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Imagem de Frieren traz jornada tocante e reflexiva sobre o peso da existência! Conheça o anime no tecmundo

Confira nossa crítica sobre Frieren e a Jornada para o Além, um dos animes mais aguardados da temporada

Frieren e a Jornada para o Al&eacute;m, um dos animes mais aguardados desta nova temporada, finalmente estreia hoje, 29 de setembro, no Crunchyroll. Produzido pelo renomado est&uacute;dio Madhouse, conhecido por obras ic&ocirc;nicas como One Punch Man, Death Note, e No Game No Life, esta nova produ&ccedil;&atilde;o baseada na s&eacute;rie de mang&aacute; hom&ocirc;nima promete levar o p&uacute;blico em uma jornada &eacute;pica repleta de magia e muitos questionamentos sobre o peso da imortalidade.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/272128-spy-x-family-2-temporada-ganha-trailer-data-lancamento-crunchyroll.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Spy x Family: 2&ordf; temporada ganha trailer e data de lan&ccedil;amento na Crunchyroll</a></li>
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O Minha S&eacute;rie&nbsp;teve a chance de acompanhar antecipadamente o come&ccedil;o desta aventura gra&ccedil;as ao Crunchyroll, para compartilhar mais detalhes sobre o que os f&atilde;s de anima&ccedil;&atilde;o japonesa podem esperar deste bel&iacute;ssimo lan&ccedil;amento. Confira a cr&iacute;tica do lan&ccedil;amento!
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eXjbk-4ljgc?si=CAF2ZUUMFrM50yf5" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Come&ccedil;ando pelo fim</h2>
A hist&oacute;ria aqui come&ccedil;a em um ponto onde muitas tramas de anime de fantasia costumam terminar: ap&oacute;s uma &aacute;rdua miss&atilde;o de uma d&eacute;cada, a poderosa maga elfa Frieren, ao lado do her&oacute;i Himmel e seu grupo, finalmente foi capaz de derrotar o Rei Dem&ocirc;nio e trazer uma era de paz ao reino.
Por&eacute;m, para o que os outros integrantes foi uma longa jornada, para ela n&atilde;o passou de um breve per&iacute;odo em sua longa vida. Conforme os anos passam ap&oacute;s o fim desse trabalho t&atilde;o importante, a elfa acaba confrontada com a efemeridade da vida humana, aceitando uma aprendiz para honrar os desejos de velhos amigos e embarcando em uma busca para aprender e conhecer mais as pessoas e seus sentimentos.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/09/29/29095809900055.jpg" alt="" />
O enredo do anime &eacute; realmente profundo, explorando como um ser basicamente imortal aos olhos humanos lida n&atilde;o somente com a morte daqueles ao seu redor, mas ainda a grande diferen&ccedil;a em sua perspectiva da passagem do tempo. Apesar de trazer v&aacute;rios momentos que aquecem o cora&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m somos confrontados com situa&ccedil;&otilde;es amargas ligadas a um grande medo da humanidade: o fim inevit&aacute;vel que todos iremos encontrar.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/272098-netflix-anuncia-animes-tomb-raider-devil-may-cry-confira-trailers.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix anuncia animes de Tomb Raider e Devil May Cry! Confira os trailers</a></li>
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Frieren pode parecer uma protagonista fria e levemente ap&aacute;tica no come&ccedil;o, por&eacute;m, conforme os eventos v&atilde;o se desenrolando, vemos o lado ador&aacute;vel, atrapalhado e at&eacute; emotivo de sua personalidade, compreendendo aos poucos que at&eacute; mesmo os sentimentos podem ser expressos de forma diferente quando sua exist&ecirc;ncia dura milhares de anos, e o qu&atilde;o importante s&atilde;o as mem&oacute;rias criadas com pessoas queridas ao longo do caminho.
Com uma anima&ccedil;&atilde;o bel&iacute;ssima, cen&aacute;rios bem desenhados e personagens cativantes e cheios de personalidade, essa hist&oacute;ria tocante &eacute; composta por ares gentis e melanc&oacute;licos, levando os expectadores a entenderem o peso do que &eacute; ter visto o passado, saber que ainda ver&aacute; muito do futuro, mas com a certeza de ser ainda por muito tempo um presente imut&aacute;vel quando tudo ao seu redor est&aacute; em constante mudan&ccedil;a.
<h2>No ritmo de uma imortal</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/09/29/29095841894056.jpg" alt="" />
Frieren e a Jornada para o Al&eacute;m n&atilde;o &eacute; um daqueles animes cheios de a&ccedil;&atilde;o e batalhas fren&eacute;ticas, pelo contr&aacute;rio, acompanhando o pr&oacute;prio estilo de vida da protagonista, ele se desenrola com calma, nos dando espa&ccedil;o para processar as emo&ccedil;&otilde;es que s&atilde;o apresentadas.
Ainda seguindo a vis&atilde;o da elfa, os acontecimentos s&atilde;o apresentados n&atilde;o com a passagem de dias ou semanas, mas sim de meses ou anos, um detalhe que ajuda na imers&atilde;o de como &eacute; ver o mundo pelos olhos de algu&eacute;m com uma exist&ecirc;ncia t&atilde;o incrivelmente longa.
Al&eacute;m da beleza da anima&ccedil;&atilde;o e a profundidade da trama, a abertura e o encerramento tamb&eacute;m s&atilde;o outro ponto positivo a ser mencionado, com as m&uacute;sicas de YOASOBI (Oshi no Ko e Beastars) e milet (Ousama Ranking e Vinland Saga) prometendo ser uma &oacute;tima adi&ccedil;&atilde;o para a playlist de muitos f&atilde;s de anime.
<h2>Vale a pena acompanhar essa aventura?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/09/29/29095857758057.jpg" alt="" />
O trailer de Frieren e a Jornada para o Al&eacute;m j&aacute; havia mostrado o potencial que a anima&ccedil;&atilde;o poderia trazer, e assistir o come&ccedil;o dessa aventura s&oacute; aumentou esse sentimento. A ador&aacute;vel protagonista, seus companheiros e os momentos que eles vivenciam acharam um espa&ccedil;o em meu cora&ccedil;&atilde;o, e mal posso esperar para descobrir o que o resto da temporada ir&aacute; nos mostrar, e talvez mais importante ainda, nos fazer sentir.
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<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/271853-8-melhores-animes-suspense-ver-streaming.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 melhores animes de suspense para ver no streaming</a></li>
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Para quem gosta de enredos diferentes, apresentados com calma e recheados de situa&ccedil;&otilde;es tocantes e reflexivas, certamente vai se deliciar com tudo o que esta nova joia da Madhouse tem para oferecer. E fica aqui um aviso para os mais sens&iacute;veis: &eacute; melhor deixar a caixa de lencinhos a postos...

Madhouse

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Frieren traz jornada tocante e reflexiva sobre o peso da existência! Veja crítica

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Imagem de Indiana Jones 5 diverte pela nostalgia, mas agora já chega (crítica) no tecmundo

Último longa do lendário caçador de tesouros, Indiana Jones e a Relíquia do Destino é legal, mas ninguém sentiria falta se não tivesse sido feito.

Harrison Ford j&aacute; tinha uma legi&atilde;o de f&atilde;s quando interpretou Han Solo pela primeira vez em Uma Nova Esperan&ccedil;a, de 1977. Mas foi com Indiana Jones e os Ca&ccedil;adores da Arca perdida que o ator foi elevado &agrave; m&aacute;xima pot&ecirc;ncia como uma estrela incontest&aacute;vel de Hollywood.
De 1981 para c&aacute;, a franquia do famoso arque&oacute;logo passou por poucas e boas - incluindo uma err&ocirc;nea tentativa com o Reino da Caveira de Cristal. Agora, a saga tenta ganhar for&ccedil;as novamente e dar um basta nas aventuras surreais de Indy com A Rel&iacute;quia do Destino.
<h2>A mesma receita de bolo</h2>
Indiana Jones sempre foi uma franquia simples de entender. Um arque&oacute;logo renomado parte em busca de uma antiguidade inestim&aacute;vel para colocar no museu antes que for&ccedil;as malignas a utilizem com uma proposta nefasta.&nbsp;
Em A Rel&iacute;quia do Destino as coisas acontecem de forma muito similar. Ap&oacute;s receber a visita de sua afilhada distante, o professor Henry Jones Jr precisa voltar a ativa e impedir que um artefato milenar caia nas m&atilde;os de um pesquisador nazista.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113930360165.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113930360165.jpg">&nbsp;Disney/reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
A grande quest&atilde;o da hist&oacute;ria &eacute; que em 2023 n&atilde;o havia necessidade alguma de tirar o personagem da prateleira da Disney e for&ccedil;ar uma nova narrativa ap&oacute;s o &uacute;ltimo filme ter lidado relativamente bem com uma suposta aposentadoria de Indy, em 2008. Depois que os cr&eacute;ditos rolam, &eacute; percept&iacute;vel que este projeto &eacute; s&oacute; mais uma nova tentativa da companhia em atrair f&atilde;s por conta da nostalgia, do que tentar criar um enredo diferente ou uma hist&oacute;ria que cativasse mais.
&Eacute; claro que mudar essa receita de bolo da franquia a essa altura do campeonato talvez n&atilde;o fosse interessante. O p&uacute;blico que pretende assistir a Indiana Jones 5 certamente &eacute; o espectador que acompanhou a saga durante anos, ou cresceu assistindo &agrave;s aventuras do arque&oacute;logo.&nbsp;Esse longa n&atilde;o foi criado para uma nova gera&ccedil;&atilde;o, mas sim, para a antiga gera&ccedil;&atilde;o.
E olhando dessa forma,&nbsp;A Rel&iacute;quia do Destino consegue funcionar e agrada com toda a mitologia da saga, o charme de Harrison Ford e algumas adi&ccedil;&otilde;es importantes no elenco, como o carisma impar de Phoebe Waller-Bridge. No entanto, ainda se faz como uma sequ&ecirc;ncia super desnecess&aacute;ria.
<h2>&Eacute; hora de acabar</h2>
Por&eacute;m, talvez essa nova entrada na franquia at&eacute; tenha um ponto de validade a ser comentado. O filme d&aacute; todos os indicativos que finalmente o Dr. Henry Jones Jr encerrou suas aventuras em busca de rel&iacute;quias. Embora o longa at&eacute; d&ecirc; uma pontinha de esperan&ccedil;a que talvez Indy retorne em algum momento, isso n&atilde;o parece poss&iacute;vel, j&aacute; que Harrison Ford j&aacute; &eacute; um senhor de 80 anos de idade.&nbsp;
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26114110996169.jpg" alt="g" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26114110996169.jpg">&nbsp;Disney/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Isso torna Indiana Jones 5 muito divertido de acompanhar, pois funciona como uma metalinguagem sobre a rela&ccedil;&atilde;o de Ford com Hollywood. J&aacute; faz um bom tempo que o ator parece querer se aposentar dos trabalhos cinematogr&aacute;ficos, mas a ind&uacute;stria sempre d&aacute; um jeito de traz&ecirc;-lo de volta - mesmo que ele negue.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/254088-indiana-jones-disney-planeja-serie-franquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indiana Jones: Disney+ planeja s&eacute;rie da franquia</a></li>
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Indiana 5 &eacute; o paralelo perfeito entre o personagem que j&aacute; est&aacute; de saco cheio de tudo, mas n&atilde;o abre m&atilde;o de uma nova aventura. Mesmo que seja carrancudo e sem paci&ecirc;ncia, &eacute; s&oacute; usar as palavras certos para chamar a aten&ccedil;&atilde;o dele e conseguir um papo legal. Harrison e Henry s&atilde;o basicamente o mesmo ser em 2023, e isso &eacute; a t&ocirc;nica do novo filme.
<h2>A&ccedil;&atilde;o e aventura como sempre</h2>
Como n&atilde;o podia faltar, a Rel&iacute;quia do Destino &eacute; recheada de &oacute;timas cenas de a&ccedil;&atilde;o em diversos locais pelo mundo, sempre com Indy no centro das aten&ccedil;&otilde;es. No entanto, por j&aacute; ser um idoso e haver toda a discuss&atilde;o entre realidade e fic&ccedil;&atilde;o, as cenas mais intensas ocorrem com uma vers&atilde;o jovem do personagem.
A Disney utilizou uma t&eacute;cnica de rejuvenescimento em Harrison Ford para que o autor pudesse retornar aos dias de gl&oacute;ria durante a Segunda Guerra Mundial. O resultado &eacute; impressionante, e mal d&aacute; para perceber que &eacute; uma Intelig&ecirc;ncia Artificial usada para mudar o rosto de Ford. Mas &eacute; preciso citar uma boa malandragem da Disney aqui, uma vez que todas as cenas foram filmadas a noite, fazendo com que houvesse menos luz no rosto do ator, e escondendo as imperfei&ccedil;&otilde;es.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113421391152.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113421391152.jpg">&nbsp;Disney/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/248683-wolverine-diretor-logan-comenta-retorno-hugh-jackman-mutante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Mangold, de Logan</a> e Ford vs Ferrari comandou Indiana Jones e a Rel&iacute;quia do Destino. Embora Spielberg fosse o nome correto para essa miss&atilde;o, Mangold se sai bem ao dirigir mais um blockbuster em sua carreira. O diretor n&atilde;o deixa nenhuma assinatura marcante no longa, mas faz um trabalho bem feito. O mesmo pode ser dito do roteiro de Jez e John-Henry Butterworth e David Koepp.
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<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260251-indiana-jones-5-veja-disney-usa-ia-rejuvenescer-atores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indiana Jones 5: veja como a Disney usa IA para rejuvenescer atores</a></li>
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Harrison Ford parece muito a vontade neste &uacute;ltimo filme, mas mostra que toda jornada precisa de um fim. O destaque &eacute; a afilhada Helena Shaw, vivida perfeitamente por Phoebe Waller-Bridge. <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/158173-phoebe-waller-bridge-de-fleabag-lanca-sua-propria-produtora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A atriz, respons&aacute;vel pelo excelente Fleabag</a>, precisa se conter nesse papel mais &ldquo;s&eacute;rio&rdquo;, mas sempre que tem a oportunidade de se soltar &eacute; algo muito bom de ser ver.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113503299153.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/26/26113503299153.jpg">&nbsp;Disney/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/190124-fa-imagina-mads-mikkelsen-geralt-the-witcher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mads Mikkelsen</a> vive o vil&atilde;o nazista, Dr. Voller, e sinceramente esse &eacute; um dos pap&eacute;is mais neutros da carreira do excelente ator dinamarqu&ecirc;s. O mesmo pode ser dito de Boyd Holbrook, que mais uma vez faz o antagonista coadjuvante mais meia boca poss&iacute;vel, e sem o carisma que apresentou em Logan.
<h2>Vale a pena assistir?</h2>
Indiana Jones e a Rel&iacute;quia do Destino &eacute; um filme divertido, embora seja mais de mesmo - e tudo bem - consegue entreter os f&atilde;s de longa data da franquia sem fazer esfor&ccedil;o. O filme se consagra como a &uacute;ltima grande aventura do lend&aacute;rio Indiana Jones, com um final que encerra ciclos de maneira razo&aacute;vel, mas que poderia ter sido melhor constru&iacute;do.

Disney/divulgação

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Indiana Jones 5 diverte pela nostalgia, mas agora já chega

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Imagem de The Flash se salva pelo fan-service, mas não é tudo isso (crítica) no tecmundo

Aguardado longa do Velocista Escarlate se apoia em referências robustas para manter o fôlego. Confira se vale a pena assistir!

Entre idas e vindas, o filme do&nbsp;Flash ficou engavetado por anos, e o clima de incerteza sobre esse lan&ccedil;amento continuou mesmo ap&oacute;s o t&eacute;rmino das filmagens. As pol&ecirc;micas crescentes em torno do ator Ezra Miller e a indefini&ccedil;&atilde;o sobre como ficaria o novo DCU ap&oacute;s James Gunn assumir o comando da divis&atilde;o corroboraram com uma campanha de marketing massiva da Warner para dar a volta por cima.
O Minha S&eacute;rie foi convidado a assistir The Flash de forma antecipada, e embora o saldo final at&eacute; que seja positivo, o longa do Velocista Escarlate&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/263298-the-flash-melhores-filmes-herois-feitos-dizem-criticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passa longe de ser "um dos melhores filmes de her&oacute;is j&aacute; feitos"</a>, como dizem por a&iacute;.
<h2>Uma hist&oacute;ria complicada</h2>
The Flash adapta de forma parcial um das, sen&atilde;o a melhor hist&oacute;ria em quadrinhos do personagem: Flashpoint, ou Ponto de Igni&ccedil;&atilde;o. Na hist&oacute;ria original, Barry Allen resolve voltar ao passado ao usar a For&ccedil;a de Acelera&ccedil;&atilde;o para impedir que sua m&atilde;e fosse morta pelo Flash Reverso, por&eacute;m, ao retornar para o presente o personagem cria uma ramifica&ccedil;&atilde;o de realidade alternativa e o mundo est&aacute; prestes a ser exterminado gra&ccedil;as a uma guerra entre os Atlantis e as Amazonas.
O filme segue esses elementos at&eacute; certo ponto. O longa-metragem mostra Barry voltando ao passado para alterar algumas condi&ccedil;&otilde;es que fizeram sua m&atilde;e ser morta enquanto ele era uma crian&ccedil;a, por&eacute;m, acaba preso nessa realidade onde a Liga da Justi&ccedil;a e meta-humanos n&atilde;o existem, e o General Zod est&aacute; prestes a terraformar o planeta Terra.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/264909-the-flash-relembre-historia-batman-michael-keaton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Flash: relembre a hist&oacute;ria do Batman de Michael Keaton</a></li>
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Nessa salada de frutas, a adapta&ccedil;&atilde;o traz o Batman ic&ocirc;nico de Michael Keaton para ser o Cavaleiro das Trevas daquela realidade. O Superman nunca caiu no planeta, mas sim sua prima, Kara. E como se j&aacute; n&atilde;o bastasse, Barry Allen precisa interagir com outro Barry Allen, que na verdade &eacute; o seu eu daquele universo. Confuso, sim.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115555013141.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115555013141.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
E aqui est&aacute; o grande problema de The Flash. Ao trazer Flashpoint para as telonas, a Warner deu um passo maior do que a pr&oacute;pria perna, principalmente pelo fato do seu DCU ser uma completa bagun&ccedil;a. Tirando o f&atilde; das anima&ccedil;&otilde;es da Liga da Justi&ccedil;a, ou os &aacute;vidos leitores de HQs, poucas pessoas realmente sem importam com o Flash para criar v&iacute;nculos neste filme.
Tanto a HQ quanto a anima&ccedil;&atilde;o conseguem transmitir sentimentos daquele personagem para o p&uacute;blico, mas eu simplesmente n&atilde;o posso me emocionar com um protagonista o qual n&atilde;o teve um arco de desenvolvimento bem feito. H&aacute; quem possa argumentar que esse tal v&iacute;nculo com o p&uacute;blico poderia vir da saudosa s&eacute;rie do Flash pela CW, mas s&atilde;o atores e mundos completamente diferentes. Como espectador eu n&atilde;o liguei para a hist&oacute;ria de Barry, e como jornalista analisando uma obra, muito menos.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115731578143.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115731578143.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>Adapta&ccedil;&atilde;o errada, no tempo errado</h2>
Flashpoint n&atilde;o funciona bem porque todo o universo da DC n&atilde;o foi estabelecido.&nbsp;Se esse fosse o terceiro filme de uma trilogia, bem como Capit&atilde;o Am&eacute;rica: Guerra Civil fez - mesmo que de forma duvidosa - faria muito mais sentido criar essa hist&oacute;ria. No fim das contas, The Flash &eacute; uma justificativa superficial para criar fan-service.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261746-flashpoint-entenda-filme-flash-rebootar-o-dcu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Flashpoint: entenda como o filme do Flash vai rebootar o DCU</a></li>
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E claro, isso passa pelo roteiro de Christina Hodson e Joby Harold. A escritora esteve a cargo de Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipa&ccedil;&atilde;o Fantabulosa, enquanto Harold trabalhou recentemente em Transformers: O Despertar das Feras. Embora eu consiga enxergar que o problema n&atilde;o s&atilde;o os roteiristas, mas sim a adapta&ccedil;&atilde;o dessa HQ, o argumento de The Flash &eacute; fraco.
O convencimento de Barry Allen para que o Batman de Keaton se junte ao grupo &eacute; t&atilde;o batido que me senti assistindo a um filme de her&oacute;i de 15 anos atr&aacute;s. Algumas frases de efeito, e pronto, personagem convencido no poder da amizade.&nbsp;
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115913447144.jpg" alt="g" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13115913447144.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O pr&oacute;prio tratamento ao Barry incomoda no primeiro ato. De fato, o personagem &eacute; um cara atrapalhado, brincalh&atilde;o e bem bob&atilde;o em diversas representa&ccedil;&otilde;es. Mas a forma inicial de como o roteiro trata esse protagonista chega a dar vergonha alheia. Felizmente isso muda, e quando o Barry da realidade normal se junta ao Barry da realidade alternativa &eacute; constrangedor. Sendo justo, o Barry 2, de cabelos compridos, &eacute; propositalmente irritante e isso acaba sendo explicado depois.
<h2>Muschietti &eacute; a resposta</h2>
As atua&ccedil;&otilde;es, por outro lado, est&atilde;o em um bom n&iacute;vel. Ezra Miller se mant&eacute;m bem como Barry, e pelo desenvolver dos acontecimentos &eacute; prov&aacute;vel que o ator continue com o papel no DCU de Gunn. Michael Keaton retorna em puro fan-service, e est&aacute; bem dentro do esperado. Meu destaque vai para a Supergirl de Sasha Calle, que embora n&atilde;o receba um aprofundamento, se mostrou uma escolha acertada.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/252976-the-flash-2-polemicas-ezra-miller-dc-sequencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Flash 2: apesar de pol&ecirc;micas com Ezra Miller, DC planeja sequ&ecirc;ncia</a></li>
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<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120346069148.jpg" alt="g" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120346069148.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Mas sem sombra de d&uacute;vidas o grande destaque de The Flash &eacute; a dire&ccedil;&atilde;o de Andy Muschietti. <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/172027-it-a-coisa-as-principais-diferencas-entre-o-livro-e-o-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Respons&aacute;vel por It: A Coisa</a>, o cineasta &eacute; um dos protegidos do aclamado Guillermo Del Toro. Em Flash, Muschietti consegue se desvencilhar das amarras de um roteiro fraco para dar sentindo a esse filme em um bom trabalho de dire&ccedil;&atilde;o.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120129674145.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120129674145.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
A filmagem &eacute; bem feita, com muito uso de CGI certamente, mas o diretor &eacute; capaz de extrair cenas de luta divertid&iacute;ssimas e sequ&ecirc;ncias muito satisfat&oacute;rias ao usar o estilo de corrida do velocista criado pro Zack Synder para Liga da Justi&ccedil;a. O ponto alto de The Flash &eacute; a&ccedil;&atilde;o - junto com mais fan-service.
No entanto, &eacute; preciso dizer: a Warner entregou o filme de bandeja nos trailers. Assistir a essa produ&ccedil;&atilde;o, com exce&ccedil;&atilde;o de dois momentos espec&iacute;ficos, &eacute; basicamente assistir aos trailers. As principais cenas j&aacute; foram mostradas no material de marketing, e tudo se torna previs&iacute;vel demais. Isso est&aacute; diretamente ligado ao medo da companhia de que Flash se tornasse um fracasso comercial, e assim, resolveu destacar tudo na divulga&ccedil;&atilde;o.
A quest&atilde;o do CGI inacabado era uma grande inc&oacute;gnita para todos. E sim, os efeitos especiais deixam a desejar em alguns momentos, principalmente no terceiro ato. Mas isso n&atilde;o foi um impeditivo na experi&ecirc;ncia final, e nem considero como uma falha grave. Alguns efeitos n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o convincentes, mas n&atilde;o &eacute; um desastre total.
<h2>Vale a pena assistir?</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120505715150.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/06/13/13120505715150.jpg">&nbsp;Warner/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
The Flash &eacute; um filme divertido e que tinha muito potencial, caso fosse lan&ccedil;ado no tempo certo e na realidade alternativa em que o universo da DC nos cinemas &eacute; realmente bem feito e coerente. No fim, este &eacute; um longa que vale a pena ser visto em uma sala de cinema por conta das refer&ecirc;ncias, mas &eacute; bem aqu&eacute;m do que deveria.&nbsp;

Warner/divulgação

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The Flash se salva pelo fan-service, mas não é tudo isso (crítica)

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Imagem de Air: A História Por Trás do Logo inova em trama de superação (crítica) no tecmundo

Filme dirigido por Ben Affleck conta a história de como a Nike conseguiu patrocinar o jogador Michael Jordan e lançar o icônico tênis Air Jordan.

De tempos em tempos, Hollywood lan&ccedil;a algum filme com um forte discurso motivacional. Geralmente, a f&oacute;rmula se repete: um azar&atilde;o, em quem ningu&eacute;m aposta nada, quebra todas as expectativas e realiza algum tipo de proeza incr&iacute;vel. &Eacute; o que acontece, por exemplo, em sucessos como Erin Brockovich &ndash; Uma Mulher de Talento, de 2000, e Jerry Maguire: A Grande Virada, de 1996.
Mas por mais que esses filmes tenham uma estrutura semelhante, a verdade &eacute; que, quando bem feitos, eles sempre nos agradam. E vou al&eacute;m isso: h&aacute; sempre uma possibilidade de inovar dentro do g&ecirc;nero &ldquo;filme de supera&ccedil;&atilde;o&rdquo;. O divertido&nbsp;Air: A Hist&oacute;ria Por Tr&aacute;s do Logo, que est&aacute; dispon&iacute;vel no cat&aacute;logo da <a href="https://www.tecmundo.com.br/amazon-prime" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazon Prime</a>, &eacute; uma prova disso.
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<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/264169-air-veja-verdade-inventado-filme-nike.htm" target="_blank" title="Air: veja o que &eacute; verdade ou inventado no filme da Nike">Air: veja o que &eacute; verdade ou inventado no filme da Nike</a></li>
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O filme (que &eacute; dirigido por Ben Affleck, que tamb&eacute;m participa como ator) leva ao p&uacute;blico os bastidores de uma hist&oacute;ria real: como a Nike conseguiu convencer que um jogador de basquete que come&ccedil;ava a destacar (ningu&eacute;m menos que <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/153354-arremesso-final-serie-michael-jordan-sucesso-netflix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michael Jordan</a>) assinasse um contrato de patroc&iacute;nio com a empresa ao inv&eacute;s de escolher as marcas concorrentes. A parceria deu in&iacute;cio &agrave; linha Air Jordan, at&eacute; hoje considerada um hit absoluto no mundo todo.
O filme se passa em 1984. &Agrave; &eacute;poca, a Nike j&aacute; lucrava no mercado esportivo, mas estava muito atr&aacute;s de outras marcas mais fortes. A americana Converse patrocinava os maiores jogadores da NBA, e a alem&atilde; Adidas era conhecida pela qualidade e estilo. Ambas eram marcas cool, associadas aos jovens e, sobretudo, &agrave; cultura negra e das ruas.
Neste contexto, entra em cena Sonny Vaccaro (interpretado com muita compet&ecirc;ncia por Matt Damon), um executivo do setor do marketing que foi contratado pela Nike. Ele faz parte da equipe do gerente Rob Strasser (Jason Bateman), que quer decidir onde investir a verba do setor separada para patrocinar astros do basquete americano.
A equipe pretende apostar em nomes menores, mas Vaccaro (representado como uma esp&eacute;cie de guru obcecado por basquete) quer jogar alto: ele prop&otilde;e que tentem fechar com um atleta novato, de apenas 21 anos, que ainda &eacute; uma promessa e ainda nem chegou at&eacute; a NBA. Mesmo assim, por seu extraordin&aacute;rio talento, as grandes marcas est&atilde;o de olho nele e &eacute; bem prov&aacute;vel que ele acerte com a Adidas.
Mas, obviamente, o desdobrar dessa hist&oacute;ria percorrer&aacute; caminhos imprevistos, tornando-o uma deliciosa saga ao estilo Davi versus Golias. E essas hist&oacute;rias s&oacute; fazem sentido, claro, quando Davi consegue vencer no final.
<h2>Uma hist&oacute;ria tipicamente americana</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/vGpTmdOZVCc" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/264169-air-veja-verdade-inventado-filme-nike.htm#:~:text=A%20trama%20de%20Air%3A%20Por,Video%2C%20roteirizado%20por%20Alex%20Convery." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Air: A Hist&oacute;ria Por Tr&aacute;s do Logo</a> parece ser bem daqueles filmes que s&atilde;o transmitidos durante eventos corporativos, no intuito de motivar equipes para ir atr&aacute;s dos melhores resultados. Est&aacute; tudo l&aacute;: os sonhos altos, as noites passadas no escrit&oacute;rio, os executivos que s&oacute; conseguem pensar em trabalho em detrimento da vida pessoal.
Contudo, a qualidade da obra se encontra nas demais sutilezas inclu&iacute;das no roteiro de Alex Convery. Esta trama tem como pano de fundo o contexto americano nos anos 1980, em que a cultura yuppie, com seu culto ao dinheiro e ao sucesso, reinava absoluta. A reconstitui&ccedil;&atilde;o do clima dessa &eacute;poca &eacute; realizada de maneira inspirada pelo filme de Ben Affleck, carregando em sua est&eacute;tica um certo tom sarc&aacute;stico para falar desse tempo.
&nbsp;A reconstitui&ccedil;&atilde;o dos anos 80 &eacute; realizada de maneira inspirada pelo filme de Ben Affleck.
Mas h&aacute; outra discuss&atilde;o interessante tangenciada aqui, e que diz respeito &agrave; quest&atilde;o racial por tr&aacute;s destes dois contextos &ndash; o das grandes empresas milion&aacute;rias, como a Nike, e o do basquete profissional. Em ambos os espa&ccedil;os, a tens&atilde;o das desigualdades raciais permanece, muitas vezes, nas entrelinhas, mas s&atilde;o trazidas nos di&aacute;logos do filme sobretudo por conta de um personagem: o executivo Howard White, vivido pelo ator e comediante Chris Tucker (que fez fama pela s&eacute;rie de filmes <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/rush-hour" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Hora do Rush</a>, ao lado de Jackie Chan).
Howard White &eacute; o &uacute;nico executivo negro naquele grupo de homens brancos, quase todos fora de forma. &Eacute; a ele que Sonny Vaccaro recorre para tentar entender melhor o contexto em que Michael Jordan, como homem negro, vive, para entender por que os t&ecirc;nis de corrida da Nike n&atilde;o vingam &mdash; a resposta dele &eacute; algo como: negros n&atilde;o praticam corrida porque n&atilde;o querem serem parados pela pol&iacute;cia.
E caber&aacute; tamb&eacute;m a Howard White o papel de &ldquo;azeitar&rdquo; a rela&ccedil;&atilde;o dos executivos da Nike com a fam&iacute;lia de Michael Jordan, cujos pais atuam como guardi&otilde;es incans&aacute;veis do futuro do filho. Ao se depararem com um &ldquo;irm&atilde;o&rdquo; na reuni&atilde;o, as coisas se tornam mais suaves e Vaccaro pode brilhar (curiosidade: o verdadeiro Howard White &eacute; hoje vice-presidente da Jordan Brand).
<h2>Um filme de gigantes</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/18/18203454830012.jpg" alt="(Fonte: Amazon Prime)" />(Fonte: Amazon Prime)
Se tudo funciona bem em Air, boa parte do resultado pode ser creditado &agrave; sele&ccedil;&atilde;o de um elenco cheio de talentos. Ben Affleck d&aacute; vida a Phil Knight, CEO e cofundador da Nike, um sujeito exc&ecirc;ntrico que mescla seu interesse pelo budismo e por Dalai Lama com um estilo ostenta&ccedil;&atilde;o t&iacute;pico dos milion&aacute;rios. Jason Bateman e Chris Messina (que vive o agente de Jordan, David Falk) tamb&eacute;m est&atilde;o &oacute;timos.
Mas vale guardar um lugar especial aqui para as duas estrelas do filme: Matt Damon, totalmente fora de forma para incorporar Sonny Vaccaro, e <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/248044-viola-davis-brasil-atriz-enaltece-amor-brasileiro-coletiva-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Viola Davis</a>, que vive Deloris, a m&atilde;e de Michael Jordan, uma mulher s&aacute;bia que protege como uma leoa os interesses do filho (mais uma informa&ccedil;&atilde;o curiosa: Jordan teria colocado como condi&ccedil;&atilde;o para aprovar o filme que Viola Davis interpretasse sua m&atilde;e).
Se tudo funciona bem em&nbsp;Air, boa parte do resultado pode ser creditado &agrave; sele&ccedil;&atilde;o de um elenco cheio de talentos.
Finalizando este elenco estelar, est&atilde;o tamb&eacute;m Chris Tucker, j&aacute; citado, e Matthew Maher (que vive o lend&aacute;rio designer que projetou o t&ecirc;nis Air Jordan). Como uma orquestra, cada um dos atores tem um papel que se conecta ao outro, criando uma sinfonia precisa e musical, em que nada sobra na narrativa.
Por fim, Air: A Hist&oacute;ria Por Tr&aacute;s do Logo tamb&eacute;m faz um coment&aacute;rio sobre a constru&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria de celebridades e sobre o pre&ccedil;o que se paga por participar deste que, supostamente, seria um mundo sonhado por todos. Michael Jordan (o ator que o interpreta nunca aparece de frente no filme &ndash; ele s&oacute; aparece de verdade nas imagens do atleta real) simboliza, por toda essa hist&oacute;ria, n&atilde;o apenas a concretiza&ccedil;&atilde;o terrena de um deus, mas tamb&eacute;m um m&aacute;rtir que, ao entrar nessa m&aacute;quina, topa tamb&eacute;m ser trucidado em p&uacute;blico em troca de seus milh&otilde;es.
Ao n&atilde;o ignorar essa parte do mito, o filme de Ben Affleck d&aacute; um passo a mais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s narrativas de supera&ccedil;&atilde;o e nos entrega uma obra provocativa e at&eacute; meio triste &ndash; e ainda assim muito divertida.

Amazon Prime

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Air: A História Por Trás do Logo inova em trama de superação (crítica)

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Imagem de 1408: filme de terror da Netflix assusta e entretém (crítica) no tecmundo

Vale a pena assistir o filme de terror 1408, que está bombando na Netflix? Confira uma análise narrativa e crítica da obra!

Voc&ecirc; teria coragem de passar uma noite em um local mal-assombrado? H&aacute; quem diga que jamais aceitaria a proposta, mesmo que houvesse uma enorme quantia de dinheiro envolvida. Por&eacute;m, h&aacute; quem toparia o desafio sem grandes problemas, especialmente quando falamos de indiv&iacute;duos c&eacute;ticos, que n&atilde;o acreditam muito em hist&oacute;rias de fantasmas, dem&ocirc;nios e afins. E este &eacute; o caso, inclusive, do personagem Mike Enslin (John Cusack), do filme de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261311-sucesso-terror-conheca-melhores-10-filmes-do-estudio-a24.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terror </a>1408, que est&aacute; dispon&iacute;vel na Netflix.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261289-eu-vi-diabo-filme-coreano-montanha-russa-emocoes-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eu Vi o Diabo: filme coreano &eacute; uma montanha-russa de emo&ccedil;&otilde;es (cr&iacute;tica)</a></li>
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Mas, antes de falar sobre o protagonista de 1408, especificamente, que tal saber um pouco mais sobre o longa-metragem de maneira geral? Pois bem, 1408&nbsp;&eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o cinematogr&aacute;fica de um conto de mesmo nome do renomado autor Stephen King. A publica&ccedil;&atilde;o consiste no terceiro conto da cole&ccedil;&atilde;o Blood and Smoke, lan&ccedil;ada em novembro de 1999. A proje&ccedil;&atilde;o, que estreou em 2007, &eacute; dirigida por Mikael H&aring;fstr&ouml;m e apresenta roteiros de Matt Greenberg, Scott Alexander e Larry Karaszewski.
Contando com John Cusack, Samuel L. Jackson, Mary McCormack, Tony Shalhoub, Isiah Whitlock Jr. e Jasmine Jessica Anthony em seu elenco principal, 1408&nbsp;voltou a chamar bastante aten&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico ao ser adicionado ao cat&aacute;logo da <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/263910-5-filmes-suspense-alta-netflix-voce-precisa-assistir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a> recentemente. O que nos leva &agrave;s seguintes perguntas: 1408&nbsp;&eacute; realmente bom? Vale a pena assistir? Qual &eacute; a trama do filme de terror e suspense? Bem, vamos te ajudar a preencher todas essas lacunas!
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/11/11121418156137.jpg" alt="1408 entrou para o top 10 de filmes da Netflix e tem agradado os assinantes da plataforma." />1408 entrou para o top 10 de filmes da Netflix e tem agradado os assinantes da plataforma.
<h2>1408: qual &eacute; a hist&oacute;ria do filme de terror?</h2>
Em 1408, entramos de cabe&ccedil;a na jornada de Mike Enslin (Cusack), um escritor de obras de terror c&eacute;tico e c&iacute;nico que se dedica a viajar pelos Estados Unidos em busca dos locais mais mal-assombrados do pa&iacute;s, apenas para provar que n&atilde;o h&aacute; nada neles (apesar de ele mentir e dizer que h&aacute; para vender mais livros). Outro detalhe importante: Mike perdeu sua jovem filha h&aacute; um tempo e isso o assombra mais do que qualquer fantasma ou dem&ocirc;nio. &nbsp; &nbsp;
Em meio &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de seu novo livro, eis que Mike descobre um novo desafio macabro para encarar: ficar uma noite no quarto de hotel 1408 do Hotel Dolphin, em Nova York. O espa&ccedil;o, que &eacute; descrito como um lugar amaldi&ccedil;oado e mortal, foi fechado permanentemente para quaisquer h&oacute;spedes, mas o gerente do hotel, Mr. Gerald Olin (Samuel L. Jackson), abre uma exce&ccedil;&atilde;o para Mike, que est&aacute; determinado a provar que o quarto &eacute; um lugar comum.
Ao decorrer da narrativa, todavia, o protagonista percebe que pode ter cometido o pior erro de sua vida e que o quarto 1408 esconde muito mais perigos do que ele poderia esperar.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/262325-skinamarink-bom-conheca-filme-terror-viral-tiktok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Skinamarink &eacute; bom? Conhe&ccedil;a filme de terror viral do TikTok</a></li>
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<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/12/12122712087172.jpg" alt="Os mist&eacute;rios do quarto 1408 s&atilde;o capazes de assombrar at&eacute; mesmo o c&eacute;tico protagonista da obra, Mike Enslin." />Os mist&eacute;rios do quarto 1408 s&atilde;o capazes de assombrar at&eacute; mesmo o c&eacute;tico protagonista da obra, Mike Enslin.
<h2>1408: an&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica</h2>
1408&nbsp;&eacute; um filme cl&aacute;ssico de terror, com v&aacute;rios elementos "batidos" do g&ecirc;nero, mas que, quando bem explorados, funcionam (as f&oacute;rmulas existem por um motivo, certo?). Ou seja, se voc&ecirc; procura por uma obra de horror inovadora, com uma narrativa extremamente original e reviravoltas geniais, talvez, 1408&nbsp;n&atilde;o seja para voc&ecirc;. Por outro lado, se voc&ecirc; busca por um filme de terror s&oacute;lido, capaz de entreter e assustar por algumas ocasi&otilde;es, mesmo que n&atilde;o fa&ccedil;a os olhos brilharem, seja muito bem-vindo ao quarto 1408. Aproveite sua estadia!
Por mais estranho que isso possa parecer (ou n&atilde;o), 1408&nbsp;puxa muitos elementos da jornada do her&oacute;i, de Joseph Campbell, para sustentar o protagonista Mike Enslin, vivido com compet&ecirc;ncia pelo j&aacute; veterano John Cusack (Alta Fidelidade). &Eacute; s&oacute; analisarmos com calma: Mike &eacute; um cara que n&atilde;o acredita em nada e que apenas quer continuar fazendo seu trabalho. De repente, ele &eacute; chamado para uma aventura (se hospedar no quarto 1408 do Hotel Dolphin), mas reluta em aceit&aacute;-la, a princ&iacute;pio. Ap&oacute;s ceder, ele parte em dire&ccedil;&atilde;o ao desconhecido, tem uma experi&ecirc;ncia transformadora e, no final de tudo, conquista a t&atilde;o sonhada reden&ccedil;&atilde;o e muda sua forma de enxergar a realidade e a si mesmo. Soa familiar?
Essa estrutura pode ser bem clich&ecirc; atualmente, uma vez que j&aacute; foi utilizada repetidas vezes ao longo do tempo no cinema e na televis&atilde;o, mas uma coisa &eacute; fato: ela &eacute; eficaz em tra&ccedil;ar uma caminhada clara para o personagem principal e ajuda a despertar empatia e aten&ccedil;&atilde;o no p&uacute;blico, que, por mais que saiba quase tudo o que vai acontecer, n&atilde;o consegue desgrudar os olhos da tela porque quer saber como o protagonista dar&aacute; a famigerada "volta por cima". E, se voc&ecirc; assistiu 1408&nbsp;na Netflix, j&aacute; sabe que Mike d&aacute; a volta por cima e meio que renasce no desfecho da produ&ccedil;&atilde;o.
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261514-panico-franquia-terror-sucesso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">P&acirc;nico: por que a franquia de terror faz tanto sucesso at&eacute; hoje?</a></li>
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Ali&aacute;s, por falar em estrutura, 1408&nbsp;tamb&eacute;m n&atilde;o inventa a roda quando o assunto &eacute; a narrativa como um todo. Os tr&ecirc;s atos do filme s&atilde;o bem definidos e de f&aacute;cil compreens&atilde;o, sem surpresas chocantes: o primeiro ato &eacute; composto pela apresenta&ccedil;&atilde;o de Mike e deus problemas; no segundo ato, Mike j&aacute; est&aacute; dentro do quarto 1408, em meio &agrave; sua jornada aterrorizante, mas reveladora; e o terceiro ato, que encerra o filme, mostra o protagonista confrontando e vencendo seus dem&ocirc;nios e fantasmas interiores, alcan&ccedil;ando sua inevit&aacute;vel ascens&atilde;o. &nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/12/12122910700173.jpg" alt="Voc&ecirc; toparia ficar no quarto 1408 por uma noite?" />Voc&ecirc; toparia ficar no quarto 1408 por uma noite?
O que mais surpreende em 1408&nbsp;&eacute; a criatividade presente no segundo ato do longa, no qual Mike est&aacute; passando por poucas e boas dentro do quarto amaldi&ccedil;oado. &Eacute; interessante ver como as coisas v&atilde;o escalando de propor&ccedil;&atilde;o e ficando cada vez mais perigosas conforme o personagem fica mais tempo dentro do local. Passamos de chocolates que aparecem milagrosamente na cama do quarto para enchentes e nevascas brutais em quest&atilde;o de minutos, o que traz uma certa imprevisibilidade necess&aacute;ria para dentro de uma estrutura que, como j&aacute; explicado anteriormente aqui, &eacute; bem previs&iacute;vel.
Em suma, 1408&nbsp;&eacute; uma experi&ecirc;ncia divertida e bem produzida, embora n&atilde;o traga novidades ou propostas desafiadoras para os espectadores. Mas, discutivelmente, nem todos os filmes precisam fazer isso para garantir um bom entretenimento.

Dimension Films

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1408: filme de terror da Netflix assusta e entretém (crítica)

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Imagem de Guardiões da Galáxia 3 é o filme mais emocionante do MCU (Crítica) no tecmundo

Com uma história simples, o fim dessa trilogia entrega o desfecho perfeito para ótimos personagens

Cheio de promessas de ser um projeto emocionante e a despedida de James Gunn da<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/tag/marvel" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Marvel Studios</a>, Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 enfim chega aos cinemas na quinta-feira, 4. O projeto, que marca o fim do ic&ocirc;nico grupo, &eacute; uma prova de resist&ecirc;ncia que te deixar&aacute; com um n&oacute; na garganta do in&iacute;cio ao fim.
Se algu&eacute;m falasse sobre Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia em 2013, &eacute; certo que pouqu&iacute;ssimas pessoas saberiam descrever esse grupo de her&oacute;is. Lan&ccedil;ado em 2014, o primeiro Guardi&otilde;es era o filme que os f&atilde;s precisam, no momento certo. Quem diria que uma &aacute;rvore, um guaxinim, uma filha de Thanos, um saqueador e um pai vingativo ditariam a t&ocirc;nica de filmes em equipe para os pr&oacute;ximos anos, e entrariam de vez na hist&oacute;ria da cultura pop.
Agora, quase uma d&eacute;cada depois desse come&ccedil;o, a hist&oacute;ria dos personagens mais desajustados da gal&aacute;xia chega ao fim com chave de ouro. Sem enrola&ccedil;&atilde;o, Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 &eacute; uma obra com alma, carisma, personalidade e amor. &Eacute; um filme que fecha arcos e consolida aquela equipe como a mais importante depois dos Vingadores.
Para esse fim de trilogia, o<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/263307-quem-elenco-guardioes-galaxia-vol-3.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;elenco completo dos filmes anteriores retorna</a>. Chris Pratt (Senhor das Estrelas), Zoe Saldana (Gamora), Bradley Cooper (Rocket Raccoon), Vin Diesel (Groot), Pom Klementieff (Mantis) e Dave Bautista (Drax) continuam como o centro das aten&ccedil;&otilde;es, al&eacute;m das adi&ccedil;&otilde;es mais regulares com Sean Gunn (Kraglin), Karen Gillan (Nebula) e Maria Bakalova (Cosmo).
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032413836008.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032413836008.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Na nova empreitada, os Guardi&otilde;es devem enfrentar seu oponente mais perverso at&eacute; ent&atilde;o: o Alto Evolucion&aacute;rio (Chukwudi Iwuji). Respons&aacute;vel por realizar experimentos torturantes em Rocket enquanto filhote, o caminho do grupo cruzar&aacute; o do vil&atilde;o, que ainda possuir&aacute; ajuda do esperado Adam Warlock (Will Poulter).&nbsp;
<h2>Cr&iacute;tica sem spoilers</h2>
Os primeiros cinco minutos do filme mostram a t&ocirc;nica que seguir&aacute; por 2 horas e 30 minutos de exibi&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Guardi&otilde;es 3 tira o p&uacute;blico de sua zona de conforto assim que come&ccedil;a. Mexer com animais, principalmente filhotes, &eacute; um golpe baixo, mas o roteiro n&atilde;o liga para isso e vai direto no &acirc;mago do espectador.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031654376004.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031654376004.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Durante toda a produ&ccedil;&atilde;o do filme, o diretor James Gunn n&atilde;o hesitava em comentar sobre as in&uacute;meras mortes que este filme teria, a carga emocional e as consequ&ecirc;ncias dos atos dos protagonistas. Conhecido por saber contar boas hist&oacute;rias malucas, Gunn conseguiu extrair o m&aacute;ximo desses personagens em um n&iacute;vel de desenvolvimento absurdo.
Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia &eacute; uma franquia sobre relacionamentos e desenvolvimento de personagens. A evolu&ccedil;&atilde;o do grupo desde o primeiro filme at&eacute; o Especial de Natal &eacute; louv&aacute;vel, e embora todos os filmes possam ter problemas - incluindo este - absolutamente nada tira o m&eacute;rito de como &eacute; prazeroso ver a evolu&ccedil;&atilde;o dos her&oacute;is mais bestas do espa&ccedil;o.
Se no primeiro filme Gamora, Nebula e Drax ganharam bastante destaque por conta da rela&ccedil;&atilde;o nociva com Thanos, o segundo filme soube explorar Peter Quill com Ego e Yondu, al&eacute;m de aprofundar as duas irm&atilde;s. Groot teve literalmente a evolu&ccedil;&atilde;o mais not&aacute;vel por crescer e transitar em Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato.
Mas faltava uma pe&ccedil;a no meio do caminho. Rocket sempre foi o mais misterioso dos personagens, e embora seja sabido h&aacute; anos sobre os experimentos pelo qual foi submetido, os projetos nunca mostraram isso. Tudo em Guardi&otilde;es sempre foi pautado em uma figura paterna e, agora, a amea&ccedil;a do criador de Rocket retorna.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031752947005.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031752947005.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>Rocket como protagonista e vil&atilde;o s&aacute;dico</h2>
Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 &eacute; um filme sobre Rocket Raccoon, com arcos para os demais personagens, mas que o roteiro gira em torno do ador&aacute;vel guaxinim do primeiro ao &uacute;ltimo minuto.
Ao fazer uma mescla de flashbacks e o presente, James Gunn criou um verdadeiro terror neste terceiro filme.&nbsp;As cenas de Rocket com o Alto Evolucion&aacute;rio s&atilde;o cru&eacute;is &mdash; e se prepare, pois s&atilde;o diversas. A tortura f&iacute;sica e psicol&oacute;gica &eacute; repetida at&eacute; quase que o limite, e olhar para as telonas &eacute; dif&iacute;cil. Em uma tentativa de criar "a sociedade perfeita" a partir de experimentos, esse vil&atilde;o se transforma no mais s&aacute;dico antagonista do MCU at&eacute; agora.&nbsp;
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03030547540000.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03030547540000.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Inclusive, esse argumento de sociedades perfeitas j&aacute; &eacute; algo manjado na fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. Seja como for, o filme transformou este vil&atilde;o em uma amea&ccedil;a infinitamente superior a qualquer coisa relacionada a <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260578-homem-formiga-vespa-quantumania-traz-kang-nao-convence-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kang</a>. E sinceramente, isso n&atilde;o parece ter sido uma grande dificuldade para o roteiro de Gunn.
&Eacute; preciso ter muito est&ocirc;mago para n&atilde;o se sensibilizar com tamanha crueldade. Os efeitos especiais super realistas deixam tudo ainda pior, e felizmente&nbsp;a Marvel acertou no CGI em cheio. Assim como os antecessores, o novo longa &eacute; bel&iacute;ssimo, mas mira em uma paleta de cores mais sombria e sinistra, igual ao roteiro.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031122543002.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03031122543002.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Al&eacute;m do tom tr&aacute;gico, o longa intercala perfeitamente o tempo de com&eacute;dia. Com muita galhofa e refer&ecirc;ncias aos anos 80, o filme &eacute; muito divertido, mas simultaneamente triste. Para quase toda cena tr&aacute;gica h&aacute; uma cena c&ocirc;mica em seguida, mas essas cenas s&atilde;o raramente relacionadas entre si. H&aacute; um distanciamento para se emocionar, se conectar com a obra, e rir.&nbsp;
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/262885-12-melhores-frases-guardioes-galaxia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As 12 melhores frases de 'Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia'</a></li>
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Tudo isso &eacute; embalado com a maravilhosa trilha sonora, cheia de cl&aacute;ssicos de diversas &eacute;pocas, como Radiohead, Faith no More, Florence+The Machine, Beastie Boys e muito mais. A m&uacute;sica &eacute; o fio condutor desta saga e, mais do que nunca, far&aacute; voc&ecirc; ter vontade de comprar um walkman.
<h2>A inevit&aacute;vel dor da perda</h2>
Embora s&oacute; seja respons&aacute;vel pela narra&ccedil;&atilde;o, Bradley Cooper entrega uma &oacute;tima performance ao dublar Rocket. Suas falas s&atilde;o comoventes, tristes, e, ao mesmo tempo, cheias de esperan&ccedil;a e fofura. Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 &eacute; uma montanha-russa de emo&ccedil;&otilde;es que te destr&oacute;i em pedacinhos para reconstruir aos poucos, mas mesmo assim voc&ecirc; ainda se sentir&aacute; quebrado.
Peter Quill tamb&eacute;m recebe um bom destaque com a Gamora, visto que a vers&atilde;o atual da personagem &eacute; a Gamora do passado. Quill passa por uma verdadeira depress&atilde;o por mais uma vez perder algu&eacute;m que ama. Depois de sua m&atilde;e, seu pai, Yondu, e sua namorada, ver que sua fam&iacute;lia est&aacute; em perigo liga um alerta. Assim como Peter, o espectador entende isso em todas as cenas mais importantes.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032202066007.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032202066007.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O restante do grupo enfrenta dilemas pr&oacute;prios que finalmente s&atilde;o solucionados. Ali&aacute;s, esse &eacute; um dos erros de Guardi&otilde;es 3. Na tentativa de amarrar t&atilde;o bem os n&uacute;cleos principais, a narrativa perde for&ccedil;a em hist&oacute;rias paralelas. Na verdade, as pr&oacute;prias decis&otilde;es de como alguns aspectos da trama principal se formam n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o convincentes, mas no momento do filme isso parece n&atilde;o importar. Esse senso de perigo constante faz com que os personagens tomem decis&otilde;es burras pelo medo, e devem ser bem digeridas pelo p&uacute;blico.
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/262833-publico-cansou-filmes-super-herois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O p&uacute;blico cansou de filmes de super-her&oacute;is?</a></li>
</ul>
Adam Warlock &eacute; um daqueles personagens mal aproveitados nessa hist&oacute;ria. Agindo como um grande beb&ecirc; burro, o anti-her&oacute;i &eacute; inserido apenas como um instrumento que, no fim das contas, n&atilde;o causa impacto not&aacute;vel nas situa&ccedil;&otilde;es, com exce&ccedil;&atilde;o de sua primeira apari&ccedil;&atilde;o, que movimenta a trama.
Al&eacute;m de Cooper, Chris Pratt e Zoe Saldana merecem destaque por suas atua&ccedil;&otilde;es. Bautista, Klementieff e Gillan tamb&eacute;m est&atilde;o muito bem nos pap&eacute;is, e finalmente mostram suas &uacute;ltimas camadas de desenvolvimento. O conflito entre esse &uacute;ltimo trio instiga cenas bonitas, e traz um ar de acerto de contas. Aos poucos, tudo vai se entrela&ccedil;ando lentamente at&eacute; chegar no inevit&aacute;vel desfecho.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032012697006.jpg" alt="f" /> <a class="fonte_imagem" href="https://tm.ibxk.com.br/2023/05/03/03032012697006.jpg">&nbsp;Marvel/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Antes disso, as in&uacute;meras cenas de a&ccedil;&atilde;o contagiam. James Gunn cria uma colcha de retalhos funcional que come&ccedil;a com drama, retorna para uma space opera, transita na fic&ccedil;&atilde;o mais densa, bate na porta do terror e condensa tudo com muita a&ccedil;&atilde;o. Ali&aacute;s, o terceiro ato conta com um plano-sequ&ecirc;ncia magn&iacute;fico, mesmo que ligeiramente curto e feito com muito CGI.
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/262975-guardioes-galaxia-3-salvar-mcu-fase-5-veja-o-esperar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 vai salvar o MCU fase 5?</a></li>
</ul>
De forma inesperada, o filme ainda insere muita viol&ecirc;ncia nas cenas. Para uma produ&ccedil;&atilde;o com classifica&ccedil;&atilde;o indicativa t&atilde;o baixa, algumas cenas s&atilde;o realmente pesadas e gr&aacute;ficas, mostrando uma maquiagem bem convincente de rostos desfigurados.
<h2>Conclus&atilde;o</h2>
<iframe width="700" height="400" src="https://www.youtube.com/embed/d1yNc9skssk" title="Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia: Volume 3 | Marvel Studios | Trailer Oficial 2 Dublado" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 &eacute; um mix de sentimentos. Este filme te far&aacute; rir, te farar chorar, e eu espero que te fa&ccedil;a perceber que o cinema de her&oacute;is ainda tem boas produ&ccedil;&otilde;es, mesmo que sejam uma minoria hoje. Por mais clich&ecirc; que possa parecer, este final &eacute; uma carta de amor de Gunn a esses personagens, que o elevaram a um status diferente desde quando assumiu o primeiro projeto em 2013.&nbsp;
Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia 3 &eacute; um filme que, entre poucos erros e muitos acertos, &eacute; uma clara simbologia de amor para quem gosta de super-her&oacute;is, e principalmente, para quem gosta de cinema.
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</div>

Marvel/divulgação

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Guardiões da Galáxia 3 é o filme mais emocionante do MCU (Crítica)

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Imagem de The Marvelous Mrs. Maisel continua encantando na 5ª temporada? (crítica) no tecmundo

A Maravilhosa Sra. Maisel muda o estilo, mas mantém os diálogos dinâmicos e temas inusitados. Confira nossa opinião sobre os 8 primeiros episódios.

Uma das com&eacute;dias de sucesso do Prime Video chega na sua quinta e &uacute;ltima temporada. <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/the-marvelous-mrs-maisel" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Maravilhosa Sra. Maisel</a> estreia no dia 14 de abril na plataforma de streaming e o <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/233895-the-marvelous-mrs-maisel-4-temporada-novos-desafios-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Minha S&eacute;rie</a> teve acesso exclusivo aos oito primeiros epis&oacute;dios. Confira nossas primeiras impress&otilde;es da produ&ccedil;&atilde;o que deixar&aacute; saudades.&nbsp;
Desta vez, a comediante Miriam "Midge" Maisel (Rachel Brosnahan) n&atilde;o vai perder tempo nem oportunidades para crescer na carreira no stand-up, que est&aacute; um com a reputa&ccedil;&atilde;o manchada ap&oacute;s tantas pol&ecirc;micas e trabalhos fracassados. Al&eacute;m de acompanharmos as <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/209685-the-marvelous-mrs-maisel-4-temporada-inicia-filmagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hist&oacute;rias das fam&iacute;lias Maisel e Weissman</a>.&nbsp;
Ser&aacute; que Amy Sherman-Palladino &eacute; amaldi&ccedil;oada nas &uacute;ltimas temporadas das suas produ&ccedil;&otilde;es? Em <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/215064-gilmore-girls-lauren-graham-toparia-fazer-novo-revival-serie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gilmore Girls</a>, ela teve um triste desentendimento com a Warner Bros&nbsp;&nbsp;e abandonou a s&eacute;rie na sexta temporada, deixando para os demais roteiristas a responsabilidade de finalizar as &uacute;ltimas tr&ecirc;s temporadas. E quando ela teve a oportunidade de finalizar a hist&oacute;ria com o especial produzido pela Netflix, Gilmore Girls: Um Ano para Recordar, Amy trouxe uma trama que n&atilde;o agradou muito alguns f&atilde;s.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/12/12010006244004.jpg" alt="Maravilhosa Sra. Maisel (2017 - 2023)" />Maravilhosa Sra. Maisel (2017 - 2023)
Agora com The Marvelous Mrs. Maisel, a diretora e roteirista acertou em cheio at&eacute; a quarta temporada, mas a quinta pode gerar um pouco de confus&atilde;o. Com um recurso narrativo diferente, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/234004-marvelous-mrs-maisel-5-temporada-ultima-amazon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&uacute;ltima temporada</a> renova na forma de apresentar as novas hist&oacute;rias vividas pelos personagens. De uma forma criativa o roteiro nos far&aacute; pensar &ldquo;Meu Deus! O que est&aacute; acontecendo aqui&rdquo; e nos questionar se realmente gostamos da protagonista que j&aacute; conhecemos.&nbsp;
<h2>Novos e velhos cen&aacute;rios se conectando</h2>
Infelizmente, alguns cen&aacute;rios n&atilde;o aparecem mais com tanta frequ&ecirc;ncia ao longo dos epis&oacute;dios, como por exemplo o clube de strip onde Midge quase se escondeu por toda a temporada anterior. Por&eacute;m, isso n&atilde;o deixa um vazio t&atilde;o grande j&aacute; que &eacute; substitu&iacute;do por in&uacute;meros outros cen&aacute;rios e situa&ccedil;&otilde;es. Alguns lugares s&atilde;o inesperados como as oportunidades que Midge e os outros personagens alcan&ccedil;am, outros j&aacute; conhecemos de longa data, mas temos a oportunidade de ver de uma forma diferente.&nbsp;
Diferente da temporada anterior que teve um ritmo um pouco mais lento e ficou parada em alguns ambientes, mas que nos trouxe muitos debates e reflex&otilde;es importantes. Dessa vez, tivemos um pouco mais de agita&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o foi por conta dos di&aacute;logos que continuam bem r&aacute;pidos e volumosos, a todo tempo somos bombardeados com muitas informa&ccedil;&otilde;es em cada cena. No come&ccedil;o, pode n&atilde;o fazer sentido algumas cenas e di&aacute;logos, por&eacute;m ao longo dos epis&oacute;dios tudo vai fazer sentido.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/12/12010101902005.jpg" alt="Maravilhosa Sra. Maisel&nbsp;(2017 - 2023)" />Maravilhosa Sra. Maisel&nbsp;(2017 - 2023)
<h2>Ningu&eacute;m solta a m&atilde;o de ningu&eacute;m&nbsp;</h2>
Os relacionamentos ficam mais complexos a cada nova situa&ccedil;&atilde;o apresentada e podemos ver o <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/205040-the-marvelous-mrs-maisel-lenny-bruce-4-temporada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amadurecimento de cada personagem</a>. Principalmente, o pai da Sra. Maisel, Abe (Tony Shalhoub), que sai de uma m&aacute;quina de trabalho, para um homem que realmente compreende a for&ccedil;a dos seus filhos e passa a am&aacute;-los mais quando entende o quanto eles tiveram que crescer sem o apoio dele (por favor, preste muita aten&ccedil;&atilde;o no mon&oacute;logo do personagem no oitavo epis&oacute;dio).&nbsp;
A confus&atilde;o citada no t&oacute;pico antecedente tamb&eacute;m se estende nos relacionamentos interpessoais ao longo de The Marvelous Mrs. Maisel, pois o novo recurso narrativo utilizado tr&aacute;s novos acontecimentos de nos deixar angustiados e, at&eacute; mesmo, irritados&hellip;&nbsp;
<h2>A estagna&ccedil;&atilde;o leva ao progresso?</h2>
Anteriormente, acompanhamos a protagonista se negando a participar de shows de abertura, onde recebe o p&uacute;blico que est&aacute; &agrave; espera de um grande stand-up de outro artista com mais sucesso. Isso gerou in&uacute;meros &ldquo;n&atilde;os&rdquo; para a comediante e atrapalhou o trabalho de sua agente Susie (Alex Borstein).&nbsp;
Em compensa&ccedil;&atilde;o, algumas janelas de oportunidades foram abertas para Midge e ela aproveita cada uma mediante suas condi&ccedil;&otilde;es. Isso tamb&eacute;m vale para Susie e seus outros assessorados, que ela impulsiona de todas as formas. Al&eacute;m de Joe (Michael Zegen) que mesmo passando por v&aacute;rias decep&ccedil;&otilde;es consegue correr atr&aacute;s do que acredita, mesmo que isso traga consequ&ecirc;ncias dr&aacute;sticas. &nbsp;&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/12/12010147798007.jpg" alt="Maravilhosa Sra. Maisel (2017 - 2023)" />Maravilhosa Sra. Maisel (2017 - 2023)
<h2>The Marvelous Mrs. Maisel ainda &eacute; uma com&eacute;dia?</h2>
Que a s&eacute;rie &eacute; recheada de piadas e di&aacute;logos ir&ocirc;nicos, ningu&eacute;m pode negar. Mas j&aacute; faz um tempo que o drama pesa bem mais do que a com&eacute;dia em si, os temas abordados s&atilde;o sempre muito bem encaixados dentro do roteiro sem ficar desgastante. Como as formas de lidar com uma gr&aacute;videz indesejada, os desafios de ser aceita em um ambiente de trabalho hostil e machista, os dilemas da cria&ccedil;&atilde;o de filhos e netos, as diversas motiva&ccedil;&otilde;es para um div&oacute;rcio e como os pap&eacute;is de g&ecirc;nero pr&eacute; definidos pela sociedade impactam na forma&ccedil;&atilde;o de uma fam&iacute;lia.&nbsp;
Entretanto, nesta <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/158904-marvelous-mrs-maisel-sai-em-turne-no-novo-trailer-da-3-temporada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temporada a com&eacute;dia</a> ficou como uma bengala utilizada em momentos muito espec&iacute;ficos, para aliviar as dores pontuais das cenas de drama que podem nos tirar do ch&atilde;o de t&atilde;o emocionantes.
<h2>Sentiremos saudades&nbsp;</h2>
Com suas piadas inteligentes, sarc&aacute;sticas e muito r&aacute;pidas, The Marvelous Mrs. Maisel conquistou v&aacute;rios f&atilde;s e espectadores do Prime Video. Com os figurinos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/158206-the-marvelous-mrs-maisel-premio-do-sag-awards-e-dedicado-para-tarantina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donna Zakowska&nbsp;</a>todo o visual dessa nova temporada foi &uacute;nico baseado na personalidade dos personagens e em cada &eacute;poca apresentada.&nbsp;
A produ&ccedil;&atilde;o nos leva a dif&iacute;ceis e emocionantes reflex&otilde;es que nos tira risadas, l&aacute;grimas e cr&iacute;ticas sociais que nos faz repensar se estamos t&atilde;o distantes de 1950 quanto parecemos estar. Pois muitas viv&ecirc;ncias da Midge nas telas refletem os acontecimentos das vidas de v&aacute;rias mulheres hoje em dia com o preconceito e a jornada dupla de trabalho dentro e fora de casa.&nbsp;
A s&eacute;rie &eacute; uma &oacute;tima dica para quem gosta de se divertir com conte&uacute;dos inteligentes e atuais mesmo n&atilde;o se passando nos dias de hoje. Assista os tr&ecirc;s primeiros epis&oacute;dios no dia 14 de abril e os demais epis&oacute;dios semanais no Prime Video.

Reprodução / Prime Video

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The Marvelous Mrs. Maisel continua encantando na 5ª temporada? (crítica)

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Imagem de HBO vale a pena? Veja análise do serviço de streaming no tecmundo

Vale a pena assinar o HBO Max? Confira uma análise completa do serviço de streaming e saiba os pontos positivos e negativos da plataforma!

Vale a pena assinar o <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261278-hbo-max-10-filmes-ver-cancelar-assinatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HBO Max</a>? A resposta para essa pergunta n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples quanto parece, uma vez que os f&atilde;s de s&eacute;ries e filmes contam com diversas op&ccedil;&otilde;es de plataformas de streaming no mercado, cada uma delas com t&iacute;tulos, funcionalidades e caracter&iacute;sticas diferentes. Nesse sentido, por que o HBO Max seria uma op&ccedil;&atilde;o interessante? Quais s&atilde;o os pontos positivos e negativos do servi&ccedil;o de streaming? Nesta an&aacute;lise, responderemos essas e outras perguntas para que voc&ecirc; possa tomar a melhor decis&atilde;o poss&iacute;vel!
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259793-confira-11-melhores-filmes-hbo-max.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Confira os 11 melhores filmes da HBO Max</a></li>
</ul>
Antes, contudo, vamos entender um pouco sobre o que &eacute; o HBO Max e sobre como ele surgiu no mercado. A plataforma de streaming pertence ao conglomerado de m&iacute;dia Warner Bros. Discovery, formado atrav&eacute;s da fus&atilde;o entre a WarnerMedia e a Discovery Inc., que aconteceu em abril de 2022.&nbsp;
O servi&ccedil;o, por outro lado, foi lan&ccedil;ado bem antes disso, em maio de 2020, pela WarnerMedia, que at&eacute; ent&atilde;o ainda atuava de forma singular, sem o envolvimento da Discovery. No Brasil e nos demais territ&oacute;rios da Am&eacute;rica Latina, o HBO Max chegou apenas em junho de 2021.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/30/30161523000344.jpg" alt="O HBO Max engloba todos os conte&uacute;dos produzidos pela Warner Bros. e segue ganhando assinantes com o passar do tempo; saiba tudo sobre a plataforma!" />O HBO Max engloba todos os conte&uacute;dos produzidos pela Warner Bros. e segue ganhando assinantes com o passar do tempo; saiba tudo sobre a plataforma!
O HBO Max surgiu como uma forma de substituir o antigo servi&ccedil;o digital da HBO, chamado de HBO Go, que era alvo de muitas reclama&ccedil;&otilde;es por parte de seus assinantes devido ao seu mal funcionamento. Por isso, o HBO Max ganhou uma nova roupagem, logotipo, funcionalidades e t&iacute;tulos em seu cat&aacute;logo, visando melhorar a experi&ecirc;ncia dos usu&aacute;rios com os produtos de entretenimento criados pela Warner.
Segundo relat&oacute;rio divulgado pela pr&oacute;pria Warner Bros. Discovery em rela&ccedil;&atilde;o ao segundo trimestre de 2022, os canais HBO e os streamings <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261175-aumento-brasil-veja-assinar-hbo-max-desconto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">HBO Max</a> e Discovery+, juntos, somavam 92,1 milh&otilde;es de assinantes. N&uacute;mero que s&oacute; tem crescido com o passar do tempo, especialmente ap&oacute;s a fus&atilde;o entre as companhias, que incrementou ainda mais a base de consumidores do conglomerado.&nbsp;
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260350-warner-nao-deve-unir-hbo-max-discovery-unico-servico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Warner muda planos na fus&atilde;o da HBO Max e Discovery+ nos EUA; entenda</a></li>
</ul>
Devido a essa associa&ccedil;&atilde;o entre WarnerMedia e Discovery Inc., inclusive, a companhia tem como objetivo unificar o HBO Max e o Discovery+ a fim de criar uma nova plataforma de streaming, que englobaria todos os conte&uacute;dos das marcas. Ali&aacute;s, a assessoria da HBO confirmou ao Minha S&eacute;rie essa informa&ccedil;&atilde;o, por&eacute;m, o novo servi&ccedil;o ainda n&atilde;o ganhou um nome oficial ou uma data de lan&ccedil;amento.
<h2>HBO Max: quais s&atilde;o os pre&ccedil;os?</h2>
Em fevereiro de 2023, o HBO Max teve seu primeiro reajuste de valores desde sua funda&ccedil;&atilde;o. Quando foi lan&ccedil;ada no Brasil, a plataforma apresentava os seguintes pre&ccedil;os:
<ul>
<li>Plano mensal multitelas: RS$ 27,90</li>
<li>Plano trimestral multitelas: RS$ 74,90</li>
<li>Plano anual multitelas: RS$ 239,90</li>
</ul>
Ap&oacute;s os reajustes, os pre&ccedil;os atuais do HBO Max s&atilde;o os seguintes:
<ul>
<li>Plano mensal multitelas: RS$ 34,90</li>
<li>Plano trimestral multitelas: RS$ 74,90</li>
<li>Plano anual multitelas: RS$ 239,90</li>
</ul>
Como &eacute; poss&iacute;vel notar, apenas o plano anual ficou mais caro e os valores para os planos trimestral e anual seguem os mesmos. Os novos n&uacute;meros come&ccedil;aram a valer no dia 30 de mar&ccedil;o de 2023 tanto para novos assinantes quanto para os atuais, mas ainda &eacute; poss&iacute;vel <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261175-aumento-brasil-veja-assinar-hbo-max-desconto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adquirir o servi&ccedil;o com 50% de desconto.</a>
Lembrando que todos os planos do HBO Max contam com as seguintes vantagens:
<ul tabindex="0">
<li>Dispon&iacute;vel em todos os dispositivos</li>
<li>3 telas dispon&iacute;veis ao mesmo tempo</li>
<li>Alta defini&ccedil;&atilde;o e tecnologia 4k</li>
<li>Download de at&eacute; 30 t&iacute;tulos</li>
<li>Cria&ccedil;&atilde;o de 5 perfis diferentes</li>
</ul>
<h2>HBO Max: o que tem no cat&aacute;logo?</h2>
Um dos pontos mais elogiados do HBO Max &eacute; seu cat&aacute;logo, que abrange produ&ccedil;&otilde;es de diferentes marcas conhecida da audi&ecirc;ncia. S&atilde;o elas:
<h3>Warner Bros.</h3>
Quase todos os filmes e outros projetos audiovisuais produzidos e/ou distribu&iacute;dos pela marca s&atilde;o disponibilizados no servi&ccedil;o de streaming. Inclusive, os filmes mais recentes da empresa que saem no cinema tamb&eacute;m v&atilde;o para o HBO Max posteriormente (geralmente 45 dias ap&oacute;s a estreia oficial no cinema).
Alguns t&iacute;tulos: Harry Potter, Elvis, Matrix, Coringa, Duna, Um Sonho de Liberdade, Sniper Americano, O Senhor dos An&eacute;is, Nasce Uma Estrela, Laranja Mec&acirc;nica, Mad Max, entre outros.
<h3>DC</h3>
As s&eacute;ries e filmes dos super-her&oacute;is da DC Comics tamb&eacute;m s&atilde;o uma das grandes atra&ccedil;&otilde;es do HBO Max. Todo o Universo Cinematogr&aacute;fico da DC (DCU) est&aacute; dispon&iacute;vel no streaming, incluindo produ&ccedil;&otilde;es mais antigas e mais novas.
Alguns t&iacute;tulos: Liga da Justi&ccedil;a, The Batman, Aquaman, Ad&atilde;o Negro, Shazam!, O Homem de A&ccedil;o, Batman vs Superman, Doom Patrol, Pacificador, O Esquadr&atilde;o Suicida, Superman &amp; Lois, entre outros.
<h3>HBO</h3>
Todas as produ&ccedil;&otilde;es originais dos canais HBO fazem parte do cat&aacute;logo do HBO Max, incluindo s&eacute;ries premiadas e outros diversos especiais renomados.
Alguns t&iacute;tulos: Succession, The Wire, Watchmen, The Last of Us, Game of Thrones, House of the Dragon, Os Sopranos, Sex and the City, Euphoria, Chernobyl, The White Lotus, entre outros.
<h3>Cartoon Network</h3>
Se voc&ecirc; &eacute; f&atilde; de anima&ccedil;&otilde;es, as produ&ccedil;&otilde;es do anal Cartoon Network tamb&eacute;m encontraram lar no HBO Max. De desenhos novos e obras cl&aacute;ssicas, h&aacute; divers&atilde;o para todos os gostos.
Alguns t&iacute;tulos: O Incr&iacute;vel Mundo de Gumball, Os Jovens Tit&atilde;s em A&ccedil;&atilde;o!, Ben 10, As Meninas Superpoderosas, Coragem, O C&atilde;o Covarde, Apenas Um Show, Hora de Aventura, entre outros.
<h3>Adult Swim</h3>
Para quem &eacute; mais chegado em anima&ccedil;&otilde;es adultas, o HBO Max tamb&eacute;m traz t&iacute;tulos de peso da marca Adult Swim, que marcou gera&ccedil;&otilde;es com suas produ&ccedil;&otilde;es inusitadas.
Alguns t&iacute;tulos: Rick and Morty, Primal, Samurai Jack, Aqua Teen: O Esquadr&atilde;o For&ccedil;a Total, Metalocalypse, Frango Rob&ocirc;, Smiling Friends, entre outros.
<h3>Outras produ&ccedil;&otilde;es</h3>
Al&eacute;m disso, o HBO Max tamb&eacute;m &eacute; lar de outas produ&ccedil;&otilde;es interessantes, como document&aacute;rios e animes. Por&eacute;m, algo que tem chamado muito a aten&ccedil;&atilde;o dos assinantes &eacute; a &aacute;rea dedicada aos esportes. Atualmente, o HBO Max transmite jogos ao vivo da Liga dos Campe&otilde;es da Europa e do Campeonato Paulista de Futebol.
<h2>Qualidade do aplicativo</h2>
Se o cat&aacute;logo do HBO Max &eacute; impressionante e recheado de sucessos e conte&uacute;dos de qualidade, o mesmo n&atilde;o se pode dizer sobre o funcionamento do aplicativo do streaming. Assim como acontecia no encerrado HBO Go, mas em uma escala menor, a plataforma costuma travar em algumas ocasi&otilde;es (em epis&oacute;dios importantes de s&eacute;ries muito assistidas, por exemplo, o que deixa os f&atilde;s n&atilde;o muito felizes).
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/237263-9-series-originais-assistidas-hbo-max.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 das s&eacute;ries mais assistidas do HBO Max</a></li>
</ul>
Al&eacute;m disso, muitos usu&aacute;rios j&aacute; relataram problemas com legendas, que, por vezes, aparecem erradas, fora de sincronia ou que simplesmente desaparecem. Outra reclama&ccedil;&atilde;o frequente dos assinantes tem a ver com a qualidade do streaming, que, dependendo do momento, pode oscilar bastante, especialmente quando o assunto &eacute; esportes ao vivo.&nbsp;
Para completar, h&aacute; uma certa lentid&atilde;o na navega&ccedil;&atilde;o pelo servi&ccedil;o, que pode demorar para carregar suas p&aacute;ginas e t&iacute;tulos. Portanto, &eacute; preciso ter um pouco de paci&ecirc;ncia. Inclusive, a pr&oacute;pria HBO j&aacute; reconheceu essas "falhas" em seu sistema e, muitas vezes, disse estar trabalhando para aperfei&ccedil;oar seus recursos.
Outro detalhe a ser considerado &eacute; a disponibilidade limitada do app. Enquanto o servi&ccedil;o funciona de maneira nativa em Smart TVs de marcas como Samsung e LG, desde seu lan&ccedil;amento, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/220197-hbo-max-nao-possui-app-fire-tv-stick-no-brasil-veja-assistir.htm" target="_blank" rel="sponsored">HBO Max n&atilde;o chegou oficialmente ao Fire TV Stick da Amazon</a>, exigindo que os usu&aacute;rios fa&ccedil;am uma instala&ccedil;&atilde;o externa da plataforma no dispositivo.&nbsp;
<h2>HBO Max: quem pode gostar do servi&ccedil;o?</h2>
Se voc&ecirc; procura por conte&uacute;dos de qualidade, o HBO Max &eacute; uma &oacute;tima pedida, afinal, al&eacute;m de diversos &oacute;timos filmes, conta com s&eacute;ries originais de primeira linha, vencedoras de diversos pr&ecirc;mios importantes e que encantam audi&ecirc;ncias em todo o mundo. F&atilde;s de super-her&oacute;is, anima&ccedil;&otilde;es e esportes tamb&eacute;m s&atilde;o contemplados no pacote.
Por&eacute;m, se voc&ecirc; preza mais por um servi&ccedil;o constante, sem bugs ou falhas, o HBO Max pode n&atilde;o funcionar t&atilde;o bem. Nesse caso, &eacute; preciso colocar na balan&ccedil;a seu gosto por bons conte&uacute;dos e tecnologia. No fim das contas, as coisas podem acabar se equilibrando ou pesando mais para um lado do que outro. Tudo depender&aacute; da sua an&aacute;lise.

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HBO Max vale a pena? Veja análise do serviço de streaming

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Imagem de Daisy Jones & The Six fica aquém do livro, mas traz diversão (crítica) no tecmundo

Adaptação da Amazon Prime apresenta personagens menos charmosos e dramas pouco aprofundados. Ainda assim, pode agradar os fãs

A escritora Taylor Jenkins Reid parece ter um talento bem peculiar: ela cria literatura de celebridades que n&atilde;o existem, mas que s&atilde;o capazes de gerar fandoms muito reais. Foi assim com <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/257876-confira-livros-vendidos-2022-amazon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os Sete Maridos de Evelyn Hugo,</a> em 2017, sobre uma estrela do cinema que relembra seus tempos &aacute;ureos e seus amores perdidos. Depois disso, ela lan&ccedil;ou em 2019 Daisy Jones &amp; The Six &ndash; Uma Hist&oacute;ria de Amor e M&uacute;sica, que elabora uma narrativa a partir de uma banda fict&iacute;cia constitu&iacute;da nos anos 1970 e permeada muito drama em torno de seus membros.
Daisy Jones &amp; The Six, que &eacute; um hit liter&aacute;rio, foi transformado em miniss&eacute;rie em 10 cap&iacute;tulos pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/amazon-prime" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazon Prime</a> e anunciado como uma das grandes atra&ccedil;&otilde;es televisivas de 2023. O livro, vale dizer, &eacute; delicioso. Organizado sob forma de entrevistas ping-pong (um formato pouco explorado na literatura, mas que j&aacute; deixava a obra praticamente pronta para ser adaptada para TV ou cinema), a obra conta a saga de amor, &oacute;dio e drogas da banda The Six, formada por amigos de inf&acirc;ncia de Pittsburg, e seu encontro com uma candidata a cantora: a err&aacute;tica Daisy Jones (vivida por <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/206058-cult-following-elenco-nova-serie-dakota-johnson-riley-keough.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Riley Keough</a>, neta de Elvis Presley, informa&ccedil;&atilde;o que d&aacute; um tempero a mais &agrave; s&eacute;rie).
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<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261330-daisy-jones-the-six-conheca-historia-inspirou-banda.htm" target="_blank" title="Daisy Jones &amp; The Six: conhe&ccedil;a a hist&oacute;ria que inspirou a banda">Daisy Jones &amp; The Six: conhe&ccedil;a a hist&oacute;ria que inspirou a banda</a></li>
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A expectativa sobre a adapta&ccedil;&atilde;o, portanto, era enorme. A julgar pelos epis&oacute;dios j&aacute; lan&ccedil;ados pelo Prime, h&aacute; uma certa frustra&ccedil;&atilde;o em torno de Daisy Jones &amp; The Six, que soa bem menos envolvente e excessivamente &ldquo;higi&ecirc;nica&rdquo; em rela&ccedil;&atilde;o ao livro. Explico: o charme de Daisy Jones &amp; The Six n&atilde;o &eacute; apenas acompanhar a saga da ascens&atilde;o da banda (o que, por si s&oacute;, &eacute; fascinante), mas tamb&eacute;m mergulhar nos meandros e nos problemas particulares de um grupo cujas personalidades geram atritos frequentes entre eles.
O mote central da hist&oacute;ria est&aacute; na rela&ccedil;&atilde;o entre Daisy e Billy Dunne (papel de Sam Clafin), o l&iacute;der do The Six. Billy &eacute; centralizador e, de certa forma, tem um ego exacerbado que ofusca o o talento de seus parceiros musicais &ndash; seu irm&atilde;o mais novo Graham e mais tr&ecirc;s m&uacute;sicos recrutados por eles. Por isso, quando Daisy entra em cena, de maneira quase acidental (ela &eacute; agregada ao grupo pelo empres&aacute;rio), o equil&iacute;brio desse sistema precisa se reorganizar, j&aacute; que agora h&aacute; duas estrelas em potencial tendo que dividir os holofotes e se entender.
O resultado, claro, &eacute; briga e disputa, seja de maneira expl&iacute;cita ou simplesmente sob a forma de tens&atilde;o que fica no ar. O enredo, portanto, &eacute; maravilhoso, e n&atilde;o por acaso o livro de Taylor Jenkins Reid fez tanto sucesso: todos n&oacute;s, de uma forma ou outra, j&aacute; nos imaginamos algum dia como deve ser rodar o mundo com uma banda de rock e cativar f&atilde;s do mundo inteiro.
Mas Daisy Jones &amp; The Six&nbsp;&eacute; bem mais que isso. &Eacute; tamb&eacute;m uma hist&oacute;ria de amor (ou de amores), sobre encontros e desencontros, entre Daisy, Billy e sua esposa Camila (vivida pela atriz argentina Camila Morrone). Uma hist&oacute;ria t&atilde;o aut&ecirc;ntica quanto imposs&iacute;vel, daquelas capazes de quebrar o cora&ccedil;&atilde;o. Ao menos no livro &ndash; pois, na s&eacute;rie, ela acaba perdendo parte de seu brilho.
<h2>Uma adapta&ccedil;&atilde;o irregular</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QMi6e6blNN4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Ok, sabemos que &eacute; sempre meio injusto comparar livro e adapta&ccedil;&atilde;o cinematogr&aacute;fica ou em s&eacute;rie televisiva (s&atilde;o obras independentes, etc.). Mas quando estamos diante de um grande sucesso, lido e cultuado por milh&otilde;es de pessoas, se torna inevit&aacute;vel assistir &agrave; s&eacute;rie da Amazon Prime sob a &oacute;tica do romance que o originou.
H&aacute; um desafio e tanto, portanto, que &eacute; fazer jus &agrave; expectativa dos f&atilde;s. Penso que a maior &ldquo;decep&ccedil;&atilde;o&rdquo; aqui &eacute; a perda do charme da trama de Taylor Jenkins Reid. Estamos diante do livro da ascens&atilde;o e queda de uma hist&oacute;ria musical de um supergrupo dos anos 1960, formada por m&uacute;sicos talentosos, mas que, em boa parte das vezes, ficavam abafados pela centralidade do seu l&iacute;der, o sens&iacute;vel e quebrado Billy &ndash; que &eacute; defendido de forma contida e eficiente pelo ator Sam Clafin, conhecido pela franquia <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/220660-jogos-vorazes-ordem-correta-filmes-onde-assistir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Vorazes</a>).
Os outros personagens tamb&eacute;m t&ecirc;m o seu charme. Graham (Will Harrison), o irm&atilde;o mais novo de Billy, &eacute; delicado e gentil, e nutre uma paix&atilde;o pela tecladista brit&acirc;nica da banda, a elegante Karen Sirko (Suki Waterhouse &ndash; que parece mais sa&iacute;da do Velvet Underground do que do Fleetwood Mac, que parece ser a refer&ecirc;ncia central aos The Six).
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<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261627-onde-ver-sam-claflin-7-producoes-astro-daisy-jones-the-six.htm" target="_blank" title="Onde ver Sam Claflin: 7 produ&ccedil;&otilde;es com o astro de Daisy Jones &amp; The Six">Onde ver Sam Claflin: 7 produ&ccedil;&otilde;es com o astro de Daisy Jones &amp; The Six</a></li>
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Mas quem brilha mesmo nessa hist&oacute;ria &eacute; Camila &ndash; que, no livro, &eacute; a personagem mais rica e multifacetada, mas que acaba sendo abordada de maneira mais econ&ocirc;mica na s&eacute;rie. E penso que essa talvez seja a grande fragilidade da adapta&ccedil;&atilde;o: os personagens s&atilde;o menos &ldquo;gost&aacute;veis&rdquo; na vers&atilde;o televisiva do que no livro.
Em especial, talvez, a pr&oacute;pria Daisy Jones perdeu muito do carisma da personagem do livro. Boa parte do encanto da obra est&aacute; em nos comovermos com &ldquo;her&oacute;is&rdquo; falhos, com estrelas com m&uacute;ltiplas camadas &ndash; muitas delas pouco agrad&aacute;veis &ndash; mas por quem n&atilde;o conseguimos n&atilde;o nos apaixonar.
<h2>Pouco charme</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/19/19101901563006.jpg" alt="(Fonte: Amazon Prime)" />(Fonte: Amazon Prime)
A Daisy incorporada por Rylo Keough, tem bem menos charme do que a Camila de Camila Morrone ou a Karen de Suki Waterhouse. Ambas d&atilde;o um baile na protagonista da hist&oacute;ria. Mas talvez n&atilde;o d&ecirc; para colocar toda a &ldquo;culpa&rdquo; na neta de Elvis Presley. Parece-me que a contextualiza&ccedil;&atilde;o em torno dos problemas de Daisy Jones &eacute; excessivamente r&aacute;pida para que possamos realmente vir a gostar dela.
No come&ccedil;o da s&eacute;rie, vemos que Daisy &eacute; uma mo&ccedil;a privilegiada, filha de pais ricos, mas que &eacute; severamente negligenciada por eles. S&oacute; sabemos isso por conta de uma cena: quando os pais d&atilde;o uma festa na sua bela casa e a menina, no quarto, leva uma bronca da m&atilde;e por estar cantando a plenos pulm&otilde;es, e ouve dela que n&atilde;o tem talento. No resto da hist&oacute;ria, s&oacute; sabemos que os pais se mudaram e n&atilde;o avisaram a filha.
Parece pouco &ndash; assim como os dramas que envolvem os outros personagens, como Billy e Camila &ndash; para que possamos realmente nos cativar pela trama. Ainda assim, mesmo que n&atilde;o v&aacute; gerar um novo fandom apaixonado, para quem n&atilde;o se importar com a falta de profundidade, Daisy Jones &amp; The Six&nbsp;pode trazer um bom mergulho em uma hist&oacute;ria regada por boa m&uacute;sica.

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Daisy Jones & The Six fica aquém do livro, mas traz diversão (crítica)

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Imagem de Becky: filme de suspense é uma versão brutal de Esqueceram de Mim no tecmundo

Trazendo um ator de comédia no papel de vilão, o filme Becky surpreende com história de suspense violenta e sangrenta! Veja a crítica

<head></head><body>"Havia uma pequena garota, que tinha uma pequeno cachinho, bem no meio de sua testa. Quando ela era boazinha, ela era muito boazinha. Mas quando ela era má, ela era terrível". Este pequeno poema, que surge por algumas vezes durante a narrativa, resume muito bem o que é Becky, filme norte-americano de suspense e ação lançado em junho de 2020.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261289-eu-vi-diabo-filme-coreano-montanha-russa-emocoes-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eu Vi o Diabo: filme coreano é uma montanha-russa de emoções (crítica)</a></li></ul>Dirigido por Jonathan Milott e Cary Murnion, e roteirizado por Ruckus Skye, Lane Skye e Nick Morris, Becky&nbsp;não estreou com o mesmo status que, geralmente, se atribui a grandiosas produções hollywoodianas. Muito pelo contrário. O longa-metragem está muito mais para aquele tipo de projeto "lado B", que fica escondidinho sob outras obras do gênero e que, para ser encontrado, exige certo esforço e curiosidade por parte dos espectadores.&nbsp;Todavia, quando Becky&nbsp;é, finalmente, "descoberto", entrega bastante e proporciona uma experiência e tanto para quem se aventura por sua história sangrenta, violenta e direta. O <a href="https://www.tecmundo.com.br/filmes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme</a> é estrelado por Lulu Wilson, Kevin James (sim, o mesmo ator que fez diversos filmes de comédia), Joel McHale, Robert Maillet, Amanda Brugel, Isaiah Rockcliffe, Ryan McDonald e James McDougall.Abaixo, confira uma análise narrativa e <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260131-banshees-inisherin-filme-indicado-oscar-bom-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crítica&nbsp;</a>de Becky, obra que, certamente, te deixará com os nervos à flore da pele!<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/16/16130756824021.jpg" alt="Lulu Wilson interpreta Becky, protagonista do filme de suspense que leva os espectadores para uma jornada sangrenta.">Lulu Wilson interpreta Becky, protagonista do filme de suspense que leva os espectadores para uma jornada sangrenta.<h2>O que é Becky? (sem spoilers)</h2>Becky&nbsp;tem uma história relativamente simples e direta: Becky (Wilson) é uma garota adolescente que, após a morte de sua mãe, passa a viver apenas com seu pai Jeff (McHale) e seus dois cachorros. A garota, devido à tragédia familiar que assolou sua família, desenvolve um comportamento mais fechado e ríspido, se abrindo muito pouco sobre seus sentimentos e, principalmente, sobre o trauma que viveu com o falecimento de sua mãe.As coisas ficam ainda piores depois que Jeff decide levar Becky para uma casa do lago para um final de semana em família. É lá que, de surpresa, o homem conta à filha que seu novo relacionamento, com Kayla (Brugel), que tem um filhinho chamado Ty (Rockcliffe), está prestes a evoluir para um casamento. A garota, ainda marcada pela morte da mãe, recebe a notícia da pior maneira possível, se revoltando contra tudo e conta todos.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260765-triangulo-tristeza-grande-satira-recheada-acidez-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Triângulo da Tristeza: uma grande sátira recheada de acidez (Crítica)</a></li></ul>"Mas, Jean, dá para ficar pior?" Claro! Além de tudo isso, a casa em que estão todos é invadida por um grupo de presidiários nazistas, que escapou do encarceramento e busca um item que eles mesmos esconderam dentro do local há tempos. Eles fazem Jeff, Kayla e Ty de reféns e, nesse cenário caótico, cabe à Becky dar um jeito de salvar todos, mesmo apesar da crise familiar pela qual ela está passando.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/5-j5HtaOSjA" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Becky: análise narrativa e crítica (com spoilers)</h2>Você se lembra do filme Esqueceram de Mim (1990), com Macaulay Culkin, no qual o protagonista mirim precisa se livrar dos ladrões que estão tentando roubar sua casa? Pois bem, Becky, em muitos aspectos, parece uma versão anabolizada e extremamente violenta da obra dirigida por John Hughes. Afinal, com sua família feita refém, sem recursos para revidar, cabe somente à Becky mostrar que, com seus semelhantes e ela, ninguém brinca. Nem mesmo bandidos nazistas.Nesse sentido, a construção narrativa do filme é bem direta e fácil de entender. O primeiro ato é composto pela apresentação dos personagens, das relações entre eles e dos conflitos que eles terão que enfrentar ao longo da projeção. Na sequência, o segundo ato traz toda a ação e tensão prometidas no início da trama, com o embate feroz entre Becky e os criminosos, que tem seu desfecho sanguinário durante a terceira parte da produção. Um estrutura bem clara e descomplicada. E, de fato, Becky&nbsp;não precisava de mais do que isso fazer o que se propunha.&nbsp;Ao não tentar inventar muito e focar em realizar um trabalho competente através de uma narrativa direta, Becky&nbsp;acerta bastante a mão ao nos direcionar para aquilo que deseja e, que no fim das contas, são os pontos altos do longa: seus elementos de suspense e de ação. Não à toa, o filme capricha bastante em seus momentos violentos, conferindo à protagonista um ar impiedoso e implacável, que nos faz questionar, constantemente, quem é pior: Becky ou os criminosos?<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260500-pearl-filme-terror-mia-goth-bom-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pearl: filme de terror com Mia Goth é bom? (Análise e crítica)</a></li></ul>É interessante, dessa maneira, notar como Becky não força sua protagonista a parecer uma agente secreta altamente treinada capaz de deter quaisquer bandidos ou coisa do tipo. Isso estragaria qualquer possibilidade de verossimilhança dentro do filme. Em vez disso, a narrativa destaca como Becky é extremamente inteligente e capaz de se virar com aquilo que tem, mesmo não tendo o tamanho ou a força de seus opositores. Por isso, assim como em Esqueceram de Mim, ela não bate de frente com os vilões, mas cria planos e estratégias que a coloquem um passo à frente e que lhe deem vantagem.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/16/16153511169119.jpg" alt="Kevin James deixou as comédias de lado para dar vida a um vilão frio e sádico em Becky.">Kevin James deixou as comédias de lado para dar vida a um vilão frio e sádico em Becky.Ela, inclusive, é poupada da morte por Apex (Maillet), que poderia facilmente ter acabado com a vida da jovem durante a única vez em que Becky se arrisca em um confronto um contra um sem qualquer tipo de planejamento. Nesse cenário, vale ressaltar também o acerto da produção ao tratar Apex como um homem arrependido e com um pingo de consciência, quebrando o estereótipo de que vilões em filmes do gênero precisam sempre ser criaturas frias, sem coração e incapazes de mudar. É ele, aliás, quem salva Becky durante o terceiro ato ao se revoltar contra seu líder, Dominick (James).<h3>Show de atuação</h3>Por falar no personagem Dominick, preciso citar também a ótima atuação de Kevin James, que é conhecido por seus papéis em obras cômicas, como Eu Os Declaro Marido... e Larry (2007) e Gente Grande (2010), ambos em parceria com <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260120-adam-sandler-7-melhores-filmes-ator-assistir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adam Sandler</a>. Em Becky, ele dá vida a um homem terrível e sádico, mostrando que não é um ator de um gênero só e que, se quiser, pode transitar por outras produções também e se sair muito bem. Algo que espero, sinceramente, que ele o faça, especialmente se conseguir repetir o bom trabalho que fez em Becky.Além de James, quem também brilhou na narrativa foi Wilson, que consegue criar uma Becky multifacetada. Horas surge contente, horas surge triste. Às vezes, aparece de forma mais leve, às vezes, de maneira fria. Ao transitar por diferentes estados, Wilson nunca nos deixa entender completamente quem Becky realmente é. Seria ela uma garota tão cruel quanto seus oponentes ou apenas alguém que está tentando se defender e salvar sua família? Ela realmente gosta da matança que promove ou tudo não passa de um ato de sobrevivência? Essas dúvidas são importantes e nos mantém entretidos durante a projeção.Em suma, Becky&nbsp;não reinventa a roda ou surge como um filme singular, com ideias nunca vistas antes. Mas, novamente, defendo que a produção não precisava disso para realizar com eficácia aquilo que desejava: trazer uma história de suspense e ação violenta, com uma protagonista forte e improvável. Portanto, se você é daqueles que curtem tensão, imprevisibilidade e cenas fortes, Becky&nbsp;pode ser uma ótima pedida. E lembre-se: nunca subestime "pequenas garotas".&nbsp;</body>

BoulderLight Pictures

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Becky: filme de suspense é uma versão brutal de Esqueceram de Mim

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Imagem de Shazam 2: vale a pena ver no cinema ou espero pelo streaming? no tecmundo

Shazam: Fúria dos Deuses consegue ser divertido sem um roteiro mirabolante, mas é só mais um filme de super-herói

Na tentativa de trazer uma dose de alegria ao seu universo compartilhado, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/tag/dc" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DC&nbsp;</a>resolveu investir em um querido e carism&aacute;tico personagem das HQs em 2019: o Shazam. Quatro anos se passaram e, agora, Shazam: F&uacute;ria dos Deuses chega aos cinemas nesta quinta-feira, 16, em meio a uma reformula&ccedil;&atilde;o total dentro da DC Studios.
F&uacute;ria dos Deuses &eacute; divertido, e n&atilde;o faz mais do que a sua pr&oacute;pria obriga&ccedil;&atilde;o de entreter o p&uacute;blico com o b&aacute;sico. No entanto, <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/245691-aquaman-2-shazam-2-adiados-novamente-motivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os adiamentos</a>, problemas na campanha de marketing, e as p&eacute;ssimas proje&ccedil;&otilde;es de bilheteria podem ter colocado a sequ&ecirc;ncia xeque, mesmo que o conte&uacute;do fa&ccedil;a jus ao que promete.
Confira a seguir a cr&iacute;tica do filme e veja se a aventura do personagem vale a ida ao cinema, ou se &eacute; melhor esperar o lan&ccedil;amento no streaming &mdash; o filme deve chegar ao HBO Max futuramente.
<h2>Essa fam&iacute;lia &eacute; muito unida...</h2>
O Shazam de 2019 foi respons&aacute;vel por ser o filme "mais Marvel" dentro da DC, que vinha se estabelecendo como um grande universo sombrio. Por&eacute;m, a chegada do primeiro longa abriu a porta para produ&ccedil;&otilde;es leves e bobas.
F&uacute;ria dos Deuses abra&ccedil;a essa bobagem, assim como seu antecessor, e garante um filme Sess&atilde;o da Tarde. A trama segue a fam&iacute;lia de crian&ccedil;as adotadas pelo casal Victor e Rosa V&aacute;zquez, composta pelo protagonista, Billy Batson, e seus irm&atilde;os adotivos, precisando combater as tem&iacute;veis Filhas de Atlas.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/15/15145102826235.jpg" alt="x" /> <a class="fonte_imagem" href="null">&nbsp;Warner Bros/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O roteiro de Henry Gayden e Chris Morgan se apoia em uma aventura cl&aacute;ssica de um grupo que ainda est&aacute; descobrindo como trabalhar em equipe. Com medo de perder mais uma fam&iacute;lia, Billy passa a controlar demais como e quando seus irm&atilde;os podem utilizar seus poderes, causando pequenos atritos com alguns personagens.
Novamente, a din&acirc;mica principal da trama gira em torno de Billy (Asher Angel/Zachary Levi) e Freddy (Jack Dylan Grazer), na velha hist&oacute;ria do irm&atilde;o mais velho que quer tomar as r&eacute;deas do mais novo. A hist&oacute;ria consegue contar isso de uma forma r&aacute;pida, e fugindo de dramas e di&aacute;logos desnecess&aacute;rios, mostrando que Freddy, e os demais, s&oacute; querem um pouco mais de liberdade, sem precisar fazer absolutamente todas as tarefas em fam&iacute;lia.
"Shazam:&nbsp;F&uacute;ria dos Deuses &eacute; um filme ao estilo Sess&atilde;o da Tarde"
Mas assim que a amea&ccedil;a das vil&atilde;s come&ccedil;a a tomar conta do enredo, esses problemas v&atilde;o sumindo para serem retomados discretamente no final. Embora F&uacute;ria dos Deuses tenha a fam&iacute;lia como plano de fundo, o desenvolvimento dos personagens n&atilde;o importa tanto para o p&uacute;blico.
No fim, isso causa a sensa&ccedil;&atilde;o que a resolu&ccedil;&atilde;o desses problemas &eacute; quase que in&uacute;til para a hist&oacute;ria, e n&atilde;o causa como&ccedil;&atilde;o no espectador durante o desfecho. Por&eacute;m, se o roteiro de Gayden e Morgan tivesse tentado se apoiar mais nesse arco, resultaria em um filme mais arrastado e com uma carga dram&aacute;tica maior, qalgo que definitivamente n&atilde;o parece ser o prop&oacute;sito dessa sequ&ecirc;ncia. Diferente do primeiro, que ainda fazia quest&atilde;o de tocar na rela&ccedil;&atilde;o m&atilde;e e filho com Billy, F&uacute;ria dos Deuses n&atilde;o perde tempo e parte para outro horizonte.
<h2>A F&uacute;ria das Deusas</h2>
Se o longa deixa a fam&iacute;lia mais escanteada, n&atilde;o podemos dizer o mesmo do aspecto mitol&oacute;gico da produ&ccedil;&atilde;o.&nbsp;O filme abra&ccedil;a cada vez mais a <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259754-shazam-2-trailer-tem-briga-dragao-referencia-got-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundidade m&aacute;gica e fant&aacute;stica&nbsp;</a>do universo, mas sem se tornar sombrio demais. O novo Shazam consegue se expandir bem, mas n&atilde;o d&aacute; um passo maior do que a pr&oacute;pria perna para isso.
As grandes antagonistas ficam a cargo das Filhas de Atlas, tr&ecirc;s deusas que recuperam seus poderes ap&oacute;s roubarem o cajado do Mago, e v&atilde;o atr&aacute;s da Fam&iacute;lia Shazam para tirar os poderes dos campe&otilde;es.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/15/15144854217234.jpg" alt="d" /> <a class="fonte_imagem" href="null">&nbsp;Warner Bros/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Hespera (Helen Mirren), Kalypso (Lucy Liu) e Anthea (Rachel Zegler) fazem o papel dessas divindades amarguradas com os seres humanos, e planejam &ndash; adivinhe s&oacute; &ndash; destruir a Terra ao espalhar o caos no mundo. As motiva&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o originais, mas dado o contexto de Shazam: F&uacute;ria dos Deuses, esperar por vil&otilde;es com planos mais engenhosos e autenticidade &eacute; um erro.
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<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/253280-adao-negro-shazam-9-curiosidades-personagens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ad&atilde;o Negro e Shazam: quem &eacute; mais forte? Veja 9 curiosidades dos personagens</a></li>
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No fim das contas, a Hespera de Helen Mirren carrega esse arco nas costas gra&ccedil;as a sua experi&ecirc;ncia, mesmo que sua personagem n&atilde;o seja bem aproveitada. Lucy Liu n&atilde;o convence como Kalypso, se esgueirando em muita superficialidade, mesmo sendo uma &oacute;tima atriz. Para ser justo, o texto de Kalypso n&atilde;o ajuda para que haja mais desenvolvimento, colocando essa vil&atilde; no patamar mais gen&eacute;rico poss&iacute;vel. Rachel Zegler continua trabalhando bem nessa etapa de ascens&atilde;o de carreira, e elabora uma boa antagonista, ainda que muito previs&iacute;vel.
<h2>A sabedoria de Salom&atilde;o, mas s&oacute; quando conv&eacute;m</h2>
Essencialmente, Shazam e toda sua fam&iacute;lia s&atilde;o crian&ccedil;as ou adolescentes que conseguem suas habilidades atrav&eacute;s de poderes tirados de outros deuses. A for&ccedil;a de H&eacute;rcules, a sabedoria de Salom&atilde;o, a resist&ecirc;ncia de Atlas, o poder de Zeus, e coragem de Aquiles e a velocidade de Merc&uacute;rio s&atilde;o as exatas palavras proferidas pelo Mago antes de passar o manto do her&oacute;i para Billy Batson.
Chega a ser c&ocirc;mico como Shazam consegue ter todos esses atributos, menos a sabedoria de Salom&atilde;o. F&uacute;ria dos Deuses deixa explicito de que esse personagem &eacute; burro, e inclusive, faz uma &oacute;tima piada sobre isso.
Claro, embora o Shazam de Zachary Levi n&atilde;o seja inteligente, esse personagem &eacute; um adolescente de 17 anos no corpo de um homem cheio de esteroides. O problema &eacute; que sua irm&atilde; adotiva de 13 anos parece infinitamente mais esperta que o protagonista. Na verdade, toda a fam&iacute;lia &eacute; mais inteligente que o pr&oacute;prio Shazam, que se apoia na ideia de ter um "cora&ccedil;&atilde;o puro".
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/15/15144616413233.jpg" alt="s" /> <a class="fonte_imagem" href="null">&nbsp;Warner Bros./divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
No mais, Levi est&aacute; bem no filme, com um bom tempo para a com&eacute;dia, embora eu ache sua atua&ccedil;&atilde;o caricata at&eacute; demais. Por outro lado, Asher Angel parece ter menos tempo de tela e consegue dar um ar mais calmo para o personagem. Enquanto Shazam &eacute; um paspalh&atilde;o, o Billy normal &eacute; muito mais calmo e tranquilo.
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<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259954-zachary-levi-continuara-dceu-tweet-antivacina-james-gunn-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zachary Levi continuar&aacute; no DCEU ap&oacute;s post antivacina? James Gunn responde</a></li>
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O elenco de apoio faz seu nome, com&nbsp;destaque para Jack Dylan Grazer e Grace Caroline (Mary); al&eacute;m da fofa Faithe Herman (Darla). Esse trio &eacute; o que mais foi aproveitado, fazendo com que o restante n&atilde;o receba tanta aten&ccedil;&atilde;o.
<h2>Na dire&ccedil;&atilde;o certa</h2>
O diretor David F. Sandberg retorna para F&uacute;ria dos Deuses ap&oacute;s comandar o filme original, e mesmo que seu trabalho aqui n&atilde;o seja nada extraordin&aacute;rio, o cineasta coloca o longa no caminho certo da nova administra&ccedil;&atilde;o da DC.
Embora a produ&ccedil;&atilde;o tenha iniciado antes da chegada de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/257027-james-gunn-conheca-diretor-salvar-destruir-dcu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Gunn</a> e Peter Safran, Shazam: F&uacute;ria dos Deuses tem a marca quase que registrada de Gunn: a com&eacute;dia besta, o roteiro que n&atilde;o se leva a s&eacute;rio, a paleta de cores bem viva, boas cenas de a&ccedil;&atilde;o, e o sentimento de uma totalidade com a fam&iacute;lia.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/15/15145212378236.jpg" alt="d" /> <a class="fonte_imagem" href="null">&nbsp;Warner Bros/divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Sandberg conseguiu criar um projeto s&oacute;lido com or&ccedil;amento at&eacute; que &ldquo;baixo&rdquo; para um filme de her&oacute;i moderno, em torno de US$ 100 milh&otilde;es, e surpreendentemente o CGI consegue convencer bem na maior parte do tempo. A exce&ccedil;&atilde;o acontece em pequenos momentos onde &eacute; percept&iacute;vel o uso de um chroma key para fazer os atores voarem.
<h2>Vale a pena assistir?</h2>
Shazam: F&uacute;ria dos Deuses &eacute; um filme divertido e despretensioso, que em momento algum planeja ser maior do que precisa. O filme n&atilde;o inova em nenhum elemento, e &eacute; uma repeti&ccedil;&atilde;o de diversos outros longas do g&ecirc;nero, mas cumpre bem sua fun&ccedil;&atilde;o.
A sequ&ecirc;ncia &eacute; uma boa op&ccedil;&atilde;o para ir ao cinema, rir com algumas piadas, e ver cenas de a&ccedil;&atilde;o divertidas, sem se preocupar com uma trama complexa ou profunda. Embora seja besta, se o p&uacute;blico comprar a ideia de que os her&oacute;is s&atilde;o crian&ccedil;as em um corpo de adulto com poderes, deve sair satisfeito das sess&otilde;es. Em meio a tantos filmes que querem ser "grandes eventos", o novo Shazam &eacute; s&oacute; um filme simples para se distrair, e tudo bem. Nem tudo precisa ser extraordin&aacute;rio.

Warner Bros/divulgação 

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Shazam 2: vale a pena ver no cinema ou esperar pelo streaming?

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Imagem de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo mereceu o Oscar? Veja crítica no tecmundo

Vencedor de vários prêmios, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo explora a ideia de universos paralelos a partir de uma família de imigrantes chineses.

Talvez voc&ecirc; j&aacute; esteja cansado de ouvir sobre o &ldquo;multiverso&rdquo;, que &eacute; nos oferecido nas mat&eacute;rias de tecnologia como uma novidade capaz de mudar nossas vidas. Afinal, pelo menos desde <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/231059-matrix-impacto-filmes-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matrix</a>, de 1999, a ideia da exist&ecirc;ncia de um universo paralelo ao nosso &ndash; em que viver&iacute;amos de maneira alienada e cega, enquanto a verdade estaria "l&aacute; fora" &ndash; tem nos seduzido ou, por vezes, soado aos nossos ouvidos como uma grande bobagem.
Mas que tal falar dessas realidades paralelas dentro de uma com&eacute;dia? De alguma forma, &eacute; isto que acontece em&nbsp;Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo,&nbsp;vencedor do <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261616-oscar-2023-confira-lista-completa-vencedores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar de Melhor Filme</a> e mais estatuetas durante a premia&ccedil;&atilde;o. Trata-se de uma obra que alcan&ccedil;a aquilo que, muitas vezes, &eacute; o objetivo dos seus realizadores: consegue angariar f&atilde;s e haters na mesma medida.
Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert (dupla que assina como &ldquo;The Daniels&rdquo;), o filme transita entre g&ecirc;neros (est&aacute; dentro da com&eacute;dia, mas tamb&eacute;m da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e no nicho de aventura) para nos contar a hist&oacute;ria de Evelyn Wang (Michelle Yeoh). Ela &eacute; uma imigrante chinesa nos Estados Unidos que, ao lado do marido, Waymond (Ke Huy Quan), toca um neg&oacute;cio: uma pequena lavanderia que, pelo que entendemos, n&atilde;o est&aacute; indo muito bem das pernas.
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259884-onde-assistir-tudo-lugar-mesmo-tempo-sucesso-oscar-2023.htm" target="_blank" title="Onde assistir Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, sucesso do Oscar 2023">Onde assistir Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, sucesso do Oscar 2023</a></li>
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Mas esse n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico problema de sua vida. Seu casamento est&aacute; indo para o ralo e o marido, um sujeito bem mais simp&aacute;tico e relaxado que ela, est&aacute; prestes a pedir o divorcio. Ela n&atilde;o aceita bem a homossexualidade da filha, Joy (Stephanie Hsu), e se preocupa com a rea&ccedil;&atilde;o de seu pai, Gong Gong (o veterano James Hong), quando descobrir que ela tem uma namorada.
Mas a cereja do bolo, que iniciar&aacute; a trama, &eacute; que a lavanderia do casal Wang est&aacute; prestes a cair na malha fina da Receita Federal, por ter declarado a compra in&uacute;til de um karaok&ecirc; em seu neg&oacute;cio. Quando est&atilde;o &agrave; frente da fiscal da Receita (vivida por Jamie Lee Curtis, em um papel &ndash; ou pap&eacute;is? &ndash; hil&aacute;rio), Evelyn est&aacute; prestes a ter um surto: ela simplesmente n&atilde;o aguenta mais lidar com tudo isso.
Se o filme seguisse o caminho do estouro da crise de Evelyn, talvez estiv&eacute;ssemos diante de uma nova vers&atilde;o de Um Dia de C&atilde;o (cl&aacute;ssico de Sidney Lumet de 1975). Mas os Daniels resolvem trilhar para um lugar bem mais estranho: o tal do multiverso &ndash; ou, como vemos no filme, o Alfaverso.
Este universo se abre quando Evelyn se depara com uma outra vers&atilde;o do seu marido Waymond, que &eacute; bem diferente do original: ao inv&eacute;s de doce e passivo, este &eacute; inteligente, engenhoso e capaz de lutar como um mestre de kung fu&nbsp;(usando apenas uma pochete com um chaveiro pendurado!). E Waymond veio trazer uma mensagem importante: o mundo est&aacute; amea&ccedil;ado por um agente do caos chamado Jobu Tupaki &ndash; que &eacute; ningu&eacute;m menos que Joy, a filha do casal.
<h2>Tudo ao mesmo tempo</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kULcXm9V7aY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Se este resumo pareceu confuso demais para voc&ecirc;, n&atilde;o se assuste: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo &eacute; mais uma obra para ser fru&iacute;da do que para ser entendida. O que temos em m&atilde;os &eacute; um filme que tenta se equilibrar entre cenas de a&ccedil;&atilde;o pouco cr&iacute;veis (talvez haja aqui alguma remiss&atilde;o a <a href="https://www.tecmundo.com.br/cinema/63817-lancamento-simultaneo-tigre-o-dragao-rejeitado-industria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Tigre e o Drag&atilde;o</a>, filme de luta de Ang Lee que Michelle Yeoh estrelou em 2000), tiradas c&ocirc;micas (como o momento em que plugs anais servem como chave de acesso ao multiverso) e uma hist&oacute;ria comovente envolvendo uma fam&iacute;lia de imigrantes.
De fato, pode-se dizer que &ldquo;tudo ao mesmo tempo&rdquo; &eacute; um &oacute;timo t&iacute;tulo para um filme fren&eacute;tico em que n&atilde;o h&aacute; muito tempo para respirar &ndash; o que, por outro lado, o torna cansativo em v&aacute;rios momentos, al&eacute;m de um pouco mais longo do que poderia ser.
Para quem estiver disposto a encarar essa jornada, o filme traz 2 horas e meia de divers&atilde;o leve &ndash; embora talvez ela n&atilde;o reste na mem&oacute;ria muito tempo depois. Mas h&aacute; um fundo filos&oacute;fico que pode agradar aqueles que colocaram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260408-teoria-caos-impacta-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Efeito Borboleta</a> (aquele de 2004, com Ashton Kutscher) na lista de seus filmes favoritos.
A l&oacute;gica &eacute; semelhante: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo explora a ideia de que qualquer a&ccedil;&atilde;o pequena (como o bater de asas de uma borboleta) &eacute; capaz de modificar o futuro. No Alfaverso, Evelyn tem a oportunidade de visitar as outras realidades em que ela poderia ter existido.
Quase todas s&atilde;o hil&aacute;rias: em uma, ela &eacute; uma estrela do cinema especializada em filmes de kung fu; noutra, &eacute; uma cozinheira que denuncia um colega que conta com a ajuda de um guaxinim escondido em seu chap&eacute;u de chef, a la <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/160347-25-personagens-mais-emblematicos-da-pixar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ratatouille</a>; em mais uma, ela vive em um mundo em que as pessoas t&ecirc;m salsichas no lugar dos dedos.
N&atilde;o faz nenhum sentido, certo? Outra pergunta plaus&iacute;vel seria: precisa? Talvez nesta despretens&atilde;o esteja justamente a gra&ccedil;a do filme dos Daniels.
<h2>Performances marcantes</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/12/12095215291006.jpg" alt="" />
Mas se d&aacute; para dizer que h&aacute; algo memor&aacute;vel em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, colocaria aqui o desempenho dos atores principais. Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu encaram com muita compet&ecirc;ncia pap&eacute;is que exigem muito deles: seriedade no drama, dinamismo nas cenas de a&ccedil;&atilde;o e (o mais dif&iacute;cil) leveza para entregar o humor.
Todos est&atilde;o &oacute;timos &ndash; n&atilde;o por acaso, foram indicados ao Oscar. Mas penso que o brilho central est&aacute; em Joy, a multifacetada filha vivida por Stephanie Hsu de forma estupenda. A personagem tem bastante densidade ao evidenciar os conflitos geracionais entre uma mo&ccedil;a que quer seguir seus caminhos, mas que &eacute; pressionada (mesmo de forma velada) a obedecer &agrave;s &ldquo;tradi&ccedil;&otilde;es&rdquo; de seus ancestrais.
&Eacute; esse drama que parece dar &agrave; luz o &ldquo;monstro&rdquo; Jobu Tupaki &ndash; que, provavelmente, tem a fun&ccedil;&atilde;o de encarnar todos os medos que cercam esses imigrantes. O fascinante Jobu, com seus figurinos maravilhosos, &eacute;, ao meu ver, a atra&ccedil;&atilde;o principal desse filme/ game.
Em resumo: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo &eacute; uma divers&atilde;o de primeira para quem conseguir mergulhar nessa obra maluca e apenas aproveitar as cenas. Para quem esperar genialidade, talvez saia com alguma frustra&ccedil;&atilde;o.

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Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo mereceu o Oscar? Veja crítica

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Imagem de Eu Vi o Diabo: filme coreano é uma montanha-russa de emoções (crítica) no tecmundo

Você conhece Eu Vi o Diabo? O filme sul-coreano traz uma narrativa intensa, que joga o espectador para todos os lados, no melhor dos sentidos; confira crítica!

H&aacute; algum cen&aacute;rio em que a vingan&ccedil;a &eacute; justific&aacute;vel? Se sim, existe um limite para ela? Esse &eacute; um dos temas centrais de Eu Vi o Diabo (I Saw The Devil) - Ang-ma-reul bo-at-da), <a href="https://www.tecmundo.com.br/filmes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme&nbsp;</a>sul-coreano lan&ccedil;ado em 2010 e que, mesmo ap&oacute;s anos, se sustenta ao trazer uma narrativa intensa, brutal e imprevis&iacute;vel. O longa-metragem &eacute; dirigido por Jee-woon Kim, respons&aacute;vel por outras &oacute;timas obras, como Medo&nbsp;(2003) e O Gosto da Vingan&ccedil;a (2005).
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<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260500-pearl-filme-terror-mia-goth-bom-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pearl: filme de terror com Mia Goth &eacute; bom? (An&aacute;lise e cr&iacute;tica)</a></li>
</ul>
Roteirizado pelo pr&oacute;prio Kim, em parceria com Park Hoon-jung, Eu Vi o Diabo tem em seu elenco principal Lee Byung-hun (G.I. Joe), Choi Min-sik (Oldboy), Jeon Gook-hwan, Ho-jin Chun, San-ha Oh e Yoon-seo Kim. Nomes, ali&aacute;s, que fazem um bel&iacute;ssimo trabalho de atua&ccedil;&atilde;o, especialmente Byung-hun e Min-sik, que comp&otilde;em a dupla de protagonistas da narrativa.
Desde que assisti Eu Vi o Diabo pela primeira vez, h&aacute; alguns anos, quis escrever algo sobre ele. Por&eacute;m, na &eacute;poca, n&atilde;o consegui (por motivos diversos). Agora, ap&oacute;s rever o filme, contudo, gostaria de dizer que, finalmente, chegou a hora. Abaixo, portanto, confira uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259520-breaking-bad-ozymandias-melhor-episodio-serie-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">an&aacute;lise&nbsp;</a>narrativa e cr&iacute;tica completa desse surpreendente projeto de suspense e a&ccedil;&atilde;o.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/xwWgp1bqVwE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>O que &eacute; Eu Vi o Diabo? (SEM SPOILERS)</h2>
Antes de come&ccedil;ar a an&aacute;lise, deixe-me te explicar, primeiro, qual &eacute; a trama de Eu Vi o Diabo. Assim, ficamos todos na mesma p&aacute;gina e, caso voc&ecirc; n&atilde;o tenha assistido o filme ainda, conhece um pouco mais sobre ele.&nbsp;
Pois bem, a produ&ccedil;&atilde;o sul-coreana narra a hist&oacute;ria de Soo-hyeon (Lee Byung-hun), um agente de alto padr&atilde;o que &eacute; casado com a doce Joo-yeon (San-ha Oh). Em uma noite gelada, na qual o carro da mo&ccedil;a estraga bem no meio da estrada, Joo-yeon &eacute; surpreendida por Jang Kyung-chul (Choi Min-sik), que v&ecirc; a situa&ccedil;&atilde;o e se oferece para ajud&aacute;-la. Contudo, as coisas n&atilde;o s&atilde;o o que parecem ser.
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<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260131-banshees-inisherin-filme-indicado-oscar-bom-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os Banshees de Inisherin: filme indicado ao Oscar &eacute; bom? (Cr&iacute;tica)</a></li>
</ul>
Joo-yeon &eacute; sequestrada e assassinada de forma brutal por Jang Kyung-chul, o que desperta toda a ira e o lado vingativo de Soo-hyeon, que passa a ca&ccedil;ar incessantemente o criminoso. Por&eacute;m, mesmo quando ele consegue chegar ao assassino, o homem n&atilde;o se v&ecirc; satisfeito, j&aacute; que quer que Jang Kyung-chul sofra o m&aacute;ximo poss&iacute;vel.
A partir da&iacute;, Soo-hyeon inicia um jogo s&aacute;dico com o matador da sua esposa, que esconde diversas nuances e reviravoltas de tirar o f&ocirc;lego.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/02/02124352354580.jpg" alt="Eu Vi o Diabo &eacute; uma montanha-russa de emo&ccedil;&otilde;es e explora o lado mais sombrio do ser humano de diferentes perspectivas." />Eu Vi o Diabo &eacute; uma montanha-russa de emo&ccedil;&otilde;es e explora o lado mais sombrio do ser humano de diferentes perspectivas.
<h2>Eu Vi o Diabo: an&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica (COM SPOILERS)</h2>
Apesar do t&iacute;tulo, Eu Vi o Diabo n&atilde;o &eacute; um filme cl&aacute;ssico de <a href="https://www.tecmundo.com.br/terror" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terror</a>. Ele apresenta, sim, elementos do subg&ecirc;nero chamado de terror psicol&oacute;gico (bem antes ele se tornar febre no cinema, inclusive), mas est&aacute; muito mais para um suspense, um thriller recheado de a&ccedil;&atilde;o e drama que tem como foco central a vingan&ccedil;a e suas consequ&ecirc;ncias. Afinal, se vingar de algu&eacute;m que lhe fez mal pode ser considerado algo justo? Ou isso apenas torna o indiv&iacute;duo t&atilde;o mal quanto seu agressor?&nbsp;
No primeiro ato do filme, a narrativa nos mune de argumentos para acreditar que, sim, a vingan&ccedil;a de Soo-hyeon em rela&ccedil;&atilde;o a Jang Kyung-chul &eacute; v&aacute;lida, uma vez que este matou sua esposa (que estava gr&aacute;vida) e outras diversas mulheres brutalmente. Sem que notemos completamente, o storytelling, de in&iacute;cio, nos faz torcer pelo "mocinho", mesmo que seu objetivo final seja torturar e matar (as mesmas coisas que seu antagonista faz, por&eacute;m, por motiva&ccedil;&otilde;es diferentes).&nbsp;
Contudo, com o passar do tempo, sorrateiramente, a narrativa coloca uma d&uacute;vida em nossas mentes: ser&aacute; que Soo-hyeon j&aacute; n&atilde;o foi longe demais? Questionamento que &eacute; personificado, inclusive, por seu sogro, o ex-policial Jang, que sabe das inten&ccedil;&otilde;es do personagem principal e pede para que ele interrompa sua vingan&ccedil;a. Pedido que n&atilde;o &eacute; atendido, j&aacute; que o &oacute;dio de Soo-hyeon &eacute; maior do que sua capacidade de enxergar a real gravidade da situa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259811-menu-filme-suspense-bom-peca-sabor-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Menu: filme de suspense &eacute; bom ou peca no sabor? (An&aacute;lise e cr&iacute;tica)</a></li>
</ul>
E &eacute; gra&ccedil;as a essa cegueira odiosa, a essa for&ccedil;a pautada pela vingan&ccedil;a, que as coisas saem do controle e j&aacute; n&atilde;o sabemos mais quem &eacute; o verdadeiro vil&atilde;o de Eu Vi o Diabo. Ao ca&ccedil;ar Jang Kyung-chul, tortur&aacute;-lo e solt&aacute;-lo para que o processo se inicie novamente, at&eacute; que o assassino n&atilde;o aguente mais viver, Soo-hyeon mostra que pode ser at&eacute; pior do que o homem que tirou a vida de sua amada, expondo que os cantos sombrios do ser humano podem vir &agrave; tona de diferentes formas e em diferentes pessoas. E, quando isso acontece, n&atilde;o h&aacute; lado correto ou justo, apenas um ciclo intermin&aacute;vel de viol&ecirc;ncia e dor.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/02/02140206108598.jpg" alt="Justi&ccedil;a e vingan&ccedil;a se confundem em Eu Vi o Diabo, que apresenta uma an&aacute;lise de at&eacute; onde o ser humano pode chegar atrav&eacute;s da vingan&ccedil;a e do &oacute;dio." />Justi&ccedil;a e vingan&ccedil;a se confundem em Eu Vi o Diabo, que apresenta uma an&aacute;lise de at&eacute; onde o ser humano pode chegar atrav&eacute;s da vingan&ccedil;a e do &oacute;dio.
Al&eacute;m disso tudo, vale destacar que o filme &eacute; muito eficaz ao criar imprevisibilidade atrav&eacute;s de &oacute;timas reviravoltas. Em um momento, Soo-hyeon tem Jang Kyung-chul na palma de sua m&atilde;o. Em outro, Jang Kyung-chul coloca em cheque a jornada de Soo-hyeon, virando o jogo e retomando o controle. Nesse vai e vem, somos colocados em uma montanha-russa de emo&ccedil;&otilde;es capaz de criar uma atmosfera tensa, cheia de apreens&atilde;o, e que nos deixa curiosos e ansiosos para saber o que nos aguarda na pr&oacute;xima esquina narrativa.
Ao fim da proje&ccedil;&atilde;o, Soo-hyeon consegue sua vingan&ccedil;a e desmorona, chorando copiosamente, em um ato que, de felicidade e satisfa&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o tem nada. Pelo contr&aacute;rio, ao tornar essa ca&ccedil;ada vingativa na miss&atilde;o de sua vida, o protagonista apenas postergou seu luto e seus reais sentimentos em rela&ccedil;&atilde;o a tudo o que houve, esperando que o sofrimento de Jang Kyung-chul lhe servisse com uma esp&eacute;cie de rem&eacute;dio ou cura. Por&eacute;m, como este diz momentos antes, n&atilde;o h&aacute; nada que Soo-hyeon possa fazer que traga Joo-yeon de volta. Ou seja, o seria killer j&aacute; "venceu" o jogo.&nbsp;
Eu Vi o Diabo, portanto, &eacute; um bel&iacute;ssimo estudo sobre como os conceitos de vingan&ccedil;a e justi&ccedil;a, por vezes, podem se confundir e aflorar nos seres humanos (todos eles) comportamentos question&aacute;veis, criando situa&ccedil;&otilde;es em que nunca h&aacute; vitoriosos, mas, sim, figuras distorcidas e feridas por cicatrizes que n&atilde;o se fecham.&nbsp;

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Eu Vi o Diabo: filme coreano é uma montanha-russa de emoções (crítica)

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Imagem de Pearl: filme de terror com Mia Goth é bom? (Análise e crítica) no tecmundo

Pearl, filme prequel de X: A Marca da Morte, é um belíssimo estudo de personagem! Veja crítica da obra de terror

<head></head><body>O ano de 2022 contou com ótimos<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260197-oscar-veja-filmes-terror-venceram-premiacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;filmes de terror</a>. Entre eles, certamente, podemos citar o surpreendente Pearl, prequel de X: A Marca da Morte, ambos dirigidos por Ti West e integrantes de uma trilogia imaginada pelo cineasta. A franquia ainda terá MaXXXine, título que será lançado em 2023 e concluirá a saga violenta.&nbsp;<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260057-mia-goth-conheca-atriz-queridinha-terror-raizes-brasileiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mia Goth: conheça a atriz queridinha do terror com raízes brasileiras</a></li></ul>Diferente de X: A Marca da Morte, que é focado em um grupo de artistas da indústria pornográfica, Pearl&nbsp;tem como alvo apenas uma personagem: a própria Pearl, que, em X, já se transformou em Maxine, uma atriz pornô que sonha com os holofotes acima de qualquer outra coisa.Em Pearl, todavia, a protagonista, que é vivida pela talentosíssima <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/258008-mia-goth-atriz-filme-pearl-brasileira-entenda-caso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mia Goth</a>, ainda é uma jovem pacata e ingênua, que vive com os pais em uma confortável fazenda, trabalhando no local todos os dias a fim de manter o espaço funcionando. Mas, claro, isso não dura para sempre, uma vez que Pearl começa, aos poucos, a sair de sua zona de conforto em direção aos seus maiores desejos: fama e reconhecimento.&nbsp;Mas será que Pearl&nbsp;é realmente um bom filme? Como ele agrega à narrativa de X: A Marca da Morte? Abaixo, você confere uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259520-breaking-bad-ozymandias-melhor-episodio-serie-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">análise&nbsp;</a>narrativa e crítica do filme de terror e descobre para que veio a obra de Ti West!<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/L5PW5r3pEOg" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>O que é Pearl? (SEM SPOILERS)</h2>Primeiramente, vamos falar um pouquinho sobre a trama de Pearl&nbsp;a fim de estabelecer um norte e entender do que se trata o filme. Combinado?A história de Pearl&nbsp;é bem simples na superfície e acompanha as origens humildes da moça que dá título à produção. Em meio a um contexto de guerra e um período de incertezas, no qual o futuro ainda é uma incógnita, Pearl mora em uma fazenda com seus pais: sua mãe é a rígida Ruth (Tandi Wright) e o personagem de Matthew Sunderland, que não ganha um nome próprio, representa seu pai, um homem incapaz de se mexer ou falar e que precisa de cuidados específicos.Deixada para trás por seu marido Howard (Alistair Sewell), que foi convocado para a guerra, Pearl vive uma vida singela, cuidando de animais e plantas, e ajudando sua mãe com as necessidades de seu pai, que precisa ser alimentado, banhado e trocado. Todavia, a jovem sonha com a fama e é obcecada por virar uma estrela.&nbsp;<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/260131-banshees-inisherin-filme-indicado-oscar-bom-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os Banshees de Inisherin: filme indicado ao Oscar é bom? (Crítica)</a></li></ul>Ao perceber que ela nunca conseguirá chegar ao seu objetivo enquanto estiver presa às tarefas rurais, Pearl começa a procurar por caminhos que a ascendam aos palcos. Em uma visita à cidade, por exemplo, ela conhece o projecionista vivido pelo ator David Corenswet, que a encoraja a ir atrás de uma carreira no cinema.Apesar de toda sua esperança e animação, Pearl entra um embate sério com seus pais (sua mãe, particularmente), que querem que ela continue trabalhando na fazenda da família. Os conflitos, somados a outras experiências, trazem à tona um lado sombrio da moça que nem mesmo ela sabia que tinha. E, bem, vamos para por aqui para não entrar em território de spoilers. Digamos, apenas, que as coisas acabam saindo do controle no pior dos sentidos. &nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/02/10/10144853519205.jpg" alt="Mia Goth entrega uma atuação digna de aplausos e prêmios em Pearl, filme de terror dirigido por Ti West.">Mia Goth entrega uma atuação digna de aplausos e prêmios em Pearl, filme de terror dirigido por Ti West.ATENÇÃO: ALERTA DE SPOILERS! NÃO CONTINUE LENDO SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU PEARL!<h2>Pearl: análise narrativa e crítica (COM SPOILERS)</h2>Lembra-se de quando eu disse que a trama de Pearl&nbsp;é relativamente simples na superfície? Pois é, é porque a complexidade da narrativa não gira em torno da história em si (apesar de ela contribuir, claro, para o resultado final), mas, sim, de sua protagonista. Nesse sentido, o filme de Ti West é um belíssimo estudo de personagem, uma aula sobre como explorar as diferentes facetas de uma figura e o que a levou a se tornar o que se tornou.Inclusive, seria injusto exaltar apenas Ti West pelos acertos de Pearl, visto que Mia Goth também é uma das roteiristas e produtoras da obra. A atriz não apenas ajudou a criar toda uma narrativa propícia para a transformação da protagonista em uma vilã terrível, mas também entregou uma atuação digna de prêmios (não à toa, muitos, incluindo este que vos escreve, reclamaram de sua ausência na categoria de Melhor Atriz do Oscar 2023). &nbsp;&nbsp;É impressionante como a artista, que tem raízes verde e amarelas (ela é filha de mãe brasileira), consegue se reinventar ao longo da narrativa de Pearl, passando de uma garota ingênua e esperançosa para uma mulher desiludida e quebrada, que se reconstrói através de uma figura vilanesca e fria, que não vê problemas em assassinar seus próprios pais, interesse amoroso, marido e cunhada em prol daquilo que ela mais quer: fama (ou seria liberdade através da fama?).Por isso, não posso deixar de citar a sequência que, por si só, já deveria render à Goth diversos prêmios cinematográficos. Estou falando do desabafo de Pearl à sua cunhada Mitsy (Emma Jenkins-Purro) durante o terceiro ato do longa. Na cena, a personagem desaba em todo os sentidos e, pela primeira vez, não esconde o que realmente está sentindo e no que ela se transformou.O discurso da jovem, filmado sem cortes (sério, a passagem é um primor), sintetiza tudo o que Pearl carregava dentro de si: frustração, depressão, tristeza, raiva, amor, sonhos e por aí vai (algo aos moldes do que acontece no último episódio da série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/255051-urso-metafora-improvavel-luto-trauma-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Bear</a>). Todas as cartas são colocadas na mesa com uma emoção e uma intensidade que não são tão comuns de se ver, especialmente em filmes de terror, que costumam focar muito mais em suas tramas assustadoras do que no desenvolvimento de seus personagens.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/02/10/10153803926215.jpg" alt="A sexualidade reprimida da protagonista também é uma das questões com as quais ela tem que lidar durante a narrativa.">A sexualidade reprimida da protagonista também é uma das questões com as quais ela tem que lidar durante a narrativa.O que quero dizer é que, apenas pela atuação magistral de Mia Goth, já valeria a pena conferir a obra de Ti West, ainda mais se você gostou de X: A Marca da Morte e queria entender um pouco mais sobre as origens de Maxine. Mas Pearl&nbsp;vai além e também traz temas bem pertinentes e que geram ótimas discussões, como controle parental, pressão psicológica, autoafirmação, fama, entre outros. &nbsp;<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259811-menu-filme-suspense-bom-peca-sabor-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Menu: filme de suspense é bom ou peca no sabor? (Análise e crítica)</a></li></ul>Apesar de não justificar sua ações, o tratamento rígido e frio que Pearl recebe de sua mãe é um dos estopins para que a jovem alimente seu lado vingativo e sádico, que já estava lá (vemos isso na forma como ela mata animais, por exemplo), mas ainda adormecido. A tentativa de Ruth de exercer controle sobre a filha, forçando-a a ser exatamente como ela, gera frustrações em ambos os lados (Ruth, inclusive, expressa seu descontentamento em relação à sua própria vida em uma discussão) e contribui para a tragédia que toma conta da narrativa, que se inicia justamente através da rivalidade familiar.&nbsp;Quando Pearl mata sua mãe (e seu pai, mais tarde, mesmo que ele não represente perigo - mas ele ainda é uma âncora do passado), portanto, a narrativa aponta uma espécie de segundo corte umbilical, com a jovem assumindo de uma vez por todas o controle de sua vida e abraçando seu lado violento. É a partir daí, inclusive, que ela passa a matar quaisquer outras pessoas que representem qualquer tipo de ameaça ao seu novo "eu", que faz de tudo para cuidar de si e alcançar o estrelato (que é o completo oposto da vida com seus pais).&nbsp;O filme ainda traz uma crítica interessante sobre a fama: vale qualquer coisa para chegar ao topo? Para Pearl, os limites são inexistentes e não há nada mais importante do que o glamour dos palcos. Nesse sentido, inclusive, sua roupa de cor vermelho-sangue, utilizada durante o último ato do longa, além de representar as mortes que ela carrega consigo, é um símbolo de sua paixão e obsessão (o vermelho geralmente apresenta essa conotação em obras cinematográficas).Por fim, Pearl&nbsp;é uma grata surpresa e acerta em cheio ao explorar os limites de uma personagem repleta de traumas, sonhos e frustrações que, apesar de tudo, aparentemente, jamais deixará de acreditar que é um estrela, como ela mesma diz durante a cena em que faz uma audição para uma peça. Então, se você também assistiu e gostou da obra de West, repita comigo: eu sou uma estrela!&nbsp;</body>

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Pearl: filme de terror com Mia Goth é bom? (Análise e crítica)

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Imagem de Todo Dia a Mesma Noite traz visualidade necessária à tragédia da Kiss no tecmundo

Ainda que com fragilidades, a série da Netflix acerta ao tornar mais acessível à história dos pais que perderam seus filhos no incêndio da Boate Kiss. Confira a crítica no TecMundo

<head></head><body>Narrativas baseadas em casos reais são, de certa forma, uma espécie de beco sem saída. Por um lado, elas costumam parecer mais atraentes ao espectador: nós costumamos nos interessar mais por uma história quando sabemos que ela guarda correspondência com algo que de fato aconteceu no mundo.Mas, por outro, este compromisso com a realidade abre margem a certas cobranças. O quão verdadeiro é aquilo que está sendo mostrado na tela? Já que é (obviamente) impossível reconstituir a realidade, o quão próximo se consegue chegar de um fato a partir dos recursos típicos da ficção?Todo Dia a Mesma Noite, minissérie em cinco capítulos da <a href="https://www.tecmundo.com.br/netflix" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a>, traz um fator a mais. Dirigida por Júlia Rezende, ela busca retratar um dos mais horríveis fatos recentes da história do Brasil: o incêndio criminoso ocorrido na boate Kiss no dia 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e que matou 242 pessoas, além de vitimar centenas de outras. A maior parte dos falecidos era de estudantes universitários (Santa Maria, vale lembrar, é uma cidade que gira em torno da UFSM e de outras instituições de ensino).Trata-se de uma história horrível, e que foi contada com esmero no livro reportagem Todo Dia a Mesma Noite, da jornalista Daniela Arbex. É esta obra que baseia a série da Netflix, com o desafio de trazer um relato visual a uma história arrasadora e que, mesmo dez anos depois, segue urgente, uma vez que é cercada pela impunidade e pelas burocracias da legislação brasileira.<h2>Uma história de erros</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Netflix&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/Bi6Id8MK0YXKg55M4BAU7fOljG8=/0x0:800x400/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_08fbf48bc0524877943fe86e43087e7a/internal_photos/bs/2023/r/i/V9sBYcTk62F901NQxLUg/todo-dia-a-mesma-noite-netflix-techtudo.jpg"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/02/05/05103144047001.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)A série Todo Dia a Mesma Noite acompanha a tragédia da Kiss a partir de quatro ângulos principais, que envolvem quatro famílias: a de Suzana (Debora Lamm) e Pedro (Thelmo Fernandes), que perdem a filha Marienne; de Ricardo (Paulo Gorgulho) e Lívia (Raquel Karro), que perdem o filho Marco; de Geraldo (Leonardo Medeiros) e Telma (Bel Kowarick), que perdem Guilherme; e Ana (Bianca Byington), que perde o caçula Felipinho.A escolha de centralizar a trama em poucos casos é acertada, pois dá a chance de que todas as famílias, de alguma forma, sejam representadas, e que suas histórias tomem mais tempo de tela. Estes pais são também abordados por terem tomado frente na busca pela justiça frente ao que havia acontecido.Sem dúvida, os episódios mais impactantes de Todo Dia a Mesma Noite são os dois primeiros, que nos dão visualidade ao acontecimento horroroso: o incêndio na Kiss e a busca desesperada dos pais por seus filhos, culminando em uma cena devastadora (ainda mais por ser real) das famílias tendo que reconhecer os corpos estendidos no principal ginásio esportivo da cidade. É impossível não se comover.Estamos diante, como o livro e a série deixam claro, de uma sucessão de erros: o da banda Guapos Baladeiros (versão ficcionalizada do grupo real, Gurizada Fandangueira), que usou um artefato pirotécnico que não poderia ser empregado em lugares fechados, mas que era mais barato; dos donos da boate, que operavam sem alvará; e, claro, de toda a cadeia burocrática da Prefeitura de Santa Maria, que não funcionou como deveria e deixou que tudo isso acontecesse.Depois de perderem seus filhos, os pais passam pela peregrinação de buscar alguma justiça possível frente a algo que tenta ser enquadrado como uma fatalidade, um acidente. Ocorre que, por mais que todos os envolvidos tenham sido vitimados (inclusive os responsáveis pelo ato criminoso, que certamente carregarão essa tragédia consigo para o resto de suas vidas), há erros que precisam ser apontados para que fatos deste tipo não se repitam.Esta é uma história vasta que ainda segue se desdobrando no tempo presente. Penso, então, que a série acerta ao fazer um recorte: ela se foca por fim no processo que os pais tomaram por terem fixado cartazes em que criticavam a ineficiência dos órgãos públicos na abordagem do caso. Uma mãe foi processada também por um artigo publicado em um jornal da cidade.Ou seja, alguns pais que presidiam a associação das vítimas da tragédia da Kiss se tornaram réus de um processo que poderia condená-los à prisão. Somava-se, portanto, mais camadas de absurdo em cima de uma tragédia absurda. Os processos contra eles foram extintos em 2018.<h2>A dramatização de um fato terrível</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/02/05/05103402796003.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)Comecei este texto escrevendo sobre a dificuldade de dramatizar fatos reais. Penso que, no caso de uma tragédia deste porte, há uma dificuldade a mais, que é o desafio de lidar com certas camadas de ficção que precisam ser colocadas quando se reconstitui um fato devastador.Todo Dia a Mesma Noite é uma dramatização. É possível dizer que, não importa o quão triste seja a série, ela nem chega perto do que foi o acontecimento, que beira o indizível. Portanto, toda a produção (o que envolve aqui a performance dos atores, o roteiro, os recursos cenográficos) tem o desafio imenso de fazer jus ao fato sem parecer forçar um sensacionalismo em torno de algo que já é devastador por si mesmo.A série acerta em momentos-chave que, tal como no livro de Daniela Arbex, têm a capacidade de traduzir de maneira cirúrgica o que passaram esses pais e familiares. Dentre essas cenas, estão a busca dos pais por um carro em uma garagem, em uma tensão crescente (se o carro estivesse lá, significaria que o filho estava na boate); os corpos enfileirados com celulares tocando sem parar (eram os pais desesperados ligando aos filhos); ou o ensaio fotográfico com os sobreviventes.Todos estes são momentos em que a produção da Netflix brilha, no sentido de conseguir expor, de maneira audiovisual, a glória do jornalismo quando é bem feito: a de capturar a essência dos fatos e fazer com que o leitor/ espectador se sinta na pele de alguém que passou por uma determinada experiência.Isto não significa que a dramaturgia da série não tenha algumas fragilidades. Destaco aqui o tom forçado do texto em certos momentos, sobretudo no que diz respeito ao sotaque. Há uma certa estereotipação exagerada para deixar evidente que a tragédia ocorreu no Rio Grande do Sul. Isso se evidencia em alguns recursos cênicos, como as roupas pilchadas e a sensação desconfortável na fala de boa parte dos atores.Mas isso não torna Todo Dia a Mesma Noite menos importante. Sua maior contribuição é fazer com que a memória desse fato permaneça viva e incômoda, mesmo dez anos depois. É o único recurso que temos para que outras famílias não passem pela mesma coisa.</body>

Netflix

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Todo Dia a Mesma Noite traz visualidade necessária à tragédia da Kiss

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