Quimícos criam polímero capaz de aumentar a capacidade de HDs

Por Felipe Gugelmin Valente

23/11/2012 - 06:332 min de leitura

Fonte:

Imagem de Quimícos criam polímero capaz de aumentar a capacidade de HDs no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)

Um time de pesquisadores constituído por químicos e engenheiros da Universidade do Texas desenvolveu um novo polímero capaz de aumentar a capacidade máxima dos HDs como os conhecemos. A substância, conhecida como “copolímero em blocos”, consegue bloquear os campos magnéticos gerados pelos pontos que guardam os dados presentes dentro de uma unidade de armazenamento.

Como resultado, é possível diminuir o espaço entre cada um desses pontos, o que resulta no aumento na densidade total de informações suportadas por um dispositivo sem que elas sejam corrompidas. Até o momento, o processo foi capaz de dobrar o espaço de armazenamento disponível em um disco rígido, porém essa história deve mudar em breve.

Resultados animadores

Segundo o químico C. Grant Wilson, um grupo de estudantes já conseguiu resultados animadores na refinação do processo de aplicação do polímero. Além de conseguir diminuir ainda mais o espaço ocupado pelo material, eles conseguiram acelerar o tempo que leva para que a substância se rearranje nos padrões corretos.

(Fonte da imagem: Reprodução/ExtremeTech)

Para que a invenção se adaptasse corretamente ao funcionamento de discos rígidos convencionais, a equipe criou um revestimento especial que garante que ela siga a mesma orientação dos pontos de dados presentes nesses dispositivos. Com isso, os copolímeros em blocos conseguem se reorientar em padrões menores, o que permite obter um espaço de armazenamento final ainda maior.

Aumentando a competição com o SSD

A descoberta da Universidade do Texas pode acentuar ainda mais a competição entre os HDs e as unidades de armazenamento SSD. Ao permitir a criação de dispositivos com capacidades de até 10 TB com preços acessíveis, a tecnologia deve fazer com que muita gente prefira continuar investindo neles, deixando de lado as opções mais velozes (e caras) disponíveis no mercado.

No momento, o time de pesquisadores está trabalhando junto à HGST (subsidiária da Western Digital) em maneiras de tornar viável o uso da substância em larga escala. Apesar do processo já estar em uma etapa relativamente avançada, não há previsão de quando a tecnologia deve gerar reflexos nos produtos que encontramos em lojas convencionais.


Por Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.


Veja também