A maioria dos brasileiros compartilha senhas com seu parceiro, diz pesquisa
Por Paulo Guilherme
09/06/2015 - 09:58•2 min de leitura
Imagem de A maioria dos brasileiros compartilha senhas com seu parceiro, diz pesquisa no tecmundo
Quem está em um relacionamento com outra pessoa sabe que, em muitos casos, dar acesso total às suas contas de computador, celular, redes sociais e afins para seu parceiro acaba sendo uma questão de vida ou morte. Afinal, segundo muitos brasileiros, tudo se resume àquele velho ditado: “quem não deve, não teme”.
E se você achava que isso era uma brincadeira, saiba que uma pesquisa feita pela Intel Security mostrou que essa história não está muito longe da verdade. Segundo o estudo, que entrevistou 2,5 mil usuários de internet entre 18 e 54 anos da Austrália, Brasil, Cingapura, Estados Unidos e México, 76% dos brasileiros compartilham sua senha do Facebook com seu parceiro. O número, vale notar, é muito maior do que nos outros países analisados.
Não pense que isso está limitado à rede social de Mark Zuckerberg: apenas 5% dos brasileiros entrevistados, de fato, disseram não saber nenhuma senha daquele com quem se relacionam. Pelo menos metade das pessoas, por exemplo, sabe a senha do computador pessoal de seu parceiro –23% dizem, inclusive, saber a senha do computador de trabalho dele. Já as senhas que os parceiros menos revelam uns para os outros são de sua conta bancária, que atingiu apenas 10%, na pesquisa.
Sobre “segredinhos” no celular
Passando para o celular, os números diminuem, mas ainda permanecem grandes, com 35% das pessoas compartilhando suas senhas. A senha do Instagram vem logo atrás em nível de compartilhamento, atingindo 23% dos relacionamentos.
No quesito do compartilhamento de mensagens, bem como, fotos e vídeos “particulares”, 30% das pessoas teria a prática de enviar esse tipo de conteúdo para seu companheiro. 57% dos entrevistados disseram apagar o conteúdo recebido ou enviado; 24% deles, porém, o mantêm nos dispositivos. O número de pessoas com medo de ter conteúdo íntimo ou pessoal compartilhado sem permissão, por outro lado, é enorme: 81%.
Tanta preocupação em saber o que acontece com seu parceiro, no entanto, parece ser exagero, no fim das contas. Isso porque, quando questionadas sobre o que os pesquisadores encontrariam ao analisar o celular do entrevistado, 83% afirmaram guardar principalmente mensagens pessoais vindas de amigos ou familiares. Apenas 19% deles admitiram ter conteúdo de paquera, como mensagens ou emails de outras pessoas.