SCiO: acessório quer permitir que você pesquise o mundo físico

Por Felipe Gugelmin Valente

14/05/2014 - 02:502 min de leitura

SCiO: acessório quer permitir que você pesquise o mundo físico

Fonte: Kickstarter

Imagem de SCiO: acessório quer permitir que você pesquise o mundo físico no site TecMundo

Não é preciso ser fã da Google para reconhecer que, no campo dos buscadores, a empresa é invencível. A ferramenta desenvolvida pela companhia é tão compreensiva que muitos as consideram como o “oráculo” do mundo moderno, tamanho seu “conhecimento” — quem nunca ouviu alguém falando, nem que por brincadeira, que, “se não está no Google, isso não existe”?

No entanto, por mais compreensivo que o sistema de pesquisa se prove, ele falha em um quesito: a incapacidade de realizar pesquisas a partir de objetos físicos. Claro, você pode digitar a palavra “mouse”, mas não há como simplesmente mostrar o dispositivo ao computador e encontrar informações sobre ele — da mesma forma, é possível procurar informações sobre uma marca de remédios, mas dificilmente o Google vai ajudá-lo a descobrir do que se trata aquele comprimido perdido achado dentro de uma bolsa.

Ciente dessa situação, Dror Sharon, cofundador e CEO da Consumer Physics, criou um dispositivo com aparência semelhante à de um pendrive batizado como SCiO. Apesar de seu tamanho diminuto, o objeto possui funções surpreendentes: agindo como um scanner, o gadget pode determinar a estrutura molecular de objetos como frutas e medicamentos.

Abrindo o caminho para o futuro

O dispositivo criado pela Consumer Physics utiliza um raio de luz para analisar objetos, como uma maçã, por exemplo, e se conecta a um aplicativo para smartphones que revela informações relevantes (como o valor nutricional da fruta). Embora use uma técnica conhecida (a espectroscopia por infravermelho), o SCiO se destaca por ter miniaturizado a tecnologia de forma a permitir seu uso fora de ambientes acadêmicos e científicos.

Embora o gadget seja interessante por conta própria, ele se torna especialmente importante quando levamos em consideração os rumos que o campo dos aparelhos eletrônicos está seguindo. Enquanto companhias como Google, Nike, Apple e Samsung lutam para criar aparelhos com tamanho reduzido que possam ser usados como peças de vestimenta, o SCiO já conseguiu conciliar dimensões reduzidas a um objetivo útil — utilidade esta que pode se tornar ainda maior conforme novos usos e tecnologias são aplicados ao produto.

“Vamos construir o maior banco de dados de impressões digitais do mundo e pretendemos dar aos desenvolvedores uma plataforma para criar novas aplicações”, afirma Sharon. Para atingir esse objetivo, a companhia iniciou um projeto no Kickstarter que pretendia acumular US$ 200 mil para a realização de novas pesquisas e melhorias — até o momento em que esta matéria vai ao ar, mais de US$ 1,4 milhão já haviam sido doados.

Os primeiros apoiadores do projeto, que devem começar a receber o SCiO até o final de 2014, vão poder analisar plantas, comidas e medicamentos. Segundo Sharon, esse é somente o começo: ele acredita que, usando a ferramenta de criação própria ao gadget, desenvolvedores externos não vão demorar a encontrar novas funções para o scanner. O CEO acredita que o aparelho é somente o primeiro passo para a criação de um futuro mais conectado. “Estou convencido que algo do tipo eventualmente vai ser adicionado a smartphones, dispositivo vestíveis e aparelhos conectados à internet”, afirma com convicção.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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