Google responde se novo e poderoso processador quântico é capaz de quebrar criptografia

Por Felipe Vitor Vidal Neri

13/12/2024 - 13:002 min de leitura

Google responde se novo e poderoso processador quântico é capaz de quebrar criptografia

Fonte: Google

Após anunciar seu novo super chip quântico nos últimos dias, o Google confirmou que o Willow não é capaz de quebrar técnicas de criptografia modernas. A informação foi confirmada ao site The Verge depois de muita especulação sobre o projeto, considerado um dos modelos mais rápidos do mundo.

Em declaração ao veículo, a COO e diretora do departamento Google Quantum AI, Charina Chou, revelou que o chip Willow “não é capaz de quebrar criptografia moderna”. Um dos motivos para isso é que o modelo não foi desenvolvido para ser um Computador Quântico Criptoanaliticamente Relevante (CRQC), denominação usada pela Casa Branca para se referir a projetos com essa finalidade.

A razão para a falta de capacidade do Willow nessas tarefas é o fato do chip quântico ter apenas 105 qubits (bits quânticos). Segundo Chou, o chip precisaria ter pelo menos 4 milhões de qubits físicos para realizar essas atividades de alto nível, algo que pode levar cerca de 10 anos para acontecer.

O Willow pode reduzir a capacidade de erros à medida que mais qbits são adicionados ao sistema (Imagem: Google/Reprodução)
O Willow pode reduzir a capacidade de erros à medida que mais qubits são adicionados ao sistema (Imagem: Google/Reprodução)

Willow ainda é super poderoso 

Mesmo que a informação possa ser um banho de água fria para quem estava ansioso pelo super chip quântico, o Willow ainda é um projeto extremamente potente. Dados do Google apontam que o modelo precisou de apenas cinco minutos para resolver uma equação matemática avançada, enquanto o Frontier, atual computador mais rápido do mundo, levaria dez septilhões de anos.

Com todo esse poder de fogo, os pesquisadores sugerem que o chip equipará supercomputadores com múltiplas funções no futuro. Uma das possíveis aplicações é o treinamento cada vez mais intenso de modelos de IA, além de auxiliar na descoberta de novos medicamentos, e problemas com efeitos tangíveis no cotidiano humano.

Mesmo que o Willow não seja ideal para encriptação, com tantas ameaças cibernéticas em jogo, o desenvolvimento de soluções com essa capacidade se tornarão mais comuns nos próximos anos, ao passo que governos e grandes empresas almejam maior proteção contra ameaças.


Por Felipe Vitor Vidal Neri

Especialista em Redator

Redator de tecnologia com foco no segmento de hardware. Pelo TecMundo, atuo na elaboração de notícias, especiais, entrevistas e análise de produtos, como processadores e placas de vídeo.


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