Novos medicamentos para tratar covid-19 avançam na fase de testes
01/04/2021 - 01:30•2 min de leitura
Fonte: Unsplash
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Enquanto a vacinação ajuda na prevenção da covid-19, vários medicamentos para tratar a doença causada pelo novo coronavírus estão em testes atualmente, surgindo como uma luz no fim do túnel para facilitar a recuperação das pessoas que se infectaram.
De acordo com o Clinical Trials Registry Platform, uma plataforma que reúne dados de ensaios clínicos em todo o planeta, mais de 2,7 mil estudos envolvendo tratamentos contra covid-19 foram registrados desde o início da pandemia, em 2020, dos quais 1,4 mil estão à procura de voluntários no momento ou já passaram por esta etapa.
Um dos ensaios em andamento é o soro desenvolvido pelo Instituto Butantan, que recentemente recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes em humanos.
Os testes seguem em ritmo acelerado nos laboratórios.
Além dele, destacamos a seguir outros tratamentos experimentais contra covid-19 que avançaram nas últimas semanas e podem ser essenciais para reduzir o número de mortes em um futuro próximo, caso sejam aprovados em definitivo.
Soro do Butantan
O produto, que consiste em um líquido injetável composto por anticorpos contra o Sars-CoV-2, objetiva frear o agravamento da doença nos infectados, protegendo especialmente o pulmão, como demonstraram os testes feitos em animais, considerados extremamente efetivos pelo instituto.
O soro contra covid-19 do Butantan já pode iniciar os testes.
A redução da carga viral nos pacientes e o combate a diferentes variantes do coronavírus também foram notados nas primeiras etapas. Com o início dos testes em humanos, será possível verificar a segurança, a dosagem ideal e a sua eficácia em um grande número de pessoas.
Coquetel anticovid da Roche
Desenvolvido pela farmacêutica Roche, o coquetel está na fase 3, na qual será possível testar sua eficácia. Administrado por aplicação intravenosa, ele combina as substâncias casirivimab e imdevimab, que foram capazes de reduzir em 70% os riscos de internação e morte nos testes realizados em pessoas com possibilidade de agravamento do quadro.
Ele tem aplicação intravenosa.
Feito à base de anticorpos monoclonais, reproduzidos em laboratório a partir de anticorpos retirados de doentes que se recuperaram, o coquetel também reduziu de 14 para 10 dias a duração dos sintomas, apresentando efeitos colaterais em apenas 1% dos pacientes.
Molnupiravir
Criado pela Merck Sharp & Dome (MSD) em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics, o Molnupiravir é um antiviral de uso oral que age diminuindo a carga viral após o quinto dia de tratamento nos doentes não hospitalizados, segundo os laboratórios. Os efeitos adversos nos experimentos iniciais foram considerados “irrelevantes”.
Antiviral da Merck e da Ridgeback.
Ele atua inibindo a replicação de vírus de RNA, como é o caso do causador da covid-19, e também se mostrou eficiente nos estudos em laboratório contra o MERS-CoV e o Sars-CoV-1, relacionados ao surgimento de sintomas da síndrome respiratória.
Antiviral da Pfizer
Também administrado oralmente, logo após o surgimento dos primeiros sintomas, o antiviral desenvolvido pela Pfizer começou a ser testado em humanos agora. Mas os experimentos in vitro resultaram em uma ação potente contra o Sars-CoV-2, de acordo com a companhia.
A Pfizer também está desenvolvendo um antiviral, além de ter criado uma vacina.
Este medicamento, denominado PF-07321332, é um inibidor de protease, enzima que faz o vírus se multiplicar no organismo. Ao agir nos estágios iniciais da infecção, ele impede a replicação do patógeno nas células, podendo ajudar a evitar o desenvolvimento de quadros mais graves.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.