Igual ao Brasil: detentos postam fotos com contrabando em presídio francês

Por Marcelo Rodrigues

06/01/2015 - 07:121 min de leitura

Igual ao Brasil: detentos postam fotos com contrabando em presídio francês

Fonte: Facebook/MDR o Baumettes

Imagem de Igual ao Brasil: detentos postam fotos com contrabando em presídio francês no site TecMundo

Na última segunda-feira (5), a polícia abriu uma investigação para apurar as fotos publicadas em uma página no Facebook que mostram presos postando selfies com bolos de dinheiro, celulares e até drogas. Tudo isso parece muito comum, ainda mais se relacionarmos o fato com o sistema prisional brasileiro, mas o surpreendente é que o ocorrido desta vez se deu na França, com imagens de detentos do presídio de Les Baumettes, em Marseille.

De acordo com o jornal local, La Provence, as fotografias foram colocadas na rede social em uma página chamada “MDR O Baumettes” (algo como “Morrendo de Rir em Baumettes”), fazendo referência clara à prisão do sul da França. Apesar de as imagens mostrarem os prisioneiros “ostentando” as regalias dentro de Les Baumettes, o chefe da administração do presídio, Philippe Perron, afirma que as postagens foram feitas fora de lá.

Galeria 1

Ainda que o autor anônimo do perfil no Facebook tenha aproveitado para apagar a maioria das fotos desde que a página foi exposta, a investigação já está em andamento e, de acordo com Perron, as autoridades conseguiram recuperam parte do contrabando feito pelos detentos. Quem não se chocou muito com a notícia foram os próprios franceses, que já acompanham a situação frágil de Les Baumettes há algum tempo.

Assim como no Brasil, a prisão na França sofre com a superlotação de presos desde pelo menos 2005, e o sindicato da guarda prisional francesa diz que o número de trabalhadores empregado é insuficiente. “O que estamos vendo nessas fotos... O que estão tentando dizer? Que os guardas não estão fazendo seu trabalho?”, questionou uma representante da categoria. “Eles estão tão sobrecarregados que não conseguem mais fazer o serviço adequadamente”, desabafou Catherine Forzi.

Seria essa a versão contrária do badalado “raio gourmetizador” na instituição penal francesa? Deixe sua opinião mais abaixo, nos comentários.

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