhorado para um nível prático, muitos pesquisadores trabalharão seriamente no desenvolvimento de tecnologia de produção em massa e processos de separação de gás, bem como construção de usinas em larga escala”, Domen acrescenta.Mantenha-se atualizado com os mais recentes estudos da química e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para aprender um pouco mais, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289191-hidrogenio-saiba-tudo-primeiro-elemento-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre o primeiro elemento da tabela periódica</a>. Até a próxima!

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Novo método pode transformar luz solar e água em hidrogênio, diz estudo

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Descubra o que é a radiação e quais são os tipos perigosos para os seres humanos.

A radiação, em suas diversas formas, permeia o mundo ao nosso redor. Ela é invisível, onipresente, essencial para a vida e também uma força destrutiva. Mas o que realmente torna a radiação tão perigosa para os seres humanos?&nbsp;Ao sermos expostos à radiação, seja de maneira acidental, seja devido a uma fonte artificial, o que acontece em nosso corpo quando partículas subatômicas encontram nossos tecidos, atravessam nossas células e chegam até o nosso DNA?&nbsp;<ul><li>Saiba também:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266623-alimentos-naturalmente-radioativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais alimentos são naturalmente radioativos?</a></li></ul>Para responder a isso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230756-radiacao-saude-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é preciso compreender o que é a radiação</a>, como ela interage com a matéria viva e os tipos específicos que podem nos causar mal.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="Getty Images"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14140746501155.jpg" alt="A radiação solar é a principal fonte de energia do planeta Terra."><figcaption>A radiação solar é a principal fonte de energia do planeta Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A história da radiação começa no final do século XIX, quando os cientistas Wilhelm Röntgen, Henri Becquerel e Marie Curie começaram a investigar fenômenos misteriosos no campo da física. Röntgen, em 1895, descobriu os raios X, um tipo de radiação que conseguia atravessar a pele e revelar estruturas internas, como ossos.&nbsp;Logo em seguida, Henri Becquerel descobriu a radioatividade, observando que certos elementos, como o urânio, emitiam uma energia invisível capaz de penetrar até objetos sólidos. Um pouco mais tarde, Marie Curie e seu marido Pierre Curie realizaram experimentos fundamentais com materiais radioativos, como o rádio e o polônio, e ajudaram a estabelecer o conceito de elementos que emitem radiação de maneira natural.<blockquote>“Essas descobertas abriram portas incríveis para a medicina e para a ciência nuclear, mas também trouxeram o perigo, inicialmente subestimado, da radiação”.&nbsp;</blockquote>Os primeiros cientistas que lidaram com materiais radioativos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/133203-marie-curie-eleita-mulher-influente-historia.htm#:~:text=Foi%20a%20primeira%20mulher%20a,como%20o%20asteroide%207000%20Curie." rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a própria Marie Curie</a>, não tinham conhecimento dos riscos e os efeitos nocivos da exposição prolongada à radiação, e acabaram sofrendo graves problemas de saúde, chegando até mesmo a morte.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14141150180164.jpg" alt="Os estudos de Marie Curie com a radioatividade foram pioneiros e deram origem a avanços significativos na física nuclear."><figcaption>Os estudos de Marie Curie com a radioatividade foram pioneiros e deram origem a avanços significativos na física nuclear. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Por definição, radiação é a emissão de energia que se propaga por meio de partículas ou ondas eletromagnéticas. Existem dois tipos principais: radiação ionizante e não ionizante. A radiação não ionizante inclui ondas de rádio, micro-ondas e luz visível — formas de radiação geralmente inofensivas ao corpo humano em níveis normais.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235400-marie-curie-importancia-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quem foi Marie Curie e qual a sua importância para a ciência</a></li></ul>A radiação ionizante, por outro lado, é toda aquela que tem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos e moléculas, transformando-os em íons.<h2>A radiação ionizante pode ser classificada em três tipos principais</h2><h3>Radiação Alfa (α)</h3>Este tipo de radiação é composto por partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons (o núcleo de um átomo de hélio). Embora seja altamente ionizante (capaz de destruir átomos ao remover elétrons de seus átomos), as partículas alfa têm baixa capacidade de penetração.&nbsp;Elas não conseguem atravessar a pele humana, mas se uma fonte de radiação alfa for ingerida ou inalada, os danos podem ser devastadores. O polônio-210, por exemplo, é um elemento radioativo altamente perigoso em forma alfa, e sua ingestão pode ser letal.<h3>Radiação Beta (ß)</h3>Composta por partículas de alta energia, os elétrons ou pósitrons, a radiação beta pode penetrar mais profundamente na pele humana, mas geralmente não atinge órgãos internos com alta intensidade. No entanto, a exposição prolongada pode causar danos ao tecido, como queimaduras de radiação ou, em casos extremos, aumentar o risco de câncer.<h3>Radiação Gama (y)</h3>As radiações gama <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/258044-eletromagnetismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são ondas eletromagnéticas</a> de alta frequência, semelhantes à luz, mas com uma energia muito maior. Elas têm uma penetração extremamente profunda e podem atravessar vários metros de concreto ou até mesmo o corpo humano.&nbsp;A radiação gama pode causar danos severos a células e tecidos internos, tornando-se a forma de radiação mais perigosa quando não controlada adequadamente.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.sensaweb.com.au/wp-content/uploads/2022/05/alpha-beta-gamma-1024x576.png" data-fonte="&amp;nbsp;Sensaweb&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14142119663168.jpg" alt="A radiação alfa, beta e gama tem diferentes capacidades de penetrabilidade na matéria. "><figcaption>A radiação alfa, beta e gama tem diferentes capacidades de penetrabilidade na matéria. (Fonte: Sensaweb)</figcaption></figure>A radiação ionizante é perigosa porque ela pode romper ligações químicas em moléculas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">especialmente no DNA das células</a>. Quando isso acontece, as células podem sofrer mutações que as tornam cancerígenas ou, em doses elevadas, morrerem.&nbsp;Os efeitos da radiação variam segundo a dose e a exposição. A unidade de medida comum para a dose absorvida pelo corpo é o sievert (Sv), e pequenas doses de radiação, como aquelas usadas em radiografias, são relativamente seguras. Contudo, doses elevadas, como as liberadas em acidentes nucleares, podem ser mortais.<h2>Os efeitos biológicos da radiação ionizante&nbsp;</h2><h3>Exposição aguda</h3>Uma dose elevada de radiação em um curto período pode causar envenenamento por radiação, com sintomas que vão desde náuseas e vômitos até danos em órgãos vitais. Em casos extremos, essa exposição pode levar à morte em poucos dias ou semanas, dependendo da dose.<h3>Efeitos a longo prazo</h3>A exposição contínua, mesmo a baixas doses de radiação, pode levar ao acúmulo de danos celulares, aumentando o risco de desenvolver cânceres, especialmente leucemia e cânceres de pele.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265745-radiacao-cosmica-fundo-observando-vestigios-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A radiação dos celulares pode causar câncer?</a></li></ul><h3>Efeitos genéticos</h3>A radiação pode causar mutações nos genes que podem ser transmitidas às futuras gerações. Isso ocorre especialmente quando a exposição afeta células reprodutivas.Os perigos da radiação se tornaram evidentes em eventos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280441-tragedia-nuclear-hiroshima-revelar-misterios-formacao-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em 1945</a>, onde as explosões nucleares liberaram radiação gama mortal, matando centenas de milhares de pessoas e deixando um legado de doenças genéticas nas gerações seguintes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14142404015171.jpg" alt="Um dos efeitos nocivos à exposição prolongada de radiação é o surgimento de células cancerígenas, os tumores malignos. "><figcaption>Um dos efeitos nocivos à exposição prolongada de radiação é o surgimento de células cancerígenas, os tumores malignos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Outro exemplo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/217170-chernobyl-inabitavel-24-mil-anos-vida-selvagem-prospera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é o desastre de Chernobyl em 1986</a>, onde a exposição à radiação resultou em inúmeras mortes e casos de câncer que se manifestaram ao longo das décadas.Após esses eventos, a ciência se empenhou em compreender melhor a radiação e os meios de protegê-la, levando à criação de protocolos rigorosos de segurança para aqueles que trabalham com materiais radioativos, seja em usinas nucleares, medicina ou pesquisa.&nbsp;Por essas razões, hoje é possível utilizá-la em diversas formas, usá-la de forma segura, minimizando seus perigos e ampliando seus benefícios.

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Como e por que a radiação pode ser perigosa?

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De baterias à saúde mental, conheça algumas das aplicações para o Lítio.

O elemento de número três na tabela periódica está em todos os lugares. Descoberto em meados dos anos 1800, metal alcalino é tão importante para a indústria energética, tecnológica e até médica, que um desabastecimento poderia ocasionar um apagão de diversas áreas. O lítio está em todos os lugares.&nbsp;Apesar de ser um metal, ele não é encontrado naturalmente nesse estado, sendo necessário um processo de "refino" para obtê-lo. Mas ele é abundante em outras formas, processado as toneladas todos os anos. &nbsp;Quer saber mais? Venha descobrir sobre o terceiro elemento da tabela periódica.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14133528664135.jpg" alt="A chama avermelhada, característica do lítio, fez com que os pesquisadores supusessem sua presença em rochas que estavam sendo pesquisadas."><figcaption>A chama avermelhada, característica do lítio, fez com que os pesquisadores supusessem sua presença em rochas que estavam sendo pesquisadas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Tem brasileiro na história</h2>Em meados dos ano 1800, José Bonifácio de Andrada e Silva, naturalista brasileiro que estudava a química dos minerais, encontrou uma pedra esbranquiçada, a petalita. Composta por alumínio e um elemento secundário, ainda desconhecido, essa pedra possuía algumas características interessantes quando exposta ao fogo.Quando pulverizadas e expostas às chamas, labaredas avermelhadas eram produzidas, denotando a presença de outro componente ainda desconhecido, visto que minerais já identificados, como o potássio, produziam chama azulada.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14134309367141.jpg" alt="Por ser encontrado em rochas brancas ou esbranquiçadas, o lítio também já foi chamado de "><figcaption>Por ser encontrado em rochas brancas ou esbranquiçadas, o lítio também já foi chamado de "ouro branco", devido a sua importância. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas o mistério permaneceu até 1817. Johan August Arfwedson, químico suíço, observou as propriedades da petalita e tentou isolar o componente por meio de eletrólise, no entanto, sem sucesso. Ainda que não tenha conseguido obter uma amostra pura, ele nomeou o novo elemento como lítio, que origina da palavra 'lithos', que significa pedra.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273821-baterias-sodio-ameacar-dominio-litio-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As baterias de sódio podem ameaçar o domínio do lítio no mundo?</a></li></ul>Foi só em 1821, que pela primeira vez, uma pequena quantidade pôde ser isolada. Mas ainda foram necessários 34 anos até que uma amostra grande o suficiente fosse obtida para que estudos mais robustos pudessem ser feitos com o elemento. Quem realizou o feito foram os cientistas Robert Bunsen e Augustus Matthiessen, em 1855.<h2 style="text-align:justify;">O elemento multiuso</h2>Desde a sua descoberta o lítio tem sido testado nas mais diversas frentes. As mais usuais estão agora na sua mão. Se você está lendo pelo celular, notebook ou computador, há pelo menos um componente que utiliza o lítio, geralmente as baterias ou ligas metálicas.Na natureza, o lítio é encontrado 'misturado' em rochas como a petalita, pegmatitos, entre outras rochas e minerais. Em menores quantidades, é possível encontrá-lo inclusive em salmouras.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14154924764208.jpg" alt="O metal é obtido através de processo de eletrólise de cloreto de lítio. "><figcaption>O metal é obtido por meio de processo de eletrólise de cloreto de lítio. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para ser isolado, as rochas são processadas e passam por uma separação do "sal" de lítio. O cloreto de lítio então é eletrolisado, formando o metal. Em sua forma metalizada ele é utilizado em componentes de bateria, ligas de metálicas junto a outros metais, como o alumínio e magnésio.Essas ligas são leves e resistentes, podendo ser utilizadas para fabricação de bicicletas, componentes de carenagem de automóveis e aviões. Mas há outros dois usos bastante interessantes.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231912-litio-importante-o-futuro-sustentavel-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o lítio é importante para o futuro sustentável da humanidade?</a></li></ul>O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237094-surgiu-tabela-periodica-saiba-origem-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terceiro elemento da tabela periódica</a> também pode ser utilizada na indústria de lubrificantes! Algumas graxas e lubrificantes utilizam lítio, que confere um aspecto de resistência à água, suportam altas temperaturas, além de auxiliar para o resfriamento dos mecanismos onde são aplicados.E se você chegou até aqui se perguntando se esse lítio é o mesmo utilizado nas medicações psiquiátricas, você acertou! O carbonato de lítio é utilizado para pacientes com transtorno bipolar, ou outras condições psiquiátricas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14160308345215.jpg" alt="O primeiro "><figcaption>O primeiro "beneficiado" pelo tratamento com lítio, foram os porquinhos-da-índia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em 1940, o cloreto de lítio era utilizado como substituto para o sal em algumas cozinhas (vamos deixar os julgamentos de lado), e percebeu-se que em altas quantidades, poderia ser tóxico para os seres humanos.&nbsp;Contudo, John Cade, médico australiano, resolveu testar doses menores em porquinhos-da-índia. Ele percebeu que em pouco tempo de exposição, até mesmo os animais mais "raivosos" ficaram mais tranquilos e receptivos.&nbsp;Ele então decidiu testar doses semelhantes em seus pacientes que apresentavam comportamento agressivo. O resultado se repetiu.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14160928225217.jpg" alt="Contundo, o medicamento hoje utilizado é o carbonato de lítio, não mais sua forma 'salina'."><figcaption>Contundo, o medicamento hoje utilizado é o carbonato de lítio, não mais sua forma 'salina'. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Quem diria que uma chama vermelha resultaria em um dos elementos mais úteis e amplamente utilizados do mundo?<h2>Haja lítio</h2>As principais fontes de lítio no mundo são originárias da Austrália, Chile e China. O Brasil também produz uma certa quantidade do elemento, no entanto, corresponde a uma parcela ínfima.&nbsp;Ainda que seja encontrado com certa facilidade, seu processamento não é algo tão simples. Ao considerarmos que grande parte da tecnologia de armazenamento de energia é baseada em células de lítio, futuramente podemos ter problemas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14162003113223.jpg" alt="Não apenas o desafio para obtenção de material para fabricação, mas também o impacto do descarte de baterias de lítio, também geram desafios."><figcaption>Não apenas o desafio para obtenção de material para fabricação, mas também o impacto do descarte de baterias de lítio, também geram desafios. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Além disso, ainda que o elemento seja conhecido há séculos, não se sabe ao certo os efeitos biológicos que o lítio possa causar nos mais diversos organismos. Assim, temos diversos desafios a serem enfrentados e manejados para menor impacto na saúde e no meio ambiente.&nbsp;Algumas pesquisas já tem pensado&nbsp;em formas de reciclar e reaproveitar as células de lítio descartadas, com foco na diminuição do impacto ambiental&nbsp;e como forma de reaproveitar o material já processado, mas será necessária mais pesquisas e formas mais baratas para que esse processo seja possível.&nbsp;<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294136-conheca-tabela-periodica-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A tabela periódica cósmica</a></li></ul>Enquanto isso, que haja lítio para que todas nossas expectativas e projetos futuros possam ser realizados.&nbsp;Ficou curioso sobre o papel do Brasil na obtenção do lítio? Então aproveite para entender, o porquê precisamos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231948-brasil-precisa-ciencia-explorar-litio-agredir-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenvolver nossa tecnologia para produzir mais, sem destruir tanto o meio ambiente</a>. Gostou de saber mais sobre a "palha de aço" dos elementos? Fique atento às próximas surpresas da tabela periódica. Até mais.

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Lítio: saiba tudo sobre primeiro elemento alcalino da Tabela Periódica

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O estudo investiga se há um limite de estabilidade para núcleos de elementos superpesados, marcando um fim para a tabela periódica.

Em um estudo recente, publicada na revista Nature, uma equipe internacional de pesquisadores utilizou métodos de espectroscopia a laser para investigar os extremos dos números de nêutrons e prótons em núcleos atômicos de elementos químicos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285950-tabela-periodica-elementos-raros-sao-utilizados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos limites da tabela periódica</a>.Ao buscar esses limites, os autores pretendem entender melhor onde termina a tabela periódica, ou seja, quais são os elementos químicos mais extremos que podem existir. Elementos além do urânio, como o férmio (elemento 100) e nobélio (elemento 102) não existem na natureza e precisam ser produzidos artificialmente para serem estudados.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282824-existe-limite-elementos-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Existe um limite para os elementos da Tabela Periódica?</a></li></ul>Trabalhando com o acelerador de partículas GSI/FAIR, em Darmstadt, na Alemanha, eles conseguiram alguns insights valiosos sobre a estrutura dos núcleos atômicos de férmio, com 100 prótons e entre 145 e 157 nêutrons. A ideia era investigar de que forma a estrutura quântica interna desses núcleos pesados afeta as suas dimensões físicas.&nbsp;<h2>Investigando a estrutura nuclear do férmio</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://news.liverpool.ac.uk/wp-content/uploads/2024/10/Physicsweb.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Fonte: Universidade de Liverpool&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/13/13102853449032.jpg" alt="Configuração de espectroscopia de ionização por ressonância com radiação detectada. (Fonte: Universidade de Liverpool)"><figcaption>Configuração de espectroscopia de ionização por ressonância com radiação detectada. (Fonte: Universidade de Liverpool)</figcaption></figure>Para fazer as medições, a equipe examinou isótopos (versões) do férmio com tempos de vida entre alguns segundos há cem dias. Eles usaram métodos variados para "criar" isótopos: os de vida curta foram produzidos no GSI/FAIR, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com duração de apenas alguns átomos por minuto</a>. Essa sondagem foi desacelerada em gás argônio, que permite captar elétrons formadores de átomos neutros, mais fáceis de pesquisar com a luz laser.Já os isótopos de férmio de longa duração (ricos em nêutrons) foram produzidos em pequenas quantidades em outros laboratórios e examinados da mesma maneira. Esses isótopos mais estáveis são os mais adequados para serem isolados e "aprisionados" para uma análise mais detalhada.&nbsp;Na espectroscopia, a luz laser excita um elétron no átomo de férmio e o remove, formando um íon detectável. A energia de excitação varia segundo o número de nêutrons, dando pistas sobre as mudanças no tamanho do núcleo.<h2>Implicações do estudo sobre os limites da tabela periódica</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/13/13110728636050.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Quando a massa nucelar aumenta, prótons e nêutrons não são tão importantes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Os testes mostraram um aumento constante e uniforme no raio de carga nuclear (área ocupada por prótons) nos isótopos de férmio à medida que o número de nêutrons também aumentava. Isso é uma evidência de que os efeitos de camada nuclear têm pouca influência nessa propriedade em núcleos pesados.Já em núcleos leves e médios, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294136-conheca-tabela-periodica-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a estrutura de camada nuclear é fundamental</a>: os prótons e nêutrons ocupam níveis distintos de energia, como em camadas ou "órbitas". Esses níveis ou camadas têm forte influência nas energias de ligação necessárias para manter o núcleo íntegro. Ou seja, quando um núcleo tem um número "certo" de prótons ou nêutrons para preencher uma camada, ele fica mais firme e estável.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294121-importancia-numero-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a importância do número atômico?</a></li></ul>Os resultados confirmaram as previsões teóricas de que, à medida que a massa nuclear aumenta, os efeitos de nêutrons e prótons individuais perdem influência. No entanto, esses efeitos são predominantes em núcleos onde há um conjunto completo desses núcleos nas camadas.Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos. Até mais! &nbsp;

Cientistas testam os limites da tabela periódica analisando, elementos superpesados

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O SSD externo Lexar SL400 é um acessório que promete entregar um setup profissional para você que usa sempre o celular para criar conteúdo. Ele traz um pacote muito completo que inclui até um hub USB-C, aí você consegue plugar microfones, carregadores e outros acessórios ao mesmo tempo. 🔥 Extensão do TecMundo: encontre cupons escondidos nas principais lojas online: <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3ZkKOji - Os melhores cupons Online para você! <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/cupons 💡 Participe dos canais do TecMundo no WhatsApp! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatstecmundo - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsmegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JSpOKX 💡 Temos grupos também no Telegram! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JZoTbm - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegrammegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramthebrief CRÉDITOS Roteiro e apresentação: Wellington Arruda Imagens e áudio: Wellington Arruda Edição de vídeo: Rodrigo Doze Motion Graphics: Gustavo Silva A melhor programação está no TecMundo - História da Tecnologia - Entenda - Análises, Unboxings e tudo sobre Produtos! - TecDocs - Matérias especiais - Assistência Tec - Drops de Notícias - Listas - Hoje no TecMundo #Lexar #Computex2024 #ssd #TecMundo

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