Furacão pode atingir litoral Sul do Brasil neste sábado (03)
31/03/2021 - 05:46•2 min de leitura
Imagem de Furacão pode atingir litoral Sul do Brasil neste sábado (03) no tecmundo
Uma área de baixa pressão atmosférica que está atuando no litoral Sul do Brasil e se deslocando em direção ao Sudeste tem chamado a atenção dos meteorologistas por causa do seu movimento retrógrado, voltando do mar para o continente. Este detalhe pode indicar a formação de um furacão, conforme o alerta dado pelo site Clima ao Vivo nessa terça-feira (30).
Segundo a publicação, os ciclones extras e subtropicais geralmente se formam na costa brasileira e seguem em direção ao alto mar, se afastando do continente. Porém, esta formação específica tem intrigado os especialistas, pois deve voltar a se aproximar da costa depois do dia 3 de abril.
Alguns modelos meteorológicos sugerem que tal movimentação do sistema, vindo do alto mar para o continente, é um indício de furacão. O vídeo abaixo, divulgado pelo Climatempo Meteorologia, mostra o deslocamento deste ciclone atípico ao longo dos próximos dias, incluindo o seu retorno à área de origem. Veja:
Outro fator deixou os meteorologistas em alerta para uma possível formação de furacão na costa Sul do Brasil, nos próximos dias. Trata-se do mar quente, característico do período entre o fim de março e o início de abril, devido ao fim do verão, facilitando a transformação do ciclone.
Furacão Catarina
Até o momento, o único furacão formado na costa brasileira foi o Catarina, que recebeu a nomenclatura no dia 28 de março de 2004. Originado a partir de um ciclone extratropical, o sistema ganhou força justamente por causa das águas quentes da época entre o fim do verão e o início do outono.
Ele avançou pela região Sul do Brasil com ventos fortes e foi classificado como um furacão de categoria 2, que indica velocidade variando de 154 km/h a 177 km/h. Na Escala Saffir-Simpson, os furacões mais fortes são os de categoria 5, nos quais os ventos chegam a mais de 252 km/h.
O furacão Catarina deixou um rastro de destruição por onde passou, causando 10 mortes e deixando mais de 500 pessoas feridas. A formação ainda destruiu cerca de 1,5 mil casas e danificou outras 40 mil, além de ter causado prejuízos à agricultura. As perdas econômicas deixadas por ele foram estimadas em R$ 1 bilhão na época.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.