Vazamento de laboratório? CIA muda posicionamento a respeito da origem da covid-19
27/01/2025 - 16:00•2 min de leitura
Fonte: Unsplash
A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) passou a apoiar a hipótese de que a covid-19 tenha se originado a partir de um vazamento acidental de laboratório na China, em vez de ter surgido naturalmente. A mudança de posicionamento da entidade foi divulgada no sábado (25).
Desde o início da pandemia, a agência vinha alegando não possuir informações suficientes para determinar qual teoria sobre a origem do Sars-CoV-2 é a mais provável. A modificação na avaliação foi uma das primeiras medidas do recém-empossado novo diretor do órgão, John Ratcliffe, que há muito tempo defende tal hipótese.
De acordo com a CNN, a nova posição da CIA sobre a origem da covid-19 não foi baseada em informações inéditas coletadas pelo governo americano. Ela surgiu após a revisão mais detalhada de relatórios já existentes sobre a possibilidade de vazamento do agente infeccioso no Instituto de Virologia de Wuhan.
Apesar disso, um porta-voz da agência comentou que a tese sobre a origem natural do vírus permanece plausível, não sendo totalmente descartada. Embora não haja consenso sobre o tema, a maioria das outras agências de inteligência dos EUA ainda defendem que o Sars-CoV-2 não foi desenvolvido como arma biológica nem geneticamente modificado.
China rejeita tese da CIA
Nesta segunda-feira (27), o governo chinês rejeitou a teoria que a covid-19 tenha sido criada em um laboratório do país, agora defendida pela principal agência de inteligência americana. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Mao Ning, disse que os EUA deveriam parar de culpar outros países pela pandemia.
“A equipe conjunta de especialistas da China e da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluiu que é extremamente improvável que tenha ocorrido um vazamento de laboratório, com base em visitas a laboratórios em Wuhan”, ressaltou Ning, em comunicado divulgado pelo Ministério.
Ainda de acordo com ela, as autoridades americanas precisam compartilhar voluntariamente dados com a OMS sobre suspeitas de casos iniciais da doença nos EUA, além de esclarecer questões relativas aos laboratórios biológicos relevantes do país, que são alvo de preocupação da comunidade internacional.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.