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Apesar das semelhanças genéticas entre humanos e chimpanzés, o cérebro humano é único. Mas o que realmente o diferencia?

De acordo com especialistas de diversas áreas da ciência, o cérebro humano é o órgão mais complexo já observado na natureza. Nenhum outro ser vivo possui algo tão sofisticado; sua complexidade é tão gigante que ainda não o compreendemos totalmente, por isso é considerado tão único.Não é à toa que o cérebro ainda guarda muitos mistérios, desde mecanismos específicos até a própria origem da consciência. Ele abriga bilhões de neurônios e células, que desempenham papéis essenciais na neuroplasticidade, no controle dos movimentos, no processamento das emoções e em diversas outras funções.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401372-o-paradoxo-do-cerebro-de-boltzmann.htm">O Paradoxo do Cérebro de Boltzmann</a></li></ul>Inclusive, o poder do cérebro é tão grande que sua complexidade supera a de qualquer supercomputador em aspectos como aprendizado adaptativo e reconhecimento de padrões — mas claro, as máquinas são muito mais eficientes em cálculos exatos e processamento de grandes volumes de informações. Mas o que exatamente faz o principal órgão do ser humano ser tão único?<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9UukcdU258A?si=crNUzgALkRZLD9HR" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que certos tipos de células cerebrais podem fornecer pistas para entender por que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401545-enquanto-voce-dorme-o-seu-cerebro-toma-banho.htm">cérebro humano</a> é tão complexo. Mesmo em comparação com nossos parentes vivos mais próximos, os chimpanzés, com quem compartilhamos 95% do genoma, as diferenças nas funções cerebrais são gritantes.Para aprofundar o entendimento sobre a complexidade do cérebro, uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia analisou dados de colaboradores do Instituto de Pesquisa Médica do Hospital del Mar, na Espanha. Os resultados sugerem que eles podem ter identificado um dos fatores que tornam esse órgão tão singular.“A expressão gênica diferencial no cérebro humano, em comparação com cérebros de primatas não humanos, é uma característica molecular fundamental da evolução humana. Neste estudo, mostramos que a expressão gênica diferencial nos cérebros humanos abrange conjuntos altamente distintos de mudanças específicas de cada tipo celular. Apesar dessa diversidade celular, as células do cérebro humano passaram por um aumento geral na expressão gênica, em vez de uma redução”, o estudo explica.<h2>A dinâmica do cérebro&nbsp;</h2>O cérebro é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, responsável por coordenar diversas funções, como memória, emoções, visão, respiração, regulação da temperatura e controle da fome. Para executar essas atividades, ele utiliza sinais químicos e elétricos que percorrem todo o organismo.A percepção da dor, por exemplo, ocorre quando um estímulo nocivo ativa os nervos periféricos, enviando uma mensagem para o cérebro — como um corte na mão. Em algumas condições, como neuropatias ou insensibilidade congênita à dor, esse mecanismo falha e impede a sensação de dor.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286122-neurocientista-explica-acontece-nosso-cerebro-morremos.htm">Neurocientista explica o que acontece no cérebro enquanto morremos</a></li></ul>O cérebro é formado por duas metades, os hemisférios esquerdo e direito, e dividido em quatro lobos: frontal, parietal, occipital e temporal. Um pouco mais abaixo, na parte posterior do encéfalo, está o cerebelo, que contém a maior parte dos neurônios do sistema nervoso central. Ele coordena e ajusta os movimentos corporais, mantém o equilíbrio e também contribui para algumas funções cognitivas, como o processamento da linguagem e o aprendizado motor.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135733598352.jpg" alt="cerebro.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135733598351.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135733660354.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135733660353.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135733660355.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Apesar dos avanços no estudo do cérebro, muitos mistérios ainda desafiam os cientistas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O córtex cerebral também merece destaque. Essa camada externa recobre o cérebro e é essencial para o processamento de informações sensoriais, controle motor, linguagem e cognição.Por sua vez, o cerebelo possui sua própria camada externa, chamada córtex cerebelar, responsável pela coordenação dos movimentos e equilíbrio. No interior do encéfalo, há diversas outras estruturas responsáveis por diferentes funções, como o sistema límbico, que regula hormônios, sede, fome, medo, emoções e aprendizado.<h2>Cérebro humano é único?</h2>O cérebro de cada pessoa é único, pois ninguém mais viveu as mesmas experiências ou sentiu as coisas da mesma forma que você. Além dessas particularidades, todos os cérebros humanos compartilham características fundamentais, que o faz ser o órgão mais complexo da natureza.Para entender o que torna o cérebro humano tão único, cientistas da Universidade da Califórnia analisaram amostras de RNA mensageiro (mRNA), a molécula responsável por carregar informações genéticas. Antes do estudo, eles acreditavam que as maiores diferenças estavam nos próprios genes humanos. Porém, os pesquisadores descobriram que há mais de 90% de semelhança genética com os chimpanzés.Para conduzir a pesquisa, a equipe utilizou técnicas que analisam os núcleos de células individuais, permitindo isolar e sequenciar o material genético presente nas células cerebrais.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135904846356.jpg" alt="neurônios-humanos" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135904893357.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135904971360.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135904955358.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30135904955359.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Os pesquisadores buscam compreender por que algumas habilidades cognitivas complexas são observadas apenas no cérebro humano. (Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Com isso, os pesquisadores conseguiram classificar os genes de acordo com cada tipo celular. Em seguida, eles mediram os níveis de expressão genética e descobriram que esse fator pode ser essencial para a complexidade do cérebro humano em comparação com nossos parentes distantes. A expressão genética corresponde à quantidade de RNA mensageiro (mRNA) produzido no cérebro.A análise revela que vários padrões de expressão genética são compartilhados com chimpanzés e outros primatas, mas nas amostras humanas, esses padrões aparecem em uma versão mais avançada. Por exemplo, as células envolvidas em processos cognitivos essenciais são significativamente mais desenvolvidas em humanos.Além disso, os pesquisadores identificaram uma maior abundância de células gliais nos cérebros humanos — um grupo de células do sistema nervoso que ajuda no funcionamento dos neurônios.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400493-neste-momento-o-seu-cerebro-esta-tentando-prever-o-futuro.htm">Neste momento, o seu cérebro está tentando prever o futuro</a></li></ul>Apesar de não compreenderem totalmente seu papel, os autores acreditam que essas células podem ser essenciais para habilidades cognitivas avançadas. Um tipo específico, os oligodendrócitos, pode influenciar as diferenças na expressão genética, já que são mais numerosos em humanos e possivelmente contribuem para uma maior plasticidade cerebral.A equipe pretende aprofundar suas pesquisas sobre o cérebro, pois a análise da expressão genética pode ajudar a entender como pequenas variações geram grandes impactos funcionais. Afinal, mesmo que compartilhem mais de 90% do material genético com chimpanzés e outros primatas, os humanos possuem cérebros significativamente mais desenvolvidos.O cérebro humano processa informações e organiza memórias ao longo do dia, filtrando o essencial e descartando o supérfluo. Esse mecanismo influencia nossas percepções e decisões diárias. Quer saber mais? Aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294739-nosso-cerebro-divide-o-dia-capitulos-entenda.htm">por que o nosso cérebro divide o dia em 'capítulos'</a>. Até a próxima! &nbsp;

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O que torna o cérebro humano único? A ciência responde!

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Embora o ciclo da água no planeta esteja se tornando não estacionário, ainda não conseguimos entender como padrões históricos não são mais confiáveis.

Conhecido como ciclo hidrológico, o ciclo da água no planeta é o processo de circulação desse líquido vital na Terra. Isso envolve a troca de água entre a atmosfera, a superfície terrestre e o subsolo. Além de essencial para a preservação da vida e dos ecossistemas, a dinâmica influencia o clima e os padrões meteorológicos.Em um artigo recente, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, cientistas da NASA analisaram dados de quase 20 anos de observações, para expor uma mudança significativa e sem precedentes nos padrões naturais de circulação, distribuição e qualidade da água na Terra, causada principalmente por atividades humanas e mudanças climáticas.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289914-nuvens-profundezas-terrestres-entenda-ciclo-agua-planeta-terra.htm?ab=true&amp;">O ciclo da água no planeta Terra, das nuvens as profundezas terrestres</a></li></ul>Para o coautor Sujay Kumar, pesquisador do Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA, “Estabelecemos com a assimilação de dados que a intervenção humana no ciclo global da água é mais significativa do que pensávamos”, afirma ele em um release. As descobertas podem fornecer importantes insights para melhorar o gerenciamento dos recursos hídricos no planeta.<h2>Como as mudanças no ciclo da água impactam o planeta?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133623189302.jpg" alt="GettyImages-2152888361.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133623235303.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133623376304.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133623423306.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133623392305.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Membros da Guarda Municipal de Porto Alegre em maio de 2024. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para contextualizar seus impactos, é preciso deixar claro que o ciclo da água doce é um sistema fechado, ou seja, a quantidade total de água na Terra permanece praticamente a mesma, embora sua distribuição e estado físico (líquido, sólido ou gasoso) variem ao longo do tempo e do espaço. Portanto, mudanças nesse ciclo têm implicações para pessoas no mundo inteiro.Apesar disso, engenheiros que projetam infraestruturas para inundações ou desenvolvem indicadores de seca para sistemas de alerta precoce geralmente assumem que eventos como chuvas, secas e enchentes seguem um padrão previsível e limitado, baseado em dados históricos, alerta a autora principal do artigo Wanshu Nie.Seu colega, Sujay Kumar, exemplifica, em um comunicado de imprensa, impactos humanos no ciclo da água em uma região do norte da China, que está passando por uma seca contínua, mesmo exibindo uma vegetação próspera e verdejante. Isso acontece porque produtores rurais irrigam suas terras, bombeando água de reservatórios subterrâneos, com impactos em algumas etapas do ciclo hidrológico <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/276856-agua-terra-acabar.htm">como evapotranspiração e escoamento superficial</a>.<h2 class="MsoNormal" style="line-height:normal;margin-bottom:12.0pt;">Coletando dados sobre a movimentação da água doce no planeta</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30110150392117.jpg" alt="GPM-space-default.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30110150345115.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30110150392116.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30110150439119.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30110150423118.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Satélite da Global Precipitation Measurement- GPM. (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>A coleta de dados para realização do estudo utilizou o sensoriamento remoto de 2003 a 2020, de vários satélites da NASA e outras agências. O objetivo foi cruzar dados de precipitação, umidade do solo, armazenamento de água e vegetação, para estabelecer padrões ambientais ao longo dos anos.O primeiro satélite utilizado foi o GPM, iniciais em inglês para Medida Global de Precipitação, uma parceria entre a NASA e a agência japonesa, JAXA. Lançado em 2014, esse satélite fornece dados sobre chuvas, neve e tempestades em escala global.&nbsp;Para monitorar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400913-agua-do-mar-invadira-aquiferos-costeiros-e-reduzira-agua-potavel-diz-estudo.htm">a umidade do solo e o armazenamento da água terrestre</a>, foram usados os dados da missão Iniciativa de Mudança Climática (CCI) da Agência Espacial Europeia (ESA) e dos satélites gêmeos do chamado Experimento de Recuperação da Gravidade e Clima (GRACE), uma missão conjunta da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão (DLR).&nbsp;A equipe também usou material produzido pelo Espectrorradiômetro de Imagens de Resolução Moderada (MODIS), um instrumento de sensoriamento remoto a bordo dos satélites Terra e Aqua da NASA. Ele capta imagens da superfície terrestre, dos oceanos e da atmosfera em diferentes comprimentos de onda, e fornece informações sobre a saúde da vegetação.&nbsp;<h2 class="MsoNormal" style="line-height:normal;margin-bottom:12.0pt;">Diferentes mudanças observadas no ciclo da água</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133730635310.jpg" alt="GettyImages-1295317287.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133730495307.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133730604308.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133730620309.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133730667311.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O derretimento da neve tem acontecido de forma precoce em várias regiões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Nie e seus colegas investigaram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277084-estrutura-molecula-agua-diferente-aprendemos-diz-estudo.htm">três tipos principais de mudanças no ciclo da água</a>. A primeira delas diz respeito às tendências, que se referem a alterações graduais que vêm acontecendo ao longo do tempo, como o exemplo citado da redução do volume de água em aquíferos subterrâneos devido ao uso excessivo ou à falta de recarga. Esse tipo de tendência pode levar ao esgotamento de recursos hídricos essenciais para comunidades e ecossistemas.Os autores também analisaram uma mudança na sazonalidade capaz de afetar os padrões naturais, como um início precoce da estação de cultivo ou o derretimento prematuro da neve. Tais alterações podem desequilibrar ecossistemas, prejudicar a agricultura e afetar o abastecimento de água, pois os ciclos naturais não estão mais acompanhando os ritmos históricos.Por fim, foram abordadas as alterações em eventos extremos, como o aumento na frequência das chamadas "inundações de 100 anos", fenômenos que teoricamente têm uma probabilidade de 1% de ocorrer em qualquer ano. No entanto, essas ocorrências estão se tornando mais comuns, devido às mudanças climáticas, resultando em impactos devastadores em infraestruturas, economias e vidas humanas<h2>Considerando os impactos humanos em desequilíbrios hídricos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133834643314.jpg" alt="GettyImages-1007710474.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133834627313.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133834596312.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133834643316.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30133834643315.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Poluição por lixo humano é também responsável pelo desequilíbrio hídrico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Embora finito, o ciclo da água na Terra é um sistema complexo e interligado, que controla o movimento do líquido entre a atmosfera, a terra e os oceanos. No entanto, esse equilíbrio natural vem sendo alterado ao longo do tempo, por atividades humanas como agricultura, urbanização e processos industriais. Como o ciclo é composto por várias etapas interconectadas entre si, a extração excessiva de água subterrânea para irrigação e uso urbano impede a recarga natural dos aquíferos, levando ao esgotamento hídrico. Por sua vez, o reabastecimento natural, via precipitação e escoamento, é prejudicado pelo desmatamento e pelas mudanças no uso do solo.&nbsp;Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283067-onde-veio-agua-terra-novo-estudo-aponta-familia-asteroides.htm">De onde veio a água da Terra? Novo estudo aponta para uma família de asteroides</a> Todos esses impactos são retroalimentados pela crise climática, culminando em eventos extremos, que alteram os padrões regionais de precipitação. O aumento das temperaturas acelera a evaporação, redistribui desigualmente os recursos hídricos e agrava a escassez em algumas áreas. Com isso, ecossistemas, segurança alimentar e a própria sustentabilidade do abastecimento de água doce enfrentam desafios cada vez maiores.“Esperamos que esta pesquisa sirva como um mapa guia para melhorar a forma como avaliamos a variabilidade dos recursos hídricos e planejamos a gestão sustentável dos recursos, especialmente em áreas onde essas mudanças são mais significativas”, conclui a dra. Nie.Compartilhe essa matéria nas redes sociais. Difundir o conhecimento é uma forma de agir localmente e pensar globalmente.&nbsp; &nbsp;

Como a ação humana está mudando o ciclo da água no planeta

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Método que está se popularizando no Brasil atende pessoas que querem engravidar sem relação sexual, mas não têm dinheiro para pagar uma clínica.

Um método alternativo de reprodução, a chamada “inseminação caseira” (IC) tem crescido no Brasil como uma opção simples e barata para pessoas que desejam engravidar sem relação sexual. O procedimento envolve a coleta de sêmen humano fresco em recipientes descartáveis, e sua transferência para o corpo de uma pessoa que tenha útero, por meio de seringas e cateteres.Inovadora, a IC é geralmente utilizada por quem deseja compartilhar a parentalidade fora dos modelos tradicionais. São mães solo, casais de mulheres lésbicas, homens trans e demais pessoas que não podem, ou não desejam conceber por meio de relação sexual, e/ou não tenham condições de arcar com os altos custos dos tratamentos em clínicas de medicina reprodutiva.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401788-como-o-teste-de-dna-comprova-uma-relacao-familiar.htm">Como o teste de DNA comprova uma relação familiar?</a></li></ul>Na tese de doutorado “Uma análise cartográfica da inseminação caseira: caminhos possíveis para maternidades lésbicas”, defendida em 2024 por Roberta Gomes Nunes e orientada por Anna Paula Uziel, são descritas as formas como as pessoas tentantes (que desejam engravidar) se conectam aos doares de sêmen em plataformas nas redes sociais.<h2>Por que recorrer à inseminação caseira?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851016.jpg" alt="GettyImages-1490754501.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518320000.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851012.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518820007.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518805005.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Casais lésbicos são candidatos à IC. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em um artigo recente, publicado na edição brasileira da plataforma The Conversation, as autoras explicam que entrevistaram, ao todo, 20 pessoas capazes de fornecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238154-filhos-dna-3-pessoas-reino-unido-australia-possivel.htm">diferentes perspectivas sobre a prática da inseminação caseira no Brasil</a>: a experiência prática, o aspecto legal, o médico e o regulatório.Foram nove mulheres lésbicas que tiveram filhos por IC, quatro doadores de sêmen, duas advogadas, uma defensora pública, um juiz, uma médica especialista em reprodução assistida e dois representantes de órgãos reguladores, um do Conselho Federal de Medicina (CFM) e um da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).A razão principal apontada pelos participantes da pesquisa sobre o motivo de terem escolhido “recorrer à IC foi a busca por alternativas mais acessíveis e autônomas em um contexto no qual a reprodução assistida tradicional se mostra inacessível”, diz o artigo. A reprodução assistida em clínicas especializadas normalmente é muito cara, segundo os entrevistados.<h2>Dificuldades de acesso à reprodução assistida</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518867017.jpg" alt="GettyImages-1089689612.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518867019.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851010.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851015.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851014.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Clínicas de reprodução assistida têm custos inacessíveis para a maioria da população. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para as autoras, o acesso à medicina reprodutiva no Brasil é limitado pelo alto custo. Conforme o relatório SisEmbrio, são realizados no Brasil cerca de 56 mil ciclos de fertilização in vitro anualmente. Cada uma dessas tentativas tem um custo aproximado de R$ 30 mil. O acesso pelo SUS, por sua vez, conta com somente quatro hospitais oferecendo esse tipo de procedimento, uma limitação que exclui grande parte da população.Como alternativa, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208191-saiba-onde-aparencia-rosto-heranca-genetica.htm">diferentes configurações familiares têm recorrido à IC</a>. Os cenários incluem pessoas solteiras, casais, trisais e arranjos de coparentalidade (onde gays e lésbicas optam pela combinação de gametas para terem bebês em conjunto) que optam pelo método simplificado para driblar os altos custos e a burocracia.Essa popularização da IC tem provocado reações mistas, inclusive ataques misóginos nas redes sociais. Já os profissionais de saúde e a Anvisa alertam para os riscos envolvidos, como transmissão de doenças e possíveis danos físicos devido ao uso inadequado de materiais. A falta de supervisão profissional é apontada como fator de risco adicional.<h2>Lacunas na legislação sobre direitos reprodutivos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518836009.jpg" alt="GettyImages-515785175.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518867018.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518851013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518820008.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29154518805004.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Mulher só inclui nome do pai do seu filho se apresentar certidão de casamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A reprodução assistida é regulamentada no Brasil pela resolução 2.320/2022 do Conselho Federal de Medicina e pelo provimento 149/2023 do Conselho Nacional de Justiça. Já a inseminação caseira opera em um vácuo regulatório que gera inseguranças legais. Mesmo amparada pela Constituição de 1988, que abriu espaço para a diversidade familiar, a IC ainda esbarra preconceitos pela ausência de relação sexual ou participação masculina direta.As normas estabelecidas pela regulamentação em vigor para a reprodução assistida, e que valem também para a IC, estabelecem o anonimato na doação de gametas, para evitar disputas legais e garantir a essência solidária do processo. Nesse sentido, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/136498-cientista-revela-participacao-criacao-gemeas-geneticamente-editadas.htm?ab=true&amp;">a legislação proíbe a comercialização de gametas e embriões</a>, e destaca a ética na manipulação do material genético.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121467-dna-mitocondrial-pode-ser-herdado-tambem-dos-pais-diz-estudo.htm">DNA mitocondrial pode ser herdado também dos pais, diz estudo</a></li></ul>Recentemente, o STJ reconheceu a dupla maternidade em casos de IC, anteriormente negada em instâncias inferiores. O Instituto Brasileiro de Direito da Família (IBDFam) e a Defensoria Pública têm trabalhado para facilitar o registro civil de crianças geradas por IC. Atualmente, uma mulher que for registrar seu filho, só pode incluir o nome do pai se apresentar a certidão de casamento. O homem não precisa apresentar esse documento.O que você acha da inseminação caseira como processo reprodutivo? Comente em nossas redes sociais, e compartilhe a matéria com seus familiares e amigos.&nbsp; &nbsp;

Inseminação caseira: método para engravidar sem relação sexual vem ganhando popularidade

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A liquidez dos gatos, assunto antes restrito aos memes, chegou aos laboratórios, e foi comprovado e explicado por especialistas, com direito a um Prêmio Ig Nóbel.

Todos os cuidadores de animais domésticos pensam que seus bichos são sólidos, mas só os tutores de gatos têm certeza de que os bichanos são líquidos. E quem pensa que isso é exagero ou brincadeira, basta observar os felinos se espremendo, e cabendo, em espaços impossíveis para qualquer ser não líquido.Esse assunto, que rendeu milhares de memes na internet, inspirou também dois pesquisadores, um físico francês e um etólogo (especialista em comportamento animal) húngaro, a realizar estudos específicos sobre essa característica incomum. Será que os gatos poderiam ser considerados cientificamente líquidos? Ou será que eles simplesmente não têm consciência corporal?<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401678-fossil-do-menor-gato-do-mundo-e-encontrado-em-caverna-de-300-mil-anos.htm">Fóssil do menor gato do mundo é encontrado em caverna de 300 mil anos</a></li></ul>O primeiro trabalho, “Sobre a reologia dos gatos”, rendeu ao seu autor, Marc-Antoine Fardin, o Prêmio Ig Nobel de Física de 2017. Mais recente, o estudo “Os gatos são (quase) líquidos! Os gatos confiam seletivamente na consciência do tamanho do corpo ao negociar aberturas curtas”, de autoria de Péter Pongrácz, foi publicado em outubro de 2024.&nbsp;<h2>Gato é um líquido não newtoniano</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28101244563074.jpg" alt="gato-liquido.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28101244594075.jpg 156w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28101244641078.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28101244610076.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28101244625077.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Resumo gráfico do estudo. (Fonte: Péter Pongrácz/iScience, 2024/Divulgação)</figcaption></figure>O vencedor do Prêmio Ig Nobel, Marc-Antoine Fardin, físico da Universidade da Cidade de Paris provou que, mais do que apenas humorístico, o certificado destaca pesquisas que, a princípio, parecem bizarras ou engraçadas, mas que são elaborados como uma base científica real, além de oferecer insights interessantíssimos.Para avaliar o nível de liquidez dos gatos, o autor trabalhou com conceitos de reologia, a ciência da dinâmica dos fluidos. Ness ótica, o nível de liquidez é determinado por meio de uma fórmula chamada “número de Débora” que mede <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289542-levitacao-agua-tecnologia-inovadora-abre-novas-possibilidades-ciencia.htm?ab=true&amp;">a velocidade de um líquido para assumir a forma do seu recipiente</a>. Ao despejar, por exemplo, água ou mel em uma garrafa, a primeira toma rapidamente a forma do recipiente, pois seu número de Débora é menor.&nbsp;Mas, e os gatos? Podendo ser enquadrados pelo número de Débora, devido à velocidade com que se adaptam a recipientes, os bichanos são um "líquido não newtoniano", diz Fardin. Eles têm a capacidade de "alterar suas formas para preencher o recipiente sem alterar seu volume", o que os inclui na mesma categoria do ketchup, conclui o físico.<h2>Gatos não têm medo de lugares apertados</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173731527691.jpg" alt="GettyImages-521619979.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173731605692.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173731683693.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173731714695.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173731683694.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Gatos se jogam em aberturas estreitas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Como não deu conta de manejá-los em seu laboratório, o etologista Peter Pongracz, da Universidade Eötvös Loránd, em Budapeste na Hungria, testou gatos em seus ambientes domésticos. O objetivo foi compreender sua capacidade de autorrepresentação, ou seja, a consciência do próprio corpo “quando precisam negociar pequenas aberturas”, diz o estudo.&nbsp;Para testar suas hipóteses, Pongrácz instalou barreiras de papelão grosso com pequenas aberturas nos cômodos de 39 residências. A experiência consistia em posicionar os gatos de um lado da barreira e os seus tutores do outro lado, incentivando os bichanos a atravessar os buracos. Alguns dos felinos, como era de se esperar, não deram a menor bola.&nbsp;No entanto, Pongrácz acabou descobrindo que, embora hesitassem frente a uma abertura muito baixa, não tomavam conhecimento e, simplesmente, se jogavam em aberturas estreitas. Em um comunicado, o etologista afirmou que, “se um gato decidisse tentar passar pelo buraco, <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/290743-gatos-inteligentes-ias-atuais-diz-pesquisador-meta.htm">ele quase sempre não desistiria até conseguir,</a> independentemente da quantidade de trabalho envolvida em passar’.<h2>Qual a importância dos estudos para o conceito de gatos líquidos?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173932378697.jpg" alt="GettyImages-1410475834.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173932441698.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173932487700.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173932378696.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28173932441699.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Gatos fluem como pequenas poças de pelos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para quem já morou ou mora com um gato, os estudos não acrescentaram grande coisa, pois essas felizes pessoas acolhidas pelos gatos em “suas” casas sabem a forma como eles esticam, se derramam e, literalmente, fluem como uma pequena poça de pelos em recipientes que escolhem e tomam posse para si.&nbsp;Mas o que era antes considerado uma habilidade foi agora considerado pela ciência uma característica. Quando desafiados com aberturas cada vez menores, os gatos passam direto por elas, como se eles fossem um líquido, parando somente se considerarem a abertura pequena demais para o seu conforto pessoal.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290465-cientistas-usam-gato-cheshire-explicar-divisao-quantica-particulas.htm">Cientistas usam gato de Cheshire para explicar divisão quântica de partículas</a></li></ul>Ou seja, além de possuir algumas das propriedades mecânicas dos fluidos, os gatos são autoconscientes do seu tamanho. Os pesquisadores esperam realizar mais pesquisas “sobre se os gatos confiariam em sua consciência corporal em outras tarefas espaciais desafiadoras”. Isso, naturalmente, se eles concordarem.&nbsp;O seu gato é líquido? Comente sobre as habilidades incomuns do seu bichano em nossas redes sociais, e compartilhe esta matéria com outros humanos de gatos. Até mais! &nbsp;

Gatos são líquidos: a ciência prova, mas tutores já sabiam

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A rara flor com odor fétido está ameaçada de extinção, pode chegar a 3 m de altura e pesar até 150 kg

Milhares de pessoas se reuniram para acompanhar o raro desabrochar de uma “flor-cadáver” no Jardim Botânico Real de Sydney, na Austrália, na última quinta-feira (23). O aguardado evento, que não acontecia no local há 15 anos, também teve transmissão ao vivo pela internet com quase 1 milhão de visualizações.Conhecida pelo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/19278-flor-recem-descoberta-tem-cheiro-de-carnica.htm">cheiro pútrido</a>, muitas vezes comparado aos odores de meias suadas de academia e lixo podre, a planta ameaçada de extinção tem o nome científico de Amorphophallus titanium. Já na Indonésia, onde pode ser encontrada nas florestas tropicais da ilha de Sumatra, o vegetal recebe o nome de Bunga Bangkai.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127695-plantas-em-extincao-3-em-cada-4-ainda-sao-desconhecidas-segundo-relatorio.htm">Plantas em extinção: 3 em cada 4 ainda são desconhecidas, segundo relatório</a></li></ul><div class="raw-html-embed"><blockquote class="twitter-tweet">When exactly do YOU think Putricia will open? Get your guesses in now, and tune in to the livestream to look for clues: <a href="https://t.co/4kPTGs73B7">https://t.co/4kPTGs73B7</a><a href="https://twitter.com/hashtag/SydneyCorpseFlower?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#SydneyCorpseFlower</a> <a href="https://t.co/vLhbYqlyh6">pic.twitter.com/vLhbYqlyh6</a>— Botanic Gardens of Sydney (@BotanicSydney) <a href="https://twitter.com/BotanicSydney/status/1880128237197463622?ref_src=twsrc%5Etfw">January 17, 2025</a></blockquote> <script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>No entanto, ela viralizou na web com o apelido “Putricia”, uma mistura das palavras pútrido e Patrícia. O espécime em questão chegou ao território australiano com apenas 25 cm de altura, após ser comprado do Jardim Botânico de Los Angeles (Estados Unidos), e atualmente tem 1,60 m e aproximadamente 10 anos.Apresentando a maior estrutura de floração do mundo, a flor-cadáver pode chegar a 3 m de altura e 150 kg. O seu cheiro característico de carne podre começou a ficar cada vez mais forte à medida que ela se abria, deixando alguns curiosos presentes ao Jardim Botânico da cidade australiana com <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261448-pessoas-passam-jogando-video-game.htm">vontade de vomitar</a>.<h2>Cheiro forte facilita a polinização</h2>O odor semelhante ao de <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/48171-como-sera-que-o-corpo-humano-se-decompoe-embaixo-da-agua.htm">carne em decomposição</a> da flor-cadáver tem origem no espádice amarelo da planta e faz parte da estratégia de polinização dela. Com o cheiro forte, moscas e outros insetos são atraídos e pousam nela, acreditando estarem em carne podre, e assim movem o pólen entre espécimes feminino e masculino.Durante a floração, a flor com odor fétido foi aquecida a 37ºC pelos especialistas do Jardim Botânico, o que ajudou a espalhar seu aroma pelo ambiente, afetando, também, as pessoas que acompanhavam o evento. A equipe chegou a discutir sobre a distribuição de sacos de vômito para os fãs, mas acabou desistindo da ideia.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/novo-tipo-de-orquidea-polinizada-por-mariposas-e-descoberto-em-madagascar">Novo tipo de orquídea polinizada por mariposas é descoberto em Madagascar</a></li></ul>Além de Sydney, a planta curiosa já floresceu em outras cidades australianas, como Melbourne e Adelaide, e também nos EUA e no Reino Unido, sempre atraindo multidões curiosas para sentir o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128519-por-que-as-fezes-sao-fedidas.htm">cheiro desagradável</a>. Estima-se que existam apenas 300 exemplares como Putricia na natureza, atualmente, florescendo uma vez a cada sete ou 10 anos, com o processo durando apenas 24 horas.

Jardim Botânico Real de Sydney

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'Putricia': milhares de pessoas acompanham processo de floração da flor-cadáver na Austrália

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Novo estudo apresentou ao mundo duas novas espécimes da famosa aranha-funil de Sidney, conhecida pela letalidade do seu veneno.

Por muito tempo, a aranha-funil de Sydney foi considerada uma das mais perigosas do mundo. Acredita-se que ela tenha sido responsável por pelo menos 13 mortes na Austrália antes que o antídoto ao seu veneno fosse desenvolvido, no início dos anos 1980.Só que agora uma nova descoberta científica mostrou algo surpreendente: não se trata de uma aranha-funil, mas sim três espécimes distintas de um mesmo animal. Entre elas, está a "Newcastle Big Boy", que é assustadoramente grande e mais letal que as outras.<h2>A descoberta das novas espécies&nbsp;</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://static.inaturalist.org/photos/55386075/large.jpeg" data-fonte="&amp;nbsp;Inaturalist&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23191953203002.jpeg" alt="(Fonte: Inaturalist / Reprodução)"><figcaption>As aranhas-funil de Sydney estão entre as mais venenosas do mundo. (Fonte: Inaturalist / Reprodução)</figcaption></figure>As aranhas-funil de Sydney – cujo nome científico é Atrax robustus – foram descritas pela primeira vez em 1877. Trata-se de insetos brilhantes e pretos que foram categorizados entre os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235077-nova-especie-aranha-cega-descoberta-pesquisadores-butantan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais mais letais do mundo.</a> Uma picada sua pode matar uma pessoa em apenas quinze minutos.Elas são popularmente chamadas de teia-de-funil por construírem tocas longas, estreitas e revestidas de seda, onde se escondem. Essas aranhas costumam vagar dentro das casas humanas durante o verão, quando os machos saem para procurar parceiras. Caso uma pessoa seja picada, o seu veneno atua por meio de uma toxina que ataca rapidamente o sistema nervoso.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155691-australia-nomeia-novas-especies-insetos-homenagem-marvel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália nomeia novas espécies de insetos em homenagem à Marvel</a></li></ul>Só que, recentemente, um grupo de cientistas fez uma nova constatação: não se trata de uma única aranha, e sim três espécimes diferentes. Um dos novos tipos foi descoberto por Kane Christensen, ex-chefe de aranhas do Australian Reptile Park.Ao combinar estudos anatômicos com análises avançadas de DNA, uma equipe de pesquisadores definiu que são, na verdade, três aranhas: a aranha-funil “clássica” de Sydney (Atrax robustus), a aranha-funil do sul de Sydney (Atrax montanus) e a recém-descoberta aranha-funil de Newcastle (Atrax christenseni), que foi carinhosamente apelidada de “Big Boy”.<h2>O que se sabe sobre as novas espécimes?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://media.australian.museum/media/dd/thumbnails/images/Atrax-christenseni_male_Sue-Lindsay-copyright.width-1600.f629448.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Australian Museum&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23191848452001.jpg" alt="(Fonte: Australian Museum / Reprodução)"><figcaption>Apelidada "Big Boy", a nova aranha-funil homenageia seu descobridor, Kane Christensen. (Fonte: Australian Museum / Reprodução)</figcaption></figure>Além da tradicional&nbsp;Atrax robustus, encontrada por toda a cidade e pelos subúrbios de Sydney, os cientistas apresentaram ao mundo duas novas espécimes. Uma delas é a Atrax montanus. Ela foi descrita pela primeira vez há cerca de cem anos, mas depois descartada, pois a descoberta foi seu tipo foi considerada imprecisa. Anos mais tarde, isso foi reconsiderado.A terceira espécime é a maior e ganhou o nome de&nbsp;Atrax christenseni, justamente por ter sido encontrada por Kane Christensen. Ele a achou em um local próximo a Newcastle, a cerca de 170 quilômetros ao norte de Sydney. &nbsp;O nome ainda homenageia o trabalho de Christensen ao longo de anos. “Kane foi fundamental na identificação desta nova espécie, coletando espécimes para que pudéssemos fazer análises mais aprofundadas, além de tirar fotos incríveis do nosso 'Big Boy'”, pontuou Helen Smith, aracnologista do Museu Australiano e coautora do estudo.<ul><li>Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/20543-assustador-floresta-de-teia-de-aranha-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assustador – a floresta de teia de aranha na Austrália</a></li></ul>De acordo com a pesquisa, publicada na BMC Ecology and Evolution, essa nova aranha chama muito a atenção por conta de suas características. Ela é bem maior que a Atrax robustus tradicional, e pode chegar a medir até nove centímetros de comprimento (as tradicionais têm apenas três).Por conta disso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282374-centenas-aranhas-capturadas-novas-fotos-marte-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a aranha recebeu o apelido carinhoso de "Big Boy"</a>. Ela possui glândulas de veneno e presas muito mais desenvolvidas, o que indica uma capacidade de defesa e ataque mais avançada em relação às outras.Segundo o aracnologista Danilo Harms, da Universidade de Göttingen, que também participou do estudo, sua equipe foi a primeira a definir sistematicamente as relações entre essas diferentes espécies, o que é impressionante. "Você pensaria que uma aranha como essa foi estudada à exaustão, porque é algo tão relevante. Há relevância prática porque as pessoas são picadas a cada ano. Mas descobrir que muito pouco foi feito, investigando as coisas mais básicas que você gostaria de saber, foi surpreendente", declarou ao portal Live Science.Essa nova descoberta se torna particularmente importante porque pode levar a estudos mais avançados sobre os antídotos, uma vez que agora se sabe que se tratam de aranhas diferentes. Vale destacar que, por sua natureza, as aranhas-funil não são agressivas, mas elas podem atacar se sentirem encurraladas. Por isso, é bom ficar ligado na sua próxima viagem à Austrália.Para estar sempre por dentro de todas as novas descobertas do campo da ciência, siga acompanhando o TecMundo. Até a próxima!

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Conheça "Big Boy", a nova aranha mais mortal da Austrália

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Um pouquinho de saliva e te direi quem és e de onde veio! O DNA não é mágico? Saiba mais. 

Quem não gostava de ver um bafafá televisionado quando o relatório do laboratório era aberto e revelava uma paternidade surpresa? Os testes de DNA ficaram famosos, não tanto pelo avanço tecnológico, mas sim pela capacidade de gerar entretenimento.Já no campo acadêmico, a possibilidade de observar e comparar dados genéticos entre as pessoas, foi o grande clímax científico da década de 1990, culminando em experimentos como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289619-possivel-clonagem-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a clonagem da famosa ovelha Dolly em 1996</a>.Há registros de que o primeiro teste de DNA possa ter ocorrido em 1986 no Reino Unido, como técnica para solução de um crime. Mas nessa época, o teste ainda não era tão assertivo, além disso, o genoma humano só foi completamente sequenciado em 2003, demostrando que todos os seres humanos compartilham 99,9% do código genético.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22105532982031.jpg" alt="Tão lindo quando temos tecnologia suficiente para analisar cada uma das sequências de quem somos! Fonte: GettyImages."><figcaption>Tão lindo quando temos tecnologia suficiente para analisar cada uma das sequências que forma quem somos! Fonte: Getty Images.</figcaption></figure>Em um mundo de iguais, não seria difícil que essa primeira tentativa mostrasse que todos na cidade eram responsáveis pelo crime. Não aconteceu, mas poderia.Mas como somos capazes de identificar essa variação tão pequena entre todos os seres humanos? Vamos estudar mais um pouquinho de genética!<h2 style="text-align:justify;">Sua mãe estava certa, você não é igual a todo mundo</h2>Sabe aquele 1%? Ela faz muita diferença! Ainda que nosso código genético fosse compartilhado em uma taxa de 99,99%, ainda haveriam 300 mil possibilidades para serem combinadas e analisadas, afinal, o genoma humano contém 3 bilhões de pares de bases! A magia dos exames de DNA está na capacidade de identificar iguais e apontar as diferenças.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401014-qual-a-diferenca-do-dna-e-do-rna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual a diferença do DNA e do RNA?</a></li></ul>As semelhanças familiares são encontradas devido ao material genético doado a você por seus pais. Cada um contribuiu com 23 cromossomos, que se somando formam os 46 pares necessários para sua existência. Há quem possua um número maior, mas isso é assunto para síndromes genéticas.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;GettyImages&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22112126866053.jpg" alt="Você é uma combinação entre as células dos seus genitores, que irá herdar características genotípicas e fenotípicas. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Você é uma combinação entre as células dos seus genitores, que irá herdar características genotípicas e fenotípicas. Fonte: Getty Images.</figcaption></figure>Essa 'doação' nem sempre será pareada, por isso, caso você não seja um gêmeo univitelino, será diferente dos seus irmãos, ainda que compartilhem a mesma quantidade de DNA herdada dos seus genitores.Pense no macarrão para sopa de letrinhas, o pacote inteiro representa a combinação genética entre seus pais. Na primeira receita, um scoop pode conter as letrinhas ACGU.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22113902129060.jpg" alt="De nada mamães e papais! Ensinem genética enquanto não geram traumas! Fonte: GettyImages."><figcaption>De nada, mamães e papais! Ensinem genética enquanto não geram traumas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em outro dia, na segunda receita, com a mesma medida de macarrão, as letras podem ser CCGA. Todo restante do preparo é igual. É assim que os bebês são feitos, crianças, com macarrão para sopa de letrinhas, pode confirmar com seus pais. &nbsp;Explicado isso, vamos para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264006-bebe-nasce-dna-tres-pessoas-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fantástico mundo dos exames de DNA</a>!&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Como funcionam os testes de DNA?</h2>Os&nbsp;teste de DNA podem ter diversos usos, como, por exemplo, podem ser utilizados para verificar quais partes da sequência genética apresentam falhas ou mutações. Com finalidade diagnóstica e terapêutica, ajudam a compreender e evidenciar consequências para saúde em relação a essa variação.Também podem ser utilizados com fins forenses, que ajudam no reconhecimento de criminosos e na identificação de vítimas, quando não há documentos que atestem a identidade ou ainda, quando o reconhecimento facial não é possível.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22115435339062.jpg" alt="Em teoria, o exame de DNA teve seu primeiro uso com fim forense. Fonte: GettyImages."><figcaption>Em teoria, o exame de DNA teve seu primeiro uso com fim forense. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas a tecnologia avançou e os exames, antes muito inacessíveis e caros, destinados apenas às investigações específicas de saúde ou para elucidação de crimes, ganhou novos adeptos, curiosos com sua ancestralidade.Alguns laboratórios <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242778-informacoes-voce-descobrir-teste-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passaram a oferecer testes 'caseiros' de DNA</a>, que só precisam de um, cotonete e uma lista de instruções para coleta. Me dê um pouquinho de saliva e eu te digo quem é e de onde veio.&nbsp;Para que um teste de DNA seja realizado é necessário apenas uma pequena quantidade de material genético presente nas células das mucosas, bulbo capilar, células epiteliais, sangue, dentre outras fontes. Se a célula tem núcleo, certamente irá conter material genético.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22120657349072.jpg" alt="Os testes comparam os dados com um banco de dados que dará uma 'previsão' sobre sua ancestralidade. Fonte: GettyImages."><figcaption>Os testes comparam os dados com um banco de dados que dará uma 'previsão' sobre sua ancestralidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O que os laboratórios de testagem fazem é comparar o material enviado por você com registros em bancos de dados genéticos, buscando por traços iguais ou muito semelhantes, que evidenciem características específicas. A técnica utilizada verifica microarranjos (Microarray) no DNA de forma global, evidenciando essas variações.&nbsp;Exemplificando, digamos que algumas pessoas da Europa apresentem uma combinação única de genes que contribuem para maior resistência a sensação de frio. Mesmo que gerações tenham se passado, e seus ancestrais tenham imigrado para regiões tropicais, esse traço nunca será apagado do código genético.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22122503750084.jpg" alt="E então, de onde sua família veio? Fonte: GettyImages. "><figcaption>E então, de onde sua família veio? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Quando os pesquisadores fazem essa comparação, eles são capazes de descrever que alguém no seu passado morava na região X do mundo. Se o traço for forte, a probabilidade de uma ligação mais próxima é maior.&nbsp;Ainda no mesmo exemplo, digamos que seu bisavô se mudou para uma região mais quente por ter se casado com uma brasileira, que tinha descendentes portugueses e da Costa Rica. Toda essa ascendência pode ser visualizada pelos traços genéticos que você possui, e estarão representados nos resultados em formas de porcentagem, pois isso os resultados mostram você subdivido em vária 'nacionalidades'.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266887-dna-ajuda-desvendar-arvore-genealogica-antiga-registrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA ajuda a desvendar árvore genealógica mais antiga já registrada</a></li></ul>Caso você esteja interessado apenas na sua linhagem materna, ao invés do DNA nuclear, os pesquisadores irão analisar seu DNA mitocondrial, pois as mitocôndrias são doadas apenas pelas mães.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22123500785090.jpg" alt="Nós somos um arranjo bastante complexo e extenso, porém, já desvendado. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Nós somos um arranjo bastante complexo e extenso, porém, já desvendado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nos casos de exames de parentalidade, para saber se pertencemos ou não a um grupo familiar, as amostras comparadas pertencem às pessoas que irão ser testadas. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274730-alguem-roubasse-sequencia-dna-veja-riscos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sequência por sequência é comparado</a>, buscando identificar o maior número de igualdades entre as pessoas testadas.Se o exame foi realizado com avós, tios e meio-irmãos, para o teste ser considerado positivo, as pessoas devem compartilhar 25% do código genético. Se o grau de parentesco for mais distante, como primos de primeiro grau, o compartilhamento deve ser de 12,5%, e em segundo grau de 3,13%.E para pais, você adivinha? Como dissemos no início, os pais contribuem com 50% do DNA dos filhos, então, quando os exames de DNA apontam para uma concordância de 47,5% a 50%, parabéns, você é o pai!&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22125137087092.jpg" alt="Os exames também contribuem para o rastreio genético de doenças hereditárias que podem ter origem em um ou nos dois pais. Fonte: GettyImages."><figcaption>Os exames também contribuem para o rastreio genético de doenças hereditárias que podem ter origem em um ou nos dois pais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas e se eu receber uma transfusão sanguínea e talvez passar por um exame de DNA, pode haver um falso positivo? Não, a maioria das células que compõem o sangue são anucleadas e não guardam DNA.&nbsp;Quando sangue é recolhido para exames de DNA, os pesquisadores buscam exclusivamente pelos leucócitos, que são células do sistema imunológico que circulam com as outras células que compõem nosso sangue.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288712-paulo-realiza-mutirao-coletar-dna-parentes-desparecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">São Paulo realiza mutirão para coletar DNA de parentes de desparecidos</a></li></ul>Elas não possuem contagem suficiente para alterar o seu DNA. Além disso, essas células morrem depois de um tempo. O teste, se bem feito, raramente erra, então você não tem desculpas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273674-nasce-primeiro-macaco-quimera-alta-quantidade-celulas-tronco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exceto caso você seja uma quimera</a>. Mas isso fica para outro dia.Se você gosta de genética, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242778-informacoes-voce-descobrir-teste-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saiba quais outras informações seu DNA pode revelar sobre você</a>. Para mais sopas de letrinhas fundamentais para sua informação, continue acompanhando o TecMundo!

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Como o teste de DNA comprova uma relação familiar?

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O novo estudo sugere que os restos dos primeiros dinossauros podem estar "escondidos" em algum lugar de difícil acesso na Amazônia ou na África.

Embora haja um amplo consenso científico sobre a extinção dos dinossauros, após a queda de um grande asteroide na Terra há cerca de 66 milhões de anos, ninguém sabe ao certo onde eles surgiram. Agora, um novo estudo liderado por pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, propõe que os primeiros espécimes desses animais apareceram na Amazônia e outras regiões equatoriais da América do Sul e África.Até agora, os fósseis de dinossauros mais antigos foram descobertos em regiões do hemisfério sul como Brasil, Argentina e Zimbábue. No entanto, algumas variações observadas nesses registros (que datam de cerca de 230 milhões de anos) apontam que arcossauros podem ter evoluído por um período anterior, possivelmente milhões de anos antes da data desses achados.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215003-meteoro-extinguiu-dinossauros-deu-origem-floresta-amazonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meteoro que extinguiu dinossauros deu origem à floresta amazônica</a></li></ul>Publicada recentemente na revista Current Biology, a pesquisa da UCL investigou especificamente essas lacunas no registro fóssil. Segundo os autores, os primeiros dinossauros provavelmente surgiram em uma região equatorial quente do supercontinente Gondwana. A área corresponde hoje à nossa Amazônia, à bacia do Congo e ao deserto do Saara.<h2>Modelando o berço dos dinossauros</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24114945997025.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores usaram modelos computacionais para eliminar lacunas no registro fóssil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para o primeiro autor do artigo, Joel Heath, doutorando na UCL, os dinossauros começaram a evoluir em algum momento do Período Triássico, isto é, entre 252 milhões a 201 milhões de anos atrás. No entanto, "Deve ter havido muita coisa acontecendo em termos de evolução dos dinossauros, mas simplesmente não temos os fósseis", pondera ele em um release.Era então o tempo de um continente primordial, com uma Terra bem diferente da que conhecemos hoje. Na forma de um extenso C, cujo meio coincidia com o equador planetário, Pangeia reunia todos os continentes. Juntas no hemisfério sul, América do Sul e África se encaixavam perfeitamente, e foi no sul desses dois subcontinentes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400984-ainda-podem-existir-dinossauros-em-algum-lugar-da-terra-a-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que surgiram os primeiros dinossauros cujos fósseis conhecemos</a>.Como queriam ir além, sem ter que penetrar o coração da floresta tropical ou cavar no deserto, Heath e seus colegas utilizaram modelagens computacionais que permitissem retroceder no tempo, partindo dos dinossauros mais antigos conhecidos até sua origem. Para eliminar lacunas no registro fóssil, barreiras geográficas e dúvidas sobre as relações evolutivas, eles criaram dezenas de versões desses modelos. &nbsp;<h2>Em busca das rochas "certas"</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24115805561026.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O ambiente onde os dinossauros surgiram é bem diferente dos que se imaginava. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A construção dos modelos da metodologia do estudo de modelagem utilizou fósseis, árvores evolutivas de dinossauros e répteis próximos, e a geografia do período geológico. A abordagem tratou as regiões não como locais sem fósseis, mas sim como áreas com carência de informação. Isso permitiu atribuir as lacunas a limitações da pesquisa e não como ausência de vestígios.Para Heath, embora nenhum fóssil de dinossauro tenha sido detectado na África e na América do Sul, “isso pode ser porque os pesquisadores ainda não encontraram as rochas certas, devido a uma mistura de inacessibilidade e uma relativa falta de esforços de pesquisa nessas áreas”.O resultado da modelagem confirmou a hipótese de que os primeiros dinossauros provavelmente surgiram no oeste do supercontinente Gondwana, em uma região de baixa latitude. Ao contrário do que se pensava, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272132-terra-preta-amazonia-estudo-explica-solo-tao-fertil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esse ambiente era bem mais quente e seco</a>, e formado por deserto e paisagens parecidas com as savanas atuais. Além disso, o número de dinossauros era bem menor do que os répteis.<h2>Como eram os primeiros dinossauros?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://ogimg.infoglobo.com.br/saude/ciencia/16391104-bee-1e8/FT1086A/dinosaur-rendition_3335062b.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Museu Nacional de Gales&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24123842683036.jpg" alt="x. (Fonte: Museu Nacional de Gales/Divulgação)"><figcaption>Os primeiros dinossauros eram do tamanho de galinhas. (Fonte: Museu Nacional de Gales/Divulgação)</figcaption></figure>O mundo dos protodinossauros era dominado pelos répteis que incluíam grupos gigantescos, como os pseudossúquios, que chegavam a 10 metros de comprimento, além dos assustadores pterossauros, pioneiros no voo "motorizado" com asas. Esses animais ocupavam diferentes nichos ecológicos e desenvolveram características adaptativas notáveis para sobreviver e se locomover.Já os primeiros dinossauros eram animais bem menores do que os que vemos nos museus e nos filmes, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290355-dinossauros-desenvolveram-penas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais parecidos com uma galinha ou um cachorro atuais</a>. Segundo os autores, sua locomoção era bípede e sua dieta, provavelmente onívora. Essa fase inicial foi determinante na evolução desses animais, que se tornaram dominantes no planeta.&nbsp;<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/222810-ypupiara-lopai-conheca-dinossauro-brasileiro-recem-descoberto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ypupiara lopai, o dinossauro brasileiro recém-descoberto</a></li></ul>No entanto, a ascensão dos dinossauros está diretamente relacionada com erupções vulcânicas que eliminaram grande parte dos répteis há 201 milhões de anos. A teoria é amparada pelo fato de essa origem constituir exatamente um ponto médio&nbsp;entre os dinossauros do sul de Gondwana e de muitos fósseis descobertos ao norte, na Laurásia (terras da América do Norte, Europa e parte da Ásia).O que você achou da matéria sobre uma origem brasileira para os dinossauros? Comente em nossas redes sociais e compartilhe com seus amigos. Até a próxima!

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Primeiros dinossauros podem ter surgido na Amazônia, diz estudo

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Quem nunca quis esquecer aquela situação vexatória ou até mesmo um amor não correspondido? Mas será que 'apagar' memórias é mesmo possível? Entenda um pouco mais.

Já dizia Pitty em sua música Memórias: "memórias, não são só memórias, são fantasmas que me sopram aos ouvidos coisas que eu nem quero saber." Nem sempre as informações retidas no nosso cérebro são agradáveis e podem nos trazer muito desconforto, ou mesmo danos psicológicos e sociais quando são evocadas.&nbsp;Uma queda na rua, um assalto, uma mordida na abelha intrometida que estava no seu sorvete, podem trazer consequências que ultrapassam o nível de 'memórias ruins' e podem gerar traumas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400493-neste-momento-o-seu-cerebro-esta-tentando-prever-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Neste momento, o seu cérebro está tentando prever o futuro</a></li></ul>Mas essa capacidade que nosso cérebro possui de guardar acontecimentos "bons e ruins" desempenha uma função crucial no nosso modo de viver e ser. Por exemplo, você sempre irá dar uma conferida se tem algum inseto na sua comida antes de dar uma bocada. &nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21113106851053.jpg" alt="As danadinhas gostam de se meter em lugares inconvenientes. Fonte: GettyImages."><figcaption>As danadinhas gostam de se meter em lugares inconvenientes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Uma nova pesquisa começa a dar os primeiros passos em direção à substituição de recordações ruins. Venha saber como isso é possível e se de fato essa lembrança poderá cair no esquecimento como <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/286324-acontece-final-divertida-mente-2-entenda-o-destino-riley.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bing Bong no filme Divertidamente</a>. Essa é uma memória que eu gostaria de esquecer.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Como as memórias são formadas?&nbsp;</h2>As recordações são um processo bastante interessante e não totalmente esclarecido. A neurociência tem se debruçado em entender como somos capazes de armazenar e recuperar informações, assim como quais são os mecanismos que farão com que um fato seja consolidado, ou não.&nbsp;Para alguns estudiosos, acontecimentos que provoquem sentimentos e emoções fortes, assim como ter imagens específicas associadas ao fato, são os melhores candidatos a serem conservados no nosso cérebro com possibilidade de rápida recuperação.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21120824962065.jpg" alt="Ao longo da vida, as recordações de fatos vivenciados vão moldando nossa forma de ser e agir. Fonte: GettyImages."><figcaption>Ao longo da vida, as recordações de fatos vivenciados vão moldando nossa forma de ser e agir. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Isso explicaria em parte o motivo pelo qual você não consegue se lembrar da matéria insuportável da escola, mas, ao mesmo tempo, se estimula a estudar por recordar que o professor é uma pessoa exigente e que você deve aprender o conteúdo para não reprovar.Nesse jogo de positividade e negatividade, nossas recordações vão aos poucos moldando nossa forma de ser e agir. Por isso, nem sempre pessoas que compartilharam a mesma vivência irão se lembrar da mesma forma do fato ocorrido. Para algum outro aluno da mesma turma, a disciplina e professor podem ser ótimos e era um prazer estudar para aquela matéria.&nbsp;E a vivência é apenas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206139-celulas-tempo-organizam-cronologicamente-nossas-memorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a primeira parte da 'aquisição' da memória</a>. Há quem divida esse processo em três fases, enquanto outros estudos dividem em quatro ou cinco, singularizando cada passo, mas aqui por uma questão de generalização, dividiremos em três, sendo: experiência, consolidação e recuperação.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21122844110078.jpg" alt="Certeza que a maioria das trilhas sonoras dos desenhos animados está guarda na sua memória, enquanto a equação de segundo grau é só conteúdo para pesadelos. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Certeza que a maioria das trilhas sonoras dos desenhos animados está guarda na sua memória, enquanto a equação de segundo grau é só conteúdo para pesadelos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A experiência é tudo aquilo que você vive em um dia, seja de maneira positiva ou negativa. A segunda fase é a consolidação, que se acredita ser realizada durante o sono, quando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294739-nosso-cerebro-divide-o-dia-capitulos-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso cérebro faz uma espécie de flashback</a> para reforçar tudo aquilo que ele considera útil, reforçando os arranjos neuronais que irão guardar essa vivência na memória de longo prazo.Já a terceira é quando você de fato lembra. Essa lembrança pode ser espontânea, quando você busca recordar ou evocada, que é quando algum acontecimento, cheiro ou imagem trazem a memória à tona.&nbsp;Para os pesquisadores da Universidade de Hong Kong, a potencialidade de substituir memórias, está na segunda fase, onde lembranças aversivas poderiam ser substituídas por recordações melhores.<h2>Selecionar e substituir</h2>O grupo de pesquisa buscou compreender se memórias ruins poderiam ser substituídas por recordações menos perturbadoras <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248217-sono-rem-significa-importancia-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante o sono não REM</a>. Para isso, participaram do grupo de estudo 37 pacientes, sendo 25 mulheres e 12 homens, submetidos a um experimento aprovado pelo comitê de ética da universidade.O experimentou consistiu em apresentar imagens que evocassem sentimentos ou situações negativas ao mesmo tempo que eram associadas às palavras. Para cada imagem, uma palavra específica, formando 48 pares de palavras/imagens.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21130540264088.jpg" alt="Por exemplo, uma imagem de acidente deveria ser associada com a palavra 'amemdoim'. Fonte: GettyImages."><figcaption>Por exemplo, uma imagem de acidente deveria ser associada com a palavra 'fronha'. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os participantes passavam por duas rodadas de apresentação a esses conjuntos, sendo o primeiro a noite, logo antes de dormir e o segundo pela manhã, após acordarem e realizarem os ritos matutinos de higiene e alimentação. Durante o experimento, todos dormiram no laboratório e depois saíam para seguir sua rotina diária.&nbsp;O sono foi monitorizado por eletrodos que forneceram leituras de ativação neuronal. Durante a noite, as palavras que haviam sido associadas às imagens ficava tocando, com intuito de evocar e reforçar a memória.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149197-descoberto-mecanismo-responsavel-consciencia-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Descoberto mecanismo que pode ser responsável pela consciência humana</a></li></ul>Em um segundo momento, o grupo de pesquisadores substituiu metade das imagens perturbadores por cenas mais afetivas e confortadoras, utilizando o mesmo conjunto de palavras que antes estava associada a imagens ruins.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21132330010095.jpg" alt="Se antes a imagem de acidente estava associado com a palavra fronha, agora a mesma palavra estava associada à uma tarde divertida na praia. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Se antes a imagem de acidente estava associado com a palavra fronha, agora a mesma palavra estava associada a uma tarde divertida na praia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A monitorização das noites seguintes apontou uma alteração nas ondas cerebrais responsáveis pelo processamento da memória emocional. Após a substituição da imagem, o cérebro se mostrou mais propenso a responder à palavra que evocava, nesse momento, uma lembrança 'melhor'.Para a equipe,&nbsp;esse é um indício satisfatório de que memórias ruins possam ser substituídas, se não 'deletadas' diante de um estímulo de positivo, que altere a lembrança.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21133517086097.jpg" alt="Uma memória condicionada se difere significativamente de uma vivência guardada e constantemente 'revivida' em históricos de trauma. Fonte: GettyImages."><figcaption>Uma memória condicionada se difere significativamente de uma vivência guardada e constantemente 'revivida' em históricos de trauma. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Contudo, é importante salientar que o estudo apresenta limitações importantes. As memórias a serem substituídas foram condicionadas aos participantes, não sendo algo que eles temiam ou que representassem traumas pessoais.Além disso, o número da amostra e o tempo experimental são pequenos, assim o resultado não pode ser generalizado.<h2 style="text-align:justify;">Deletando traumas através do sono?</h2>Ainda que o resultado obtido pela Universidade de Hong Kong possa ser questionado em muitas frentes, a pesquisa nesse campo se mostra benéfica&nbsp;ao tentar compreender como os mecanismos de substituição, ou deleção, de memórias poderia ser manipulado para fins terapêuticos.Se as pessoas pudessem aos poucos substituir memórias ruins por experiências mais 'felizes' enquanto dormem, seria uma técnica, talvez, menos onerosa emocionalmente para os pacientes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21134316014100.jpg" alt="Terapias de exposição por exemplo, podem trazer grandes abalos emocionais antes de surtir, se é que vai surtir, resultados. Fonte: GettyImages."><figcaption>Terapias de exposição, por exemplo, podem trazer grandes abalos emocionais antes de surtir, se é que vai surtir, resultados. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>As memórias, no entanto, não podem ser efetivamente deletadas, elas permanecerão lá, apenas menos significativas e menos acessíveis à evocação rápida. Contudo, não garante que uma nova experiência negativa não possa desencadear os mesmos traumas.Por enquanto, o botão de deletar do cérebro ainda não pode ser acessado sem causar prejuízos à saúde e nem por busca espontânea, portanto, continue visitando seu psicólogo ou outro profissional da saúde mental, credenciado e capacitado, por favor.E se você quer saber como manter seu sistema nervoso central limpinho e funcional, saiba que você precisa dormir! <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401545-enquanto-voce-dorme-o-seu-cerebro-toma-banho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entenda o que mais o sono pode fazer pelo seu cérebro.</a> Boa soneca e memórias melhores para você!

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Botão do esquecer? Cientistas desenvolvem técnica para 'apagar' memórias 

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A nova espécie felina é raríssima, pois seus restos se decompõem no ambiente florestal, mas foram preservados em caverna dos primeiros hominídeos.

Considerada uma enorme descoberta paleontológica, um fóssil de gato de 300 mil anos se mostrou tão pequeno que pode caber na palma da sua mão. Chamado de Prionailurus kurteni, o bichinho "representa o menor membro fóssil conhecido da família Felidae até hoje", conforme um comunicado de imprensa.Segundo um estudo publicado na revista científica finlandesa Annales Zoologici Fennici, o achado ocorreu na Caverna Hualongdong, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267878-fossil-dinossauro-167-milhoes-anos-antigo-especie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um importante sítio arqueológico localizado na província de Guizhou</a>, na China, por cientistas do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados que estudavam os humanos que viveram no local há 300 mil anos.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267722-estudo-examina-vestigios-megafauna-papel-homem-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo examina vestígios da megafauna e o papel do homem em sua extinção</a></li></ul>Descrito no estudo como “um pequeno fragmento de corpo mandibular felino”, o fóssil levou o autor principal do estudo Qigao Jiangzuo, da Academia Chinesa de Ciências, a afirmar à Live Science: "Este gato é claramente menor que um gato doméstico. É comparável ao menor gato vivo, [em torno de] 1 kg".<h2>Analisando o gatinho pré-histórico</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://bioone.org/ContentImages/Journals/anzf/61/1/086.061.0120/graphic/img-z4-1_335.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Qigao Jiangzuo et al., Annales Zoologici Fennici, 2025&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20105429737028.jpg" alt="x. (Fonte: Qigao Jiangzuo et al., Annales Zoologici Fennici, 2025)"><figcaption>As características do gatinho pré-histórico foram baseadas em sua mandíbula e dentição. (Fonte: Qigao Jiangzuo et al., Annales Zoologici Fennici, 2025)</figcaption></figure>Por ter sido encontrado em uma localidade hominídea do Pleistoceno Médio tardio, o fóssil pode ter entre 275 mil e 331 mil anos, afirmam os autores. Ele pode ser comparado, embora ainda mais compacto, aos menores felinos existentes hoje: o gato-bravo-de-patas-pretas (Felis nigripes) e o gato-ferrugem (Prionailurus rubiginosus).Taxonomicamente, o P. kurteni&nbsp;está mais próximo do P. rubiginosus, pois os cientistas acreditam que ele pertença ao grupo mais amplo conhecido como gatos-leopardo, dos quais o gato-ferrugem também faz parte. Já o F. nigripes, como indica o seu gênero, é mais próximo dos gatos domésticos.A classificação científica foi feita, segundo o estudo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400214-1-gatinho-dente-de-sabre-e-encontrado-mumificado-no-permafrost-do-artico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a partir de algumas características únicas de sua mandíbula e dentição</a>. O gatinho apresenta um pequeno canino adicional próximo ao pré-molar inferior (p4), e um cingulídeo, uma pequena elevação ou crista no dente, lembrando uma pequena “serra” neste p4, uma “marca registrada” dos gatos-leopardos.<h2>Qual é a importância da descoberta desse fóssil?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://i.redd.it/5345pxf1h93e1.jpeg" data-fonte="&amp;nbsp;Hodari Shadowalker/X&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20110431357031.jpg" alt="X. (Fonte: Hodari Shadowalker/X/Divulgação)"><figcaption>Os fósseis do P. kurteni só sobreviveram por estarem abrigados na caverna. (Fonte: Hodari Shadowalker/X/Divulgação)</figcaption></figure>Para Qigao Jiangzuo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269033-fossil-macaco-viveu-europa-mudar-historia-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a descoberta de fósseis de gatos-leopardos é rara em paleontologia</a> porque os restos desses animais se decompõem muito rápido no seu habitat florestal. No caso específico desse pequeno gato, a preservação ocorreu devido ao ambiente fechado da caverna. O estudo sugere uma diversidade potencialmente elevada de leopardos nos tempos pré-históricos.Embora relativamente recente (suas escavações começaram em 2013), a Caverna de Hualongdong revelou muitas amostras de hominídeos arcaicos. Segundo o primeiro autor do estudo, "Os restos de comida de povos antigos no sítio de Hualongdong podem ter atraído ratos e também aqueles pequenos gatos-leopardos".A conservação dos fósseis de P. kurteni foi considerada pela equipe como um indício de que aquela área era muito mais fria do que outros locais parecidos no sul da China. Além disso, levantou questões sobre a relação entre esses felinos e os humanos que habitavam a caverna. Os autores acreditam que os humanos antigos não comiam esses gatos, porque não há marcas de abate nos fósseis.<h2>Alguns "tesouros" da Caverna de Hualongdong</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://english.cas.cn/newsroom/cas_media/202412/W020241209572650213957.png" data-fonte="&amp;nbsp;Academia Chinesa de Ciências&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20122043363054.jpg" alt="Pessoas visitando o sítio de Hualongdong, na China. (Fonte: Academia Chinesa de Ciências/Divulgação)"><figcaption>Pessoas visitando o sítio de Hualongdong, na China. (Fonte: Academia Chinesa de Ciências/Divulgação)</figcaption></figure>A descoberta recente do fóssil de Prionailurus kurteni foi fundamental para "fechar" uma série de estudos de biologia molecular que propunham que os gatos-leopardos, os gatos domésticos e os gatos-de-pallas descendem de um mesmo ancestral.Além dessas relações de parentesco, “Entender os animais ao redor da caverna de Hualongdong pode nos dizer a que comida os humanos antigos tinham acesso e quais perigos eles enfrentavam. Essas descobertas são importantes para reconstruirmos a evolução dos humanos”, afirmam os pesquisadores no estudo.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/256716-8-itens-indispensaveis-tem-gatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 Itens indispensáveis para quem tem gatos</a></li></ul>Em pouco mais uma década de escavações, afirmam os paleontólogos, a caverna revelou um valioso tesouro de fósseis. Além de restos de seres humanos primitivos, foram encontrados fósseis de pandas, estegodontes (ancestral dos elefantes e mamutes) e muitas outras espécies extintas, sugerindo que a caverna pode ter sido uma espécie de armadilha natural ou um campo de caça.&nbsp;Gostou da descoberta desse fóssil que já foi bem fofo um dia? Comente em nossas redes sociais e compartilhe os detalhes com os amigos. Até a próxima!

Fóssil do menor gato do mundo é encontrado em caverna de 300 mil anos 

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Segundo estudo da Weil Cornell Medicine, os nucléolos celulares, detentores do DNA ribossômico, podem estar intimamente relacionados ao disparo do cronômetro, havendo também possibilidade de ser desacelerado. Entenda. 

Pensei em muitas maneiras sobre como eu poderia iniciar este texto, pois o envelhecimento vai muito além de um conceito biológico indesejado. Socialmente, o envelhecimento também assume o mesmo papel catalítico, indicando o início do fim de uma existência. Mas será que é isso mesmo?O envelhecimento é um processo natural que ocorre desde o momento em que as primeiras células, herdadas dos genitores, se uniram em prol da formação de uma nova vida. Entretanto, como algo que nem existe, ainda, já deu início na contagem regressiva?<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/294199-envelhecimento-saudavel-plano-comeca-presente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O envelhecimento saudável é um plano que começa no presente</a></li></ul>Os processos de envelhecimento são bastante complexos e não totalmente esclarecidos. Sabe-se, por exemplo, que as células dos seres vivos não envelhecem todas ao mesmo tempo. Você pode ter uma pele de 20 anos e rins que podem parecer ter eras, sem nenhuma contradição biológica.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15124521553087.jpg" alt="Há pesquisadores mais otimistas, outros mais pessimistas, mas o fato é que: ninguém tem certeza. Fonte: GettyImages. "><figcaption>Há pesquisadores mais otimistas, outros mais pessimistas, mas o fato é que: ninguém tem certeza. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>&nbsp;Sendo assim tão intrincados os processos de envelhecimento, existem <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diferentes teorias sobre o tema</a>. Enquanto algumas dão conta de um processo biológico natural, outras incluem interferências sociais sobre o envelhecimento cognitivo e psicológico, que desencadeiam estresse sobre as células incentivando a senescência.Seja de dentro para fora, ou vice-versa, envelhecer é algo que irá acontecer com todos, e por isso, pesquisas tem andado em duas frentes: compreender como o envelhecimento acontece e como frear, ou parar, esse processo. E vamos começar de dentro para fora.<h2 style="text-align:justify;">O núcleo da questão</h2>Em uma pesquisa recente, publicada na Revista Nature Aging, pesquisadores da Weil Cornell Medicine parecem ter encontrado uma relação entre a expansão do nucléolo celular e a abertura de um cronômetro de envelhecimento e morte.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15130822958000.jpg" alt="Dentro de cada núcleo celular há uma estrutura chamada de nucléolo, onde o DNA ribossomal é armazenado. Fonte: GettyImages."><figcaption>Dentro de cada núcleo celular há uma estrutura chamada de nucléolo, onde o DNA ribossomal é armazenado. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os testes e observações foram realizadas com células de leveduras. A escolha por essa classe celular foi realizada por sua similaridade funcional com células humanas e de outros seres vivos.A observação demonstrou alguns fatores interessantes em relação<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272513-perfeito-padrao-matematico-contagem-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;aos processos de senescência dessas células</a>, como, por exemplo, uma expansão do nucléolo, tornando o mais acessível para invasão de outros elementos nucleares.&nbsp;Essa permeabilidade da estrutura acaba contribuindo para desestabilização do DNA ribossomal (rDNA) guardado, até então, a salvo de interferência externa. Quando o nucléolo expande, o cronômetro mortal é disparado, e as células parecem não serem capazes de se reproduzir mais do que cinco vezes antes de morrerem.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15131949282001.jpg" alt="O processo de apoptose se inicia e a célula deixa de existir. Fonte: GettyImages."><figcaption>O processo de apoptose se inicia e a célula deixa de existir. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>De modo a desvendar se o processo de envelhecimento e o start mortal realmente poderia ser desencadeado<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401014-qual-a-diferenca-do-dna-e-do-rna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> pela expansão do nucléolo e desestabilização do rDNA</a>, o grupo decidiu fixar as paredes do nucléolo no núcleo da célula.&nbsp;Exemplificando de uma maneira bem simples, seria como ter um balão dentro do outro. O balão interno teve as paredes 'coladas' ao balão externo para que tivesse uma limitação de até onde ele poderia ser inflado.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400280-o-papel-da-apoptose-na-vida-e-morte-celular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O papel da apoptose na vida e morte celular</a></li></ul>O resultado dessa tentativa foi bastante satisfatório. Os dados mostraram que manter o nucléolo estável e pequeno, sem esse acréscimo de expansão, manteve a célula viva e se reproduzindo por mais tempo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15133145082004.jpg" alt="O DNA ribossomal é bastante sensível e nada simples de ser reparado, além disso, a constante replicação para gênese de proteínas pode gerar acúmulos de erros, o que poderia desencadear outros problemas se as células não entrassem em apoptose. "><figcaption>O DNA ribossomal é bastante sensível e nada simples de ser reparado, além disso, a constante replicação para gênese de proteínas pode gerar acúmulos de erros, o que poderia desencadear outros problemas se as células não entrassem em apoptose. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas isso está longe de ser tão simples ou uma resposta definitiva para o envelhecimento. O primeiro impasse é saber quando o nucléolo irá expandir. As observações demonstraram que o crescimento não é algo gradual, sendo assim, algum gatilho dispara a necessidade desse aumento, mas ainda não se sabe o motivo.O rDNA contido nessa estrutura também é algo bastante sensível e difícil de ser reparado, pois possui sequências muito repetitivas, que comando a formação dos ribossomos e síntese de proteínas. Ao longo dessas replicações, ele pode acumular erros na sequência.&nbsp;E sabemos que erros sequenciais em conjunto com "células imortais" são a receita para doenças graves.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15134812280012.jpg" alt="As células precisam ser capazes detectar e destruir erros graves, freando a possibilidade do desenvolvimento de doenças, como cânceres. Fonte: GettyImages."><figcaption>As células precisam ser capazes, detectar e destruir erros graves, freando a possibilidade do desenvolvimento de doenças, como cânceres. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Contudo, a ideia dos pesquisadores é utilizar a nova descoberta para aumento da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273674-nasce-primeiro-macaco-quimera-alta-quantidade-celulas-tronco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">longevidade de células-tronco</a>, por exemplo, dando a elas maior oportunidade de replicação, desenvolvimento e 'construção' de tecidos desejados.Saber como frear esse processo de envelhecimento celular também contribuíra para que o rDNA possa se manter estável e funcional, evitando, talvez, doenças crônicas comuns ao envelhecimento como cardiopatias, doenças neurodegenerativas, dentre outras.&nbsp;Ainda que para o grupo da Weil Cornell Medicine, outros fatores de envelhecimento celular, como encurtamento dos telômeros ou oxidação celular também possam ter relação com essa perda de estabilidade dos nucléolos, a pesquisa continua apenas nos primeiros achados, havendo necessidade de mais investigação.&nbsp;Até termos uma terapia capaz de frear o envelhecimento, que tal pensar em outras maneiras de envelhecer com qualidade?<h2 style="text-align:justify;">Se você é jovem ainda, amanhã será um jovem com mais experiência de vida</h2>Qual tal pensar em alguns métodos para ter um envelhecimento saudável mantendo a qualidade de vida? Claro que os joelhos podem ranger e as costas podem reclamar, mas é importante pensar e praticar estratégias para que esse seja um processo agradável.Com o envelhecimento do nosso corpo, mediado por processos internos e externos, como exposição a luz solar, produtos e substâncias químicas, além do estresse do dia-a-dia, são fatores que contribuem para a aceleração ou retardo da senescência.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/15/15140126354016.jpg" alt="Atividade física é um grande aliado para um envelhecimento saudável. Fonte: GettyImages."><figcaption>Atividade física é um grande aliado para um envelhecimento saudável. Fonte: Getty Images.</figcaption></figure>Manter uma alimentação balanceada, exercício físico, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/244011-ciclo-circadiano-conheca-famoso-relogio-biologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono e descanso de qualidade</a>, além de visitas regulares ao seu médico podem ser boas estratégias para manter não apenas seu corpo, como sua mente mais ativa e jovem, fazendo com que nosso cronômetro biológico possa atrasar, ao menos um pouco.Fatores genéticos também podem estar associados à rapidez com a qual nossa contagem regressiva é iniciada, então, cabe a nós fazer o que nos é possível enquanto há tempo, e sempre há tempo. Que tal começar hoje a envelhecer com mais qualidade?&nbsp;Mas se isso ainda não te convenceu, pode se interessar em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207185-cientistas-conseguem-reverter-envelhecimento-celulas-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros estudos sobre como 'reverter' o envelhecimento</a>. Envelheça com qualidade e conhecimento continuando a acompanhar o TecMundo. Nos vemos na próxima!

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O 'cronômetro da morte': entenda como funciona o envelhecimento celular

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O sono parece auxiliar para que o cérebro se mantenha limpo, saudável e funcional. Entenda um pouco mais sobre a importância do sono. 

Dormir bem pode ser considerado, para alguns, quase um privilégio. Deitar, relaxar e apagar por oito horas seguidas é o desejo de todos. Contudo, mais do que uma vontade, dormir é uma necessidade, principalmente se considerarmos as pesquisas recentes sobre os hábitos de higiene cerebral.Nosso organismo possui uma 'via filtradora' de impurezas conhecidas como sistema linfático, mas esse sistema é inexistente, ao menos nos mesmo, moldes, no cérebro. Então como ele elimina os resíduos?<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286122-neurocientista-explica-acontece-nosso-cerebro-morremos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece no cérebro enquanto morremos?</a></li></ul>A resposta para isso pode estar intimamente ligada ao sono. É como se ao dormir, o cérebro finalmente tivesse um tempo para ele, tomando um banho relaxante, eliminando as sujidades produzidas pelo dia estressante e caótico, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294739-nosso-cerebro-divide-o-dia-capitulos-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para depois compartimentalizar e guarda o que foi importante</a>.Vamos lá alimentar mais algumas informações para o seu cérebro ter no que trabalhar na próxima madrugada após um detox dependente de sono.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14122737348059.jpg" alt="O cérebro possui uma via de destinação do seu lixo metabólico diferente do restante do corpo, chamada de Sistema Glinfático. Fonte: Getty Images"><figcaption>O cérebro possui uma via de destinação do seu lixo metabólico diferente do restante do corpo, chamada de Sistema Glinfático. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Era sono que me faltava</h2>Em uma perspectiva bioquímica, a famosa evocação de 'trabalhe enquanto eles dormem' não poderia estar mais errada. O sono é fundamental para que todas as funções, orgânicas e cognitivas, sejam preservadas e se mantenham em perfeito funcionamento.&nbsp;Não se sabe ainda quais são os mecanismos exatos que desencadeiam a necessidade intrínseca de sono em todos os seres vivos, mas com certeza, quem já foi obrigado a passar por algum tipo de privação de sono, sabe que depois de algum tempo, é impossível manter qualquer pensamento coerente.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14124820031070.jpg" alt="Irritabilidade, falta de atenção, lapsos temporais, mal estar generalizado, depersonificação, desenvolvimento de doenças crônicas e até morte. Não fique sem dormir. Fonte: GettyImages."><figcaption>Irritabilidade, falta de atenção, lapsos temporais, mal-estar generalizado, despersonificação, desenvolvimento de doenças crônicas e até morte. Não fique sem dormir. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O ato de dormir é como reset&nbsp;em todos os nossos sistemas. Durante o sono nosso organismo desencadeia ações restaurativas que contribuem para o equilíbrio hormonal, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/224267-possivel-melhorar-memoria-veja-tecnicas-estimular-habilidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">organização e fixação das memórias</a>, relaxamento muscular e uma discreta diminuição das funções dos sistemas cardiovasculares e respiratório, diminuindo também nossa temperatura corporal contribuindo para melhor eficácia de todo esse processo de restauro.Mas outra função essencial do sono foi descrita pela primeira vez em meados de 2012. Em um estudo publicado na Revista Science, pesquisadores verificaram que o sono tem papel essencial para higiene do nosso cérebro, contribuindo para o funcionamento de um sistema próprio de autolimpeza chamado de glinfático.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14131602620084.jpg" alt="O sono é água são a receita mágica que todos procuram para um detox eficiente do organismo. Fonte: GettyImages."><figcaption>O sono é água são a receita mágica que todos procuram para um detox eficiente do organismo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O cérebro não possui uma via própria para eliminação dos produtos das metabolizações celulares e não se sabia se de fato esse sistema de limpeza era necessário, ou como nosso órgão 'mestre' conseguia realizar essa faxina.Pense em uma área isolada onde não há portas, janelas ou saídas de ar. Tudo é realizado de modo hermético e totalmente livre de qualquer agente externo. A princípio, algo tão isolado também estaria livre de resíduos e sujidade, mas se você tem uma um canto que não consegue varrer na sua casa, não significa que ele esteja limpo.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/219487-cerebro-humano-mapeado-precisao-revela-detalhes-vistos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cérebro humano mapeado com precisão revela detalhes nunca vistos</a></li></ul>Assim é o cérebro. Por muito tempo se acreditou que ele não produzia nada que necessitasse de uma faxina geral, mas sabemos que neurônios e astrócitos, células do sistema nervoso, não são imortais, além disso, para que cada um desses componentes funcionem, são necessárias metabolizações que irão gerar resíduos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14133119136089.jpg" alt="Tudo deixa que funciona deixa resíduo. Por que seria diferente com o cérebro? Fonte: GettyImages."><figcaption>Tudo deixa que funciona deixa resíduo. Por que seria diferente com o cérebro? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O que o estudo de 2012 fez foi descrever as primeiras impressões sobre o sistema próprio de autolimpeza, que utiliza pequenos espaços entre artérias da membrana subaracnoide que estão em contato com a parte terminal dos astrócitos. Esse pequeno espaço parece ser mais permeável, permitindo que o líquido cefalorraquidiano entre e seja filtrado, eliminando as impurezas produzidas no cérebro.&nbsp;Mas como esse líquido é levado até lá? Como ele circula? E o que tem a ver com o sono? Parte da resposta veio em 2025 em uma publicação da Revista Cell.<h2 style="text-align:justify;">Faxina do soninho</h2>Os pesquisadores monitoram as funções cerebrais, por meio de eletrodos implantados, de cobaias durante o sono natural. Ou seja, ficaram olhando como o cérebro de ratinhos se comportava durante a soneca dos bichinhos.&nbsp;Era importante que os animais entrassem em estado de dormência de modo natural e não induzido por medicações, para que se pudesse chegar a conclusões mais exatas sobre o funcionamento da faxina durante o sono.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14134512225094.jpg" alt="Dormir de forma natural, ao que tudo indica, é o ápice para faxina. Fonte: GettyImages."><figcaption>Dormir de forma natural, ao que tudo indica, é o ápice para faxina. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os dados demonstraram que durante o sono há um trabalho de contração e dilatação dos vasos sanguíneos estimulados por picos de norepinefrina <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248217-sono-rem-significa-importancia-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">durante o estado de sono não-REM</a>. Essa mudança de concentração de neurotransmissor ocorria em intervalos de aproximadamente 50 segundos, gerando uma espécie de bombeamento do líquido cefalorraquidiano (LCR), o empurrando para captação e filtragem no Sistema Glinfático.Quando os pesquisadores estimularam o locus coeruleus,&nbsp;que é um grupo de neurônios especializados no tronco cerebral responsável pela produção de norepinefrina, diminuindo o intervalo de picos do neurotransmissor, houve um aumento do bombeamento e funcionamento do sistema de filtragem do cérebro.&nbsp;E todo esse processo parece ocorrer de forma muito mais eficaz durante a fase de sono não-REM, quando há uma diminuição da atividade cerebral, deixando de ser menos eficaz e ativa durante o sono REM, quando há atividade neuronal mais próxima daquela presente quando estamos acordados. Para que a mágica da limpeza cerebral possa acontecer, você tem que estar dormindo o soninho dos justos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14135820618101.jpg" alt="O sono é dividido em estágios de maior e menor atividade neuronal, sendo conhecidas como sono Não-REM, que dura a maior parte do tempo que dormimos, e o sono REM, onde as memórias são consolidadas. Fonte: GettyImages."><figcaption>O sono é dividido em estágios de maior e menor atividade neuronal, sendo conhecidas como sono Não-REM, que dura a maioria do tempo que dormimos, e o sono REM, onde as memórias são consolidadas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É um banho em sangue e LCR, mas essencial para que nosso cérebro seja capaz de eliminar toxinas, proteínas indesejadas e manter o bom funcionamento de todas as funções cognitivas, de memória, além de enviar os comandos certos para outros sistemas do organismo.&nbsp;Segundo estudos na mesma linha de investigação, falhas nesse processo de autolimpeza podem estar associados às doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e outros tipos de agravos relacionados ao acúmulo de proteínas, restos metabólicos e a degeneração de neurônios e células gliais.&nbsp;E não vale dormir a qualquer custo. Lembra que eu disse que os pesquisadores analisaram os ratinhos durante o sono natural? Mas eles foram além e experimentaram se os mesmos efeitos autolimpantes ocorriam no <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242689-zolpidem-que-serve-famoso-composto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono induzido por Zolpidem</a>. Te dou uma chance de adivinhar.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14140909129105.jpg" alt="Pílulas para dormir parecem ter um efeito restritivo para o processo de autolimpeza cerebral. Fonte: GettyImages."><figcaption>Pílulas para dormir parecem ter um efeito restritivo para o processo de autolimpeza cerebral. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O uso do Zolpidem nas cobaias demonstrou que há uma diminuição significativa na capacidade de autolimpeza cerebral. A hipótese para esse fenômeno é que a medicação interfere na capacidade do cérebro de experimentar todas as fases do sono, assim como interfere no tempo de duração de cada fase, fazendo com que o corpo não tenha o tempo 'normal' de preparação para que todo processo possa ocorrer de modo satisfatório.Isso não implica na necessidade de descontinuidade do uso da medicação, contudo, são necessários mais estudos para que se entenda o real impacto desse processo, impedindo que os usuários possam experimentar complicações de saúde posteriormente em suas vidas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14142158549109.jpg" alt="Dormir é um fator protetivo contra doenças crônicas e neurodegenerativas. Fonte: GettyImages."><figcaption>Dormir é um fator protetivo contra doenças crônicas e neurodegenerativas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Todo campo do sono e suas funções estão em constante investigação e ainda há um caminho longo a ser percorrido, mas a dica é: permita que seu cérebro tome um banho relaxante tendo uma boa noite de sono.&nbsp;E se você quer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/249145-melhor-posicao-dormir-veja-especialistas-dizem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas dicas para dormir melhor, que tal começar pela posição?</a> Técnicas de higiene do sono podem contribuir e muito para que você tenha noites mais agradáveis e possa experimentar os benefícios de um sono restaurador.Para mais conteúdos que mereçam ser guardados em suas memórias de longo prazo durante o sono, continue acompanhando o TecMundo. Bons sonhos e até a próxima!

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Enquanto você dorme, o seu cérebro 'toma banho'

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Ao descobrir por que as células tumorais morrem de formas diferentes após a radioterapia, os pesquisadores criaram oportunidades para melhorar os tratamentos.

Após a descoberta dos raios X por Wilhelm Röntgen, em 1895, tiveram início as primeiras sessões de radioterapia para tratamento do câncer. O procedimento envolve feixes de radiação direcionados exatamente para o tumor para que as células cancerosas, mais sensíveis à radiação, tenham seu DNA atacado e morram.No entanto, por um motivo que há décadas desafia a compreensão dos cientistas, a exposição à radiação mata células de tumores iguais de formas diferentes. Isso é importante, pois algumas dessas mortes passam despercebidas pelo sistema imunológico, enquanto outras incitam uma resposta imune que mata as células cancerosas remanescentes.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230756-radiacao-saude-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nem toda radiação faz mal à saúde</a></li></ul>Agora, um estudo publicado recentemente na Nature Cell Biology garante ter solucionado o mistério. Após passar seis anos pesquisando a questão, o autor principal, Radoslaw Szmyd, da Universidade de Sydney, em Westmead na Austrália, conseguiu resolvê-la após rastrear células irradiadas por uma semana, com microscópios de última geração.<h2>Como funciona a radioterapia na prática?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14085341350005.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A radioterapia libera o sistema imunológico do paciente para matar células cancerosas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em um cenário ideal, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149589-descoberta-dar-origem-tratamento-universal-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o tratamento do câncer libera o sistema imunológico do paciente</a> para matar células cancerosas e limpar tumores. Para isso, a radioterapia que mata algumas células neoplásicas, “denuncia” sua presença ao sistema imunológico, que mata aquelas que sobreviveram à radiação direta.No entanto, o que seria uma estratégia literalmente matadora para a sobrevivência de muitos pacientes acaba falhando, porque algumas dessas células malignas morrem de maneira incorreta, ou seja, não imunogênica. Isso significa que parte das mortes faz só metade do trabalho, e não libera sinais capazes de ativar o sistema imunológico.Para o coautor Tony Cesare, professor do Instituto de Pesquisa Médica Infantil de Sydney, "O resultado surpreendente de nossa pesquisa é que o reparo do DNA, que normalmente protege as células saudáveis, determina como as células cancerosas morrem após a radioterapia", afirma ele em um comunicado.<h2>Por que o reparo do DNA nem sempre reconhece as células irradiadas?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14090936161009.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O sistema nem sempre reconhece células cancerosas irradiadas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Fundamental para o funcionamento das nossas células, o DNA está o tempo todo sujeito a danos causados por processos metabólicos naturais, produtos químicos e a radioterapia. Embora o material genético corrija os danos, nesse último caso, os danos são tão severos, que o próprio processo de reparo reconhece a gravidade e “sinaliza” para que a célula inicie sua autodestruição (apoptose), o que faz do DNA uma ferramenta de combate ao câncer.Se esse reparo fosse capaz de funcionar de forma que as células malignas não morressem, a radioterapia seria inócua. Mas as doses são calibradas de tal maneira, que, na maioria dos casos, causam danos além da capacidade de recuperação do processo de reparo.No entanto, pondera Cesare, "Quando o DNA danificado pela radioterapia foi reparado por um método chamado recombinação homóloga, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264008-descoberto-novo-mecanismo-celular-causar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as células cancerígenas morrem durante o processo de reprodução</a> — um mecanismo chamado divisão celular ou mitose". Nesses casos, a morte passa totalmente despercebida pelo sistema imunológico, e não ativa uma resposta imune.<h2>Como ativar o sistema imunológico nos casos de morte durante a mitose?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14091455519010.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mortes celulares ocorridas durante a mitose não ativam o sistema imune. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A solução para que o corpo inicie uma resposta imune capaz de combater o câncer de uma maneira mais ampla, raciocinaram os autores, foi bloquear a recombinação homóloga (mecanismo de reparo que utiliza uma cópia intacta do DNA como molde). Tendo que se reparar de outras formas, as células acabariam flagradas pelo sistema imunológico, e mortas. &nbsp;A hipótese foi testada em experimentos em cultura, e confirmada, pois as células liberaram interferons, proteínas produzidas pelas células do sistema imunológico em resposta a infecções virais e células tumorais. No entanto, a eficácia ainda precisa ser demonstrada em modelos animais e em ensaios clínicos.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263455-tratamento-desenvolvido-brasileiro-realmente-cura-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tratamento desenvolvido por brasileiro, realmente cura o câncer?</a></li></ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401042-russia-diz-ter-desenvolvido-vacina-contra-o-cancer-e-que-vai-distribuir-de-graca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alguns medicamentos que inibem a recombinação homóloga</a>, como os inibidores da enzima ATR, podem aumentar a eficácia da radioterapia, permitindo reduzir as doses. Uma mutação no gene BRCA2, ligada ao câncer de mama, também impede a recombinação homóloga e, portanto, a morte durante a mitose. Como outra mutação aumenta o reparo, os autores estão explorando novas estratégias terapêuticas para melhorar os tratamentos.Gostou dessa descoberta? Conte para gente em nossas redes sociais, e aproveite para compartilhar a matéria com amigos e parentes. Até mais!

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Por que algumas células cancerosas resistem à radioterapia? Estudo explica

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Cientistas do ETH Zurique e da Caltech apresentaram um modelo de alta resolução que revela mundos submersos sob o Oceano Pacífico.

Recentemente, um novo modelo de alta resolução apresentou detalhes surpreendentes dos mundos submersos sob o Oceano Pacífico.&nbsp;Em um estudo publicado na revista científica Scientific Reports, uma equipe de geofísicos do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurique) utilizou dados do manto inferior da Terra para produzir os modelos que revelam esses detalhes.Você já deve ter ouvido a ideia de que os cientistas conhecem mais sobre as características de estrelas, planetas e outros corpos celestes no universo do que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265666-explorar-fundo-mar-tao-dificil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre as profundezas dos oceanos da Terra</a>. Apesar disso ser mais uma metáfora do que uma verdade, é fato que ainda há muito a explorar nos mundos submersos.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294351-manto-terra-partiu-duas-grandes-regioes-pangeia-se-formou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O manto da Terra se partiu em duas grandes regiões quando Pangeia se formou</a></li></ul>Em parceria com o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), os cientistas da ETH Zurich identificaram regiões no interior da Terra que aparentam ser restos de placas tectônicas submersas sob o Oceano Pacífico. Em um comunicado oficial, eles levantam a hipótese da existência de um ‘mundo perdido’ sob o oceano.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YxGgkF582rI?si=hr43201gyS2uLyp1" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para alcançar esse resultado, os pesquisadores analisaram dados sísmicos de diversas regiões do planeta, o que permitiu mapear a localização das placas tectônicas submersas ao longo do manto terrestre. Esses dados fornecem uma base valiosa para investigar os processos que ocorrem nas profundezas da Terra.“Determinar a estrutura da Terra é fundamental para desvendar sua dinâmica interior. A tomografia sísmica revela anomalias positivas de velocidade de onda em todo o manto que se correlacionam espacialmente com os locais esperados de placas subduzidas. Essa correlação tem sido amplamente aplicada em reconstruções de placas e modelagem geodinâmica”, é descrito na introdução do estudo.<h2>Por que é tão difícil coletar dados do interior da Terra?</h2>É impossível observar diretamente o interior da Terra, já que não existe tecnologia capaz de perfurar até o núcleo do planeta para coletar amostras.&nbsp;Por isso, os cientistas dependem de métodos indiretos, como a análise de ondas sísmicas, para estudar suas camadas internas.Essa limitação é uma das principais contribuições para a ideia de que conhecemos melhor o espaço do que as profundezas dos oceanos terrestres, embora ambas as áreas ainda apresentam grandes desafios à ciência. Mas por que é tão difícil de coletar dados <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275164-conheca-importancia-3-principais-camadas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no interior do planeta Terra</a>? Existem alguns motivos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/08/08120902112071.jpg" alt="A Terra é composta por três camadas principais: crosta, manto, e núcleo (externo e interno)."><figcaption>A Terra é composta por três camadas principais: crosta, manto, e núcleo (externo e interno). (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Um dos maiores desafios é a pressão extrema exercida pelo planeta sobre os equipamentos de perfuração. Por exemplo,&nbsp;o Poço Superprofundo de Kola, na Rússia, é a perfuração mais profunda já realizada pela humanidade; são aproximadamente 12 quilômetros.&nbsp;Para efeito de comparação, o centro do planeta está localizado a aproximadamente 6.371 quilômetros abaixo da superfície. Ou seja, estamos muito longe de conseguir coletar amostras para observar de perto as características do interior da Terra.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290232-estrutura-misteriosa-oceano-pacifico-tempo-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estrutura misteriosa no oceano Pacífico pode ser do tempo dos dinossauros</a></li></ul>É importante destacar que nem equipamentos, nem pessoas conseguem alcançar profundidades extremas. Atualmente, especialistas recomendam limitar mergulhos recreativos a no máximo 40 metros, embora alguns mergulhadores técnicos já tenham alcançado mais de 300 metros — nesse último caso, as pressões são superiores a 30 vezes a da superfície.&nbsp;De qualquer forma,&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286820-viagem-centro-terra-exploracao-camadas-nosso-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">está claro que viajar até o centro da Terra é impossível</a>, mesmo com os submarinos mais modernos disponíveis atualmente.<h2>Mundos submersos sob o Oceano Pacífico</h2>Ao contrário da maioria dos estudos sobre o assunto, os pesquisadores da ETH Zurique não se limitaram a um único tipo de dado sísmico em seu modelo de alta resolução. Eles destacam que&nbsp;utilizaram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281737-tempestades-solares-causa-terremotos-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todos os tipos de ondas geradas por terremotos</a>; a técnica é chamada de inversão completa de forma de onda.Esses mundos submersos mencionados no estudo&nbsp;podem ser vestígios de placas tectônicas nas zonas de subducção.&nbsp;O mais impressionante dessa descoberta é que, segundo o conhecimento atual, essas placas não deveriam estar presentes nesses locais. O estudo aponta que é provável terem se formado a partir de materiais e processos que ainda não foram totalmente entendidos.<figure class="image" data-fonte-url="https://ethz.ch/en/news-and-events/eth-news/news/2025/01/sunken-worlds-under-the-pacific.html" data-fonte="&amp;nbsp;Sebastian Noe / ETH Zurich&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/08/08120500115068.jpg" alt="A imagem mostra o modelo de alta resolução gerado pelo estudo; em azul, é apresenta a região previamente desconhecida sob o Pacífico Ocidental. (Fonte: Sebastian Noe / ETH Zurich)"><figcaption>A imagem mostra o modelo de alta resolução gerado pelo estudo; em azul, é apresenta a região previamente desconhecida sob o Pacífico Ocidental. (Fonte: Sebastian Noe / ETH Zurich)</figcaption></figure>As zonas de subducção são regiões onde uma placa tectônica (geralmente a placa oceânica) mergulha sob outra placa, onde afundam lentamente no manto da Terra.Ao longo de milhões de anos, esses materiais subduzidos podem atingir profundidades extremas e serem reprocessados pelas dinâmicas internas do planeta. É justamente nessas regiões que os cientistas acreditam que possam existir restos de 'mundos submersos' — fragmentos de placas antigas que podem ajudar a revelar a história geológica da Terra."Achamos que as anomalias no manto inferior têm uma variedade de origens. Pode ser material antigo, rico em sílica, que está lá desde a formação do manto há cerca de 4 bilhões de anos e sobreviveu apesar dos movimentos convectivos no manto, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293893-ferro-metal-ajudou-moldar-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou zonas onde rochas ricas em ferro</a> se acumulam como consequência desses movimentos do manto ao longo de bilhões de anos", disse o co-autor do artigo e aluno de doutorado no Instituto Geológico da ETH Zurique, Thomas Schouten.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285934-zona-subduccao-cascadia-onde-megaterremotos-tsunamis-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de Subducção de Cascádia: onde megaterremotos e tsunamis se formam</a></li></ul>Conforme a pesquisa explica, os dados foram processados no supercomputador Piz Daint, do CSCS, na Suíça. Além de identificarem a ‘nova’ região submersa sob o Pacífico Ocidental, os cientistas localizaram outras áreas similares em grandes oceanos e no interior de continentes.Para Schouten, os avanços recentes deixam claro que ainda é necessário um esforço científico para compreender o interior da Terra com mais profundidade.&nbsp;Até agora, a análise da velocidade das ondas sísmicas tem sido o principal foco dos pesquisadores, mas esse parâmetro isolado não é suficiente para refletir a complexidade das propriedades das rochas em profundidades extremas. Por isso, eles destacam a necessidade de avanços tecnológicos e metodológicos para aprimorar a compreensão sobre o interior da Terra.Com os avanços da tecnologia, o estudo das profundezas oceânicas tem se tornado um tema de crescente interesse entre os cientistas. Quer saber mais sobre o assunto? Entenda como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279715-placas-tectonicas-pacifico-tem-grandes-falhas-separando-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas do Pacífico têm grandes falhas e estão se separando</a>. Até a próxima!

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Modelo de alta resolução mostra os mundos submersos sob o Pacífico; entenda

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O marco 'zero' da vida na Terra continua sendo um mistério, porém, novos indícios apontam para que ela possa ser muito mais antiga do que imaginávamos. 

Há quem creia que todas as formas de vida, de algum modo, deixaram uma assinatura visível no planeta. Mas algumas dessas marcas existenciais podem estar tão profundas em nosso planeta, ou ainda, tão minúsculas, que mesmo as mais perfeitas escavações teriam dificuldade em encontrá-las.E se consideramos que a vida iniciou-se nos oceanos, em locais próximos às chaminés vulcânicas, a dificuldade aumenta e os recursos tecnológicos diminuem. Contudo, uma pesquisa da Virginia Tech tem ousado empurrar a linha do tempo da vida para trás.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288721-estudo-reconstroi-ancestral-comum-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo reconstrói ancestral comum de toda a vida na Terra</a></li></ul>Segundo a pesquisa publicada na Revista Science, a vida em nosso planeta pode ter irrompido na Era Proterozoica, a cerca de 1,5 bilhões de anos. É uma diferença bastante significativa, se consideramos que as pesquisas atuais <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279829-quantidade-vida-existiu-existira-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apontam para o surgimento da vida apenas nos últimos 635 milhões de anos terrestres</a>.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07124420906089.jpg" alt="Alguns pesquisadores acreditam que as primeiras formas de vida tenham aparecido próximas as chaminés vulcânicas, local rico em elementos especiais para vida. Fonte: Getty Images."><figcaption>Alguns pesquisadores acreditam que as primeiras formas de vida tenham aparecido próximas às chaminés vulcânicas, local rico em elementos especiais para vida. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 style="text-align:justify;">Evoluindo sem pressa</h2>Se a vida surgiu há bilhões de anos, por que temos tão poucos indícios dela evoluindo e se diversificando antes das grandes glaciações? O grupo da Virginia Tech, liderado pelo pesquisador Shuhai Xiao, tem uma explicação.A vida não se desenvolveu já na forma como a conhecemos. Os primeiros seres vivos eram células simples, 'solitárias' e que aos poucos foram se agrupando e complexificando. Os primeiros seres vivos eucariotos, ou sejam, que apresentava um núcleo celular, apareceram após muito tempo de evolução e formaram o que seriam os primeiros 'fósseis celulares'.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07130339218100.jpg" alt="Acredita-se que as primeiras células vivas eram simples, enucleadas e de baixa complexidade. Fonte: Getty Images."><figcaption>Acredita-se que as primeiras células vivas eram simples, enucleadas e de baixa complexidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É difícil encontrar marcas dessa vida ainda em desenvolvimento. Para chegar a conclusão publicada na revista Science, os pesquisadores analisaram meticulosamente rochas marinhas retiradas na costa da África.Além de datações por métodos de radiometria, buscando conhecer o período em que esses sedimentos se formaram, o grupo também realizou uma varredura meticulosa da idade dos fósseis através da utilização de modelos matemáticos que auxiliam na compreensão da equação, que concordemos, pode ter muitas variáveis e limitações.Os resultados apontaram para a existência de traços celulares vivos no período Proterozoico, por volta de 1,8 bilhões de anos atrás. Mas esses seres não parecem ter sofrido grandes diferenciações ou um crescimento exponencial.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07131519606104.jpg" alt="A exploração do fundo oceânico é um rico território de pesquisa, contudo, existem muitas limitações para que a exploração seja mais extensa, intensa e eficaz. Fonte: Getty Images."><figcaption>A exploração do fundo oceânico é um rico território de pesquisa, contudo, existem muitas limitações para que a exploração seja mais extensa, intensa e eficaz. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Ao que tudo indica, eles podem ter desempenhado um papel crucial nas primeiras organizações celulares a realizarem fotossíntese, contribuindo para o 'Grande Evento de Oxigenação'. Mas não sofreram grandes adaptações ou modificações estruturais. Por essa 'falta' de mudanças, os pesquisadores apelidaram esse período de "Boring Billion", algo como "o bilhão entediante" em uma tradução livre.As grandes modificações na vida e sua variabilidade parecem ter sido estimuladas por eventos mais drásticos, como as era glaciais, por isso,&nbsp;a maior quantidade de evidências do desenvolvimento da vida se concentra em 635 milhões de anos.&nbsp;Como nos é costumeiro atualmente, só nos apressamos para evoluir quando algo drástico acontece.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">A misteriosa vida na Terra</h2>Nascidos no mar ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294105-queda-meteorito-gigante-impulsionou-vida-terra-ha-3-26-bilhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trazidos por meteoros</a>, o aparecimento da vida na Terra ainda não possui uma teoria única capaz de datar e descrever com confiabilidade quando esse evento biológico, físico, químico e transmutador aconteceu. Obviamente, uma teoria não anula necessariamente a outra, mas há sempre os céticos.Ao que sabemos, para essa receita vivificadora dê certo, são necessários alguns elementos cruciais, representados pelo mnemônico CHONPS: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Fósforo e Enxofre.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07133702957114.jpg" alt="Sempre importante lembrar que os 'limites' entre as Eras são apenas didáticos, podendo se misturar, prolongar ou retroceder nos acontecimentos. Fonte: Getty Images."><figcaption>Sempre importante lembrar que os 'limites' entre as Eras são apenas didáticos, podendo se misturar, prolongar ou retroceder nos acontecimentos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Na formação terrestre, esses elementos não vieram todos em abundância, sendo formados após longos milênios de modificações ocasionadas pelo resfriamento da crosta planetária. Claro que para a vida primitiva isso não se mostrou um problema, até certo ponto.&nbsp;Acredita-se que algumas das primeiras formas de vida possam ter sido <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271361-bacterias-superpoderosas-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias anaeróbicas</a>, ainda encontradas hoje, que não precisam de oxigênio para manter-se em funcionamento pleno.&nbsp;Nesse quesito, a pesquisa de Shuhai Xiao não encontraria grandes limitações para ser aceita, mas imutabilidade com esse platô evolucionário é o que intriga pesquisadores mais cuidadosos em relação a um desenvolvimento tão precoce da vida.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07135131447119.jpg" alt="Nem todos os seres vivos são dependentes de oxigênio para sobreviver, recorrendo à outras fontes para gerar energia e manter suas funções. Fonte: Getty Images."><figcaption>Nem todos os seres vivos são dependentes de oxigênio para sobreviver, recorrendo a outras fontes para gerar energia e manter suas funções. (Fonte: Getty Images)&nbsp;</figcaption></figure>Mesmo que a equipe da Virginia Tech tenha apresentado dados relativamente sólidos sobre o surgimento da vida na Terra poder ser considerado anterior, arrastando a linha do tempo em um bilhão de anos, há sempre a necessidade de mais estudos e confirmações sobre o tema.<h2 style="text-align:justify;">Vida recontada?</h2>Em termos gerais, saber como a vida na Terra se iniciou nos ajuda a buscar por outras formas de vida fora do nosso planeta, pois no princípio, nem tudo era tão ideal como é hoje.Em um exemplo bastante simples, inocente até, seria como comparar alguém que nasceu no periódico pré-histórico tendo que correr de animais selvagens e batalhar ferozmente para conseguir comida, conosco, que basta solicitar por aplicativo uma refeição pronta.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/07/07140449622122.jpg" alt="Tem que concordar que as expectativas de vida e sobrevivência melhoraram bastante. Fonte: Getty Images."><figcaption>Tem que concordar que as expectativas de vida e sobrevivência melhoraram bastante. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Essas não são fatores modificáveis, já que não podemos retornar ao passado para deixar a vida dos 'homens das cavernas' mais simples, não sendo assim necessário recontar essa história. Nessa perspectiva, ao invés de recontar, estamos apenas preenchendo as lacunas que a memória da vida deixou em branco.&nbsp;Quando esse conto vivificante estará completo é impossível saber. Podemos levar outro milênio até que cada vírgula esteja em seu lugar. Mas até esse momento, podemos escolher dentre tantas teorias qual descreve melhor o mundo e a vida nele existente para cada um de nós. Qual sua teoria preferida?&nbsp;Se a sua curiosidade ficou ainda mais aguçada, que tal ter uma perspectiva de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279829-quantidade-vida-existiu-existira-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quanta vida já existiu ou ainda existirá em nosso planeta</a>? Que você tenha um ano de descobertas incríveis com a gente! Continue acompanhando a TecMundo! Até mais.&nbsp;

Vida na Terra pode ser 1,5 bilhão de anos mais antiga do que pensávamos

A Xiaomi acabou de lançar os novos Redmi Note 14! Os novos Redmi Note 14 4G, Note 14 5G, Redmi Note 14 Pro e Note 14 Pro+ chegam ao Brasil com preços que vão de R$ 2,5 mil até R$ 6 mil. Extensão do TecMundo: encontre cupons escondidos nas principais lojas online: <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3ZkKOji - Os melhores cupons Online para você! <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/cupons 💡 Participe dos canais do TecMundo no WhatsApp! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatstecmundo - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsmegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JSpOKX 💡 Temos grupos também no Telegram! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JZoTbm - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegrammegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramthebrief CRÉDITOS Roteiro e apresentação: Wellington Arruda Imagens e áudio: Gustavo Katsumi Edição de vídeo: Rafael Nogoceke Motion Graphics: Gustavo Silva A melhor programação está no TecMundo - História da Tecnologia - Análises, Unboxings e tudo sobre Produtos! - TecDocs - Matérias especiais - Assistência Tec - Lives de tradução e cobertura de eventos - Listas - Hoje no TecMundo #xiaomi #redmi #redminote14series #TecMundo

Redmi Note 14 lançado: câmera de 200 MP e até R$ 6 mil #xiaomi  #smartphone

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Série RECRUTA com Noah Centineo estreia hoje

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Será que Karla Sofia Gascón pode perder a indicação ao Oscar pelas falas sobre a equipe de Fernanda Torres? Saiba mais sobre a polêmica aqui! #karlasofiagascon #oscar2025 #fernandatorres #oscars #aindaestouaqui #emiliaperez #polemica #treta #notícia #news #oscar

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CHESPIRITO: Série sobre Chaves ganha teaser

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Qual celular que o Léo Rocha usa?

Qual o celular particular do apresentador do TecMundo Nilton Kleina?

O que foi essa notificação da Defesa Civil que aconteceu em São Paulo?! #tecmundo

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