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Imagem de Pesquisa mostra distribuição ideal das 24 horas/dia para saúde no tecmundo

Saiba quanto tempo em cada comportamento pode ser mais favorável à saúde.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
&Agrave; medida que a tecnologia avan&ccedil;a, nossos movimentos corporais s&atilde;o menos necess&aacute;rios para o dia a dia. Cada movimento &eacute; minimizado em nossa rotina, o que ocorre desde a Revolu&ccedil;&atilde;o Agr&iacute;cola, passando pela Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial e chegando na Revolu&ccedil;&atilde;o Digital, em que apenas com os polegares no celular, conseguimos o necess&aacute;rio para (sobre)viver.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282755-estudo-mostra-doencas-exercicio-fisico-tratar-efetivamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo mostra quais doen&ccedil;as o exerc&iacute;cio f&iacute;sico pode tratar efetivamente</a></li>
</ul>
Por&eacute;m, temos uma heran&ccedil;a com necessidade de movimento corporal <a href="https://journals.plos.org/plosone/article/metrics?id=10.1371/journal.pone.0216155" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enraizada em nossos genes</a>, para que vivamos mais e melhor. Parece que mover o corpo precisa estar presente nas 24 horas que temos diariamente, foi o que mostrou uma pesquisa recente.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/15/15084357537006.jpg" alt="Apesar de sobrevivermos no curto prazo apenas com o movimento dos polegares no celular, &eacute; o movimento do corpo todo que nos faz viver mais e melhor." />Apesar de sobrevivermos no curto prazo apenas com o movimento dos polegares no celular, &eacute; o movimento do corpo todo que nos faz viver mais e melhor.
<h2>A pesquisa</h2>
Uma <a href="https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-024-06145-0" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisa realizou associa&ccedil;&otilde;es</a> entre o uso de 24 horas com fatores de risco para doen&ccedil;as card&iacute;acas, AVC e diabetes, em mais de 2 mil pessoas com idade entre 40 e 75 anos, que usaram aceler&ocirc;metros no punho por 8 dias, na Holanda. Eles fazem parte do estudo de coorte - The Maastricht Study. Os pesquisadores dividiram o tempo de um dia em 5 comportamentos, segundo o n&iacute;vel de atividade: sono, ficar sentado, ficar em p&eacute;, atividades f&iacute;sicas leves e atividades f&iacute;sicas moderadas ou vigorosas.
<h2>A distribui&ccedil;&atilde;o &ldquo;ideal&rdquo; das 24 horas</h2>
A melhor composi&ccedil;&atilde;o das 24 horas associada &agrave; redu&ccedil;&atilde;o de riscos &agrave; sa&uacute;de foi: 8 horas e 20 minutos de sono, 6 horas sentado, 5 horas e 10 minutos em p&eacute;, 2 horas e 10 minutos de atividade f&iacute;sica leve e 2 horas e 10 minutos para atividades f&iacute;sicas moderadas e vigorosas.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/15/15084622537007.png" alt="A distribui&ccedil;&atilde;o &ldquo;ideal&rdquo; das 24 horas para reduzir riscos &agrave; sa&uacute;de, segundo pesquisa." />A distribui&ccedil;&atilde;o &ldquo;ideal&rdquo; das 24 horas para reduzir riscos &agrave; sa&uacute;de, segundo pesquisa.
O tempo de sono est&aacute; dentro das diretrizes para adultos, em que &eacute; recomend&aacute;vel 7 a 9 horas de sono por noite, pela <a href="https://www.thensf.org/how-many-hours-of-sleep-do-you-really-need/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Funda&ccedil;&atilde;o Nacional de Sono</a> (EUA). O tempo sentado por dia, o que chamamos de comportamento sedent&aacute;rio, encontrado na pesquisa, est&aacute; abaixo da m&eacute;dia global &ndash; uma estimativa a partir de estudos representativos que indicaram o tempo m&eacute;dio de <a href="https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-61552-3_4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8,2 horas por dia sentado</a>, em adultos. Apesar de <a href="https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12966-020-01044-0" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ainda n&atilde;o existir</a> um tempo espec&iacute;fico que sirva como um ponto de corte, na pr&aacute;tica, tem-se adotado a marca de 8 ou 9 horas/dia (ou mais) sentado, para uma classifica&ccedil;&atilde;o de elevado comportamento sedent&aacute;rio.
Ainda que o tempo destinado &agrave; atividade f&iacute;sica ser elevado &ndash; mais de 4 horas por dia, nesse tempo est&aacute; inclu&iacute;do qualquer movimento corporal, desde os mais leves, como uma caminhada at&eacute; o banheiro, at&eacute; os mais intensos, como um treino em academia.&nbsp;
O que se v&ecirc; claramente &eacute; uma necessidade humana: mover o corpo.
O estudo &eacute; um recorte e realizou apenas associa&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o sendo poss&iacute;vel atribuir causa e efeito. &Eacute; um estudo preliminar com a melhor composi&ccedil;&atilde;o do uso das 24 horas e novos estudos mais longos s&atilde;o necess&aacute;rios para confirmar o melhor tempo para cada comportamento.
<h2>Estilo de vida</h2>
Muitas vezes n&atilde;o temos total controle sobre o gasto das horas do nosso dia, pois &eacute; preciso trabalhar e outras obriga&ccedil;&otilde;es dispendem tempo. Tamb&eacute;m n&atilde;o podemos ser como rob&ocirc;s com tempos pr&eacute;-determinados para cada comportamento, conforme indica a pesquisa &ndash; que associa tempos ideais a menor risco para sa&uacute;de. Ficar sentado &eacute; um comportamento comum hoje, o que podemos fazer &eacute; reduzir o tempo cont&iacute;nuo nessa posi&ccedil;&atilde;o, por meio de pausas ativas. Sugest&otilde;es s&atilde;o pausar 3 minutos a cada 30 sentado ou parar 5 minutos a cada 1 hora sentado.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272060-habitos-exercicios-precisamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que precisamos para tornar o exerc&iacute;cio um h&aacute;bito</a></li>
</ul>
A ci&ecirc;ncia tem cada vez mais ressaltado a import&acirc;ncia de um estilo de vida equilibrado, o que Markus Vinicius Nahas, pesquisador brasileiro da Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica classificou como o <a href="https://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1002" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pent&aacute;culo do bem-estar</a>, composto por: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273356-22-minutos-dia-voce-viver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atividade f&iacute;sica</a>, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282480-anda-estressado-nao-fique-parado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controle do estresse</a>, alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel, comportamento preventivo e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277044-o-maior-estudo-felicidade-humana-ensina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamentos</a>. Equil&iacute;brio parece ser a chave. Al&eacute;m disso, tais comportamentos est&atilde;o interligados. Para mudar voc&ecirc; pode come&ccedil;ar com um deles, como sugere o pesquisador James Prochaska: "O exerc&iacute;cio transborda para outras &aacute;reas. H&aacute; algo nele que facilita outros h&aacute;bitos".
Reflita sobre como voc&ecirc; usa suas 24 horas que tem em um dia. Como voc&ecirc; passa o dia pode ter implica&ccedil;&otilde;es significativas para a sua sa&uacute;de.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.&nbsp;

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Pesquisa mostra distribuição ideal das 24 horas/dia para saúde

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Imagem de TotalPass lança app para check-in em academias pelo Apple Watch no tecmundo

O app da TotalPass para smartwatches permite que os usuários façam check-in na academia sem necessidade do celular; veja!

A TotalPass anunciou o lan&ccedil;amento de um aplicativo para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/281217-apple-defende-acusacao-monopolio-tentou-parear-apple-watch-android.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apple Watch</a> que permite realizar check-in em academias parceiras. O recurso pretende trazer mais praticidade aos usu&aacute;rios e faz parte dos objetivos da empresa de investir em inova&ccedil;&atilde;o.
Al&eacute;m do check-in, a ferramenta possibilita encontrar as academias mais pr&oacute;ximas para selecionar a unidade desejada com mais facilidade e rapidez. Com isso, os usu&aacute;rios n&atilde;o v&atilde;o precisar mais levar o celular para os treinos, por exemplo.
<ul>
<li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/276868-academia-maquinas-pesos-livres.htm" target="_blank">Academia: m&aacute;quinas ou pesos livres?</a></li>
</ul>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/14/14144814346226.png" alt="App da TotalPass para Apple Watch permite acessar recursos da plataforma sem a necessidade de um celular. (Imagem: TotalPass/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />App da TotalPass para Apple Watch permite acessar recursos da plataforma sem a necessidade de um celular. (Imagem: TotalPass/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, usar o aplicativo diretamente no smartwatch, que &eacute; usado como uma ferramenta de monitoramento de exerc&iacute;cios, oferece mais praticidade no dia-a-dia e evita poss&iacute;veis acidentes com o uso do celular.
<h2>App ser&aacute; compat&iacute;vel com o Wear OS em breve</h2>
Neste momento, o app da TotalPass &eacute; compat&iacute;vel com todas as vers&otilde;es do Apple Watch. A empresa informou que em breve vai lan&ccedil;ar uma vers&atilde;o compat&iacute;vel com smartwatches que utilizam o sistema do Google, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/280301-google-lanca-pacote-novidades-android-wear-veja-tudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">WearOS</a>.
O app da TotaPass j&aacute; est&aacute; dispon&iacute;vel para download gratuito no Apple Watch. Em sua &uacute;ltima vers&atilde;o, o aplicativo j&aacute; possui integra&ccedil;&atilde;o com as mais de 22 mil academias associadas da empresa, localizadas no Brasil e no M&eacute;xico.

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TotalPass, app de saúde, ganha check-in em academias via Apple Watch; confira

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Imagem de Estudo mostra quais doenças o exercício físico pode tratar efetivamente no tecmundo

Que o exercício físico faz bem para saúde já sabemos, a questão agora é como; entenda.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Em <a href="https://www.thelancet.com/journals/eclinm/article/PIIS2589-5370(24)00178-0/fulltext" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo estudo</a> in&eacute;dito e rec&eacute;m-publicado na The Lancet, pesquisadores reuniram as maiores evid&ecirc;ncias sobre exerc&iacute;cio f&iacute;sico para 45 doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas. Saiba quais s&atilde;o as doen&ccedil;as e um mecanismo que promove os efeitos positivos do exerc&iacute;cio sobre nosso corpo descoberta recentemente.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281593-exercicio-remedio-funciona-motivar-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio' funciona para nos motivar?</a></li>
</ul>
<h2>Quais doen&ccedil;as o exerc&iacute;cio apresenta efeitos e quais n&atilde;o?</h2>
As evid&ecirc;ncias que apoiam o efeito dos exerc&iacute;cios foram identificadas em 25 doen&ccedil;as, n&atilde;o foram claras em 13 doen&ccedil;as e em uma n&atilde;o sugeriram nenhum efeito. As evid&ecirc;ncias com efeito positivo do exerc&iacute;cio f&iacute;sico s&atilde;o sobre as doen&ccedil;as:&nbsp;
<ul>
<li>Fibrila&ccedil;&atilde;o atrial;</li>
<li>Dem&ecirc;ncia;</li>
<li>Desordens da pr&oacute;stata;</li>
<li>Doen&ccedil;a inflamat&oacute;ria intestinal;</li>
<li>Bronquiectasia;</li>
<li>DPOC (doen&ccedil;a pulmonar obstrutiva cr&ocirc;nica);</li>
<li>Artrite;</li>
<li>Hipertens&atilde;o;</li>
<li>Problemas com &aacute;lcool;</li>
</ul>
Al&eacute;m de: doen&ccedil;a card&iacute;aca coron&aacute;ria, doen&ccedil;a de Parkinson, asma, c&acirc;ncer, condi&ccedil;&otilde;es dolorosas, abuso de subst&acirc;ncias psicoativas, osteoporose, depress&atilde;o, COVID longa, esclerose m&uacute;ltipla, doen&ccedil;a do tecido conjuntivo, doen&ccedil;a vascular perif&eacute;rica, s&iacute;ndrome do ov&aacute;rio polic&iacute;stico, AVC e doen&ccedil;a renal cr&ocirc;nica.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/08/08093758558029.jpg" alt="sss" />Segundo o estudo divulgado pela revista, The Lancet, a pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos pode&nbsp;auxiliar no tratamento de algumas doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas.
Segundo <a href="https://www.thelancet.com/journals/eclinm/article/PIIS2589-5370(24)00178-0/fulltext" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o estudo</a>, as evid&ecirc;ncias ainda n&atilde;o s&atilde;o claras para 13 doen&ccedil;as: anemia, anorexia, ansiedade, constipa&ccedil;&atilde;o, diabete mellitus, enxaqueca, endometriose, epilepsia, esquizofrenia, glaucoma, hepatite, s&iacute;ndrome da fadiga cr&ocirc;nica e s&iacute;ndrome do intestino irrit&aacute;vel. Para doen&ccedil;a hep&aacute;tica cr&ocirc;nica, o exerc&iacute;cio n&atilde;o mostrou efeito. Ainda, n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de efeitos do exerc&iacute;cio sobre as doen&ccedil;as: sinusite cr&ocirc;nica, diverticulose, doen&ccedil;as de Meni&egrave;re, psor&iacute;ase, doen&ccedil;as da tireoide e indigest&atilde;o.
<h2>Como o exerc&iacute;cio faz bem para sa&uacute;de?</h2>
H&aacute; algum tempo sabemos que o exerc&iacute;cio faz bem para nossa sa&uacute;de. Os esfor&ccedil;os cient&iacute;ficos s&atilde;o concentrados agora, para saber como isso ocorre, ou seja, <a href="https://www.nature.com/articles/d41586-024-01200-7" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os mecanismos</a>.
S&atilde;o muitos processos que v&atilde;o desde a diminui&ccedil;&atilde;o da inflama&ccedil;&atilde;o, passando pelo reparo e manuten&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas. O exerc&iacute;cio tamb&eacute;m estimula as c&eacute;lulas a liberarem mol&eacute;culas sinalizadoras que transportam uma s&eacute;rie de mensagens entre &oacute;rg&atilde;os e tecidos, o que &eacute; chamado de crosstalk: das c&eacute;lulas musculares aos sistemas imunol&oacute;gico e cardiovascular e tamb&eacute;m ao c&eacute;rebro.
Essas mol&eacute;culas foram recentemente chamadas de <a href="https://peerj.com/articles/17267/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercinas</a> &ndash; subst&acirc;ncias liberadas a partir da contra&ccedil;&atilde;o muscular e s&atilde;o liberadas para agir no organismo. A coreografia molecular que ocorre a partir do exerc&iacute;cio &eacute; exuberante.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281366-crossfit-riscos-x-beneficios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais os riscos e benef&iacute;cios do CrossFit</a></li>
</ul>
O lactato, uma subst&acirc;ncia que antigamente era vista como vil&atilde;o e responsabilizada erroneamente pela dor muscular, &eacute; uma reconhecida exercina que facilita a comunica&ccedil;&atilde;o entre m&uacute;sculos e c&eacute;rebro. Ele &eacute; produzido nos m&uacute;sculos, <a href="https://journals.lww.com/acsm-esm/fulltext/2024/01000/the_principles_of_exercise_prescription_for_brain.2.aspx" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viaja</a> pela corrente sangu&iacute;nea at&eacute; o c&eacute;rebro e diferente de outras subst&acirc;ncias, consegue atravessar a barreira hematoencef&aacute;lica.&nbsp;
No c&eacute;rebro, por meio de diversas rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas, o lactato consegue ativar a express&atilde;o de BNDF no hipocampo, esse que &eacute; um fator de crescimento para a sa&uacute;de cerebral. Quando realizamos uma <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35135608/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisa com praticantes de CrossFit,</a> observamos o aumento dos n&iacute;veis de BNDF ap&oacute;s o esfor&ccedil;o, bem como uma rela&ccedil;&atilde;o positiva com o aumento de lactato.
Conhecer de forma mais n&iacute;tida a respeito da coreografia de mol&eacute;culas que ocorre no corpo a partir de exerc&iacute;cios&nbsp;pode revelar novos alvos terap&ecirc;uticos para poss&iacute;veis medicamentos para doen&ccedil;as.&nbsp;
Os efeitos multisist&ecirc;micos das exercinas induzidas pelo exerc&iacute;cio f&iacute;sico s&atilde;o raz&otilde;es pelas quais o exerc&iacute;cio provavelmente n&atilde;o ser&aacute; completamente mimetizado em c&aacute;psula, atrav&eacute;s das "p&iacute;lulas de exerc&iacute;cio".
<h2>E se uma p&iacute;lula reunisse os efeitos do exerc&iacute;cio?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/08/08100932666037.jpg" alt="&Eacute; poss&iacute;vel mimetizar os efeitos do exerc&iacute;cio f&iacute;sico em uma c&aacute;psula?" />&Eacute; poss&iacute;vel mimetizar os efeitos do exerc&iacute;cio f&iacute;sico em uma c&aacute;psula?
<a href="https://www.instagram.com/cienciadoexercicio/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Daisy Motta</a>, estudiosa da &aacute;rea, afirma que seria at&eacute; nobre se consegu&iacute;ssemos isolar em c&aacute;psula uma subst&acirc;ncia que v&aacute; fazer bem para uma pessoa que n&atilde;o consegue fazer exerc&iacute;cio, mas hoje a m&iacute;dia divulga a possibilidade de uma p&iacute;lula que simule os efeitos do exerc&iacute;cio, a cada descoberta de uma nova subst&acirc;ncia, feita isoladamente.
&nbsp;&ldquo;As pessoas ficam animadas com essa perspectiva, especialmente aquelas que ainda n&atilde;o encontraram uma modalidade que gostem para praticar. Por&eacute;m, nunca iremos conseguir fazer essa p&iacute;lula, devido &agrave; complexidade dos efeitos do exerc&iacute;cio&rdquo;, afirma a pesquisadora.
<h2>M&uacute;sculos s&atilde;o um &oacute;rg&atilde;o end&oacute;crino</h2>
A ci&ecirc;ncia tem superado a vis&atilde;o do m&uacute;sculo apenas como um item est&eacute;tico do corpo para eleg&ecirc;-lo como um gigante &oacute;rg&atilde;o end&oacute;crino, o que caracteriza um dos maiores avan&ccedil;os cient&iacute;ficos recentes na biologia humana.&nbsp;
H&aacute; um foco atual sobre o exerc&iacute;cio, demonstrada pela publica&ccedil;&atilde;o de uma <a href="https://www.nature.com/nature/volumes/629/issues/8010" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nova edi&ccedil;&atilde;o da famosa revista cient&iacute;fica Nature</a>, em que temos na capa a frase &ldquo;Efeitos do exerc&iacute;cio &ndash; Mapeando as mudan&ccedil;as moleculares induzidas pelo treino de resist&ecirc;ncia&rdquo; e a imagem de um rato correndo em uma roda.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/08/08082328680002.png" alt="Capa da &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o da Nature com o tema exerc&iacute;cio f&iacute;sico" />Capa da &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o da Nature com o tema exerc&iacute;cio f&iacute;sico
Mesmo para as doen&ccedil;as que diretamente o exerc&iacute;cio n&atilde;o apresente efeito comprovado, &eacute; importante ressaltar o exerc&iacute;cio como um comportamento que pode melhorar a qualidade de vida em geral das pessoas, com ou sem doen&ccedil;as.
Precisamos falar mais de exerc&iacute;cio f&iacute;sico. Al&eacute;m disso, gerar mais oportunidades para todos se movimentarem, com boas experi&ecirc;ncias. Elas s&atilde;o ingredientes fundamentais para querer repetir o que foi feito, pois s&oacute; assim poderemos colher os benef&iacute;cios do que foi plantado em cada dia de exerc&iacute;cio f&iacute;sico praticado.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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Estudo mostra quais doenças o exercício físico pode tratar efetivamente

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Imagem de Anda estressado? Não fique parado no tecmundo

Entenda o efeito de amortecimento do estresse causado pela prática regular de exercícios.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Sentindo na pele os efeitos da sobrecarga de trabalho, me motivei a estudar sobre estresse. Ap&oacute;s alguns epis&oacute;dios agudos de estresse como resposta &agrave;s situa&ccedil;&otilde;es da vida, encontrei, ironicamente, no principal tema do meu trabalho, uma alternativa n&atilde;o farmacol&oacute;gica para amortecer as consequ&ecirc;ncias do estresse na minha vida.
Dentre os benef&iacute;cios que o exerc&iacute;cio f&iacute;sico nos proporciona, os mais r&aacute;pidos ocorrem sobre a sa&uacute;de mental. S&atilde;o gratifica&ccedil;&otilde;es imediatas que ocorrem a partir de poucos minutos, quando come&ccedil;amos a nos movimentar, especialmente se fazemos algo que gostamos como exerc&iacute;cio, resultando em redu&ccedil;&atilde;o da <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32342469/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a> e sintomas <a href="https://www.bmj.com/content/384/bmj-2023-075847" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressivos</a>, aumento do <a href="https://link.springer.com/article/10.2165/11590680-000000000-00000" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prazer e bem-estar</a> e amortecimento do estresse.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267618-sofre-ansiedade-entenda-exercicio-te-ajudar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sofre com ansiedade? Entenda como o exerc&iacute;cio f&iacute;sico pode te ajudar</a></li>
</ul>
Quando estamos estressados ou esgotados f&iacute;sica e mentalmente, fazer exerc&iacute;cios parece ser a &uacute;ltima coisa que queremos fazer. No entanto, &eacute; exatamente isso que pode nos fazer sentir melhor. Entenda como isso ocorre e saiba de um ingrediente fundamental para que o movimento f&iacute;sico amorte&ccedil;a seu estresse psicol&oacute;gico.
<h2>Exerc&iacute;cios e estresse. Estresse e exerc&iacute;cios</h2>
Uma rela&ccedil;&atilde;o de <a href="https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-662-49322-9_8" rel="noopener noreferrer" target="_blank">via dupla&nbsp;</a>deve ser reconhecida:
<ul>
<li>O exerc&iacute;cio leva a redu&ccedil;&atilde;o no estresse percebido;</li>
<li>Um elevado estresse percebido pode reduzir a quantidade de exerc&iacute;cio que realizamos.</li>
</ul>
Exerc&iacute;cio f&iacute;sico &eacute; um estressor por defini&ccedil;&atilde;o, pois implica em uma perturba&ccedil;&atilde;o ao equil&iacute;brio fisiol&oacute;gico normal do corpo, por&eacute;m o movimento corporal n&atilde;o &eacute; como os outros estressores que possuem efeitos adversos negativos.&nbsp;
O estresse causado pelo exerc&iacute;cio, em dose adequada, &eacute; um dos melhores que podemos gerar ao corpo humano.&nbsp;
Apesar de um estresse, o exerc&iacute;cio reduz o efeito nocivo de outros fatores de estresse, especialmente quando realizado em intensidades moderadas. O exerc&iacute;cio faz isso regulando v&aacute;rios mecanismos fisiol&oacute;gicos, como o ajuste do eixo HPA - um eixo end&oacute;crino de resposta ao estresse, bem como na regula&ccedil;&atilde;o do neuropept&iacute;deo Y, que ajuda a acalmar a am&iacute;gdala cerebral, regi&atilde;o envolvida com a regula&ccedil;&atilde;o do estresse e ansiedade. "Uma am&iacute;gdala ansiosa &eacute; nosso pior inimigo", disse Jennifer Heisz &ndash; pesquisadora na &aacute;rea, em entrevista. A am&iacute;gdala cerebral reporta ao hipot&aacute;lamo que causa uma resposta ao estresse.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/30/30095131334051.jpg" alt="O exerc&iacute;cio por meio de v&aacute;rios mecanismos amortece o estresse." />O exerc&iacute;cio por meio de v&aacute;rios mecanismos amortece o estresse.
Adrenalina e cortisol sobem para notificar corpo e mente da amea&ccedil;a. O estresse cr&ocirc;nico &eacute; apontado como uma via importante para o aumento dos casos de depress&atilde;o no mundo, atrav&eacute;s da inflama&ccedil;&atilde;o &ndash; aspecto que o exerc&iacute;cio tamb&eacute;m auxilia.
<h2>Um dia com exerc&iacute;cios pode ser um dia com menos estresse</h2>
Um treino pode funcionar como uma esp&eacute;cie de escudo &ldquo;antiabsortivo&rdquo; para situa&ccedil;&otilde;es estressantes. Nos <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5709165/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dias em que as pessoas se exercitam</a>, eventos estressantes afetam menos o seu bem-estar mental. Pessoas ativas reagiram melhor ao estresse do que as inativas fisicamente, em 14%. Nos ativos, a reatividade aos eventos estressantes foi menor (17%) em dias com treino.
O exerc&iacute;cio pode refor&ccedil;ar a capacidade das pessoas de gerir psicologicamente o estressor de uma forma mais eficaz, mas esse &eacute; apenas um dos mecanismos que explica os efeitos "anti-stress".
<h2>O amortecimento do estresse</h2>
O exerc&iacute;cio por meio de <a href="http://Handbuch%20Stressregulation%20und%20Sport" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 mecanismos</a> realiza um efeito de amortecimento do estresse (stress-buffering):
1) Prevenindo a percep&ccedil;&atilde;o de estresse. Pessoas fisicamente ativas podem simplesmente ter menos probabilidade de considerar as situa&ccedil;&otilde;es estressantes.
2) Fortalecendo os recursos pessoais e sociais, como a autoefic&aacute;cia (cren&ccedil;a de ser capaz) e apoio social, que por sua vez podem ajudar a reduzir o estresse.
3) Impactando nas rea&ccedil;&otilde;es de estresse psicol&oacute;gico e/ou fisiol&oacute;gico. Neste caso, a tens&atilde;o/ansiedade induzida pelo estresse ou a libera&ccedil;&atilde;o de cortisol diminuem ap&oacute;s atividade f&iacute;sica aguda, ou ap&oacute;s treinamento f&iacute;sico cr&ocirc;nico.
4) Gerando efeitos compensat&oacute;rios atrav&eacute;s do aumento de sa&uacute;de, n&atilde;o funcionando diretamente como um amortecedor de estresse, mas melhorando n&iacute;veis de sa&uacute;de.
<h2>Um ingrediente importante</h2>
Quando escrevi &ldquo;especialmente se fazemos algo que gostamos como exerc&iacute;cio&rdquo; no in&iacute;cio da coluna, foi motivado por um interessante estudo publicado anos atr&aacute;s. Pesquisadores investigaram se o estresse teve um efeito negativo na satisfa&ccedil;&atilde;o com a vida de mais de 800 estudantes em duas escolas na Su&iacute;&ccedil;a, examinando se a atividade f&iacute;sica poderia amortecer esse efeito e se isso era fortalecido pela motiva&ccedil;&atilde;o intr&iacute;nseca &ndash; aquela caracterizada por sentimentos positivos como alegria, divers&atilde;o e prazer.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/30/30095245944054.jpg" alt="O mantra " sem="" dor="" ganhos="" d="" lugar="" ao="" divers="" o="" quando="" falamos="" em="" sa="" de="" mental="" />O mantra "sem dor, sem ganhos" d&aacute; lugar ao "sem divers&atilde;o, sem ganhos" quando falamos em sa&uacute;de mental.
Conforme esperado, o estresse levou a n&iacute;veis mais baixos de satisfa&ccedil;&atilde;o com a vida. Por&eacute;m, contrariamente as expectativas, a atividade f&iacute;sica n&atilde;o funcionou como um amortecedor de estresse nos estudantes. O efeito amortecedor ocorreu apenas quando a motiva&ccedil;&atilde;o intr&iacute;nseca dos estudantes para atividade f&iacute;sica foi elevada, ou seja, quando gostavam do que faziam.&nbsp;
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279880-10-cientistas-pensaram-fora-caixa-mudar-treinamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 vezes que cientistas pensaram fora da caixa para mudar como treinamos</a></li>
</ul>
Os sentimos positivos promovidos pela atividade f&iacute;sica podem ser os ingredientes-chave da rela&ccedil;&atilde;o com o estresse. O t&iacute;tulo do artigo n&atilde;o poderia ser melhor: <a href="http://Psychology%20of%20Sport%20and%20Exercise" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No fun, no gain</a> (sem divers&atilde;o, sem ganhos).
At&eacute; Arnold Schwarzenegger, conhecido pelos efeitos f&iacute;sicos que o exerc&iacute;cio lhe proporcionou reconheceu: &ldquo;O treino nos d&aacute; uma sa&iacute;da para as energias reprimidas criadas pelo estresse e, assim, tonifica o esp&iacute;rito, tal como o exerc&iacute;cio condiciona o corpo&rdquo;.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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Anda estressado? Não fique parado

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Imagem de Quer viver mais? Faça cardio no tecmundo

Entenda os benefícios do treino aeróbio, como caminhada, ciclismo ou natação para a longevidade.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Quer viver mais? Fa&ccedil;a cardio. Essa tem sido uma das mais fortes rela&ccedil;&otilde;es estabelecidas na ci&ecirc;ncia do exerc&iacute;cio f&iacute;sico. Longevidade e aptid&atilde;o cardiorrespirat&oacute;ria. Pessoas com boa aptid&atilde;o cardiorrespirat&oacute;ria tem apresentado maior expectativa de vida e menor risco de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas. Entenda mais sobre essa rela&ccedil;&atilde;o para poder aproveitar dela.
<h2>Cardio: o que &eacute;?</h2>
A aptid&atilde;o cardiorrespirat&oacute;ria &eacute; um preditor forte e consistente de morbidade e mortalidade entre adultos, &eacute; o t&iacute;tulo do <a href="https://bjsm.bmj.com/content/early/2024/04/09/bjsports-2023-107849" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior e mais recente estudo</a> sobre o tema, publicado na revista brit&acirc;nica de medicina do esporte, que acumulou toda a evid&ecirc;ncia dispon&iacute;vel com 20,9 milh&otilde;es de observa&ccedil;&otilde;es de 199 estudos de coorte.
Aptid&atilde;o ou condicionamento cardiorrespirat&oacute;rio &eacute; um dos componentes da aptid&atilde;o f&iacute;sica (que &eacute; a capacidade de realizar atividades f&iacute;sicas) e representa o qu&atilde;o bem nosso corpo pode usar o oxig&ecirc;nio durante atividades f&iacute;sicas como corrida, ciclismo ou nata&ccedil;&atilde;o. Apesar do termo direcionar ao cora&ccedil;&atilde;o e pulm&otilde;es, &eacute; o trabalho de todos os sistemas do corpo para conseguirmos manter-nos ativos durante o movimento do corpo.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/24/24084731053006.jpg" alt="Caminhada, corrida, ciclismo, nata&ccedil;&atilde;o e remo s&atilde;o algumas das possibilidades de exerc&iacute;cio aer&oacute;bio." />Caminhada, corrida, ciclismo, nata&ccedil;&atilde;o e remo s&atilde;o algumas das possibilidades de exerc&iacute;cio aer&oacute;bio.
A aptid&atilde;o &eacute; geralmente medida diretamente com um teste ergoespirom&eacute;trico (exame de esfor&ccedil;o) ou indiretamente com equa&ccedil;&otilde;es preditivas. O resultado &eacute; uma medida de consumo m&aacute;ximo de oxig&ecirc;nio (VO2max) ou equivalentes metab&oacute;licos (METs), o &uacute;ltimo sendo uma medida de gasto energ&eacute;tico.
<ul>
<li>Saiba mais:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274608-esforco-maximo-moderado-exercicio-perder-gordura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Esfor&ccedil;o m&aacute;ximo ou moderado no exerc&iacute;cio para perder gordura?</a></li>
</ul>
Peter Attia no livro &ldquo;Outlive&rdquo; afirma que o impacto positivo dos exerc&iacute;cios na longevidade s&atilde;o os mais irrefut&aacute;veis que se podem encontrar em toda a biologia humana. De fato, &eacute; se mover para viver mais. Os dados do <a href="https://bjsm.bmj.com/content/early/2024/04/09/bjsports-2023-107849" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo mais atual&nbsp;</a>demonstram isso, pois ter n&iacute;veis mais elevados de aptid&atilde;o cardiorrespirat&oacute;ria pode reduzir significativamente o risco de mortalidade por todas as causas em quase metade. Cada aumento de 1 MET na aptid&atilde;o reduz de 11 a 17% o risco de mortalidade e em 18% o risco de insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca.
<h2>Quanto de atividade f&iacute;sica &eacute; necess&aacute;ria?</h2>
A <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33239350/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recomenda&ccedil;&atilde;o mundial da OMS</a> para adultos &eacute; de 2 horas e 30 minutos semanais de atividades f&iacute;sicas aer&oacute;bias em intensidade moderada, o que &eacute; popularmente chamado de "cardio". Voc&ecirc; pode dividir o tempo em v&aacute;rias sess&otilde;es em diversos dias da semana.&nbsp;
Se considerar isso muito tempo, pode reduzir pela metade, mas aumentar a intensidade: 75 minutos de atividade f&iacute;sica em intensidade vigorosa (algo que voc&ecirc; n&atilde;o consiga conversar enquanto faz) por semana. Al&eacute;m disso, &eacute; recomendado realizar <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35946846/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fortalecimento muscular</a> por 2 vezes na semana, o que pode ser feito por meio de muscula&ccedil;&atilde;o, Pilates, Yoga, treinamento funcional, CrossFit e outros.&nbsp;
As pessoas que cumprem a recomenda&ccedil;&atilde;o mundial de atividade f&iacute;sica parecem viver de 3 a 4 anos a mais do que os inativos.
A combina&ccedil;&atilde;o de atividades aer&oacute;bias e de for&ccedil;a &eacute; a melhor forma de diminuir o risco de morrer, chegando a reduzir em 40%, conforme demonstrado em <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32611588/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo</a>. Separadamente, os adultos que praticavam treinamento aer&oacute;bio ou treino de fortalecimento muscular, tamb&eacute;m apresentaram risco reduzido de mortalidade por todas as causas (redu&ccedil;&atilde;o de 29% e 11%, respectivamente).
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/24/24102223471036.jpg" alt="A combina&ccedil;&atilde;o de treino aer&oacute;bio com o de for&ccedil;a parece ser a mais efetiva para viver mais." />A combina&ccedil;&atilde;o de treino aer&oacute;bio com o de for&ccedil;a parece ser a mais efetiva para viver mais.
Para o m&eacute;dico e escritor, precisamos de um bom condicionamento aer&oacute;bio para viver a vida, que se trata basicamente de ser &oacute;timo em ir devagar por um tempo consider&aacute;vel de movimento, mas tamb&eacute;m dar tudo de si e com rapidez quando necess&aacute;rio. Aspectos que se traduzem nas formas predominantes de exerc&iacute;cio aer&oacute;bio atualmente, organizadas dicotomicamente:
- Aer&oacute;bio cont&iacute;nuo moderado:&nbsp;realizar a atividade na mesma intensidade ou velocidade de forma cont&iacute;nua, como 30 ou 40 minutos de bicicleta ergom&eacute;trica.
-&nbsp;Intervalado: realizar alternadamente esfor&ccedil;os mais e menos elevados, como um HIIT (treino intervalado de alta intensidade) na esteira.
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273356-22-minutos-dia-voce-viver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apenas 22 minutos por dia para voc&ecirc; viver mais</a></li>
</ul>
Para sua escolha, voc&ecirc; deve considerar seus objetivos, sua experi&ecirc;ncia pr&eacute;via, n&iacute;vel atual de condicionamento, sua estrutura f&iacute;sica e sua prefer&ecirc;ncia, pois voc&ecirc; pode sentir mais ou menos prazer (ou tamb&eacute;m desprazer) em alguma das formas, al&eacute;m da orienta&ccedil;&atilde;o de um profissional de Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica.
Peter Attia considera fundamental que se for para adotar um novo h&aacute;bito, que seja no campo dos exerc&iacute;cios. Gra&ccedil;as aos r&aacute;pidos e significativos efeitos que esse comportamento pode nos trazer, al&eacute;m de contagiar outros h&aacute;bitos. Mas a dica &eacute; n&atilde;o esperar ter tempo livre para come&ccedil;ar a praticar exerc&iacute;cios, pois quando estivermos ocupados, provavelmente iremos parar.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.

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Quer viver mais? Faça cardio

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Imagem de Estudo da Asics, confirma os benefícios da atividade física para a saúde mental no tecmundo

Além de realizar ações, a Asics, marca de material esportivo, também lançou um estudo sobre os benefícios do exercício físico para a saúde mental.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
A origem da marca de material esportivo Asics remete a import&acirc;ncia da mente saud&aacute;vel, com o acr&ocirc;nimo ASICS significando &ldquo;Anima Sana In Corpore Sano&rdquo;, que quer dizer mente s&atilde; em corpo s&atilde;o. Mais do que propagar que o exerc&iacute;cio faz bem para a sa&uacute;de f&iacute;sica, a marca tem se esfor&ccedil;ado para estudar e investigar profundamente os efeitos do movimento sobre a sa&uacute;de mental.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba mais:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267618-sofre-ansiedade-entenda-exercicio-te-ajudar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Sofre com ansiedade? Entenda como o exerc&iacute;cio f&iacute;sico pode te ajudar</a></li>
</ul>
Descubra como ela tem feito isso por meio de cinco de suas a&ccedil;&otilde;es e saiba os resultados do mais recente estudo da marca.
<h2>Filme no Prime Video</h2>
Descobri a import&acirc;ncia da sa&uacute;de mental para a Asics quando assisti ao document&aacute;rio &ldquo;Mind games &ndash; O experimento&rdquo;, lan&ccedil;ado pelo Prime Video. H&aacute; algum tempo, escrevi uma coluna sobre o interessante tema dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263890-filme-amazon-prime-testa-beneficios-exercicio-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exerc&iacute;cios e melhora na cogni&ccedil;&atilde;o</a> e partir disso, pude explorar o projeto que a marca tem.
<h2>T&ecirc;nis em c&aacute;psulas</h2>
A mais recente campanha de marketing trouxe os t&ecirc;nis produzidos pela empresa em uma nova embalagem: uma c&aacute;psula, remetendo os t&ecirc;nis aos comprimidos medicamentosos. Escrevi se esse significado de &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; pode ser um bom caminho, em uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281593-exercicio-remedio-funciona-motivar-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coluna anterior</a>.
<h2>Site para usar antes e depois do treino</h2>
Com o renomado pesquisador Brendon Stubbs, a marca criou uma incr&iacute;vel ferramenta chamada "<a href="https://minduplifter.asics.com/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mind Uplifter</a>" (elevador da mente), que serve para verificar os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274102-site-revela-beneficios-exercicios-fisicos-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeitos do exerc&iacute;cio na mente</a>, pelo pr&oacute;prio praticante de exerc&iacute;cios. L&aacute; respondemos algumas quest&otilde;es e escaneamos o rosto, antes e depois do treino.
Com essa ferramenta, foi descoberto que o tempo m&iacute;nimo necess&aacute;rio para os praticantes sentirem os benef&iacute;cios do exerc&iacute;cio sobre a sa&uacute;de mental, foi de apenas 15 minutos e 9 segundos, em pesquisa com mais de 1 mil pessoas.
Caso n&atilde;o acesse a ferramenta da marca, voc&ecirc; pode simplesmente tirar uma foto sua antes e outra depois da sess&atilde;o de exerc&iacute;cios, mas n&atilde;o do seu corpo, e sim do rosto. O antes e depois mais significativo do exerc&iacute;cio parece n&atilde;o ser sobre a forma f&iacute;sica, mas sim sobre a sa&uacute;de mental. Voc&ecirc; pode notar isso atrav&eacute;s da sua express&atilde;o facial, bem como seu humor.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263372-desistiu-academia-problema-o-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tentou treinar em academia e n&atilde;o conseguiu? Saiba o que pode importar mais.</a></li>
</ul>
<h2>Exerc&iacute;cio e o impacto na sa&uacute;de mental da mulher</h2>
O maior <a href="https://www.asics.com/us/en-us/mk/move-her-mind" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo global</a> j&aacute; realizado sobre disparidade de g&ecirc;nero (mais de 24 mil pessoas de 40 pa&iacute;ses) no exerc&iacute;cio, encomendado pela Asics, revelou: quanto mais as mulheres se movimentam, melhor elas se sentem. As mulheres que praticam exerc&iacute;cios regularmente s&atilde;o: 52% mais felizes, 50% mais energizadas, 48% mais confiantes, 67% menos estressadas e 80% menos frustradas. Por&eacute;m, mais da metade das mulheres n&atilde;o se exercita tanto quanto gostaria.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/17/17105610050062.jpg" alt="Segundo o estudo, mesmo com os in&uacute;meros benef&iacute;cios da atividade f&iacute;sica para as mulheres, elas ainda se exercitam menos do que gostariam.&nbsp;" />Segundo o estudo, mesmo com os in&uacute;meros benef&iacute;cios da atividade f&iacute;sica para as mulheres, elas ainda se exercitam menos do que gostariam.&nbsp;
No Brasil, 45% das mulheres queriam fazer mais exerc&iacute;cios. Elas enfrentam barreiras para se exercitar. As mais reportadas foram: ter outros compromissos (76%), a falta de tempo (74%) e o custo com treinadores (62%). Al&eacute;m disso, a falta de espa&ccedil;os seguros (43%), n&atilde;o se sentir em forma o suficiente (42%) e inseguran&ccedil;a com o corpo (37%) foram barreiras.&nbsp;
A percep&ccedil;&atilde;o dos homens sobre as barreiras que impedem as mulheres foi diferente da realidade. Apenas 34% dos homens responderam falta de tempo, enquanto 74% das mulheres apontaram essa barreira. Mais da metade (58%) dos homens apontou inseguran&ccedil;a com o corpo como barreira para elas, enquanto a realidade foi de 36%.
<h2>Estudo global da Asics em 2024</h2>
A Asics fez um <a href="https://www.asics.com/us/en-us/mk/stateofmindstudy2024" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo global</a> sobre estado mental &ndash; uma pesquisa com 26 mil pessoas em 22 pa&iacute;ses, que deixa claro que quanto mais as pessoas se movimentam, mais alta &eacute; a pontua&ccedil;&atilde;o no escore criado pela marca &ndash; o estado mental. Em uma escala que vai at&eacute; 100, os ativos pontuaram em m&eacute;dia 67/100, enquanto os inativos 54/100. No Brasil, a disparidade foi maior, 64/100 para ativos e 45/100 para inativos.
Dentre os pa&iacute;ses participantes, a China (78/100), seguida pela Ar&aacute;bia Saudita e &Iacute;ndia, foram os com melhor pontua&ccedil;&atilde;o de estado mental, enquanto o Brasil ficou abaixo da m&eacute;dia mundial com 62/100, na 13&ordf; coloca&ccedil;&atilde;o em 22 pa&iacute;ses.
O estudo destaca a import&acirc;ncia de se movimentar na adolesc&ecirc;ncia, pois isso afeta o estado mental na fase adulta. A faixa de 15 a 17 anos foi a mais importante para isso. Abandonar os exerc&iacute;cios nessa faixa et&aacute;ria, pode comprometer a sa&uacute;de mental nos anos seguintes.&nbsp;
Encorajar os adolescentes a se exercitarem, especialmente os entre 15 e 17 anos, &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o coerente.&nbsp;
Para isso, nesse p&uacute;blico, &eacute; mais importante ainda ir al&eacute;m do &ldquo;fa&ccedil;a exerc&iacute;cio pela sua sa&uacute;de&rdquo;, pois essa motiva&ccedil;&atilde;o pode n&atilde;o ser suficiente. Para o pesquisador Brendon Stubbs, h&aacute; esperan&ccedil;a se os jovens experimentarem alegria, sucesso, conex&atilde;o, liberdade de escolha e prop&oacute;sito no exerc&iacute;cio. Stubbs destaca que n&atilde;o existe tipo de movimento certo ou errado, a mensagem principal &eacute; encontrar um exerc&iacute;cio que voc&ecirc; goste e tentar ser consistente.
Os benef&iacute;cios emocionais do exerc&iacute;cio tem sido a &ecirc;nfase da empresa, ilustrada por campanhas em que o foco n&atilde;o &eacute; a est&eacute;tica ou forma f&iacute;sica, mas sim as dram&aacute;ticas transforma&ccedil;&otilde;es sobre a sa&uacute;de mental. Por&eacute;m, nem todas essas transforma&ccedil;&otilde;es s&atilde;o vis&iacute;veis, pois elas est&atilde;o relacionadas a como nos sentimos. A&iacute; est&aacute; o potencial subestimado do exerc&iacute;cio, que pode nos levar a querer mant&ecirc;-lo rotineiramente.
A Asics nos &uacute;ltimos anos tem se dedicado a promover o tema da sa&uacute;de mental e bem-estar psicol&oacute;gico, sendo seu slogan: &Eacute; hora de mover sua mente. Um foco diferente que pode fazer a diferen&ccedil;a &ndash; para o sucesso da marca e dos nossos treinos.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
*N&atilde;o h&aacute; qualquer conflito de interesses do colunista com a marca de material esportivo.

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Estudo da Asics, confirma os benefícios da atividade física para a saúde mental

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Imagem de Problemas com insônia? Se exercitar pode resolver, diz estudo no tecmundo

Pesquisa aponta relação entre atividade física e sono; saiba mais.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
O exerc&iacute;cio f&iacute;sico pode diminuir o risco de ter problemas em algo fundamental, mas ainda negligenciado: o sono. Al&eacute;m disso, pode melhor&aacute;-lo de forma not&aacute;vel.
Sabe aqueles aspectos que l&aacute;, no fundo, sabemos que &eacute; importante para sa&uacute;de, mas aos poucos vamos abrindo m&atilde;o, devido &agrave; v&aacute;rias raz&otilde;es que naquele momento parecem mais importantes? Um desses aspectos &eacute; dormir. Sono. Em quantidade e qualidade, ele &eacute; fundamental. Se pensarmos que &eacute; um desperd&iacute;cio passar 1/3 da vida dormindo, provavelmente estaremos a abreviando.&nbsp;
No belo livro &ldquo;Por que n&oacute;s dormimos&rdquo;, Matthew Walker traz a ci&ecirc;ncia do sono e seus benef&iacute;cios, bem como as consequ&ecirc;ncias da falta dele. O autor e pesquisador afirma que &ldquo;Quanto mais breve seu sono, mais breve ser&aacute; sua vida&rdquo;.
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281593-exercicio-remedio-funciona-motivar-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio' funciona para nos motivar?</a></li>
</ul>
Atualmente, as <a href="https://www.nhlbi.nih.gov/health/sleep/how-much-sleep" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recomenda&ccedil;&otilde;es&nbsp;</a>de sono s&atilde;o bem claras. Estipulam em horas, o quanto devemos dormir por noite. Adultos: de 7 a 9 horas. Adolescentes: de 8 a 10 horas. Idosos: de 7 a 8 horas. Para as crian&ccedil;as h&aacute; maior varia&ccedil;&atilde;o segundo a faixa de idade, os beb&ecirc;s dormem mais horas por dia do que crian&ccedil;as em fase escolar.
Eu sei que parece muito tempo dormindo e &agrave;s vezes temos a sensa&ccedil;&atilde;o de que conseguimos sobreviver relativamente bem com poucas horas de sono.&nbsp;
Mas a verdade &eacute; que o ser humano n&atilde;o consegue perceber com precis&atilde;o o quanto est&aacute; privado de sono, quando est&aacute; em uma condi&ccedil;&atilde;o de priva&ccedil;&atilde;o de sono. Isso &eacute; bastante enganoso e perigoso, pois estamos com o desempenho cognitivo prejudicado, instabilidade na sa&uacute;de mental, n&iacute;vel de alerta reduzido e mem&oacute;ria prejudicada. Uma das formas de regular nosso sono &eacute; via <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25596964/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exerc&iacute;cios f&iacute;sicos</a>.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/09/09184849296256.jpg" alt="Se exercitar durante o dia &eacute; uma estrat&eacute;gia para dormir melhor a noite." />Se exercitar durante o dia &eacute; uma estrat&eacute;gia para dormir melhor a noite.
<h2>Se mova mais, durma melhor</h2>
Recentemente foi publicado um <a href="https://bmjopen.bmj.com/content/14/3/e067197" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo longitudinal</a> realizado em nove pa&iacute;ses da Europa, com um acompanhamento de 10 anos, em que foi descoberto que em mais de 4 mil pessoas, houve rela&ccedil;&atilde;o entre atividade f&iacute;sica e sono, sobre especificamente a ins&ocirc;nia. Quem foi ativo fisicamente durante esse per&iacute;odo, ou seja, se exercitou duas ou tr&ecirc;s vezes por semana, teve menor risco (22%) de ins&ocirc;nia e maior probabilidade (55%) de dormir a quantidade de horas recomendada por noite (6 a 9 horas).
O estudo demonstra a import&acirc;ncia de se manter ativo ao longo dos anos, pois para quem era ativo no in&iacute;cio da pesquisa, por volta dos anos 2000, mas abandonou as atividades, a associa&ccedil;&atilde;o foi perdida. A const&acirc;ncia nos exerc&iacute;cios &eacute; fundamental, pois pode otimizar a dura&ccedil;&atilde;o do sono e reduzir risco de ins&ocirc;nia. As pessoas mais ativas foram da Noruega, e as menos ativas da Espanha.
Um motivador para nos exercitarmos hoje pode ser dormir melhor &agrave; noite, no mesmo dia. S&atilde;o efeitos no curto prazo que podem nos motivar para uma melhor rela&ccedil;&atilde;o com exerc&iacute;cios e s&atilde;o a base para levar os treinos adiante. Uma das vias que explica o efeito &eacute; o aumento na produ&ccedil;&atilde;o de adenosina, que reduz atividades que nos mant&eacute;m acordados (vig&iacute;lia) e aumenta a indu&ccedil;&atilde;o de sono.
&Eacute; not&aacute;vel reconhecer a rela&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4341978/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bidirecional</a> entre sono e <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30018855/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exerc&iacute;cio f&iacute;sico</a>. Ambos se influenciam positiva e negativamente. Treinar para dormir melhor e dormir melhor para ter melhores condi&ccedil;&otilde;es de treinar no outro dia. Por outro lado, um sono ruim pode ser um fator impeditivo de come&ccedil;ar ou manter exerc&iacute;cios na rotina. Com a falta de atividade f&iacute;sica, h&aacute; chances maiores de se dormir mal.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262623-dia-mundial-atividade-fisica-ter-prazer-exercicios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como ter prazer nos exerc&iacute;cios?</a></li>
</ul>
Quando dormimos mal, parece que temos uma tend&ecirc;ncia a n&atilde;o nos exercitamos. Mas al&eacute;m de dormir (o que nem sempre &eacute; poss&iacute;vel devido aos afazeres do dia a dia), o exerc&iacute;cio seria uma das melhores coisas a ser feita.&nbsp;
O exerc&iacute;cio reverte muitos dos efeitos negativos da priva&ccedil;&atilde;o de sono. <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0031938423003347" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um estudo</a> recente mostrou que 20 minutos de exerc&iacute;cio com esfor&ccedil;o moderado melhorou a fun&ccedil;&atilde;o cognitiva ap&oacute;s tr&ecirc;s noites com priva&ccedil;&atilde;o parcial e uma noite com priva&ccedil;&atilde;o total de sono. A decis&atilde;o de se exercitar mesmo com priva&ccedil;&atilde;o de sono nem sempre &eacute; f&aacute;cil. Nesses dias, aposte em algo divertido e/ou social.
Hoje n&atilde;o existe uma droga que tenha a capacidade comprovada de substituir os benef&iacute;cios de uma boa noite de sono. Sono parece ser inegoci&aacute;vel para nossa sa&uacute;de. Se mova durante o dia, para dormir melhor a noite.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.&nbsp;

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Problemas com insônia? Se exercitar pode resolver, diz estudo

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Imagem de "Exercício como remédio" funciona para nos motivar? no tecmundo

Entenda o porquê encarar os exercícios como remédio pode não ser motivador.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
"Exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio" &eacute; uma analogia que parece boa, mas n&atilde;o &eacute;.&nbsp;Talvez voc&ecirc; tenha visto a mais recente campanha da Asics, marca de material esportivo &ndash; especialmente de corrida, que trouxe seus t&ecirc;nis em uma nova embalagem: uma c&aacute;psula, remetendo os t&ecirc;nis aos comprimidos.&nbsp;
Apesar de inovadora e esteticamente atrativa, essa abordagem parece n&atilde;o ser efetiva, considerando a ci&ecirc;ncia comportamental. Entenda agora por que o &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; parece n&atilde;o ser um bom caminho para a pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios.
O primeiro fato &eacute; reconhecer que o exerc&iacute;cio realmente funciona como rem&eacute;dio. <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26476429/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um estudo meta-epidemiol&oacute;gico</a> que incluiu 305 ensaios cl&iacute;nicos randomizados concluiu que o exerc&iacute;cio tem efic&aacute;cia semelhante &agrave;s interven&ccedil;&otilde;es medicamentosas para diversas doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas. <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26606383/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Outro reuniu</a> evid&ecirc;ncias de que o exerc&iacute;cio &eacute; terapia para 26 doen&ccedil;as. Os <a href="https://www.bmj.com/content/384/bmj-2023-075847" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais recentes</a> estudos no campo da sa&uacute;de mental, mostram que o exerc&iacute;cio tem efeitos similares aos medicamentos antidepressivos.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265996-atividade-fisica-ajudar-tolerancia-dor-segundo-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atividade f&iacute;sica pode ajudar na toler&acirc;ncia &agrave; dor, segundo novo estudo</a></li>
</ul>
Descobrimos e afirmamos a cada dia que o exerc&iacute;cio realmente funciona como rem&eacute;dio para prevenir e tratar doen&ccedil;as. Evolu&iacute;mos na consci&ecirc;ncia das pessoas sobre os efeitos positivos dos exerc&iacute;cios sobre a sa&uacute;de, mas n&atilde;o nos n&iacute;veis de pessoas fazendo exerc&iacute;cios. <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34302762/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Lancet</a> admitiu que desde 2001, n&atilde;o houve melhoria nos n&iacute;veis globais de atividade f&iacute;sica. Por que isso ocorre?
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/03/03090447939022.jpg" alt="Voc&ecirc; provavelmente entende que exerc&iacute;cio faz bem &agrave; sua sa&uacute;de, mas isso pode n&atilde;o ser suficiente para faz&ecirc;-lo praticar." />Voc&ecirc; provavelmente entende que exerc&iacute;cio faz bem &agrave; sua sa&uacute;de, mas isso pode n&atilde;o ser suficiente para faz&ecirc;-lo praticar.
<h2>A medicaliza&ccedil;&atilde;o do movimento corporal</h2>
&ldquo;Exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; perp&eacute;tua a medicaliza&ccedil;&atilde;o do exerc&iacute;cio, processo pelo qual <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34559725/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">n&atilde;o tem elevado</a> os n&iacute;veis de atividade f&iacute;sica da popula&ccedil;&atilde;o, pois em linhas gerais n&atilde;o torna o exerc&iacute;cio uma atividade mais interessante e atrativa. O observ&aacute;vel pela principal barreira apontada pelas pessoas para n&atilde;o os praticar: falta de tempo. Para coisas ruins, chatas e desprazerosas n&atilde;o encontraremos tempo, exceto se sejamos obrigados.&nbsp;
Voc&ecirc; pode ser obrigado a tomar um rem&eacute;dio para sobreviver se estiver doente, mas quando puder, vai parar. Basicamente &eacute; isso que acontece se encararmos o exerc&iacute;cio apenas como um rem&eacute;dio.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281114-mitos-verdades-corrida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os mitos e verdades da corrida</a></li>
</ul>
Benef&iacute;cios como sa&uacute;de, prevenir doen&ccedil;as e perder peso podem n&atilde;o tornar o exerc&iacute;cio atraente o suficiente para competir com sucesso contra outras responsabilidades e prioridades di&aacute;rias. &Eacute; como quando temos que escolher entre atividades da nossa rotina: assistir uma s&eacute;rie ou ir para &agrave; academia; brincar com os filhos ou sair para correr na rua; ler um livro ou passear de bicicleta.
<h2>O slogan &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo;</h2>
Pesquisadoras <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27779430/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afirmam que &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; j&aacute; come&ccedil;a a dar errado&nbsp;</a>quando ao usar o termo exerc&iacute;cio, n&atilde;o inclu&iacute;mos outras formas de movimento corporal atrav&eacute;s da atividade f&iacute;sica. Jardinagem, uma trilha com um amigo e um passeio de bicicleta em fam&iacute;lia estariam onde? O complemento da frase &ldquo;rem&eacute;dio&rdquo; tamb&eacute;m n&atilde;o ajuda. Rem&eacute;dio, segundo o dicion&aacute;rio, &eacute; algo usado para tratar ou prevenir doen&ccedil;as. Quem toma rem&eacute;dio? Quem est&aacute; doente.&nbsp;
Apesar da pandemia de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas, talvez quem n&atilde;o tenha um diagn&oacute;stico claro, n&atilde;o se sinta atra&iacute;do pela mensagem de, por meio de movimento f&iacute;sico, receber uma dose de medica&ccedil;&atilde;o via atividade f&iacute;sica.&nbsp;Ali&aacute;s, essa &eacute; outra linha de cr&iacute;tica: se o exerc&iacute;cio &eacute; rem&eacute;dio, como sabemos t&atilde;o pouco sobre a dose ideal?
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/04/03/03090647981024.jpg" alt="Tomamos rem&eacute;dio de maneira compuls&oacute;ria e quando permitido, interrompemos o uso." />Tomamos rem&eacute;dio de maneira compuls&oacute;ria e quando permitido, interrompemos o uso.
Na ess&ecirc;ncia, tomar um rem&eacute;dio n&atilde;o reflete apenas a prescri&ccedil;&atilde;o de um profissional da medicina, te dizendo para tomar algo com sabor amargo ou por vezes at&eacute; uma experi&ecirc;ncia dolorosa como uma inje&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m algo que &eacute; obrigat&oacute;rio para sua sa&uacute;de, sendo algo que n&atilde;o temos escolha pela pr&oacute;pria vontade.
<h2>Motiva&ccedil;&atilde;o para exerc&iacute;cios</h2>
Sendo o exerc&iacute;cio motivado por uma raz&atilde;o extr&iacute;nseca (que vem de fora) e por consequ&ecirc;ncia uma motiva&ccedil;&atilde;o de qualidade ruim, n&atilde;o &eacute; de se esperar que o mantenhamos ao longo da vida. <a href="https://ijbnpa.biomedcentral.com/articles/10.1186/1479-5868-8-94" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores&nbsp;</a>argumentam que o exerc&iacute;cio para obter benef&iacute;cios &agrave; sa&uacute;de, como rem&eacute;dio, medicaliza o comportamento e reflete press&otilde;es normativas para o que &eacute; idealizado em nossa cultura, tornando o exerc&iacute;cio um imperativo moral, algo que &ldquo;dever&iacute;amos&rdquo; estar fazendo.&nbsp;
O &ldquo;devemos&rdquo; &eacute; diferente do &ldquo;queremos&rdquo;. Embora o senso comum nos esmague dizendo que temos que fazer coisas que n&atilde;o gostamos, no <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22726453/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caso dos exerc&iacute;cios</a>, isso &eacute; ruim. Sentir-se controlado em rela&ccedil;&atilde;o a um comportamento, em vez de se sentir aut&ocirc;nomo em rela&ccedil;&atilde;o a ele, exerce press&atilde;o aos indiv&iacute;duos, o que, na verdade, prejudica o comportamento, pois n&atilde;o &eacute; uma motiva&ccedil;&atilde;o de boa qualidade. Para manter exerc&iacute;cios em sua vida, &eacute; preciso querer, indo al&eacute;m do sentimento de &ldquo;dever&rdquo;.
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261537-exercicio-fisico-depressao-eficaz-remedio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Exerc&iacute;cio f&iacute;sico contra depress&atilde;o &eacute; mais eficaz do que rem&eacute;dio?</a></li>
</ul>
Sofremos de um vi&eacute;s cognitivo chamado desconto hiperb&oacute;lico. Nele, valorizamos mais os benef&iacute;cios imediatos do que os posteriores. &Eacute; por isso que exerc&iacute;cios somente para sa&uacute;de s&atilde;o motivacionalmente fracos, pois temos que nos esfor&ccedil;ar diariamente para um benef&iacute;cio que est&aacute; longe de aparecer.
Conseguimos internalizar na consci&ecirc;ncia das pessoas a import&acirc;ncia do exerc&iacute;cio para sa&uacute;de, esse foi um processo necess&aacute;rio em que o &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; fez seu papel. Por&eacute;m, n&atilde;o somos apenas racionais. Para evoluir &eacute; especialmente importante promover a atividade f&iacute;sica como uma forma de <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25172091/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gerar prazer</a>, visto que a maioria dos adultos vive uma vida ocupada, agitada e com pressa, sendo prov&aacute;vel que consigam incluir exerc&iacute;cios em sua vida, se isso for bom.&nbsp;
Observo que h&aacute; uma rela&ccedil;&atilde;o esquecida entre autocompaix&atilde;o e atividade f&iacute;sica. O amor a si pr&oacute;prio d&aacute; permiss&atilde;o &agrave;s pessoas para se envolverem em atividades que sejam agrad&aacute;veis para elas, o que inclui a escolha da modalidade, em um n&iacute;vel de esfor&ccedil;o confort&aacute;vel de ser mantido. Pesquisadores tem concordado que promover atividade f&iacute;sica como algo prazeroso e significativo ao n&iacute;vel pessoal tem sido uma estrat&eacute;gia subutilizada, mas cientificamente suportada para motivar as pessoas.
Motivos extr&iacute;nsecos como a busca por sa&uacute;de e o efeito medicamentoso do exerc&iacute;cio levam a menor bem-estar psicol&oacute;gico em compara&ccedil;&atilde;o com os motivos intr&iacute;nsecos, como prazer e bem-estar. A atividade f&iacute;sica que promove o prazer e o bem-estar, em vez do exerc&iacute;cio como um medicamento, &eacute; uma mudan&ccedil;a necess&aacute;ria. Se olharmos para a hist&oacute;ria de nossa pr&oacute;pria esp&eacute;cie, a atividade f&iacute;sica nunca evoluiu para ser um medicamento, mas sofreu essa transforma&ccedil;&atilde;o &agrave; medida que fomos enclausurando nossos movimentos e sofrendo com as consequ&ecirc;ncias do comportamento sedent&aacute;rio aliado &agrave; inatividade f&iacute;sica.
Se &ldquo;exerc&iacute;cio como rem&eacute;dio&rdquo; funcionasse para motivar as pessoas a se exercitarem, talvez ter&iacute;amos mais academias do que farm&aacute;cias nos bairros. Rem&eacute;dios restauram a sa&uacute;de, o exerc&iacute;cio promove a sa&uacute;de. Exerc&iacute;cios como rem&eacute;dio remetem mais &agrave; doen&ccedil;a do que &agrave; sa&uacute;de. Exerc&iacute;cio f&iacute;sico &eacute; mais do que rem&eacute;dio.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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'Exercício como remédio' funciona para nos motivar?

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Imagem de CrossFit: riscos x benefícios no tecmundo

Descubra o potencial do CrossFit, a modalidade esportiva que ao longo das últimas décadas se tornou popular no Brasil.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
O CrossFit &eacute; uma modalidade de exerc&iacute;cios que nasceu e cresceu sob pol&ecirc;micas. Surgiu no in&iacute;cio dos anos 2000 e venceu a credencial de moda, para se tornar uma tend&ecirc;ncia no universo fitness. Entenda suas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260908-crossfit-machuca-veja-ciencia-diz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caracter&iacute;sticas e a ci&ecirc;ncia por tr&aacute;s do fen&ocirc;meno</a>, para quem sabe logo experimentar e ver sua vida mudar.
<h2>CrossFit: o que &eacute;?</h2>
O CrossFit &eacute;, antes de tudo, uma marca.&nbsp;Foi criada pela empresa CrossFit&reg;LLC em 2000 e desde ent&atilde;o tem conquistado adeptos que v&atilde;o de praticantes da popula&ccedil;&atilde;o geral, pessoas com obesidade e defici&ecirc;ncia, at&eacute; atletas que levam a modalidade como profiss&atilde;o. Para<a href="https://www.instagram.com/axelgouveia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Axel Gouveia</a>, o CrossFit mudou completamente o cen&aacute;rio de exerc&iacute;cio f&iacute;sico no Brasil e no mundo. Veio como uma op&ccedil;&atilde;o para pessoas que nunca conseguiram se adaptar a exerc&iacute;cios f&iacute;sicos &ldquo;tradicionais&rdquo;, como muscula&ccedil;&atilde;o e corrida.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/27/27084739930017.jpg" alt="O CrossFit ganhou popularidade no Brasil no come&ccedil;o dos anos 2000." />O CrossFit ganhou popularidade no Brasil no come&ccedil;o dos anos 2000.
O car&aacute;ter h&iacute;brido tanto como esporte quanto como exerc&iacute;cio, devido &agrave; mistura do esporte de alto rendimento e da pr&aacute;tica para a sa&uacute;de, divers&atilde;o e condicionamento da popula&ccedil;&atilde;o em geral s&atilde;o pontos fortes. Voc&ecirc; pode ver boxes espalhados pela sua cidade, mas para usarem a marca CrossFit&reg; no nome, os estabelecimentos precisam ser afiliados &agrave; marca.&nbsp;
&ldquo;O reconhecimento legal da empresa j&aacute; importou mais, na pr&aacute;tica, mas hoje com a crescente divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e um n&uacute;mero cada vez maior de cursos nas &aacute;reas espec&iacute;ficas, como levantamento de peso, gin&aacute;stica, condicionamento metab&oacute;lico e programa&ccedil;&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel atuar na &aacute;rea sem a necessidade e/ou obrigatoriedade de ser afiliado &agrave; marca.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279880-10-cientistas-pensaram-fora-caixa-mudar-treinamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 vezes que cientistas pensaram fora da caixa para mudar como treinamos</a></li>
</ul>
Quando "tudo come&ccedil;ou", especialmente no Brasil, era muito dif&iacute;cil encontrar material de estudo espec&iacute;fico, cursos voltados &agrave; modalidade e profissionais capacitados. Dessa forma, era condi&ccedil;&atilde;o importante e indispens&aacute;vel buscar um estabelecimento afiliado. Hoje em dia, muito mais do que um crit&eacute;rio t&eacute;cnico pr&aacute;tico, a op&ccedil;&atilde;o pela afilia&ccedil;&atilde;o passa a ser uma estrat&eacute;gia de gest&atilde;o e de marketing para as academias&rdquo;, afirma <a href="https://www.instagram.com/david.hkreda/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">David Haron Khalil Reda</a>, bacharel em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica.
A variedade de exerc&iacute;cios presentes na modalidade, bem como sua caracter&iacute;stica inclusiva (em parte, pois as mensalidades n&atilde;o s&atilde;o baratas) reflete no nome da modalidade utilizada nas pesquisas cient&iacute;ficas, dentre as v&aacute;rias existentes, eu e alguns colegas sugerimos uma denomina&ccedil;&atilde;o: <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35721876/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fitness funcional</a>. O principal ponto dela &eacute; a modalidade n&atilde;o ficar atrelada somente &agrave; marca CrossFit.
Muito do crescimento pode ser explicado devido &agrave;, alguns aspectos psicol&oacute;gicos, como a motiva&ccedil;&atilde;o dos praticantes.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/27/27090051661022.jpg" alt="A motiva&ccedil;&atilde;o de praticantes de CrossFit parece ser diferenciada." />A motiva&ccedil;&atilde;o de praticantes de CrossFit parece ser diferenciada.
<h3>Motiva&ccedil;&atilde;o</h3>
Aqui o que considero o ponto mais forte do CrossFit: seu ambiente. H&aacute; uma s&eacute;rie de <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32904532/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caracter&iacute;sticas</a> que favorece a participa&ccedil;&atilde;o das pessoas continuamente, pois existe <a href="https://link.springer.com/article/10.1007/s11332-020-00619-5" rel="noopener noreferrer" target="_blank">motiva&ccedil;&atilde;o</a> de melhor qualidade para treinar. Entenda alguns aspectos:
<h3>Escalabilidade</h3>
Em uma aula de CrossFit voc&ecirc; pode fazer os exerc&iacute;cios de acordo com seu n&iacute;vel de condicionamento. Eles t&ecirc;m at&eacute; classifica&ccedil;&otilde;es para isso: scaled (iniciante), intermedi&aacute;rio e RX (avan&ccedil;ado), o que permite praticantes em qualquer n&iacute;vel de condicionamento participarem. Para <a href="https://www.instagram.com/natygraciano/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Naty Graciano</a>, o CrossFit &eacute; conex&atilde;o e acolhimento.
<h3>Socializa&ccedil;&atilde;o</h3>
A constru&ccedil;&atilde;o de um senso de comunidade &eacute; proposital no CrossFit e gera muitos benef&iacute;cios, sendo o principal o de pertencimento &ndash; o qual &eacute; uma necessidade humana. Al&eacute;m disso, na pr&aacute;tica, h&aacute; um senso de camaradagem entre os praticantes, algo bem distante do que observamos nas academias de muscula&ccedil;&atilde;o, em que os praticantes &ldquo;fecham a cara&rdquo; para treinar, especialmente nos estabelecimentos grandes &ndash; as academias de rede.&nbsp;
Uma <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35564327/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisa mostrou que para treinar mais vezes por semana</a> pode ser importante se conectar socialmente nos treinos, n&atilde;o bastando apenas estar ao lado de outras pessoas treinando. Apesar disso, ainda n&atilde;o h&aacute; conclus&otilde;es sobre se as pessoas aderem mais ao CrossFit do que &agrave; academia tradicional, pois as evid&ecirc;ncias s&atilde;o inconsistentes, com alguns estudos mostrando <a href="https://newprairiepress.org/cgi/viewcontent.cgi?article=1124&amp;context=hbr" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elevada ades&atilde;o</a>, enquanto <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0765159723001570" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros n&atilde;o</a>.
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280380-treinar-falhar-exercicios-musculacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Treinar at&eacute; falhar nos exerc&iacute;cios de muscula&ccedil;&atilde;o?</a></li>
</ul>
<h3>Varia&ccedil;&atilde;o</h3>
&Eacute; not&aacute;vel a varia&ccedil;&atilde;o de exerc&iacute;cios e m&eacute;todos utilizados em cada aula. Devido &agrave; variedade de atividades contempladas no CrossFit, como gin&aacute;stica, corrida, levantamento de peso, calistenia, pliometria, entre outros,&nbsp;dificilmente haver&aacute; monotonia nos treinos. &ldquo;Antes da populariza&ccedil;&atilde;o do CrossFit, n&atilde;o v&iacute;amos pessoas fazendo muitos exerc&iacute;cios como barra fixa, utilizando um Kettlebell, ou fazendo exerc&iacute;cios de levantamento de peso ol&iacute;mpico, o que acho que podemos considerar um grande "desperd&iacute;cio", j&aacute; que s&atilde;o movimentos e exerc&iacute;cios que podem trazer in&uacute;meros benef&iacute;cios&rdquo;, destaca Axel Gouveia.
<h3>Desafio e divers&atilde;o</h3>
Novos exerc&iacute;cios nos desafiam, o que abre oportunidades para nos sentirmos competentes. <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32904532/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Psicologicamente</a> isso auxilia significativamente a motiva&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que praticantes de CrossFit postam suas habilidades e recordes nas redes sociais constantemente, pois eles se sentem competentes e tem orgulho disso. Al&eacute;m disso, os praticantes se divertem nas aulas. Aspecto esse &ndash; a divers&atilde;o, que praticamente inexiste na tradicional muscula&ccedil;&atilde;o.
<h3>Prazer da pr&aacute;tica esportiva</h3>
Notamos que <a href="https://link.springer.com/article/10.1007/s11332-020-00619-5" rel="noopener noreferrer" target="_blank">praticantes de CrossFit s&atilde;o motivados intrinsecamente</a>, ou seja, apresentam melhor qualidade motivacional para treinar, o que caracteriza ter satisfa&ccedil;&atilde;o e prazer na pr&aacute;tica. Isso facilita a constru&ccedil;&atilde;o do h&aacute;bito de fazer exerc&iacute;cios.
O que observo na realidade &eacute; que muitas pessoas t&ecirc;m vontade de praticar CrossFit, mas n&atilde;o o fazer por medo, especialmente porque j&aacute; ouviram falar de algo sobre les&otilde;es na modalidade.
<h2>Les&otilde;es: afinal o CrossFit &eacute; altamente lesivo?</h2>
A resposta &eacute; <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33721984/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">n&atilde;o</a>. Voc&ecirc; pode treinar tranquilo, desde que seja com supervis&atilde;o profissional. Um dos maiores pesquisadores e treinadores do Brasil no CrossFit, <a href="https://www.instagram.com/ramirestibana/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ramires Tibana</a> afirma que &ldquo;se voc&ecirc; acha que o CrossFit &eacute; altamente lesivo, infelizmente n&atilde;o est&aacute; baseado em evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas&rdquo;. Ele acaba de lan&ccedil;ar sua mais recente obra, o livro <a href="https://herculesfunctional.com/livro-ciencia-e-pratica-do-fitness-funcional/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&ldquo;Fitness Funcional: Ci&ecirc;ncia e pr&aacute;tica&rdquo;</a>, que &eacute; um verdadeiro guia sobre a modalidade.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/27/27090348594026.jpg" alt="Apesar de ser um tema pol&ecirc;mico, evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas n&atilde;o colocam o CrossFit como altamente lesivo." />Apesar de ser um tema pol&ecirc;mico, evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas n&atilde;o colocam o CrossFit como altamente lesivo.
Desfrute de mais essa possibilidade de se movimentar e sobretudo se envolver com a vida. O CrossFit tem em seus ambientes mais do que estrutura f&iacute;sica, sendo composto por um conjunto de caracter&iacute;sticas que suportam nossas necessidades psicol&oacute;gicas, melhorando a motiva&ccedil;&atilde;o para exerc&iacute;cios. Experimente, voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o vai se arrepender, &eacute; raro isso acontecer com exerc&iacute;cios f&iacute;sicos.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify.</a>&nbsp;Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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CrossFit: riscos x benefícios

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Imagem de Mitos e verdades da corrida no tecmundo

Descubra as evidências por trás de 5 questões comuns com a ajuda de uma especialista em corrida.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Semana passada escrevi sobre como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280882-estamos-complicando-exercicio-fisico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estamos complicando o exerc&iacute;cio f&iacute;sico</a>, com a influ&ecirc;ncia de v&aacute;rias vertentes. Mesmo com as dificuldades que as pessoas enfrentam para se tornarem ativas fisicamente, &eacute; poss&iacute;vel observar o crescimento de algumas modalidades de exerc&iacute;cio e esportes, como a corrida.&nbsp;
Para n&atilde;o complicar as coisas na corrida, convidei uma das maiores especialistas em corrida no Brasil - <a href="https://www.instagram.com/raquelcastanharo/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Raquel Castanharo</a>, que &eacute; Fisioterapeuta, mestre em Biomec&acirc;nica pela USP, para esclarecer aspectos cruciais da modalidade.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263372-desistiu-academia-problema-o-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Desistiu da academia? O problema pode ser o ambiente</a></li>
</ul>
Na linha da &uacute;ltima coluna, Raquel afirma que se preocupa com a influ&ecirc;ncia dos recortes e exposi&ccedil;&otilde;es na internet, pois a compara&ccedil;&atilde;o entre as pessoas hoje em dia &eacute; muito grande, o que pode impedir uma pessoa de come&ccedil;ar ou at&eacute; mesmo continuar fazendo o exerc&iacute;cio, uma vez que h&aacute; vontade de correr r&aacute;pido ou grandes dist&acirc;ncias j&aacute; no come&ccedil;o.&nbsp;
&ldquo;Nenhum corpo que come&ccedil;a algo do zero consegue resultados mirabolantes em pouco tempo. E falando sobre tempo, cada um tem o seu&rdquo;, destaca Castanharo.
Pedi &agrave; Raquel, esclarecimento para 5 quest&otilde;es que est&atilde;o entre as mais comuns entre os praticantes de corrida, a partir das evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas atuais. Os mitos e verdades da corrida.&nbsp;Veja o que ela respondeu:
<h2>5 mitos e verdades sobre a corrida que voc&ecirc; precisa saber</h2>
<h3>Corrida destr&oacute;i os joelhos?</h3>
&ldquo;Isso &eacute; um grande mito. &Eacute; comum as pessoas acreditarem que correr prejudica o joelho a longo prazo, mas todas as evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas sobre o tema, na verdade, apontam para o lado oposto: quem corre tem o joelho mais saud&aacute;vel do que quem n&atilde;o corre.&nbsp;
Uma pesquisa mostrou que a incid&ecirc;ncia de artrose entre pessoas que correm por hobby&nbsp;&eacute; 3,5%. J&aacute; em sedent&aacute;rios, esse n&uacute;mero sobe para 10,2% e esses fazem mais cirurgias para colocar pr&oacute;tese no quadril e joelho. Quando falamos em alto rendimento a hist&oacute;ria &eacute; outra, mas est&aacute; muito claro que correr por sa&uacute;de &eacute; muito melhor para o joelho do que o sedentarismo&rdquo;, alerta Castanharo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/20/20081710927002.jpg" alt="O maior risco &agrave; sa&uacute;de articular consiste em n&atilde;o se movimentar." />O maior risco &agrave; sa&uacute;de articular consiste em n&atilde;o se movimentar.
A ci&ecirc;ncia evolui e cabe a n&oacute;s mudarmos o que acreditamos: se antigamente diziam que &ldquo;nossos joelhos s&atilde;o como pneus de carros, se usamos muito, os gastamos&rdquo;, parece que nosso corpo &eacute; din&acirc;mico e tem a capacidade de regenera&ccedil;&atilde;o, especialmente com exerc&iacute;cio.
Leia mais:
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279880-10-cientistas-pensaram-fora-caixa-mudar-treinamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 vezes que cientistas pensaram fora da caixa para mudar como treinamos</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274608-esforco-maximo-moderado-exercicio-perder-gordura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esfor&ccedil;o m&aacute;ximo ou moderado no exerc&iacute;cio para perder gordura?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272330-acontece-o-nosso-corpo-exercitamos-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece com o nosso corpo quando nos exercitamos?</a></li>
</ul>
<h3>Alongar antes de correr para prevenir les&otilde;es?</h3>
&ldquo;Alongamento n&atilde;o previne les&atilde;o e n&atilde;o melhora a performance. Ao longo das &uacute;ltimas duas d&eacute;cadas a ci&ecirc;ncia produziu bastante conte&uacute;do sobre isso, mas h&aacute; um fen&ocirc;meno interessante (e um tanto triste) a respeito de divulga&ccedil;&atilde;o de evid&ecirc;ncias: uma descoberta cient&iacute;fica demora mais ou menos 17 anos para &ldquo;viralizar&rdquo; entre a popula&ccedil;&atilde;o de modo geral.&nbsp;
Por isso, apenas hoje algumas pessoas j&aacute; est&atilde;o familiarizadas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264164-alongamento-treino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com essa ideia de que alongamento n&atilde;o previne les&otilde;es</a>. E se voc&ecirc; n&atilde;o estava, pronto, resolvido. Mas se voc&ecirc; gosta de se alongar antes de correr, alongue-se. N&atilde;o h&aacute; problema nenhum. Apenas n&atilde;o &eacute; algo essencial&rdquo;, aponta Castanharo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/20/20081852186003.jpg" alt="N&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio alongar antes de correr, mas se voc&ecirc; gostar, fa&ccedil;a." />N&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio alongar antes de correr, mas se voc&ecirc; gostar, fa&ccedil;a.
<h3>Correr na esteira ou na rua?</h3>
Raquel afirma que o melhor lugar para correr &eacute; onde a pessoa sentir maior bem-estar. "As diferen&ccedil;as de biomec&acirc;nica (forma como o corpo se mexe) na esteira e na rua s&atilde;o m&iacute;nimas. A esteira n&atilde;o vai ajudar na absor&ccedil;&atilde;o de impacto de modo t&atilde;o relevante quanto imaginam. Se a pessoa corre de modo que a machuque no ch&atilde;o, a esteira por si s&oacute; n&atilde;o vai proteg&ecirc;-la.&nbsp;
Preven&ccedil;&atilde;o de les&otilde;es na corrida envolve cuidar de aspectos do pr&oacute;prio corpo, mente e treinamento. J&aacute; o bem-estar durante a corrida &eacute; fundamental para a forma&ccedil;&atilde;o do h&aacute;bito de praticar atividade f&iacute;sica em algu&eacute;m querendo sair do sedentarismo. Sendo assim, se n&atilde;o gosta de esteira, n&atilde;o v&aacute;. Pelo menos no come&ccedil;o da sua vida de corredor", alerta Castanharo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/20/20081950234004.jpg" alt="O bem-estar afetivo &eacute; pe&ccedil;a importante no comportamento de exerc&iacute;cios, corra onde se sentir melhor." />O bem-estar afetivo &eacute; pe&ccedil;a importante no comportamento de exerc&iacute;cios, corra onde se sentir melhor.
<h3>Corrida de t&ecirc;nis ou descal&ccedil;o?</h3>
Raquel afirma que "n&oacute;s, seres humanos, somos uma das melhores esp&eacute;cies corredoras que existem (consegue pensar em um animal capaz de correr 42 km sem parar que n&atilde;o seja o cavalo? Resposta: o Homo sapiens).
N&oacute;s fomos projetados, atrav&eacute;s da pr&oacute;pria evolu&ccedil;&atilde;o, para correr. A panturrilha cresceu para ser um propulsor e os dedos dos p&eacute;s diminu&iacute;ram, para n&atilde;o se quebrarem na execu&ccedil;&atilde;o de uma passada de corrida. Correr &eacute; natural. Est&aacute; no nosso DNA e durante esse processo evolutivo n&atilde;o existia o cal&ccedil;ado e o nosso corpo foi, ent&atilde;o, projetado para correr descal&ccedil;o.
Por&eacute;m, tamb&eacute;m fomos projetados para nos deslocarmos o dia inteiro e n&atilde;o ficarmos t&atilde;o sentados no computador, como &eacute; a realidade hoje. Antes, o p&eacute; era estimulado o tempo todo ao se adaptar &agrave;s irregularidades do terreno. Hoje, ficamos o dia todo com o p&eacute; parado e protegido num cal&ccedil;ado. O nosso p&eacute; se tornou algo fraco. Portanto, correr descal&ccedil;o n&atilde;o &eacute; errado, desde que aconte&ccedil;a um per&iacute;odo de adapta&ccedil;&atilde;o e fortalecimento bem-feito.
Pensando no mundo atual, eu diria que correr descal&ccedil;o n&atilde;o &eacute; o ideal. Os nossos p&eacute;s ficam "felizes" com a ajuda de um t&ecirc;nis. Mas se voc&ecirc; quiser correr descal&ccedil;o, lembre-se de fortalecer os p&eacute;s e panturrilhas, ir gradativamente e cuidar para n&atilde;o machucar a pele do p&eacute; com cacos de vidro e outras coisas no ch&atilde;o".
<h2>Existe um t&ecirc;nis melhor para correr?</h2>
Apesar da ind&uacute;stria de t&ecirc;nis nos levar a acreditar que existem tipos de t&ecirc;nis melhores, Raquel simplifica, baseada em ci&ecirc;ncia, para: &ldquo;aquele que voc&ecirc; coloca no p&eacute; e se sente confort&aacute;vel. Sim, &eacute; simples assim. Os t&ecirc;nis espec&iacute;ficos para o tipo de pisada (pronada ou supinada) ficaram anos no mercado sem testes cient&iacute;ficos comprovando sua efic&aacute;cia para redu&ccedil;&atilde;o de les&atilde;o. A partir de 2011, tais testes come&ccedil;aram a ser feitos e o que sabemos at&eacute; hoje &eacute; que escolher o t&ecirc;nis a partir do tipo de pisada ou formato do p&eacute; n&atilde;o &eacute; indicado.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/20/20082642845007.jpg" alt="T&ecirc;nis para corrida: aquele que voc&ecirc; coloca no p&eacute; e se sente confort&aacute;vel." />T&ecirc;nis para corrida: aquele que voc&ecirc; coloca no p&eacute; e se sente confort&aacute;vel.
Raquel Castanharo costuma dar duas sugest&otilde;es simples: "o t&ecirc;nis tem que ter a folga de um dedo na parte da frente e permitir que os seus dedos se abram dentro dele. Isso permite que o p&eacute; tenha espa&ccedil;o para fazer uma das suas fun&ccedil;&otilde;es, projetada na evolu&ccedil;&atilde;o, que &eacute; amortecer impacto. Sobre amortecimento de impacto, &eacute; importante entender que o t&ecirc;nis, embora ajude, &eacute; coadjuvante nessa tarefa. Os reais amortecedores do corpo s&atilde;o os m&uacute;sculos e articula&ccedil;&otilde;es. Portanto, se seu corpo estiver trabalhando bem, voc&ecirc; pode usar o tipo de amortecedor com o qual se sinta mais confort&aacute;vel".
<h2>Dicas para come&ccedil;ar a correr</h2>
Quando perguntei &agrave; Raquel sobre orienta&ccedil;&otilde;es para pessoas que desejam iniciar a corrida, primeiro ela destacou que &ldquo;a corrida &eacute; um exerc&iacute;cio que n&atilde;o precisa de muito para come&ccedil;ar, &eacute; acess&iacute;vel, barato e traz in&uacute;meros benef&iacute;cios&rdquo;. Posteriormente, ela elencou alguns pontos:
1 &ndash; Comece devagar: todo mundo come&ccedil;a intercalando caminhada e corrida. N&atilde;o h&aacute; nada de mau nisso. Por outro lado, aumentos bruscos de treinamento no come&ccedil;o s&atilde;o uma das principais causas de les&atilde;o em corredores iniciantes;
2 &ndash; Ou&ccedil;a seu corpo: o corpo avisa quando est&aacute; sobrecarregado. O problema &eacute; que a gente tende a ignor&aacute;-lo. Caso sinta dor, v&aacute; mais devagar e veja se n&atilde;o est&aacute; negligenciando o fortalecimento;
Raquel destaca isso diariamente em seu <a href="https://www.instagram.com/raquelcastanharo/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Instagram</a>, vale a pena acompanh&aacute;-la. Ela tamb&eacute;m tem um guia para o processo &ndash; o <a href="https://vivaacorrida.com.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vivaacorrida.com.br</a>.
3 &ndash; N&atilde;o se compare: todo mundo come&ccedil;a ofegando. Todo mundo tem dias ruins. As pessoas s&oacute; n&atilde;o postam nas redes sociais;
4 &ndash; Correr &eacute; capaz de aumentar a longevidade, melhorar a sa&uacute;de mental, diminuir o colesterol ruim, prevenir doen&ccedil;as card&iacute;acas e auxiliar na perda de peso. N&atilde;o desista s&oacute; porque ainda n&atilde;o corre t&atilde;o r&aacute;pido quanto a pessoa que te inspira na internet.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify.</a>&nbsp;Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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Mitos e verdades da corrida

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Imagem de Ludopatia: o que fazer se você achar que está viciado em apostas? no tecmundo

Saiba como identificar sinais de risco da Ludopatia e como buscar ajuda caso você realmente tenha vício em apostas e jogos de azar.

O primeiro lance em busca de um passatempo, muitas vezes desencadeado por uma curiosidade, pode se tornar algo amea&ccedil;ador: o v&iacute;cio em apostas.&nbsp;
Esse tipo de lazer patol&oacute;gico traz consigo uma cascata de eventos dif&iacute;cil de ser parada quando n&atilde;o h&aacute; identifica&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida do problema. Por isso &eacute; importante reconhecer sinais e ficar atento aos seus h&aacute;bitos de jogo.&nbsp;
Ser&aacute; que voc&ecirc; tem Ludopatia? Saiba mais sobre o transtorno, como reconhecer e, principalmente, como pedir ajuda.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Saiba Mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/280587-sites-apostas-ganham-dinheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os sites de apostas ganham dinheiro?</a></li>
</ul>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12052210572092.jpg" alt="Um facilitador para o aumento de casos de ludopatia est&aacute; no de acesso a jogos de azar atrav&eacute;s de plataformas digitais." />Um facilitador para o aumento de casos de ludopatia est&aacute; no de acesso a jogos de azar por meio de plataformas digitais.
<h2>Qual &eacute; o cen&aacute;rio das apostas no Brasil?</h2>
Em territ&oacute;rio brasileiro, cassinos, casas de apostas, bingos e outros ambientes voltados para os jogos de azar s&atilde;o proibidos desde 1946 por meio do decreto de <a href="https://legis.senado.leg.br/norma/534253#:~:text=Proibe%20a%20pr%C3%A1tica%20ou%20a,em%20todo%20o%20territ%C3%B3rio%20nacional." rel="noopener noreferrer" target="_blank">lei n&ordm; 9.215</a>, promulgado pelo ent&atilde;o presidente Eurico Gaspar Dutra.
No entanto, existem jogos de azar regulamentados, como nos jogos de loteria mantidos pela Caixa Econ&ocirc;mica Federal como Mega-Sena e Lotof&aacute;cil. Sem contar que <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/280625-apostas-esportivas-legalizadas-brasil-entenda-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casas de apostas esportivas s&atilde;o legalizadas em territ&oacute;rio nacional</a>, visto que dependem da habilidade do jogador.
Mas o surgimento de plataformas digitais para apostas online tem modificado esse cen&aacute;rio.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12071014728115.jpg" alt="Quem nunca fez uma " fezinha="" de="" final="" ano="" />Quem nunca fez uma "fezinha" de final de ano?
Ainda sem legisla&ccedil;&atilde;o que contemple e regulamente essa nova modalidade de servi&ccedil;o de jogos, v&aacute;rias brechas tem sido utilizadas para a <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/280189-influenciadores-ganham-dinheiro-sites-apostas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o de casas de apostas por influencers em suas m&iacute;dias sociais</a>, por exemplo.&nbsp;
Isso tem gerado um aumento de apostadores patol&oacute;gicos e s&atilde;o in&uacute;meras as repercuss&otilde;es sociais e financeiras. De acordo com levantamento, a maior parcela de jogadores est&aacute; na faixa et&aacute;ria entre 30 e 50 anos, sendo a maioria homens, que possuem renda financeira m&eacute;dia a baixa. Mas como isso pode impactar na vida de quem joga? Vamos falar sobre isso!
<h2>A Ludopatia e o c&eacute;rebro do jogador: onde o v&iacute;cio se aloca</h2>
A Ludopatia &eacute; nome do transtorno associado ao v&iacute;cio em jogos de azar. Esse tipo de jogo contempla bingos, loterias, jogos de cartas e apostas online, como <a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/274555-jogo-tigrinho-funciona-farsa-jogos-azar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o famoso Jogo do Tigrinho</a>.&nbsp;
A princ&iacute;pio, o nome pode n&atilde;o gerar alarde, sendo bastante caricato por seu prefixo "ludo" que remete ao l&uacute;dico, ao fant&aacute;stico. No entanto, esse termo nomina um problema crescente na sociedade, que agora est&aacute; ao alcance das m&atilde;os 24 horas por dia.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12053510086094.jpg" alt="A facilidade de acesso e a oportunidade de " renda="" extra="" f="" cil="" tem="" contribu="" do="" para="" o="" aumento="" de="" apostadores="" />A facilidade de acesso e a oportunidade de "renda extra f&aacute;cil" tem contribu&iacute;do para o aumento de apostadores.
Mas se engana quem pensa que a Ludopatia &eacute; apenas um problema comportamental. O v&iacute;cio em jogos surte efeitos fisiol&oacute;gicos e ativa sistemas de recompensa no c&eacute;rebro, estimulando a libera&ccedil;&atilde;o hormonal.&nbsp;
Por isso &eacute; t&atilde;o dif&iacute;cil para o jogador patol&oacute;gico romper com o ciclo de apostas, ainda que esteja perdendo. Um misto de busca, frustra&ccedil;&atilde;o e esperan&ccedil;a se mesclam gerando uma cascata fisiol&oacute;gica que impulsiona a pessoa a manter a a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Ainda que em 100 tentativas apenas uma tenha resultado positivo, j&aacute; &eacute; refor&ccedil;ador suficiente para que as jogadas continuem.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Entenda antes de apostar:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/280157-diferencas-entre-betting-gambling.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais as diferen&ccedil;as entre 'betting' e 'gambling'</a></li>
</ul>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12062136915108.jpg" alt="Dopamina, Serotonina e Noradrenalina formam a tr&iacute;ade de recompensa que motiva a manuten&ccedil;&atilde;o do comportamento." />Dopamina, Serotonina e Noradrenalina formam a tr&iacute;ade de recompensa que motiva a manuten&ccedil;&atilde;o do comportamento.
Estudos sugerem que algumas pessoas possuem maior propens&atilde;o gen&eacute;tica a v&iacute;cios, sendo mais sens&iacute;veis &agrave; capta&ccedil;&atilde;o de neurotransmissores relacionados ao prazer e felicidade.
Al&eacute;m dos fatores gen&eacute;ticos, o meio social, cultural e doen&ccedil;as mentais de base tamb&eacute;m influenciam no comportamento de jogo. Sendo assim, &eacute; importante identificar quais marcadores podem estar contribuindo para a compuls&atilde;o.
<h2 style="text-align: justify;">Como saber se estou viciado em jogo de aposta?</h2>
Conforme o&nbsp;<a href="https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7721387/mod_resource/content/0/Manual%20Diagno%CC%81sico%20e%20Estati%CC%81stico%20de%20Transtornos%20Mentais%20-%20DSM-5.pdf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Manual Diagn&oacute;stico e Estat&iacute;stico de Transtornos Mentais</a> (DSM - 5), a pessoa deve satisfazer ao menos quatro crit&eacute;rios, dentre os nove elencados, para ser considerada jogadora patol&oacute;gica.&nbsp;
Fique atento a sinais e sintomas como:
<ul>
<li style="text-align: justify;">Necessidade de aumentar gradualmente o valor das apostas;&nbsp;</li>
<li style="text-align: justify;">Irrita&ccedil;&atilde;o ao ter que cessar o jogo;</li>
<li style="text-align: justify;">N&atilde;o conseguir parar o comportamento de jogo por longos per&iacute;odos;</li>
<li style="text-align: justify;">Jogar quando se sente angustiado;</li>
<li style="text-align: justify;">Pensar constantemente no jogo;&nbsp;</li>
<li style="text-align: justify;">N&atilde;o aceitar perder e sentir o desejo de jogar at&eacute; ganhar, em um &iacute;mpeto de ficar "quite" com a banca;</li>
<li style="text-align: justify;">Mentir sobre os h&aacute;bitos de jogo;</li>
<li style="text-align: justify;">Ter preju&iacute;zos nos relacionamentos ou ter perdido o emprego em decorr&ecirc;ncia dos h&aacute;bitos de jogo;</li>
<li style="text-align: justify;">Precisar de aporte financeiro de terceiros para pagamento de d&iacute;vidas de jogo.</li>
</ul>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12063919971111.jpg" alt="Fique atento aos sinais e aos seus h&aacute;bitos de jogo." />Fique atento aos sinais e aos seus h&aacute;bitos de jogo.
O <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/145475-estresse-causas-vicio-jogos-aponta-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">v&iacute;cio em apostas apresenta n&iacute;veis que variam entre &nbsp;leve a grave</a> e os sinais devem permanecer por ao menos 12 meses. Caso perceba excesso de tempo nesse tipo de atividade, perda financeira e social, procure por ajuda de um profissional de sa&uacute;de.&nbsp;
<h2 style="text-align: justify;">&nbsp;Como me livrar do v&iacute;cio em apostas?&nbsp;</h2>
O primeiro passo para se livrar do v&iacute;cio em apostas &eacute; a identifica&ccedil;&atilde;o do problema. &Eacute; comum um processo de nega&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o ao pr&oacute;prio comportamento at&eacute; que este comece a gerar transtornos graves na vida pessoal e financeira do jogador.
Ao identificar sinais de alerta, se mantenha aberto a conversa e procure por apoio de profissionais da sa&uacute;de para receber orienta&ccedil;&atilde;o para o melhor tratamento. As estrat&eacute;gias se diferenciam a depender do grau de depend&ecirc;ncia.&nbsp;
O tratamento em casos iniciais pode ser realizado atrav&eacute;s acompanhamento psicol&oacute;gico, tratando quadros prim&aacute;rios que possam ter levado &agrave; Ludopatia, como depress&atilde;o, por exemplo.
<ul>
<li style="text-align: justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/275320-7-dicas-nao-cair-golpes-jogos-apostas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 dicas para n&atilde;o cair em golpes nos jogos de apostas</a></li>
</ul>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/12/12064845390112.jpg" alt="De leve a grave &eacute; recomendado que todas as pessoas com v&iacute;cio em apostas sejam acompanhadas por profissional da sa&uacute;de mental." />De leve a grave &eacute; recomendado que todas as pessoas com v&iacute;cio em apostas sejam acompanhadas por profissional da sa&uacute;de mental.
Em casos mais graves, al&eacute;m do acompanhamento psicol&oacute;gico, h&aacute; disponibilidade de medica&ccedil;&otilde;es que ajudam a controlar a compuls&atilde;o, modulando a capta&ccedil;&atilde;o dos neurotransmissores no c&eacute;rebro.
O apoio familiar e as redes de suporte tamb&eacute;m s&atilde;o necess&aacute;rias no processo de remiss&atilde;o da Ludopatia. Para isso, existem grupos de jogadores em recupera&ccedil;&atilde;o que compartilham suas experi&ecirc;ncias apoiando reciprocamente no processo.&nbsp;
&Eacute; poss&iacute;vel <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/273591-detox-digital-5-dicas-desconectar-mundo-online.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vencer o v&iacute;cio em apostas, mas voc&ecirc; precisa estar disposto a passar pelo processo</a>. Caso tenha d&uacute;vidas, procure o servi&ccedil;o de sa&uacute;de e assist&ecirc;ncia social de sua cidade e conhe&ccedil;a os servi&ccedil;os dispon&iacute;veis para o tratamento da compuls&atilde;o.
<ul>
<li style="text-align: justify;">Fique por dentro:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/273363-desintoxicacao-digital-importancia-fora-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qual a import&acirc;ncia para sa&uacute;de e como ficar fora da internet?</a></li>
</ul>
Achou o conte&uacute;do &uacute;til? Ent&atilde;o, compartilhe em suas redes sociais e fa&ccedil;a com que o conte&uacute;do alcance cada vez mais pessoas. At&eacute; a pr&oacute;xima!&nbsp;

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Ludopatia: o que fazer se você achar que está viciado em apostas?

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Imagem de Dengue: por que o Brasil ainda falha no combate a doença? no tecmundo

Conheça um pouco mais sobre o histórico da Dengue no Brasil e as tecnologias que buscam desacelerar e prevenir novas epidemias no país.

<head></head><body>A crescente onda de infecções por Dengue no país tem gerado alerta e questionamento sobre o porquê do Brasil não ter obtido sucesso no enfrentamento da doença, presente em nosso território desde os anos 1980.&nbsp;<ul><li style="text-align: justify;">Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232697-estudo-mosquitos-virus-dengue-agressivos-picam-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mosquitos com vírus da dengue são mais agressivos e picam mais</a></li></ul>No entanto, um dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263894-pandemias-ativas-atualmente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">principais desafios para arrefecer a epidemia</a> está no combate ao seu vetor, o mosquito Aedes aegypti, que além da Dengue, também é responsável pelo espalhamento dos vírus da Zika e Chikungunya.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/6DHlzOoA7GU?si=uLSaxELrplUFNwC8" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em prol de um desfecho mais positivo para a situação epidêmica, diversas são as tecnologias em desenvolvimento para que a doença, futuramente, deixe de ser um problema de saúde no país.&nbsp;Conheça mais sobre a história da dengue, formas de prevenção e as tecnologias em desenvolvimento para o combate da doença e seu vetor.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Dengue no Brasil: um problema histórico&nbsp;</h2>O histórico da Dengue no Brasil começa com a importação do seu vetor, ainda na época das grandes navegações. Originário da África, acredita-se que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/89441-quem-e-o-aedes-aegypti-conheca-o-mosquito-transmissor-de-3-graves-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mosquito Aedes aegypti tenha sido trazido para nossas terras em navios negreiros</a>.&nbsp;Mas nos anos 1955, graças a uma ampla campanha em prol da erradicação da febre-amarela urbana, o mosquito foi erradicado.&nbsp;No entanto, graças ao relaxamento das medidas sanitárias e preventivas, em 1960 o mosquito voltou a cena, trazendo consigo o primeiro caso de dengue, registrado em 1981.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/14/14111350955072.jpg" alt="O mosquito Aedes aegypti também foi responsável pela disseminação da febre-amarela urbana, erradicada em 1942.">O mosquito Aedes aegypti também foi responsável pela disseminação da febre-amarela urbana, erradicada em 1942.Desde essa época, o Brasil tem enfrentado surtos e epidemias. No entanto, mais recentemente, temos presenciado o que pode ser a pior epidemia de dengue na história do país. Apenas nos primeiros meses de 2024, o número de casos já superou as marcas registradas em anos anteriores.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Por que a dengue é tão perigosa?</h2>A dengue traz consigo diversas diferenças em relação a outras doenças virais, principalmente quando a imunidade adquirida é discutida. Existem quatro sorotipos da doença e estamos suscetíveis a todos. A partir do primeiro contato, você possui imunidade apenas para a cepa específica da infecção.&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/14/14114937031092.jpg" alt="A cada infecção o desenvolvimento da doença pode ser mais grave.">A cada infecção o desenvolvimento da doença pode ser mais grave.Todavia existe um truque. Caso você seja infectado por alguma das outras variantes, a doença pode ser mais grave.&nbsp;Isso ocorre, pois suas células imunes fazem um reconhecimento parcial do patógeno, mas não tentam combatê-lo. Isso pode ocasionar em quadros mais graves e o desenvolvimento da chamada dengue hemorrágica, que pode ser fatal.Por isso é tão importante aderir às medidas de prevenção em relação ao contágio e na tentativa de eliminar focos do mosquito Aedes aegypti.<h2 style="text-align: justify;">Como a tecnologia pode ajudar no combate a Dengue?</h2>O desenvolvimento de tecnologias é essencial para conseguirmos frear a epidemia e prevenir outros episódios. Dentre as tecnologias que corroboram para esse cenário, está a vacina contra a dengue, produzida com os quatro tipos de vírus conhecidos que ocasionam a doença.&nbsp;No entanto, um impeditivo para que toda a população tenha acesso é a capacidade de produção da empresa responsável pelo desenvolvimento do imunizante.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/14/14115627134096.jpg" alt="Com a pouca capacidade de produção, apenas populações em alto risco recebem prioridade na vacinação.">Com a pouca capacidade de produção, apenas populações em alto risco recebem prioridade na vacinação.Outro meio de combate ao vetor, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/228689-empresa-lanca-assinatura-mosquitos-combatem-dengue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conta com edição genética dos mosquitos</a>. Esses vetores geneticamente modificados entram em contato com as fêmeas, únicas transmissoras do vírus, que geram proles estéreis, auxiliando para a diminuição da espécie.&nbsp;Entretanto, apesar de ter demonstrado resultados positivos, não tem sido uma medida eficaz, devido à quantidade de insetos "selvagens" em circulação. O uso da inteligência artificial também pode contribuir para a predição de novos focos de infecção, áreas de risco, assim como quando e onde uma nova epidemia pode eclodir.&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/14/14120207506101.jpg" alt="O desenvolvimento de larvicidas mais potentes também tem sido pesquisado.">O desenvolvimento de larvicidas mais potentes também tem sido pesquisado.Com esse foco, pesquisadores do programa de pós-graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), desenvolveram um software que consegue prever, com 90% de acerto, novos pontos atenção.&nbsp;O software desenvolvido pelos pesquisadores busca compreender e esclarecer as relações entre padrões ambientais e urbanos que possam contribuir para novas incidências epidemiológicas.&nbsp;<ul><li style="text-align: justify;">Saiba também:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/253314-vacina-dengue-recebe-recomendacao-aprovacao-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vacina contra dengue recebe recomendação para aprovação na Europa</a></li></ul>Compreender as relações entre o clima, os ciclos de contágio, espalhamento da doença, locais com maior potencial de risco, entre outros fatores, contribui para medidas mais efetivas no combate ao problema. Todas essas medidas tecnológicas são essenciais para o combate à o vector da doença.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Desafios brasileiros</h2>A <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262746-risco-dengue-europa-cresce-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dengue não ocorre apenas no Brasil</a>. Mas sendo um país continental, um dos impeditivos para o sucesso de campanhas contra a dengue está nas características regionais de cada estado e cidade.&nbsp;Em nosso país, diferenças no clima, temperaturas divergentes, ciclo de chuvas, incentivo ao combate, adesão dos cidadãos na vigilância constante contra focos, entre outras variáveis contribui de forma negativa para o sucesso da empreitada contra a dengue.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/14/14122130602110.jpg" alt="O problema não está apenas em vasos de plantas, caixas d'água e pneus.">O problema não está apenas em vasos de plantas, caixas d'água e pneus.Atualmente a melhor forma de prevenção é o uso de repelentes, manutenção das áreas que possam acumular água e conscientização sobre o descarte do lixo.&nbsp;Nas esferas políticas, maior incentivo para a fiscalização, treinamento de agentes de saúde, cuidados com lixões e depósitos e campanhas que agreguem informações relevantes para cada região, também podem ser meios para o combate.&nbsp;<ul><li style="text-align: justify;">Confira:&nbsp; <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128726-dengue-proteina-de-mosquito-pode-ser-a-chave-para-bloqueio-do-virus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Proteína do mosquito da Dengue pode ser a chave para bloqueio do vírus</a></li></ul>No entanto, enquanto não houver articulação entre todas as esferas de nossa sociedade, o Brasil continuará padecendo, sem conseguir frear uma mal que nos acompanha desde a colonização do país: o&nbsp;Aedes aegypti.&nbsp;Caso você apresente sinais e sintomas de dengue, como febre e manchas vermelhas pelo corpo, procure atendimento em serviço de saúde.&nbsp;</body>

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Dengue: por que o Brasil ainda falha no combate a doença?

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Imagem de Estamos complicando o exercício físico no tecmundo

Tendências atuais tendem a complicar algo que já tem sido difícil para as pessoas.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Entendemos cada vez mais o que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272330-acontece-o-nosso-corpo-exercitamos-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocorre no corpo quando nos movimentamos</a> e como isso faz bem para nossa sa&uacute;de. Al&eacute;m da sa&uacute;de, queremos que o corpo desempenhe o m&aacute;ximo poss&iacute;vel, ficando mais forte, mais resistente, mais musculoso e mais r&aacute;pido.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279880-10-cientistas-pensaram-fora-caixa-mudar-treinamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 vezes que cientistas pensaram fora da caixa para mudar como treinamos</a></li>
</ul>
Apesar de observamos praticantes e atletas fazendo coisas incr&iacute;veis, grande parte da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o consegue levantar do sof&aacute; e realizar o m&iacute;nimo necess&aacute;rio de movimento do seu corpo. Isso pode ser explicado de diversas maneiras, mas uma delas ocorre devido a estarmos complicando as coisas no exerc&iacute;cio f&iacute;sico.
<h2>Dever ou querer</h2>
&ldquo;Voc&ecirc; deve fazer exerc&iacute;cios&rdquo;. <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35262464/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores</a> das ci&ecirc;ncias do exerc&iacute;cio recentemente questionaram como podemos empacotar a mensagem de est&iacute;mulo aos exerc&iacute;cios como algo que as pessoas &ldquo;querem&rdquo; e n&atilde;o como um &ldquo;deveriam&rdquo; e que isso pode estar minando qualquer chance de elas praticarem.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/13/13083608627008.jpg" alt="Temos complicado ou facilitado o comportamento de exerc&iacute;cio das pessoas?" />Temos complicado ou facilitado o comportamento de exerc&iacute;cio das pessoas?
Segundo a ci&ecirc;ncia, o &ldquo;deve&rdquo; cria uma forma controladora de motiva&ccedil;&atilde;o, sendo essa de menor qualidade para o comportamento. &Eacute; como quando algu&eacute;m te manda lavar a lou&ccedil;a, mas voc&ecirc; n&atilde;o o faria naquele momento.&nbsp;
A verdade &eacute; que ningu&eacute;m &eacute; obrigado a fazer exerc&iacute;cios f&iacute;sicos, pois eles s&atilde;o um comportamento volunt&aacute;rio.
Por&eacute;m, passamos de algo que &eacute; opcional na vida da pessoa e que sem d&uacute;vida traz in&uacute;meros benef&iacute;cios, sendo solu&ccedil;&atilde;o para diversos problemas de sa&uacute;de, para mais um problema quando esse n&atilde;o &eacute; realizado. Problema que gera culpa e vergonha quando n&atilde;o conseguimos realizar. Novamente, essas n&atilde;o s&atilde;o motiva&ccedil;&otilde;es de boa qualidade para mudar o comportamento das pessoas.
<h2>Recomenda&ccedil;&otilde;es de atividade f&iacute;sica: ajudam ou atrapalham?</h2>
Como geralmente n&atilde;o queremos algu&eacute;m falando o que devemos fazer (mas muitas vezes precisamos disso), temos dificuldade em levar em considera&ccedil;&atilde;o e cumprir as recomenda&ccedil;&otilde;es mundiais de atividade f&iacute;sica. Muitos inativos sequer sabem da recomenda&ccedil;&atilde;o e os ativos fisicamente praticam atividade f&iacute;sica independentemente dela.
As recomenda&ccedil;&otilde;es fazem seu papel norteando a quantidade de atividade f&iacute;sica recomendada para sa&uacute;de (2 horas e 30 minutos por semana, al&eacute;m de duas sess&otilde;es de treino de for&ccedil;a), mas talvez tamb&eacute;m sejam parte do problema, pois tornamos o comportamento muito prescritivo: &ldquo;cumpra esse tempo nessa intensidade&rdquo;. O tempo acima &eacute; em intensidade moderada (algo que voc&ecirc; consegue falar um pouco enquanto se exercita), caso for uma atividade mais intensa, o tempo &eacute; de 75 minutos por semana.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262623-dia-mundial-atividade-fisica-ter-prazer-exercicios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como ter prazer nas atividades f&iacute;sicas?</a></li>
</ul>
Dois documentos nos servem muito bem em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s recomenda&ccedil;&otilde;es, mas apresentam problemas. O guia da <a href="https://www.who.int/publications/i/item/9789240015128" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de</a> e o <a href="https://bvsms.saude.gov.br/ministerio-da-saude-disponibiliza-guia-de-atividade-fisica-para-a-populacao-brasileira/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guia de Atividade F&iacute;sica da popula&ccedil;&atilde;o brasileira</a>. Pesquisadores realizaram uma cr&iacute;tica ao primeiro, pois a palavra &ldquo;sa&uacute;de&rdquo; aparece mais de 100 vezes no documento, enquanto os termos &ldquo;afeto&rdquo; e &ldquo;prazer&rdquo; sequer aparecem, e a palavra &ldquo;agrad&aacute;vel&rdquo; apenas 3 vezes em todo o texto.&nbsp;
Nosso documento nacional tamb&eacute;m segue a mesma abordagem caracterizada pelo excesso de foco sobre a sa&uacute;de, indo pouco al&eacute;m: mais de 150 vezes a palavra &ldquo;sa&uacute;de&rdquo;, j&aacute; &ldquo;afeto&rdquo; nem aparece, enquanto &ldquo;prazer&rdquo; apenas 2 vezes e &ldquo;divers&atilde;o&rdquo; somente uma. Mas sa&uacute;de como motivo n&atilde;o &eacute; suficiente para se exercitar? Parece que n&atilde;o. Temos tend&ecirc;ncia a valorizar pouco esses resultados de longo prazo, o que dificulta a ida di&aacute;ria &agrave; academia. Por outro lado, especialistas apontam que <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25921307/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prazer e bem-estar</a> s&atilde;o caminhos interessantes.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/13/13084027955013.jpg" alt="Um comportamento prescritivo em excesso pode dificultar o exerc&iacute;cio das pessoas." />Um comportamento prescritivo em excesso pode dificultar o exerc&iacute;cio das pessoas.
A abordagem de preven&ccedil;&atilde;o e tratamento de doen&ccedil;as via atividade f&iacute;sica n&atilde;o impacta motivacionalmente, exceto caso estejamos doentes. A &ecirc;nfase nesses benef&iacute;cios, que s&atilde;o claramente importantes, pode estar desconectada do motivo pelo qual a maioria das pessoas se envolve em atividade f&iacute;sica.&nbsp;
H&aacute; uma incompatibilidade entre uma mensagem como &ldquo;seja ativo pela sua sa&uacute;de&rdquo; e os motivos reais que promovem o envolvimento e manuten&ccedil;&atilde;o &ndash; bem-estar e prazer. Em vez falarmos tanto em progress&atilde;o de carga nos treinos, a progress&atilde;o de prazer nos exerc&iacute;cios faria diferen&ccedil;a para um n&uacute;mero muito maior de pessoas.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262366-motivacao-disciplina-realmente-precisamos-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Motiva&ccedil;&atilde;o ou disciplina? Do que realmente precisamos para treinar</a></li>
</ul>
A forma que temos falado de movimento na sociedade atual, focado em queima de energia por meio de calorias, por exemplo, limita o entendimento e a experi&ecirc;ncia de exerc&iacute;cio f&iacute;sico. Movimento, antes de tudo, &eacute; usar seu corpo para se envolver com a vida. Por isso &eacute; fundamental encontrar uma forma que isso fa&ccedil;a sentido para a pessoa. Kelly McGonigal, da Universidade de Stanford, sugere um reset total no mindset sobre o que &eacute; movimento e, porque o fazemos.
<h2>M&eacute;tricas, dados e entre outros</h2>
Estamos complicando o exerc&iacute;cio para muitas pessoas, quando dizemos quantos batimentos o cora&ccedil;&atilde;o delas tem que bater no exerc&iacute;cio e por quanto tempo, bem como em quantos minutos a pessoa deveria completar 1 km correndo, quantas vezes ela vai levantar um peso e quanto vai descansar em uma academia, definindo em que velocidade e de que forma faz o movimento, chegando at&eacute; a que roupa vestir ou t&ecirc;nis cal&ccedil;ar para praticar exerc&iacute;cios, o que geralmente &eacute; irrelevante.
Al&eacute;m das regras em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; quantidade e intensidade, somos v&iacute;timas da ind&uacute;stria explorando dispositivos e equipamentos (a tend&ecirc;ncia fitness n&uacute;mero 1 no mundo &eacute; a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275510-conheca-principais-tendencias-fitness-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia vest&iacute;vel</a>, que consiste em dispositivos que vestimos durante o exerc&iacute;cio para medir dados), que nos distanciam do fato de que qualquer movimento &eacute; melhor do que nada. Esquecemos do mais importante: fa&ccedil;a algo que voc&ecirc; goste durante a sua vida. Isso &eacute; mais valioso e mais relevante do que o n&uacute;mero de passos por dia que o seu rel&oacute;gio conta.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/13/13084204851016.jpg" alt="Tecnologias vest&iacute;veis j&aacute; fazem parte do exerc&iacute;cio." />Tecnologias vest&iacute;veis j&aacute; fazem parte do exerc&iacute;cio.
Por conta disso, as pessoas acreditam que o exerc&iacute;cio &eacute; algo dif&iacute;cil e demorado, quando, na verdade, n&atilde;o &eacute;. A tend&ecirc;ncia de complicar as coisas no exerc&iacute;cio tem dificultado para quem j&aacute; pratica e afastado quem ainda n&atilde;o o faz.
A verdade &eacute; que muitas coisas sobre o exerc&iacute;cio f&iacute;sico n&atilde;o importam tanto quanto as pessoas pensam. Entre elas, temos o<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274608-esforco-maximo-moderado-exercicio-perder-gordura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;HIIT ou aer&oacute;bio moderado</a>, assim como treinar em jejum ou alimentado para perder gordura, sendo que as evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas mostram que tanto faz.&nbsp;
Somos bombardeados nas redes sociais por f&oacute;rmulas de treino para hipertrofia, mas a ci&ecirc;ncia demonstra <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266862-ciencia-mostra-caminhos-levar-hipertrofia-muscular-conheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">variados caminhos</a>, usando pesos livres ou m&aacute;quinas, pouco ou muito peso, chegando at&eacute; a falha muscular ou n&atilde;o, em variadas ordens de exerc&iacute;cios, mas ningu&eacute;m nos informa que poder&iacute;amos escolher muitos dos aspectos do treino, o que caracteriza autonomia, uma necessidade psicol&oacute;gica do ser humano, que tem rela&ccedil;&atilde;o direta com <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262366-motivacao-disciplina-realmente-precisamos-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">motiva&ccedil;&atilde;o</a>.
Precisamos nos mover mais, mas com autonomia e liberdade, para que, dessa forma, seja uma atividade sustentada ao longo da vida. Uma das formas que apresenta expressivo crescimento &eacute; a corrida. Por isso, semana que vem, vamos simplificar a corrida, mostrando seus mitos e verdades, com a participa&ccedil;&atilde;o de uma das maiores especialistas do Brasil.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify</a>. Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.

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Estamos complicando o exercício físico

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Imagem de É possível morrer de tanto rir? A ciência responde! no tecmundo

A expressão 'morrer de rir' pode não ser apenas uma simples figura de linguagem. Alguns médicos sugerem que seja muito improvável que isso aconteça, mas não é impossível.

<head></head><body>Como diz o ditado, rir é o melhor remédio para viver feliz; e isso deve ser levado a sério, pois alguns médicos especialistas apontam que as risadas têm o potencial de reduzir chances de infarto, hipertensão, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231313-crise-ansiedade-sintomas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a>, risco de AVC, entre outros benefícios. Uma boa gargalha também é capaz de liberar o hormônio responsável pela felicidade, a serotonina, e reduzir os sintomas relacionados à depressão.&nbsp;Em alguns casos, uma piada de mau gosto pode causar sentimentos de desrespeito e até fazer alguém chorar — não é à toa que o limite da comédia é um tema em discussão há bastante tempo. Às vezes, a anedota é tão engraçada que as pessoas costumam comentar que podem ‘chorar de rir’, ou até ‘morrer de rir’. Mas será realmente possível que alguém possa morrer após gargalhadas extremas?<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274906-acontece-pessoa-morre-espaco-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece se uma pessoa morre no espaço? A ciência responde!</a></li></ul>De acordo com alguns médicos e especialistas, é muito improvável que uma pessoa morra após rir descontroladamente, mas não é tão incomum que alguns indivíduos passem mal durante uma sessão de piadas.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/sEGTgkrn1Ic?si=Zcsn4aCYU_WD2VMR" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Enquanto algumas pessoas podem sentir falta de ar após sorrir 'desesperadamente', outras costumam sentir tontura e dor de cabeça. Mas a realidade é que realmente existe a possibilidade de morte por risadas.“Quando você ri, você move o peito para cima e para baixo, e isso muda a pressão na cavidade torácica [tórax] e pode afetar o que é chamado de nervo vago. Isso pode fazer com que você fique tonto, [ou] até — muito, muito, muito raramente — desmaie, especialmente quando é muito exagerado”, disse o chefe de cardiologia e diretor de inovação de dispositivos médicos do Instituto de Tecnologia de Nova York, Dr. Todd Cohen, ao site Live Science.Para explorar um pouco mais o tema e descobrir se a expressão ‘morrer de rir’ realmente é uma possibilidade real, reunimos informações de médicos e especialistas da área.<h2>É possível morrer de rir?&nbsp;</h2>Em 1975, Alex Mitchell morreu depois de passar meia hora rindo ao assistir um episódio do seriado britânico de comédia The Goodies.&nbsp;As informações disponíveis apontam que o motivo da morte foi um ataque cardíaco após uma sessão intensa de riso.&nbsp;A família acredita que o homem sofria da Síndrome do QT Longo, um distúrbio que afeta o ritmo cardíaco e foi identificado em outra pessoa da família.<h3>Casos de pessoas que morreram de tanto rir:</h3><ul><li>Conforme explicam alguns relatos, em 1556, o escritor e dramaturgo italiano Pietro Aretino morreu de rir após sua irmã contar uma piada;</li><li>Em 1893, outro caso sugere que Wesley Parsons morreu após passar duas horas rindo sem parar com seus amigos; primeiro ele começou a soluçar e após algum tempo morreu de exaustão;</li><li style="font-weight: bold;">Em uma situação mais recente, em 2013, o homem Mangesh Bhogal riu compulsivamente após assistir a um filme de comédia e teve um derrame.</li></ul><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/07/07114547575110.jpg" alt="A expressão 'morrer de rir' não é tão figurativa quanto as pessoas acreditam. Apesar de ser um cenário extremamente improvável, os médicos afirmam que isso não é exatamente impossível.">A expressão 'morrer de rir' não é tão figurativa quanto as pessoas acreditam. Apesar de ser um cenário extremamente improvável, os médicos afirmam que isso não é exatamente impossível.“Embora tenham sido relatados casos de morte por riso devido à asfixia ou parada cardíaca, continua sendo uma causa improvável de morte para indivíduos saudáveis”, disse a cardiologista da UCLA Health e professora clínica assistente de medicina na David Geffen School of Medicine da UCLA, Dra. Megan Kamath.<h2>Problemas causados pelo riso</h2>Em 1997, um homem de 62 anos com problemas cardíacos e hipertensão desmaiou algumas vezes após assistir um episódio da série Seinfeld. Inclusive, a doença foi apelidada de 'síncope de Seinfeld' por conta do incidente. Mas ao contrário da expressão, ele não morreu de rir.O cardiologista Dr. Todd Cohen afirma que isso ocorre em casos raros; ao sorrir, a região torácica se move para cima e para baixo e pode afetar um nervo que transporta <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260139-estimular-cerebro-frequencia-natural-acelera-aprendizado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinais entre o cérebro e a maioria dos órgãos internos</a>. O resultado disso pode causar uma simples tontura ou, como aconteceu com o homem que estava assistindo Seinfeld, um desmaio em situações mais intensas.Para explicar de forma mais simplificada, a síncope induzida pelo riso faz a pressão arterial cair rapidamente e diminui o fluxo de sangue para o cérebro, o que tem o potencial de provocar tonturas e desmaios.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238605-sindrome-vasovagal-causar-desmaios-saiba-prevenir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome vasovagal pode causar desmaios; saiba como prevenir</a></li></ul>Há também a possibilidade das gargalhadas afetarem o fornecimento de ar para o coração, pulmões e cérebro, o que provocaria um aumento da frequência respiratória. Além disso, o ato de rir pode provocar asfixia ou laringoespasmo, justamente por que o indivíduo não consegue receber oxigênio o suficiente entre as risadas.De qualquer forma, a&nbsp;maioria dos médicos afirma que dificilmente uma morte é causada por uma sessão de riso. Na maioria das vezes, as pessoas podem sentir sintomas leves, como os que foram citados durante o texto.Gostou do conteúdo? Então não esqueça de compartilhar a matéria em suas redes sociais. Se desejar, aproveite para compreender mais <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/225498-neurogenese-plasticidade-neural.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobre neurogênese e plasticidade neural.</a></body>

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É possível morrer de tanto rir? A ciência responde!

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Imagem de Exercício físico: um incubador de criatividade no tecmundo

Entenda como a atividade física pode ser o start para ser mais criativo e novas ideias.

Este texto foi escrito por um colunista do TecMundo; saiba mais no final.
Pensamento criativo. Voc&ecirc; est&aacute; vivendo sua vida, sua rotina, dia a dia, quando tem um&nbsp;insight, uma ideia nova inesperada. O nome disso &eacute; serendipidade. Descobertas afortunadas que n&atilde;o foram esperadas. Essa &eacute; uma experi&ecirc;ncia muito bacana e motivadora. A ci&ecirc;ncia tem descoberto que podemos desencadear mais disso em nossa vida a partir de movimento: exerc&iacute;cios f&iacute;sicos.
O pensamento criativo &eacute; composto por dois componentes: pensamento divergente e pensamento convergente. O primeiro &eacute; ter ideias fazendo associa&ccedil;&otilde;es entre coisas distintas e n&atilde;o relacionadas, como quando criamos op&ccedil;&otilde;es com o que temos para resolver um problema.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/273401-existe-criatividade-disciplina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Existe criatividade sem disciplina?</a></li>
</ul>
Um cl&aacute;ssico teste da psicologia pede que o sujeito pense no maior n&uacute;mero poss&iacute;vel de usos para objetos simples, como pneu, jornal, &iacute;m&atilde;, cartas de baralho e palito de sorvete. Aqui &eacute; onde podemos &ldquo;pensar fora da caixa&rdquo;, para criar um n&uacute;mero maior de possibilidades (flu&ecirc;ncia), com diversas formas (flexibilidade) e raridades (originalidade) de usos do objeto. O pensamento convergente &eacute; um processo mental mais controlado que busca uma &uacute;nica solu&ccedil;&atilde;o para um problema, como resolver palavras-cruzadas.
Como humanidade, buscamos formas de melhorar ambos os pensamentos.&nbsp;
Atrav&eacute;s da <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35523914/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ci&ecirc;ncia</a>, descobrimos que o movimento corporal &eacute; uma forma interessante, especialmente para o pensamento divergente. &Eacute; o que chamamos de efeitos cognitivos da atividade f&iacute;sica, os quais vamos conhecer melhor agora.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/06/06083427235022.jpg" alt="Atividade f&iacute;sica e seus benef&iacute;cios cognitivos: aumento da criatividade." />Atividade f&iacute;sica e seus benef&iacute;cios cognitivos: aumento da criatividade.
<h2>Criatividade: precisamos dela?</h2>
Talvez voc&ecirc; pense que isso pode ser irrelevante, pois seu trabalho aparentemente n&atilde;o demanda criatividade. Mas considere outras situa&ccedil;&otilde;es como fazer um jantar com os ingredientes que voc&ecirc; tem em casa ou conseguir brincar com seus filhos, mesmo com poucas op&ccedil;&otilde;es de brinquedos. &Agrave;s vezes novos planos de trabalho ou de vida podem surgir apenas com alguns passos. A partir da&iacute; valorizaremos mais ser criativo e uma motiva&ccedil;&atilde;o diferente para exerc&iacute;cios pode surgir.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/06/06083557119024.jpg" alt="A criatividade pode se manifestar pelo pensamento divergente, quando criamos op&ccedil;&otilde;es com o que temos para resolver um problema, como cozinhar com os ingredientes que temos em casa." />A criatividade pode se manifestar pelo pensamento divergente, quando criamos op&ccedil;&otilde;es com o que temos para resolver um problema, como cozinhar com os ingredientes que temos em casa.
<h2>Treinos para criatividade?</h2>
N&atilde;o &eacute; preciso complicar as coisas no exerc&iacute;cio quando pensamos em criatividade. Novas ideias podem estar perto de voc&ecirc;. <a href="https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnbeh.2021.834097/full" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um estudo</a> verificou que a subida de escadas &eacute; uma forma v&aacute;lida. Comparado ao uso de elevador, a subida de escadas aumentou a criatividade &ndash; o pensamento divergente, em 61% em estudantes de Medicina. A efici&ecirc;ncia da escada tamb&eacute;m foi maior, pois essa economizou mais tempo do que o elevador, pois foi necess&aacute;rio esperar por ele.
Outra forma de desencadear a criatividade, ainda mais f&aacute;cil e acess&iacute;vel, &eacute; a caminhada. Por isso, &ldquo;<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24749966/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dar &agrave;s suas ideias algumas pernas</a>&rdquo; virou at&eacute; t&iacute;tulo de estudo. Al&eacute;m de reduzir <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0272494419304062?via%3Dihub" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos negativos ruminativos</a>, ela pode aprimorar o pensamento divergente. Na ci&ecirc;ncia, diversos estudos t&ecirc;m demonstrado o potencial da &ldquo;caminhada natural&rdquo;, ou seja, caminhar em um ritmo selecionado pela pessoa, para aumentar esse tipo de criatividade.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280137-revela-o-maior-estudo-feito-exercicios-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que revela o maior estudo feito at&eacute; hoje sobre exerc&iacute;cios e depress&atilde;o?</a></li>
<li style="text-align: justify;">Oportunidade: <a href="https://www.tecmundo.com.br/cupons/lojas/centauro" target="_blank">Aproveite at&eacute; 65% off em produtos Nike com o Cupom Centauro</a></li>
</ul>
Esse &eacute; um exerc&iacute;cio leve, mas voc&ecirc; tamb&eacute;m pode optar por se esfor&ccedil;ar um pouco mais ou mesmo praticar dan&ccedil;a. Na pr&aacute;tica, &eacute; importante cuidar da sua <a href="https://link.springer.com/article/10.1007/s44202-024-00114-9" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intensidade</a>, pois esfor&ccedil;os m&aacute;ximos podem n&atilde;o ser favor&aacute;veis &agrave; gera&ccedil;&atilde;o de ideias, devido ao elevado estresse f&iacute;sico.
Os efeitos do treino aer&oacute;bico s&atilde;o mais reconhecidos do que os do treinamento de for&ccedil;a, quando falamos em ser mais criativo. Outra coisa que j&aacute; sabemos &eacute; que os efeitos <a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35523914/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cr&ocirc;nicos</a> superam os agudos, ou seja, a continuidade dos treinos a longo prazo &eacute; mais poderosa para pensar diferente.
<h2 style="text-align: justify;">Como o exerc&iacute;cio f&iacute;sico promove criatividade?</h2>
Apesar da limita&ccedil;&atilde;o nas pesquisas sobre os mecanismos que o exerc&iacute;cio pode gerar criatividade, sabe-se que o movimento f&iacute;sico beneficia o c&eacute;rebro gerando maior potencial para ser criativo por meio de mudan&ccedil;as estruturais e fisiol&oacute;gicas, como a ativa&ccedil;&atilde;o de diferentes regi&otilde;es cerebrais, bem como maior circula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea que leva mais oxig&ecirc;nio e nutrientes, al&eacute;m de aumentar a presen&ccedil;a de fatores de crescimento, o que parece formar um moment&acirc;neo incubador de ideias novas. &nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277044-o-maior-estudo-felicidade-humana-ensina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que o maior estudo sobre felicidade humana nos ensina</a></li>
</ul>
Um fen&ocirc;meno que acontece &eacute; a hipofrontalidade transiente, que implica em redu&ccedil;&atilde;o da atividade cerebral no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal &ndash; respons&aacute;vel pelo racioc&iacute;nio e tomada de decis&otilde;es, enquanto aumenta a atividade em regi&otilde;es necess&aacute;rias para o exerc&iacute;cio, como o c&oacute;rtex motor.
Uma sess&atilde;o de exerc&iacute;cios parece nos distrair de problemas di&aacute;rios, abrindo um espa&ccedil;o para divaga&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, &eacute; um espa&ccedil;o que promove sentimentos positivos como o bem-estar, o que pode ajudar no processo de gera&ccedil;&atilde;o de novas ideias. A criatividade permite a inova&ccedil;&atilde;o e a inven&ccedil;&atilde;o em muitos campos. Mova-se para ser criativo.
*** F&aacute;bio Dominski&nbsp;&eacute; doutor em Ci&ecirc;ncias do Movimento Humano e graduado em Educa&ccedil;&atilde;o F&iacute;sica pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). &Eacute; Professor universit&aacute;rio e pesquisador do Laborat&oacute;rio de Psicologia do Esporte e do Exerc&iacute;cio (LAPE/UDESC). Faz&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/fabiodominski/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">divulga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica nas redes sociais</a>&nbsp;e em&nbsp;<a href="https://open.spotify.com/show/3bK3mUY1AOqmgv7DpdAmzv?si=2389503e6d604c52&amp;nd=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podcast dispon&iacute;vel no Spotify.</a>&nbsp;Autor do livro Exerc&iacute;cio F&iacute;sico e Ci&ecirc;ncia - Fatos e Mitos.
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Exercício físico: um incubador de criatividade

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Tem cor nova chegando para os fones mais diferenciados da #Huawei ! #huaweifreeclip #fashioedge

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