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Imagem de Falta de oxigênio acabará com a vida na Terra em 1 bilhão de anos no tecmundo

Futuro do planeta é semelhante a seu passado, o que pode complicar a procura de humanos por novos mundos habitáveis

<head></head><body>De acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Geoscience, o fim da vida na Terra é algo inevitável e deve acontecer em cerca de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210769-veja-bilhao-anos-terra-40-segundos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">1 bilhão de anos</a> devido à falta de oxigênio na superfície do planeta. A maior culpada pelo fenômeno será a estrela em torno da qual orbitamos, que, conforme envelhece, altera fundamentalmente reações químicas que ocorrem por aqui, aponta a pesquisa.Ainda segundo o artigo, a idade avançada do astro o tornará mais luminoso, característica que ampliará sua emissão de energia e acelerará o desgaste de rochas de silicato, como basalto e granito. Por sua vez, o processo natural de decomposição desses materiais, chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/45563-de-acordo-com-estudo-formigas-podem-converter-co2-em-minerais-no-subsolo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intemperismo</a>, responderá pela retirada massiva de dióxido de carbono na atmosfera.O CO2, junto à água, é um dos principais ingredientes que possibilitam a realização da fotossíntese por plantas e, por consequência, a produção do oxigênio. Sendo assim, a redução matará diversas espécies, gerando uma reação em cadeia que diminuirá ainda mais a quantidade do elemento. Após crises e mais crises, nada sobreviverá.Aliás, poderia se pensar que a captura do gás auxiliaria o resfriamento da Terra, algo buscado por pesquisadores e seus métodos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206160-geoengenharia-solar-nao-deve-descartada-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geoengenharia</a> na luta pela contenção de mudanças climáticas. Entretanto, em 2 bilhões de anos, a potência solar sobre o planeta anulará quaisquer benefícios do tipo.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/09/09225723035009.jpg" alt="Ausência de oxigênio é inevitável.">Ausência de oxigênio é inevitável.<h2>Uma breve história do tempo</h2>Para chegarem a essas conclusões, cientistas do Japão e dos Estados Unidos se valeram de modelos computacionais capazes de simular a interação da crosta, dos oceanos e da atmosfera com o manto terrestre e a evolução dos ciclos de carbono, oxigênio, fósforo e enxofre na superfície do planeta, assim como a do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211667-terra-2-0-replica-digital-mostrara-evolucao-crise-clima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clima</a>. Dois cenários teóricos, então, definiram os rumos de nossa existência, em que a biosfera estaria ativa ou não. Ambos apresentaram resultados parecidos.Mesmo que a queda da fotossíntese não represente exatamente uma ajuda às espécies que vivem por aqui, ela não passa de um efeito secundário, sugere a equipe por trás da descoberta, pois o equilíbrio entre a entrada de rochas no manto durante a subducção, na qual <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205743-geofisicos-confirmam-existencia-placa-tectonica-ancestral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a> deslizam para debaixo de outras, e a emissão de gases é que determina a riqueza de oxigênio – e esse balanço está à mercê, justamente, da energia solar.Ainda falando de oxigênio, estima-se que seu acúmulo iniciou-se na Terra há apenas 2,5 bilhões de anos e que os níveis modernos tenham cerca de 400 milhões de primaveras. No restante do tempo, permaneceu modesto. Em 1,08 bilhão de anos, destacam os cientistas, voltará a esse estado, encerrando o suporte a organismos aeróbios. Isso pode, inclusive, dar pistas importantes para migrações hipotéticas de seres humanos a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149206-nasa-acha-planeta-noite-eterna-potencialmente-habitavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros mundos</a>.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/09/09225530205007.jpg" alt="Ponto azul no qual vivemos não suportará vida em algum momento.">Ponto azul no qual vivemos não suportará vida em algum momento.<h2>O grande projeto</h2>O tempo de vida habitável total da Terra, ressaltam os pesquisadores, antes que ela perca sua água de superfície, é de cerca de 7,2 bilhões de anos, e uma atmosfera rica em oxigênio ocupa uma janela de 20% a 30% do período.&nbsp;Ou seja, se instrumentos que procurassem oxigênio e ozônio em planetas estranhos analisassem os dados daqui em outras épocas, poderiam interpretar a Terra como um ambiente não propício à geração da vida. Resumindo, habitabilidade é um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210369-vida-terra-grande-parte-sorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">momento</a> na evolução de um território espacial – o que ata nossas mãos, presas ao que visualizamos no agora.Por fim, o futuro de nossa atmosfera é semelhante a seu passado, com baixo teor de oxigênio, riqueza em metano ou dióxido de carbono e a possibilidade de neblinas orgânicas. Logo, mais do que encontrar gases, é preciso repensar aquilo que podem indicar.&nbsp;Somente entendendo a trajetória do Pálido Ponto Azul é que seremos um pouco mais capazes de voltarmos nosso olhar ao horizonte com um pouco mais de segurança.</body>

Reprodução

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Falta de oxigênio acabará com a vida na Terra em 1 bilhão de anos

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Imagem de Lucy ganha reconstrução facial mais próxima da realidade no tecmundo

Novo estudo se baseou em dados científicos e artísticos para trazer um visual mais coeso para a ancestral humana e para a criança Taung

Novas reconstru&ccedil;&otilde;es faciais de Lucy e Taung revelaram um visual mais preciso dos dois dos primeiros ancestrais humanos que viveram na &Aacute;frica h&aacute; milh&otilde;es de anos. Ao contr&aacute;rio de proje&ccedil;&otilde;es anteriores, alvo de cr&iacute;ticas por trazer fundamentos, m&eacute;todos e conota&ccedil;&otilde;es racistas e mis&oacute;ginas dos rostos dos antigos indiv&iacute;duos, cientistas publicaram na revista Frontiers in Ecology and Evolution um estudo para retratar a face mais pr&oacute;xima da realidade.
No caso de Lucy (Australopithecus afarensis) &mdash; ancestral humano mais antigo e complexo &mdash;, a imagem foi gerada a partir do descobrimento em 1974 dos restos mortais, que datam de 3,2 milh&otilde;es de anos. O maxilar inferior dela ajudou os artistas a recriar sua cabe&ccedil;a, e a equipe usou dados sobre a espessura da pele de humanos modernos e os inseriu em equa&ccedil;&otilde;es projetadas para determinar a espessura da pele naquela &eacute;poca, em um tom similar ao de bonobos.
J&aacute; a crian&ccedil;a Taung (Australopithecus africanus) &mdash; que morreu aos 3 anos de idade na regi&atilde;o que hoje &eacute; a &Aacute;frica do Sul, h&aacute; 2,8 milh&otilde;es de anos passados &mdash;, apresentou caracter&iacute;sticas mais semelhantes aos humanos modernos. Mesmo que o cr&acirc;nio dessa &uacute;ltima estivesse bem preservado, eles precisaram fazer suposi&ccedil;&otilde;es para analisar o desenho de seus tecidos faciais. Com o uso de t&eacute;cnicas baseadas em silicone, eles duplicaram o cr&acirc;nio a partir de outro molde do esp&eacute;cime original.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/03/03201607691003.jpeg" alt="Novas reconstru&ccedil;&otilde;es de Lucy (figura A) e Taung (figura B)" />Novas reconstru&ccedil;&otilde;es de Lucy (figura A) e Taung (figura B)
Devido ao fato de n&atilde;o existir registro de tecidos, como m&uacute;sculos, dos primeiros humanos, eles precisaram decidir em quais dados e t&eacute;cnicas iriam se basear. Para a Taung, fizeram duas proje&ccedil;&otilde;es &mdash; uma mais simiesca e outra mais humana &mdash; para mostrar a diferen&ccedil;a entre as duas interpreta&ccedil;&otilde;es.
Na nova revis&atilde;o, os pesquisadores apontaram que muitas reconstru&ccedil;&otilde;es &ldquo;n&atilde;o foram contestadas pela comunidade cient&iacute;fica e exibidas em museus com pouqu&iacute;ssima evid&ecirc;ncia emp&iacute;rica para apoi&aacute;-las&rdquo;. Um levantamento de reconstru&ccedil;&otilde;es de 860 homin&iacute;deos &mdash; grupo que inclui humanos, macacos e seus parentes pr&oacute;ximos extintos &mdash; em 55 exibi&ccedil;&otilde;es mostrou inconsist&ecirc;ncias not&aacute;veis, mesmo naquelas que retrataram os mesmos indiv&iacute;duos.
Ao partir de observa&ccedil;&otilde;es dos modelos exibidos em museus ao redor do mundo, Ryan Campbell, l&iacute;der do estudo, disse que cada vers&atilde;o apresentava um visual diferente. &ldquo;Eu esperava encontrar consist&ecirc;ncia nessas reconstru&ccedil;&otilde;es exibidas em museus de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/historia/" target="_blank" title="Hist&oacute;ria">hist&oacute;ria</a> natural, mas as diferen&ccedil;as, mesmo l&aacute;, eram t&atilde;o graves que quase pensei que todos os respons&aacute;veis nunca haviam encontrado uma &uacute;nica reconstru&ccedil;&atilde;o de homin&iacute;deo antes de come&ccedil;ar a elaborar a sua&rdquo;.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/03/03201740006006.jpeg" alt="Diferentes proje&ccedil;&otilde;es da crian&ccedil;a Taung, uma mais simiesca (A) e outra mais humana (B)" />Diferentes proje&ccedil;&otilde;es da crian&ccedil;a Taung, uma mais simiesca (A) e outra mais humana (B)
Ao reconstruir os rostos de Lucy e da crian&ccedil;a Taung, os pesquisadores tentaram ao m&aacute;ximo &ldquo;se afastar da intui&ccedil;&atilde;o&rdquo; e, em vez disso, ser cientificamente precisos e transparentes em seus m&eacute;todos. Assim, eles defendem que ao caracterizar os antigos indiv&iacute;duos, &eacute; necess&aacute;rio ter uma base cient&iacute;fica s&oacute;lida, mas que usualmente a arte imaginativa ancorada em preconceitos prevaleceu sobre a Ci&ecirc;ncia nessa quest&atilde;o.
&ldquo;Muitas das reconstru&ccedil;&otilde;es anteriores foram altamente influenciadas por contos imagin&aacute;rios sobre o que &eacute; &lsquo;primitivo&rsquo; e &lsquo;selvagem&rsquo;, versus o que &eacute; &lsquo;civilizado e &lsquo;moderno&rsquo;&rdquo;, analisou Rui Diogo, professor de Anatomia da Universidade Howard (Washington, EUA).
Eles d&atilde;o o exemplo da A Marcha do Progresso, famosa imagem em 2D de Rudolph Zallinger sobre a evolu&ccedil;&atilde;o humana, amplamente divulgada em antigos livros de Ci&ecirc;ncia. Ela perpetua a ideia incorreta de que os humanos evolu&iacute;ram em uma progress&atilde;o linear de animal para macaco at&eacute; uma de apar&ecirc;ncia europeia com pele branca.
Outras imprecis&otilde;es encontradas em desenhos ou exposi&ccedil;&otilde;es mostram Lucy com um companheiro e filhos, embora a estrutura familiar nuclear seja uma constru&ccedil;&atilde;o recente na hist&oacute;ria da humanidade, segundo Diogo. Eles concluem que,&nbsp;em vez de educar, &ldquo;apresentar informa&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o s&atilde;o conhecidas diminui o valor daquilo que &eacute; e pode levar &agrave; confus&atilde;o ou desencorajamento de interesse em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; teoria da evolu&ccedil;&atilde;o humana&rdquo;.

Frontiers Science News/Reprodução

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Lucy ganha reconstrução facial mais próxima da realidade

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Imagem de Arqueólogos descobrem carruagem soterrada na região de Pompeia no tecmundo

Veículo provavelmente era utilizado em cerimônias e exigiu escavação minuciosa e cheia de cuidados

<head></head><body>Pesquisadores do Parque Arqueológico de Pompeia, na região sul da Itália, descobriram um novo objeto soterrado durante escavações. Trata-se de uma carruagem, provavelmente utilizada como um veículo de transporte durante cerimônias, que se encontra em um ótimo estado de conservação.A peça foi descoberta na antiga vila de Civita Giuliana, que fica ao norte dos portões originais de Pompeia. Ela tem quatro rodas e é composta principalmente de ferro, mas possui adornos em bronze e estanho. Resíduos de madeira e até de materiais que compunham cordas da carruagem foram identificados, embora já estejam bastante deteriorados.<iframe src="https://www.youtube.com/embed/0uO-1f0gw_U" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>A equipe responsável celebrou o feito por vários motivos. Além do ótimo estado de conservação do objeto, descobertas do tipo ajudam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117239-quiosque-de-fast-food-e-descoberto-na-antiga-cidade-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">traçar a rotina da região</a> antes do incidente que vitimou a população e a "compreender o mundo antigo".<h2>Todo cuidado é pouco</h2>A região escavada era de um estábulo — os restos de três cavalos haviam sido encontrados ao redor do mesmo espaço em 2018 e, no mais recente restauro, itens que incluem uma sela de bronze foram descobertos.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/28/28182620985006.jpg" alt="A carruagem antes do principal processo de &quot;microescavação&quot;.">A carruagem antes do principal processo de "microescavação".A área foi confirmada como uma estrutura complexa: um pórtico de dois andares com uma área descoberta e um teto de madeira. A preservação em si, especialmente em um estado tão bom, é considerada "um milagre" pelos arqueólogos.Os primeiros resultados da escavação apareceram no início de janeiro de 2021, com traços de ferro aparecendo entre a rocha. O processo seguinte foi uma "microescavação" bastante lenta, já que ações mais bruscas poderiam danificar estruturas mais preservadas, como é o caso do veículo achado.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/28/28182001308003.jpg" alt="O processo de escavação deve ser lento para não desgastar os materiais.">O processo de escavação deve ser lento para não desgastar os materiais.Os restauradores do parque usaram moldes de gesso para imitar estruturas orgânicas já inexistentes para mais estudos e impedir desabamentos.<h2>O que é a carruagem?</h2>Essa é a primeira vez que um veículo igual a esse é encontrado em Civita Giuliana. Carruagens do tipo são mais comuns em outras regiões, como a Trácia, no norte da Grécia, porém com menos decorações.Como um dos adornos encontrados retrata uma cena envolvendo sátiros e ninfas relacionadas à Eros, o deus do amor, pesquisadores indicam que o objeto pode ter sido usado durante cerimônias de casamento, mais especificamente para levar a noiva ao futuro marido.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/28/28181711125002.jpg" alt="Uma das ilustrações presentes no veículo.">Uma das ilustrações presentes no veículo.Pompeia e localidades próximas <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/103197-afinal-como-morreram-as-pessoas-em-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foram soterradas com a erupção do vulcão Vesúvio</a>, em 79 d.C. A estrutura da cidade e boa parte da população não escaparam, ficando debaixo de escombros ou não resistindo às consequências do fenômeno natural, como as altas temperaturas, desabamento de rochas e o despejo de cinzas.</body>

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Arqueólogos descobrem carruagem soterrada na região de Pompeia

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Imagem de 4 mil universos virtuais podem solucionar mistério do Big Bang no tecmundo

Cosmologistas desenvolveram método de regressão capaz de exibir o que teria ocorrido no início dos tempos; saiba mais

<head></head><body>Munidos de um supercomputador, cientistas, buscando respostas para perguntas relacionadas ao Big Bang, criaram 4 mil versões virtuais do <a href="https://www.tecmundo.com.br/astronomia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> para entenderem o que levou, em menos de um microssegundo, tudo o que conhecemos (e desconhecemos) a se expandir para uma dimensão 1 trilhão trilhão de vezes maior que o tamanho ocupado originalmente por toda matéria (e antimatéria) espalhada por aí.O retrocesso aplicado pela equipe se vale de um método usado em simulações e observações reais que revelam as variações de densidade encontradas no espaço, com algumas manchas ricas em galáxias e outras relativamente áridas.&nbsp;A expectativa, afirma o time, é que se chegue a uma compreensão precisa de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206387-materia-escura-teria-formado-caos-borbulhante-pos-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como foi</a> esse período inflacionário.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/26/26180527736368.jpg" alt="Universo se expandiu em fração de microssegundo.">Universo se expandiu em fração de microssegundo.Uma hipótese promissora para essa distribuição desigual de matéria visível, explica o líder do estudo Masato Shirasaki, cosmologista do Observatório Astronômico Nacional do Japão (OANJ), é que, na época da Grande Expansão, já havia flutuações quânticas ou aleatórias – mudanças temporárias de energia presentes mesmo no minúsculo universo primordial.Quando tudo se expandiu, complementa, essas flutuações teriam se expandido também, com pontos mais densos se estendendo para regiões de maior densidade do que seus arredores. As <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209956-via-lactea-ola-cada-440-milhoes-anos-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forças gravitacionais</a> teriam interagido com esses filamentos esticados, fazendo com que as galáxias se aglomerassem ao longo deles."Estamos tentando fazer algo como adivinhar uma foto de bebê de nosso universo a partir da imagem mais recente", exemplifica Masato para a Live Science.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/26/26180741691369.jpg" alt="Origem de distribuição irregular de matéria permanece um mistério.">Origem de distribuição irregular de matéria permanece um mistério.<h2>Olhando para o passado</h2>Antes de mais nada, devido à complexidade das interações gravitacionais, é preciso retirar flutuações da equação se o objetivo é voltar ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154580-haver-universo-igual-nosso-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">início dos tempos</a>, ou ao menos aumentar as chances de vislumbrá-lo. Realizar essa tarefa não é nada simples.Entretanto, o grupo criou uma abordagem para contornar o obstáculo e precisava testá-la de alguma maneira. Assim, encontraram no ATERUI II, supermáquina do OANJ, um aliado e tanto. Com ele, deram à luz os milhares de universos virtuais, todos com flutuações de densidade inicial ligeiramente diferentes e com suas próprias inflações.Depois disso, detalham os responsáveis pelo projeto, aplicaram a esses universos o método de reconstrução desenvolvido para verem se a ação poderia reconfigurar as regiões fictícias e deixá-las como em seus pontos de partida. De acordo com Shirasaki, as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211667-terra-2-0-replica-digital-mostrara-evolucao-crise-clima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">informações desejadas</a> foram extraídas de forma eficiente<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/26/26180907301370.jpg" alt="ATERUI II, supercomputador japonês.">ATERUI II, supercomputador japonês.O próximo passo, complementa o pesquisador, é verificar o que acontece com observações do mundo real quando inseridas nessa história. Os dados necessários à empreitada já estão disponíveis graças ao Very Large Array, telescópio do Novo México, e ao levantamento astronômico Sloan Digital Sky Survey.Carl Sagan já dizia: "A imaginação muitas vezes nos leva a mundos que nunca sequer existiram. Mas sem ela não vamos a lugar algum." Masato Shirasaki e sua equipe certamente não estão parados. Os resultados desse esforço foram publicados em 4 de janeiro na revista Physical Review D.</body>

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4 mil universos virtuais podem solucionar mistério do Big Bang

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Imagem de Por sobras de comida, cão acompanhou o homem às Américas no tecmundo

Fragmentos ósseos mostram que a dupla alcançou o solo americano via Alasca

Uma hist&oacute;ria de sucesso: &eacute; assim que pode ser descrita a parceria entre seres humanos e c&atilde;es, selada durante a &uacute;ltima Era do Gelo, quando lobos selvagens foram domesticados. Dois artigos recentemente veiculados ajudam a entender como a colabora&ccedil;&atilde;o entre as duas esp&eacute;cies ajudou ambas a evolu&iacute;rem e se espalharem pelo planeta.
Em um estudo publicado na Scientific Reports, pesquisadores da Finnish Food Authority, &oacute;rg&atilde;o do Minist&eacute;rio da Agricultura da Finl&acirc;ndia, descobriram que a domestica&ccedil;&atilde;o dos c&atilde;es n&atilde;o se deu por escolha de filhotes fofos de lobos adotados pelo ser humano como companheiros. A verdadeira raz&atilde;o seria a capacidade limitada de o homem digerir prote&iacute;nas, o que n&atilde;o &eacute; um problema para lobos nem para c&atilde;es.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/WR16wyrADo8" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe>
O motivo mais prov&aacute;vel para a parceria, segundo a qu&iacute;mica e arque&oacute;loga Maria Lahtinen, autora principal do estudo, foi a abund&acirc;ncia de prote&iacute;nas que as popula&ccedil;&otilde;es humanas, por meio da ca&ccedil;a, conseguiam acumular para manter ambas as esp&eacute;cies alimentadas nos duros meses de inverno. Isso levou &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o da competi&ccedil;&atilde;o entre elas.
O estudo se baseou em modelos para calcular quanta energia as presas capturadas (veados, alces e cavalos) proporcionariam: todos os animais consumidos pelo ser humano teriam fornecido mais prote&iacute;na do que o necess&aacute;rio para sua sobreviv&ecirc;ncia &mdash; se os homens e os lobos tivessem lutado por esses recursos, a coopera&ccedil;&atilde;o entre as duas esp&eacute;cies jamais teria surgido.
<h2>Juntos no Novo Mundo</h2>
E juntos, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Buffalo (EUA), eles se espalharam pelo mundo. Um fragmento de osso de cachorro com cerca de 10.150 anos, achado &agrave;s margens do Golfo do Alasca, pode indicar a rota que os primeiros seres humanos usaram para migrar da Eur&aacute;sia para o continente americano. Segundo os pesquisadores, os restos do f&ecirc;mur fossilizado s&atilde;o os mais antigos registros de um c&atilde;o dom&eacute;stico nas Am&eacute;ricas.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/24/24151030276277.jpg" alt="." />&nbsp; (Fonte: University of Buffalo/Bob Wilder/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figure>
O genoma mitocondrial, passado de m&atilde;e para filho, revelou que ele pertencia a uma linhagem que se separou dos c&atilde;es siberianos h&aacute; 16,7 mil anos, compartilhando um ancestral comum com cachorros que viveram em solo americano antes da chegada dos colonizadores europeus.
&ldquo;O momento dessa divis&atilde;o coincide com um per&iacute;odo em que os humanos parecem ter migrado para a Am&eacute;rica do Norte ao longo de uma rota costeira que inclu&iacute;a o sudeste do Alasca. Agora, temos evid&ecirc;ncias gen&eacute;ticas: nossos dados ajudam a fornecer n&atilde;o apenas um momento, mas tamb&eacute;m um local para a entrada de c&atilde;es e pessoas nas Am&eacute;ricas, quando as geleiras costeiras recuaram durante a &uacute;ltima Idade do Gelo&rdquo;, disse a bi&oacute;loga evolucion&aacute;ria Charlotte Lindqvist, principal autora do estudo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/24/24151238949280.jpg" alt="O fragmento de f&ecirc;mur encontrado mais antigo das Am&eacute;ricas tem apenas um cent&iacute;metro." />Fragmento de f&ecirc;mur mais antigo das Am&eacute;ricas tem apenas 1 cent&iacute;metro.
O animal pode ter viajado sozinho? Ela acredita que n&atilde;o. A an&aacute;lise de is&oacute;topos de carbono do fragmento mostrou que o animal foi alimentado por humanos com salm&atilde;o e carne de baleia e de foca. &ldquo;Isso contrasta fortemente com outros c&atilde;es ancestrais habitantes do centro do continente, que consumiam uma dieta muito mais terrestre&rdquo;, disse Lindqvist.
Publicada na revista Proceedings of the Royal Society B, a pesquisa ajuda a preencher lacunas: &ldquo;O registro f&oacute;ssil de c&atilde;es ancestrais nas Am&eacute;ricas &eacute; incompleto, ent&atilde;o qualquer novo vest&iacute;gio encontrado fornece pistas importantes, j&aacute; que os mais antigos ossos de c&atilde;es americanos que tiveram seu DNA sequenciado foram encontrados no meio-oeste dos EUA&rdquo;, disse o bi&oacute;logo e coautor do estudo Flavio Augusto da Silva Coelho.

Shutterstock/Alexander Gerasimov/Reprodução

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Por sobras de comida, cão acompanhou o homem às Américas

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Imagem de Reversão dos polos magnéticos pode ser catastrófica, diz estudo no tecmundo

O último grande evento do tipo resultou na extinção dos neandertais e foi parecido com filmes de desastre, segundo cientistas

<head></head><body>Uma grande reversão dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155247-terra-acelerando-inversao-polos-magneticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polos magnéticos</a> da Terra, ocorrida há 42 mil anos, pode ter causado uma catástrofe climática global semelhante às apresentadas nos roteiros de <a href="https://www.tecmundo.com.br/filmes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filmes</a> de desastre de Hollywood. É o que sugere um estudo conduzido por cientistas de vários países, publicado na revista Science&nbsp;na última sexta-feira (19).De acordo com os pesquisadores, a extinção da megafauna da Austrália, a expansão do manto de gelo na América do Norte, o desaparecimento dos últimos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/210372-evidencias-apontam-cruzamento-homo-sapiens-neandertais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> e a destruição quase por completo da camada de ozônio são alguns dos eventos relacionados ao enfraquecimento do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155019-campo-magnetico-terra-origina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campo magnético terrestre</a> registrado na época.Responsável por proteger o planeta da radiação cósmica, o campo magnético se enfraqueceu há cerca de 42 mil anos, durante a inversão dos polos, deixando a Terra sem a sua defesa contra a radiação vinda do espaço. Tal migração de polos ficou conhecida como a Excursão Laschamps.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/23/23205556432010.jpg" alt="O planeta pode ter passado por grandes mudanças na última reversão dos polos magnéticos.">O planeta pode ter passado por grandes mudanças na última reversão dos polos magnéticos.Este evento já era conhecido pelos cientistas, mas não se sabia quais os impactos provocados por ele. Com a nova investigação, foi possível reunir evidências de que os efeitos da reversão geomagnética foram “apocalípticos”, conforme o artigo, trazendo consequências para todo o planeta e de longa duração.<h2>Como uma árvore milenar ajudou no estudo</h2>A investigação teve como base o tronco de uma árvore kauri de milhares de anos, retirado do fundo de um pântano na Nova Zelândia, onde estava preservado. Com mais de 2,5 metros de diâmetro, ele possui uma marca do tempo em cada um de seus anéis, armazenando informações importantes.Com a análise dos anéis, os cientistas foram capazes de criar uma escala do tempo detalhada sobre as mudanças na atmosfera terrestre naquele período, acompanhando o aumento dos níveis de radiocarbono atmosférico, medindo e datando os impactos das mudanças nos polos magnéticos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Conversation/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://theconversation.com/earths-magnetic-field-broke-down-42-000-years-ago-and-caused-massive-sudden-climate-change-155580"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/23/23204726269006.jpg" alt="O tronco de árvore kauri foi essencial para o estudo.">O tronco de árvore kauri foi essencial para o estudo.“Assim que descobrimos o momento exato do registro das árvores kauri pudemos ver que coincidia perfeitamente com os registros de mudanças climáticas e biológicas em todo o mundo”, comentou o professor do Departamento de Geologia da Universidade de Otago Alan Cooper, principal autor do estudo.Entre os eventos relatados por Cooper estão a extinção de animais como cangurus gigantes e wombats gigantes na Austrália, o sumiço dos neandertais na Europa e uma enorme camada de gelo avançando pela região leste dos EUA. Estas e outras situações teriam sido aceleradas pelas mudanças nos ecossistemas causadas pela Excursão Laschamps.<h2>Protegendo-se nas cavernas</h2>O passo seguinte foi usar um programa de simulação climática para testar o que teria causado as mudanças na temperatura e levado às extinções. Os pesquisadores descobriram que o campo magnético provavelmente estava com apenas 6% da sua força no período, deixando a vida na Terra exposta a inúmeros perigos.Estas condições levaram a uma forte degradação da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153378-imenso-buraco-abre-camada-ozonio-artico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de ozônio</a>, possibilitando a entrada de raios ultravioletas em níveis sem precedentes, alterando a absorção da energia do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152720-estudo-revela-sol-pacato-que-o-normal-nossa-sorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a> pela atmosfera. Além disso, pode ter resultado em auroras brilhantes por todo o planeta, deixando as noites tão claras quanto o dia.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/23/23205053991009.jpg" alt="As pinturas rupestres surgiram no mesmo período das mudanças no clima.">As pinturas rupestres surgiram no mesmo período das mudanças no clima.A pesquisa sugere ainda que todas essas alterações nas condições do tempo fizeram os humanos usar minerais sob a pele para bloquear os raios UV e procurar abrigo em cavernas, pois na mesma época surgiram as primeiras <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207591-descobertas-milhares-pinturas-rupestres-amazonia-colombiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinturas rupestres</a> em diferentes partes do planeta.Como não se sabe quando ocorrerá a próxima reversão do campo magnético, o estudo ajuda a entender melhor quais são os possíveis impactos desse tipo de fenômeno, que tem capacidade para gerar mudanças ambientais em escala global.</body>

Live Science/Reprodução

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Reversão dos polos magnéticos pode ser catastrófica, diz estudo

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Imagem de Pesquisadores sequenciam DNA de mamute de 1,2 milhão de anos no tecmundo

Extraído de dentes molares dos animais, material genético levou à descoberta de uma nova espécie

<head></head><body>Em 1970, o paleontólogo russo Andrei V. Sher encontrou, na terra eternamente congelada da Sibéria (chamada por isso de permafrost) <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/21888-um-dos-mamutes-mais-preservados-do-mundo-e-descoberto-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos mortais de inúmeros mamutes</a>; um deles, os pesquisadores estimaram que havia morrido há 1,2 milhão de anos. Foi preciso meio século para que pesquisadores recuperassem o que de mais precioso esses restos guardavam: seu DNA, o mais antigo do mundo.<iframe src="https://www.youtube.com/embed/2QnhECjV5J8" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>"Esta é a primeira vez que o DNA de espécimes de milhões de anos foi sequenciado e autenticado, e extraí-lo dos dentes molares foi um desafio", disse o paleontólogo e geneticista evolutivo Love Dalén, do Centro de Paleogenética, ligado ao Museu Sueco de História Natural e à Universidade de Estocolmo. Os outros dois mamutes cujo DNA foi analisado têm um milhão e 700 mil anos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Naturhistoriska riksmuseet/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nrm.se/forskningochsamlingar/forskningsnyheter/arkivforskningsnyheter/2021/forskningsnyheter2021/varldsrekordigammaltdnavisarmammutarsgenetiskahistoria.9008199.html"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/18/18233650857003.jpg" alt="Os dentes do mamute de 1,2 milhão de anos, uma espécie até agora desconhecida.">Os dentes do mamute de 1,2 milhão de anos, uma espécie até agora desconhecida.Mesmo que “mamute” seja para muita gente o Manny de <a href="https://www.tecmundo.com.br/voce-nao-sabia/107193-confira-9-coisas-voce-nao-sabia-serie-gelo-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Era do Gelo</a>, existiram 17 espécies por todo o planeta – Manny era um mamute imperador, frequentemente confundido com o mamute columbiano, que habitou a América do Norte durante a última era glacial, enquanto o mamute lanudo andava por onde hoje é o Canadá. Há um milhão de anos, porém, nenhum deles existia. Na Sibéria, havia apenas o mamute das estepes – ao menos, era o que se pensava.<h2>Único das Américas</h2>"Foi uma completa surpresa: nossas análises de DNA mostram que havia duas linhagens genéticas diferentes", diz o autor principal do estudo, o geneticista e evolucionista Tom van der Valk, acrescentando que esse animal pode ter sido o único de seu gênero a habitar as Américas por muito tempo.A nova espécie recebeu o nome de mamute Krestovka, por ter sido encontrado perto desse pequeno vilarejo siberiano; os pesquisadores acreditam que a nova espécie divergiu da linhagem então predominante há mais de dois milhões de anos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Centre for Palaeogenetics/Beth Zaiken/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nrm.se/forskningochsamlingar/forskningsnyheter/arkivforskningsnyheter/2021/forskningsnyheter2021/varldsrekordigammaltdnavisarmammutarsgenetiskahistoria.9008199.html"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/18/18233824014004.jpg" alt="O mamute Krestovka.">O mamute Krestovka.Foram necessárias condições especiais para que o DNA sobrevivesse para ser analisado pela equipe internacional de pesquisadores, liderada por geneticistas da sueca Universidade de Uppsala. De humanos, o mais antigo já sequenciado tem 15 mil anos; de neandertais, 120 mil anos, enquanto de um animal o recorde vai para um ancestral do cavalo, que correu sobre o que hoje é o solo congelado do território canadense de Yukon há 700 mil anos.<h2>Tesouro de fósseis</h2>O permafrost (o congelamento profundo da terra) retarda a degradação química daqueles que terminam sepultados nela. Mesmo assim, obter DNA dos espécimes é trabalhoso: no caso dos três mamutes, os pesquisadores extraíram amostras do dente molar de cada um (dois gramas de material).&nbsp;O material genético estava, porém, degradado em bilhões de sequências, curtas e fragmentadas. Para montá-las, foi usado o genoma de um elefante africano (um parente próximo), o que terminou por alinhar todos os pedaços de DNA na ordem correta.<div><div style="left: 0px; width: 100%; height: 0px; position: relative; padding-bottom: 74.844%;"><video autoplay="" loop="" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/CookedForsakenJabiru-mobile.jpg" style="top: 0px; left: 0px; width: 100%; height: 100%; position: absolute;">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/CookedForsakenJabiru-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div></div> Ao comparar os três genomas com o do mamute columbiano, que andou sobre a Terra até 12 mil anos, os pesquisadores descobriram que ele resultou do cruzamento do mamute lanoso com a nova linhagem desconhecida. "Ninguém sabe onde e por quanto tempo essa nova linhagem de mamutes prosperou. Seria incrível se descobríssemos mais espécimes desta linhagem”, disse van der Valk.Para Love Dalén, “há também a possibilidade de <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/29870-cientistas-encontram-dna-de-mamute-para-possivel-clonagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reconstruir DNA</a> cada vez mais antigo. Não <a href="https://www.tecmundo.com.br/curiosidade/16189-mamutes-clonados-podem-se-tornar-realidade-em-cinco-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recriaremos</a> <a href="https://www.tecmundo.com.br/cinema/81281-jurassic-park-curiosidades-interessantes-franquia-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jurassic Park</a>, mas modelos teóricos sugerem que o DNA pode sobreviver por até alguns milhões de anos. Acho que ainda não chegamos a um limite”.</body>

Gleb Danilov/Divulgação

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Pesquisadores sequenciam DNA de mamute de 1,2 milhão de anos

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Imagem de Nova teoria indica a origem de asteroide do fim dos dinossauros no tecmundo

Análises estatísticas e simulações mostram de onde teria vindo o objeto espacial e que uma visita semelhante pode, de fato, ocorrer novamente; entenda

Uma cratera de monstruosas dimens&otilde;es situada no M&eacute;xico marca, sup&otilde;em cientistas, o ponto no qual o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207014-dinossauros-dominar-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo dos dinossauros</a> teve seu fim, assim como cerca de tr&ecirc;s quartos da vida na Terra. Dentre os in&uacute;meros mist&eacute;rios que cercam o evento da cratera de Chicxulub, a origem do asteroide, cujo impacto com a superf&iacute;cie de nosso planeta teria iniciado a cat&aacute;strofe em quest&atilde;o, intriga cientistas h&aacute; muito tempo. Entretanto, dois pesquisadores de Harvard defendem que chegaram a uma resposta promissora para essa pergunta, publicada na Scientific Reports.
Avi Loeb e Amir Siraj, se valendo de an&aacute;lises estat&iacute;sticas e simula&ccedil;&otilde;es, descobriram que uma fra&ccedil;&atilde;o significativa de um cometa da <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/29769-e-se-algum-dia-tivessemos-que-construir-um-planeta-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvem de Oort</a>, grande concentra&ccedil;&atilde;o de objetos que se acredita existir no limite do Sistema Solar, pode ter sido desviada de seu curso pelo campo gravitacional de J&uacute;piter e direcionada para perto do Sol. A confus&atilde;o, por sua vez, teria fragmentado a rocha. Ali&aacute;s, peda&ccedil;os do tipo volta e meia nos atingem (em intervalos que podem ir de 250 milh&otilde;es de anos a 730 milh&otilde;es ou mais).
"J&uacute;piter atua, basicamente, como uma esp&eacute;cie de m&aacute;quina de fliperama, 'chutando' esses corpos celestes", exemplificou Siraj. "No caso dos cometas rasantes, poucos derretem em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; massa total que apresentam, s&oacute; que a forte <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211043-objeto-distante-sistema-solar-detectado-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atra&ccedil;&atilde;o gravitacional</a> exercida pela estrela causa a chamada interrup&ccedil;&atilde;o de mar&eacute;, na qual os objetos se dividem em partes menores, separadas entre a regi&atilde;o mais pr&oacute;xima do astro e a outra, mais distante", ele complementou.
Ainda de acordo com explica&ccedil;&atilde;o de Siraj, como as por&ccedil;&otilde;es mais distantes se afastam do Sol, h&aacute; uma chance estat&iacute;stica de que esses cometas menores <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177707-meteoro-dizimou-dinossauros-outro-trouxe-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colidam</a> com a Terra &ndash; e isso pode ter ocorrido h&aacute; mais de 60 milh&otilde;es de anos, per&iacute;odo em que demos adeus aos "lagart&otilde;es" sem nem t&ecirc;-los conhecido.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs-prod.si-cdn.com/Zp-aU5Nlc43nJ9IDf-rHq9TIHm4=/fit-in/1600x0/filters:focal(1813x1347:1814x1348)/https://public-media.si-cdn.com/filer/05/20/05207142-74ca-459f-beec-ad9883ad4f69/istock-964998154.jpg"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/16/16110518483088.jpg" alt="Asteroide teria sido " chutado="" para="" c="" />Asteroide teria sido "chutado" para c&aacute;.
<h2>&Aacute;rvore geol&oacute;gica</h2>
Cerca de 20% dos cometas oriundos da regi&atilde;o citada se tornam rasantes, ou seja, passam muito perto do Sol, tornando-se candidatos a geradores de colis&otilde;es. Ent&atilde;o, os respons&aacute;veis pelo estudo realizaram alguns ajustes em c&aacute;lculos, aumentando as chances de impacto para 1 a cada 10, buscando entender quais s&atilde;o as possibilidades que isso traria.&nbsp;
Apesar de a t&eacute;cnica parecer uma artimanha para se guiar pelos resultados pretendidos, tal informa&ccedil;&atilde;o est&aacute; de acordo com levantamentos de outros astr&ocirc;nomos. Al&eacute;m disso, segundo ambos, a nova taxa &eacute; consistente com a idade do visitante de Chicxulub, o que forneceria uma explica&ccedil;&atilde;o satisfat&oacute;ria para o <a href="http://origin.api.tecmundo.com.br/ciencia/204594-terra-teria-ajudado-asteroide-destruir-dinossauros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enigma</a> e, tamb&eacute;m, para a composi&ccedil;&atilde;o de muitos desses forasteiros espaciais &ndash; que seria primitiva, ao contr&aacute;rio do esperado de asteroides convencionais, do cintur&atilde;o principal, entre a &oacute;rbita de J&uacute;piter e Marte.
Saber a idade dos exemplares ajuda a determinar a origem deles porque evid&ecirc;ncias encontradas na cratera de Chicxulub e outras semelhantes sugerem que somente cerca de um d&eacute;cimo de todos os asteroides do cintur&atilde;o principal sejam formados por condrito carbon&aacute;ceo, ao contr&aacute;rio daqueles da nuvem de Oort, com uma popula&ccedil;&atilde;o do tipo muito mais expressiva.&nbsp;
Um objeto que atingiu a Terra h&aacute; cerca de 2 bilh&otilde;es e deixou a cratera Vredefort na &Aacute;frica do Sul, que &eacute; a <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/26006-cientistas-podem-ter-descoberto-a-maior-e-mais-antiga-cratera-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior cratera</a> confirmada na hist&oacute;ria da Terra, continha as propriedades sugeridas, assim como o que deixou marca em Zhamanshin, no Cazaquist&atilde;o (maior cratera confirmada no &uacute;ltimo milh&atilde;o de anos).
"Nosso artigo fornece uma base para explicar a ocorr&ecirc;ncia do evento", apontou Loeb. "Estamos sugerindo que, de fato, se voc&ecirc; quebrar um objeto quando ele se aproximar do Sol, isso pode gerar a taxa de consequ&ecirc;ncia apropriada e detalhar o tipo de impacto que matou os dinossauros", ele afirmou.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/16/16110635140089.jpg" alt="Tr&ecirc;s quartos da vida na Terra foram " varridos="" por="" evento="" />Tr&ecirc;s quartos da vida na Terra foram "varridos" por evento.
<h2>Tempo que nos &eacute; dado</h2>
&Eacute; poss&iacute;vel confirmar o que dizem os cientistas com uma an&aacute;lise aprofundada de crateras diversas, incluindo as da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155460-crateras-lunares-sugerem-terra-bombardeada-ha-800-milhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superf&iacute;cie lunar</a>. Logo, miss&otilde;es de coleta de amostras em andamento, salientam Loeb e Siraj, s&atilde;o capazes de dar novos contornos ao que se sabe.&nbsp;
"Devemos ver fragmentos menores chegando &agrave; Terra com mais frequ&ecirc;ncia da nuvem de Oort", salientou Loeb. "Espero que possamos testar a teoria tendo mais dados sobre os cometas de longo per&iacute;odo, obter estat&iacute;sticas melhores e, talvez, encontrar evid&ecirc;ncias de alguns fragmentos", ele falou.
Aliados aqui na Terra tamb&eacute;m podem prestar um grande aux&iacute;lio, a exemplo do <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/207921-google-cloud-armazenara-20-tb-capturas-observatorio-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Observat&oacute;rio Vera Rubin</a>, no Chile, ap&oacute;s se tornar operacional em 2022. Um exemplo de suas capacidades ser&aacute; a observa&ccedil;&atilde;o da interrup&ccedil;&atilde;o das mar&eacute;s.
De acordo com Loeb, entender isso n&atilde;o &eacute; apenas crucial para resolver um mist&eacute;rio da hist&oacute;ria da Terra, mas para futuras amea&ccedil;as. "Deve ter sido uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146007-saiba-rolou-colisao-asteroide-ha-65-milhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vis&atilde;o incr&iacute;vel</a>, mas n&atilde;o queremos testemunhar esse lado", finalizou o pesquisador.

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Nova teoria indica a origem de asteroide do fim dos dinossauros

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Imagem de Concha de 17 mil anos era usada para fazer música no tecmundo

A peça, anteriormente tida como um recipiente para bebidas, foi modificada por humanos do período Paleolítico Superior para produzir sons

Uma concha de b&uacute;zio da esp&eacute;cie Charonia lampas descoberta em 1931, em uma caverna nos Pirineus (Fran&ccedil;a), &eacute; o mais antigo instrumento de sopro do seu tipo, tendo aproximadamente 17 mil anos de idade. A novidade foi revelada em um estudo publicado na Science Advances, nessa quarta-feira (10).
Na &eacute;poca em que foi encontrada, os respons&aacute;veis pelas <a href="https://www.tecmundo.com.br/arqueologia" target="_blank">escava&ccedil;&otilde;es arqueol&oacute;gicas</a> acreditavam se tratar de um objeto utilizado como uma ta&ccedil;a para servir bebidas h&aacute; milhares de anos. Dessa forma, a concha foi parar no Museu de Toulouse, na Fran&ccedil;a, onde ficou armazenada por d&eacute;cadas.
Mas tudo mudou quando pesquisadores do <a href="http://www.tecmundo.com.br/museu/" target="_blank" title="Museu">museu</a>, em parceria com cientistas da Universidade de Toulouse, do Centro Nacional de Investiga&ccedil;&atilde;o Cient&iacute;fica da Fran&ccedil;a e do museu Quai Branly - Jacques Chirac resolveram investigar a real fun&ccedil;&atilde;o da concha, que tem 31 cm de comprimento, 18 cm de largura e a ponta quebrada, formando uma abertura de 3,5 cm.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu de Toulouse/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://leblogdumuseumtoulouse.fr/un-coquillage-vieux-de-18-000-ans-est-en-fait-le-plus-ancien-instrument-a-vent-de-ce-type/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/11/11135800610215.jpg" alt="A concha passou por v&aacute;rias modifica&ccedil;&otilde;es para se tornar um instrumento musical." />A concha passou por v&aacute;rias modifica&ccedil;&otilde;es para se tornar um instrumento musical.
Por meio de <a href="https://www.tecmundo.com.br/medicina/72449-nova-maquina-tomografia-computadorizada-produz-imagens-impressionantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tomografias computadorizadas</a>, eles conseguiram analisar o interior da pe&ccedil;a e fizeram descobertas incr&iacute;veis, encontrando dois orif&iacute;cios possivelmente utilizados para adaptar uma boquilha e pequenos cortes na outra extremidade, que ajudariam a modular o som e criar <a href="https://www.tecmundo.com.br/musica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;sica</a>. Vest&iacute;gios de decora&ccedil;&atilde;o com um pigmento vermelho (hematita) tamb&eacute;m foram achados, sugerindo se tratar de um objeto simb&oacute;lico.
<h2>Sons produzidos pela concha</h2>
O passo seguinte foi testar a hip&oacute;tese de que ela era um antigo instrumento musical, verificando se a concha emitia sons. Para tanto, os pesquisadores criaram uma r&eacute;plica <a href="https://www.tecmundo.com.br/3d" rel="noopener noreferrer" target="_blank">3D</a> do objeto e chamaram o music&oacute;logo da Universidade de Toulouse Jean-Michel Court.
Durante os testes, o especialista em trompa conseguiu produzir tr&ecirc;s sons parecidos com notas musicais, transmitidos a 1 m de dist&acirc;ncia e alcan&ccedil;ando 100 decib&eacute;is (o &aacute;udio est&aacute; dispon&iacute;vel no tweet abaixo). Ele acredita que a utiliza&ccedil;&atilde;o de uma boquilha pode expandir o alcance do som e o uso da m&atilde;o no interior da concha permita criar notas diferentes.
<blockquote class="twitter-tweet">
Listen to the sound of this ancient seashell found in a cave, a 17,000-year-old musical instrument. From Fritz et al. 2021 "First record of the sound produced by the oldest Upper Paleolithic seashell horn" <a href="https://t.co/LIkFZVLbCy">https://t.co/LIkFZVLbCy</a> <a href="https://t.co/IR9txctL3A">pic.twitter.com/IR9txctL3A</a>
&mdash; M.P. (@OmanReagan) <a href="https://twitter.com/OmanReagan/status/1359648687459160064?ref_src=twsrc%5Etfw">February 10, 2021</a></blockquote>
Segundo os pesquisadores, a descoberta possibilita conhecer um pouco mais do cotidiano dos humanos do Paleol&iacute;tico Superior e refor&ccedil;a a ideia de que os antigos habitantes dos Pirineus se deslocavam at&eacute; a costa atl&acirc;ntica, a mais de 200 km de dist&acirc;ncia.

Museu de Toulouse/Reprodução

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Concha de 17 mil anos era usada para fazer música

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Imagem de Veja o que um bilhão de anos fez à Terra em apenas 40 segundos no tecmundo

Vídeo mostra o movimento das placas tectônicas sobre a superfície do planeta

&ldquo;Criamos um modelo inteiramente novo de evolu&ccedil;&atilde;o da Terra nos &uacute;ltimos bilh&otilde;es de anos. Nosso planeta &eacute; &uacute;nico na forma como hospeda a vida. Mas isso s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel porque os processos geol&oacute;gicos fornecem um sistema de suporte de vida planet&aacute;rio&rdquo;, afirmou&nbsp; o geof&iacute;sico&nbsp;Dietmar M&uuml;ller,&nbsp;da Universidade de Sydney.
O entusiasmo&nbsp; do especialista&nbsp; se explica: ele e mais uma equipe internacional de pesquisadores criaram um modelo computacional que resume, em 40 segundos, o movimento das placas tect&ocirc;nicas do &uacute;ltimo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177155-1-bi-anos-nucleo-terra-jovem-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bilh&atilde;o de anos</a>.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gQqQhZp4uG8" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe>
Chamada de "tect&ocirc;nica de placas", a teoria trata dos grandes movimentos de por&ccedil;&otilde;es da litosfera (a camada s&oacute;lida mais externa da Terra) deslizando sobre a astenosfera (a camada mais interior e viscosa do manto terrestre). O que se sabe, hoje, &eacute; que as placas tect&ocirc;nicas cresceram continuamente no decorrer dos &uacute;ltimos 2,5 bilh&otilde;es de anos.
A ideia de peda&ccedil;os de terra se movendo pela superf&iacute;cie do planeta surgiu como resultado da observa&ccedil;&atilde;o de dois fen&ocirc;menos: a expans&atilde;o do fundo dos oceanos e a deriva dos continentes (um dia, todas as massas de terra j&aacute; foram um bloco s&oacute;).
<div style="max-width: 240px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 80%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/UOoq9HP" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<h2>4 anos de dados</h2>
Para modelar o movimento que mudou a face da Terra, o geof&iacute;sico Andrew Merdith (assim como M&uuml;ller, integrante do grupo de geoci&ecirc;ncias EarthByte da universidade australiana) recolheu dados coletados e publicados nos &uacute;ltimos quatro anos para produzir um v&iacute;deo mostrando as mudan&ccedil;as na superf&iacute;cie do planeta.
&ldquo;Em uma escala de tempo humana, as coisas se movem em cent&iacute;metros por ano, mas como podemos ver na anima&ccedil;&atilde;o, os continentes estiveram em todos os cantos do planeta ao longo do tempo. Um lugar como a Ant&aacute;rtica, que hoje vemos como um continente &aacute;rido, gelado e in&oacute;spito, na verdade j&aacute; foi um bom destino de f&eacute;rias, ocupando a regi&atilde;o do Equador&rdquo;, disse um dos autores do estudo, o geof&iacute;sico&nbsp;Michael Tetley, especializado em Geodin&acirc;mica.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock/Nigel Jarvis/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/extreme-geological-folds-agios-pavlos-crete-1006668403"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/09/09165335945263.jpg" alt="As dobras geol&oacute;gicas extremas de Agios Pavlos, na Gr&eacute;cia, mostram camadas de calc&aacute;rio originalmente depositadas nas profundezas do oceano, &nbsp;e subiram &agrave; superf&iacute;cie juntamente com os Alpes." />As dobras geol&oacute;gicas extremas de Agios Pavlos, na Gr&eacute;cia, mostram camadas de calc&aacute;rio originalmente depositadas nas profundezas do oceano&nbsp; e que subiram &agrave; superf&iacute;cie juntamente com os Alpes.
Segundo Merdith, o modelo mostra n&atilde;o apenas os aspectos geof&iacute;sicos como tamb&eacute;m "nos ajuda a entender como o clima do planeta mudou, as correntes oce&acirc;nicas se alteraram e os nutrientes flu&iacute;ram das profundezas da Terra para estimular a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208250-aridez-nao-agua-essencial-surgimento-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o da vida</a>&rdquo;.

Ancient Earth/Reprodução

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Veja o que 1 bilhão de anos fez à Terra em apenas 40 segundos

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Imagem de Local de pouso da Apollo 15 é fotografado por sinal de radar no tecmundo

Técnica vai permitir capturar imagens por todo o Sistema Solar a partir da Terra

Um projeto tocado h&aacute; 2 anos pelo Observat&oacute;rio Green Bank (GBO), pelo Observat&oacute;rio Nacional de Radioastronomia (NRAO) e pela empresa Raytheon Intelligence &amp; Space resultou em uma imagem incrivelmente clara e n&iacute;tida do local onde a miss&atilde;o Apollo 15 pousou na <a href="http://www.tecmundo.com.br/Lua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, em 1971, obtida via sinal de radar enviado da Terra e refletido na superf&iacute;cie do sat&eacute;lite.
O sinal partiu de um transmissor desenvolvido pela Raytheon e instalado no GBT, maior radiotelesc&oacute;pio orient&aacute;vel do mundo, em dire&ccedil;&atilde;o a Hadley-Apennine, regi&atilde;o pr&oacute;xima aos Montes Apenninus, onde os astronautas David Scott e James Irwin pousaram o m&oacute;dulo Falcon em 30 de julho de 1971.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08212424732409.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://public.nrao.edu/news/successful-test-new-planetary-radar/">&nbsp;NRAO/GBO/Raytheon/AUI/NSF/USGS/Sophia Dagnello&nbsp;</a></figure>
Refletida no vale, a onda voltou &agrave; Terra e foi capturada pelas antenas do Very Long Baseline Array (VLBA), um sistema de dez radiotelesc&oacute;pios operados a partir do Novo M&eacute;xico pelo NRAO e espalhados pelo continente. Foi esse eco do sinal de radar, emitido em dire&ccedil;&atilde;o ao espa&ccedil;o em meados de novembro como teste de prova de conceito, que resultou na imagem divulgada agora.
&ldquo;Esse projeto abre uma gama totalmente nova de recursos. J&aacute; participamos de importantes estudos de radar do Sistema Solar, mas transformar o GBT em um transmissor de radar planet&aacute;rio dirig&iacute;vel expandir&aacute; muito nossa capacidade de buscar novas linhas de pesquisa intrigantes&rdquo;, disse o diretor do NRAO, o astrof&iacute;sico Tony Beasley.
<h2>Imagens de Netuno</h2>
O sucesso do acordo de coopera&ccedil;&atilde;o abre caminho para um projeto que pretende equipar o Green Bank com um transmissor ainda mais poderoso, usando a pot&ecirc;ncia de 500 quilowatts para registrar com uma alta sensibilidade ainda n&atilde;o alcan&ccedil;ada imagens mais aprimoradas de pequenos objetos que passam pela Terra, luas orbitando em torno de outros planetas e mesmo corpos espalhados pelo Sistema Solar, al&eacute;m de planetas distantes, como Netuno, a 4,3 bilh&otilde;es de quil&ocirc;metros da Terra.
&ldquo;O sistema planejado ser&aacute; um salto &agrave; frente na ci&ecirc;ncia do radar, permitindo acesso a recursos nunca antes vistos do Sistema Solar aqui mesmo na Terra&rdquo;, disse em comunicado a diretora do Observat&oacute;rio Green Bank, a astrof&iacute;sica Karen O'Neil.
A t&eacute;cnica vai permitir, agora, capturar imagens de at&eacute; 5 metros de di&acirc;metro a quase 385 mil quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia. A que foi divulgada agora mostra o Hadley Rille, um canal estreito e sinuoso que, provavelmente, &eacute; um tubo de lava colapsado; o c&iacute;rculo acima e no centro da imagem &eacute; a cratera Hadley C, com cerca de 6 quil&ocirc;metros.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08212637716410.jpg" alt="A imagem do vale lunar, obtida usando o radar instalado no Observat&oacute;rio Green Bank." /> <a class="fonte_imagem" href="https://public.nrao.edu/news/successful-test-new-planetary-radar/">&nbsp;NRAO/GBO/Raytheon/NSF/AUI/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>Triunfos passados</h2>
O uso de radar para captar imagens do espa&ccedil;o n&atilde;o &eacute; uma novidade. Se na Terra mostrou ser um recurso valioso para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154139-radar-revela-cidade-romana-inteira-solo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">localizar cidades enterradas</a>, na Lua ele &eacute; usado para n&atilde;o apenas revelar estruturas finas na superf&iacute;cie do sat&eacute;lite como para sondar mais de dez metros do subsolo, captando varia&ccedil;&otilde;es na densidade do regolito. &nbsp; &nbsp;
Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; poeira lunar, a miss&atilde;o Apollo 15 (a quarta a pousar na superf&iacute;cie da Lua e a primeira a usar um rover para explorar o sat&eacute;lite) recolheu 77 quilos de regolitos de diversas &aacute;reas &ndash; em especial, a Pedra do G&ecirc;nesis, formada nos prim&oacute;rdios do Sistema Solar, h&aacute; 4 bilh&otilde;es de anos.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08213129372411.jpg" alt="Uma pena e um martelo, lan&ccedil;ados ao mesmo tempo, alcan&ccedil;aram o solo lunar juntos, comprovando a teoria de Galileu." />Uma pena e um martelo, lan&ccedil;ados ao mesmo tempo, alcan&ccedil;aram o solo lunar juntos, comprovando a teoria de Galileu.
Al&eacute;m disso, os astronautas fizeram uma experi&ecirc;ncia para validar a teoria de Galileu de que dois objetos de pesos diferentes caem &agrave; mesma velocidade na aus&ecirc;ncia de ar &ndash; soltos um martelo e uma pena, ambos atingiram o solo lunar simultaneamente.

NASA/Divulgação

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Local de pouso da Apollo 15 é fotografado por sinal de radar

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Imagem de Imagens revelam bola de golfe na Lua durante missão Apollo 14 no tecmundo

Remasterização de gravações e novas tecnologias revelam posicionamento e distância das 2 tacadas do astronauta Alan Shepard na década de 1970

Em comemora&ccedil;&atilde;o ao anivers&aacute;rio de 50 anos da miss&atilde;o Apollo 14, imagens remasterizadas localizaram uma bola de golfe, at&eacute; ent&atilde;o perdida, lan&ccedil;ada pelo astronauta Alan Shepard. Situada no projeto da <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa">NASA</a> de explora&ccedil;&atilde;o da Lua na d&eacute;cada de 1970, parte da motiva&ccedil;&atilde;o da &ldquo;brincadeira&rdquo; era demonstrar o princ&iacute;pio de como os objetos se comportariam no ambiente lunar e ficou conhecida como um dos momentos esportivos mais incr&iacute;veis da hist&oacute;ria.
Em 6 de fevereiro de 1971, o astronauta improvisou um taco, adaptado do modelo Wilson Staff Dyna-Power 6, com uma ferramenta projetada para colher amostras de rochas lunares. Shepard deu 2 tacadas: a primeira bola caiu em uma cratera pr&oacute;xima, e a segunda voou para al&eacute;m do alcance da c&acirc;mera, o que fez ele declarar que ela viajou por &ldquo;milhas, milhas e milhas&rdquo; de dist&acirc;ncia.
Como na &eacute;poca n&atilde;o havia tecnologia de rastreamento do objeto, para capturar a cena, a tripula&ccedil;&atilde;o da Apollo 14 registrou a pr&aacute;tica de golfe por meio de uma c&acirc;mera de filme 16 mil&iacute;metros localizada no m&oacute;dulo da nave. O especialista em imagens Andy Saunders fez uma composi&ccedil;&atilde;o panor&acirc;mica com as 6 fotos tiradas, aprimorando-as digitalmente e complementando-as com dados de 2011 da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter &mdash; lan&ccedil;ada em 2009 para o monitoramento do sat&eacute;lite terrestre.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08190722588359.jpg" alt="Pegadas de Shepard durante a primeira bola lan&ccedil;ada" />Pegadas de Shepard durante a primeira bola lan&ccedil;ada.
Os rastros dos astronautas nas fotografias originais correspondem perfeitamente &agrave;s tiradas em &oacute;rbita 40 anos depois. Assim, foi poss&iacute;vel identificar as pegadas de Shepard no momento das tentativas e medir o ponto no qual as bolas ca&iacute;ram. Segundo Saunders, a primeira tacada pegou &ldquo;mais terra do que bola&rdquo;, confirmada pelo dano causado ao terreno; em seguida, o astronauta teria dado um passo &agrave; frente e efetuado o pr&oacute;ximo movimento, mais bem-sucedido.
&ldquo;Agora podemos determinar as dist&acirc;ncias aproximadas de ambas as tacadas: bola n&uacute;mero 1, 24 jardas (aproximadamente 22 metros), e bola n&uacute;mero 2, 40 jardas (cerca de 36 metros)&rdquo;, afirmou&nbsp;Saunders ao jornal da Associa&ccedil;&atilde;o de Golfe dos Estados Unidos (USGA).
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08190918996362.jpg" alt="Posi&ccedil;&atilde;o das bolas de golfe a partir do local de lan&ccedil;amento" />Posi&ccedil;&atilde;o das bolas de golfe a partir do local de lan&ccedil;amento.
&ldquo;Infelizmente, a segunda tentativa dificilmente poderia ser descrita como a &lsquo;milhas, milhas e milhas&rsquo; [de dist&acirc;ncia], mas &eacute; claro que isso sempre foi considerado um exagero despreocupado; algo altamente competitivo que os astronautas e os jogadores de golfe tendem a fazer&rdquo;, Saunders comentou.
Apesar disso, ele ressalta que o ato continua sendo um feito impressionante, em raz&atilde;o da superf&iacute;cie lunar e sua baixa gravidade, bem como pelas vestimentas dos astronautas que limitam seus movimentos e vis&atilde;o.
Vale lembrar que Shepard foi o primeiro estadunidense a chegar ao espa&ccedil;o, em 1961, com a miss&atilde;o Mercury-Redstone 3. O astronauta tamb&eacute;m foi a 5&ordf; pessoa a pisar na superf&iacute;cie lunar, durante a Apollo 14. Para ele, &ldquo;o legado de Shepard como o 1&ordm; americano no espa&ccedil;o e o 1&ordm; humano a jogar golfe em outro mundo n&atilde;o pode ser tocado&rdquo;.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/08/08191022716363.jpg" alt="Alan Shepard" />Alan Shepard.
<h2>A piada que fez hist&oacute;ria</h2>
A ideia para a a&ccedil;&atilde;o de Shepard partiu do comediante Bob Hope, quando este visitou a sede da NASA em 1970. Conhecido tamb&eacute;m como um praticante fervoroso do esporte, o humorista contou uma piada sobre acertar uma bola de golfe na Lua. O astronauta ent&atilde;o teria adorado a sugest&atilde;o, ao pensar que seria uma boa forma para demonstrar a diferen&ccedil;a entre a for&ccedil;a da gravidade existente na Lua e na Terra.
A proposta foi inicialmente rejeitada pela dire&ccedil;&atilde;o da ag&ecirc;ncia espacial. Por&eacute;m, como a finalidade traria uma grande publicidade e divulga&ccedil;&atilde;o dos projetos da organiza&ccedil;&atilde;o, a NASA aceitou com a condi&ccedil;&atilde;o de que ele s&oacute; faria a brincadeira ap&oacute;s a conclus&atilde;o bem sucedida de todas as tarefas oficiais da miss&atilde;o. O taco de golfe desenvolvido por Shepard hoje encontra-se no museu da USGA, com uma r&eacute;plica em exibi&ccedil;&atilde;o no Smithsonian.

NASA/Reprodução

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Imagens revelam bola de golfe na Lua durante missão Apollo 14

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Imagem de A vida floresceu na Terra, em grande parte, por sorte no tecmundo

Modelo computacional usando mil planetas mostrou que, sem ela, a evolução teria sido interrompida

<head></head><body>A Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos; mesmo registrando eventos catastróficos e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154179-vulcoes-atrasaram-oxigenacao-atmosfera-1-bilhao-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duas extinções em massa</a>, o planeta permaneceu habitável por boa parte desse tempo – e isso levou os cientistas a questionar se a vida e, por extensão, a humanidade são na verdade, um golpe de sorte.“Se o clima tivesse falhado completamente apenas uma vez, a evolução teria terminado em um beco sem saída e não estaríamos aqui agora. Portanto, para entender como viemos a existir no planeta, precisamos saber como a Terra conseguiu se manter habitável por bilhões de anos para que a vida não apenas surgisse, como florescesse”, disse em artigo para o site The Conversation o cientista planetário Toby Tyrrell.<iframe src="https://www.youtube.com/embed/LUP4kcZcLk8" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Segundo ele, existem hoje duas teorias principais para explicar como a vida sobreviveu no planeta. Uma delas diz que a Terra se autorregula, usando mecanismos para impedir que as temperaturas subam o suficiente para eliminar todos os seres vivos – algo como um termostato natural. A outra teoria usa um elemento que muitos cientistas desprezam, enquanto outros contam com ele: sorte.“Este segundo cenário é tornado mais plausível pelas descobertas de exoplanetas: alguns têm tamanho, densidade e distância orbital tais que temperaturas adequadas para a vida são teoricamente possíveis. Estima-se que haja pelo menos dois bilhões desses planetas candidatos somente em nossa galáxia”, explicou Tyrrell.<h2>Uma chance em mil</h2>Dada a impossibilidade de se observar esses exoplanetas de perto, o pesquisador testou, usando modelos computacionais, o quanto a sorte foi um fator decisivo para que, ao fim de bilhões de anos, você esteja agora lendo esse texto.Tyrrell usou modelagem computacional para criar mil planetas aleatórios, experimentando em cada um deles “feedback climáticos”, ou processos que podem alimentar ou deter as mudanças no clima planetário: “Pense no derretimento, no Ártico, do gelo marinho que reflete a luz solar. A água do oceano, sem a calota, absorve a energia do sol, e isso provoca mais aquecimento e derretimento, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176599-terra-perdeu-28-trilhoes-toneladas-gelo-duas-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em um ciclo que se retroalimenta</a>.”Para cada planeta, Tyrrell experimentou, em uma centena de vezes, variáveis climáticas para registrar por quanto tempo, em escalas geológicas, um planeta permanecia habitável para a vida como nós a conhecemos. “A cada vez, o planeta partia de uma temperatura inicial diferente e era exposto aleatoriamente a um conjunto diferente de eventos com o poder de alterar o clima, como erupções de supervulcões e impactos de asteroides gigantes.”<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/01/01210450401350.jpg" alt="Submetidos ao modelo uma vez, os mil planetas (a) são mostrados como círculos verdes (habitáveis) e pretos (não habitáveis); na segunda vez (mesmos planetas, diferentes temperaturas iniciais e eventos), somente seis continuaram a sustentar vida (b).">Submetidos ao modelo uma vez, os mil planetas (a) são mostrados como círculos verdes (habitáveis) e pretos (não habitáveis); na segunda vez (mesmos planetas, diferentes temperaturas iniciais e eventos), somente seis continuaram a sustentar vida (b).<h2>Acaso</h2>Os resultados surpreenderam o cientista planetário: “Apenas uma vez entre os cem mil planetas, um deles teve feedbacks de estabilização tão fortes que permaneceu habitável nas cem vezes em que rodei o modelo, independentemente dos eventos climáticos aleatórios. Menos de dez planetas em cem permaneceu habitável nos cem cenários apresentados.”Para Tyrrell, o estudo mostrou que a sorte pode ajudar um planeta a sustentar vida. “Em quase todas as vezes nas quais um planeta permaneceu habitável por três bilhões de anos, foi em parte por obra do acaso, mas planetas sem feedback algum jamais suportariam vida”, concluiu.A Terra tem estabilizadores do clima, mas somente isso não explicaria como, através das eras geológicas e fustigada por eventos catastróficos, ela se tornou resiliente. “Se os eventos fossem de magnitude maior ou ocorridos em momento críticos, provavelmente não estaríamos aqui hoje”.</body>

NASA/ Goddard Space Flight Center Conceptual Image Lab/Divulgação

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A vida floresceu na Terra, em grande parte, por sorte

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Imagem de Evidências apontam cruzamento de Homo sapiens com neandertais no tecmundo

Dentes de hominídeos encontrados em sítio paleolítico de Jersey podem pertencer a híbridos das duas espécies

Cientistas encontraram evid&ecirc;ncias de uma popula&ccedil;&atilde;o h&iacute;brida de neandertais e Homo sapiens que viveu em grupo na Europa e em partes da &Aacute;sia. No caso, a an&aacute;lise de dentes pr&eacute;-hist&oacute;ricos recuperados h&aacute; mais de 100 anos indica que a extin&ccedil;&atilde;o dos humanos primitivos pode ser resultado do cruzamento entre as esp&eacute;cies. O estudo intitulado &ldquo;The morphology of the Late Pleistocene hominin remains from the site of La Cotte de St Brelade, Jersey (Channel Islands)&rdquo; foi liderado por Chris Stringer e publicado na revista cient&iacute;fica Journal of Human Evolution.
Segundo a pesquisa, os baixos n&iacute;veis do mar durante a &uacute;ltima Era do Gelo desfavoreceram condi&ccedil;&otilde;es de isolamento dos diferentes humanos e possibilitaram a migra&ccedil;&atilde;o de grupos para as Ilhas do Canal da Mancha. &ldquo;H&aacute; evid&ecirc;ncias consider&aacute;veis, tanto de f&oacute;sseis quanto de genomas modernos, de que o cruzamento ocorreu. Apesar da descoberta, n&oacute;s ainda n&atilde;o sabemos as circunst&acirc;ncias exatas, nem o quanto isso foi gerado pela expans&atilde;o das popula&ccedil;&otilde;es humanas modernas&rdquo;, explicou Stringer em comunicado do Museu de Hist&oacute;ria Natural de Londres.
As amostras foram coletadas em 1910 e 1911 na caverna La Cotte de St. Brelade, na ilha de Jersey, situada no Canal da Mancha, local com v&aacute;rios registros da evolu&ccedil;&atilde;o humana. Foram encontrados 13 dentes, por&eacute;m um deles se perdeu, devido a condi&ccedil;&otilde;es naturais de deteriora&ccedil;&atilde;o. Essas evid&ecirc;ncias ent&atilde;o passaram por an&aacute;lises com m&eacute;todos e ferramentas avan&ccedil;adas &mdash; incluindo tomografias computadorizadas.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/02/02192826646300.jpg" alt="Dentes de indiv&iacute;duos h&iacute;bridos encontrados em La Cotte de St Brelade" />Dentes de indiv&iacute;duos h&iacute;bridos encontrados em La Cotte de St Brelade
O resultado mostra que um dos dentes era de algum tipo de animal, enquanto os restantes, de dois indiv&iacute;duos, exibiam sinais de hibridiza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Encontramos as mesmas combina&ccedil;&otilde;es incomuns de neandertais e tra&ccedil;os humanos modernos nas amostras. Consideramos essa a evid&ecirc;ncia direta mais forte j&aacute; encontrada em f&oacute;sseis, embora ainda n&atilde;o tenhamos comprova&ccedil;&atilde;o de DNA para apoi&aacute;-la&rdquo;, disse Stringer.
&ldquo;Em resumo, as ra&iacute;zes dos dentes parecem muito de neandertais, enquanto o pesco&ccedil;o e a coroa dos dentes se assemelham muito mais aos de Homo sapiens&rdquo;, completou. Dessa forma, o teste final para a comprova&ccedil;&atilde;o da teoria ser&aacute; submeter as evid&ecirc;ncias em an&aacute;lises de DNA, algo que a equipe planeja fazer no futuro.
A data&ccedil;&atilde;o recente de sedimentos no local sugere que os dentes t&ecirc;m aproximadamente 48 mil anos (Paleol&iacute;tico M&eacute;dio), 8 mil anos antes da extin&ccedil;&atilde;o dos neandertais. Devido ao fato de esses humanos arcaicos terem surgido h&aacute; cerca de 400 mil anos, os achados em La Cotte de St. Brelade s&atilde;o de algum est&aacute;gio avan&ccedil;ado da esp&eacute;cie.
Nesse sentido, a pesquisa representa um fundamento mais plaus&iacute;vel para a explica&ccedil;&atilde;o da extin&ccedil;&atilde;o dos neandertais. Outras teorias apontam que esse motivo pode ser resultado de conflitos violentos com humanos modernos, doen&ccedil;as ou mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas (relacionadas &agrave; incapacidade de adapta&ccedil;&atilde;o).
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/02/02/02192950771302.jpg" alt="Caverna La Cotte de St Brelade" />Caverna La Cotte de St Brelade
&ldquo;Claro, pode haver muitos cen&aacute;rios diferentes em todo o mundo neandertal que levaram ao seu desaparecimento, desde a extin&ccedil;&atilde;o local at&eacute; a absor&ccedil;&atilde;o em popula&ccedil;&otilde;es em expans&atilde;o de Homo sapiens&rdquo;, disse Matthew Pope, arque&oacute;logo envolvido no estudo.
&ldquo;Aqui em La Cotte, podemos ter a chance de olhar um cen&aacute;rio com mais aten&ccedil;&atilde;o, por meio de escava&ccedil;&otilde;es detalhadas e an&aacute;lises cient&iacute;ficas. O trabalho oferece um vislumbre de uma nova e intrigante popula&ccedil;&atilde;o de neandertais e abre as portas para uma nova fase de descoberta&rdquo;, adicionou.
&ldquo;Este &eacute; um local de grande import&acirc;ncia e continua a revelar hist&oacute;rias sobre os nossos antecessores. Fizemos um grande investimento para proteger La Cotte dos desafios impostos pela mudan&ccedil;a clim&aacute;tica, e continuamos o trabalho para encontrar financiamento para prote&ccedil;&atilde;o adicional e pesquisa neste local antigo, onde muito mais pode ser descoberto&rdquo;, disse Olga Finch, curadora do instituto de preserva&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rico Jersey Heritage.
&ldquo;Trabalharemos com o Jersey Heritage para recuperar novos achados e f&oacute;sseis de La Cotte de St Brelade, realizar uma nova an&aacute;lise de programa com nossos colegas cientistas e implementar engenharia para proteger este local muito vulner&aacute;vel para o futuro. Ser&aacute; um projeto gigantesco para o estudo dos nossos parentes evolutivos mais pr&oacute;ximos&rdquo;, completou Pope.

Natural History Museum/Reprodução

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Evidências apontam cruzamento de Homo sapiens com neandertais

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Imagem de Aquecimento global acentuado não é obra da natureza, afirma estudo no tecmundo

Pesquisadores revelam que aumento constante de temperaturas a partir do Holoceno se restringiu ao verão no Hemisfério Norte, não ao ano todo, pelo menos até a Revolução Industrial

<head></head><body>Uma pesquisa publicada na revista Nature&nbsp;na última quarta-feira (27) sugere que os últimos 12 mil anos na Terra têm sido mais frios do que se pensava e que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155900-bill-gates-alerta-mudancas-climaticas-piores-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> causado por humanos é uma anomalia maior que a projetada por estudos anteriores.&nbsp;De acordo com os cientistas responsáveis pela teoria, uma nova maneira de se analisar temperaturas históricas possibilitou a identificação de mudanças somente sazonais que, até então, caracterizavam os últimos milênios como mais quentes do que realmente foram.A metodologia, afirmam, oferece o que pode ser a solução de um mistério a respeito dos recentes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/198409-relogio-nova-york-mostra-tempo-restante-colapso-climatico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômenos climáticos</a> no planeta, o chamado enigma do aquecimento do Holoceno, cujas reconstruções revelam um período quente de 6 mil a 10 mil anos atrás, seguido de resfriamento e, então, de um aumento de temperatura contínuo.Este argumento é utilizado por céticos, de que a natureza segue seu caminho independentemente da ação de seus habitantes. Entretanto, isso parece não ter ocorrido de fato.Samantha Bova, pesquisadora de paleoclima da Rutgers University e uma das autoras do estudo, explica que a interpretação das novas evidências exibe um caminho altamente consistente de elevação de temperatura com o previsto por modelos climáticos, refutando aqueles que discordam deles.&nbsp;Entender a História por essa perspectiva, complementa, mostra que o que temos testemunhado nos últimos 150 anos está nos levando a um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177780-tres-seculos-clima-terra-ha-50-milhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cenário</a> mais quente que em qualquer momento posterior à última vez em que geleiras cobriram várias partes do mundo.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/01/29/29182130554271.jpg" alt="Terra realmente começou a esquentar há 6 mil anos, mas não como se pensava.">Terra realmente começou a esquentar há 6 mil anos, mas não como se pensava.<h2>O que muda, afinal?</h2>Bova explica que o aquecimento iniciado há 6 mil anos não está equivocado, mas que as maiores elevações se restringiram à temperatura somente no verão do Hemisfério Norte, não no ano todo e em todas as partes, o que impede comparações diretas com modelos que têm como parâmetros 12 meses juntos e que contemplam regiões mais amplas.&nbsp;A pesquisadora salienta que a trajetória mais oval do planeta tornava as estações mais marcadas, oferecendo o dobro da luz nos trópicos do que a vista hoje, e esse seria o fator primordial na redução das camadas de gelo. Ainda segundo ela, a concentração de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206742-mesmo-gases-efeito-estufa-temperaturas-continuarao-subindo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gases de efeito estufa</a> aumentou, de fato, a partir dessa época, mas emissões modernas tornam a escalada antes da Revolução Industrial mínima – 20 partes por milhão entre 4000 a.C. e 1850 d.C contra 100 partes por milhão desde 1950 até hoje.&nbsp;Caso se pergunte como tudo continuou "mais frio" mesmo com a mudança sutil, bem, é essa a resposta à qual a equipe queria chegar quando decidiu coletar, em 2016, núcleos de sedimentos do fundo do mar, abrangendo centenas de milhares de anos de história do clima.Depois de se concentrarem nas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155329-chuva-glacial-dar-pistas-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camadas</a> do último período interglacial, de 128 mil a 115 mil anos atrás, descobriram que a última onda de calor foi climatologicamente mais simples. "Ao contrário do Holoceno, os gases do efeito estufa são praticamente estáveis nesse período" conta Samantha, momento em que, devido à radiação acentuada, os mantos de gelo recuaram rapidamente, perdendo a força que tinham sobre o clima global e deixando o caminho "livre" para os gases já presentes.O aquecimento dos oceanos também foi levado em conta, já que, com menos gelo, mais luz era absorvida, e isso exibiu um padrão constante de elevação de temperatura, nada súbito. "Podemos atribuir as mudanças que vemos em nossos registros somente à radiação solar recebida", defende.&nbsp;Ou seja, a Terra não estaria mais quente, por exemplo, na primavera ou no inverno, ao contrário do que ocorre hoje, aponta o estudo. Causas físicas atuais confirmariam as últimas tendências.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/01/29/29182244941272.jpg" alt="Redução das calotas polares ocorreu por maior incidência de radiação solar, mas concentração de gases acelerou aquecimento.">Redução das calotas polares ocorreu por maior incidência de radiação solar, mas concentração de gases acelerou aquecimento.<h2>Acertando os dados</h2>Bova ressalta que, no início, o aquecimento ao longo do Holoceno foi impulsionado pelo lento recuo das camadas de gelo. Então, há cerca de 6 mil anos, o aumento das concentrações de gases de efeito estufa levou a um aquecimento ainda maior – mas nada comparado à época em que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205239-oceano-atlantico-enfrenta-decada-quente-tres-milenios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vivemos</a>.&nbsp;Mesmo reconhecendo que outras teorias concorrem com a sua no objetivo de explicar a discrepância entre modelos e dados climáticos anteriores, ela se convence de que esta é uma resolução para a interpretação de informações adjacentes."Foi sugerido antes que esses registros podem ser sazonais, mas nunca houve uma maneira contundente de provar isso", diz a pesquisadora. Agora, pelo visto, há.</body>

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Aquecimento global acentuado não é obra da natureza, afirma estudo

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