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Até 1990 o polo norte magnético da Terra se deslocava, em relação ao polo norte geográfico, até 10 km/ano, mas se acelerou de repente nos últimos 30 anos.

Que ninguém se espante se, no Natal deste ano, o Papai Noel tiver que ser resgatado ao tentar voltar para casa após sua cansativa noite de distribuição de presentes. É que o polo norte magnético, lugar para onde todas as bússolas apontam, está se movimentando através do Ártico, a velocidades jamais vistas nos últimos 400 anos, conforme os dados do satélite.Ao contrário do suposto lar do bom velhinho — o Polo Norte geográfico que fica fixo no Ártico—, o polo norte magnético está sempre se movimentando, deslocando-se a muitos quilômetros a cada ano, impulsionado <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288989-regiao-forma-donut-descoberta-dentro-nucleo-liquido-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pelas mudanças no fluxo do ferro líquido no núcleo externo da Terra</a>.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275225-planeta-terra-tem-polos-magneticos-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o planeta Terra tem polos magnéticos?</a></li></ul>Embora seja o ponto onde as linhas do campo magnético terrestre são verticais, o Polo Norte magnético, muitas vezes afeta os sistemas de navegação com suas constantes movimentações, demandando atualizações em mapas e bússolas, para manter a precisão. Além disso, é impressionante como ele afeta a tecnologia e a natureza na Terra.<h2>As diferenças entre o polo norte magnético e o geográfico</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wL2a1jnE61E?si=XHdIBolpoDoHPxhs" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Para tentar diminuir as discrepâncias entre o "norte de verdade" que é o eixo geográfico em torno do qual o nosso planeta gira, e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282355-navegacao-bussola-campo-magnetico-marte-tao-fraco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o norte magnético que é para onde as bússolas apontam</a>, cientistas do Serviço Geológico Britânico (BGS) se juntam à Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA a cada cinco anos para atualizar o Modelo Magnético Mundial.O WMM, na sigla em inglês, é um sistema padrão importante para navegação e orientação global. São vários mapas representando matematicamente o campo magnético terrestre, com dados precisos sobre sua força e direção em qualquer ponto do planeta.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279683-campo-magnetico-sol-inverter-entenda-o-ciclo-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O campo magnético do Sol vai inverter? Entenda o ciclo solar</a></li></ul>A atualização mais recente, ocorrida em 2020, mostrou um norte magnético chispando pelo Ártico canadense a 55 km por ano em média, em direção à Sibéria. Segundo o BGS, é a mudança mais rápida já registrada desde meados do século 16. De 1590 a 1990, essa velocidade era inferior a 10 km por ano quando, do nada, acelerou para quase 60 km por ano.&nbsp;<h2>Como são formados os polos magnéticos da Terra?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/22/22104731128049.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Movimento de convecção é o que produz o campo magnético da Terra. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Os polos magnéticos da Terra são formados pelo chamado movimento de convecção que ocorre no núcleo externo, entre o manto terrestre e o núcleo interno sólido. Como em um fogão de indução,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285964-giro-nucleo-terra-diminuindo-dias-longos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;o núcleo interno superquente</a> (de ferro e níquel sólidos) aquece o material acima dele, composto pelos mesmos materiais, que se tornam menos densos e sobem.&nbsp;Quando se aproximam do manto (mais frio), esses materiais esfriam, se tornam mais densos e descem. A repetição contínua desse ciclo, em padrões circulares, faz com que o ferro condutivo gere correntes elétricas que formam o campo magnético da Terra no chamado efeito dínamo.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294048-acontece-terra-polos-magneticos-invertem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece na Terra quando seus polos magnéticos se invertem?</a></li></ul>As linhas de força magnética geradas emergem perto dos polos geográficos, mas não exatamente nos mesmos pontos, e é por isso que o polo norte magnético não coincide com o polo norte geográfico, e está sempre "flutuando" alguns quilômetros a cada ano.Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos. Até mais!

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Por que o polo norte magnético está se movendo a velocidades de 60 km/ano?

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Descubra o que é a radiação e quais são os tipos perigosos para os seres humanos.

A radiação, em suas diversas formas, permeia o mundo ao nosso redor. Ela é invisível, onipresente, essencial para a vida e também uma força destrutiva. Mas o que realmente torna a radiação tão perigosa para os seres humanos?&nbsp;Ao sermos expostos à radiação, seja de maneira acidental, seja devido a uma fonte artificial, o que acontece em nosso corpo quando partículas subatômicas encontram nossos tecidos, atravessam nossas células e chegam até o nosso DNA?&nbsp;<ul><li>Saiba também:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266623-alimentos-naturalmente-radioativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais alimentos são naturalmente radioativos?</a></li></ul>Para responder a isso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230756-radiacao-saude-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é preciso compreender o que é a radiação</a>, como ela interage com a matéria viva e os tipos específicos que podem nos causar mal.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="Getty Images"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14140746501155.jpg" alt="A radiação solar é a principal fonte de energia do planeta Terra."><figcaption>A radiação solar é a principal fonte de energia do planeta Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A história da radiação começa no final do século XIX, quando os cientistas Wilhelm Röntgen, Henri Becquerel e Marie Curie começaram a investigar fenômenos misteriosos no campo da física. Röntgen, em 1895, descobriu os raios X, um tipo de radiação que conseguia atravessar a pele e revelar estruturas internas, como ossos.&nbsp;Logo em seguida, Henri Becquerel descobriu a radioatividade, observando que certos elementos, como o urânio, emitiam uma energia invisível capaz de penetrar até objetos sólidos. Um pouco mais tarde, Marie Curie e seu marido Pierre Curie realizaram experimentos fundamentais com materiais radioativos, como o rádio e o polônio, e ajudaram a estabelecer o conceito de elementos que emitem radiação de maneira natural.<blockquote>“Essas descobertas abriram portas incríveis para a medicina e para a ciência nuclear, mas também trouxeram o perigo, inicialmente subestimado, da radiação”.&nbsp;</blockquote>Os primeiros cientistas que lidaram com materiais radioativos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/133203-marie-curie-eleita-mulher-influente-historia.htm#:~:text=Foi%20a%20primeira%20mulher%20a,como%20o%20asteroide%207000%20Curie." rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a própria Marie Curie</a>, não tinham conhecimento dos riscos e os efeitos nocivos da exposição prolongada à radiação, e acabaram sofrendo graves problemas de saúde, chegando até mesmo a morte.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14141150180164.jpg" alt="Os estudos de Marie Curie com a radioatividade foram pioneiros e deram origem a avanços significativos na física nuclear."><figcaption>Os estudos de Marie Curie com a radioatividade foram pioneiros e deram origem a avanços significativos na física nuclear. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Por definição, radiação é a emissão de energia que se propaga por meio de partículas ou ondas eletromagnéticas. Existem dois tipos principais: radiação ionizante e não ionizante. A radiação não ionizante inclui ondas de rádio, micro-ondas e luz visível — formas de radiação geralmente inofensivas ao corpo humano em níveis normais.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/235400-marie-curie-importancia-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quem foi Marie Curie e qual a sua importância para a ciência</a></li></ul>A radiação ionizante, por outro lado, é toda aquela que tem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos e moléculas, transformando-os em íons.<h2>A radiação ionizante pode ser classificada em três tipos principais</h2><h3>Radiação Alfa (α)</h3>Este tipo de radiação é composto por partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons (o núcleo de um átomo de hélio). Embora seja altamente ionizante (capaz de destruir átomos ao remover elétrons de seus átomos), as partículas alfa têm baixa capacidade de penetração.&nbsp;Elas não conseguem atravessar a pele humana, mas se uma fonte de radiação alfa for ingerida ou inalada, os danos podem ser devastadores. O polônio-210, por exemplo, é um elemento radioativo altamente perigoso em forma alfa, e sua ingestão pode ser letal.<h3>Radiação Beta (ß)</h3>Composta por partículas de alta energia, os elétrons ou pósitrons, a radiação beta pode penetrar mais profundamente na pele humana, mas geralmente não atinge órgãos internos com alta intensidade. No entanto, a exposição prolongada pode causar danos ao tecido, como queimaduras de radiação ou, em casos extremos, aumentar o risco de câncer.<h3>Radiação Gama (y)</h3>As radiações gama <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/258044-eletromagnetismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são ondas eletromagnéticas</a> de alta frequência, semelhantes à luz, mas com uma energia muito maior. Elas têm uma penetração extremamente profunda e podem atravessar vários metros de concreto ou até mesmo o corpo humano.&nbsp;A radiação gama pode causar danos severos a células e tecidos internos, tornando-se a forma de radiação mais perigosa quando não controlada adequadamente.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.sensaweb.com.au/wp-content/uploads/2022/05/alpha-beta-gamma-1024x576.png" data-fonte="&amp;nbsp;Sensaweb&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14142119663168.jpg" alt="A radiação alfa, beta e gama tem diferentes capacidades de penetrabilidade na matéria. "><figcaption>A radiação alfa, beta e gama tem diferentes capacidades de penetrabilidade na matéria. (Fonte: Sensaweb)</figcaption></figure>A radiação ionizante é perigosa porque ela pode romper ligações químicas em moléculas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">especialmente no DNA das células</a>. Quando isso acontece, as células podem sofrer mutações que as tornam cancerígenas ou, em doses elevadas, morrerem.&nbsp;Os efeitos da radiação variam segundo a dose e a exposição. A unidade de medida comum para a dose absorvida pelo corpo é o sievert (Sv), e pequenas doses de radiação, como aquelas usadas em radiografias, são relativamente seguras. Contudo, doses elevadas, como as liberadas em acidentes nucleares, podem ser mortais.<h2>Os efeitos biológicos da radiação ionizante&nbsp;</h2><h3>Exposição aguda</h3>Uma dose elevada de radiação em um curto período pode causar envenenamento por radiação, com sintomas que vão desde náuseas e vômitos até danos em órgãos vitais. Em casos extremos, essa exposição pode levar à morte em poucos dias ou semanas, dependendo da dose.<h3>Efeitos a longo prazo</h3>A exposição contínua, mesmo a baixas doses de radiação, pode levar ao acúmulo de danos celulares, aumentando o risco de desenvolver cânceres, especialmente leucemia e cânceres de pele.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265745-radiacao-cosmica-fundo-observando-vestigios-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A radiação dos celulares pode causar câncer?</a></li></ul><h3>Efeitos genéticos</h3>A radiação pode causar mutações nos genes que podem ser transmitidas às futuras gerações. Isso ocorre especialmente quando a exposição afeta células reprodutivas.Os perigos da radiação se tornaram evidentes em eventos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280441-tragedia-nuclear-hiroshima-revelar-misterios-formacao-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki em 1945</a>, onde as explosões nucleares liberaram radiação gama mortal, matando centenas de milhares de pessoas e deixando um legado de doenças genéticas nas gerações seguintes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14142404015171.jpg" alt="Um dos efeitos nocivos à exposição prolongada de radiação é o surgimento de células cancerígenas, os tumores malignos. "><figcaption>Um dos efeitos nocivos à exposição prolongada de radiação é o surgimento de células cancerígenas, os tumores malignos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Outro exemplo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/217170-chernobyl-inabitavel-24-mil-anos-vida-selvagem-prospera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é o desastre de Chernobyl em 1986</a>, onde a exposição à radiação resultou em inúmeras mortes e casos de câncer que se manifestaram ao longo das décadas.Após esses eventos, a ciência se empenhou em compreender melhor a radiação e os meios de protegê-la, levando à criação de protocolos rigorosos de segurança para aqueles que trabalham com materiais radioativos, seja em usinas nucleares, medicina ou pesquisa.&nbsp;Por essas razões, hoje é possível utilizá-la em diversas formas, usá-la de forma segura, minimizando seus perigos e ampliando seus benefícios.

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Como e por que a radiação pode ser perigosa?

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Cientistas detectaram pela primeira vez o fenômeno ‘zigue-zague de Einstein' usando o Telescópio Espacial James Webb, aponta estudo.

Pela primeira vez, a ciência conseguiu observar&nbsp;o fenômeno conhecido como ‘zigue-zague de Einstein’, possível graças aos efeitos das lentes gravitacionais na região.&nbsp;De acordo com um novo estudo publicado na revista de pré-impressão arXiv, um grupo de astrônomos utilizou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para analisar um sistema com duas galáxias separadas e perfeitamente alinhadas.&nbsp;Apesar de o efeito ter sido confirmado apenas agora, Einstein já havia sugerido essa possibilidade em 1915 com o efeito de lente gravitacional.&nbsp;O fenômeno é chamado de zigue-zague porque a luz de um objeto é <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266979-cruz-einstein-descoberta-distorcendo-espaco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distorcida no espaço-tempo</a> ao atravessar as duas regiões distintas.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400326-relatividade-geral-de-einstein-e-testada-nas-maiores-distancias-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Relatividade Geral de Einstein é testada nas maiores distâncias do Universo</a></li></ul>Nomeado J1721+8842, o sistema é composto por um quasar e duas galáxias que geram o efeito de ampliação,&nbsp;devido às lentes gravitacionais. Vale destacar que o sistema foi descoberto recentemente, em 2018.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/qeVK2OmKRqo?si=27R8Y8njYE-lPt9M" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>A região já havia sido estudada anteriormente, com pesquisadores tentando entender seis pontos brilhantes que apareciam nas imagens. Após a nova análise dos dados no estudo mais recente,&nbsp;foi sugerido que todas as seis luzes estão relacionadas ao quasar."Estou emocionado, não apenas porque este é um fenômeno natural fascinante, mas também porque este sistema é incrivelmente promissor para medir parâmetros cosmológicos. Este sistema de lentes oferece o potencial de colocar restrições<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266788-constante-hubble.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;rigorosas tanto na constante de Hubble</a> quanto na equação de estado da energia escura, algo que geralmente não é possível", disse um dos autores e cosmólogo da Universidade de Stanford, Martin Millon, em mensagem ao site Space.<h2>Zigue-zague de Einstein</h2>Inicialmente, os cientistas acreditavam que os seis pontos brilhantes vinham de fontes cósmicas diferentes. Contudo, após uma análise detalhada dos dados do JWST, eles descobriram que todos os pontos são originados de um único quasar. Isso ocorre porque a luz foi duplicada pelo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273837-uso-lentes-gravitacionais-transmitir-energia-entre-estrelas-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômeno de lentes gravitacionais</a> causadas por galáxias próximas.<figure class="image" data-fonte-url="https://arxiv.org/pdf/2411.04177" data-fonte="&amp;nbsp;Dux / arXiv&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/22/22101636231031.jpg" alt="A imagem apresenta os seis pontos de luz observados pelo Telescópio James Webb, formados pelo 'zigue-zague de Einstein'. Fonte: Dux / arXiv."><figcaption>A imagem apresenta os seis pontos de luz observados pelo Telescópio James Webb, formados pelo 'zigue-zague de Einstein'. (Fonte: Dux /arXiv)</figcaption></figure>As duas galáxias perfeitamente alinhadas são responsáveis pela formação dos seis pontos brilhantes do quasar. O padrão de luz observado pelos cientistas revelou uma característica peculiar: a luz passa por um lado de uma galáxia, depois pela outra, e retorna, criando um movimento que lembra um zigue-zague.Vale lembrar que o estudo foi enviado para um servidor de pré-impressão, o que significa que ele ainda não foi revisado por pares. De qualquer forma, a equipe já submeteu o conteúdo para publicação na revista científica Astronomy &amp; Astrophysics.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271786-energia-escura-responsavel-maior-parte-universo-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Energia escura é responsável pela maior parte do universo, diz estudo</a></li></ul>"Normalmente, lentes gravitacionais criadas por uma única galáxia formam duas ou quatro imagens da fonte de fundo, dependendo do alinhamento. Neste caso, há um alinhamento excepcional entre duas galáxias e um quasar de fundo, formando uma rara configuração de seis imagens", Millon acrescenta.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre astronomia aqui no TecMundo e aproveite para compreender como um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282070-anel-einstein-sugere-materia-escura-interage-entre-si-mesma-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anel de Einstein sugere que matéria escura interage entre si mesma</a>. Até a próxima!

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'Zigue-zague de Einstein' é observado pelo Telescópio Espacial James Webb

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Análise de 6 milhões de galáxias confirma a relatividade geral de Albert Einstein e revela vislumbres sobre a evolução da energia escura.

Desenvolvida pela genialidade de Albert Einstein, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279315-teoria-relatividade-atualizada-astrofisico-eliminar-lei-importante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Relatividade Geral é uma teoria revolucionária</a> que redefine nossa compreensão do espaço, tempo e gravidade. Apresentada há mais de um século, ela vem sendo examinada a fundo por pesquisadores do mundo inteiro, em busca de eventuais cenários onde ela não se aplica.&nbsp;Recentemente, a teoria centenária foi testada mais uma vez, e ao nível inédito, o das maiores distâncias do Universo. Para isso, pesquisadores usaram o instrumento DESI e mapearam quase 6 milhões de galáxias agrupadas ao longo de 11 bilhões de anos de história cósmica.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293897-maior-erro-albert-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual o maior “erro” de Albert Einstein?</a></li></ul>O DESI (Instrumento Espectroscópico de Energia Escura) é um aparelho científico de última geração que, instalado no Telescópio Nicholas U. Mayall, na montanha Kitt Peak nos EUA, possibilita o mapeamento da expansão do Universo, o estudo da natureza da energia escura e a criação de um mapa tridimensional em grande escala do Universo.<h2>Testando a relatividade geral de Albert Einstein</h2><img src="https://www.sciencealert.com/images/2024/11/gravity-tweak.gif" alt="A Relatividade Geral Passou No Teste Mais Massivo Até Agora: Quase 6 Milhões de Galáxias"> &nbsp;Espécie de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281844-sistemas-solares-nascem-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"visão além do alcance" dos telescópios convencionais</a>, o DESI consegue mapear 5 mil galáxias ao mesmo tempo, cobrindo rapidamente uma área muito maior do céu. Em suas observações, ele não se limita apenas à imagem das galáxias, mas analisa também o seu espectro de luz para identificar os elementos químicos que as compõem.A colaboração internacional DESI, que envolve mais de 900 pesquisadores, está analisando agora dados coletado dos três primeiros anos de observações. Com base nessas análises, as equipes apresentaram recentemente três artigos, hospedados no repositório de pré-impressões arXiv, e ainda não revistos por pares.&nbsp;Esses trabalhos fornecem uma análise detalhada dos dados obtidos pelo DESI em seu primeiro ano de funcionamento. Chamada de análise de forma completa, a pesquisa avaliou como a gravidade orienta as galáxias em estruturas de filamentos do universo. Como essa teia cósmica se mostrou corresponde exatamente com as previsões da icônica teoria de Einstein.<h2>Examinando o crescimento da estrutura cósmica das galáxias</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/21/21111631111064.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O DESI observou pela primeira vez o crescimento da estrutura cósmica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A nova análise refinou também os resultados de um trabalho apresentado em abril, sobre uma forma de aglomeração característica das galáxias conhecida como oscilações acústicas bariônicas (BAO). Padrões de ondulação na distribuição de matéria no universo, elas se originam das ondas sonoras do plasma de partículas dos primeiros momentos do universo.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272311-ruga-universo-cosmologia-descobertas-nova-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Da 'ruga' do Universo, a cosmologia e as descobertas para uma nova física</a></li></ul>Na atual análise, as equipes expandiram o alvo, e examinaram como as galáxias e a matéria são distribuídas nas diversas escalas dentro do universo. Para o colíder do grupo do DESI que interpreta dados cosmológicos, Dragan Huterer, da Universidade de Michigan, nos EUA, tanto os resultados das BAO quanto a análise completa se mostraram "espetaculares", disse ele em um comunicado.&nbsp;“Esta é a primeira vez que o DESI observa o crescimento da estrutura cósmica. Estamos mostrando uma tremenda nova habilidade de sondar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290600-ainda-nao-ha-gravidade-artificial-estacao-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a gravidade modificada</a> e melhorar as restrições em modelos de energia escura. E isso é apenas a ponta do iceberg”, concluiu Huterer. &nbsp;<h2>Futuras análises sobre a cosmologia pelo DESI</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/jRYUt9nE9b0" title="DESI VR Flight Stereoscopic" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O DESI está agora em seu quarto ano de uma pesquisa projetada para cinco. A expectativa é de que sejam coletadas informações de 40 milhões de galáxias e quasares. Esse volume de dados certamente trará mais clareza sobre uma forma de integrar a relatividade geral de Einstein e as teorias da energia escura.&nbsp;Em março de 2025, as equipes voltarão a compartilhar observações do DESI, dessa vez com as conclusões dos três primeiros anos de observações do instrumento. Falando à New Scientist, Itamar Allali, da Universidade Brown nos EUA, diz que espera resultados mais impactantes.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294617-universo-expande-energia-escura-contida-buracos-negros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo se expande com energia escura contida em buracos negros</a></li></ul>Entre as expectativas estão: verificar possíveis variações ou mudanças na constante de Hubble (que mede a taxa de expansão do universo), avaliar melhor a massa dos quase invisíveis neutrinos e, quem sabe, encontrar novos ingredientes cósmicos, como uma radiação escura. “Esta análise vai pesar muito mais do que a gravidade, ela vai pesar em toda a cosmologia”, promete Allali.Gostou do conteúdo? Então, fique sempre atualizado com mais estudos como esse, aqui no TecMundo e aproveite para conhecer, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280024-8-exemplos-teoria-da-relatividade-einstein-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 exemplos da teoria da relatividade de Einstein na vida real</a>.&nbsp;

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Relatividade Geral de Einstein é testada nas maiores distâncias do Universo

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O conceito da dualidade onda-partícula foi muito importante para a formulação do atual entendimento sobre a física quântica.

A física quântica começou a ganhar destaque no início do século XX, quando o físico alemão Max Planck propôs a hipótese da quantização da energia. Anos depois, cientistas como Albert Einstein, Werner Heisenberg, Erwin Schrödinger e outros deram continuidade a esses estudos, desenvolvendo conceitos importantes, como a dualidade onda-partícula.O físico francês Louis de Broglie ficou famoso por apresentar o conceito de dualidade onda-partícula, em meados de 1924. Esse conceito explica que partículas na mecânica quântica, como elétrons e fótons, podem se comportar como ondas, dependendo do tipo de experimento realizado.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266738-condensado-bose-einstein-explica-o-quinto-estado-materia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o condensado de Bose-Einstein explica o quinto estado da matéria</a></li></ul>A tese de Broglie é considerada um marco na ciência, pois teve um impacto significativo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/229907-voce-sabe-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no avanço da mecânica quântica</a>. Apenas três anos depois, um experimento conduzido pelos físicos norte-americanos Clinton Davisson e Lester Germer comprovou a dualidade onda-partícula. Assim, foi iniciado um intenso período de pesquisas e descobertas na física quântica.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DfQH3o6dKss?si=7neKa9ngnQkTvq5g" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Antes da teoria da dualidade onda-partícula, os cientistas já discutiam se a luz era uma onda ou composta por partículas. Em 1905, Albert Einstein propôs que a luz pudesse apresentar ambos os comportamentos, a depender da forma de experimentação.“A dualidade onda-partícula é a propriedade de entidades físicas, como luz e elétrons, de exibirem tanto características de onda quanto de partícula. O físico francês Louis de Broglie propôs, em 1924, que os elétrons e outros fragmentos discretos de matéria, até então vistos apenas como partículas materiais, também possuem propriedades de onda, como comprimento de onda e frequência”, a enciclopédia Britannica&nbsp;descreve.<h2>Onda, partícula e física quântica</h2>Primeiro, é importante compreender o que são ondas e partículas. Uma partícula pode ser comparada a um grão de sal, areia, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm#:~:text=Os%20el%C3%A9trons%20s%C3%A3o%20part%C3%ADculas%20subat%C3%B4micas,a%20mat%C3%A9ria%20ao%20nosso%20redor." rel="noopener noreferrer" target="_blank">átomos ou elétrons</a>. Assim como uma bola de gude, partículas ganham energia cinética ao serem movimentadas.&nbsp;Já as ondas, como as ondulações em uma piscina, se propagam de um ponto a outro carregando energia. Diferentemente das partículas, as ondas não transportam matéria; elas apenas transferem energia por meio de oscilações no meio onde se propagam.Talvez você ainda não tenha notado as diferenças, mas imagine duas partículas se movendo em direções opostas: o resultado será uma colisão, com troca de energia ou alteração de trajetória.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/19/19151153962191.jpg" alt="A dualidade onda-partícula não é perceptível a olho nu porque partículas maiores apresentam propriedades ondulatórias muito menos evidentes."><figcaption>A dualidade onda-partícula não é perceptível a olho nu porque partículas maiores apresentam propriedades ondulatórias muito menos evidentes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No caso de ondas, quando elas se encontram, não colidem; elas interagem através do fenômeno de superposição,&nbsp;onde continuar a se propagar através umas das outras. Durante essa interação, podem ocorrer algumas interferências, onde as amplitudes das ondas se combinam e amplificam ou reduzem a intensidade.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289343-equacao-une-1-vez-fisica-quantica-relatividade-geral-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Equação une pela 1ª vez física quântica e relatividade geral de Einstein</a></li></ul>Quando os cientistas descobriram que a luz, conhecida como uma forma de onda, também podia se comportar como uma partícula, começaram a questionar se o mesmo poderia ocorrer com elétrons e átomos. A partir daí, as pesquisas na área da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">física quântica</a> só aumentaram.Em um artigo publicado no site&nbsp;The Conversation, o pesquisador de Ciência e Engenharia de Materiais da CSIRO, Tim Davis,&nbsp;afirma que já foi comprovado que partículas subatômicas podem apresentar comportamento de onda. Em um experimento que ele realizou com elétrons, Davis explica que os instrumentos detectaram um padrão de difração semelhante ao que é observado em ondas.<h2>Dualidade onda-partícula</h2>A dualidade onda-partícula depende das circunstâncias e do comportamento do experimento. Por exemplo, uma onda pode manter seu comportamento ondulatório durante toda a propagação; porém, em certas condições, pode ser confinada como uma partícula.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290507-fotons-rapidos-luz-desafiam-ordem-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fótons mais rápidos que a luz desafiam a ordem do tempo</a></li></ul>Diversos experimentos científicos já demonstraram que partículas subatômicas, como os átomos, podem exibir características de onda em situações específicas. Por isso, parte da comunidade científica sugere que, potencialmente, tudo no universo poderia apresentar certas características de ondas.De qualquer forma, é importante destacar que o tema é muito mais amplo do que a breve explicação apresentada neste artigo. Não é à toa que os cientistas continuam buscando entender os detalhes sobre como esse fenômeno acontece.Mantenha-se atualizado sobre física quântica aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para compreender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282590-ciencia-tras-paradoxo-do-gato-schrodinger.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a ciência por trás do paradoxo do gato de Schrödinger</a>. Até mais!

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Dualidade onda-partícula e a física quântica explicada

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Conheça o famoso Paradoxo dos Gêmeos, que descreve um dos experimentos mentais mais intrigantes da física moderna. 

Considere a seguinte situação: existem dois irmãos gêmeos, nascidos ao mesmo tempo, e praticamente idênticos. Quando adultos, um deles decide <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275157-conheca-efeitos-viagens-espaciais-corpo-astronautas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">embarcar em uma viagem espacial</a> cuja nave é capaz de atingir velocidades próximas à da luz, enquanto o outro permanece na Terra.&nbsp;Quando o gêmeo astronauta retorna, algo estranho aconteceu: ele está visivelmente mais jovem do que o irmão que ficou.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271306-ver-mundo-movessemos-velocidade-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como seria ver o mundo se nos movêssemos na velocidade da luz?</a></li></ul>Esse cenário descreve o conhecido paradoxo dos gêmeos que, a um primeiro olhar, desafia nossa intuição sobre o tempo. Como é possível que duas pessoas que nasceram no mesmo momento acabem com idades diferentes?<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12112129676114.jpg" alt="De acordo com o Paradoxo dos Gêmeos, um dos irmãos que viaja à velocidades próximas da luz percebe o tempo mais vagarosamente que o seu irmão que fica na Terra."><figcaption>Segundo o Paradoxo dos Gêmeos, um dos irmãos que viaja a velocidades próximas da luz percebe o tempo mais vagarosamente que o seu irmão que fica na Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Para respondermos a esta pergunta, precisamos retomar às raízes do paradoxo, que remontam à Teoria da Relatividade Especial, desenvolvida por Albert Einstein em 1905. De acordo com esta teoria, o tempo e o espaço não são absolutos; em vez disso, dependem da velocidade com que um observador está se movendo.&nbsp;Essa ideia implica em um fenômeno conhecido como dilatação do tempo que traduz o seguinte fato: quanto mais rápido alguém se move em relação a um observador, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285960-tempo-nao-anda-frente-fisica-moderna-explica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais devagar o tempo passa para essa pessoa</a>.No caso do paradoxo dos gêmeos, o irmão que parte em uma jornada espacial a uma velocidade próxima à da luz experimenta o tempo de forma diferente do irmão que fica na Terra. Para o astronauta, a viagem pode durar apenas alguns anos, mas para o irmão que ficou em casa, muito mais tempo pode ter passado.<blockquote>“Esse efeito é a dilatação do tempo em ação”.</blockquote>O termo “paradoxo” aparece aqui porque, à primeira vista, o fenômeno parece contraditório. Conforme a Relatividade Especial, cada um dos gêmeos pode afirmar que o tempo está passando mais devagar para o outro, pois, na perspectiva de cada um, o outro é quem está em movimento. Esse é o princípio da relatividade: não existe um ponto de referência absoluto. No entanto, quando o irmão astronauta retorna, a diferença de idade é evidente — e apenas um dos gêmeos realmente envelheceu mais.<figure class="image" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5cac90a4e5f7d1409ead718b/1555541356572-35X733R12MABSHCKN3L0/twin1.jpg?format=1500w" data-fonte="&amp;nbsp;Jon Therkildsen/University of Århus&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12112703506117.jpg" alt="Representação esquemática do Paradoxo dos Gêmeos."><figcaption>Representação esquemática do Paradoxo dos Gêmeos. (Fonte: Jon Therkildsen/University of Århus)</figcaption></figure>O paradoxo aparente surge porque a Relatividade Especial aplica-se a situações onde os observadores estão em movimento retilíneo uniforme, ou seja, sem acelerar ou mudar de direção. Mas no paradoxo dos gêmeos, o irmão que viaja precisa acelerar, desacelerar, inverter sua direção e depois acelerar de novo para voltar à Terra.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286924-tempo-ilusao-fisica-quantica-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tempo pode ser uma ilusão da física quântica, diz estudo</a></li></ul>A solução do paradoxo reside, então, na compreensão de que, enquanto o gêmeo que ficou na Terra permaneceu em um referencial inercial (sem acelerações significativas), o gêmeo que viajou experimentou um referencial não inercial, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155323-velocidade-luz-que-ela-e-tao-importante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">devido às mudanças de direção e velocidade</a>.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12112245001115.jpg" alt="A chave para a resolução do aparente paradoxo está na aceleração à velocidades próximas a da luz."><figcaption>A chave para a resolução do aparente paradoxo está na aceleração a velocidades próximas a da luz. Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Durante essas fases de aceleração, a Relatividade Geral se aplica, e o tempo experimentado pelo gêmeo astronauta se “encurta” comparado ao tempo vivido pelo irmão na Terra. Esse efeito explica por que, ao final da viagem, o gêmeo que permaneceu na Terra é mais velho.Em termos simples, enquanto o gêmeo na Terra experimentou o tempo de forma contínua e constante, o gêmeo viajante vivenciou o tempo de forma dilatada durante a viagem, especialmente em seu ponto de maior velocidade. E é justamente durante essas fases de aceleração — o ponto em que o gêmeo precisa desacelerar, inverter e acelerar novamente — que a assimetria entre os gêmeos se torna aparente e resolve o paradoxo.Embora não possamos enviar gêmeos em viagens interplanetárias em altas velocidades com facilidade, o efeito da dilatação temporal foi comprovado em diversas situações experimentais. Um exemplo famoso são os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/247776-dois-relogios-atomicos-emaranhados-1-vez-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimentos realizados com relógios atômicos sincronizados</a>.&nbsp;Quando um relógio é levado em um avião que viaja a uma velocidade elevada e depois comparado a um relógio que permaneceu em terra, verifica-se que o relógio que viajou experimentou o tempo de forma mais lenta, confirmando a previsão da dilatação do tempo.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12113219940120.jpg" alt="Durante a missão de um ano da ISS, o astronauta Scott Kelly (à direita) envelheceu cerca de 8,5 milissegundos a menos que seu irmão gêmeo terrestre Mark (à esquerda) devido a efeitos relativísticos."><figcaption>Durante a missão de um ano da ISS, o astronauta Scott Kelly (à direita) envelheceu cerca de 8,5 milissegundos a menos que seu irmão gêmeo terrestre Mark (à esquerda) devido a efeitos relativísticos. (Fonte: Getty Images).</figcaption></figure>Outro teste vem da observação de partículas subatômicas, como os múons, que têm um tempo de vida extremamente curto. Quando eles se movem próximos à velocidade da luz, seu tempo de vida “parece” aumentar, pois, em seu referencial, o tempo passa mais devagar. Essa dilatação do tempo é idêntica ao que o gêmeo viajante experimentaria.O paradoxo dos gêmeos é <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280024-8-exemplos-teoria-da-relatividade-einstein-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos muitos exemplos de como a Teoria da Relatividade de Einstein mudou nossa compreensão do Universo</a>. Ele nos ensina que o tempo e o espaço não são fixos, mas variam segundo o movimento e a gravidade. Embora pareça paradoxal à primeira vista, o efeito da dilatação do tempo é uma realidade confirmada pela física moderna.&nbsp;Esse enigma, que parece simples, revela o quanto ainda temos a aprender sobre o funcionamento do cosmos e desafia a nossa visão intuitiva de que o tempo é o mesmo para todos.

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A física por trás do Paradoxo dos Gêmeos

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Um grupo de cientistas criou um modelo que simula a fórmula da vida, e parece que o nosso universo não é tão especial assim.

Em uma pesquisa internacional das universidades de Edimburgo, de Genebra e Durham, cientistas descrevem uma hipótese sobre o que pode ser a verdadeira fórmula da vida. O mais interessante é que, talvez, o nosso universo não seja o lugar mais propício para a vida inteligente.Isso pode sustentar a ideia de que talvez não existam outros tipos de vida inteligente no cosmos - inclusive, essa é a opinião de muitos cientistas. Afinal, ainda não fomos capazes de encontrar nenhum local que apresente dados consistentes de vida fora da Terra.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265444-pesadelo-albert-einstein-constante-cosmologica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O pesadelo de Albert Einstein: a constante cosmológica</a></li></ul>Em um estudo publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, a equipe criou um modelo para tentar compreender as condições geradas pela aceleração da expansão do universo em relação à quantidade de estrelas formadas.Atualmente, a ciência acredita que essa expansão é impulsionada por uma das forças mais misteriosas do universo: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294617-universo-expande-energia-escura-contida-buracos-negros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a energia escura</a>.<div class="raw-html-embed">
 <iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/13ldvVx_pJo?si=cpxlsl-jk0Li7xQ_" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe>
</div>Parte do estudo é <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282219-sozinhos-universo-equacao-drake-tenha-resposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baseada na Equação de Drake</a>, desenvolvida pelo astrônomo norte-americano Frank Drake nos anos 1960. Drake buscava criar uma fórmula capaz de estimar o número de possíveis civilizações extraterrestres na Via Láctea.“Os parâmetros que governam o nosso universo, incluindo a densidade da energia escura, poderiam explicar a nossa própria existência. Surpreendentemente, porém, descobrimos que mesmo uma densidade de energia escura significativamente maior ainda seria compatível com a vida, sugerindo que podemos não viver no universo mais provável”, disse a principal pesquisadora do estudo e associada da Universidade de Durham, Daniele Sorini.<h2>Fórmula da vida e o nosso universo</h2>Como as estrelas são essenciais para o surgimento de vida como a nossa, os pesquisadores usaram essa variável para estimar a probabilidade de geração de vida inteligente em um multiverso hipotético.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://scx2.b-cdn.net/gfx/news/hires/2024/a-formula-for-life-new-1.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;NASA / ESA / G. Duchene (Universite de Grenoble I) / Gladys Kober (Catholic University of America)&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/13/13143552372151.jpg" alt="A imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble mostra Alpha Centauri, uma região que pode oferecer as condições necessárias para a vida. Crédito: NASA / ESA / G. Duchene (Universite de Grenoble I) / Gladys Kober (Catholic University of America)."><figcaption>A imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble mostra Alpha Centauri, uma região que pode oferecer as condições necessárias para a vida. Crédito: NASA / ESA / G. Duchene (Universite de Grenoble I) / Gladys Kober (Catholic University of America).</figcaption></figure>Em comunicado, eles explicaram que não buscavam calcular um número exato de civilizações inteligentes, mas sim entender a probabilidade de surgimento da vida em diferentes universos, cada um com suas próprias propriedades.Os resultados do modelo mostraram que a formação da vida seria provável em um universo com&nbsp;27% mais eficiência na formação de estrelas — ou seja, nessa região, essa porcentagem de matéria comum seria convertida em estrelas.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271380-machine-learning-chave-encontrar-sinais-vida-fora-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machine learning pode ser a chave para encontrar sinais de vida fora da Terra</a></li></ul>Os dados indicam que o nosso cosmos possui uma eficiência de 23%.&nbsp;Isso sugere que talvez ele não seja o ambiente mais favorável para o surgimento da vida. De qualquer forma, é importante destacar que o estudo é apenas uma hipótese.Com o novo modelo, a equipe acredita que poderá entender melhor os efeitos da energia escura no desenvolvimento das estruturas fundamentais do universo e, consequentemente, no surgimento da vida.Mantenha-se atualizado sobre astronomia e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para conhecer&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286383-interpretacao-mundos-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a interpretação de Muitos Mundos da mecânica quântica</a>. Até mais!

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Nosso universo pode não ser o melhor para o surgimento da vida, diz estudo

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No estudo do cubo mágico, os autores substituíram as faces coloridas por partículas quânticas chamadas férmions que mudam quando são trocadas.

Criar uma versão quântica do cubo mágico se tornou um projeto da Faculdade de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, a partir de uma aposta feita no verão de 2022, entre Noah Lordi e Maedée Trank-Greene e seus colegas. O desafio era: quantos estados possíveis teria um cubo mágico quântico?A ideia foi logo “comprada” pelo professor Josh Combs, que estabeleceu algumas regras: as cores das faces coloridas teriam que ser “substituídas por partículas quânticas conhecidas como férmions (partículas que mudam quando você as troca), [pois] resolver um cubo quântico será completamente diferente de resolver o cubo mágico regular”.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289139-emaranhamento-quantico-compreendendo-impossivel-forma-simples.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Compreendendo o emaranhamento quântico de uma forma simples</a></li></ul>Transformado em artigo, hospedado no repositório de pré-impressões arXiv, e ainda não revisto por pares, o estudo explica que "Uma única espécie de partículas idênticas substituirá todas as peças azuis e assim por diante por todas as outras cores". Isso significa que todas as partículas da mesma cor serão indistinguíveis entre si, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282976-aurora-boreal-tem-cores-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mas as de cores diferentes</a> serão distinguíveis. Isso permitirá contabilizar o número de trocas.<h2>Como funciona um cubo mágico quântico?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12104601228082.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O cubo mágico quântico tem estados infinitos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A princípio, <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/233731-veja-montar-cubo-magico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um cubo mágico quântico funciona exatamente como seu análogo comum</a>. A equipe reduziu, naturalmente, o número de movimentos possíveis a apenas dois: uma rotação no eixo z e outra no eixo y, sendo os outros movimentos apenas combinações desses dois. Isso demandaria, no máximo, 3,13 segundos para ser resolvido, que é o atual recorde mundial para humanos.Mas, no reino quântico, a coisa pega, porque há um movimento que só é possível nesse tipo de configuração: "a raiz quadrada de uma permutação", explica a equipe. Ou seja, em um cubo mágico quântico, os lados podem ser movidos e não movidos ao mesmo tempo.Isso torna esse objeto totalmente "diferente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123143-6-jogos-e-quebra-cabecas-para-exercitar-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dos quebra-cabeças</a> de permutação comuns das lojas de brinquedos", afirmam os autores. Isso porque, em uma versão quântica do cubo, há um número infinito de estados possíveis. Apesar disso, ele não é completamente insolúvel.<h2>Como solucionar o cubo mágico quântico?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12111410218108.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Há dois truques para solucionar o cubo mágico quântico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Segundo os autores, existem duas maneiras de sair desse literal emaranhado quântico, ambas quase simplórias. Na primeira delas, você apenas mede o estado em que a partícula está (verifique se ela se moveu ou não!). <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282590-ciencia-tras-paradoxo-do-gato-schrodinger.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isso equivaleria a abrir a caixa do gato de Schrödinger</a>, pois eliminaria a superposição, fazendo a partícula funcionar como uma face de cubo normal.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273477-aconteceria-voce-tocasse-superfluido-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceria se você tocasse um superfluido quântico?</a></li></ul>Outra alternativa seria simplesmente trapacear. Você poderia construir seu cubo quântico com férmions idênticos, por exemplo. Essas partículas mantêm o quebra-cabeça em um estado de energia baixo, sejam quais forem os movimentos que você fizer. Isso cria uma restrição no “espaço de estado” do cubo, ou seja, limita as configurações possíveis que ele pode assumir.E você? Vai se arriscar e tentar resolver o cubo mágico quântico? Conte para gente em nossas redes sociais. Até mais!

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Cubo mágico quântico tem número infinito de estados para ser resolvido

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Em novo estudo, físicos avaliam se interações entre bósons de Higgs podem revelar avanços na compreensão da ‘nova física’.

Um grupo de cientistas analisou dados do Grande Colisor de Hádrons (LHC), nas instalações do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), na Suíça, para observar possíveis sinais da ‘nova física’ nas interações envolvendo o bóson de Higgs.Em um novo estudo publicado na revista científica Journal of High Energy Physics, a equipe explica que utilizou dados do detector ATLAS, do LHC, para examinar simulações dessas interações e medir possíveis evidências do que é conhecido como ‘nova física’.&nbsp;O termo ‘nova física’ é utilizado pela comunidade científica para descrever fenômenos que ultrapassam as leis descritas no Modelo Padrão da física.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275228-boson-higgs-cientistas-medicao-precisa-momento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas fazem medição mais precisa do bóson de Higgs, até o momento</a></li></ul>Encontrado em 2012, o bóson de Higgs confirmou a existência da partícula prevista por Peter Higgs cerca de 50 anos antes de sua descoberta. Os resultados das observações abriram caminho para inúmeras pesquisas na área.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BiR1cPisge8?si=YeHuSKnQlO5YDGUV" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Nas interações, eles acreditam que pode ocorrer o fenômeno de criação de dois bósons de Higgs, que então decairiam em elétrons, múons e outras partículas da família dos léptons. Esse processo é considerado extremamente raro e ainda não foi observado, mas pode ocorrer segundo as previsões do Modelo Padrão."Estudos experimentais das interações dos bósons de Higgs entre si encontram um problema fundamental. É este: em colisões de prótons no LHC, os bósons de Higgs aparecem tão raramente que até agora nenhum evento de produção de pares de bósons de Higgs foi detectado, o que à primeira vista parece absolutamente necessário se quisermos observar as interações entre essas partículas", disse o líder do artigo e físico do Instituto de Física da Academia Polonesa de Ciências (IPJ PAN), Dr. Bartlomiej Zabinski.<h2>‘Nova física’ e bósons de Higgs</h2>No estudo, a equipe simulou essa reação de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274924-boson-higgs-saiba-tudo-particula-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criação de bósons de Higgs</a> para verificar se haveria algum tipo de evidência da física desconhecida. Utilizando um algoritmo de aprendizado de máquina, eles buscaram padrões que poderiam revelar algo fora do comum, mas todos os resultados estão segundo o Modelo Padrão da física.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/11/11140222213189.jpg" alt="s"><figcaption>Explorar as possibilidades da ‘nova física’ é essencial, especialmente por ser algo raro e ainda não observado com frequência. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No final, os cientistas não conseguiram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287550-boson-higgs-particula-deus-nao-apresenta-evidencias-de-nova-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">detectar nenhum dado que evidenciasse sinais da ‘nova física’</a>, mas não descartam que isso possa acontecer no futuro. Com o aumento do uso e as futuras atualizações do LHC, mais dados serão coletados e poderão ser analisados para revelar fenômenos que vão além do Modelo Padrão da física.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289343-equacao-une-1-vez-fisica-quantica-relatividade-geral-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Equação une pela 1ª vez física quântica e relatividade geral de Einstein</a></li></ul>"Até agora, não notamos nada nos dados de nossos detectores que discorde do Modelo Padrão. No entanto, esse resultado não descarta a possibilidade da existência de fenômenos de 'nova física', mas apenas nos informa que sua possível influência na produção de pares de bósons de Higgs permanece muito fraca para ser vista nos dados coletados até agora", Zabinski, acrescenta.Mantenha-se atualizado sobre física e ciência aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para compreender como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290507-fotons-rapidos-luz-desafiam-ordem-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fótons mais rápidos que a luz desafiam a ordem do tempo</a>. Até a próxima!

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Cientistas buscam nas interações do bóson de Higgs uma 'nova física'

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A simulação computacional mostrou aos físicos teóricos dos EUA a representação microscópica do momento exato em que um átomo se divide.

Uma das fontes de energia mais poderosas da natureza que, quando manipulada por humanos, causou impactos altamente destrutivos, mas também benéficos para a humanidade, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269273-fissao-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a fissão nuclear jamais foi completamente entendida</a>, ou&nbsp;seja, ninguém sabe exatamente acontece quando o núcleo de um átomo, como o urânio ou plutônio, se divide.Nesse ponto de divisão, conhecido como "ruptura do pescoço", o átomo se separa em dois ou mais fragmentos, chamados produtos de fissão, ou seja, núcleos menores e mais estáveis. No processo, uma enorme quantidade de energia é liberada na forma de calor e radiação. Essa energia pode ser aproveitada tanto em usinas quando em armas nucleares.&nbsp;<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281330-foto-3d-atomo-tirada-1-vez-microscopio-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Foto em 3D de um átomo é tirada pela 1ª vez por microscópio quântico</a></li></ul>Para desvendar esse mistério, o professor Aurel Bulgac, da Universidade de Washington, e sua equipe, usaram o supercomputador Summit do Laboratório Nacional de Oak Ridge, nos EUA, para fazer a primeira simulação computacional multicorpos de uma ruptura de pescoço do núcleo em nível quântico. A simulação mostrou alguns resultados surpreendentes.<h2>Descobertas revolucionárias na simulação da fissão do átomo</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://earimediaprodweb.azurewebsites.net/Api/v1/Multimedia/736fa5aa-fa20-42d3-b677-b0972f04607e/Rendition/low-res/Content/Public" data-fonte="&amp;nbsp;Laboratório Nacional de Los Álamos&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/11/11115606340116.jpg" alt="Série temporal das densidades numéricas de nêutrons/prótons em trajetória típica de fissão. (Fonte: Laboratório Nacional de Los Álamos)"><figcaption>Série temporal das densidades numéricas de nêutrons/prótons em trajetória típica de fissão. (Fonte: Laboratório Nacional de Los Álamos)</figcaption></figure>A primeira surpresa da equipe de Bulgac foi que, ao contrário do que se pensava, a ruptura do pescoço <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265824-cientistas-anunciam-descoberta-novo-tipo-nucleo-atomico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">do núcleo atômico</a> não é um evento aleatório, mas determinado antes da cisão real. Eles também notaram que o pescoço de prótons (partículas carregadas positivamente) se separa e se encaixa mais cedo do que o pescoço de nêutrons (partículas neutras).Mas a talvez a descoberta mais inesperada tenha sido a confirmação da existência de um fenômeno até agora controverso na comunidade científica:&nbsp;os nêutrons de cisão. A simulação não só comprovou que eles realmente existem, mas forneceu detalhes do seu comportamento, trajetos e níveis de energia.<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259984-voce-viu-atomo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você já viu um átomo?</a></li></ul>Para Bulgac, a simulação mostrou nêutrons saindo lateralmente e depois na direção dos fragmentos em movimento. "Esses tipos de espectros distintos são algo que nenhum dos modelos anteriores previu. Além disso, eles são de energia muito alta, então eles devem ter propriedades muito distintas dos nêutrons térmicos", concluiu ele em um comunicado.<h2>Importância da descrição da divisão do átomo para a física nuclear</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/11/11122132863126.jpg" alt="x"><figcaption>O estudo atual mostra aspectos desconhecidos da fissão nuclear. (Fonte: Getty Images/Reproduçao)</figcaption></figure>Para simular de forma tão detalhada a fissão nuclear, a equipe de Bulgac utilizou quase um milhão de horas-nó do supercomputador Summit. Isso equivale a um nó (conjunto de processadores e memória) sendo usado sem parar por cerca de 114 anos, ou seja, um milhão de horas, usadas 24 horas por dia nos 365 dias do ano.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294062-misterio-neutron-solucionado-meio-estado-excitado-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mistério sobre nêutron pode ser solucionado por meio de estado excitado</a></li></ul>Os próximos passos envolvem comparar esses resultados computacionais com observações reais. Nesse sentido, Bulgac afirmou que já discutiu alguns aspectos de suas ideias com experimentalistas, com o propósito de utilizá-las em laboratório.Sejam quais forem os resultados, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a pesquisa atual pode ser considerada um novo capítulo na física nuclear</a>. "No momento, é muito difícil ver o que poderia estar errado, mas temos que esperar para ver. Se você faz uma previsão, ela é confirmada ou não", conclui Bulgac.&nbsp;Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais estudos quânticos como esse aqui no TecMundo e aproveite para conhecer, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o fantástico e bizarro mundo da física</a>.

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O que acontece quando um átomo se divide? Estudo explica em nível quântico

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Imagem de Por que a África está se partindo? A ciência responde! no tecmundo

Uma rachadura gigante apareceu na África Ocidental, e os cientistas estão tentando entender qual é a sua origem.

A &Aacute;frica &eacute; considerada o ber&ccedil;o da humanidade, uma regi&atilde;o formada ap&oacute;s os movimentos continentais que ocorreram ao longo de bilh&otilde;es de anos de hist&oacute;ria da Terra. Segundo a Sociedade Geol&oacute;gica de Londres, o continente est&aacute; se dividindo em duas partes devido a uma fenda gigante, que est&aacute; lentamente destruindo algumas &aacute;reas da superf&iacute;cie terrestre nessa regi&atilde;o.
De acordo com ge&oacute;logos que estudam a regi&atilde;o, uma grande rachadura que se estende por diversos quil&ocirc;metros surgiu no sudoeste do Qu&ecirc;nia e continuou a crescer at&eacute; destruir parte de uma rodovia pr&oacute;xima.
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287893-terra-tem-seis-continentes-nao-sete-aprendemos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Terra tem seis continentes, e n&atilde;o sete como aprendemos, diz estudo</a></li>
</ul>
Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que a rachadura estava relacionada <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286154-quantas-placas-tectonicas-terra-tem-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&agrave; atividade das placas tect&ocirc;nicas</a> na &Aacute;frica Oriental, mas perceberam que se trata, na verdade, de uma ravina que passou por um processo natural de eros&atilde;o. Entretanto, eles est&atilde;o investigando se os dois processos est&atilde;o conectados.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/n9sn_hOJHus?si=K1ywi4qLd_CQ_yzP" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Apesar disso, os cientistas ainda n&atilde;o t&ecirc;m certeza de como a forma&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica da fenda come&ccedil;ou. Afinal, a Terra est&aacute; em constante mudan&ccedil;a, e nem todas essas transforma&ccedil;&otilde;es s&atilde;o observadas pela ci&ecirc;ncia.&nbsp;
Outra possibilidade &eacute; que a rachadura tenha surgido devido &agrave; eros&atilde;o de solo mole, um tipo de solo com baixa resist&ecirc;ncia, que pode se deformar facilmente.
"A fenda agora [aumenta de uma forma] muito lenta, mais ou menos na taxa em que as unhas dos p&eacute;s crescem", disse o professor em&eacute;rito de ci&ecirc;ncias da Terra na Universidade da Calif&oacute;rnia, Ken Macdonald, em mensagem enviada ao site Live Science.
<h2>&Aacute;frica dividida em dois?</h2>
Em um texto publicado no site The Conversation, a pesquisadora de p&oacute;s-doutorado na Royal Holloway University of London, Luc&iacute;a P&eacute;rez D&iacute;az, explica que a parte superior do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294673-grande-misterio-geologia-placas-tectonicas-comecaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manto terrestre &eacute; dividida em diferentes placas tect&ocirc;nicas</a> que, ao se moverem, podem criar uma fenda semelhante ao que est&aacute; sendo observado na &Aacute;frica.&nbsp;
Esse &eacute; exatamente o processo que&nbsp;est&aacute; ocorrendo no sistema do Grande Vale do Rift, na &Aacute;frica Oriental. A rachadura que est&aacute; 'partindo' o continente &eacute; composta por duas grandes fendas. A Fenda Oriental passa pela Eti&oacute;pia e pelo Qu&ecirc;nia, enquanto a Fenda Ocidental se estende entre Uganda e Malawi.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07150019903222.jpg" alt="As linhas pontilhadas mostram por onde as fendas passam na &Aacute;frica." />As linhas pontilhadas mostram por onde as fendas passam na &Aacute;frica.
Embora alguns cientistas acreditem que a fenda da &Aacute;frica Oriental surgiu exclusivamente pelo movimento das placas tect&ocirc;nicas, h&aacute; especialistas que sugerem que o fen&ocirc;meno pode ter sido causado pelo aumento de calor, que levou &agrave; expans&atilde;o das rochas continentais e, consequentemente, &agrave; atividade vulc&acirc;nica.
Essa rachadura se estende por mais de 3.500 quil&ocirc;metros, entre o Mar Vermelho e Mo&ccedil;ambique. Com a poss&iacute;vel ruptura, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155325-divisao-continente-africano-influencia-surgimento-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">essa fenda poderia criar um novo Oceano</a>.
De acordo com observa&ccedil;&otilde;es mencionadas pelo Observat&oacute;rio da Terra da NASA, a rachadura pode estar relacionada ao afastamento da placa tect&ocirc;nica da Som&aacute;lia, que tamb&eacute;m est&aacute; se separando da placa localizada no norte da pen&iacute;nsula ar&aacute;bica.&nbsp;
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281155-erupcao-supervulcao-toba-ter-expulsado-humanos-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Erup&ccedil;&atilde;o do supervulc&atilde;o Toba pode ter 'expulsado' os humanos da &Aacute;frica</a></li>
</ul>
Inclusive, &eacute; importante destacar que a fenda n&atilde;o surgiu no continente nos &uacute;ltimos anos; na verdade, ela &eacute; muito mais antiga do que a pr&oacute;pria sociedade humana.
Em mensagem ao site&nbsp;Live Science, a presidente do departamento de geologia da Universidade Tulane e consultora cient&iacute;fica do Departamento de Estado dos EUA, Cynthia Ebinger, explica que a forma&ccedil;&atilde;o original da rachadura ocorreu h&aacute; aproximadamente 35 milh&otilde;es de anos. Pouco depois, cerca de 25 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, a fenda se expandiu e alcan&ccedil;ou o norte do Qu&ecirc;nia.
<h2>Quando a &Aacute;frica ser&aacute; dividida?</h2>
Ebinger acrescenta que tanto a Fenda da &Aacute;frica Oriental quanto outros fen&ocirc;menos naturais, como zonas de terremotos e vulc&otilde;es, apontam que a &Aacute;frica est&aacute; se dividindo a uma taxa de aproximadamente 6,35 mil&iacute;metros por ano.
"O que n&atilde;o sabemos &eacute; se essa fenda continuar&aacute; no ritmo atual para eventualmente abrir uma bacia oce&acirc;nica, como o Mar Vermelho, e depois para algo muito maior, como uma vers&atilde;o menor do Oceano Atl&acirc;ntico. Ou pode acelerar e chegar l&aacute; mais r&aacute;pido? Ou pode estagnar?", Macdonald acrescenta.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279757-continente-desaparecer-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um continente pode desaparecer? A ci&ecirc;ncia responde!</a></li>
</ul>
Em resumo, embora a &Aacute;frica esteja realmente se partindo ao meio, a divis&atilde;o completa n&atilde;o ocorrer&aacute; t&atilde;o rapida ou facilmente. Em todo o caso, a gera&ccedil;&atilde;o atual n&atilde;o estar&aacute; mais viva quando isso acontecer.
Gostou do conte&uacute;do? Ent&atilde;o, fique por dentro de mais assuntos sobre ci&ecirc;ncias da Terra aqui no TecMundo. Aproveite para assistir &agrave; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289298-animacao-mostra-danca-placas-tectonicas-terra-1-8-bilhao-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anima&ccedil;&atilde;o que mostra a 'dan&ccedil;a' das placas tect&ocirc;nicas da Terra em 1,8 bilh&atilde;o de anos</a>. At&eacute; a pr&oacute;xima!

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Por que a África está se partindo? A ciência responde!

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Imagem de O físico Stephen Hawking realmente ‘previu’ o fim do mundo? no tecmundo

Stephen Hawking alertou sobre os riscos para a humanidade devido às mudanças climáticas. Mas será que o cientista, de fato, previu o fim do mundo? Descubra!

<head></head><body>Ao longo da história da humanidade, diversas profecias e previsões sobre o fim do mundo, ganharam notoriedade. Recentemente, notícia que Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA)&nbsp;teria confirmado uma suposta teoria de Stephen Hawking, que relaciona o fim do mundo às mudanças climáticas, foi destaque na mídia.A teoria sugere que, se a humanidade continuar explorando os recursos naturais de forma desenfreada, a Terra pode sofrer transformações <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282538-aconteceria-terra-extincao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que poderiam levar à extinção da civilização</a>. Essa ideia foi, de fato, defendida por Stephen Hawking. Ele até chegou a sugerir que os seres humanos deveriam colonizar outro planeta para aumentar as chances de sobrevivência da espécie.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265420-cientistas-alertam-possivel-caos-terra-devido-atividade-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas alertam para possível caos na Terra devido à atividade humana</a></li></ul>O cientista comentou sobre o tema em entrevistas à imprensa em 2016, antes de seu falecimento. É mais ou menos daí que surgiu essa ‘fofoca’ supostamente confirmada pela NASA. Mas como assim supostamente? Bom, acontece que a NASA não confirmou nada disso.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AoR2lWyngFk?si=TZLKXGB7XBbrEyIb" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Apesar da ideia ter sido realmente mencionada por Hawking, outros cientistas e figuras influentes também defendem possibilidades semelhantes. Por exemplo, o bilionário Elon Musk, da SpaceX, acredita <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290803-humanos-marte-nasa-revela-detalhes-missao-prevista-anos-2030.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que a colonização de Marte aumentaria as chances de sobrevivência da humanidade</a>.“Até lá, deveríamos estar espalhados pelo espaço e em outras estrelas, para que um desastre na Terra não signifique o fim da raça humana. No entanto, não estabeleceremos colônias autossustentáveis no espaço por pelo menos os próximos cem anos, então precisamos ser muito cuidadosos nesse período”, Hawking afirmou em entrevista à BBC.<h2>Quais são as previsões de Stephen Hawking</h2>Primeiro, Hawking não fez nenhuma previsão do futuro, mas com base na história de consumo dos recursos naturais da humanidade, o cientista teoriza que as mudanças climáticas poderiam causar consequências irreparáveis que exterminaram os seres humanos.Hawking não se refere<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290794-gelo-calor-485-milhoes-anos-mudancas-climaticas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;apenas às mudanças climáticas</a>. O cientista afirma que o fim do mundo também poderia ocorrer devido a um desastre nuclear, a queda de um asteroide na Terra ou até pela inteligência artificial (IA). Em essência, ele alerta que a humanidade pode ser extinta tanto por problemas climáticos quanto por outros desastres imprevisíveis.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267732-consumo-excessivo-causar-colapso-civilizacao-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Consumo excessivo pode causar colapso da civilização, diz estudo</a></li></ul>Ou seja, não, o famoso divulgador científico não “previu” exatamente que o mundo acabaria. Na verdade,&nbsp;ele apresentou sua teoria como um alerta sobre o que pode acontecer com a Terra e a civilização humana nas próximas centenas de anos.<h3>Hawking e o fim do mundo</h3>Como já foi citado, Hawking não foi o único cientista a comentar sobre a possibilidade da extinção dos seres humanos devido à mudança climática. Existem diversos órgãos, cientistas, especialistas e estudos que defendem essa possibilidade.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05144545365231.jpg" alt="O físico teórico britânico Stephen Hawking faleceu aos 76 anos, em março de 2018.">O físico teórico britânico Stephen Hawking faleceu aos 76 anos, em março de 2018.É um fato inegável que a mudança climática pode acabar com os recursos necessários para a sobrevivência da humanidade. Sem contar nas outras possibilidades, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278223-asteroide-colidir-terra-2029-animacao-mostra-resultado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a queda de um asteroide que destruiria tudo presente na superfície terrestre</a>.Para que a humanidade continue em um caminho próspero, especialistas afirmam que precisamos reestruturar como consumimos os recursos naturais do planeta; principalmente no que diz respeito à geração de energia elétrica.<h2>O que a NASA diz?</h2>Nas notícias que ganharam destaque na internet na última semana, foi descrito que a NASA havia confirmado a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265154-stephen-hawking-universo-fadado-evaporar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">‘previsão’ de Stephen Hawking</a>. Mas não foi exatamente isso que aconteceu.&nbsp;A origem da informação que gerou o mal-entendido, se trata de um resumo de uma palestra do ex-diretor do Centro de Pesquisa Ames na NASA e diretor-executivo do Breakthrough Starshot, Pete Worden. É importante ressaltar que a agência espacial não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o assunto. Ou seja, a NASA não confirmou nenhuma informação.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271746-terra-ultrapassou-seis-nove-limites-planetarios-seguranca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra já ultrapassou seis dos nove limites planetários de segurança</a></li></ul>No fim, Hawking não fez exatamente uma previsão; ele apenas compartilhou suas teorias. O que permanece confirmado é que as mudanças climáticas estão, aos poucos, destruindo a Terra.Mantenha-se atualizado sobre com os últimos estudos científicos aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite descobrir, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266515-quao-proxima-planeta-terra-nova-extincao-massa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o quão próximo o planeta Terra está de uma nova extinção em massa</a>. Até mais!</body>

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O físico Stephen Hawking realmente ‘previu’ o fim do mundo?

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Imagem de O grande mistério da geologia: quando as placas tectônicas começaram? no tecmundo

Embora muitos pesquisadores tenham passado suas vidas buscando provas da origem da tectônica das placas, ainda não há um consenso. 

<head></head><body>Embora seja um dos processos mais básicos de formação da Terra, a origem da tectônica das placas é um assunto polêmico capaz de incendiar qualquer reunião de geólogos. Apesar disso, todos concordam que a teoria em si é capaz de entregar uma estrutura coerente que nos permite não só explicar,&nbsp;mas também prever o comportamento da camada externa rígida da Terra.Há também um consenso de que o caráter excepcional do sistema tectônico terrestre é uma das características exclusivas que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286802-civilizacao-humana-unico-tipo-vida-inteligente-galaxia-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos distinguem de todos (ou quase todos) os planetas conhecidos no Universo</a>.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286154-quantas-placas-tectonicas-terra-tem-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quantas placas tectônicas a Terra tem?</a></li></ul>Restam, no entanto, algumas questões. Quando a superfície da Terra se fragmentou em placas tectônicas? E quando essas placas começaram a se deslocar, colidir umas com as outras e mergulhar no interior do planeta? As respostas a essas questões variam imensamente, de 700 milhões de anos a mais de 4 bilhões de anos atrás, em nossa infância planetária.<h2>Os vestígios mais antigos de placas tectônicas</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/DI6SemRT2iY" title="The World Before Plate Tectonics" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Curiosamente, as teorias mais recentes jogam o desenvolvimento das placas tectônicas em tempos mais antigos. Uma pesquisa publicada na Nature em junho de 2023 sugere que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283085-hadeano-podemos-aprender-primordios-terra-na-busca-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Terra desenvolveu seu sistema de placas tectônicas durante o período Hadeano</a>, a era geológica mais antiga do nosso planeta, há 4,5 bilhões de anos.A pesquisa foi feita com o uso de zircões, definidos no estudo como os únicos cristais detríticos que, além de datados com precisão, “são capazes de fornecer restrições à mobilidade litosférica abrangendo as escalas de tempo de centenas de milhões de anos”. Em entrevista à Live Science, o professor Jun Korenaga, da Universidade de Yale, afirma que a modelagem teórica apoia a existência de placas tectônicas em condições hadeanas.<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289298-animacao-mostra-danca-placas-tectonicas-terra-1-8-bilhao-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Animação mostra a 'dança' das placas tectônicas da Terra em 1,8 bilhão de anos</a></li></ul>A pesquisa com zircão e com a química de algumas das rochas sobreviventes mais antigas da Terra indicam que o nosso planeta recém-nascido já exibia algumas características semelhantes à de hoje, como oceanos e massas continentais. Essas evidências contrariam a visão tradicional de uma Terra primitiva, inóspita e coberta por magma, em condições extremas.&nbsp;<h2>Outras teorias sobre o início da tectônica de placas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05115709980152.jpg" alt="Teorias dizem que o nosso planeta recém-nascido já possuía oceanos e placas continentais.">Teorias dizem que o nosso planeta recém-nascido já possuía oceanos e placas continentais.Além da teoria de início precoce, alguns geocientistas, como Robert Stem, da Universidade do Texas, defendem o surgimento das placas tectônicas durante o Neoproterozoico, entre 1 bilhão e 541 milhões de anos atrás. Entrevistado pela Live Science, ele diz que essa época coincide com o surgimento dos ofiolitos, fragmentos da crosta oceânica empurrados para cima e incorporados à crosta continental. &nbsp;O raciocínio é simples: a presença dos ofiolitos, bem como de rochas metamórficas chamadas xistos azuis, mostra que ambos foram formados em zonas de subducção, regiões onde uma placa tectônica se move para baixo de outra e depois mergulha no manto terrestre. Como a subducção é uma característica indiscutível da existência de placas tectônicas, essa é uma evidência concreta de que os processos tectônicos já estavam ativos.Mas muitos geólogos contestam a teoria de Sterm, considerando-a conservadora, e defendem um início da tectônica ainda mais tardio, pois essas rochas indicativas de placas podem ter sido destruídas ou modificadas através do tempo. "<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277043-placa-tectonica-indiana-partindo-duas-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A colisão Tibete-Índia ainda não acabou</a>", afirma à Live Science o professor emérito de geociências da Universidade da Califórnia em Los Angeles, Mark Harrison, mas muitas dessas rochas “recentes” já sofreram erosão.<h2>Por que é tão difícil datar as placas tectônicas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05120137271153.jpg" alt="A maioria das rochas antigas pode ter sido destruída por processos posteriores.">A maioria das rochas antigas pode ter sido destruída por processos posteriores.A grande dificuldade em estabelecer uma data exata para o início da tectônica de placas vem, principalmente, da citada escassez de rochas muito antigas, pois a maioria delas foi destruída por processos geológicos posteriores. Além disso, o processo de interpretar evidências geológicas de bilhões de anos é muito complexo.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274162-pesquisadores-criam-mapa-definitivo-placas-tectonicas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores criam mapa definitivo das placas tectônicas da Terra</a></li></ul>Cada evidência apresentada nessas diferentes teorias tem seu ponto franco. Por exemplo, embora os zircões sejam considerados precisos, a maioria deles veio de um só lugar: a região de Jack Hills, na Austrália, o que pode não ser representativo para o resto do planeta.&nbsp;Como as rochas antigas podem não ter passado pelos mesmos processos das rochas mais recentes, elas podem parecer “esquisitas” ou distintas, pois refletem as condições da Terra primitiva.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais estudos sobre a geologia do planeta Terra aqui no TecMundo e aproveite <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281422-desvendando-misterios-pangeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para desvendar os mistérios da Pangeia</a>. Até a próxima!</body>

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O grande mistério da geologia: quando as placas tectônicas se formaram?

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Imagem de Universo se expande com energia escura contida em buracos negros, diz estudo no tecmundo

O estudo propõe que a matéria de uma estrela massiva se torna energia escura durante seu colapso em um buraco negro, como um pequeno Big Bang ao contrário.

<head></head><body>Utilizando o Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI), que mapeia o universo em 3D, uma equipe de cientistas testou a hipótese de uma conexão entre energia escura (EE) e buracos negros.Eles propõem que buracos negros acoplados cosmologicamente (conectados com a evolução do Universo) poderiam ser a origem física da energia escura, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158369-energia-escura-estudo-revela-historia-taxa-expansao-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a força misteriosa que acelera a expansão cósmica</a>. Segundo os pesquisadores, a energia escura evolui naturalmente com o tempo porque a produção de buracos negros está diretamente relacionada com a formação de estrelas.<ul><li>Se jogue:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282726-nova-simulacao-nasa-permite-voce-mergulhe-buraco-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova simulação da NASA permite que você mergulhe em um buraco negro</a></li></ul>Para o autor principal do estudo, Kevin Croker, da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA, "Se os buracos negros contêm energia escura, eles podem se acoplar e crescer com o universo em expansão, fazendo com que seu crescimento acelere". Embora a nova pesquisa não consiga revelar detalhes de como isso acontece, ela fornece alguns “indícios de que está acontecendo”, afirma ele em um comunicado. &nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gjwxnoPoEHQ?si=gDrHA9_S6sI6ltQB" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Buscando energia escura em buracos negros</h2>Para buscar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260857-pesquisa-sugere-ligacao-entre-energia-escura-buracos-negros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinais de energia escura de buracos negros</a>, a equipe pesquisou dezenas de milhões de galáxias distantes que tiveram seus espectros de luz coletados pelo DESI. Inaugurado oficialmente em 2021, o instrumento "olha" bilhões de anos no passado e consegue determinar com precisão a taxa de expansão do Universo. <img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/04/04102414389062.png" alt="Galáxias primitivas formadoras de antigos buracos negros fotografadas pela NIRCam do telescópio James Webb.">Galáxias primitivas formadoras de antigos buracos negros fotografadas pela NIRCam do telescópio James Webb.Como esses dados podem ser usados para deduzir as alterações na quantidade de energia escura, a equipe comparou os valores com a quantidade de buracos negros que se formaram como consequência das mortes de estrela massivas ao longo do tempo cósmico.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277018-energia-escura-complicada-cientistas-imaginavam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Energia escura pode ser mais complicada do que cientistas imaginavam, diz estudo</a></li></ul>Surpreendentemente, os dois fenômenos se mostraram consistentes, ou seja, quanto mais buracos negros eram "produzidos" pela morte de grandes estrelas, mais a EE aumentava na mesma proporção no Universo. "Isso torna mais plausível que os buracos negros sejam a fonte de energia escura", comemora o coautor Duncan Farrah, da Universidade do Havaí, em um release. &nbsp;&nbsp;<h2>Importância da pesquisa para a teoria do acoplamento cosmológico</h2><img src="https://www.sciencealert.com/images/2019-09/black-hole-sim_600.gif" alt="This NASA visualisation of a black hole is so beautiful, we could cry"> A pesquisa atual contribui para um amplo esforço da comunidade científica <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271786-energia-escura-responsavel-maior-parte-universo-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que investiga a possibilidade de acoplamento cosmológico</a> (uma teoria de 1944) em buracos negros. Um estudo anterior, feito no ano passado por grande parte dos autores do artigo atual, investigou a ligação entre energia escura e buracos negros supermassivos pela sua taxa de crescimento dentro de centros galácticos.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294272-hipotese-universo-espelho-explicar-inflacao-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A hipótese do "Universo espelho" pode explicar a inflação cósmica</a></li></ul>A abordagem do artigo atual, por outro lado, busca ligar buracos negros à energia escura quando eles nascem. Isso significa que a maioria dos buracos negros é mais jovem do que os do outro estudo. Eles nasceram em uma época em que a formação de estrelas já estava mais adiantada, em vez de no estado inicial do Universo.Para Croker, o próximo passo é localizar esses buracos negros e acompanhar os seus movimentos nos últimos oito bilhões de anos. A tarefa, antes desanimadora, agora é factível com o DESI, e está só começando.</body>

Science Communication Lab/DESY

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Universo se expande com energia escura contida em buracos negros, diz estudo

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Imagem de Pinball cósmico com elétrons assassinos ameaça satélites e astronautas  no tecmundo

Estudo afirma que, quando um raio cai, os elétrons descem em enxurradas, mostrando uma perigosa conexão entre o clima da Terra e o do espaço.

Uma descoberta casual, feita por pesquisadores que estudavam dados de um antigo sat&eacute;lite desativado, lan&ccedil;ou uma luz sobre a interconex&atilde;o entre o clima na Terra e o clima no espa&ccedil;o. Em um novo estudo, a equipe mostra que tempestades comuns de raios em nosso planeta s&atilde;o capazes de expulsar el&eacute;trons &ldquo;extraquentes&rdquo; do cintur&atilde;o de radia&ccedil;&atilde;o interno da magnetosfera.
Em um comunicado, o l&iacute;der da pesquisa, Max Feinland, doutorando na Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, explica: "Essas part&iacute;culas s&atilde;o as assustadoras ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que algumas pessoas chamam de 'el&eacute;trons assassinos'</a>. Eles podem penetrar metal em sat&eacute;lites, atingir placas de circuito e podem ser cancer&iacute;genos se atingirem uma pessoa no espa&ccedil;o".
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273252-saiba-clima-espacial-afeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o clima espacial afeta a Terra?</a></li>
</ul>
O artigo, publicado recentemente na revista Nature Communications, pode funcionar como um guia para proteger sat&eacute;lites e astronautas dessa radia&ccedil;&atilde;o potencialmente letal em futuras miss&otilde;es no espa&ccedil;o. "Esse &eacute; o tipo de tempestade na qual voc&ecirc; n&atilde;o quer ser pego", alerta Feinland. &nbsp;
<h2>Os el&eacute;trons assassinos dos cintur&otilde;es que nos protegem</h2>
<iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/oz3fR_LX4dQ" title="How Earth&rsquo;s Lightning Impacts Space Weather: 'Killer Electrons' Playing Cosmic Pinball!" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O cen&aacute;rio da pesquisa s&atilde;o os cintur&otilde;es de radia&ccedil;&atilde;o de Van Allen, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290293-nasa-captura-imagem-nitida-cinturao-radiacao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">duas regi&otilde;es de radia&ccedil;&atilde;o que envolvem a Terra</a>, compostas principalmente por part&iacute;culas carregadas, como el&eacute;trons e pr&oacute;tons. A primeira circunda a Terra a uma altitude de cerca de 966 km, e a externa come&ccedil;a acima dos 19 mil km.
Mantidos mais ou menos &ldquo;aprisionados&rdquo; pela nossa magnetosfera, essas regi&otilde;es de radia&ccedil;&atilde;o oferecem uma prote&ccedil;&atilde;o importante para a Terra, pois desviam e capturam as part&iacute;culas carregadas do vento solar. No entanto, essa mesma radia&ccedil;&atilde;o concentrada nos cintur&otilde;es pode ser perigosa para sat&eacute;lites, espa&ccedil;onaves e para os seres humanos. &nbsp;
E &eacute; a&iacute; que mora o problema: os autores teorizam que, quando um raio brilha no c&eacute;u, ele gera ondas de r&aacute;dio que se propagam no espa&ccedil;o, e atingem alguns el&eacute;trons dos cintur&otilde;es de Van Allen. Ao sacudir (energizar) algumas dessas part&iacute;culas &ldquo;soltas&rdquo;, as ondas eletromagn&eacute;ticas acabam causando a precipita&ccedil;&atilde;o delas, na chamada &ldquo;chuva de el&eacute;trons assassinos&rdquo;.
<h2>Um pinball c&oacute;smico com el&eacute;trons assassinos</h2>
<img src="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/xyHPYaAEHnhKKmswZu55Td-970-80.gif" />
Os autores comparam essas perigosas precipita&ccedil;&otilde;es eletr&ocirc;nicas com o recurso "adicionar uma bola" em um jogo de pinball, em que o "plunger" (alavanca) s&atilde;o os raios. Quando a bolinha (el&eacute;tron do cintur&atilde;o interno) &eacute; liberada, logo come&ccedil;a a ricochetear entre os hemisf&eacute;rios norte e sul da Terra, indo e voltando em 0,2 segundo.&nbsp;
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274346-campo-magnetico-terra-inverter-veja-explicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O campo magn&eacute;tico da Terra pode se inverter?</a></li>
</ul>
S&oacute; que, no caso, n&atilde;o &eacute; uma bolinha isolada, explica a coautora Lauren Blum, professora da UC Boulder: "Voc&ecirc; tem um grande aglomerado de el&eacute;trons que ricocheteia e, em seguida, retorna e ricocheteia novamente. Voc&ecirc; ver&aacute; esse sinal inicial, at&eacute; ele desaparecer."&nbsp;
O problema &eacute; que, quando os el&eacute;trons ricocheteiam, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282093-teoria-sugere-existe-eletron-universo-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alguns despencam do cintur&atilde;o e entram na nossa atmosfera</a>. Os pesquisadores querem agora entender melhor esse "jogo", para prever sua ocorr&ecirc;ncia, e manter pessoas e dispositivos eletr&ocirc;nicos seguros.
Gostou de saber mais sobre a rela&ccedil;&atilde;o do clima espacial e Terra? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a mat&eacute;ria com os seus amigos. At&eacute; mais!

UCLA EPSS/NASA SVS

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Pinball cósmico com elétrons assassinos ameaça satélites e astronautas 

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