Tecidos do futuro poderão recarregar seus gadgets

Por Felipe Gugelmin Valente

12/01/2011 - 09:322 min de leitura

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Fonte da imagem: Scott Liddell

Pesquisadores da Universidade do Texas, em Dallas, desenvolveram uma nova técnica que possibilita a criação de fios de nanotubos de carbono condutores de eletricidade. O objetivo do projeto é o desenvolvimento de tecidos leves capazes de funcionar como baterias móveis – ou seja, em vez de precisar de uma tomada, bastaria conectar dispositivos à sua roupa para recarregá-los.

O segredo da técnica está na utilização de partículas de elementos supercondutores como bório e magnésio pulverizadas dentro dos nanotubos. A principal dificuldade de trabalhar com tais materiais está no fato de que eles precisam de que é difícil trabalhar com eles em formato de pó, exigindo uma forma que lhes dê forma.

A solução encontrada foi montar uma verdadeira rede de nanotubos, que em seguida são pulverizados pelo pó que mistura bório e magnésio. O resultado do processo é um material condutor tão fino quanto um fio de algodão, maleável o suficiente para poder ser tricotado na forma de uma roupa convencional.

Além de mais resistente, o resultado final é menos dispendioso que o processo de criação de fios supercondutores convencionais. Nele, os pós são colocados em fios de cobre que em seguida são aquecidos dezenas de vezes e esticados até o comprimento ideal. Já no novo método, só é necessário aquecer os fios uma única vez para temperar os pós e criar uma malha supercondutora.

Recarregue dispositivos utilizando roupas

Além de baratear o custo de produção de fios supercondutores (aumentando sua durabilidade), a nova tecnologia pode ser empregado no futuro para a criação de roupas capazes de recarregar aparelhos portáteis. Ou seja, em vez de carregar baterias extras ou procurar uma tomada, bastaria conectar os dispositivos à camisetas ou calças para voltar a utilizá-los imediatamente.

Segundo Ray Baughman, diretor do Instituto de Nanotecnologia Alan G. MacDiarmid, localizado dentro da universidade, o pó condutor fica preso dentro do tecido e é responsável por cerca de 95% do peso total do material final. Completa dizendo que lavagens não são nenhum problema, já que dificilmente há vazamentos do pó durante o processo.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


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