União Europeia inicia investigações contra a Google; empresa responde
15/04/2015 - 04:37•2 min de leitura
Fonte: 9 to 5 Google
Nesta quarta-feira (15), a União Europeia acusou formalmente a Google de abusar de sua posição dominante no mercado de buscas para favorecer seus próprios produtos e serviços. Com isso, a Comissão Europeia deve iniciar uma investigação das práticas da empresa que, se for considerada culpada, deverá enfrentar as consequências legais de suas ações.
“A visão preliminar da Comissão é que essa condução infringe as regras antitruste da União Europeia porque isso diminui a competição e prejudica os consumidores”, afirmou a comissão responsável em uma nota. A empresa não demorou a responder as acusações em uma publicação feita em seu blog oficial.
Segundo a companhia, competidores como Expedia, TripAdvisor e Yelp falharam em provar que serviços como o Google Shopping e o Google Flight Search prejudicam suas atividades. “Todos alegaram que a prática da Google de incluir resultados especializados em buscas prejudicou significativamente seus negócios. Mas seu tráfego, vendas e lucros (assim como as ofertas que fazem para investidores) contam uma história muito diferente”, afirma a Google.
Investigação relacionada ao Android
Mesmo que a Google consiga provar sua inocência nas acusações relacionadas ao seu sistema de buscas, isso não vai representar o fim de seus problemas. Uma investigação separada conduzida pela União Europeia tenta desvendar se a companhia usou sua posição de destaque no universo mobile para forçar fabricantes de smartphones a favorecer determinados aplicativos no Android.
“A investigação vai se focar em descobrir se a Google usou acordos anticompetitivos ou abusou de uma possível posição dominante no campo dos sistemas operacionais, aplicativos e serviços para dispositivos móveis inteligentes”, explica a comissão responsável. A investigação também vai tentar determinar se a companhia agiu de forma a impedir que versões modificadas do Android tivessem acesso a seus serviços, aplicativos e APIs.
Em sua defesa, a companhia afirmou que acordos antifragmentação estabelecidos por ela garantem que as pessoas “tenham uma grande ‘experiência direto da caixa’ com a presença de aplicativos úteis em sua tela inicial”. O vice-presidente de engenharia do Android, Hiroshi Lockheimer, afirma que os apps adotados ajudam a plataforma a competir com a Apple, a Microsoft e outras empresas que adotam práticas semelhantes.
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