Veja uma impressora 3D capaz de implantar dispositivos eletrônicos na pele
Por Douglas Ciriaco
27/04/2018 - 03:07•1 min de leitura
Imagem de Veja uma impressora 3D capaz de implantar dispositivos eletrônicos na pele no tecmundo
Já imaginou um futuro em que uma impressora 3D portátil poderá adicionar recursos tecnológicos à pele de humanos? Pois esse futuro chegou e psquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, realizaram tal feito com um dispositivo que custa menos de US$ 400, quase R$ 1,4 mil em conversão direta.
Apesar desse apelo meio cyberpunk e trans-humanista, a intenção inicial dos criadores é facilitar a vida de soldados em campos de batalha. “Imaginamos que um soldado poderia colocar essa impressora em uma mochila e imprimir sensores químicos ou outros eletrônicos que precisasse diretamente na pele”, revela o professor de engenharia mecânica e chefe da pesquisa Michael McAlpine.
A impressora funciona de um jeito simples e é capaz de imprimir mesmo que a mão do utilizador não esteja totalmente imóvel. Primeiro, ela posiciona uma série de marcadores, depois um escâner identifica a posição de cada um deles para ligar os fios condutores que integrarão todo o circuito e darão o toque futurista à pele.
“A impressora pode rastrear a mão usando os marcadores e ajustar em tempo real os movimentos e os contornos da mão para então imprimir os eletrônicos que mantém os seus circuitos em forma”, complementa McAlpine.
Outra vantagem significativa apresentada nesse novo dispositivo é a tinta utilizada por ele. Enquanto o material usado em outras impressoras 3D precisam de altas temperaturas para secar corretamente, a tinta do equipamento da Universidade de Minnesota “cura” em temperatura ambiente, tornando o processo mais ágil e preciso.
Mais aplicações
Se o aparato voltado para o uso em guerras pode até soar um desperdício de recursos, o responsável pelo projeto avisa que uma de suas futuras aplicações pode ser também na área da saúde. Seu departamento mantém uma parceria com o departamento de pediatria da universidade para o desenvolvimento de um método de tratamento para doenças raras de pele por meio da implementação de células usando impressoras 3D.
O estudo completo, financiado pelo fundo estatal Regenerative Medicine Minnesota e pelo National Institutes of Health, está disponível neste link.