Motoristas preferem ser autônomos, diz pesquisa da Uber

Por Lucas Vinicius Santos

16/12/2021 - 02:302 min de leitura

Motoristas preferem ser autônomos, diz pesquisa da Uber

Fonte:  Shutterstock 

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Nesta quarta-feira (15), a Uber anunciou os resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, afirmando que motoristas e entregadores de aplicativos preferem ser profissionais independentes, contudo, desejam mais proteção. A pesquisa foi realizada entre os trabalhadores brasileiros da companhia.

Segundo os dados, 87% dos entrevistados afirmam que o horário flexível de trabalho é um dos maiores atrativos em trabalhar com aplicativos — 2 a cada 3 preferem trabalhos autônomos do que empregos registrados.

Uber quer contribuir com trabalhadores

Em uma publicação no jornal O Globo, a Uber revelou ser à favor das adequações na legislação para melhorar as regras da previdência e disse que está disposta a pagar parte da contribuição dos motoristas e entregadores.

O projeto MEI digital para entregadores não foi para frenteO projeto MEI digital para entregadores não foi para frente

“Como parte do ecossistema, as plataformas podem desempenhar um papel importante. De um lado, disponibilizando a tecnologia para facilitar a inscrição e as contribuições desses trabalhadores e, de outro, pagando elas mesmas uma contribuição à Previdência, para complementar e reduzir o valor desembolsado pelos trabalhadores”, disse o diretor de políticas públicas da Uber, Ricardo Leite Ribeiro.

Conforme revelado pelo Datafolha, normalmente, os motoristas e entregadores usam, em média, mais de 2 aplicativos diferentes. Contudo, a dinâmica da Previdência precisa mudar para esses trabalhadores, já que eles trabalham num sistema que até o MEI não é uma opção interessante.

Cerca de 54% dos participantes da pesquisa revelaram não contribuir para a Previdência, mas 77% concordam que deveriam contribuir — enquanto isso, 42% diz que não contribui por conta do custo alto. Em relação ao custo, 54% prefere um valor proporcional aos ganhos, ao invés de um valor fixo.

Confira alguns dos destaques da pesquisa realizada pelo Datafolha:

  • 46% dos entrevistados concluíram ensino superior
  • 1 em cada 3 entrevistados trabalham com aplicativos menos dias do que em um trabalho tradicional (5 a 6 dias por semana)
  • 49% afirmam possuir outra fonte de renda além dos aplicativos;
  • 9 em cada 10 afirmam que continuarão trabalhando com aplicativos após a pandemia
  • 2 em cada 3 entrevistados rejeitam o vínculo empregatício e preferem ser classificados como profissional que trabalha por conta própria
  • 81% dos entrevistados concorda que "repor a renda perdida na pandemia" é um motivo importante para trabalhar com aplicativos


Por Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.


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