Conheça duas "casas do futuro" premiadas internacionalmente
Por Leonardo Muller
19/09/2013 - 11:17•2 min de leitura
Imagem de Conheça duas "casas do futuro" premiadas internacionalmente no site TecMundo
Que leitor do Tecmundo não gostaria de morar em uma casa como essa? Cheia de soluções inovadoras, que respeita diversos conceitos de sustentabilidade e ainda por cima tem uma bela aparência. O projeto é o premiado “Caso do Futuro”, da arquiteta brasileira Betina Gomes. O ambiente tem apenas 32 m², mas conta com cômodos híbridos e algumas soluções para aproveitar espaços ociosos. A cama, por exemplo, pode se tornar um balcão.
O que realmente chama a atenção aqui é a utilização de materiais reciclados ou reaproveitados. As janelas são antigas, as lâmpadas são de LED, os eletrodomésticos de baixo consumo de eletricidade e o vaso sanitário dá a descarga com água da chuva. Fora isso, a casa é móvel, sendo projetada nas dimensões de dois containers, permitindo ser levada para qualquer lugar, além de poder ser produzida com preços bem baixos.
A arquiteta ainda comenta que esse tipo de construção barata e móvel não deve ser útil apenas para fins residenciais. Grandes eventos que poderiam utilizar estruturas temporárias se beneficiariam bastante de ambientes como os projetados por Betina, economizando dinheiro e tempo. Ela comenta especificamente da Copa do Mundo FIFA de 2014.
À dinamarquesa
Casa feita de materiais reciclados pode ser mais barata. (Fonte da imagem: Reprodução/Caras)
Outro projeto que segue as dimensões da Casa do Futuro da brasileira é o Upcycled House do escritório de arquitetura Lendager Architects e da Realdania Byg Foundation. Essa casa reciclada é baseada também no espaço de dois contêineres e tem como grande finalidade agredir menos a natureza e gastar pouco na construção. Assim, você poderia pagar US$ 175 mil para comprar uma dessas e ainda cortar a emissão de CO2 em 75%, reciclando alumínio para fazer a cobertura, utilizando janelas e tijolos antigos.
Como é feita na mesma base do projeto de Betina, essa casa sustentável também teria os mesmos 32 m² de área interna, podendo ter cômodos híbridos para melhorar a utilização do espaço.
A diferença fica por conta das opções de automação que Betina Gomes inseriu em seu projeto. É possível controlar iluminação, persianas e alguns móveis através do smartphone ou tablet.
De qualquer forma, o preço sugerido pelos dinamarqueses ainda pode ser considerado bastante elevado para uma casa com materiais reaproveitados, pelo menos no Brasil. Assim, é de se esperar que, caso existisse uma produção em larga escala desse tipo de moradia, os preços ficariam bem mais em conta.