Phemedrone Stealer: nova ameaça burla Windows Defender para roubar dados

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

15/01/2024 - 11:452 min de leitura

Phemedrone Stealer: nova ameaça burla Windows Defender para roubar dados

Fonte:  Trend Micro 

Imagem de Phemedrone Stealer: nova ameaça burla Windows Defender para roubar dados no tecmundo

A empresa de segurança Trend Micro detalhou um novo malware para Windows que rouba dados pessoais da vítima. Essa ameaça, que nunca havia sido detectada antes, é considerada grave e consegue até burlar até o Defender, que é a plataforma de segurança da Microsoft.

Chamada de Phemedrone Stealer, a ameaça explora a falha CVE-2023-36025 do Windows Defender SmartScreen. Esse bug na verificação de arquivos no formato URL permite que cibercriminosos consigam enviar documentos infectados que são executados pelo sistema e "ativam" o golpe.

A Microsoft já enviou uma atualização de segurança para a falha no dia 14 de novembro de 2023. Entretanto, como aponta a Trend Micro, invasores seguem tentando infectar dispositivos que seguem vulneráveis. Além disso, é possível que variantes que explorem falhas parecidas surjam em breve, baseado no malware original.

Isso significa que é altamente recomendável a todos os usuários que atualizem o sistema operacional caso utilizem as atuais versões suportadas do Windows ou verifiquem se estão no firmware mais recente. 

Como funciona o Phemedrone Stealer

A infecção do malware começa com a vítima recebendo o link para o arquivo. Nas atuais campanhas, esses atalhos são enviados via Discord, redes sociais ou outros serviços de download de arquivos na nuvem, como o FileTransfer.io. Eles podem ser disfarçados também por encurtadores de endereços, como o Bit.ly.

O caminho da infecção ao roubo de dados.O caminho da infecção ao roubo de dados.

Quando o usuário faz o download do arquivo, todo o processo de baixar um loader contendo os arquivos do malware é iniciado. O Windows Defender SmartScreen não o vê como uma ameaça porque um atalho é criado para "burlar" essa proteção e fazer parece que ele é um documento inocente.

Já dentro da máquina, o malware é capaz de roubar informações sensíveis como senhas e cookies de autenticação, além de tirar capturas de tela para roubar conteúdos sigilosos. Tudo é então enviado via um servidor no Telegram aos cibercriminosos, que podem usar esses dados para outros golpes.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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