Após compra da Microsoft, polêmico CEO da Activision deixará empresa

Esta sexta-feira (13) marca a conclusão da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, um processo que durou mais de 20 meses. Porém, essa não é a única novidade referente ao assunto: Bobby Kotick, diretor-executivo da empresa recém-adquirida pela companhia de Bill Gates, também deixará seu cargo no final do ano.

Em uma mensagem publicada em seu perfil no X (antigo Twitter), Tom Warren, jornalista do site The Verge, divulgou uma carta de Kotick revelando essa informação a todos os funcionários da Activision Blizzard. Nela, também é mencionado que ele permanece na empresa até o final de 2023 para ajudar no período de transição.

Activision Blizzard CEO Bobby Kotick will stay on as CEO of ABK until the end of 2023 to help with the transition period https://t.co/iIqmWK5JVD pic.twitter.com/nmbfa1RdGJ

— Tom Warren (@tomwarren) October 13, 2023

"Tenho dito que estaria sempre disposto a ajudar com a transição. Phil [Spencer] me pediu para ficar como diretor-executivo da Activision Blizzard, reportando diretamente a ele, e nós concordamos que farei isso até o final de 2023. Ambos estamos ansiosos para trabalhar juntos em uma integração tranquila para nossos funcionários e jogadores", comentou Kotick em sua carta.

Trajetória marcada por polêmicas

A saída de Bobby Kotick no final do ano marca um período de mais de 30 anos à frente da Activision, o que permitiu entregar aos jogadores diversos games de franquias de sucesso, como Guitar Hero, Call of Duty, Tony Hawk e Crash Bandicoot, mas também algumas polêmicas nesse trajeto.

Activision teve escândalo de assédio durante gestão de Kotick.

Em tempos mais recentes, a empresa acabou se envolvendo em notícias referentes a assédio sexual contra alguns de seus colaboradores. A empresa chegou a demitir mais de 20 funcionários que estavam envolvidos com essas ações.

Por conta disso, a Activision foi obrigada a pagar mais de US$ 18 milhões em indenização às vítimas desses abusos, além de ter instaurado um comitê para investigar essas ações que, aparentemente, eram de conhecimento do próprio Kotick.