O que esperar dos brasileiros da Team One no mundial de League of Legends
Por Jeferson Olsson
05/09/2017 - 06:39•3 min de leitura
O que esperar dos brasileiros da Team One no mundial de League of Legends no tecmundogames
* Por Kika Martini
A Team One venceu o CBLoL e vai representar o Brasil no mundial de League of Legends, na China, que já começa dia 23 de setembro. Após a vitória em cima da Pain Gaming, a equipe falou sobre sua evolução, estilo de jogo e expectativas para o mundial.
Metendo o louco. Desde a primeira semana do CBLoL, a equipe ficou conhecida pela insanidade dentro e fora do jogo. Em Summoner’s Rift, partindo para jogadas tão inusitadas que os outros times nem acreditavam; na vida real, com muita gritaria e zueira no estúdio.
Após a vitória no CBLoL, a equipe foi questionada se iria seguir com esse estilo para o mundial. Mas as opiniões são divergentes. Absolut, o atirador da equipe, tem receios. “Não podemos desrespeitar os times de fora. O jogo é controlado e eles sabe responder à ‘meteção de louco’”, defendeu.
A excessão, para ele, são algumas das outras equipes emergentes - LAS (America Latina Sul), OCE (Oceania) e JPN (Japão).
Já 4Lan acredita que essa é a essência da da equipe, é o que os fez chegar longe e que é sim possível surpreender as equipes adversárias, pelo menos no começo das partidas. Para reforçar sua opinião, conta que pediu um conselho para o Revolta (atual caçador da Keyd Stars, que jogou o mundial de 2016 pela INTZ) e ouviu: “Você chegou aqui jogando do seu jeito. Nada do que eu disser agora vai mudar, só vai te confundir”.
Ousadia e alegria a caminho da China
A equipe tem pouco menos de 20 dias para se preparar para o mundial e a expectativa é grande para definir como serão os treinos e a preparação. O treino nessa época é difícil, já que as outras equipes profissionais do Brasil não estão mais jogando.
Brucer, o cara da rota do meio, comentou que o último treino da Team One contra outra equipe de mesmo nível foi justamente contra a Pain Gaming, antes das semifinais. Embora tenha ficado um pouco confiante contra a Pain, as partidas poderiam ter sido mais tranquilas e calculadas se o time tivesse conseguido treinar estilos de jogos diferentes antes da grande final.
Neki diz que tão importante quanto a preparação dentro do jogo, é a pessoal e profissional dos jogadores. É preciso entender por que conseguiram a vaga pro mundial, o que podem tirar de lá e se prepararem para as derrotas que possivelmente virão. “A chave é disciplina. Se você é disciplinado no que faz, você é bom”, defendeu.
Os meninos da Team One ainda não sabem exatamente como será a preparação, nem se vão para outros países, mas o coach da equipe garantiu eles vão dar o máximo de si e surpreender todos no mundial.
Marf, reserva, acrescenta que não é só porque eles ganharam o CBLoL que são uma equipe boa. Vão continuar se aprimorando, corrigindo os defeitos e buscando sempre a perfeição. “Para o mundial vocês podem esperar uma Team One mais preparada e dando ainda mais sangue”, prometeu.
A evolução do time
Apesar da equipe da Team One ser nova no cenário, nem todos os jogadores são estreantes. 4Lan, Brucer e Redbert são nomes que já apareceram em outros anos, mas nunca com tanta expressão.
Brucer lembra de seus tempos de reserva da Red Canids no primeiro semestre deste ano, quando a equipe foi campeã. Ele conta que, talvez por não dar 100% de si, deixava passar muitas oportunidades. Depois de sair da equipe, levou a sério os conselhos de Sacy e Dioud (Atirador e Suporte da Red Canids, respectivamente) e trabalhou nos problemas de comunicação e elaboração de jogadas apontados pelos ex-companheiros de equipe. Dentro da Team One, conseguiu criar seu próprio estilo de jogo, e diz que tem certeza que conseguiu deixar Sacy e Dioud orgulhosos.
Já 4Lan comenta que primeiro teve que melhorar seu lado pessoal, para depois trabalhar no profissional. No começo da carreira, achava que a profissão era brincadeira e estava ali só pelo dinheiro e pelas mulheres. O Neki e o Kakavel (dono da equipe da Team One) o ajudaram a ver as coisas de um jeito diferente. Para ele, o maior problema dos times do Brasil, é que eles não treinam como se estivessem disputando - não se comunicam nem jogam como se fosse pra valer. Ele conta que após a derrota para a Pro Gaming (terceira rodada do CBLoL), passou a treinar muito mais a sério e percebeu uma grande melhora.
A Team One tem uma grande responsabilidade pela frente. O Brasil já participou três vezes do mundial e, apesar de ter algumas vitórias, nunca conseguiu passar da fase de grupos. O que todo mundo pergunta é se a Team One vai levar o LoL do Brasil para o próximo nível. Se depender do empenho e da força de vontade que eles já mostraram, tem tudo para conseguir. Dia 23 de setembro a gente descobre.
* A jornalista viajou a convite da Riot Games a Belo Horizonte
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