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Imagem de Cientistas detectam primeiro disco ao redor de estrela extragaláctica no tecmundo

Semelhante ao que ocorre na Via Láctea, a existência dessas estruturas pode comprovar a similaridade na formação de corpos celestes em diferentes galáxias.

Pesquisadores encontraram&nbsp;o primeiro exemplo de disco girat&oacute;rio em volta de uma estrela fora da Via L&aacute;ctea. Essa estrutura &eacute; praticamente id&ecirc;ntica <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266061-telescopios-espaciais-detectam-estrelas-antigas-raras-centro-galaxia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&agrave;s encontradas em torno de estrelas jovens na nossa gal&aacute;xia</a>, e pode sugerir que a forma&ccedil;&atilde;o de corpos celestes &eacute; similar em pontos diferentes do universo.
A estrela em quest&atilde;o est&aacute; localizada na Grande Nuvem de Magalh&atilde;es, a cerca de 160 mil anos-luz da Terra. Seu sistema, denominado HH 1177, est&aacute; envolto em uma grande nuvem de g&aacute;s.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273749-via-lactea-estrelas-fugitivas-irma-gemea-novos-misterios-nossa-galaxia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via L&aacute;ctea: estrelas fugitivas e uma 'irm&atilde; g&ecirc;mea', os novos mist&eacute;rios de nossa gal&aacute;xia</a></li>
</ul>
A observa&ccedil;&atilde;o foi feita pelo Atacama Large Millimeter Array (ALMA), um radiotelesc&oacute;pio inaugurado no deserto chileno em 2011, cuja estrutura possui mais de 60 antenas. Esse projeto &eacute; o maior j&aacute; feito na astronomia terrestre, capaz de gerar imagens de alta resolu&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/30/30145525843217.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica mostra do sistema HH 1177, localizado na Grande Nuvem de Magalh&atilde;es." />Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica mostra do sistema HH 1177, localizado na Grande Nuvem de Magalh&atilde;es.
A descoberta pode impactar na forma em que os cientistas compreendem a forma&ccedil;&atilde;o de planetas e estrelas,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242136-telescopio-james-webb-ter-fotografado-galaxia-distante-vista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;j&aacute; que sugere similaridades entre gal&aacute;xias distantes</a>. &Eacute; o que afirma a pesquisadora l&iacute;der do projeto, Anna McLeod, da Universidade de Durham.
"Quando vi pela primeira vez evid&ecirc;ncias de uma estrutura rotativa nos dados do ALMA, n&atilde;o pude acreditar que hav&iacute;amos detectado o primeiro disco de acre&ccedil;&atilde;o extragal&aacute;ctico. Foi um momento especial. Sabemos que os discos s&atilde;o vitais para a forma&ccedil;&atilde;o de estrelas e planetas na Via L&aacute;ctea. Aqui, pela primeira vez, vemos evid&ecirc;ncias diretas disso em outra gal&aacute;xia", completou.
<h2 style="text-align: justify;">Discos de Acre&ccedil;&atilde;o</h2>
Como a mat&eacute;ria n&atilde;o pode cair diretamente em uma estrela, &eacute; comum que ela se junte e "plane" ao redor do corpo celeste. Portanto, s&atilde;o formados grandes discos de material difuso, que giram mais r&aacute;pido conforme se aproximam do centro. Conhecidos como discos de acre&ccedil;&atilde;o, eles costumam se formar em estrelas jovens, buracos negros ou estrelas de n&ecirc;utrons.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Z93ni1khMac?si=zeDeaq_GVwPfQgI-" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O g&aacute;s no centro do disco de acre&ccedil;&atilde;o (mais pr&oacute;ximo do objeto central), se move mais r&aacute;pido do que a mat&eacute;ria na periferia do disco,&nbsp;e &eacute; essa varia&ccedil;&atilde;o na velocidade que chama a aten&ccedil;&atilde;o para a presen&ccedil;a deste fen&ocirc;meno.
&ldquo;A frequ&ecirc;ncia da luz muda dependendo da rapidez com que o g&aacute;s que emite a luz se aproxima ou se afasta de n&oacute;s&rdquo;, disse Jonathan Henshaw, pesquisador da Liverpool John Moores University.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274044-telescopio-james-webb-mostra-imagem-inedita-coracao-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Telesc&oacute;pio James Webb mostra imagem in&eacute;dita do 'cora&ccedil;&atilde;o' da Via L&aacute;ctea</a></li>
</ul>
Este &eacute; o mesmo fen&ocirc;meno que ocorre quando o tom da sirene de uma ambul&acirc;ncia muda &agrave; medida que ela passa por voc&ecirc;, e a frequ&ecirc;ncia do som vai de mais alta para mais baixa. Na f&iacute;sica tradicional, chamamos de efeito Doppler. Na astronomia, ele &eacute; conhecido como "desvio para o vermelho" ou "desvio para o azul", dependendo se o objeto observado est&aacute; se aproximando ou se afastando da Terra.
Ficou com alguma d&uacute;vida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a mat&eacute;ria com os seus amigos que tamb&eacute;m gostam de astronomia.&nbsp;

NASA/Huble

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Cientistas detectam primeiro disco ao redor de estrela extragaláctica

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Imagem de Buracos de minhoca podem estar ‘escondidos’ em buracos negros, diz estudo no tecmundo

Um recente estudo sugere que a suposta radiação de buracos de minhoca podem ser confundidas pela radiação de buracos negros

<head></head><body>De acordo com um estudo publicado em 2022 por cientistas da Universidade de Sófia, na Bulgária,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/256484-wormhole-simulado-primeira-vez-computador-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;os buracos de minhoca, também conhecidos como pontes de einstein-rosen,</a> podem estar 'escondidos' em buracos negros.&nbsp;A pesquisa foi publicada na revista científica Physical Review D, em que os físicos apresentam a possibilidade que outros cientistas já haviam teorizado ao longo dos últimos anos.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/216826-relacao-entre-buraco-minhoca-buraco-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a relação entre buraco de minhoca e buraco negro?</a>&nbsp;</li></ul>Mas afinal, o que é um buraco de minhoca? Trata-se de uma teoria baseada nas equações de Albert Einstein na teoria da relatividade geral; nela, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272038-torcoes-espaco-tempo-dividem-disco-buraco-negro-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o físico explica que o espaço-tempo é curvado pela presença de massa e energia</a>.&nbsp;Dessa forma, seria possível criar uma conexão entre dois pontos distantes do universo, como um túnel que serviria de atalho entre regiões distantes do espaço — o fenômeno é tão incrível que possibilitaria viagens interestelares entre regiões extremamente distantes.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/24/24095334839050.jpg" alt="O buraco de minhoca, ou ponte de einstein-rosen, ainda é uma teoria. Ou seja, a ciência ainda não conseguiu provar sua existência.">O buraco de minhoca, ou ponte de einstein-rosen, ainda é uma teoria. Ou seja, a ciência ainda não conseguiu provar sua existência.Por meio de um modelo computacional desenvolvido pela equipe da universidade, os físicos sugerem que a radiação dos discos de matéria que giram ao redor do buraco minhoca pode ser praticamente impossível de distinguir da radiação que rodeia um buraco negro. Por isso, eles acreditam que alguns desses <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263709-animacao-nasa-mostra-dimensoes-buraco-negro-supermassivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos cósmicos massivos, como Sagitário A*</a>, na realidade, podem ser pontes de einstein-rosen.“Há dez anos, os buracos de minhoca estavam completamente na área da ficção científica. Agora, eles estão avançando para as fronteiras da ciência e as pessoas estão ativamente pesquisando. Se você estivesse por perto, descobriria tarde demais. Você saberá a diferença quando morrer ou passar [por um buraco negro]”, disse a líder do estudo e associada da Universidade de Sofia, Petya Nedkova, em mensagem ao site New Scientist.<h2>Buraco negro ou buraco de minhoca?</h2>Segundo os dados do modelo computacional, a polarização emitida pelo buraco negro e buraco de minhoca são diferentes em apenas 4%. Os cientistas até sugeriram que novas tecnologias poderão distinguir detalhadamente entre os dois fenômenos, contudo,&nbsp;é importante destacar que a ponte de einstein-rosen ainda é apenas uma teoria.&nbsp;Atualmente, não existe nenhum tipo de tecnologia <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273541-nasa-descobre-buraco-negro-distante-visto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para observar buracos negros diretamente</a>, então, esse caso ainda deve demorar para ser resolvido.A descoberta de a existência de buraco de minhoca poderia proporcionar um novo futuro para a ciência espacial, especialmente considerando que esses eventos cósmicos possibilitariam viagens interestelares. De qualquer forma, ainda faltam muitos dados para começarmos a compreender um pouco mais sobre o assunto, afinal, sabemos muito pouco sobre os próprios buracos negros.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273609-buracos-brancos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que são buracos brancos?</a></li></ul>“Com as observações atuais, não é possível distinguir um buraco negro ou um buraco de minhoca — pode haver um buraco de minhoca lá, mas não podemos dizer a diferença. Então, estávamos procurando por algo mais lá no céu que pudesse ser uma forma de distinguir buracos negros de buracos de minhoca", Nedkova complementa.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos como esse aqui no TecMundo e aproveite para descobrir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266482-fisicos-descobrem-buracos-minhoca-permitir-viagem-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como buracos de minhoca podem permitir viagem no tempo.</a></body>

Getty Images

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Buracos de minhoca podem estar ‘escondidos’ em buracos negros, diz estudo

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Imagem de Multiversos são reais? no tecmundo

Descubra o que a ciência diz sobre a possibilidade da existências de múltiplos universos. 

Quando se fala de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica contempor&acirc;nea, talvez nenhum outro tema esteja mais presente no imagin&aacute;rio dos f&atilde;s do g&ecirc;nero <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/245811-multiverso-ele-funciona-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quanto a ideia do multiverso</a>. Presente nas mais diversas categorias da cultura pop, desde jogos at&eacute; sagas de super-her&oacute;is, a no&ccedil;&atilde;o de m&uacute;ltiplos universos surge de uma quest&atilde;o intuitiva muito mais antiga: seria nosso Cosmos o &uacute;nico?
Quando olhamos para o Universo distante, mesmo com a tecnologia mais sofisticada dispon&iacute;vel, n&oacute;s nunca encontramos uma fronteira definida. O espa&ccedil;o estende-se at&eacute; onde a nossa vista alcan&ccedil;a e, para onde quer que apontemos nossos instrumentos, vemos sempre a mesma natureza disposta em mat&eacute;ria e radia&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/23/23155709648716.jpg" alt="Campo ultra-profundo do Hubble, umas das imagens mais distantes j&aacute; feitas do Universo." />Campo ultra-profundo do Hubble, umas das imagens mais distantes j&aacute; feitas do Universo.
Em todas as dire&ccedil;&otilde;es, encontramos os mesmos sinais <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271733-desaceleracao-expansao-universo-contesta-teoria-relatividade-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que apontam para um Universo em expans&atilde;o</a>: a radia&ccedil;&atilde;o remanescente de um estado quente e denso; gal&aacute;xias que evoluem em tamanho, massa e n&uacute;mero; elementos qu&iacute;micos que mudam sua abund&acirc;ncia &agrave; medida que as estrelas vivem e morrem e diversos outros fatores.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272919-onde-borda-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Onde est&aacute; a borda do Universo?</a></li>
</ul>
Mas o que est&aacute; al&eacute;m do nosso Universo observ&aacute;vel? Existe um abismo de puro nada al&eacute;m da informa&ccedil;&atilde;o que pode nos alcan&ccedil;ar? Ou existem outros universos cuja natureza &eacute; misteriosa e inacess&iacute;vel?
<h2>Avaliando a teoria do Multiverso</h2>
Saindo da fic&ccedil;&atilde;o e entrando na ci&ecirc;ncia, a hip&oacute;tese do Multiverso &eacute; extremamente controversa entre pesquisadores e acad&ecirc;micos, mas em sua ess&ecirc;ncia &eacute; apresentado um conceito bastante simples.&nbsp;
Assim como a Terra n&atilde;o ocupa uma posi&ccedil;&atilde;o especial no Universo, nem o Sol, a Via L&aacute;ctea ou qualquer outro local, o Multiverso d&aacute; um passo al&eacute;m e afirma que n&atilde;o h&aacute; nada de especial em nosso Universo vis&iacute;vel, sendo apenas uma pequena parte de uma estrutura muito maior.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Victor de Schwanberg/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://static.scientificamerican.com/blogs/cache/file/2A439A3D-37CA-4D3D-9EACA7A060A84112_source.jpg?w=590&amp;h=800&amp;361A9DDF-CC5B-481F-896F3AA4C080D069"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/23/23155342557704.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do Multiverso." />Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica do Multiverso.
Esta estrutura estaria al&eacute;m dos limites das nossas observa&ccedil;&otilde;es e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266979-cruz-einstein-descoberta-distorcendo-espaco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poderia fazer parte de um espa&ccedil;o-tempo infinitamente vasto&nbsp;</a>que incluiria in&uacute;meros outros universos desconectados, semelhantes ou n&atilde;o ao Universo que habitamos.
A ci&ecirc;ncia, embora tenha como constituintes doses de imagina&ccedil;&atilde;o e especula&ccedil;&atilde;o, s&oacute; pode ser feita com base em observa&ccedil;&otilde;es e medi&ccedil;&otilde;es daquilo que entendemos como a realidade tang&iacute;vel. Se algo al&eacute;m do nosso Universo existe, mas nossos experimentos est&atilde;o aqu&eacute;m de atingi-lo, seria, ent&atilde;o, imposs&iacute;vel saber se o Multiverso existe?
N&atilde;o &eacute; bem assim. Na hist&oacute;ria da ci&ecirc;ncia, in&uacute;meros aspectos desta realidade foram primeiro previstos por teorias f&iacute;sicas para posteriormente serem demonstrados direta ou indiretamente, a exemplo dos buracos negros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267669-quao-poderosas-ondas-gravitacionais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas gravitacionais</a>, entre outros.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/23/23160410060719.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica dos limites do Universo observ&aacute;vel." />Representa&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica dos limites do Universo observ&aacute;vel.
Nessa perspectiva, dois conceitos na f&iacute;sica moderna estabelecem bases&nbsp;para alimentarmos a hip&oacute;tese do Multiverso: a infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica e teoria qu&acirc;ntica de campos. A infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica nos diz que antes de o Universo ser preenchido com mat&eacute;ria e radia&ccedil;&atilde;o, ele era preenchido com algum tipo de energia que era inerente &agrave; pr&oacute;pria estrutura do espa&ccedil;o, o que fez com que o Universo se expandisse de forma exponencial.&nbsp;
A certa altura, a infla&ccedil;&atilde;o terminou, transformando aquela &ldquo;energia inerente ao espa&ccedil;o&rdquo; em part&iacute;culas e dando origem ao Universo primordial.
Como o Universo possui uma natureza qu&acirc;ntica, isso significa que devemos esperar que a infla&ccedil;&atilde;o tenha propriedades consistentes com a teoria qu&acirc;ntica de campos &ndash; a melhor e mais poderosa descri&ccedil;&atilde;o do mundo das part&iacute;culas. Desse modo, todas as coisas que acompanham a f&iacute;sica qu&acirc;ntica, como a incerteza de Heisenberg e a exist&ecirc;ncia de flutua&ccedil;&otilde;es, devem aplicar-se tamb&eacute;m &agrave; infla&ccedil;&atilde;o. Juntando essas duas teorias surgem uma s&eacute;rie de previs&otilde;es, sendo o Multiverso uma delas.
Pense na infla&ccedil;&atilde;o do seguinte modo: h&aacute; uma pequena bola no topo de um planalto muito plano. A bola pode rolar lentamente em qualquer dire&ccedil;&atilde;o, mas enquanto permanecer no topo do plat&ocirc;, a infla&ccedil;&atilde;o continuar&aacute;. Quando a bola sai do planalto e vai para o vale abaixo &eacute; que a infla&ccedil;&atilde;o chega ao fim, fazendo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265745-radiacao-cosmica-fundo-observando-vestigios-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a transi&ccedil;&atilde;o para um Universo dominado por part&iacute;culas</a>, isto &eacute;, mat&eacute;ria e radia&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/23/23160652425720.jpg" alt="Representa&ccedil;&atilde;o do modelo de infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica." />Representa&ccedil;&atilde;o do modelo de infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica.
Por&eacute;m, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma das propriedades da f&iacute;sica qu&acirc;ntica</a> &eacute; que a posi&ccedil;&atilde;o de uma part&iacute;cula em qualquer momento n&atilde;o &eacute; determin&iacute;stica, mas segue uma distribui&ccedil;&atilde;o de probabilidade. Voc&ecirc; pode visualizar isso, em vez de uma bola, como as ondula&ccedil;&otilde;es geradas por uma bola caindo em um lago.&nbsp;
<ul>
<li>Descubra tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272353-viagens-tempo-possiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Viagens no tempo s&atilde;o poss&iacute;veis?</a></li>
</ul>
Se as ondula&ccedil;&otilde;es se propagarem mais r&aacute;pido do que a bola rola, ent&atilde;o teremos regi&otilde;es onde as ondula&ccedil;&otilde;es &ldquo;caem&rdquo; do planalto e outras regi&otilde;es em que as ondula&ccedil;&otilde;es ser&atilde;o &ldquo;levadas&rdquo; para mais perto do centro do planalto, criando dois estados distintos. Essas regi&otilde;es do espa&ccedil;o onde a infla&ccedil;&atilde;o termina e o Big Bang come&ccedil;a s&atilde;o, cada uma, um universo pr&oacute;prio e independente, que constituiriam o Multiverso.
Entretanto, como sempre na ci&ecirc;ncia, a coleta de evid&ecirc;ncias convincentes &eacute; fundamental para compreender o Cosmos e a verdade &eacute; que, sobre a exist&ecirc;ncia m&uacute;ltiplos universos, estamos muito longe de conseguirmos testar essa hip&oacute;tese. Pode ser que a infla&ccedil;&atilde;o esteja errada, que a f&iacute;sica qu&acirc;ntica esteja errada ou que a aplica&ccedil;&atilde;o destas teorias de forma conjunta (como descrita de forma resumida acima) possua falhas fundamentais. onde sabemos. At&eacute; onde sabemos, o Multiverso n&atilde;o dever&aacute; sair da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fico por muito tempo.
Ah! N&atilde;o falamos da Interpreta&ccedil;&atilde;o de Muitos Mundos, n&atilde;o &eacute;? Deixemos isso para outro dia...

New Scientist

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Multiversos são reais?

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Imagem de Raio cósmico de origem misteriosa foi detectado pelo Telescope Array no tecmundo

O laser foi nomeado de Amaterasu, em homenagem à deusa do sol na mitologia japonesa; é o segundo raio mais poderoso após o Oh-My-God, registrado em 1991.

De acordo com um estudo publicado na revista cient&iacute;fica Science, o detector de raios c&oacute;smicos de superf&iacute;cie do experimento Telescope Array (TA) receptou dados <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264196-nasa-quebra-recorde-transferencia-dado-espaco-tecnologia-laser.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de um laser de energia ultra-alta</a>.&nbsp;O raio passou rapidamente pela atmosfera da Terra no dia 27 de maio de 2021, contudo, os cientistas ainda n&atilde;o conseguiram compreender qual foi a origem do fen&ocirc;meno.
<ul>
<li>Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271683-telescopio-james-webb-registra-fluxo-supersonico-estrelas-jovens-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Telesc&oacute;pio James Webb registra fluxo supers&ocirc;nico de estrelas jovens</a></li>
</ul>
Um grupo de cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, em parceria com pesquisadores da Universidade de T&oacute;quio, no Jap&atilde;o, afirmam que se trata do segundo raio de maior energia j&aacute; registrado entrando na atmosfera da Terra. O maior observado pela ci&ecirc;ncia ocorreu em 1991 e foi detectado pelo Fly's Eye, em Utah, nomeado de Oh-My-God (OMG) por conta da sua poderosa pot&ecirc;ncia.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/24/raio-cosmico-24150603245019.jpg" alt="raio c&oacute;smico" />A ilustra&ccedil;&atilde;o apresenta uma demonstra&ccedil;&atilde;o da entrada do misterioso raio c&oacute;smico na atmosfera da Terra.
Na ocasi&atilde;o, os astrof&iacute;sicos nomearam o segundo raio mais poderoso j&aacute; detectado de Amaterasu, nome da deusa do Sol na mitologia do Jap&atilde;o. Conforme os cientistas explicam, o raio ativou 23 detectores &nbsp;e registrou n&iacute;veis de energia superiores a 240 exa-el&eacute;tron-volts (EeV) &mdash; enquanto isso, a part&iacute;cula Oh-My-God registrou 320 EeV.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271873-novo-magnetometro-quantico-feito-mapear-campo-magnetico-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo magnet&ocirc;metro qu&acirc;ntico &eacute; criado para mapear o campo magn&eacute;tico da Terra</a></li>
</ul>
"Esses eventos parecem vir de lugares completamente diferentes no c&eacute;u. N&atilde;o &eacute; como se houvesse uma fonte misteriosa. Podem ser defeitos na estrutura do espa&ccedil;o-tempo, colis&otilde;es de cordas c&oacute;smicas. Quer dizer, estou apenas louco com as ideias que as pessoas est&atilde;o apresentando porque n&atilde;o h&aacute; uma explica&ccedil;&atilde;o convencional [para o Amaterasu]", disse o professor e coautor do estudo, John Belz, em comunicado oficial.
<h2>Raio c&oacute;smico e origem misteriosa</h2>
Assim como aconteceu com o laser Oh-My-God, os cientistas n&atilde;o foram capazes de rastrear a origem de Amaterasu; esse &eacute; o grande mist&eacute;rio. Apesar de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206978-luz-astros-distantes-usada-medir-expansao-cosmos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viajarem na velocidade da luz</a>, eles n&atilde;o emitem radia&ccedil;&atilde;o com uma luz comum. Na realidade, s&atilde;o part&iacute;culas de n&uacute;cleos at&ocirc;micos e part&iacute;culas subnucleares, como pr&oacute;tons e el&eacute;trons, provavelmente, produzidas durante supernovas e colis&otilde;es estelares.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/24/24145506297009.jpg" alt="A imagem ilustra um raio c&oacute;smico de ultra-alta energia em compara&ccedil;&atilde;o com um raio mais fraco." />A imagem ilustra um raio c&oacute;smico de ultra-alta energia em compara&ccedil;&atilde;o com um raio mais fraco.
Atualmente, o Telescope Array est&aacute; passando por uma expans&atilde;o que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272911-vazio-bootes-o-misterioso-grande-vazio-universo-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode auxiliar na resolu&ccedil;&atilde;o do mist&eacute;rio</a>, pois ser&atilde;o instalados novos detectores que poder&atilde;o detectar melhor as amostras de part&iacute;culas geradas por raios c&oacute;smicos. Tanto o Amaterasu, quanto o Oh-My-God, foram detectados num raio que deve ultrapassar 160 milh&otilde;es de anos-luz do Sistema Solar.
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272311-ruga-universo-cosmologia-descobertas-nova-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Da 'ruga' do Universo a cosmologia: as descobertas para uma nova f&iacute;sica</a></li>
</ul>
"As part&iacute;culas t&ecirc;m uma energia t&atilde;o alta que n&atilde;o deveriam ser afetadas pelos campos magn&eacute;ticos gal&aacute;cticos e extragal&aacute;cticos. Voc&ecirc; deveria conseguir apontar de onde elas v&ecirc;m no c&eacute;u. Mas no caso da part&iacute;cula Oh-My-God e desta nova part&iacute;cula, voc&ecirc; tra&ccedil;a sua trajet&oacute;ria at&eacute; a fonte e n&atilde;o h&aacute; nada com energia alta o suficiente para t&ecirc;-la produzido. Esse &eacute; o mist&eacute;rio aqui &mdash; o que diabos est&aacute; acontecendo?", disse um dos autores do estudo e porta-voz do Telescope Array, John Matthews.
Mantenha-se atualizado esse e outros mist&eacute;rios do universo aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber tamb&eacute;m sobre a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266979-cruz-einstein-descoberta-distorcendo-espaco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cruz de Einstein descoberta distorcendo o espa&ccedil;o-tempo.</a>

Osaka Metropolitan University / Kyoto University / Ryuunosuke Takeshige 

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Raio cósmico de origem misteriosa foi detectado pelo Telescope Array

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Imagem de Matéria escura pode ter uma tabela periódica exclusiva de elementos invisíveis no tecmundo

O estudo propõe o conceito de matéria escura ultrapesada que ajuda a explicar certas características da estrutura em larga escala do Universo

<head></head><body>Na tentativa de explicar a matéria escura, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271432-universo-materia-escura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a forma misteriosa que compõe a maior parte da massa total do Universo</a>, mas não emite, absorve ou reflete luz, vários cientistas têm elaborado diferentes construções de modelos do universo primordial. Embora a maioria deles tenha identificado essa forma indetectável em taxas de rotação de estrelas dentro das galáxias, ninguém sabe exatamente o que ela é.Trabalhos anteriores presumiam que a matéria escura era simples: um único tipo de partícula extremamente leve, inundando o universo, que quase nunca interagia com a matéria normal. Mas as intensas pesquisas por novas partículas desse tipo não deram em nada. Ou seja, ainda faltam modelos teóricos<ul><li>Leia também: <a href="http://Energia%20escura%20%C3%A9%20respons%C3%A1vel%20pela%20maior%20parte%20do%20universo,%20diz%20estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Energia escura é responsável pela maior parte do universo</a></li></ul>Agora, um estudo recente, feito por uma equipe internacional de cosmólogos e ainda não revisado por pares, propõe um novo modelo de matéria escura chamado "Reciclagem". A solução proposta pelos autores para explicar a geração de partículas massivas de matéria escura logo depois do Big Bang é simplista: salpicar o cosmos de buracos negros primordiais (PBHs na sigla em inglês).<h2>Como a matéria escura surge no novo modelo?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/UhlCIxsksOg" title="Mystery of Galaxy’s Missing Dark Matter Deepens" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>De acordo com o novo estudo, durante uma transição de fase cósmica do Universo, partículas de matéria escura podem ter ficado temporariamente presas a um estado de energia mais alto (chamado pelos astrônomos de "falso vácuo").Em algum momento, esses "bolsões" entraram em colapso formando os chamados buracos negros primordiais (PBHs), os primeiros formados após o Bing Bang. A partir daí, esses objetos teóricos poderiam evaporar através do fenômeno conhecido como "radiação Hawking" para reproduzir as partículas do setor escuro, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266118-5-fatos-fascinantes-teoria-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antes da nucleossíntese do Big Bang</a>, período de formação dos núcleos dos elementos leves, como hidrogênio e hélio. &nbsp;<ul><li>Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265745-radiacao-cosmica-fundo-observando-vestigios-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Observando os vestígios do Big Bang</a></li></ul>"Esse mecanismo é particularmente adequado para a produção de matéria escura ultra pesada (UHDM) com massa maior do que aproximadamente 1012 gramas", explica o estudo. Na prática, esse peso não passa de um grama,&nbsp;mas é bastante para um material indetectável.<h2>Como o novo modelo lida com a matéria escura leve no Universo?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/13/13144638772229.jpg" alt="A matéria escura pesada ficou presa dentro de bolhas.">A matéria escura pesada ficou presa dentro de bolhas.Para explicar<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272291-anas-brancas-auxiliar-estudo-materia-escura-cientistas-propoe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a quantidade limitada de matéria escura massiva</a>, os autores observam que o Universo primordial passou por graves transições de fase à medida que as força da natureza se separaram até restarem apenas: a gravitacional, a eletromagnética e as nucleares forte e fraca.&nbsp;Nesse modelo, a matéria escura mais leve era prevalente nos tempos mais antigos, mas se tornou mais pesada nos períodos posteriores, até entrar em colapso e formar os PBHs. Mas, à medida que os buracos negros evaporaram, a matéria escura retornou, porém em quantidade total limitada.&nbsp;<h2>Conclusões da teoria de reciclagem da matéria escura</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/13/13143154728221.jpg" alt="A detecção de uma única partícula escura abriria uma nova era para estudos do Big Bang.&nbsp;">A detecção de uma única partícula escura abriria uma nova era para estudos do Big Bang.&nbsp;O modelo de evaporação traz como principal consequência uma grande variedade de tipos de partículas, da mesma forma que a nossa matéria comum é composta <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237094-surgiu-tabela-periodica-saiba-origem-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pela proverbial tabela periódica de elementos</a>. Isso é proposto porque, embora partilhem muitas características (como uma invisibilidade quase total), as partículas de matéria escura possuem massas, velocidades e formas diferentes.&nbsp;<ul><li>Aprenda também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235492-tabela-periodica-aprenda-elementos-1-minuto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elementos da tabela periódica em menos de 1 minuto</a></li></ul>No entanto, uma prova empírica para comprovar essas hipóteses ainda está muito distante porque, até o momento, tudo não passa de conceitos hipotéticos. Nesse sentido, somente a detecção direta de uma partícula escura, o que está sendo tentado através de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272934-astronomos-detectam-ondas-radio-antigas-explosao-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">observação das ondas gravitacionais do Big Bang</a>, poderia fornecer um acesso direto a esse ponto de virada significativo do Universo.&nbsp;Isso representaria uma nova era de estudos sobre as interações entre as supostas diferentes espécies de matéria escura, que constituiriam uma intricada teia de física atuando de forma invisível no Universo inteiro.&nbsp;Mantenha-se atualizado sobre física e astronomia aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber um pouco mais sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266734-galaxia-materia-escura-contraria-modelo-padrao-cosmologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a galáxia sem matéria escura contraria o modelo padrão da cosmologia</a>.</body>

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Matéria escura pode ter uma tabela periódica exclusiva de elementos invisíveis

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Imagem de Os mistérios do universo quântico e a descoberta dos fótons por Albert Einstein no tecmundo

Einstein formulou hipótese sobre a partícula de luz após resultados de experimentos falharem; saiba mais

Tudo come&ccedil;ou com um simples experimento durante o s&eacute;culo XX. Ao iluminar um peda&ccedil;o de metal, esperava-se que os el&eacute;trons obtivessem <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269020-teorema-350-anos-ajudar-explicar-luz-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a energia necess&aacute;ria vinda da luz para que se deslocassem da superf&iacute;cie</a> e sa&iacute;ssem voando por a&iacute;. Ap&oacute;s isso, o pr&oacute;ximo passo seria apenas apontar um detector para esse metal para medir a energia dos el&eacute;trons, em um fen&ocirc;meno conhecido como efeito fotoel&eacute;trico.
Os cientistas da &eacute;poca afirmavam que a luz era feita de ondas de eletricidade e magnetismo, o que implicaria na possibilidade de que os el&eacute;trons acumulassem energia suficiente para se desvencilhar da superf&iacute;cie, independentemente da frequ&ecirc;ncia da luz.&nbsp;
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O fant&aacute;stico e bizarro mundo da f&iacute;sica qu&acirc;ntica!</a></li>
</ul>
Mas n&atilde;o foi isso que aconteceu. Ao inv&eacute;s disso, apenas a luz acima de uma certa frequ&ecirc;ncia conseguiria fazer os el&eacute;trons se moverem, e eles sempre deixavam o metal com a mesma energia, n&atilde;o importa qu&atilde;o intensa fosse a luz.
<h2 style="text-align: justify;">Contribui&ccedil;&atilde;o de Einstein</h2>
O resultado desse experimento <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238930-leis-fisica-descobertas-inventadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudou a f&iacute;sica para sempre</a>. O que poderia ter acontecido? Foi ent&atilde;o que Albert Einstein, um dos f&iacute;sicos mais conhecidos da hist&oacute;ria da humanidade, entrou em cena.
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, n&atilde;o levou muito tempo para que ele formulasse sua hip&oacute;tese sobre o tema. Ele sup&ocirc;s que o que percebemos como ondas agitadas e ondulantes de eletricidade e magnetismo eram, na verdade,&nbsp;uma inunda&ccedil;&atilde;o de pequenos feixes discretos, distintos e indivis&iacute;veis de mat&eacute;ria luminosa, ou seja para Einstein, a luz era quantizada.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/13/13134226204198.jpg" alt="Albert Einstein: o lend&aacute;rio f&iacute;sico que, entre outras contribui&ccedil;&otilde;es, descobriu o f&oacute;ton.&nbsp;" />Albert Einstein: o lend&aacute;rio f&iacute;sico que, entre outras contribui&ccedil;&otilde;es, descobriu o f&oacute;ton.&nbsp;
Isso significa que, em vez de transferir um fluxo cont&iacute;nuo, a luz transfere sua energia em quantidades bem definidas, proporcionais &agrave; sua frequ&ecirc;ncia. A essa quantidade, Einstein deu o nome de quantum de luz.
Cada quantum representa a menor quantidade de material leve que voc&ecirc; pode ter. E como esses feixes n&atilde;o podem ser cortados, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel ter propor&ccedil;&otilde;es fracion&aacute;rias de mat&eacute;ria leve. Voc&ecirc; pode ter uma unidade de material luminoso, duas unidades de material luminoso e assim por diante, mas nunca 1,34, por exemplo, ou qualquer outro n&uacute;mero fracionado.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273701-devaneios-einstein-luz-levaram-relatividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os devaneios de Einstein sobre a luz o levaram &agrave; relatividade</a></li>
</ul>
Isso resolveu o problema do efeito fotoel&eacute;trico, e essa hip&oacute;tese n&atilde;o foi refutada at&eacute; os dias de hoje. Os el&eacute;trons precisam de uma certa quantidade de energia para se afastarem de um metal. E essa energia n&atilde;o &eacute; determinada pelo brilho ou intensidade da luz, mas pela sua frequ&ecirc;ncia.
Frequ&ecirc;ncias <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267820-yin-yang-aparece-novo-metodo-visualizacao-emaranhamento-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais altas correspondem a f&oacute;tons</a> (nome dado &agrave;s part&iacute;culas) mais energ&eacute;ticos. Se a energia fosse muito lenta, os el&eacute;trons nunca conseguiriam escapar do metal. Quando o f&oacute;ton atinge os el&eacute;trons, eles depositam uma quantidade espec&iacute;fica e fixa de energia, explicando por que sempre escaparam exatamente da mesma maneira.
<h2 style="text-align: justify;">A revolu&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica</h2>
A descoberta do f&oacute;ton por Einstein foi uma verdadeira revolu&ccedil;&atilde;o em todo mundo da ci&ecirc;ncia. Uma das diferen&ccedil;as da f&iacute;sica cl&aacute;ssica para aquilo que ficou conhecido <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265129-teste-revela-einstein-certo-paradoxo-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como mec&acirc;nica qu&acirc;ntica</a> &eacute; o fato de que a observa&ccedil;&atilde;o passa a mudar a forma como vemos a mat&eacute;ria.
Em outras palavras, anteriormente acreditava-se que, independentemente de como era feita a observa&ccedil;&atilde;o, o estado de uma part&iacute;cula jamais seria alterado, j&aacute; que seria algo exato. Por&eacute;m, a descoberta do f&oacute;ton mudou essa perspectiva.&nbsp;
<ul>
<li style="text-align: justify;">Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266738-condensado-bose-einstein-explica-o-quinto-estado-materia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o condensado de Bose-Einstein explica o quinto estado da mat&eacute;ria</a></li>
</ul>
Isso porque o ato do impacto dessa part&iacute;cula qu&acirc;ntica gera influ&ecirc;ncias, culminando em um dos principais postulados dessa teoria: o ato de observa&ccedil;&atilde;o muda o estado de um sistema qu&acirc;ntico.&nbsp;
Gostou do conte&uacute;do? Ent&atilde;o, fique por dentro de mais curiosidades sobre a f&iacute;sica como essa aqui no TecMundo e aproveite para descobrir<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271851-ciencias-exatas-tao-dificeis-aprender.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;por que as ci&ecirc;ncias exatas s&atilde;o t&atilde;o dif&iacute;ceis de aprender?</a>

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Os mistérios do universo quântico e a descoberta dos fótons por Albert Einstein

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Imagem de Quanto tempo dura um dia na Terra? Estudo revela flutuações com precisão no tecmundo

Há bilhões de anos, um dia durava aproximadamente 19 horas; hoje, sabemos que a duração é de cerca de 24 horas, contudo, existem algumas flutuações nesse tempo

<head></head><body>De acordo com um estudo recente, houve um período na Terra em que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265378-dia-inteiro-terra-durava-19-horas-veja-motivo.htm#:~:text=Um%20dia%20inteiro%20na%20Terra,horas%3B%20veja%20o%20motivo%20%2D%20TecMundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dia durava apenas 19 horas</a>. Já outro artigo aponta que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266456-dia-duraria-65-horas-sol-nao-influenciasse-rotacao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dia poderia durar aproximadamente 65 horas</a> se o Sol não influenciasse na rotação da Terra. Agora, cientistas publicaram uma pesquisa na revista científica Nature Photonics que&nbsp;revela as flutuações no atual período de tempo em que vivemos.<ul><li>Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265964-tempo-fluia-5-devagar-inicio-universo-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O tempo fluía 5 vezes mais devagar no início do universo, diz estudo</a></li></ul>Sabemos que os relógios em todo o mundo apontam que um dia dura 24 horas, ou 86,4 mil segundos, mas esse número não está exatamente correto. Para contabilizar quanto tempo dura um dia na Terra, é necessário levar em consideração o tempo que o planeta leva para completar um giro em sua órbita;&nbsp;o 'problema' é que esse tempo pode mudar devido a alguns acontecimentos naturais, como por conta de terremotos ou erupções de vulcões.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;&nbsp;Atrid Eckert / TUM&nbsp;&nbsp;" data-fonte-url="https://www.tum.de/en/news-and-events/all-news/press-releases/details/tum-makes-first-daily-current-measurements-of-changes-in-the-earths-rotation"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/17/17105701948725.jpg" alt="Os pesquisadores utilizaram um giroscópio moderno (imagem) para calcular as flutuações de tempo do atual período de 24 horas da Terra.">Os pesquisadores utilizaram um giroscópio moderno (imagem) para calcular as flutuações de tempo do atual período de 24 horas da Terra.Esses eventos causam pequenas diferenças de tempo em comparação ao todo, são apenas milissegundos, mas os cientistas do estudo explicam que é importante estudar essas diferenças para se aprofundar em diversas áreas. Por exemplo, as flutuações na rotação da Terra e no tempo de um dia podem ser relevantes para a astronomia, meteorologia, entre outras áreas.“As flutuações na rotação não são importantes apenas para a astronomia, também precisamos urgentemente delas para criar modelos climáticos precisos e para compreender melhor <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273459-el-nino-agravar-seca-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômenos meteorológicos como o El Niño</a>. E quanto mais precisos os dados, mais precisas serão as previsões”, disse um dos autores e professor da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, Ulrich Schreiber.<h2>Quanto tempo dura um dia na Terra?</h2>Após realizarem cálculos, os cientistas descobriram que a rotação da Terra muda ao longo do tempo e pode afetar a duração das 24 horas, causando uma flutuação de até 6 milissegundos por algumas semanas.&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/17/17104306850712.jpg" alt="&nbsp;Terremotos ou erupções de vulcões podem alterar a duração do tempo na Terra.">&nbsp;Terremotos ou erupções de vulcões podem alterar a duração do tempo na Terra.Para determinar o tempo de flutuação, os pesquisadores utilizaram um giroscópio a laser desenvolvido num laboratório subterrâneo no Observatório Geodésico Wettzell, localizado na Alemanha.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273764-terra-tem-batimento-cardiaco-pulsa-cada-27-5-milhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra tem 'batimento cardíaco' que pulsa a cada 27,5 milhões de anos</a></li></ul>A medição acontece da seguinte forma: o giroscópio utiliza um feixe de laser no sentido horário e outro no sentido anti-horário. Dessa forma, caso a rotação da Terra fosse perfeita, ambos os feixes permaneceriam iguais, contudo, um deles apresenta uma leve diferença; por isso, eles descobriram a flutuação de 6 milissegundos.“Um conhecimento exato da taxa de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271693-represa-china-tem-tanta-agua-afetar-rotacao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rotação instantânea da Terra é indispensável para uma navegação e geolocalização precisas</a>. As flutuações na duração do dia sideral são causadas pela troca de momento entre os fluidos da Terra (nomeadamente, a atmosfera, a hidrosfera e a criosfera) e a Terra sólida. Uma vez que estão envolvidos vários fenômenos de transporte de massa independente e distribuídos globalmente, o efeito resultante na rotação da Terra não é previsível e precisa de ser continuamente medido”, os pesquisadores explicam na introdução do estudo.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de outras curiosidades sobre o planeta Terra aqui no TecMundo e aproveite para descobrir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273205-aconteceria-seres-vivos-terra-girasse-rapido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que aconteceria com os seres vivos se a Terra girasse mais rápido.</a></body>

 Atrid Eckert / TUM 

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Quanto tempo dura um dia na Terra? Estudo revela flutuações com precisão

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Imagem de Terremotos atuais podem ser ecos de tremores com mais de 100 anos  no tecmundo

O estudo afirma que os tremores secundários que se seguem a grandes terremotos podem durar mais do que se pensava, chegando a séculos

<head></head><body>Uma das questões mais modernas da sismologia atual — distinguir tremores secundários da chamada sismicidade de fundo — foi abordada em um estudo recente publicado na revista Journal of Geophysical Research: Solid Earth. A conclusão foi que a América do Norte continua a tremer nos dias de hoje por réplicas sísmicas de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/252659-veja-1-bilhao-anos-deslocamento-de-placas-tectonicas-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dois grandes terremotos ocorridos há mais de um século no continente</a>.Se os resultados estatísticos obtidos nas investigações estiverem corretos, cerca de 23% a 30% dos tremores de terra ocorridos na zona sísmica de Nova Madrid (nos estados de Missouri, Arkansas, Tennessee e Kentucky) entre 1980 e 2016 foram na verdade “aftershocks” de quatro terremotos que atingiram a área em 1811 e 1812, com magnitudes entre 7,2 e 8.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263761-robos-centopeia-nova-tecnologia-salvar-pessoas-terremotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robôs centopeia, nova tecnologia pode salvar pessoas de terremotos</a></li></ul>A importância dessas descobertas é alertar áreas geologicamente estáveis dos continentes, com pouca atividade tectônica, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266730-cientistas-dados-gps-ajudar-prever-proximos-terremotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dos riscos potencialmente presentes por réplicas de terremotos do passado</a> que podem se manter contínuas por décadas e até mesmo séculos.<h2>Terremotos longe dos limites das placas tectônicas</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/17/17101957347676.jpg" alt="Pesquisadores mapearam epicentros de terremotos em um raio de 250 quilômetros.">Pesquisadores mapearam epicentros de terremotos em um raio de 250 quilômetros.Usando um método estatístico inédito, chamado “vizinho mais próximo (NN em inglês)”, os autores Yuxuan Chen, geocientista da Universidade de Wuhan na China, e Mian Liu, geólogo da Universidade de Missouri nos EUA, analisaram os três maiores terremotos já ocorridos na América do Norte: no sudeste de Quebec, no Canadá, em 1863; na fronteira Missouri-Kentucky em 1811; e na Carolina do Sul em 1886.A escolha das áreas não foi aleatória: todas ficam no interior continental estável do continente, e, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273196-venus-tinha-placas-tectonicas-parecidas-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesmo longe dos limites das placas tectônicas</a>, continuam experimentando tremores inexplicáveis nos dias de hoje. O método NN "calcula as distâncias entres pares de terremotos em um domínio espaço-tempo-magnitude", diz o estudo.&nbsp;Se as distâncias forem muito próximas para serem consideradas eventos de fundo independentes (normais de uma área), os pares são agrupados como se um tivesse desencadeado o outro. Mapeando epicentros de cerca de 250 quilómetros, Chen e Liu estimam que entre 10 e 65% dos terremotos da região são secundários.<h2>Réplicas de terremotos de longa duração ou sismicidade de fundo?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/17/17102823025694.jpg" alt="Para o geocientista &nbsp;Yuxuan Chen, há uma mistura de tremores secundários e sismicidade de fundo.">Para o geocientista &nbsp;Yuxuan Chen, há uma mistura de tremores secundários e sismicidade de fundo.Os resultados mostraram que 30% de todos os terremotos ocorridos entre 1980 e 2016 na fronteira Missouri-Kentucky foram provavelmente réplicas dos grandes terremotos ocorridos entre 1811 e 1812. O mesmo se aplica aos terremotos de Charleston, que são réplicas do grande tremor de 1886. Já a atividade em Charlevoix, em Quebec, é sismicidade de fundo.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265342-funciona-rede-sismografos-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como funciona a rede de sismógrafos no Brasil?</a></li></ul>Os dois pesquisadores concluíram que uma liberação prolongada da tensão pós-sísmica em regiões continentais estáveis pode “contribuir para longas sequências de tremores secundários”.Resumindo: explicações sobre se os terremotos contemporâneos na América do Norte são ruído de fundo ou tremores secundários não precisam ser excludentes. “É uma espécie de mistura”, propõe Chen.Mantenha-se atualizado sobre os últimos estudos científicos aqui no TecMundo e aproveite para saber também sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272895-misterio-maior-terremoto-registrado-marte-desvendado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mistério sobre o maior terremoto já registrado em Marte</a>.&nbsp;</body>

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Terremotos atuais podem ser ecos de tremores com mais de 100 anos 

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Imagem de Cientistas usam apenas luz como forma de evaporação da água líquida no tecmundo

No estudo, cientistas propõem separar aglomerados de água nas etapas de dessalinização usando a luz em um processo de efeito fotomolecular

<head></head><body>Ao investigar por que as taxas de evaporação da água em esponjas eram maiores do que as que poderiam ser explicadas pela quantidade de calor (energia térmica), pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) fizeram uma descoberta inesperada:&nbsp;a luz pode provocar evaporação diretamente, sem nenhuma participação de fontes de calor.Embora a evaporação seja um dos processos físicos mais banais do nosso planeta, havia uma intrincada questão que os matemáticos não conseguiam resolver: por que a quantidade de calor que a água absorve durante a evaporação nem sempre é&nbsp;responsável por todo o líquido perdido?<ul><li>Veja também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267526-cientistas-descobrir-quinta-forca-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas podem estar perto de descobrir a quinta força da natureza</a></li></ul>Em um estudo de 2022 realizado na Universidade Jilin, em Changchun na China, cientistas conseguiram atingir uma taxa de evaporação 278% superior ao ponto crítico da água líquida, mas ainda sem uma explicação fora do paradigma térmico. Percebendo que alguma outra força devia ser responsável por esse resultado, os pesquisadores do MIT usaram um fluxo de fótons, sem calor, para evaporar água líquida. &nbsp;<h2>Como os pesquisadores realizaram a evaporação da água líquida com luz?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/05/05181626742000.jpg" alt="Condensação branca no vidro à medida que a luz verde evapora o hidrogel.">Condensação branca no vidro à medida que a luz verde evapora o hidrogel.Para testar o efeito evaporativo, os autores usaram hidrogel, um polímero que funcionou como uma esponja para reter água. Em seguido, submeteram o material a diversas luzes coloridas, protegidas para não transmitir calor, e mediram a perda hídrica. Com isso, propuseram que um "<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272793-nova-lei-natureza-descoberta-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóton pode separar aglomerados de água das interfaces vapor-água</a>".Para testar a hipótese, a equipe aqueceu um hidrogel sem luz, usando eletricidade. Essa quantidade de água que evaporou só com o calor não ultrapassou o limite térmico, mas quando ligaram a luz e o aquecedor, o limite de calor foi superado. O fenômeno foi chamado de “efeito fotomolecular”.<h2>Quais as aplicações práticas da evaporação da água líquida com luz?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/05/05183128084001.jpg" alt="O efeito fotomolecular pode tornar a evaporação da água mais eficiente na dessalinização.">O efeito fotomolecular pode tornar a evaporação da água mais eficiente na dessalinização.Os pesquisadores trabalham agora em um projeto do Laboratório de Sistemas de Água e Alimentos Abdul Latif Jameel, do próprio MIT, para tornar mais eficientes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155086-engenheiros-desenvolvem-nova-tecnica-dessalinizacao-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os atuais sistemas de dessalinização movidos a energia solar</a>. Eles também obtiveram uma bolsa para explorar as implicações do fenômeno na modelagem das mudanças climáticas.Segundo o primeiro autor, Yaodong Tu, nos processos padrão de dessalinização, há duas etapas: conversão da água em vapor, seguido de condensação do vapor em água doce. Mas, com a aplicação das descobertas da pesquisa,&nbsp;“podemos alcançar alta eficiência no lado da evaporação”, garante o engenheiro mecânico.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267365-momento-eureka-superquimica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O momento eureka da 'superquímica quântica'</a></li></ul>Para o autor principal do estudo, professor Gang Chen, há um potencial para se aumentar o limite de água produzida pela dessalinização solar — atualmente 1,5 quilograma por metro quadrado — em até três ou quatro vezes, empregando somente luz no processo. “Isso poderia realmente levar a uma dessalinização barata”, conclui o professor.Mantenha-se atualizado sobre tecnologia &nbsp;e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para conhecer também a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269072-teoria-descreve-mudanca-estado-oculto-entre-liquidos-solidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria que descreve mudança de estado oculto entre líquidos e sólidos</a>.&nbsp;</body>

Instituto de Tecnologia de Massachusetts - MIT

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Cientistas usam apenas luz como forma de evaporação da água

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Imagem de Força e ki: estudo testa energias como a de Star Wars e Dragon Ball no tecmundo

O estudo sugere que o cérebro é compatível com a existência da consciência na forma de uma onda quântica que se liga ao resto do universo

<head></head><body>Duas formas de energia que fluem nos seres vivos e podem ser utilizadas para diversos fins, a Força e o Ki, estão a um passo de deixarem o terreno da ficção de Star Wars e Dragon Ball para se tornarem hipóteses científicas.&nbsp;Em um estudo publicado no início deste ano, na revista ACS Central Science, cientistas da Universidade de Princeton, nos EUA, investigam como a energia eletrônica se propaga dentro dos microtúbulos.<ul><li>Descubra!&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/241891-dragon-ball-aconteceria-lua-fosse-destruida-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dragon Ball: o que aconteceria se a Lua fosse destruída de verdade?</a></li></ul>Essas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/249068-cientistas-desenvolvem-carrinho-viaja-dentro-celulas-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estruturas intracelulares são partes essenciais do citoesqueleto</a> e têm uma forma de cilindro oca composta por protofilamentos de uma proteína chamada tubulina. Eles desempenham um papel fundamental na chamada teoria da Redução Objetiva Orquestrada (Orch OR), proposta na década de 1990 pelo físico ganhador do Prêmio Nobel, Roger Penrose, e o anestesiologista Stuart Hameroff.Essa abordagem defende <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272542-consciencia-cientistas-questionam-teoria-pseudocientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que a consciência é um processo quântico</a> facilitado pelos microtúbulos das células nervosas no cérebro. Os dois cientistas chegaram mesmo a sugerir que a própria consciência trafega pelos microtúbulos em forma de uma onda quântica, da mesma forma que a energia vital ki flui em todos os seres vivos e pode ser aumentada e controlada.<h2>Podemos transmitir energia como ocorre em Dragon Ball e Star Wars?</h2>No novo artigo, chamado "Migração de Energia Eletrônica em Microtúbulos", pesquisadores liderados pelo físico e professor de oncologia Jack Tuszynski trabalharam com o modelo computacional de um microtúbulo.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/07/07153928998295.jpg" alt="O Ultrainstinto de Goku é a manifestação extrema de seu domínio da energia ki.">O Ultrainstinto de Goku é a manifestação extrema de seu domínio da energia ki.A equipe simulou acender uma luz sobre um desses elementos, para conferir&nbsp;se a transferência de energia luminosa na estrutura microtubular permaneceria coerente como ocorre nas células vegetais.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O fantástico e bizarro mundo da física quântica!</a></li></ul>Tentando provar a coerência quântica, os autores simularam a entrega de fluorescência de triptofano (fótons de luz ultravioleta invisíveis ao olho humano), para microtúbulos. Em uma entrevista divulgada no YouTube, Tuszynski garante que, em 22 experimentos independentes, as excitações do triptofano foram capazes de criar reações quânticas de até cinco nanossegundos.Além de provar que os microtúbulos podem atuar como guias de onda para a migração de energia eletrônica, esses números são milhares de vezes superiores aos esperados para a duração da coerência em microtúbulos, e também mais do que suficientes para o desempenho de funções biológicas.<h2>Conclusões do estudo sobre transmissão de energia vital</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/07/07161343719309.jpg" alt="A teoria Orch OR ainda continua carente de mais pesquisas.">A teoria Orch OR ainda continua carente de mais pesquisas.Em entrevista à revista Esquire, Tuszynski afirma que o direcionamento de luz para os microtúbulos e a posterior medição do tempo que eles levaram para emitir luz "é um indicador indireto da estabilidade de certos estados quânticos postulados".Para ele, isso é fundamental para confirmar a teoria de que esses microtúbulos podem apresentar superposições quânticas<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273370-efeito-colateral-entropia-veja-estudo-onde-nasce-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;que poderiam estar associadas com a mente e a consciência</a>.&nbsp;Embora ainda haja muita pesquisa a ser feita para comprovar a teoria Orch OR, os dados da pesquisa atual foram considerados significativos e promissores. &nbsp;Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais curiosidades como essa aqui no TecMundo e aproveite saber <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263640-star-wars-quao-estamos-criar-sabre-luz-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o quão perto estamos de criar um sabre de luz de verdade?</a> </body>

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Força e ki: estudo testa energias como a de Star Wars e Dragon Ball

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Imagem de O que são buracos brancos? no tecmundo

Descubra o que sabemos sobre os buracos brancos e se eles realmente existem no nosso Universo

<head></head><body>O nosso Universo é regido por um conjunto de leis que permitem aos cientistas avaliar todas as possibilidades de algo existir, mas somente a partir da observação, medição e experimentação é possível determinar o que é verdadeiramente real.Em 1916, com a publicação da Teoria da Relatividade Geral por Albert Einstein, uma das primeiras consequências encontradas do seu conjunto de equações foi a possibilidade da existência de corpos celestes chamados de buraco negros: regiões do espaço com tanta matéria e energia que nada, nem mesmo a luz, poderia escapar de sua influência gravitacional.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271511-buracos-negros-proximos-terra-ter-sido-detectados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Buracos negros mais próximos da Terra podem ter sido detectados</a></li></ul>Essas estruturas são comumente formadas quando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265031-estudo-revela-estrelas-massivas-supernovas-universo-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma estrela massiva chega ao fim de sua vida</a>, com o colapso do seu núcleo metálico com o próprio peso que produz uma estrutura muito densa.<h2>Descobrindo os buraco negros</h2>Ao longo das décadas seguintes, a existência dos buracos negros foi confirmada através de diversos tipos diferentes de observações, desde a dinâmica orbital de estrelas até imageamento indireto (uma vez que, sem luz, não há imagem direta da singularidade), demonstrando que esses corpos não são apenas reais, mas também bastante abundantes em todo o Universo.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/07/07151330159267.jpg" alt="Primeira imagem do horizonte de eventos de um buraco negro.">Primeira imagem do horizonte de eventos de um buraco negro.Entretanto, o outro lado desta consequência das equações de Einstein é uma solução matemática igualmente válida que apresenta a possibilidade da existência do inverso de um buraco negro: um buraco branco. O que seriam tais estruturas? Seriam elas igualmente reais?A resposta mais simples é esta: buracos brancos são regiões cósmicas teóricas que funcionam de maneira oposta aos buracos negros. Se nada pode escapar de um buraco negro, nada pode entrar num buraco branco.Se fizermos um experimento mental onde nos aproximássemos de um buraco branco numa espaçonave, nós e o restante da tripulação&nbsp;veríamos certas características comuns a um buraco negro: ele teria massa, poderia estar em rotação e um anel de poeira e gás poderia se acumular em torno do seu horizonte de eventos (o limite que define a fronteira entre a singularidade e o espaço ao redor).<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/07/07152122976269.jpg" alt="Concepção artística de um buraco branco.">Concepção artística de um buraco branco.Mas não seria necessário muito tempo para percebermos que é uma estrutura inteiramente diferente de um buraco negro, pois logo perceberíamos a ejeção constante de matéria e energia do seu interior.<h2>Mas afinal, existem buracos brancos no universo?</h2>Astrofísico comumente descrevem buracos brancos como o resultado da reversão do tempo de um buraco negro, isto é, um “vídeo” de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263709-animacao-nasa-mostra-dimensoes-buraco-negro-supermassivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um buraco negro reproduzido ao contrário</a>, da mesma forma que andar para trás é a reversão do tempo de andar para frente.&nbsp;<ul><li>Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266057-medicao-distorcoes-tempo-confirmar-teoria-albert-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Medição de distorções no tempo pode confirmar teoria de Albert Einstein</a></li></ul>Enquanto o horizonte de eventos de um buraco negro é uma esfera do qual há um ponto sem retorno, o horizonte de eventos de um buraco branco é uma fronteira cuja admissão é negada a tudo e todos no Universo. &nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/07/07171117999343.jpg" alt="Representação de buracos negros e buracos brancos.">Representação de buracos negros e buracos brancos.Dessa forma, nossa espaçonave jamais alcançaria o horizonte de eventos de um buraco branco. Os objetos dentro dele podem sair e interagir com o mundo exterior, mas como nada pode entrar, o interior fica isolado do passado do Universo: nenhum evento externo jamais afetará o seu interior.Mas essas estruturas realmente existem? A verdade é que nunca vimos um e, infelizmente (ou não), não parece ser provável que encontremos um em nosso Universo. Isso porque, além de buracos brancos poderem ser altamente instáveis, os horizontes de eventos são muito bons em esconder tudo o que ocorre do outro lado deles.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272038-torcoes-espaco-tempo-dividem-disco-buraco-negro-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Torções no espaço-tempo dividem disco de buraco negro em dois</a></li></ul>Por exemplo, pode haver algo muito interessante no que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273273-maior-simulacao-feita-revelar-origem-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quer que tenha dado origem ao nosso Universo</a> e também nos locais centrais dentro de cada buraco negro, mas nunca seremos capazes de acessar essa informação.Por mais que detestemos este fato, a quantidade de informação presente no Universo é finita e somos incapazes de reconstruir o que se passa ou o que aconteceu no “outro lado” destes acontecimentos.Contundo, vale a pena ter em mente que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265785-teoria-einstein-confirmada-cientistas-detectam-ondas-gravitacionais-baixa-frequencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Relatividade Geral de Einstein, uma das teorias científicas mais bem-sucedidas de todos os tempos</a>, admite a existência matemática de buracos brancos com uma possibilidade equivalente aos buracos negros e nos possibilita, pelo menos, especular e imaginar.</body>

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O que são buracos brancos?

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Imagem de Como os devaneios de Einstein sobre a luz o levaram à relatividade no tecmundo

A fascinação de Einstein pelo eletromagnetismo, que era só uma 'modinha' na época, o inspirou a criar uma nova teoria da física

<head></head><body>Um dos conceitos mais icônicos da Física, a teoria da relatividade especial&nbsp;foi fundada em dois postulados: o princípio da relatividade restrita e o princípio de constância da velocidade da luz. Descrita nas escolas como “a teoria do Einstein”, ela é na verdade uma construção coletiva de vários pesquisadores que abriram caminho para os insights de outros teóricos.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272518-desafiando-einstein-controversia-teoria-da-relatividade-geral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A controvérsia da teoria da relatividade geral de Einstein</a></li></ul>Dessa forma, é possível afirmar que a descoberta revolucionária de Einstein de 1905 teve início pelo menos meio século antes, no trabalho do físico James Clerk Maxwell. Inconformado com o fato de as leis de Newton não conseguirem explicar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271973-matematicos-encontram-12-000-novas-solucoes-problema-tres-corpos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o movimento dos corpos em velocidades muito altas</a>, esse escocês queria fundir as ciências da eletricidade e do magnetismo em uma teoria que unificasse a natureza.Para isso, Maxwell se debruçou sobre um emaranhado de equações aparentemente díspares, e conseguiu estabelecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/258044-eletromagnetismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma segunda grande força da natureza depois da gravidade: o eletromagnetismo</a>. E tudo isso em quatro equações básicas que, entre outros detalhes, previa a existência de ondas eletromagnéticas viajando à velocidade da luz, fixada por ele em 3×108 metros por segundo.&nbsp;<h2>Einstein encantado com a luz do eletromagnetismo</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/10/10102328943066.jpg" alt="O jovem Einstein sonhava em andar de bicicleta ao lado de um feixe de luz.">O jovem Einstein sonhava em andar de bicicleta ao lado de um feixe de luz.O jovem Albert nem era engenheiro, mas tinha em mente um experimento mental que se tornou seu devaneio favorito: o que aconteceria se pudéssemos andar tão rapidamente de bicicleta, que conseguíssemos emparelhar com um feixe de luz?&nbsp;O que torturava a mente do estudante da Universidade de Zurique era saber <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271306-ver-mundo-movessemos-velocidade-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a luz se pareceria para o vertiginoso ciclista</a>.Como Maxwell definiu a luz como um padrão rítmico e incessante de ondas ondulantes, dá para visualizar mentalmente onde a “viagem” ciclística de Einstein iria levar.&nbsp;Se você conseguisse pedalar com a velocidade de um moderno The Flash e olhasse para o outro lado, veria apenas ondas congeladas no ar, com picos de eletricidade e vales de magnetismo, como qualquer gráfico de série temporal.<h2>O paradoxo da bicicleta e a teoria da relatividade</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/10/10110702429110.jpg" alt="Nada viaja mais rápido do que a luz.">Nada viaja mais rápido do que a luz.Mas, mesmo ainda muito jovem, Einstein já percebia que seu devaneio era um paradoxo. Afinal, as equações de Maxwell demandavam que a luz estivesse em movimento constante, ou seja,&nbsp;luz congelada não pode existir no universo.Os anos se passaram e, em nenhum momento, Einstein foi capaz de solucionar o paradoxo de sua “viagem” de bicicleta. Até que um dia, a solução ao mesmo tempo tranquilizante e aterradora o atingiu: a melhor maneira de evitar um paradoxo é simplesmente descartá-lo.<ul><li>Descubra!&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232838-teoria-relatividade-albert-einstein-inventada-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A teoria da relatividade de Albert Einstein foi inventada ou descoberta?</a></li></ul>Isso significa que a resolução do devaneio ciclístico de Einstein é o mesmo que tentar responder qual estação de pesquisa fica 100 metros ao sul do Polo Sul. Não existe esse tipo de resposta porque o universo não permite. Com a frustração libertadora de saber que nada pode viajar mais rápido que a luz, Einstein começou a construir sua teoria da relatividade especial.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais curiosidades sobre o mundo da física como essa aqui no TecMundo e aproveite para descobrir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/254456-voce-sabe-significado-equacao-famosa-albert-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o significado da equação mais famosa de Albert Einstein</a>.&nbsp;</body>

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Como os devaneios de Einstein sobre a luz o levaram à relatividade

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Imagem de O que aconteceria se você tocasse um superfluido quântico? no tecmundo

Sonda inspirada em um dedo humano foi capaz de registrar informações sobre a interação com esse material; veja!

Um estudo recente finalmente revelou&nbsp;como seria tocar em um superfluido qu&acirc;ntico. Realizado por pesquisadores da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, o experimento usou uma sonda especial, do tamanho e formato de um dedo, para obter os resultados.
Ela foi mergulhada em um is&oacute;topo de h&eacute;lio resfriado &agrave; uma temperatura pr&oacute;xima do zero absoluto, o que possibilitou aos cientistas registrar as propriedades ali contidas. Essa foi a primeira vez em que um contato com o universo qu&acirc;ntico foi poss&iacute;vel. E a melhor parte &eacute; que n&atilde;o foi preciso que seres humanos corressem riscos durante o processo de pesquisa, j&aacute; que a sonda foi capaz de realizar o trabalho.
<ul>
<li style="text-align: justify;">Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272705-emaranhamento-quantico-utilizado-simular-viagem-tempo-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Emaranhamento qu&acirc;ntico foi utilizado para simular viagem no tempo ao passado</a></li>
</ul>
"Estas condi&ccedil;&otilde;es experimentais s&atilde;o extremas e fazem uso de t&eacute;cnicas complicadas, mas agora posso lhes dizer como seria se pud&eacute;ssemos colocar a m&atilde;o neste sistema qu&acirc;ntico. Ningu&eacute;m foi capaz de responder a esta pergunta durante os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">100 anos de hist&oacute;ria da f&iacute;sica qu&acirc;ntica</a>. Mostramos agora que, pelo menos no h&eacute;lio-3 superfluido, esta quest&atilde;o pode ser respondida", afirmou &nbsp;o f&iacute;sico Samuli Autti, que liderou o experimento na Universidade de Lancaster.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/11/06/06020046985000.jpg" alt="H&eacute;lio 3 superfluido se assemelha a um l&iacute;quido transparente. Fonte: (AlfredLeitner/Wikimedia Commons, dom&iacute;nio p&uacute;blico)" />H&eacute;lio 3 superfluido se assemelha a um l&iacute;quido transparente. Fonte: (AlfredLeitner/Wikimedia Commons, dom&iacute;nio p&uacute;blico)
Embora ningu&eacute;m tenha tocado de fato o material, os registros da sonda foram capazes de transmitir informa&ccedil;&otilde;es importantes para que os pesquisadores pudessem entender como seria a sensa&ccedil;&atilde;o para um ser humano. O professor Autti explica que, "Este l&iacute;quido teria uma sensa&ccedil;&atilde;o bidimensional se voc&ecirc; pudesse enfiar o dedo nele. A maior parte do superfluido parece vazia, enquanto o calor flui em um subsistema bidimensional ao longo das bordas da massa, ou em outras palavras, ao longo do seu dedo".
Sem d&uacute;vidas, seria uma sensa&ccedil;&atilde;o bastante esquisita. Em um primeiro momento, a superf&iacute;cie do fluido parece formar uma camada bidimensional independente que transporta o calor para longe. Abaixo disso, a maior parte do material age como um v&aacute;cuo, ou seja, de forma passiva, dando a sensa&ccedil;&atilde;o de que n&atilde;o h&aacute; nada por ali.
<ul>
<li style="text-align: justify;">Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271330-computacao-quantica-consegue-reduzir-reacao-quimica-100-bilhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Computa&ccedil;&atilde;o qu&acirc;ntica consegue reduzir rea&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica em at&eacute; 100 bilh&otilde;es de vezes</a></li>
</ul>
Isso significa que "o grosso" do fluido n&atilde;o foi capaz de interagir com a sonda, apenas a superf&iacute;cie. Por isso, os cientistas acreditam essa &aacute;rea s&oacute; se torna acess&iacute;vel se for atingida por uma grande emiss&atilde;o de energia. &nbsp;O artigo relativo ao experimento deve ser publicado na revista Nature, mas j&aacute; est&aacute; dispon&iacute;vel <a href="https://arxiv.org/abs/2303.16518" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqui</a>.&nbsp;
<h2 style="text-align: justify;">O que &eacute; um superfluido?</h2>
Superfluidos s&atilde;o um estado da mat&eacute;ria em que o l&iacute;quido deixa de ter qualquer tipo de viscosidade ou atrito. Ele ocorre ao resfriar um is&oacute;topo, no caso o h&eacute;lio, a uma temperatura pouco acima do zero absoluto (-273,15 graus Celsius).&nbsp;
Atualmente, &eacute; poss&iacute;vel criar um superfluido a partir do h&eacute;lio-3 e h&eacute;lio-4. Por&eacute;m, o primeiro &eacute; reconhecido como o mais puro entre os superfluidos, e configura um objeto de grande relev&acirc;ncia cient&iacute;fica. "Essa pesquisa pode mudar completamente a forma como vemos a ci&ecirc;ncia qu&acirc;ntica", finalizou Samuli Autti.&nbsp;
Gostou do conte&uacute;do? Ent&atilde;o, fique por dentro mais novidades sobre o mundo da f&iacute;sica e da ci&ecirc;ncia como esse aqui no TecMundo e aproveite para saber tamb&eacute;m <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269199-simulador-quantico-solucionar-grandes-misterios-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como um simulador qu&acirc;ntico pode solucionar um dos grandes mist&eacute;rios da ci&ecirc;ncia</a>.

Wikimedia Commons

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O que aconteceria se você tocasse um superfluido quântico?

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Imagem de O que aconteceria com os seres vivos se a Terra girasse mais rápido? no tecmundo

Um aumento na velocidade do movimento de rotação da Terra alteraria o ciclo dia/noite e afetaria o ritmo biológico dos seres vivos; entenda!

<head></head><body>Um estudo publicado recentemente na revista Nature revelou, a partir de dados obtidos pela sonda Insight, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267396-marte-girando-rapido-nao-sabemos-motivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que a rotação de Marte está acelerando</a> cerca de quatro miliarcosegundos por ano.&nbsp;Embora a aceleração seja muito pequena, não representando uma ameaça imediata para o planeta, acaba gerando uma série de questões para os planetas vizinhos. Afinal, a nossa querida Terra registrou, no dia 29 de junho de 2022, um dia mais curto, ao completar uma volta em torno do seu eixo com 1,59 milissegundos a menos.&nbsp;<ul><li>Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259785-cientistas-sugerem-nucleo-terra-parou-girar-direcao-oposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas sugerem que núcleo da Terra parou e pode girar na direção oposta</a>.</li></ul>Se isso for uma tendência, o que aconteceria se o nosso planeta aumentasse o seu processo de rotação? Sabemos que o desenvolvimento da vida como conhecemos ocorre em perfeita sintomia com a velocidade com que a Terra gira, e esta por sua vez faz uma espécie de valsa planetária <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271659-planetas-giram-contrario-saiba-acontece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com os outros corpos do Sistema Solar</a>.&nbsp;<h2>Mas, e se a Terra passar a girar mais rápido?</h2>A velocidade aproximada do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209098-terra-exibe-maior-velocidade-rotacao-ultimos-50-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento de rotação da Terra é de 1.675 quilômetros por hora no equador</a>, cujo raio mede 6,4 mil quilômetros. À medida que nos aproximamos dos polos, essa velocidade diminui até chegar a zero.<iframe width="320" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/hiCVUhgOku4" title="Earth's Rotation | Milky Way | Time-lapse" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Como esse movimento é o que causa os dias e as noites, uma eventual duplicação em sua velocidade faria com que esses ciclos tivessem metade da duração, com dias e noites tendo aproximadamente seis horas cada. Além disso, se a velocidade do movimento de rotação da Terra aumentasse, isso elevaria a força centrífuga, tornando os objetos mais leves no equador e mais pesados nos polos.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267895-cientistas-explicam-meridiano-greenwich-nao-onde-deveria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas explicam por que o Meridiano de Greenwich não está onde deveria</a></li></ul>Uma rotação mais rápida do planeta seria responsável por alterações no clima, pois teria impactos na circulação dos ventos, das correntes marítimas e das massas de ar. As consequências poderiam surgir em forma mudanças bruscas de temperatura, umidade e aumento de chuvas em diversas regiões, afetando a biodiversidade e a agricultura.<h2>Como uma aceleração na rotação da Terra afetaria os seres vivos?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/10/27/27150241327273.jpg" alt="Se a Terra girasse mais rápido, áreas costeiras seriam inundadas.">Se a Terra girasse mais rápido, áreas costeiras seriam inundadas.Se a Terra passasse a girar mais rápido, as voltas mais velozes em torno do seu eixo afetariam de imediato o ritmo biológico da maioria dos seres vivos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266456-dia-duraria-65-horas-sol-nao-influenciasse-rotacao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que dependem da luz solar para regular os seus ciclos de sono</a>, alimentação, reprodução e atividades em geral. As alterações climáticas, com ventos mais fortes, também teriam impacto negativo na saúde das pessoas.A força centrípeta criaria uma força de atração mais forte entre a Terra e Lua. Isso formaria ondas absurdas e uma elevação da maré que poderia inundar todas as zonas costeiras do planeta.&nbsp;Embora os potenciais efeitos de uma duplicação na velocidade de rotação da Terra sejam difíceis de prever, pois dependem de uma série de variáveis — como distribuição da massa da Terra e a força da gravidade — é certo que seus efeitos seriam devastadores para os habitantes do planeta.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de outras curiosidades sobre o planeta Terra aqui no TecMundo e aproveite para conhecer também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271693-represa-china-tem-tanta-agua-afetar-rotacao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a represa na China tem tanta água que pode afetar a rotação da Terra</a>.</body>

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O que aconteceria com os seres vivos se a Terra girasse mais rápido?

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Imagem de Efeito colateral da Entropia? Veja estudo sobre onde nasce a consciência no tecmundo

A consciência pode ser considerado algo subjetivo, próprio de cada ser. Mas você sabe como ela é formada? 

<head></head><body>A parceria entre pesquisadores da França e do Canadá resultou em um estudo que descreve uma nova visão sobre onde nasce nossa consciência, e talvez, ela possa ser um efeito colateral da entropia. O estudo foi publicado na Physical Review E.<ul><li style="text-align: justify;">Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272542-consciencia-cientistas-questionam-teoria-pseudocientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é a consciência? Cientistas questionam teoria ‘pseudocientífica’</a></li></ul>"Penso, logo existo",&nbsp;a famosa frase creditada ao filósofo francês René Descartes, resume bem uma busca incessante. O conceito de consciência é muito subjetivo e pode ser descrito brevemente como a capacidade do ser humano ter conhecimento sobre si, sua existência, seus sentimentos, sensações e atos.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/10/31/31122458184188.jpg" alt="Quando foi a primeira vez que você se deu conta de si?">Quando foi a primeira vez que você se deu conta de si?Esse conceito é tão antigo quanto a nossa própria existência, mas a partir de quando a consciência em nós, passa a existir? Muitos estudiosos têm se debruçado sobre essa <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149197-descoberto-mecanismo-responsavel-consciencia-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">questão fundamental do ser</a>, mas até o momento, nenhuma resposta conclusiva foi encontrada.<h2>Caos da existência</h2>Com esse desafio em mãos, pesquisadores das Universidades de Toronto, Canadá, e Paris-Descartes, atual Paris Cité, desenvolveram um estudo que relaciona a consciência e a entropia.A entropia é um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conceito da termodinâmica que estuda o grau de desordem</a>, ou aleatoriedade, dentro de um sistema físico. Extrapolando o conceito e aplicando um mecânica estatística para as análises, os pesquisadores decidiram verificar os efeitos de uma possível entropia nos cérebros humanos.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/10/31/31112546743119.jpg" alt="Sistemas simétricos tendem a apresentar baixa entropia, enquanto sistemas desorganizados, tendendo a aleatoriedade, possuem um alto grau de entropia.">Sistemas simétricos tendem a apresentar baixa entropia, enquanto sistemas desorganizados, tendendo a aleatoriedade, possuem um alto grau de entropia.O estudo contou com nove participantes. Destes, sete possuíam epilepsia, e os outros dois não possuíam comorbidades relacionadas aos sistema nervoso central.&nbsp;A epilepsia é uma condição de saúde causada por uma hiperatividade das células neuronais. Em momentos de crise, uma verdadeira tempestade ocorre no cérebro, resultado em convulsão, desorientação, desmaios, entre outros sinais e sintomas. Durante a crise, as sinapses são disparadas aleatoriamente em diversas regiões, causando uma tempestade no cérebro.Todos os participantes tiveram sua atividade neuronal escaneada, observando sincronizações, mudanças de fase entre os estados de sono, vigília e durante crises de epilepsia.&nbsp;<ul><li style="text-align: justify;">Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272572-somos-programa-computador-fisico-testa-hipotese-simulacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Somos um programa de computador? Físico testa hipótese de simulação</a></li></ul>A equipe observou que em estado de vigília, que é quando a pessoa está acordada e consciente, existe uma maior número de arranjos possíveis para a interação entre as redes neurais. Isso acarreta em um alto grau de entropia no sistema, que por sua vez, precisa aprender a otimizar as informações recebidas de diversos estímulos sensoriais.E seria dessa necessidade de "melhor aproveitamento" do cérebro que nossa consciência nasceria.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/10/31/31120257837154.jpg" alt="A captação, comunicação e organização do caos poderiam ser o estopim para a consciência.">A captação, comunicação e organização do caos poderiam ser o estopim para a consciência.Mas o estudo não é uma resposta final, e sim mais uma pista a ser seguida. Algumas limitações presentes no estudo, como a quantidade de participantes, a análise da comunicação entre os arranjos neuronais, e se de fato há entropia, ao invés de uma desorganização programada,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259713-pseudociencia-ela-prejudicar-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;faz com que mais estudos sejam necessários na área</a>.Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos que também se interessam por esses assuntos.</body>

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Efeito colateral da Entropia? Veja estudo sobre onde nasce a consciência

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