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Imagem de Anatomia de uma Queda é um potente retrato de um casal em crise (crítica) no tecmundo

Indicado a cinco Oscars, filme da francesa Justine Triet cria uma narrativa desafiadora em torno de um suposto assassinato

Anatomia de uma Queda,&nbsp;filme da diretora francesa de Justine Triet, &eacute; daquelas obras que pede aten&ccedil;&atilde;o do espectador para os detalhes desde o primeiro minuto.&nbsp;
Logo na cena de abertura, somos apresentados &agrave; personagem Sandra Voyter (vivida pela atriz alem&atilde; Sandra H&uuml;ller, indicada ao Oscar pelo papel), uma escritora de sucesso que recebe uma estudante de literatura que vem at&eacute; sua casa, em um chal&eacute; no meio da neve, para entrevist&aacute;-la.
As duas mulheres conversam enquanto tomam vinho. O clima &eacute; relaxado e at&eacute; de sensualidade. Mas algo logo interrompe aquele momento: uma m&uacute;sica muito alta que come&ccedil;a a tocar e as atrapalha. Trata-se de uma vers&atilde;o instrumental de "P.I.M.P.", um rap cl&aacute;ssico com tons mis&oacute;ginos do cantor norte-americano <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/261605-50-cent-produzindo-serie-vice-city-gta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">50 Cent</a>.&nbsp;
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<li>Confira tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/279329-anatomia-queda-filme-oscar-baseado-uma-historia-real.htm" target="_blank" title=" Anatomia de uma Queda: filme do Oscar &eacute; baseado em uma hist&oacute;ria real? ">Anatomia de uma Queda &eacute; baseado em uma hist&oacute;ria real?</a></li>
</ul>
Quem aumenta o som &eacute; Samuel (o ator franc&ecirc;s Samuel Theis), marido de Sandra. O &oacute;dio &agrave; mulher fica nas entrelinhas.
Em seguida a esse momento, a trag&eacute;dia irrompe. Ao retornar de um passeio com seu cachorro, o filho do casal, Daniel (o ator revela&ccedil;&atilde;o Milo Machado Graner), encontra o pai desfalecido no ch&atilde;o, com a cabe&ccedil;a sangrando. A cena, que se passa em meio &agrave; neve manchada &eacute; impactante.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/03/07/anatomia-de-uma-queda-07142347488177.jpg" alt="anatomia de uma queda " />
A morte de Samuel se desdobrar&aacute; ao longo do filme, uma vez que &eacute; cercada de mist&eacute;rio. A fam&iacute;lia habita uma zona rural na Fran&ccedil;a e, no momento em que ocorre a trag&eacute;dia, apenas Samuel e Sandra estavam no chal&eacute;. Evidentemente, ela passa a ser suspeita de assassinato, mas h&aacute; d&uacute;vidas de que talvez Samuel tenha se suicidado.&nbsp;
O que vamos descobrindo no longa de Justine Triet &eacute; uma hist&oacute;ria sobre um casamento repleto de turbul&ecirc;ncias que, um ano depois, durante o julgamento de Sandra, passam a ser escrutinadas pela opini&atilde;o p&uacute;blica.
<h2>Anatomia de uma Queda: a (imposs&iacute;vel) verdade sobre um casamento</h2>
Anatomia de uma Queda&nbsp;est&aacute; indicado a cinco pr&ecirc;mios no&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/279825-tabela-oscar-2024-veja-onde-assistir-filmes-planilha-do-minha-serie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar de 2024</a>&nbsp;&ndash; Melhor Filme, Melhor Dire&ccedil;&atilde;o, Melhor Atriz, Melhor Roteiro Original e Melhor Montagem &ndash; e tem grandes chances de sair da festa arrebatando alguns deles. Trata-se de um dos mais desconcertantes entre os longas produzidos em 2023, com qualidades cinematogr&aacute;ficas ineg&aacute;veis.
Para come&ccedil;ar, a obra parte do cl&aacute;ssico g&ecirc;nero de filme de tribunal, com longas cenas de argumenta&ccedil;&atilde;o entre advogados e testemunhas, ao mesmo tempo que o mistura com um tema premente no cinema e nas s&eacute;ries: as (im)possibilidades de se chegar &agrave; verdade em rela&ccedil;&atilde;o ao que acontece dentro de uma rela&ccedil;&atilde;o amorosa.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wUcOD9f4Dvo?si=LSyBkbt9O1MMY76P" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Esta ideia j&aacute; encontrou outros lugares interessantes. Um exemplo &eacute; a s&eacute;rie <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/159458-the-affair-ultima-temporada-comeca-com-morte-e-salto-temporal-recap.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">The Affair</a>, que conta o caso de uma trai&ccedil;&atilde;o conjugal alternando a narrativa entre as vis&otilde;es de quatro pessoas, pertencentes aos dois casais envolvidos. A proposta &eacute; a de explorar o quanto cada um dos amantes pode ter constru&iacute;do sua pr&oacute;pria vers&atilde;o dos fatos &ndash; e, por isso mesmo, &eacute; praticamente imposs&iacute;vel pensar em um conceito de verdade.
<div data-ias="false">Mas na trama de Anatomia de uma Queda, h&aacute; um fato incontest&aacute;vel: a morte de Samuel n&atilde;o &eacute; uma quest&atilde;o de opini&atilde;o. E o que teria de fato ocorrido com ele, neste caso espec&iacute;fico, est&aacute; apenas acess&iacute;vel por meio dos filtros subjetivos da mem&oacute;ria contaminados pela forte dor emocional. Logo se descobre que Samuel, por raz&otilde;es obscuras, gravava as brigas do casal, e isso tudo passa a ser levado ao julgamento de Sandra para que os advogados se digladiem em torno do que teria ocorrido.</div>
A princ&iacute;pio, este parece ser o princ&iacute;pio do Direito: o de conseguir fazer uma vers&atilde;o de um fato parecer mais sustent&aacute;vel do que outra. N&atilde;o &eacute; a verdade que &eacute; debatida, lembra Vincent (Swann Arlaud), o advogado de defesa de Sandra, que claramente &eacute; apaixonado por ela. Seus sentimentos, portanto, tamb&eacute;m podem estar interferindo na poss&iacute;vel resolu&ccedil;&atilde;o do caso.
<h2>Uma anatomia das rela&ccedil;&otilde;es parentais e da culpa</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/18/18195720795000.jpg" alt="(Fonte: IMDB)" />(Fonte: IMDB)
Mas h&aacute; outro elemento important&iacute;ssimo que surge na trama de&nbsp;Anatomia de uma Queda: a presen&ccedil;a do filho Daniel, um menino que tem uma defici&ecirc;ncia severa por conta de um acidente que, supostamente, envolve certa neglig&ecirc;ncia do pai.&nbsp;
O "acidente" aparece como fratura irrepar&aacute;vel nesta rela&ccedil;&atilde;o familiar: como lembra Sandra em alguns momentos, depois que ele ocorreu, nada mais permaneceu o mesmo.&nbsp;
Culpa e expia&ccedil;&atilde;o transitam o tempo todo na hist&oacute;ria desse casal. Daniel se culpa da defici&ecirc;ncia do filho, ao mesmo tempo em que culpa Sandra pela vida que leva e pelo rumo que as coisas tomaram.&nbsp;
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/280611-ha-7-anos-oscar-cometia-maiores-gafes-historia-da-premiacao.htm" target="_blank" title=" H&aacute; 7 anos, o Oscar cometia uma das maiores gafes da hist&oacute;ria da premia&ccedil;&atilde;o ">H&aacute; 7 anos, o Oscar cometia uma das maiores gafes da hist&oacute;ria da premia&ccedil;&atilde;o</a></li>
</ul>
J&aacute; Sandra sente o peso da cobran&ccedil;a do marido por conta de seu fracasso profissional, j&aacute; que ele a acusa de ser o principal respons&aacute;vel pela cria&ccedil;&atilde;o do filho e de ter roubado ideias suas. Por &oacute;bvio, o filme arrebata a plateia porque todas essas situa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o mais comuns do que pode parecer.
O caldo engrossa ainda mais quando, no julgamento, trechos dos livros de Sandra s&atilde;o lidos como pistas sobre seus reais sentimentos, e passam a ser expostos pelo promotor como poss&iacute;vel prova de que ela poderia ser uma assassina.
Fato e fic&ccedil;&atilde;o se misturam de forma complexa, com uma limita&ccedil;&atilde;o terr&iacute;vel: a vers&atilde;o de Samuel s&oacute; pode ser capturada em fragmentos, por meio de fontes nebulosas, como o depoimento de seu terapeuta.
&Eacute; tudo extremamente desafiador, e&nbsp;Anatomia de uma Queda, de forma corajosa, n&atilde;o se presta a oferecer respostas definitivas ao espectador. Prefere convoc&aacute;-lo a tirar suas pr&oacute;prias conclus&otilde;es. Por tudo isso, &eacute; justo que dizer que estamos diante de um dos melhores filmes do ano &ndash; certamente merecedor do maior reconhecimento do Oscar.

Kino

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Anatomia de uma Queda é um potente retrato de um casal em crise (crítica)

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Imagem de Os Assassinos da Lua das Flores: veja crítica do filme indicado ao Oscar no tecmundo

Os Assassinos da Lua dos Flores, filme indicado ao Oscar 2024, marca o retorno de Martin Scorsese à direção; veja crítica da obra!

Lançado em 19 de outubro de 2023 nos cinemas brasileiros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/273247-assassinos-lua-flores-cinemas-passam-filme-intervalo-irritam-estudio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os Assassinos da Lua das Flores</a> (Killers of the Flower Moon, no original) marca o retorno triunfal de um dos maiores nomes da história do cinema: Martin Scorsese.&nbsp;Após o lançamento de O Irlandês (The Irishman), em 2019, o lendário diretor voltou às telonas quatro anos depois em grande estilo, com uma obra sensível, histórica e altamente competente, que recebeu, inclusive, nada mais, nada menos do que 10 indicações ao Oscar 2024.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/276866-assassinos-lua-flores-chega-apple-tv-saiba-ver-graca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assassinos da Lua das Flores chega ao Apple TV+! Saiba como ver de graça</a></li></ul>Produzido pela Apple Studios e com roteiro assinado pelo próprio Scorsese, ao lado de Eric Roth e David Grann, Os Assassinos da Lua das Flores narra uma trama real e se baseia no livro homônimo do escritor norte-americano David Grann, lançado em 2017, responsável por resgatar uma das histórias mais trágicas e tristes dos Estados Unidos. Inclusive, o longa consegue respeitar bastante os fatos de sua fonte original.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/16/16153634354202.jpg" alt="a"> <a class="fonte_imagem" href="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/yPR3YwBGouBAzcpbTeqYeUfiHSU=/1400x788/filters:format(jpeg)/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_asset/file/25015953/killers.jpg">&nbsp;Apple</a></figure><h2>A trama de Os Assassinos da Lua das Flores</h2>Em Os Assassinos da Lua das Flores, de maneira resumida, conhecemos a história do povo indígena Osage, que se assentou no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, em busca de paz e prosperidade. Algo que eles conquistam rapidamente após descobrirem grandes fontes de petróleo em suas terras, o que fez dos Osage o povo com maior patrimônio financeiro per capita do planeta.&nbsp;Porém, a surpreendente descoberta e riqueza adquirida pelos indígenas não foi tão bem aceita assim pelo "povo branco" que habitava a mesma região, o que desencadeou uma série de assassinatos misteriosos dos Osage.Neste cenário caótico e complexo, surge Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), um veterano da Primeira Guerra que retorna do combate e encontra abrigo na fazenda de seu tio rico e influente, William Hale (Robert De Niro), que fica localizada justamente na região Osage.&nbsp;Pouco tempo depois, após seguir os conselhos do tio, Ernest se casa com Mollie (Lily Gladstone), uma das quatro irmãs Osage que, em conjunto com sua mãe, Lizzie Q (Tantoo Cardinal), eram donas de um dos maiores patrimônios do estado.A partir deste ponto, Os Assassinos da Lua das Flores nos mostra como se desenvolve o casamento entre Ernest e Mollie, os reais planos de William, a rica história dos Osage e, claro, investiga os assassinatos misteriosos que assolaram os indígenas norte-americanos.&nbsp;Eles, mesmo tendo se tornado um dos povos mais ricos do mundo, ainda corriam riscos e eram alvos constantes de ataques e preconceitos (mesmo que estes fossem muito bem escondidos por quem estava ao seu redor).<h2>Os Assassinos da Lua das Flores: uma obra necessária, coesa e digna de elogios</h2>Com mais de três horas de duração, Os Assassinos da Lua das Flores vale cada um de seus minutos, apesar de seu ritmo mais cadenciado. Diferente de outras obras consagradas de Scorsese, como Os Bons Companheiros (1990), O Lobo de Wall Street (2013) e Os Infiltrados (2006), por exemplo, o longa de 2023 não apela para sequências de ação ou de comédia para empolgar ou divertir, tampouco para reviravoltas malucas para chocar.&nbsp;<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/275034-assassinos-lua-flores-conheca-historia-real-tras-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assassinos da Lua das Flores: conheça a história real por trás do filme</a></li></ul>Pelo contrário, Os Assassinos da Lua das Flores&nbsp;é uma adaptação bem fiel à publicação de Grann, se preocupando em contar a real história dos Osage e de tudo o que aconteceu entre 1921 e 1926, quando cerca de 60 membros da nação indígena foram assassinados.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/16/16153702201203.jpg" alt="a"> <a class="fonte_imagem" href="https://i0.wp.com/renonr.com/wp-content/uploads/2023/10/KillersFlowerMoon.jpg?fit=1248%2C702&ssl=1">&nbsp;Apple</a></figure>Desta maneira, Scorsese consegue organizar os fatos do livro de maneira extremamente coesa, criando uma narrativa linear e de simples entendimento (o que é ótimo e preferível para que todos que assistam ao filme tenham uma noção clara do que aconteceu com os Osage).&nbsp;Misturando elementos históricos, românticos, investigativos e dramáticos, que culminam em uma obra de várias facetas, o filme pode ser encarado como um belíssimo registro histórico, uma tragédia romântica, um suspense competente e, pontualmente, até um western.Esta organização, aliás, é bem visível durante os três atos do filme. No primeiro deles, conhecemos Ernest, William, Mollie e os demais personagens centrais da obra, bem como a dinâmica entre eles. Também vemos como está a vida dos Osage após o descobrimento do petróleo, quando ocorre uma inversão social interessantíssima: os indígenas, com dinheiro, se tornam a elite econômica da região, enquanto os brancos, até então acostumados a viver por cima, passam a ser subalternos e não mais a classe dominante.&nbsp;E, logo neste primeiro ato, a narrativa deixa claro que isso era visto como um "problema" pelos brancos.Mas, afinal, como os brancos poderiam minar a dominância indígena? Bem, como denota o ditado, se você não pode vencê-los, junte-se a eles. E foi exatamente isso o que aconteceu na época. Homens brancos de todo o país se encaminhavam para Oklahoma com um objetivo bem claro em mente: explorar os novos ricaços e, se possível, casar com as milionárias, herdando, posteriormente, suas posses, terras e direitos.&nbsp;Mas para que isso fosse possível, as mulheres indígenas detentoras de riquezas precisavam morrer em algum momento. E é aí que os assassinatos se intensificam, mostrando toda a crueza, frieza e maldade que a ganância pode causar.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/273331-assassinos-lua-flores-significa-o-titulo-filme-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assassinos da Lua das Flores: o que significa o título do filme? Entenda</a></li></ul>Ganância, aliás, que é muito bem personificada por William Hale, o tio de Ernest. Afinal, era ele quem colocava uma máscara de bom moço e, nos bastidores, orquestrava as mortes de vários Osage a fim de que sua família (e ele, principalmente) assumisse o controle de seus bens.Ernest, por outro lado, apesar de ajudar o tio, não poderia ser considerado exatamente um homem puramente ganancioso (apesar de ter culpa, sim). Ele diz amar dinheiro, mas a verdade é que a figura vivida por DiCaprio se apresenta como um homem de pouquíssima inteligência e extremamente manipulável. E, quando ele percebe o que seu tio fez e o seu papel dentro de todo o esquema, já é tarde demais.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/16/16153725418204.jpg" alt="a"> <a class="fonte_imagem" href="https://m.media-amazon.com/images/M/MV5BOTVmMjQxODYtYzA0ZS00YzYzLWI0MWUtYTU5ZDU4ZmM1ODE5XkEyXkFqcGdeQXVyMTE0MzQwMjgz._V1_.jpg">&nbsp;Apple</a></figure>Neste sentido, DiCaprio faz um ótimo trabalho ao entregar um Ernest que não apenas deixa transparecer sua estupidez por várias vezes, mas que também tem uma certa dualidade. Repare, por exemplo, em como ele está quase sempre com um olhar vago, um sorriso contido (nunca genuíno) e uma expressão apreensiva, como se soubesse que o que está fazendo não é certo (diferente de seu tio, que parece já ter abraçado seu lado ruim).&nbsp;Por outro lado, Gladstone também brilha ao interpretar uma Mollie determinada, segura e que parece disposta a dar uma chance aos brancos antes de tomar decisões mais drásticas (como ela faz com Ernest, se casando com o rapaz mesmo sabendo que este tinha interesse em seu dinheiro).&nbsp;<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278261-oscar-2024-saiba-onde-assistir-filmes-indicados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar 2024: saiba onde assistir aos filmes indicados</a></li></ul>Aliás, é interessante notar como Mollie personifica toda a dor dos Osage, representando não apenas uma mulher forte, mas todo um povo. Não à toa, ela vai ficando cada vez mais doente conforme mais indígenas vão morrendo (doença, aliás, que é agravada por seu próprio marido, um homem branco).Por fim, Os Assassinos da Lua das Flores não só resgata uma história essencial, mas também apresenta uma identidade cultural riquíssima aos espectadores. Em nenhum momento o filme negligencia os costumes e tradições dos Osage. Pelo contrário, tenta mostrar tudo da maneira mais real e autêntica possível, apresentando um respeito louvável à trajetória daquele povo e ao seu sofrimento.&nbsp;Em suma, o longa trata de vários temas diferentes, incluindo política e ganância, mas, em sua essência faz algo que já deveria ter sido feito há muito tempo: honra a história de um povo forte e guerreiro que teve lidar com o descaso e a maldade.

Apple

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Os Assassinos da Lua das Flores: veja crítica do filme indicado ao Oscar

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Imagem de Os Rejeitados comove ao trazer uma inusitada história de Natal (crítica) no tecmundo

Indicado a cinco Oscars, filme estrelado por Paul Giamatti conta a história de três pessoas solitárias que se unem a contragosto no Natal

<head></head><body>Os Rejeitados, novo filme do diretor Alexander Payne (de Sideways - Entre Umas e Outras) parece perfeitamente elaborado para estimular a nostalgia em um público fissurado pelos filmes dos anos 1970. O longa – que está indicado a cinco <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/279822-oscar-onde-assistir-10-ultimos-vencedores-melhor-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscars</a>, incluindo de Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante – provoca uma visita ao passado em vários aspectos.A começar pelo tema: trata-se de um <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/256466-noite-infeliz-2-produtor-fala-possivel-sequencia-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme de Natal</a>. Um tanto diferente, é claro, pois se trata de um filme melancólico, que se sustenta na exibição de personagens enjeitados de um modo ao outro.&nbsp;Ainda assim, Os Rejeitados&nbsp;se une a uma tradição que remete ao menos desde o clássico A Felicidade Não Se Compra, de 1946, que sedimentou a ideia de que a audiência gosta de refletir sobre a vida por meio de produções ambientadas nas festas de fim de ano.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/280522-oscar-2024-filme-leva-melhor-acordo-casas-apostas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar 2024: qual filme leva a melhor de acordo com as Casas de Apostas?</a></li></ul><div data-ias="false"><div aria-expanded="false" aria-haspopup="true" tabindex="0">O segundo ponto é que o longa explora outro mote bastante recorrente no cinema, que são os filmes com professores capazes de transformar a vida de seus pupilos. A figura idealizada do mestre se transfigura no filme de Alexander Payne a partir do personagem Paul Hunman (vivido por Paul Giamatti), um professor rígido e um tanto azedo, cuja vida parece não ultrapassar as paredes da escola em que leciona. Ele é desprezado pelos alunos, que não apreciam seus modos pouco atentos às suas necessidades.</div>Por fim, Os Rejeitados trabalha em uma linguagem e uma ambientação estética condizente com a época que retrata. Ou seja, ele não apenas se passa em 1970, mas também parece com um filme que poderia ter sido filmado neste ano, por conta de elementos de edição, fotografia e técnicas de filmagem.&nbsp;Esse cuidado de Alexander Payne ajuda com que o espectador mergulhe com gosto na história que ele pretende contar.<h2>Os Rejeitados: um encontro tocante entre três outsiders</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AhKLpJmHhIg?si=upRV9IGw0iYyOfoN" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Embora não traga exatamente uma história surpreendente, a trama de Os Rejeitados&nbsp;comove por demonstrar uma certa singeleza. Ela foca nas interações entre três personagens principais, que estão presos em um colégio interno para passar as festas de fim de ano, cada um por uma razão diferente.O primeiro é o professor Paul Hunman (Giamatti está indicado ao Oscar de Melhor Ator), que tem algo de excêntrico e loser. Excessivamente rígido e estoico, ele se passa como uma figura desagradável e sem vida. Para completar, ele é estrábico e tem um problema no organismo que faz com que ele cheire a peixe.Hunman está encarregado, a contragosto, de ciceronear os alunos riquinhos da escola que, por várias razões, foram deixados lá pelos pais para passar o feriado. Contudo, várias coisas acontecem e apenas um estudante acaba ficando para trás. Ele se chama Angus (papel de estreia do ator Dominic Sessa) e foi deixado lá pela mãe e seu novo marido rico, que querem aproveitar uma lua de mel.<ul><li>Confira também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/279341-9-filmes-indicados-oscar-2024-assistir-netflix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">9 filmes indicados ao Oscar 2024 para assistir na Netflix</a></li></ul>Por fim, junta-se ao trio a chefe da cozinha do colégio, Mary Lamb (Da’Vine Joy Randolph, que concorre ao Oscar Melhor Atriz Coadjuvante). Trata-se de uma mãe enlutada que acaba de perder o filho, morto na Guerra do Vietnã, e que está enterrado na escola.Todos estão ali contra a própria vontade e estão ensimesmados em seus problemas. Aos poucos, claro, eles começam a encontrar intersecções que vão iluminando as cenas em que passam juntos. São três <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/174585-outsiders-e-cancelada-apos-duas-temporadas-pelo-canal-wgn-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outsiders</a>, cada um a seu modo, mas que acabam vivenciando momentos únicos de generosidade quando as suas tristezas se unem.<h2>Uma subversão ao clássico filme de Natal</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/15/15200224374306.jpg" alt="(Fonte: Miramar)">(Fonte: Miramar)</div>É interessante notar que Alexander Payne explora premissas clássicas – como a de filmes com professores e das histórias de Natal – para alterá-las e propor uma nova abordagem. No caso do professor Paul Hunman, podemos dizer que, embora ele carregue em si um estigma de crueldade, o personagem logo se revela como um "maldoso bondoso", ou seja, alguém capaz de praticar atos generosos por trás de uma carapaça rígida. Em outras palavras, sem grandes novidades aqui.Já quando se chega ao mote do filme de Natal, há mais surpresas.&nbsp;Os Rejeitados não pretende ser uma obra edificante, capaz de celebrar as belezas da data. Embora os personagens tenham uma bela noite de Natal,&nbsp;trata-se de um filme que comove justamente pelo ar algo melancólico que os três carregam.Embora não seja o mais original dos filmes, é por abordar a tristeza do Natal – experiência comum a boa parte de nós, sobretudo os que sentem pressionados em demonstrar alegria nas datas de fim de anos – que Os Rejeitados&nbsp;consegue conquistar corações.</body>

Miramax

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Os Rejeitados comove ao trazer uma inusitada história de Natal (crítica)

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Imagem de Zona de Interesse: filme choca com a brutalidade em segundo plano (crítica) no tecmundo

O filme Zona de Interesse, de Jonathan Glazer, concorre ao Oscar 2024 com uma história sutil e brutal sobre o nazismo. Saiba mais!

<head></head><body>Um dos filmes mais impactantes que concorrem ao Oscar 2024 é <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278287-zona-interesse-veja-onde-assistir-trailer-historia-filme-a24.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de Interesse</a>, do diretor britânico Jonathan Glazer. O longa tem como cenário o Holocausto, que provocou a morte de milhares de judeus e outras minorias durante a Segunda Guerra Mundial.O <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/273533-8-series-filmes-2-guerra-mundial-assistir-netflix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazismo</a> e suas crueldades já são temas de produtos culturais há muito tempo, mas nem assim um novo filme ou série sobre o assunto deixa de ser chocante. A cada produção, uma nova abordagem para nunca esquecermos de tudo o que aconteceu e evitarmos que ocorra novamente.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278261-oscar-2024-saiba-onde-assistir-filmes-indicados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar 2024: saiba onde assistir aos filmes indicados</a></li></ul>Hoje, uma pessoa adulta sabe tudo o que ocorreu durante esse período, principalmente porque ainda temos sobreviventes do Holocausto vivos entre nós. Zona de Interesse, então, se diferencia de outras tramas por contar uma história de forma indireta.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bdGPi0HvTEY?si=bzg-eSd7RUSkkoSo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Enquanto vemos filmes de guerra com as brutalidades sendo mostradas de forma explícita, o novo longa de Jonathan Glazer foca em mostrar a rotina de quem não participava diretamente dos atos.&nbsp;A trama também é inspirada na vida de uma família que realmente existiu, o que torna a história ainda mais indigesta.<h2>Brutalidade sutil</h2><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278248-conheca-indicados-melhor-filme-oscar-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de Interesse&nbsp;</a>é um filme baseado em um livro de mesmo nome do autor Martin Amis, publicado em 2014. O romance acontece em Auschwitz e acompanha a história de um oficial nazista, Rudolf Höss (Christian Friedel), sua esposa Hedwig (Sandra Hüller) e seus cinco filhos.&nbsp;Höss foi um dos homens mais cruéis do nazismo, e não hesitava em executar as ordens de Hitler sem qualquer peso na consciência. Responsável por controlar um campo de concentração, o oficial se orgulhava dos planos do extermínio em massa por meio de câmaras de gás, por exemplo.Em Zona de Interesse, nada é mostrado de forma gráfica, mas sim sutil, e isso acaba sendo ainda mais impactante do que qualquer cena detalhada de assassinato. A palavra "sutil", no entanto, se diz ao fato de colocar o terror em segundo plano em vez de no foco principal da câmera.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/13/13112247841028.jpeg" alt="Zona de Interesse contrasta a vida comum com o horror do Holocausto">Zona de Interesse contrasta a vida comum com o horror do HolocaustoA casa da família Höss tem tudo o que eles sempre sonharam. Um grande espaço com um jardim repleto de flores e muito verde, e uma piscina para as crianças curtirem o verão. Ao lado da residência, encostado ao muro, há um campo de concentração. Os cenários, então, se contrastam.Enquanto em primeiro plano vemos a vida perfeita e despreocupada da família, ao fundo vemos a fumaça da câmara de gás, tiros, gritos de ordem ou de desespero, e diálogos de embrulhar o estômago. O diretor consegue contrastar esses dois lados não só de forma <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/254082-filmes-guerra-sugestoes-amazon-prime-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sutil e chocante</a>, mas conseguindo entregar isso sem grandes enredos.O filme&nbsp;Zona de Interesse não traz cenas elaboradas, jogos de câmera dinâmicos ou ainda atuações que exigem muito dos atores. Em vez disso, vemos o elenco agindo como se realmente fossem aquelas pessoas no cotidiano. É como se estivéssemos assistindo à vida da família por meio de câmeras escondidas.O objetivo de Glazer, então, é concluído com sucesso ao&nbsp;mostrar os horrores do Holocausto através da simplicidade, de pessoas convivendo com o pesadelo dos outros em paz, já que não as afetam.&nbsp;Zona de Interesse explora o som em todas as suas formas, seja na trilha inicial e no completo silêncio, ou nos gritos de medo que invadem o cotidiano. No visual, as cores da natureza em tons quase pastéis são ofuscados pela fumaça cinza que começa a tomar conta do céu.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/13/13112606865029.jpg" alt="O filme é inspirado na vida de uma família que existiu">O filme é inspirado na vida de uma família que existiuO trabalho do diretor pode até parecer simples, mas exige uma complexidade que só a frieza dos acontecimentos podem proporcionar. A cada cena comum do dia a dia, somos provocados com tamanho desconforto que nos impossibilita de humanizar os responsáveis pelas atrocidades e seus coniventes.O diretor comprova, então, que ainda é possível provocar e chocar o espectador com a temática que, infelizmente, nunca pode ser esquecida.&nbsp;O filme Zona de Interesse pode ser assistido nos cinemas de todo o Brasil.</body>

Divulgação/Film4 Productions

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Zona de Interesse: filme choca com a brutalidade em segundo plano (crítica)

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Imagem de American Fiction acerta em criticar o racismo e seus estereótipos (crítica) no tecmundo

O filme American Fiction, indicado ao Oscar de Melhor Filme, aborda a forma em que os negros são retratados em produtos culturais. Saiba mais sobre o longa!

Estere&oacute;tipos e <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/156868-empoderamento-negro-conheca-series-e-filmes-sobre-racismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo</a> s&atilde;o os temas centrais de um dos t&iacute;tulos indicados ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278248-conheca-indicados-melhor-filme-oscar-2024.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar de 2024</a> na categoria Melhor Filme. Dirigido por Cord Jefferson, American Fiction acompanha um escritor e professor norte-americano chamado Theolonious Ellison, mais conhecido como Monk.
<ul>
<li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/275450-american-fiction-confira-trailer-sinopse-previsao-estreia-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">American Fiction: confira trailer e sinopse do filme</a></li>
</ul>
Theolonius &eacute; interpretado pelo ator Jeffrey Wright, mais conhecido por produ&ccedil;&otilde;es como Basquiat - Tra&ccedil;os de Uma Vida, Shaft, The Batman e Rustin. O ator se entrega ao sarcasmo e apatia do personagem, resultando em uma interpreta&ccedil;&atilde;o repleta de sabedoria e humor &aacute;cido.
Resumidamente, o filme traz um enredo sobre a forma em que as hist&oacute;rias com pessoas negras s&atilde;o contadas, com Monk n&atilde;o aceitando se render aos estere&oacute;tipos para voltar a ser um autor relevante. Tudo come&ccedil;a, ent&atilde;o, quando um livro cheio de clich&ecirc;s de uma jovem autora negra ganha notoriedade.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/14/14145907840178.jpg" alt="American Fiction &eacute; um filme de com&eacute;dia dram&aacute;tica" />American Fiction &eacute; um filme de com&eacute;dia dram&aacute;tica
<h2>Estere&oacute;tipos e racismo</h2>
O filme de drama e com&eacute;dia American Fiction cumpre muito bem a tarefa de refor&ccedil;ar os estere&oacute;tipos sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/153789-7-filmes-abordam-racismo-luta-direitos-negros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas negras&nbsp;</a>vistos na televis&atilde;o, cinema, m&uacute;sica e at&eacute; livros, em forma de uma cr&iacute;tica que diverte enquanto nos faz refletir.
Essas quest&otilde;es, inclusive, nem sempre v&ecirc;m de pessoas brancas, j&aacute; que a hist&oacute;ria come&ccedil;a com a popularidade do livro da autora Sintara Golden, personagem de Issa Rae. A publica&ccedil;&atilde;o se torna um best-seller e faz o protagonista questionar todos os seus estudos, j&aacute; que o dinheiro sempre fala mais alto.
O longa traz essa quest&atilde;o com&nbsp;Monk ressaltando clich&ecirc;s que v&atilde;o desde o uso de g&iacute;rias at&eacute; abordagens que envolvem a criminalidade, por exemplo, que ressaltam o <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/153772-7-filmes-hollywood-considerados-racistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo</a> existente em nossa sociedade. Claramente irritado com o andamento dos produtos culturais, come&ccedil;a a escrever um livro repleto de estere&oacute;tipos propositalmente.
<h2>Dinheiro ou valores?</h2>
Para a surpresa (ou n&atilde;o) de Monk, seu livro chama a aten&ccedil;&atilde;o das editoras e logo as coisas come&ccedil;am a fugir de seu controle. Ap&oacute;s a perda repentina da irm&atilde;, Lisa (Tracee Ellis), o autor se v&ecirc; como o principal respons&aacute;vel pelos cuidados da m&atilde;e, que sofre de Alzheimer, enquanto o irm&atilde;o, Clifford (Sterling K. Brown), mora longe e vem passando por um per&iacute;odo de autodescoberta.
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/278261-oscar-2024-saiba-onde-assistir-filmes-indicados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar 2024: saiba onde assistir aos filmes indicados</a></li>
</ul>
Logo, Theolonious precisa deixar de lado seus princ&iacute;pios e se render ao que o mercado editorial exige. American Fiction destaca a todo o tempo o descontentamento do protagonista com o que ele mesmo est&aacute; fazendo, j&aacute; que seu livro vem fazendo sucesso e o dinheiro n&atilde;o para de entrar.
Mesmo deixando seus princ&iacute;pios de lado em troca do retorno financeiro, Monk n&atilde;o assina sua obra com seu pr&oacute;prio nome. Nas livrarias, o livro &eacute; vendido sob o pseud&ocirc;nimo Stagg R. Leigh, autor que se autointitula como um foragido do FBI.
O livro, ent&atilde;o, explora todos os estere&oacute;tipos criticados por Monk. Al&eacute;m de vender milhares de c&oacute;pias, a hist&oacute;ria &eacute; levada ao cinema e chega a vencer um pr&ecirc;mio liter&aacute;rio.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/02/27/27144649309225.jpg?width=190" /> 
American Fiction consegue explorar bem a sua proposta, fazendo isso atrav&eacute;s de longas conversas cheias de alfinetadas e sarcasmos. O longa entrega quest&otilde;es que, apesar de serem tratadas com humor, s&atilde;o importantes de serem criticadas, mas, talvez, poderiam ser mais escancaradas para chegar em todos os p&uacute;blicos.
Atualmente, o cinema mundial j&aacute; vem mudando suas abordagens n&atilde;o s&oacute; em hist&oacute;rias negras, como de outras minorias, mas os estere&oacute;tipos ainda se fazem presentes. Por isso, American Fiction &eacute; uma &oacute;tima obra para refor&ccedil;ar esse combate.&nbsp;
Mas vale ressaltar que resolver o problema n&atilde;o &eacute; a obriga&ccedil;&atilde;o de um filme escrito, dirigido e protagonizado por negros, pois entre a comunidade j&aacute; h&aacute; a conscientiza&ccedil;&atilde;o de sobra. Cabe, agora, a quem est&aacute; em posi&ccedil;&otilde;es de privil&eacute;gios absorver as cr&iacute;ticas e mudar suas abordagens de uma vez por todas.
American Fiction, ou Fic&ccedil;&atilde;o Americana, est&aacute; dispon&iacute;vel no cat&aacute;logo do <a href="https://amzn.to/3S0JIIv" target="_blank" rel="sponsored">Prime Video</a>.
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Orion Pictures/Divulgação

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American Fiction acerta em criticar o racismo e seus estereótipos (crítica)

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Imagem de Barbie é o blockbuster do ano e vale todo o seu hype (opinião)  no tecmundo

Barbie superou as expectativas e é um dos filmes mais originais, divertidos e autênticos dos últimos tempos! Confira a análise sem spoilers!

Aten&ccedil;&atilde;o: o texto a seguir N&Atilde;O tem spoiler do novo filme Barbie!
Como j&aacute; dizia o hit da banda Aqua, &ldquo;life in plastic&rdquo; realmente &eacute; fant&aacute;stica. Mas n&atilde;o se engane com o mundo cor de rosa, porque aparentemente at&eacute; as bonecas de pl&aacute;stico t&ecirc;m crises existenciais &mdash; e voc&ecirc;, mulher que vive no planeta Terra, at&eacute; vai se identificar com muitas delas.
Ap&oacute;s muita espera, Barbie (que provavelmente &eacute; o filme mais esperado do ano) j&aacute; est&aacute; entre n&oacute;s, e a boa not&iacute;cia &eacute; que sim, o filme vale mesmo todo o hype criado nos &uacute;ltimos meses. Ap&oacute;s a <a href="https://www.tecmundo.com.br/the-brief/266255-barbie-novo-filme-representa-festa-marketing.htm" target="_blank" rel="sponsored">divulga&ccedil;&atilde;o fort&iacute;ssima da Warner Bros</a>&nbsp;com a Mattel para promover o longa, a produ&ccedil;&atilde;o se tornou um fen&ocirc;meno em todo o mundo antes mesmo de ser exibido nas telonas pela primeira vez.
<ul>
<li>Confira tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/266547-barbie-conheca-duas-atrizes-protagonizaram-filme.htm" target="_blank" title="Barbie: conhe&ccedil;a as duas atrizes que quase protagonizaram o filme">conhe&ccedil;a as duas atrizes que quase protagonizaram Barbie</a></li>
</ul>
J&aacute; n&atilde;o &eacute; d&uacute;vida para ningu&eacute;m que toda a &ldquo;lenda&rdquo; constru&iacute;do em torno do longa transformou o lan&ccedil;amento no grande evento cinematogr&aacute;fico do ano. F&atilde;s aos bandos com seus melhores looks rosa, parceria com grandes empresas de v&aacute;rios nichos e muito (muito mesmo) hype nas redes sociais foram essenciais para criar toda a expectativa sobre o filme.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/20/barbie-20093502044045.jpg" alt="Barbie" />Divulga&ccedil;&atilde;o/Warner Bros.
Felizmente, a diretora Greta Gerwig conseguiu cumprir as expectativas e trouxe um dos filmes mais originais, divertidos e aut&ecirc;nticos dos &uacute;ltimos tempos. Com uma hist&oacute;ria muito mais profunda do que aquela mostrada nos trailers, Barbie consegue ser mais do que uma publicidade da Mattel e exp&otilde;e as v&aacute;rias quest&otilde;es amb&iacute;guas em torno da boneca mais famosa do mundo.
Afinal, ela pode mesmo ser considerada um s&iacute;mbolo de empoderamento feminino ou n&atilde;o passa de um padr&atilde;o inalcan&ccedil;&aacute;vel de beleza para as mulheres?
Brincando com as v&aacute;rias interpreta&ccedil;&otilde;es confusas em torno da Barbie, o roteiro escrito por Noah Bambuch (A Hist&oacute;ria de um Casamento) e Greta Gerwig transforma uma figura aparentemente oca e sem profundidade em uma mensagem de empoderamento. E, aqui entre n&oacute;s, um filme live-action da Barbie que fosse lan&ccedil;ado sem um recado minimamente feminista nas entrelinhas em 2023 n&atilde;o seria bem recebido, n&eacute;?
<h2>Pl&aacute;stico tamb&eacute;m tem crise existencial?</h2>
Os longas de Greta Gerwig retratam principalmente a transi&ccedil;&atilde;o da adolesc&ecirc;ncia para a vida adulta. Da inoc&ecirc;ncia e ingenuidade para a confus&atilde;o do amadurecimento. Por isso, j&aacute; era de se esperar que os temas voltariam para o centro da hist&oacute;ria em Barbie.
Na trama, a personagem vive uma vida perfeita, todos os dias, para sempre. Na Barbieland, como o nome j&aacute; sugere, quem mandam s&atilde;o elas. Issa Rae &eacute; a Barbie Presidente, Alexandra Shipp &eacute; a Barbie Escritora, Emmy Mackey &eacute; a Barbie F&iacute;sica, e assim vai.
A protagonista, no entanto, &eacute; a boneca estere&oacute;tipo - ou seja, a Barbie cl&aacute;ssica, interpretada pela talentosa Margot Robbie. Tudo vai bem no mundo perfeito das bonecas (e dos Kens), at&eacute; que a personagem come&ccedil;a a apresentar &ldquo;defeitos&rdquo; (representados na hist&oacute;ria como celulite e p&eacute;s planos). A partir da&iacute;, ela precisa ir ao mundo real para conseguir respostas e voltar ao normal.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/20/barbie-20093436898044.jpg" alt="Barbie" />Divulga&ccedil;&atilde;o/Warner Bros.
Ao chegar aqui, por&eacute;m, ela percebe que as coisas s&atilde;o bem diferentes do que as Barbies imaginam. Enfrentando uma trajet&oacute;ria de autodescoberta, ela passa pelas temidas crises existenciais (bem-vinda ao mundo real) enquanto tenta descobrir o seu prop&oacute;sito.
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/257196-barbie-entenda-referencias-filme-2001-odisseia-espaco.htm" target="_blank" title="Barbie: entenda as refer&ecirc;ncias ao filme 2001: Uma Odisseia no Espa&ccedil;o">Barbie: entenda as refer&ecirc;ncias ao filme 2001: Uma Odisseia no Espa&ccedil;o</a></li>
</ul>
<h2>Original, engra&ccedil;ado e audacioso</h2>
O filme &eacute; muito bem-humorado, com boas sacadas audaciosas n&atilde;o s&oacute; sobre o mundo da Barbie e da vida real, mas da pr&oacute;pria Mattel, empresa propriet&aacute;ria da boneca, envolvida em algumas pol&ecirc;micas ao longo de sua hist&oacute;ria.
O roteiro &eacute; sagaz ao transformar t&iacute;picos comportamentos masculinos em piada. Quer a explica&ccedil;&atilde;o de um filme (principalmente aqueles "m&aacute;sculos", como O Poderoso Chef&atilde;o) ou ajuda em um programa de computador? Pe&ccedil;a ao homem mais pr&oacute;ximo, ele com certeza vai fazer quest&atilde;o de explicar tudo. Noah e Greta abordam o assunto de forma leve e surpreendentemente c&ocirc;mica. Mas um alerta: alguns Kens da realidade podem n&atilde;o gostar tanto dessa parte...
<h3>Carism&aacute;tico, ing&ecirc;nuo e engra&ccedil;ado, Ken de Ryan Gosling &eacute; o ponto alto do filme&nbsp;</h3>
Outras boas sacadas s&atilde;o os v&aacute;rios momentos de "autoconsci&ecirc;ncia" dos personagens, que conseguem tirar risadas do p&uacute;blico. Nesse t&oacute;pico, ali&aacute;s, vale destacar as cenas em que Ryan Gosling protagoniza. O ator lidera, com maestria, boa parte dos momentos de com&eacute;dia, roubando a cena em v&aacute;rias partes. Se na Barbieland ele &eacute; "s&oacute;&rdquo; o Ken, no filme, Gosling &eacute; o ponto forte, com algumas das melhores falas (o &aacute;pice das quase duas horas de filme, ali&aacute;s, &eacute; inundado por muita m&uacute;sica e dan&ccedil;a "kenergy").
O CEO da Mattel (pasme, um homem!), interpretado por Will Farell, tamb&eacute;m traz boas doses de humor piegas necess&aacute;rias ao longa. Al&eacute;m dele, as participa&ccedil;&otilde;es de Michael Cera e Simu Liu s&atilde;o alguns destaques do elenco masculino.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/20/barbie-20092944916041.jpg" alt="Barbie " />Divulga&ccedil;&atilde;o/Warner Bros. 
Resumidamente e sem exageros, Barbie parece um grande sonho engra&ccedil;ado, fant&aacute;stico, feminista e ultra colorido de Greta Gerwig.
O filme &eacute; um verdadeiro deleite para o cinema atual. Com uma hist&oacute;ria original, divertida e inteligente, o filme poderia facilmente entrar para a lista de produ&ccedil;&otilde;es obrigat&oacute;rias para jovens meninas. Reflexivo, empoderador, engra&ccedil;ado e extremamente questionador, Barbie com certeza n&atilde;o ser&aacute; esquecido t&atilde;o cedo.
Barbie chega hoje (20) aos cinemas de todo o Brasil.&nbsp;

Reprodução/Warner Bros.

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Barbie é o blockbuster do ano e vale todo o seu hype (opinião) 

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Imagem de Digno de Oscar, Oppenheimer é o melhor filme de Nolan nos últimos anos (opinião) no tecmundo

Confirmado: Oppenheimer vale o hype e merece o seu ingresso no cinema! Confira a nossa opinião sobre o filme (sem spoilers)

Com Oppenhimer, o meme "In Nolan we trust" nunca foi t&atilde;o certeiro. Ap&oacute;s Tenet, seu &uacute;ltimo trabalho massacrado pela cr&iacute;tica, Christopher Nolan voltou com tudo em mais uma megaprodu&ccedil;&atilde;o que faz jus ao bord&atilde;o dos f&atilde;s do diretor. Com todo o hype em cima do filme, as chances de a produ&ccedil;&atilde;o decepcionar o p&uacute;blico eram alt&iacute;ssimas, mas felizmente o cineasta conseguiu se superar no filme que tem tudo para ser um dos melhores do ano, da carreira e do Oscar.
J&aacute; conhecido por suas megaprodu&ccedil;&otilde;es, Nolan deixa para tr&aacute;s seus famosos truques narrativos que fogem &agrave; realidade. Sem viagens no tempo, inser&ccedil;&atilde;o em sonhos ou qualquer outro recurso t&iacute;pico do diretor para confundir o p&uacute;blico, o roteiro de Oppenheimer aposta &uacute;nica e exclusivamente na trag&eacute;dia hist&oacute;rica - e isso, somado &agrave;s atua&ccedil;&otilde;es excelentes, &agrave; montagem e edi&ccedil;&atilde;o impec&aacute;veis, &eacute; mais do que suficiente para se tornar um dos favoritos do p&uacute;blico.
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/266479-oppenheimer-voce-precisa-saber-assistir-filme.htm" target="_blank" title="Oppenheimer: o que voc&ecirc; precisa saber antes de assistir ao filme">Oppenheimer: o que voc&ecirc; precisa saber antes de assistir ao filme</a></li>
</ul>
Sombrio, angustiante e explosivo (perd&atilde;o o trocadilho), Oppenheimer &eacute; um drama hist&oacute;rico que guia o telespectador em uma jornada j&aacute; bastante falada na hist&oacute;ria, mas por um &acirc;ngulo enigm&aacute;tico e at&eacute; contradit&oacute;rio de um &ldquo;pai&rdquo; que teme sua pr&oacute;pria cria&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/18/oppenheimer-18094658584067.jpg" alt="oppenheimer" />Oppenheimer &eacute; um dos melhores filmes de 2023 (Divulga&ccedil;&atilde;o/Universal)
Uma coisa &eacute; certa, as quase tr&ecirc;s horas v&atilde;o te deixar abalada, tensa e curiosa para saber o que est&aacute; por vir - mesmo todos n&oacute;s j&aacute; conhecendo o passado.
<h2>N&atilde;o &eacute; s&oacute; sobre a bomba</h2>
J&aacute; n&atilde;o &eacute; segredo que Nolan usa e abusa de recursos imag&eacute;ticos para ajudar a contar a hist&oacute;ria de seus filmes. Aqui n&atilde;o &eacute; diferente e o cineasta usa t&eacute;cnica parecida com a utilizada anteriormente em Amn&eacute;sia, filme que o al&ccedil;ou para a fama, em 2001.
Ao longo da nova produ&ccedil;&atilde;o, vemos algumas cenas em cores, enquanto outras aparecem em preto e branco. Em Oppenheimer, a divis&atilde;o &eacute; uma forma de contar fatos objetivos da hist&oacute;ria, j&aacute; que os acontecimentos do ponto de vista do f&iacute;sico eram subjetivos.
Dito isso, a produ&ccedil;&atilde;o intercala momentos do passado, enquanto a bomba estava sendo constru&iacute;da e os Estados Unidos corriam para sair na frente do Jap&atilde;o e da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica na Segunda Guerra Mundial, e do presente, durante o processo que levou o J. Robert Oppenheimer a perder a credencial de seguran&ccedil;a e qualquer conex&atilde;o com o governo norte-americano.
Entre idas e vindas de presente e passado, acompanhamos a trajet&oacute;ria de Robert Oppenheimer, desde os seus primeiros passos na f&iacute;sica, come&ccedil;ando pela &eacute;poca em que ainda um z&eacute;-ningu&eacute;m alvo de zoa&ccedil;&atilde;o dos colegas de faculdade por n&atilde;o ser bom em testes no laborat&oacute;rio.
Com o passar do tempo, vemos o personagem crescendo dentro da comunidade cient&iacute;fica e tamb&eacute;m dos interesses comunistas (t&oacute;pico obviamente importante no contexto pol&iacute;tico da &eacute;poca e que ser&aacute; primordial no desfecho do protagonista).
Sua trajet&oacute;ria rumo &agrave; lideran&ccedil;a do Projeto Manhattan se desenrola rapidamente, ao mesmo tempo em que somos apresentados ao jogo pol&iacute;tico do fim da Segunda Guerra e in&iacute;cio da Guerra Fria. Aqui, vale ressaltar que em alguns momentos o longa derrapa em nuances hist&oacute;ricos e acaba ficando americanizado demais para o gosto de alguns, mas nada que atrapalhe a experi&ecirc;ncia final.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/18/oppenheimer-18095415181076.jpg" alt="Oppenheimer" />Reprodu&ccedil;&atilde;o/Universal Pictures
A trama se encaminha para o ponto alto do filme: o momento do teste Trinity, lan&ccedil;amento da bomba at&ocirc;mica em solo americano que confirmou a efic&aacute;cia da arma. Assistindo &agrave; cena, fica claro porque <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/266153-oppenheimer-nao-tera-cenas-feitas-cgi-garante-nolan.htm" target="_blank" rel="sponsored">Nolan n&atilde;o quis uma explos&atilde;o em CGI</a>. O momento &eacute; absurdamente real, assustador e visualmente bonito com um baita trabalho de edi&ccedil;&atilde;o e som. Para aproveitar tudo que o filme oferece, n&atilde;o tem como fugir da dica: a experi&ecirc;ncia ser&aacute; muito melhor no cinema.
<h2>Interpreta&ccedil;&otilde;es de Oscar</h2>
Ainda que o &oacute;bvio seja &oacute;bvio, &agrave;s vezes ele precisa ser dito. Cillian Murphy que conseguiu seu primeiro protagonista em um filme do Nolan (ap&oacute;s aparecer como coadjuvante em 3 longas do cineasta) brilha em um de seus melhores pap&eacute;is.
Praticamente um estudo do personagem, a produ&ccedil;&atilde;o foca nos dilemas levantados pelo personagem ao longo dos anos em que trabalhou na constru&ccedil;&atilde;o da arma mais letal j&aacute; vista &ndash; e, como o esperado, Cillian Murphy encarna majestosamente as ansiedades do f&iacute;sico.
Al&eacute;m do protagonista, quem rouba a cena &eacute; Robert Downey Jr., no papel de Lewis Straus, ex-presidente da Comiss&atilde;o de Energia At&ocirc;mica dos EUA e principal antagonista de Robert Oppenheimer. Em seu primeiro filme depois de deixar o MCU, Downey Jr. nos lembra porque ele era uma estrela antes de ser Tony Stark e provou que os v&aacute;rios anos de Marvel n&atilde;o enferrujam os bons (ainda bem!). Vem a&iacute; uma indica&ccedil;&atilde;o em Melhor Coadjuvante no Oscar 2023?
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/18/robert-downey-jr-lewis-strauss-18095919025082.jpg" alt="Robert Downey Jr Lewis Strauss" />Robert Downey Jr. no papel de Lewis Strauss (Reprodu&ccedil;&atilde;o/Universal Pictures)
Por outro lado, as poucas mulheres da trama ganham boas atua&ccedil;&otilde;es em pap&eacute;is ma&ccedil;antes que n&atilde;o fazem muita diferen&ccedil;a na trama. Com poucas cenas, infelizmente, a personagem Jean Tatlock da &oacute;tima Florence Pugh parece uma p&aacute;gina do roteiro que n&atilde;o seria notada se estivesse fora do script.
<h2>Para ver no cinema</h2>
Certo ou errado, moral ou imoral, &eacute;tico ou anti&eacute;tico... Oppenheimer coloca o telespectador para questionar suas convic&ccedil;&otilde;es e para refletir se os meios realmente justificam os fins. Com alguns poucos deslizes, o longa cumpre o que prometeu nos &uacute;ltimos anos e supera as expectativas do hype. Na era dos streamings, n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vida de que Oppenheimer &eacute; um respiro para os f&atilde;s das telonas de cinema.
--
<h2>Assista Interestelar, Amn&eacute;sia, Tenet e outros filmes de Christopher Nolan no Prime Video</h2>
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</div>

Divulgação/Universal Pictures

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Digno de Oscar, Oppenheimer é o melhor filme de Nolan nos últimos anos (opinião)

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Imagem de Oppenheimer: primeiras críticas apontam filme mais "impressionante de Christopher Nolan" no tecmundo

Exibido para um grupo seleto de críticos, Oppenheimer foi bastante elogiado e descrito como o melhor trabalho do diretor até agora

Na noite de ontem (11) foi realizada a premi&egrave;re mundial de Oppenheimer, o aguardado novo filme de Christopher Nolan. Exibido para um grupo seleto de cr&iacute;ticos em Paris, o longa foi bastante elogiado e descrito por alguns como o melhor trabalho do diretor at&eacute; agora.
Entre os principais destaques est&atilde;o as atua&ccedil;&otilde;es do elenco, em especial o protagonista Cillian Murphy.&nbsp;Os cr&iacute;ticos postaram suas primeiras rea&ccedil;&otilde;es nas redes sociais. Confira os destaques abaixo:
O jornalista do Sunday Times, Jonathan Dean, destacou a performance do elenco coadjuvante. &ldquo;Totalmente absorto em Oppenheimer, um filme denso e tenso, em parte sobre a bomba, principalmente sobre como estamos condenados. Murphy &eacute; bom, mas o suporte essencial: Damon, Downey Jr e Ehrenreich trazem at&eacute; piadas. Um filme audacioso, inventivo e complexo para abalar o p&uacute;blico.&rdquo;
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<li>Confira tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/265510-oppenheimer-30-cinemas-exibir-filme-jeito-certo.htm" target="_blank" title="Oppenheimer: apenas 30 cinemas v&atilde;o exibir filme 'do jeito certo'">apenas 30 cinemas v&atilde;o exibir Oppenheimer 'do jeito certo'</a></li>
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<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/12/oppenheimer-12094216025057.jpg" alt="Oppenheimer" />Filme &eacute; um dos mais aguardados do ano (Divulga&ccedil;&atilde;o/Universal Pictures)
Lindsey Bahr, do Associated Press, descreveu o longa como uma "conquista espetacular de Christopher Nolan". "Uma adapta&ccedil;&atilde;o concisa e verdadeira, narrativa inventiva e performances diferenciadas de Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Matt Damon e muitos, muitos outros envolvidos - alguns apenas para uma cena", disse.
"&Eacute; dif&iacute;cil falar sobre algo t&atilde;o denso como isso em algo t&atilde;o bobo quanto um tweet ou t&oacute;pico, mas Oppenheimer realmente &eacute; um drama adulto s&eacute;rio, filos&oacute;fico, t&atilde;o tenso e emocionante quanto Dunkirk. E o grande momento &ndash; AQUELE MOMENTO &ndash; &eacute; inspirador.&rdquo;
<blockquote class="twitter-tweet">
Christopher Nolan&rsquo;s <a href="https://twitter.com/hashtag/Oppenheimer?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Oppenheimer</a> is truly a spectacular achievement, in its truthful, concise adaptation, inventive storytelling and nuanced performances from Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Matt Damon and the many, many others involved &mdash;- some just for a scene.
&mdash; Lindsey Bahr (@ldbahr) <a href="https://twitter.com/ldbahr/status/1678880414331465730?ref_src=twsrc%5Etfw">July 11, 2023</a></blockquote>

Matt Maytum, editor do portal Total Film, disse que o longa o deixou &ldquo;atordoado&rdquo;. &ldquo;&Eacute; um estudo de personagem em grande escala, com atua&ccedil;&atilde;o central sublime de Cillian Murphy. Um drama hist&oacute;rico &eacute;pico, mas com uma sensibilidade distintamente Nolan: a tens&atilde;o, estrutura, design de som surpreendente, visuais not&aacute;veis."
<blockquote class="twitter-tweet">
<a href="https://twitter.com/hashtag/Oppenheimer?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Oppenheimer</a> left me stunned: a character study on the grandest scale, with a sublime central performance by Cillian Murphy. An epic historical drama but with a distinctly Nolan sensibility: the tension, structure, sense of scale, startling sound design, remarkable visuals. Wow
&mdash; Matt Maytum (@mattmaytum) <a href="https://twitter.com/mattmaytum/status/1678867326236606465?ref_src=twsrc%5Etfw">July 11, 2023</a></blockquote>
"Oppenheimer &eacute; um dos melhores trabalhos de Nolan, sen&atilde;o o melhor. E isso vem de um grande admirador de Nolan. J&aacute; vi duas vezes. Cinema imersivo impec&aacute;vel da mais alta ordem", escreveu Josh Horowitz, apresentador de Happy Sad Confused. "Cillian Murphy consegue o papel que merece. Apaixonada pelo trabalho de Downey. Este exige nossa aten&ccedil;&atilde;o. Estou pronto para uma temporada completa de premia&ccedil;&otilde;es para Robert Downey Jr. Seu trabalho no filme &eacute; estelar e o lembrete que n&atilde;o precis&aacute;vamos de que ele &eacute; um de nossos melhores atores de cinema", disse.
<blockquote class="twitter-tweet">
OPPENHEIMER is one of if not Nolan&rsquo;s best work. And that comes from a huge Nolan admirer. I&rsquo;ve see it twice. Impeccable immersive filmmaking of the highest order. Cillian Murphy gets the role he deserves. In love with Downey&rsquo;s work. This one demands your attention.
&mdash; Josh Horowitz (@joshuahorowitz) <a href="https://twitter.com/joshuahorowitz/status/1678906431502688256?ref_src=twsrc%5Etfw">July 11, 2023</a></blockquote>

&ldquo;Estou dividido entre ser todo t&iacute;mido e misterioso sobre Oppenheimer e apenas sair e dizer que &eacute; um nocaute total que abriu meu c&eacute;rebro como um n&uacute;cleo de plut&ocirc;nio inquieto e me deixou chorando nos cr&eacute;ditos finais", contou Robbie Collin, cr&iacute;tico de cinema do Telegraph.
<blockquote class="twitter-tweet">
Am torn between being all coy and mysterious about Oppenheimer and just coming out and saying it&rsquo;s a total knockout that split my brain open like a twitchy plutonium nucleus and left me sobbing through the end credits like I can&rsquo;t even remember what else.
&mdash; Robbie Collin (@robbiereviews) <a href="https://twitter.com/robbiereviews/status/1678888929846521856?ref_src=twsrc%5Etfw">July 11, 2023</a></blockquote>
<h2>Um dos filmes mais aguardados do ano</h2>
Oppenheimer &eacute; baseado no livro American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, e acompanha o cientista e f&iacute;sico J. Robert Oppenheimer, que liderou o Projeto Manhattan, respons&aacute;vel pela cria&ccedil;&atilde;o da primeira bomba at&ocirc;mica, na Segunda Guerra Mundial.
Al&eacute;m de Cillian Murphy no papel principal, o longa conta com outros nomes de peso no elenco, incluindo Matt Damon, Robert Downey Jr., Emily Blunt, Florence Pugh, Benny Safdie, Michael Angarano, Josh Hartnett e Rami Malek.
Oppenheimer estreia nos cinemas brasileiros em 20 de julho e coincidir&aacute; com o <a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/265971-filme-barbie-banido-vietna-entenda-motivo.htm" target="_blank" title="Filme da Barbie &eacute; banido do Vietn&atilde;; entenda motivo">lan&ccedil;amento de Barbie</a>, outro filme bastante aguardado.&nbsp;

Reprodução/Universal

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Oppenheimer: primeiras críticas apontam filme mais 'impressionante de Christopher Nolan'

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Imagem de Barbie: primeiras reações da crítica pedem 'um Oscar para Ryan Gosling' no tecmundo

O filme da boneca mais famosa do mundo é um dos mais aguardados do ano; confira as primeiras reações da crítica sobre Barbie!

Na noite deste domingo (9), um grupo seleto de cr&iacute;ticos de cinema conseguiu assistir ao aguardado filme Barbie, durante a premiere mundial em Los Angeles. Com estreia marcada apenas para o dia 20 de julho, o filme ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Isso porque as primeiras rea&ccedil;&otilde;es da cr&iacute;tica foram reveladas na internet e, ao que tudo indica, o longa&nbsp; deve superar as expectativas dos telespectadores. Entre os pontos positivos mais citados est&atilde;o as atua&ccedil;&otilde;es do elenco, em especial de Ryan Gosling, no papel do boneco Ken.
Confira abaixo as principais impress&otilde;es (sem spoilers) da cr&iacute;tica!
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/07/10/barbie-10092958227039.jpg" alt="Barbie" />As primeiras cr&iacute;ticas elogiam, principalmente, a atua&ccedil;&atilde;o de Ryan Gosling (Foto: Warner Bros./Reprodu&ccedil;&atilde;o)
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<li>Confira tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/265971-filme-barbie-banido-vietna-entenda-motivo.htm" target="_blank" title="Filme da Barbie &eacute; banido do Vietn&atilde;; entenda motivo">Filme da Barbie &eacute; banido do Vietn&atilde;; entenda motivo</a></li>
</ul>
<h2>Primeiras rea&ccedil;&otilde;es de Barbie</h2>
O rep&oacute;rter do ScreenRant, Joseph Deckelmeier, chamou o filme de "engra&ccedil;ado, bomb&aacute;stico e muito inteligente". Ele tamb&eacute;m elogiou as atua&ccedil;&otilde;es de Margot Robbie, Tyan Gosling e Simu Liu.
<blockquote class="twitter-tweet">
<a href="https://twitter.com/hashtag/Barbie?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Barbie</a> caught me off guard &amp; I mean that in the best way possible. It&rsquo;s funny, bombastic, &amp; very smart. Greta Gerwig aims for the fences &amp; hits a home-run. Margot Robbie&rsquo;s performance is great &amp; <a href="https://twitter.com/RyanGosling?ref_src=twsrc%5Etfw">@RyanGosling</a> &amp; <a href="https://twitter.com/SimuLiu?ref_src=twsrc%5Etfw">@SimuLiu</a> are pure entertainment! The whole cast is brilliant! <a href="https://t.co/oXH965aUIF">pic.twitter.com/oXH965aUIF</a>
&mdash; Joseph Deckelmeier (@joedeckelmeier) <a href="https://twitter.com/joedeckelmeier/status/1678252716479647745?ref_src=twsrc%5Etfw">July 10, 2023</a></blockquote>

Jamie Jirak, do Comic Book, contou que Barbie j&aacute; &eacute; o seu filme favorito do ano e que Ryan Gosling merece uma indica&ccedil;&atilde;o ao Oscar. "Barbie &eacute; atualmente meu filme favorito do ano. Greta Gerwig de alguma forma superou minhas expectativas. Ela aborda os pontos positivos e negativos da Barbie de forma t&atilde;o bonita. D&ecirc; a Ryan Gosling uma indica&ccedil;&atilde;o ao Oscar, estou falando s&eacute;rio!"
<blockquote class="twitter-tweet">
I can't officially quit Twitter before telling you all that <a href="https://twitter.com/hashtag/Barbie?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Barbie</a> is currently my favorite film of the year. Greta Gerwig somehow exceeded my expectations. She tackles the positives and negatives of Barbie so beautifully. Give Ryan Gosling an Oscar nomination, I'm dead serious!
&mdash; Jamie Jirak (@JamieCinematics) <a href="https://twitter.com/JamieCinematics/status/1678252810834710530?ref_src=twsrc%5Etfw">July 10, 2023</a></blockquote>

Sharronda Williams, do Rotten Tomatoes, tamb&eacute;m elogia a dupla principal, mas afirma que o roteiro parece 'inflado' em algumas partes da trama. "Ryan Gosling rouba a cena, entregando a maioria das risadas, enquanto a performance sincera de Margot Robbie vai transbordar seu cora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Embora eu tenha gostado da maior parte do filme, o roteiro parece inflado &agrave;s vezes"
<blockquote class="twitter-tweet">
<a href="https://twitter.com/hashtag/BarbieTheMovie?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#BarbieTheMovie</a> is witty, heartfelt, and downright fun at times. Ryan Gosling is a scene stealer delivering most of the laughs while Margot Robbie&rsquo;s heartfelt performance will tug at your heartstrings. While I enjoyed most of the film the screenplay feels bloated at times <a href="https://t.co/lepggZKZIX">pic.twitter.com/lepggZKZIX</a>
&mdash; Sharronda Williams (@payorwait) <a href="https://twitter.com/payorwait/status/1678263526647820288?ref_src=twsrc%5Etfw">July 10, 2023</a></blockquote>

A editora da Variety, Katcy Stephan, define o filme como &ldquo;perfei&ccedil;&atilde;o&rdquo;. &ldquo;Greta Gerwig oferece um coment&aacute;rio sutil sobre o que significa ser uma mulher em uma brincadeira engra&ccedil;ada e divertida. Todo o elenco brilha, especialmente Margot Robbie e Ryan Gosling em pap&eacute;is que eles claramente nasceram para interpretar.&rdquo;
<blockquote class="twitter-tweet">
<a href="https://twitter.com/hashtag/Barbie?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Barbie</a> is perfection. Greta Gerwig delivers a nuanced commentary on what it means to be a woman in a whimsical, wonderful and laugh-out-loud funny romp. The entire cast shines, especially Margot Robbie and Ryan Gosling in roles they were clearly born to play. ??
&mdash; Katcy Stephan (@katcystephan) <a href="https://twitter.com/katcystephan/status/1678263143531941888?ref_src=twsrc%5Etfw">July 10, 2023</a></blockquote>

J&aacute; o cr&iacute;tico do Collider, Perri Nemiroff, afirma que o filme deixou de lado personagens que mereciam mais tempo de tela. &ldquo;Acho que o filme serve especialmente bem &agrave; Barbie de Margot Robbie e sua jornada, mas h&aacute; outros personagens passando por arcos importantes que precisavam de mais tempo na tela para realmente se aprofundar e explorar ao m&aacute;ximo.&rdquo;
<blockquote class="twitter-tweet">
I have seen <a href="https://twitter.com/hashtag/Barbie?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Barbie</a>! The craftsmanship is incredible. In particular the costume &amp; production design includes next-level work that heavily contributes to creating the feeling that these truly are Barbies, their dream houses, and their worlds come to life. As for the story, that&rsquo;s&hellip; <a href="https://t.co/97r3sSodcw">pic.twitter.com/97r3sSodcw</a>
&mdash; Perri Nemiroff (@PNemiroff) <a href="https://twitter.com/PNemiroff/status/1678252798004133888?ref_src=twsrc%5Etfw">July 10, 2023</a></blockquote>

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<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/265956-barbie-the-witcher-principais-estreias-ver-streaming-no-cinema-julho.htm" target="_blank" title="Melhores lan&ccedil;amentos de filmes e s&eacute;ries no streaming e cinema em julho ">Melhores lan&ccedil;amentos de filmes e s&eacute;ries no streaming e cinema em julho</a></li>
</ul>
<h2>Mais sobre Barbie</h2>
Estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, Barbie conta com a dire&ccedil;&atilde;o de Greta Gerwig e roteiro co-escrito por Noah Baumbach (Hist&oacute;ria de um Casamento). No longa, acompanhamos a boneca deixando a Barbieland - o mundo m&aacute;gico e perfeito das Barbies - por n&atilde;o se encaixar mais no lugar. Em busca da verdadeira felicidade, ela viaja para o mundo real com Ken.
Al&eacute;m de Ryan Gosling e Margot Robbie, o elenco conta tamb&eacute;m com Will Ferrell, Dua Lipa, America Ferrera, Ariana Greenblatt, Ncuti Gatwa, Emma Mackey, Alexandra Shipp, Michael Cera, Issa Rae, Kingsley Ben-Adir, Rhea Perlman e Kate McKinnon.
Barbie estreia nos cinemas brasileiros em 20 de julho.

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Barbie: primeiras reações da crítica pedem 'um Oscar para Ryan Gosling'

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Imagem de Quanto "Dungeons and Dragons: Honra entre Rebeldes" roda no D20? [crítica] no tecmundo

'Dungeons and Dragons: Honra entre Rebeldes' foi lançado recentemente. Será que vale a pena assistir? Confira a visão de um Dungeon Master

Aten&ccedil;&atilde;o: esta cr&iacute;tica pode conter alguns spoilers. Cr&iacute;tica escrita por um Dungeon Master com mais de 20 anos de experi&ecirc;ncia em D&amp;D.
<ul>
<li>Nome: Honra entre rebeldes</li>
<li>Jogador:&nbsp;John Francis Daley e Jonathan Goldstein</li>
<li>Classe: Filme do ano</li>
<li>For&ccedil;a: 15</li>
<li>Agilidade: 10</li>
<li>Intelig&ecirc;ncia: 12</li>
<li>Carisma: 20</li>
<li>Talentos: Chris Pine e Michele Rodr&iacute;guez</li>
<li>Fraquezas: n&atilde;o credita os criadores de D&amp;D, nem o Criador de Forgotten Realms por suas contribui&ccedil;&otilde;es ao filme</li>
<li>Hist&oacute;ria:&nbsp;</li>
</ul>
"Dungeons and Dragons: Honra entre Rebeldes" chega aos cinemas trazendo um sopro de novidades, mas usando uma f&oacute;rmula conhecida: uma divertid&iacute;ssima com&eacute;dia de a&ccedil;&atilde;o. &Eacute; como se voc&ecirc; colocasse "A Princesa Prometida", "Piratas do Caribe" e "Guardi&otilde;es da Gal&aacute;xia" em um liquidificador e tirasse o melhor deles.
Os personagens n&atilde;o s&atilde;o her&oacute;is incr&iacute;veis que realizam feitos &eacute;picos, mas sim pessoas falhas que cometem v&aacute;rios erros, sendo um destes erros os respons&aacute;veis por toda a trama do filme.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/08/d-08152351991002.jpg" alt="D&amp;D" />Reprodu&ccedil;&atilde;o/Paramount
Chris Pine oferece todo seu carisma e simpatia no papel de um Harpista (uma das guildas explicadas no filme), que brilha ao lado da incr&iacute;vel Michele Rodriguez, uma b&aacute;rbara com um grande cora&ccedil;&atilde;o &mdash; e for&ccedil;a maior ainda.
Destaque tamb&eacute;m para Sophia Lillis, como Doric, uma druidesa &mdash; pois &eacute;, a palavra parece mesmo estranha &mdash; com a capacidade de assumir a forma de v&aacute;rias criaturas.&nbsp; Isso coloca a personagem em uma das cenas de fuga mais espetaculares do filme,&nbsp; que ainda a coloca na trupe protagonista por um dos mais nobres objetivos.
Alguns f&atilde;s do RPG podem torcer o nariz para algumas flex&otilde;es das regras em rela&ccedil;&atilde;o ao que mostra o filme, mas essas pequenas adapta&ccedil;&otilde;es ajudam a deixar o filme mais interessante. Se voc&ecirc; j&aacute; jogou, pense nisso tentando ver os roteiristas como um Dungeon Master generoso.
E falando em Dungeon Master, ou "Mestre dos Magos" como foi traduzido no Brasil para uma certa anima&ccedil;&atilde;o que muitos amam e guardam com carinho... A resposta para sua pergunta &eacute; "sim", nossos jovens aventureiros de Caverna do Drag&atilde;o fazem uma r&aacute;pida apari&ccedil;&atilde;o no filme.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/08/d-08152520192003.jpg" alt="D&amp;D" />Reprodu&ccedil;&atilde;o/Paramount
Isso foi revelado nos trailers, mas &eacute; importante notar que algumas coisas ainda foram guardadas para a telona. Para os que j&aacute; conhecem Forgotten Realms &mdash; o universo criado por Ed Greenwood, e onde se passa o filme &mdash; algumas localiza&ccedil;&otilde;es e personagens ficaram muito bem representadas. Inclusive, &eacute; bem legal&nbsp;ver como um certo personagem muito famoso dos Reinos Esquecidos se apresentou durante o filme.
E se voc&ecirc; acha que o trailer entregou tudo sobre o filme, fico feliz em informar que n&atilde;o. Desde a trama do filme em si at&eacute; a esperada batalha final, tudo ficou muito bem escondido para o momento certo, seja com o urso coruja, seja com o imenso Drag&atilde;o Vermelho que j&aacute; vimos.
"Dungeons &amp; Dragons: Honra Entre Rebeldes"&nbsp;conta tamb&eacute;m com v&aacute;rios efeitos pr&aacute;ticos, alguns muito bons, mas alguns meio toscos. Uma cena especifica onde aparecem personagem que pertencem a um povo-gato ficou com cara de TV Colosso de baixo or&ccedil;amento, mas como o filme n&atilde;o se prop&otilde;e a ser um &eacute;pico s&eacute;rio demais, isso pode n&atilde;o ser considerado um dem&eacute;rito.
Apesar de ser um filme que segue uma receita bem conhecida atualmente para filmes de equipe, "Dungeons &amp; Dragons: Honra Entre Rebeldes" &eacute; um filme divertido, com personagens interessantes, um mundo vivo, variado e colorido, onde voc&ecirc; pode se permitir rir e se emocionar, assim como se conectar a esse simp&aacute;tico grupo de aventureiros.
Se fosse dar uma nota, seria facilmente 9/10.
Eduardo Augusto Witkoski &eacute;&nbsp;Ranger N&iacute;vel 4/Dungeon Master N&iacute;vel 20,&nbsp;Podcaster aficionado por Cinema, RPG e quadrinhos.&nbsp;Sonha em conhecer a SDCC.

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Quanto 'Dungeons and Dragons: Honra entre Rebeldes' rola no D20? [crítica]

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Imagem de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo mereceu o Oscar? Veja crítica no tecmundo

Vencedor de vários prêmios, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo explora a ideia de universos paralelos a partir de uma família de imigrantes chineses.

Talvez voc&ecirc; j&aacute; esteja cansado de ouvir sobre o &ldquo;multiverso&rdquo;, que &eacute; nos oferecido nas mat&eacute;rias de tecnologia como uma novidade capaz de mudar nossas vidas. Afinal, pelo menos desde <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/231059-matrix-impacto-filmes-cultura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matrix</a>, de 1999, a ideia da exist&ecirc;ncia de um universo paralelo ao nosso &ndash; em que viver&iacute;amos de maneira alienada e cega, enquanto a verdade estaria "l&aacute; fora" &ndash; tem nos seduzido ou, por vezes, soado aos nossos ouvidos como uma grande bobagem.
Mas que tal falar dessas realidades paralelas dentro de uma com&eacute;dia? De alguma forma, &eacute; isto que acontece em&nbsp;Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo,&nbsp;vencedor do <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/261616-oscar-2023-confira-lista-completa-vencedores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oscar de Melhor Filme</a> e mais estatuetas durante a premia&ccedil;&atilde;o. Trata-se de uma obra que alcan&ccedil;a aquilo que, muitas vezes, &eacute; o objetivo dos seus realizadores: consegue angariar f&atilde;s e haters na mesma medida.
Dirigido por Daniel Kwan e Daniel Scheinert (dupla que assina como &ldquo;The Daniels&rdquo;), o filme transita entre g&ecirc;neros (est&aacute; dentro da com&eacute;dia, mas tamb&eacute;m da fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e no nicho de aventura) para nos contar a hist&oacute;ria de Evelyn Wang (Michelle Yeoh). Ela &eacute; uma imigrante chinesa nos Estados Unidos que, ao lado do marido, Waymond (Ke Huy Quan), toca um neg&oacute;cio: uma pequena lavanderia que, pelo que entendemos, n&atilde;o est&aacute; indo muito bem das pernas.
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259884-onde-assistir-tudo-lugar-mesmo-tempo-sucesso-oscar-2023.htm" target="_blank" title="Onde assistir Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, sucesso do Oscar 2023">Onde assistir Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, sucesso do Oscar 2023</a></li>
</ul>
Mas esse n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico problema de sua vida. Seu casamento est&aacute; indo para o ralo e o marido, um sujeito bem mais simp&aacute;tico e relaxado que ela, est&aacute; prestes a pedir o divorcio. Ela n&atilde;o aceita bem a homossexualidade da filha, Joy (Stephanie Hsu), e se preocupa com a rea&ccedil;&atilde;o de seu pai, Gong Gong (o veterano James Hong), quando descobrir que ela tem uma namorada.
Mas a cereja do bolo, que iniciar&aacute; a trama, &eacute; que a lavanderia do casal Wang est&aacute; prestes a cair na malha fina da Receita Federal, por ter declarado a compra in&uacute;til de um karaok&ecirc; em seu neg&oacute;cio. Quando est&atilde;o &agrave; frente da fiscal da Receita (vivida por Jamie Lee Curtis, em um papel &ndash; ou pap&eacute;is? &ndash; hil&aacute;rio), Evelyn est&aacute; prestes a ter um surto: ela simplesmente n&atilde;o aguenta mais lidar com tudo isso.
Se o filme seguisse o caminho do estouro da crise de Evelyn, talvez estiv&eacute;ssemos diante de uma nova vers&atilde;o de Um Dia de C&atilde;o (cl&aacute;ssico de Sidney Lumet de 1975). Mas os Daniels resolvem trilhar para um lugar bem mais estranho: o tal do multiverso &ndash; ou, como vemos no filme, o Alfaverso.
Este universo se abre quando Evelyn se depara com uma outra vers&atilde;o do seu marido Waymond, que &eacute; bem diferente do original: ao inv&eacute;s de doce e passivo, este &eacute; inteligente, engenhoso e capaz de lutar como um mestre de kung fu&nbsp;(usando apenas uma pochete com um chaveiro pendurado!). E Waymond veio trazer uma mensagem importante: o mundo est&aacute; amea&ccedil;ado por um agente do caos chamado Jobu Tupaki &ndash; que &eacute; ningu&eacute;m menos que Joy, a filha do casal.
<h2>Tudo ao mesmo tempo</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kULcXm9V7aY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Se este resumo pareceu confuso demais para voc&ecirc;, n&atilde;o se assuste: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo &eacute; mais uma obra para ser fru&iacute;da do que para ser entendida. O que temos em m&atilde;os &eacute; um filme que tenta se equilibrar entre cenas de a&ccedil;&atilde;o pouco cr&iacute;veis (talvez haja aqui alguma remiss&atilde;o a <a href="https://www.tecmundo.com.br/cinema/63817-lancamento-simultaneo-tigre-o-dragao-rejeitado-industria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Tigre e o Drag&atilde;o</a>, filme de luta de Ang Lee que Michelle Yeoh estrelou em 2000), tiradas c&ocirc;micas (como o momento em que plugs anais servem como chave de acesso ao multiverso) e uma hist&oacute;ria comovente envolvendo uma fam&iacute;lia de imigrantes.
De fato, pode-se dizer que &ldquo;tudo ao mesmo tempo&rdquo; &eacute; um &oacute;timo t&iacute;tulo para um filme fren&eacute;tico em que n&atilde;o h&aacute; muito tempo para respirar &ndash; o que, por outro lado, o torna cansativo em v&aacute;rios momentos, al&eacute;m de um pouco mais longo do que poderia ser.
Para quem estiver disposto a encarar essa jornada, o filme traz 2 horas e meia de divers&atilde;o leve &ndash; embora talvez ela n&atilde;o reste na mem&oacute;ria muito tempo depois. Mas h&aacute; um fundo filos&oacute;fico que pode agradar aqueles que colocaram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260408-teoria-caos-impacta-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Efeito Borboleta</a> (aquele de 2004, com Ashton Kutscher) na lista de seus filmes favoritos.
A l&oacute;gica &eacute; semelhante: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo explora a ideia de que qualquer a&ccedil;&atilde;o pequena (como o bater de asas de uma borboleta) &eacute; capaz de modificar o futuro. No Alfaverso, Evelyn tem a oportunidade de visitar as outras realidades em que ela poderia ter existido.
Quase todas s&atilde;o hil&aacute;rias: em uma, ela &eacute; uma estrela do cinema especializada em filmes de kung fu; noutra, &eacute; uma cozinheira que denuncia um colega que conta com a ajuda de um guaxinim escondido em seu chap&eacute;u de chef, a la <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/160347-25-personagens-mais-emblematicos-da-pixar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ratatouille</a>; em mais uma, ela vive em um mundo em que as pessoas t&ecirc;m salsichas no lugar dos dedos.
N&atilde;o faz nenhum sentido, certo? Outra pergunta plaus&iacute;vel seria: precisa? Talvez nesta despretens&atilde;o esteja justamente a gra&ccedil;a do filme dos Daniels.
<h2>Performances marcantes</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/12/12095215291006.jpg" alt="" />
Mas se d&aacute; para dizer que h&aacute; algo memor&aacute;vel em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, colocaria aqui o desempenho dos atores principais. Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Stephanie Hsu encaram com muita compet&ecirc;ncia pap&eacute;is que exigem muito deles: seriedade no drama, dinamismo nas cenas de a&ccedil;&atilde;o e (o mais dif&iacute;cil) leveza para entregar o humor.
Todos est&atilde;o &oacute;timos &ndash; n&atilde;o por acaso, foram indicados ao Oscar. Mas penso que o brilho central est&aacute; em Joy, a multifacetada filha vivida por Stephanie Hsu de forma estupenda. A personagem tem bastante densidade ao evidenciar os conflitos geracionais entre uma mo&ccedil;a que quer seguir seus caminhos, mas que &eacute; pressionada (mesmo de forma velada) a obedecer &agrave;s &ldquo;tradi&ccedil;&otilde;es&rdquo; de seus ancestrais.
&Eacute; esse drama que parece dar &agrave; luz o &ldquo;monstro&rdquo; Jobu Tupaki &ndash; que, provavelmente, tem a fun&ccedil;&atilde;o de encarnar todos os medos que cercam esses imigrantes. O fascinante Jobu, com seus figurinos maravilhosos, &eacute;, ao meu ver, a atra&ccedil;&atilde;o principal desse filme/ game.
Em resumo: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo &eacute; uma divers&atilde;o de primeira para quem conseguir mergulhar nessa obra maluca e apenas aproveitar as cenas. Para quem esperar genialidade, talvez saia com alguma frustra&ccedil;&atilde;o.

Amazon Prime

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Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo mereceu o Oscar? Veja crítica

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Imagem de M3GAN é terror e galhofa na medida certa (Crítica) no tecmundo

O filme sobre a boneca robô sabe bem como fazer o expectador rir e ficar intimidado com sua violência Confira nossa crítica

<head></head><body>Fazer filmes com bonecos assassinos não é uma temática nova em Hollywood. Na verdade, desde o primeiro filme da franquia Anabelle,&nbsp;o cinema de terror não se empolgava tanto com uma produção desse naipe como no recente M3GAN, mesmo que nos últimos dois anos a série de Chucky tenha sido muito elogiada - e com razão.Mas vale a pena investir seu tempo e dinheiro para assistir o filme da nova boneca do terror no cinema? Confira nossa crítica do longa-metragem, que está em cartaz atualmente no Brasil.<h2>Uma trama comum</h2>Ao passo que abraça o horror galhofa, M3GAN ainda consegue se manter um pouco mais "pé no chão", se é que isso é possível. Afinal de contas, a temática principal desses filmes são bonecos assassinos repletos de sarcasmo.No filme, a pequena Cady (Violet McGraw) se torna órfã após sofrer um acidente de carro com seus pais. Após o incidente, sua tia Gemma (Allison Williams), assume a guarda da criança e tenta trazer normalidade para a menina enquanto precisa focar em seu trabalho. A personagem de Williams atua como uma roboticista, desenvolvendo brinquedos de ponta para uma grande empresa.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259409-m3gan-robo-filme-tornar-real-especialistas-opinam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">M3GAN: robô do filme poderá se tornar real? Especialistas opinam </a></li></ul>Nesse meio tempo, ao tentar conciliar sua vida como responsável pela menina, Gemma vê a oportunidade de colocar um projeto ambicioso em prática: dar um androide super avançado, equipado com uma poderosa Inteligência Artificial, chamando o produto de M3GAN (utilizando movimentos da atriz Amie Donald) para cuidar e proteger Cady. Nem é preciso dizer que as coisas fogem do controle: o robô se torna uma máquina de matar impiedosa.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/01/25/25010650561002.jpg" alt="Nada é tão adorável quanto uma criança inocente e um robô psicopata.">Nada é tão adorável quanto uma criança inocente e um robô psicopata.Olhando por essa perspectiva, M3GAN não parece ser nada demais — e de fato, não é. O roteiro se debruça por arquétipos clássicos do terror, trazendo os conceitos tecnológicos mais recentes para se apoiar. A grande sacada do longa é que a escrita e a direção funcionam tão bem, que dão o ritmo certo para o filme funcionar. M3GAN não tenta inovar como uma produção nunca antes vista sobre bonecos assassinos, pelo contrário,&nbsp;repete fórmulas que deram certo e abraça a tosqueira por completo.<h2>A galhofa recente de James Wan e Akela Cooper</h2>Todo esse funcionamento tem uma explicação muito simples: James Wan e Akela Cooper. Wan já é amplamente conhecido por ter criado as franquias Jogos Mortais, Invocação do Mal e Supernatural, ou seja, não é difícil de dizer que o diretor é "a cara" do terror da última década. Por outro lado, Cooper só ganhou mais notoriedade nos últimos anos ao escrever, ao lado de Wan, o roteiro de Maligno - um dos <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/225078-maligno-james-wan-diz-filme-versao-terror-frozen.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melhores filmes de terror</a> dos últimos anos.<ul><li style="font-weight: bold;"><a href="http://M3GAN%3A%206%20filmes%20com%20IAs%20violentas%20para%20ver%20enquanto%20aguarda%20a%20estreia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">M3GAN: 6 filmes com IAs violentas para ver enquanto aguarda a estreia</a></li></ul>Com uma dupla de roteiristas já em sintonia para criar um enrendo totalmente galhofa, M3GAN não tem medo ser irreverente, contar piadas idiotas, e agir com a falta de senso de vergonha alheia na maior parte do tempo. O filme certamente ainda tenta atingir um tom mais sério nos primeiro ato, quando a relação entre Gemma e Cady está sendo construída. Porém, assim que a androide é apresentada ao público, o filme vira a chave.Com 1h42 de duração, a história consegue ser contada sem muitas pontas desnecessárias, embora toda a apresentação da robô seja um tanto quanto longa. Com todo esse tempo de filme, a "ação" só começa lá para os 50 minutos, mas não pense que toda essa minutagem é sem graça.<h2>M3GAN se equilibra com um humor sarcástico</h2>Desde os trailers, um dos principais, senão o principal ponto de M3GAN, é o senso de humor que a androide tem, desde as dancinhas até as respostas ácidas. Quando o filme não está mostrando mortes, o longa acompanha a parte caricata da vilã e isso, mais do que os assassinatos, dá graça para a experiência do expectador, da mesma maneira que os diálogos bestas do Chucky servem como um combustível para o filme ser tão divertido.No entanto, é bom alertar. M3GAN não é e nem finge ser um terror como Anabelle ou até Chucky, embora as comparações sejam inevitáveis. Jumpscares, mortes horrendas, violência mais explicita, sangue jorrando e tripas não aparecem no filme. Esses componentes não aparecem justamente por essa não ser a proposta do título dirigido por Gerard Johnstone. Para gostar de M3GAN é preciso, primeiro, comprar a proposta de um filme de terror que não pretende se levar a sério.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/01/25/25011009024006.jpg" alt="Gerard Johnstone deve ganhar mais notoriedade com M3GAN, enquanto a roteirista Akela Cooper já parece pensar em uma sequência.">Gerard Johnstone deve ganhar mais notoriedade com M3GAN, enquanto a roteirista Akela Cooper já parece pensar em uma sequência.Johnstone não faz um trabalho incrível, é preciso enfatizar. Mas o cineasta ainda consegue fazer o necessário para que a filmagem e as atuações sejam bem feitas ao ponto do filme não parecer ridículo demais, nem realista demais. A boneca M3GAN até chega a trazer uma discussão sobre como a tecnologia pode substituir o papel dos pais nos cuidados das crianças, com a direção e o roteiro apontando para esse debate em alguns momentos, mas a tônica do filme não se prende a isso e rapidamente a pauta é esquecida.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/01/25/25010832959004.jpg" alt="Cena da dancinha não empolga tanto, mas ainda é uma sequência bem divertida.">Cena da dancinha não empolga tanto, mas ainda é uma sequência bem divertida.Mesmo que seja repleto de acertos, M3GAN deixa a desejar nas mortes, e é possível sentir que cortes foram feitos para suavizar o longa. Inclusive, a página do IMBd aponta que a contagem de corpos final seria maior, mas o estúdio precisou tirar cenas por conta da classificação indicativa. M3GAN não tem nenhum grande assassinato memorável, mas diverte com o que tem. A escrita caricata e sarcástica da androide é o ponto de equilíbrio para essa falta de sangue.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/259445-m3gan-2-0-sequencia-confirmada-janeiro-2025.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">M3GAN 2.0: sequência é confirmada para Janeiro de 2025</a></li></ul>Infelizmente, o marketing do filme acabou entregando as principais cenas do título, como a dancinha, que é uma cena bem mais curta do que eu esperava. É entendível o motivo pela qual Universal Pictures e a Blumhouse tomaram essa decisão, já que vender um filme de terror sobre uma boneca assassina em 2023 não deve ser tão simples. Porém, aparentemente a tática deu certo, já que o longa soma mais de US$ 100 milhões de bilheteria mundial, com um custo de apenas US$ 12 milhões.<h2>Vale a pena assistir?</h2>Com boas atuações, uma direção concisa, terror e galhofa equilibrados e um roteiro que sabe bem até onde ir, M3GAN é uma grata surpresa para começar 2023. O filme é um prato cheio para quem ama um bom terror besta, e é uma excelente opção para ir ao cinema pela primeira vez neste ano.</body>

Universal/reprodução

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M3GAN é terror e galhofa na medida certa (Crítica)

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Imagem de Aladdin: música icônica do filme foi inspirada em Superman no tecmundo

Aladdin, um dos filmes mais lembrados da Disney, teve uma de suas músicas inspiradas no filme Superman; entenda!

Quando o assunto é filmes clássicos da Disney, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/144391-aladdin-4-filme-bater-marca-us-1-bilhao-mundialmente-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aladdin</a>, certamente, está na conversa. Lançada em 1992, a animação está completando 30 anos em 2022 e marcou uma geração inteira de jovens, que até hoje se lembram de seus personagens icônicos, como a Princesa Jasmine, o Gênio, o macaco Abu e, claro, o protagonista Aladdin.Porém, além de figuras inesquecíveis, a obra está recheada de canções incríveis, que ainda são muito celebradas pelos fãs em todo o mundo. Mas você sabia que uma dessas músicas foi inspirada no filme Superman, de 1978?<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/150286-aladdin-disney-trabalhando-sequencia-live-action.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aladdin: Disney já está trabalhando na sequência do live-action</a></li></ul>Quem revelou a curiosidade foi John Musker, um dos diretores da animação Aladdin&nbsp;ao lado de Ron Clements. Em entrevista ao Yahoo! Movies, ele disse que a composição "A Whole New World", criada por Alan Menken e Tim Rice, tentou capturar uma cena romântica de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/253907-super-homem-henry-cavill-quer-planos-longos-personagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Superman</a>, na qual o herói (Christopher Reeve) leva Lois Lane (Margot Kidder) em um encontro maravilhoso.&nbsp;Para entender melhor, precisamos lembrar da cena em que "A Whole New World" surge em Aladdin. Na obra da Disney, a música toca no momento em que Aladdin tenta conquistar Jasmine e a leva em um passeio em seu tapete mágico, mostrando a ela diferentes paisagens. "Nós queríamos um encontro musicalizado e fantástico, no qual Aladdin leva Jasmine para voar em seu tapete", disse Musker.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eitDnP0_83k" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ou seja, com a explicação do artista, fica notório como os elementos da cena de Aladdin&nbsp;e da sequência de Superman&nbsp;são bem similares: o herói tenta conquistar sua amada e a leva para voar, apresentando visões encantadoras.&nbsp;Inclusive, é nessa parte da animação que Jasmine passa a enxergar Aladdin com mais ternura e carinho. O mesmo acontece na produção do Homem de Aço, já que Lois cria ainda mais admiração pelo herói após o passeio.&nbsp;Por fim, o diretor também mencionou o impacto de "A Whole New World" após 30 anos. "Nós sabíamos que 'A Whole New World' se tornaria um sucesso pelos próximos 30 anos? Não, mas parabéns a Alan e Tim. [A canção] passou no teste do tempo e se tornou uma parte da fábrica do teatro musical norte-americano", concluiu.A música chegou a vencer um Oscar por Melhor Canção Original na época e foi performada novamente no filme live-action de Aladdin, de 2019.

Disney

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Aladdin: música icônica do filme foi inspirada em Superman

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Imagem de O Predador: A Caçada (Prey) é um bom filme mesmo? (Análise e crítica) no tecmundo

Assistir O Predador: A Caçada (Prey), quinto filme da franquia, é uma experiência empolgante e surpreendente; veja análise e crítica! 

J&aacute; vou come&ccedil;ar dizendo que, se voc&ecirc; &eacute; f&atilde; da franquia O&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/243543-predador-filmes-melhor-pior-ranking.htm" target="_blank" title="Predador: todos os filmes do melhor ao pior (ranking)">Predador</a> e meio que j&aacute; tinha desistido dela depois do lan&ccedil;amento do mediano O Predador, filme de 2018, n&atilde;o desanime, pois ainda h&aacute; esperan&ccedil;a!
E essa luz no fim do t&uacute;nel come&ccedil;ou recentemente, com o lan&ccedil;amento de O Predador: A Ca&ccedil;ada (Prey), quinto <a href="http://www.tecmundo.com.br/filmes/" target="_blank" title="Filmes">filme</a> da franquia e que estreou em julho de 2022 diretamente no <a href="http://www.tecmundo.com.br/hulu/" target="_blank" title="Hulu">Hulu</a>, nos Estados Unidos, e no <a href="http://www.tecmundo.com.br/star-/" target="_blank" title="Star+">Star+</a>, no Brasil.
Pois &eacute;, Prey n&atilde;o apenas faz justi&ccedil;a &agrave; franquia e se apresenta como o melhor filme da s&eacute;rie desde o original, lan&ccedil;ado em 1987, como nos mostra que ainda h&aacute;, sim, boas hist&oacute;rias para serem exploradas dentro do universo de O Predador.
Neste v&iacute;deo/texto, portanto, fa&ccedil;o uma an&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica completa de O Predador: A Ca&ccedil;ada e conto tudo sobre esse baita <a href="http://www.tecmundo.com.br/lancamentos/" target="_blank" title="Lan&ccedil;amentos">lan&ccedil;amento</a> de 2022!
&gt;&gt;&gt; ASSISTA:
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/cE9ejqdVuw4?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2 dir="ltr">O que &eacute; O Predador: A Ca&ccedil;ada? (SEM SPOILERS)</h2>
Sem mais delongas, vamos come&ccedil;ar a falar de O Predador: A Ca&ccedil;ada, novo filme dessa franquia ic&ocirc;nica do <a href="http://www.tecmundo.com.br/cinema/" target="_blank" title="Cinema">cinema</a>, que foi dirigido por Dan Trachtenberg e roteirizado por Patrick Aison.&nbsp;
Para quem n&atilde;o sabe, a obra n&atilde;o foi para o cinema, mas, sim, lan&ccedil;ada diretamente no <a href="http://www.tecmundo.com.br/streaming/" target="_blank" title="Streaming">streaming</a>. Mas isso n&atilde;o impediu que Prey fizesse um sucesso bem grande entre os f&atilde;s e cr&iacute;ticos. Muito pelo contr&aacute;rio.
De acordo com o pr&oacute;prio Hulu, que &eacute; um dos servi&ccedil;os de streaming da Disney e a plataforma na qual o filme estreou nos Estados Unidos, O Predador: A Ca&ccedil;ada foi o maior lan&ccedil;amento da hist&oacute;ria do canal em termos de audi&ecirc;ncia.&nbsp;&nbsp;
E, apesar de a Disney n&atilde;o liberar o n&uacute;mero exato de quantas pessoas assistiram o longa desde sua chegada, d&aacute; para imaginar, obviamente, que o evento foi algo bem acima da m&eacute;dia e at&eacute; do esperado.&nbsp;
Isso, claro, se estende tamb&eacute;m aqui para o Brasil, j&aacute; que o filme estreou na mesma data em terras verde e amarelas, s&oacute; que no Star+, outro servi&ccedil;o de streaming da Disney e lar de produ&ccedil;&otilde;es do Hulu.
Todavia, mais do que apenas apresentar bons n&uacute;meros de audi&ecirc;ncia, O Predador: A Ca&ccedil;ada tamb&eacute;m parece ter agradado bastante os f&atilde;s da franquia, que s&atilde;o bem exigentes.&nbsp;
Ent&atilde;o, a pergunta que fica &eacute;: ser&aacute; que Prey &eacute; tudo isso mesmo, hein?&nbsp;
Bem, antes de eu te contar o que eu achei do filme e fazer aquela famosa an&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica, vamos responder &agrave;quela perguntinha b&aacute;sica: Jean, o que &eacute; esse tal de O Predador: A Ca&ccedil;ada, afinal de contas?
<h3 dir="ltr">Trama de O Predador: A Ca&ccedil;ada (Prey)</h3>
Pois bem, O Predador: A Ca&ccedil;ada se passa no comecinho dos anos 1700, em 1719, para ser mais exato, e acompanha a vida da tribo Comanche, que conta com uma jovem guerreira e ca&ccedil;adora em forma&ccedil;&atilde;o, chamada Naru.
No filme, Naru, que &eacute; a protagonista da hist&oacute;ria, batalha contra os costumes da pr&oacute;pria tribo em que nasceu, j&aacute; que, por ser mulher, todos esperam que ela assuma uma figura mais passiva dentro daquele universo, cuidando dos demais, fazendo rem&eacute;dios, cozinhando, etc.
Mas o grande sonho de Naru, na verdade, &eacute; ser uma brava guerreira e ca&ccedil;adora, papel que, na trama, &eacute; destinado exclusivamente aos homens da tribo.&nbsp;
Inclusive, o irm&atilde;o de Naru, Taabe, &eacute; um dos grandes guerreiros do povo Comanche e um cara super celebrado dentro de seu mundo devido &agrave;s suas habilidades.
S&oacute; que Naru n&atilde;o deixa barato, n&atilde;o, e treina diariamente para se tornar a guerreira que ela tanto sonha em ser, mesmo que isso atraia alguns olhares tortos de seus semelhantes.&nbsp;
Nesse cen&aacute;rio, o irm&atilde;o dela &eacute; quem mais a ajuda em sua miss&atilde;o, at&eacute; defendendo a jovem em muitos momentos dos demais homens e ca&ccedil;adores da tribo, que acham que ela n&atilde;o deveria estar entre eles.
E n&atilde;o que Naru precise de prote&ccedil;&atilde;o, porque o filme deixa bem claro que ela sabe se virar muito bem sozinha e que n&atilde;o desistir&aacute; de ser exatamente o que quer ser.
E eis que, de repente, em meio a tudo isso, o maior desafio que a Naru e a tribo Comanche j&aacute; viram d&aacute; as caras na selva.&nbsp;
Sim, &eacute; o Predador, que chega para uma nova ca&ccedil;ada.&nbsp;&nbsp;
Mas a &uacute;nica pessoa que percebe a chegada desse ser estranho &eacute; justamente Naru. Porque, at&eacute; ent&atilde;o, todos acreditavam que as mortes que come&ccedil;am a aparecer na regi&atilde;o, tanto de pessoas quanto de animais, seriam obra de um le&atilde;o ou de algum outro animal de grande porte.&nbsp;
E adivinha quem vai atr&aacute;s das respostas? Sim, ela novamente, Naru, acompanhada de seu cachorro, Sarii, que a ajuda nessa busca pelo temido extraterrestre assassino.
A partir da&iacute;, com todo o povo Comanche em perigo, Naru precisa n&atilde;o apenas quebrar as tradi&ccedil;&otilde;es da tribo e se tornar de vez uma grande ca&ccedil;adora, mas se provar perante um inimigo que &eacute; muito mais poderoso do que qualquer ser humano ou animal.&nbsp;
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/wZ7LytagKlc?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
ATEN&Ccedil;&Atilde;O: A PARTIR DE AGORA, ESTE TEXTO TER&Aacute; SPOILERS DO FILME O PREDADOR: A CA&Ccedil;ADA (PREY). N&Atilde;O CONTINUE SE VOC&Ecirc; AINDA N&Atilde;O ASSISTIU.
<h2 dir="ltr">An&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica de O Predador: A Ca&ccedil;ada (COM SPOILERS)</h2>
Bem, vamos come&ccedil;ar desconstruindo um pouco a narrativa de O Predador A Ca&ccedil;ada.
Primeiramente, a divis&atilde;o entre os tr&ecirc;s atos de Prey &eacute; bem definida e constru&iacute;da, com pontos de virada bem legais, especialmente o do primeiro para o segundo ato. Mas eu j&aacute; falo mais sobre ele.&nbsp;
Come&ccedil;ando, portanto, pelo primeiro ato, temos a famosa apresenta&ccedil;&atilde;o de universo, personagens e do problema. Aquela velha f&oacute;rmula que voc&ecirc; j&aacute; viu em centenas de outros filmes, mas que se faz necess&aacute;ria para situar o espectador.&nbsp;&nbsp;
J&aacute; de in&iacute;cio, somos inseridos dentro do universo da obra, que nos mostra um pouco da selva, da tribo e at&eacute; uma ca&ccedil;ada de Naru, o que j&aacute; estabelece, mesmo que timidamente, o ritmo e o tom de a&ccedil;&atilde;o de Prey, bem como os dons da protagonista.
Aqui, tamb&eacute;m j&aacute; entendemos os desafios de Naru, que quer se tornar uma grande guerreira e ca&ccedil;adora, apesar de toda a desaprova&ccedil;&atilde;o de sua tribo.
Ent&atilde;o, j&aacute; no primeiro ato, o filme coloca as cartas na mesa e revela alguns dos temas que se prop&otilde;e a discutir, como a quest&atilde;o de pap&eacute;is entre homens e mulheres, o que algu&eacute;m pode ou n&atilde;o fazer, como antigas tradi&ccedil;&otilde;es podem e precisam, sim, ser revistas, etc.&nbsp;
Al&eacute;m disso, a primeira parte de O Predador: A Ca&ccedil;ada tamb&eacute;m abrange a apresenta&ccedil;&atilde;o de outros personagens importantes para a trama, como Tabee e Sarii (ambos j&aacute; citados neste texto), bem como suas rela&ccedil;&otilde;es com a protagonista.
Tamb&eacute;m n&atilde;o podemos esquecer da apresenta&ccedil;&atilde;o do problema que a protagonista precisar&aacute; &ldquo;resolver&rdquo;, que atende pelo nome de Predador.
Nessa sequ&ecirc;ncia, gostei muito da virada para o segundo ato, que &eacute; representada pela cena em que Naru decide ir atr&aacute;s do Predador, que at&eacute; ent&atilde;o era desconhecido, e nada contra a corrente e &agrave;s descren&ccedil;as em rela&ccedil;&atilde;o a ela.&nbsp;
Isso &eacute; retratado de uma maneira muito interessante, com Naru caminhando na dire&ccedil;&atilde;o contr&aacute;ria &agrave; da fila de mulheres que segue para cumprir seus &ldquo;pap&eacute;is&rdquo; e desempenhar suas &ldquo;fun&ccedil;&otilde;es do dia&rdquo; logo pela manh&atilde;.
Uma clara alus&atilde;o &agrave; quebra de padr&atilde;o e de estere&oacute;tipo que o filme quer discutir, e uma forma de mostrar que, mais do que nunca, Naru est&aacute; pronta para ir atr&aacute;s daquilo que acredita.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/09/09/prey-09183808918393.jpg" alt="Prey" />O Predador: A Ca&ccedil;ada (Hulu/20th Century Studios)
Logo, partimos para o segundo ato, no qual Naru, finalmente, encontra o Predador, ou, melhor dizendo, descobre que o respons&aacute;vel por toda a matan&ccedil;a no local n&atilde;o &eacute; um animal, mas, sim, um ser bizarro, que ela acredita ser um monstro proveniente de algumas lendas da tribo Comanche.
Agora, a ca&ccedil;ada, que d&aacute; t&iacute;tulo ao filme, come&ccedil;a de vez.&nbsp;
E o que &eacute; legal no desenvolvimento da obra &eacute; que, ao mesmo tempo em que v&aacute;rios embates entre Predador e seres humanos (ou Predador e presas) come&ccedil;am a rolar, tamb&eacute;m vemos o crescimento de Naru.
Ou seja, enquanto as cenas mais sangrentas e instigantes de a&ccedil;&atilde;o est&atilde;o comendo soltas, o roteiro de Prey n&atilde;o esquece de mostrar como Naru est&aacute; amadurecendo e ficando cada vez mais pronta para enfrentar o Predador.&nbsp;
O que se d&aacute; na pr&aacute;tica, com ela inserida no meio da a&ccedil;&atilde;o, acompanhando de perto tudo o que est&aacute; acontecendo e, claro, tentando sobreviver.
Inclusive, ela assiste o Predador matar seu irm&atilde;o de camarote. O que &eacute; terr&iacute;vel, por um lado, mas configura um artif&iacute;cio de roteiro eficiente, que acaba servindo como uma virada de chave tanto para ela quanto para o terceiro ato do filme.
&Eacute; nesse ponto em que ela faz, de vez, a transi&ccedil;&atilde;o para seu modo ca&ccedil;adora, que tem muito mais a ver com intelig&ecirc;ncia do que com for&ccedil;a bruta.
Ali&aacute;s, esse &eacute; outro ponto muito bom do roteiro, que se preocupa em mostrar que a for&ccedil;a de um grande ca&ccedil;ador nem sempre vem do corpo, do f&iacute;sico, e que a mente, a esperteza e a intelig&ecirc;ncia tamb&eacute;m s&atilde;o essenciais para o sucesso.&nbsp;
Pensando nisso, h&aacute; algumas cenas que pintam muito bem essa ideia e a refor&ccedil;am ao longo da produ&ccedil;&atilde;o.
Por exemplo: a cena em que Naru est&aacute; ca&ccedil;ando pela primeira vez com o grupo de homens, e, gra&ccedil;as ao seu plano, Taabe consegue matar uma leoa, mesmo que Naru tenha falhado na execu&ccedil;&atilde;o anteriormente.
O pr&oacute;prio Taabe ressalta o ponto forte de Naru na cena em que ambos est&atilde;o amarrados ao tronco de uma &aacute;rvore, dizendo que ela sempre foi muito mais inteligente do que ele.&nbsp;
E &eacute; por causa dela, de novo, inclusive, que eles escapam.&nbsp;
No terceiro ato do filme, por fim, h&aacute; a grande batalha entre Naru e Predador.&nbsp;
Nesse ponto da narrativa, o roteiro de Prey j&aacute; deixou claro que o Predador n&atilde;o s&oacute; &eacute; extremamente forte, mas tamb&eacute;m gosta de criar estrat&eacute;gias para ca&ccedil;ar e tem armas muito mais letais do que seus advers&aacute;rios.
Ou seja, querer venc&ecirc;-lo em um embate franco, no um contra um, na base da for&ccedil;a bruta, &eacute; quase imposs&iacute;vel. Afinal, nem mesmo um urso gigantesco conseguiu essa proeza, muito menos o melhor ca&ccedil;ador do povo Comanche, que era o Taabe.
Naru, entendendo isso, se utiliza de sua arma mais letal, que &eacute; sua esperteza para ca&ccedil;ar, e cria um plano para tornar o Predador em presa.&nbsp;
Plano que d&aacute; muito certo e fecha o arco de Naru e do filme de uma maneira bem satisfat&oacute;ria, com a ca&ccedil;adora retornando para sua tribo com a cabe&ccedil;a decepada do Predador em m&atilde;os. Uma clara refer&ecirc;ncia aos cr&acirc;nios que o predador coleta como trof&eacute;us.&nbsp;
Agora, contudo, quem trouxe a ta&ccedil;a para casa foi Naru, que prova que n&atilde;o s&oacute; &eacute; capaz de ca&ccedil;ar, como de proteger a si mesma e a todos ao seu redor. 
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/09/09/prey-09183717849391.jpg" alt="Prey" />O Predador: A Ca&ccedil;ada (Hulu/20th Century Studios)
<h2 dir="ltr">Conclus&atilde;o&nbsp;</h2>
Resumindo o que eu achei de O Predador: A Ca&ccedil;ada (Prey): o filme &eacute; realmente o melhor desde o original, e faz bastante justi&ccedil;a a todo o hype que vem recebendo.
O roteiro, apesar de simples e bem direto, &eacute; desenvolvido de maneira competente, especialmente ao discutir algumas quest&otilde;es bem relevantes e apresentar uma protagonista interessante e com um excelente arco.
Boas cenas de a&ccedil;&atilde;o, boa dire&ccedil;&atilde;o, easter eggs, cachorro fofinho que n&atilde;o morre no final (ainda bem) e uma ponta de esperan&ccedil;a para essa franquia t&atilde;o celebrada.&nbsp;
Definitivamente, assistir O Predador: A Ca&ccedil;ada foi bem empolgante e eu espero que os pr&oacute;ximos filmes com o alien&iacute;gena sigam os acertos que esse teve.

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O Predador: A Caçada (Prey) é um bom filme mesmo? (Análise e crítica)

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Imagem de Marcas da Maldição: filme de terror da Netflix surpreende (Crítica) no tecmundo

Marcas da Maldição, filme de terror disponível na Netflix, intensifica nossos medos ao nos trazer para dentro da narrativa por meio de provocações; veja crítica!

Voc&ecirc; j&aacute; teve uma experi&ecirc;ncia na qual voc&ecirc; foi assistir um filme sem dar absolutamente nada para ele e acabou se surpreendendo? Foi exatamente isso o que aconteceu comigo quando eu assisti <a href="http://www.tecmundo.com.br/minha-serie/242554-marcas-maldicao-conheca-terror-asiatico-bombando-tiktok.htm" target="_blank" title="Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o: conhe&ccedil;a o filme de terror que est&aacute; bombando no TikTok">Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o</a>, novo&nbsp;filme de terror&nbsp;da <a href="http://www.tecmundo.com.br/netflix/" target="_blank" title="Netflix">Netflix</a>.
E, assim, n&atilde;o &eacute; que a obra seja a oitava maravilha do mundo ou o melhor filme de <a href="http://www.tecmundo.com.br/terror/" target="_blank" title="Terror">terror</a> dispon&iacute;vel no streaming, contudo, desde o in&iacute;cio, Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o te puxa para dentro de um universo muito aterrorizante atrav&eacute;s de algumas provoca&ccedil;&otilde;es narrativas e, no fim, se revela uma obra bem s&oacute;lida.
Uma confiss&atilde;o: Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o me deixou um pouco (muito) cabreiro para dormir depois. S&eacute;rio.
Ent&atilde;o, se voc&ecirc; &eacute; igual a mim e sempre reclama de que a Netflix nunca tem <a href="http://www.tecmundo.com.br/filmes/" target="_blank" title="Filmes">filmes</a> bons de terror para assistir, fique por aqui, porque Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o vai te deixar de cabelos em p&eacute;!
&gt;&gt;&gt; ASSISTA:
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<h2>O que &eacute; Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o? (SEM SPOILERS)</h2>
Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o, conhecido internacionalmente como Incantation, &eacute; um filme de terror de Taiwan que foi dirigido e coescrito por Kevin Ko.
Em Taiwan, a produ&ccedil;&atilde;o foi lan&ccedil;ada no primeiro semestre de 2022, no dia 18 de mar&ccedil;o, para ser mais exato. Por l&aacute;, se tornou o filme de terror taiwan&ecirc;s de maior bilheteria da hist&oacute;ria do pa&iacute;s, alcan&ccedil;ando um sucesso bem consider&aacute;vel.
O que chamou a aten&ccedil;&atilde;o da nossa querida Netflix, que, enfim, assumiu a distribui&ccedil;&atilde;o internacional do longa e o lan&ccedil;ou em seu streaming para o mundo todo em 8 de julho de 2022.
Agora, j&aacute; mergulhando de vez na produ&ccedil;&atilde;o, Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o &eacute; todo feito em um estilo de pseudodocument&aacute;rio (ou found footage, se preferir), em que algum personagem est&aacute; registrando tudo com uma c&acirc;mera de m&atilde;o, bem de pertinho. Algo que j&aacute; vimos em obras bem conhecidas de terror, inclusive, como A Bruxa de Blair e Atividade Paranormal, por exemplo.
E a hist&oacute;ria de Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o &eacute; a seguinte: tudo come&ccedil;a com a apresenta&ccedil;&atilde;o da protagonista, uma mulher de meia-idade chamada Ruo-Nan, que nos explica que quebrou um tabu religioso e que isso resultou em uma maldi&ccedil;&atilde;o terr&iacute;vel.
Por isso, ela pede para que n&oacute;s, espectadores, a ajudemos recitando uma ora&ccedil;&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o (bem assustadora, diga-se de passagem), ao mesmo tempo em que tamb&eacute;m devemos memorizar um s&iacute;mbolo ritual&iacute;stico (tamb&eacute;m assustador).
E s&oacute; a&iacute; voc&ecirc; j&aacute; est&aacute; grudado no teto, feito um gato, se perguntando por que, diabos, voc&ecirc; deu play nesse filme do capeta. Mas, tudo bem, seguimos&hellip;
Aos poucos, o filme nos mostra o desenrolar disso tudo, incluindo como esse tal tabu religioso foi quebrado e as consequ&ecirc;ncias da tal maldi&ccedil;&atilde;o na vida da Ruo-Nan.
Para isso, o longa utiliza duas linhas do tempo diferentes: uma no passado, que aconteceu h&aacute; 6 anos, quando a maldi&ccedil;&atilde;o tomou forma e se instaurou, e uma no presente, na qual vemos as poss&iacute;veis conclus&otilde;es desse epis&oacute;dio maligno.
No meio disso tudo, descobrimos que a Ruo-Nan tem uma filha pequena, chamada Dodo, que ela entregou para um orfanato assim que percebeu que estava amaldi&ccedil;oada. Ent&atilde;o, acompanhamos tamb&eacute;m o reencontro entre m&atilde;e e filha e uma poss&iacute;vel reconex&atilde;o entre as duas.
E isso s&oacute; acontece depois de a Ruo-Nan ter feito alguns bons anos de terapia e ter julgado segura a reaproxima&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que, neste ponto da narrativa, ela acredita que a maldi&ccedil;&atilde;o j&aacute; passou e que tudo ficou no passado.
Bem, n&atilde;o preciso nem dizer que a maldi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o passou coisa nenhuma, n&atilde;o &eacute; mesmo?
Pois &eacute;, assim que as duas se reencontram, v&aacute;rias coisas estranhas come&ccedil;am a acontecer, especialmente com a Dodo. E eis que, ent&atilde;o, a m&atilde;e, desesperada, logo se toca de que a maldi&ccedil;&atilde;o que ela desencadeou anos atr&aacute;s segue bem viva e pode afetar n&atilde;o apenas ela e sua filha, mas todos ao seu redor.
Mas sabe o que &eacute; mais louco nessa hist&oacute;ria toda e que eu s&oacute; descobri depois de ter assistido Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o? A obra foi inspirada em um caso real, que aconteceu em Taiwan.
Portanto, antes de prosseguirmos para a an&aacute;lise do filme, quero te contar um pouco sobre isso (se voc&ecirc; tiver coragem de ler). Bora?
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<h2>Caso real e assustador</h2>
Pois bem, depois de assistir Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o e fazer uma pesquisa b&aacute;sica sobre o filme, descobri que o criador do filme, Kevin Ko, se inspirou em um caso real para dar vida &agrave; obra.
De acordo com o que encontrei (o que n&atilde;o foi muito), o epis&oacute;dio que inspirou o filme aconteceu no distrito de Gushan, que fica em Taiwan, no ano de 2005.
Na &eacute;poca, uma fam&iacute;lia de seis pessoas afirmou que estava possu&iacute;da por v&aacute;rias entidades malignas ligadas ao folclore chin&ecirc;s. Em meio &agrave; tormenta, a fam&iacute;lia torturava uns aos outros de maneiras terr&iacute;veis na tentativa de expulsar esses tais dem&ocirc;nios que estariam controlando todos os envolvidos.
O triste cap&iacute;tulo resultou na morte da filha mais velha da fam&iacute;lia, que, mais tarde, foi acusada criminalmente de diversos delitos em um caso extremamente complexo e assustador.&nbsp;
E, isso tudo, claro, s&oacute; torna a atmosfera de Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o ainda mais pesada e sombria!
ATEN&Ccedil;&Atilde;O: A PARTIR DE AGORA, ESTE TEXTO TER&Aacute; SPOILERS DO FILME MARCAS DA MALDI&Ccedil;&Atilde;O. N&Atilde;O CONTINUE SE VOC&Ecirc; AINDA N&Atilde;O ASSISTIU.
<h2>An&aacute;lise narrativa e cr&iacute;tica de Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o (COM SPOILERS)</h2>
Muito bem, agora, vamos falar um pouco mais dos aspectos narrativos e t&eacute;cnicos e de alguns outros recursos interessantes que Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o utilizou para criar uma obra bem interessante.
J&aacute; come&ccedil;o destacando as provoca&ccedil;&otilde;es narrativas que o filme traz logo no in&iacute;cio do primeiro ato. Se voc&ecirc; puxar na mem&oacute;ria, vai lembrar que a obra inicia com alguns questionamentos sobre b&ecirc;n&ccedil;&atilde;os e inten&ccedil;&otilde;es, que, a princ&iacute;pio, deixam o espectador um pouco confuso, mas tamb&eacute;m bem curioso.
Seguindo essa ideia, como exemplo, a protagonista Ruo-Nan, que est&aacute; narrando as cenas iniciais em voice over, nos convida a fazer alguns testes que demonstram como &eacute; poss&iacute;vel mudar o sentido das coisas por meio das inten&ccedil;&otilde;es.
A personagem nos mostra uma roda gigante e um metr&ocirc;, que mudam de dire&ccedil;&atilde;o de acordo com a forma que os enxergamos. &Eacute; quase como se voc&ecirc; virasse uma chavinha no seu c&eacute;rebro que o fizesse ver algo diferente do &oacute;bvio que est&aacute; na sua frente.
E tudo, absolutamente tudo, depende das suas inten&ccedil;&otilde;es, de acordo com a proposta do longa.
Enfim, um come&ccedil;o bem convidativo e que te puxa para dentro da trama j&aacute; nos minutos iniciais, colocando aquela pulguinha atr&aacute;s de nossas orelhas sobre o que vem por a&iacute; e o que tudo aquilo realmente significa.
Ali&aacute;s, essas incita&ccedil;&otilde;es para que o p&uacute;blico participe do filme s&atilde;o bem legais. Como quando a Ruo-Nan pede para que quem est&aacute; assistindo repita com ela uma ora&ccedil;&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o e que preste aten&ccedil;&atilde;o naquele s&iacute;mbolo ritual&iacute;stico.
Elementos que marcam toda a cerim&ocirc;nia que desencadeou a desgra&ccedil;a completa, diga-se de passagem.
Inclusive, o ponto de virada para o terceiro ato do filme acontece justamente com a &ldquo;ajuda&rdquo; do p&uacute;blico, quando a protagonista nos revela que a ora&ccedil;&atilde;o que ela pediu para que repet&iacute;ssemos, na realidade, &eacute; um mantra maligno que tamb&eacute;m nos deixaria amaldi&ccedil;oados.
&Eacute;, pois &eacute;.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/09/02/marcas-da-maldicao-02140952327297.jpg" alt="Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o" />Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o (Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E o que sacramenta essa maldi&ccedil;&atilde;o coletiva, agora tanto da Ruo-Nan e da Dodo quanto nossa, &eacute; a revela&ccedil;&atilde;o do rosto da M&atilde;e Buda, que &eacute; a pe&ccedil;a central de tudo e a respons&aacute;vel por todo o mal que assola os personagens.
Essa revela&ccedil;&atilde;o, ali&aacute;s, &eacute; muito tensa e eu duvido que voc&ecirc; n&atilde;o cogitou parar o filme nesse exato momento (eu cogitei, pelo menos).
Essas provoca&ccedil;&otilde;es narrativas de Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o, que nos fazem acreditar que somos parte da obra desde o in&iacute;cio, somadas ao estilo found footage, s&oacute; nos colocam ainda mais dentro daquele universo amaldi&ccedil;oado e intensificam (e muito) nossos medos.
Para mim, esse &eacute; o ponto mais alto do filme!
Tamb&eacute;m gostei de como a trama n&atilde;o &eacute; entregue de bandeja para quem est&aacute; assistindo e vai se desenrolando ao longo de pequenos cap&iacute;tulos.
Por exemplo, no primeiro ato, come&ccedil;amos sabendo que h&aacute; uma maldi&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o como ela come&ccedil;ou exatamente, quem est&aacute; envolvido, como ela funciona, como par&aacute;-la, o que significa aquele discurso inicial da protagonista e por a&iacute; vai.
Essas s&atilde;o quest&otilde;es que vamos tendo o prazer (ou desprazer) de descobrir em momentos mais cruciais da trama. Afinal, uma narrativa se torna muito mais atrativa quando n&atilde;o &eacute; mastigada, mas, sim, fomenta quest&otilde;es e as desenvolve at&eacute; respond&ecirc;-las nos momentos certos.
Nesse sentido, a narrativa n&atilde;o linear de Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o se torna um recurso muito bem-vindo, j&aacute; que transitamos entre duas linhas do tempo diferentes, mas que se conectam.
Nelas, vamos tendo nossas respostas, al&eacute;m de pequenos respiros, que n&atilde;o deixam a trama ficar muito est&aacute;tica, j&aacute; que estamos sempre transitando pelas diferentes frentes da hist&oacute;ria.
Confesso, todavia, que fiquei um pouco confuso em alguns momentos com as mudan&ccedil;as de tempo. Por algumas vezes, a troca de linha temporal foi um pouco brusca. Mas nada que estrague a ideia inicial do diretor.
E j&aacute; que citei um ponto negativo, aproveito para trazer mais um: os arcos dos personagens s&atilde;o um pouco fracos.
Me pareceu que a trama carregou muitos mais os personagens do que os personagens carregaram a trama. E isso nem sempre &eacute; algo bom quando analisamos a narrativa de uma maneira mais cr&iacute;tica, pois significa que os personagens n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o memor&aacute;veis assim, n&atilde;o criam conex&otilde;es com quem est&aacute; assistindo e poderiam, facilmente, ser substitu&iacute;dos sem fazer muita diferen&ccedil;a.
Novamente, todavia: nada que comprometa muito a obra.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/09/02/marcas-da-maldicao-02141225724301.jpg" alt="Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o" />Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o (Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Conclus&atilde;o</h2>
Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o inventa a roda, mas tamb&eacute;m n&atilde;o precisa para ser um &oacute;timo filme de terror.
<a></a>A obra &eacute; bem provocativa em alguns pontos e consegue criar bastante tens&atilde;o, ao mesmo tempo em que desenvolve uma hist&oacute;ria muito interessante envolvendo o folclore asi&aacute;tico.&nbsp;
O longa surpreende e entrega muito mais do que o imaginado. Por isso, se voc&ecirc; &eacute; f&atilde; de um bom terror, recomendo que voc&ecirc; d&ecirc; uma chance para Marcas da Maldi&ccedil;&atilde;o! Aconselho, por&eacute;m, de todo o cora&ccedil;&atilde;o, que voc&ecirc; n&atilde;o o assista sozinho. Jamais. Nem que a vaca tussa.

Netflix

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Marcas da Maldição: filme de terror da Netflix surpreende (Crítica)

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