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Um estudo identificou duas ‘ilhas’ gigantes no manto terrestre, o que pode contradizer a atual teoria sobre sua dinâmica da região.

A Terra é formada por seis continentes, incluindo a África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania — em países de língua inglesa são sete continentes, pois eles dividem América do Norte e América do Sul.&nbsp;Além dessas grandes massas de terra, há inúmeras ilhas espalhadas pelo planeta. No Brasil, especialistas estimam que existem mais de mil ilhas catalogadas; a maioria delas não tem grande dimensão.Um estudo recente, publicado na revista científica&nbsp;Nature, revela que pesquisadores da Universidade de Utrecht (UU), na Holanda, identificaram duas formações gigantescas subterrâneas parecidas com ilhas. Elas são tão grandes quanto alguns continentes e estão escondidas em áreas extremamente profundas, no manto da Terra.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401381-modelo-de-alta-resolucao-mostra-os-mundos-submersos-sob-o-pacifico-entenda.htm">Modelo de alta resolução mostra os mundos submersos sob o Pacífico</a></li></ul>Os resultados sugerem <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290232-estrutura-misteriosa-oceano-pacifico-tempo-dinossauros.htm">que essas estruturas são extremamente antigas,</a> com origem estimada em aproximadamente de meio bilhão de anos. Talvez muito mais.A pesquisa descreve duas 'ilhas' do tamanho de continentes, com temperaturas mais altas que o cemitério de placas tectônicas ao seu redor. Em um comunicado oficial da Universidade de Utrecht, os cientistas destacam que esses achados contradizem a teoria atual, que descreve o manto terrestre como uma região de fluxo rápido e altamente misturada. Os dados sugerem que esse fluxo é menor do que era esperado.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kwfNGatxUJI?si=_gc95vteSJbaegbf" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>O cemitério de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400599-nova-tecnica-utiliza-fibra-otica-para-estudar-as-placas-tectonicas-da-terra.htm">placas tectônicas</a> é uma área onde placas subduzidas afundam no manto terrestre devido ao processo de subducção. Nesse fenômeno, uma placa desliza sob outra e ‘mergulha’ em direção às camadas mais profundas da Terra.O estudo foi baseado na análise de vibrações sísmicas geradas por terremotos ao redor do planeta. Ao examinar possíveis desvios nessas ondas, os pesquisadores identificam áreas onde elas podem ter sido refletidas ou alteradas. Esse processo permite mapear estruturas internas da Terra e entender suas formas ocultas nas profundezas.“Mas ninguém conseguia explicar realmente o que eram, ou se eram um fenômeno temporário, ou se estavam ali há centenas de milhões ou mesmo bilhões de anos. Ao redor dessas duas ilhas gigantescas, há um 'cemitério' de placas tectônicas e foram trazidas da superfície da Terra a uma profundidade de quase três mil quilômetros por subducção, o processo pelo qual uma placa tectônica mergulha sob a outra”, disse o sismólogo e professor da UU, Arwen Deuss.<h2>Manto e placas tectônicas</h2>A teoria atual sobre a formação das placas tectônicas explica como os continentes se deslocaram ao longo de bilhões de anos e moldaram a Terra como a conhecemos hoje. No passado, o planeta tinha uma configuração muito diferente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271894-pangeia-2-0-animacao-mostra-terra-daqui-250-milhoes-anos.htm">como na era da Pangeia</a>, quando todas as massas terrestres formavam um único supercontinente.&nbsp;Antes dessa ideia, a teoria mais aceita era a do geólogo alemão Alfred Wegener, que propôs a deriva continental. Mas na época, seu modelo não considerava a existência de placas tectônicas e nem explicava o mecanismo do movimento dos continentes.Os cientistas estimam que existam entre 12 e 14 placas tectônicas principais, essenciais para a dinâmica interna da Terra — outros especialistas sugerem que há mais de 20. Algumas possuem apenas centenas de quilômetros, enquanto outras se estendem por milhões de quilômetros.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290211-pirataria-fluvial-explicar-monte-everest-tao-grande.htm">'Pirataria fluvial' pode explicar por que o Monte Everest é tão grande</a></li></ul>Para entender esse processo, imagine o planeta como uma imensa esfera rochosa repleta de fissuras. Essas fissuras representam as placas tectônicas, que se deslocam impulsionadas pelo movimento do material rochoso que se desloca de forma lenta devido ao calor interno da Terra.As placas tectônicas fazem parte da litosfera, uma pequena porção da estrutura colossal da Terra, que se divide em quatro camadas principais: crosta, manto, núcleo externo e núcleo interno. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288496-cientistas-ter-descoberto-origem-ondas-sismicas-misteriosas-manto-terra.htm">O manto, que se estende por cerca de 2.900 km</a>, é subdividido em superior e inferior, composto por rochas sólidas, mas com fluxo que permite o movimento das placas.Assim, por meio das ondas sísmicas geradas por terremotos e pequenos tremores, os cientistas analisam como essas vibrações se propagam no interior da Terra. Esse método é essencial para estudar suas camadas, já que não existe tecnologia capaz de perfurar até essas profundezas para observação direta ou coleta de amostras.<h2>‘Ilhas’ do tamanho de continentes</h2>Por meio da análise das ondas sísmicas, os pesquisadores do novo estudo conseguiram criar um tipo de mapa do interior da Terra e identificar as gigantescas 'ilhas'. Vale destacar que essas estruturas subterrâneas não foram observadas pela primeira vez agora; no século XX, já haviam sido detectadas, mas os cientistas não conseguiram explicar sua origem na época.A equipe afirma que as ‘ilhas’ estão localizadas na fronteira entre o núcleo externo e o manto, em uma região conhecida como Grandes Províncias de Baixa Velocidade Sísmica (LLSVPs). Nessas áreas, as temperaturas são mais altas e isso faz com que as ondas sísmicas se movam mais devagar ao atravessá-las - quanto mais quente, mais as ondas são amortecidas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150148397416.jpg" alt="A imagem apresenta gráficos que mostram as regiões de LLSVPs no manto da Terra." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150148522420.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150148428417.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150148522419.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150148506418.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta uma representação da localização das LLSVPs. (Fonte: Universidade de Utrecht)</figcaption></figure>Contudo, as observações mais recentes mostraram um resultado inesperado: houve pouco amortecimento das ondas nas LLSVPs. Em contraste, o amortecimento foi bem mais significativo no cemitério de placas tectônicas. Já no manto superior, como previsto, as altas temperaturas fizeram com que as ondas sísmicas perdessem ainda mais energia ao atravessar a região.Inicialmente, os pesquisadores acreditavam que o amortecimento das ondas sísmicas nas LLSVPs ocorria apenas devido às altas temperaturas. No entanto, perceberam que a temperatura sozinha não explica essa absorção de energia.Por isso, também analisaram o tamanho dos grãos minerais nessas regiões. Eles perceberam que os pequenos grãos criam fronteiras entre si, e cada vez que uma onda sísmica atravessa essas fronteiras, parte de sua energia é absorvida. Esse fator pode ajudar a explicar por que algumas áreas dissipam mais energia do que outras.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294351-manto-terra-partiu-duas-grandes-regioes-pangeia-se-formou.htm">O manto da Terra se partiu em duas grandes regiões quando Pangeia se formou</a></li></ul>Os investigadores acreditam que os grãos nas LLSVPs são muito maiores, por isso a energia passa mais 'tranquilamente' por lá; já no cemitério de placas, os grãos são realmente pequenos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150420893436.jpg" alt="A imagem mostra a representação dos grãos nas LLSPVs." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150420893437.jpg 238w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150420924439.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/31/31150420924438.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A representação mostra como os grãos menores (roxos) no cemitério de placas podem absorver mais as ondas sísmicas. (Fonte: Universidade de Utrecht)</figcaption></figure>“Grãos menores também significam uma quantidade maior de grãos e, portanto, mais transições entre grãos. E como também há mais transições entre os grãos dentro do cemitério de placas tectônicas frias, vemos muito amortecimento ali, porque a cada transição uma vibração perde um pouco de sua energia. O fato de os LLSVPs apresentarem pouca atenuação significa que eles devem consistir em grãos muito maiores”, disse a especialista em minerais, Laura Cobden.Movimentos nas profundezas da Terra influenciam desde a atividade sísmica até a formação de novas paisagens ao longo de milhões de anos. Quer saber mais? Aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282665-manto-terra-moldou-topografia-da-superficie-entenda.htm">como o manto da Terra moldou a topografia da superfície</a>. Até a próxima!

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Estudo analisa 'ilhas' gigantescas nas profundezas da Terra; entenda

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Uma pesquisa realizada na Índia indica que a matéria escura pode ser leve, já que uma massa grande demais poderia interferir em outras partículas.

Segundo cientistas do Instituto Indiano de Educação e Pesquisa Científica em Bhopal, na Índia, é possível que a misteriosa matéria escura não seja tão pesada assim. O artigo científico ainda aguarda a revisão por pares, mas dá um indicativo de que essa substância é mais leve do que pensávamos.Com uma natureza desconhecida, a matéria escura é uma propriedade que pode englobar cerca de 30% do universo, mas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282741-materia-escura-nao-podemos-ver-substancia-misteriosa-que-compoem-universo.htm">é algo totalmente invisível e complexo para a ciência</a>. O entendimento é que essa substância, por assim dizer, tem uma massa muito mais densa do que a de outros tipos de matéria, mas isso pode não ser totalmente verdade.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401961-relogio-do-juizo-final-bate-recorde-e-humanidade-parece-estar-mais-perto-do-fim.htm">Relógio do Juízo Final bate recorde e humanidade parece estar mais perto do fim</a></li></ul>O levantamento indica que a matéria escura mais pesada, como acreditamos, pode influenciar e interagir com a matéria normal. Em especial, o estudo considerou o Bóson de Higgs, uma partícula elementar no mundo da física que atribui massa a outras partículas, como um dos possíveis afetados pela matéria escura com massa mais pesada.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832289.jpg" alt="matéria escura" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418816287.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832290.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832291.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418816288.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Por afetar a gravidade, há a ideia de que a matéria escura é uma substância pesada (Imagem: Nasa/Reprodução)</figcaption></figure><h2>Nova percepção sobre a matéria escura</h2>O fato da matéria escura ser muito pesada faria com que as interações com o Bóson de Higgs bagunçassem todas as outras interações entre partículas. Assim, uma das hipóteses é que a matéria escura é uma propriedade mais leve e não necessariamente pesada, já que sua massa poderia afetar esses outros corpos.Por mais que seja uma discussão muito teórica e difícil de imaginar, isso significa que agora os cientistas podem se preocupar em pesquisar e encontrar partículas de matéria escura mais leves. Em outras palavras, a descoberta pode mudar a percepção da comunidade científica e auxiliar no entendimento sobre o funcionamento do universo.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401895-o-desafio-da-quimica-em-unir-todos-os-elementos-da-tabela-periodica.htm">O desafio da Química em unir todos os elementos da Tabela Periódica</a></li></ul>Vale reiterar que o artigo ainda precisa passar pela revisão por pares e se constitui apenas como uma hipótese a respeito do tema. &nbsp;

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Matéria escura pode ser mais leve do que pensávamos

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Pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, detectaram pela primeira vez um tipo de magnetismo que era apenas uma teoria.

A compreensão do magnetismo começou há milhares de anos. No século VI a.C., Tales de Mileto percebeu que certas pedras eram capazes de atrair ferro: a magnetita foi a primeira rocha magnética identificada e, posteriormente, utilizada na fabricação de equipamentos. Atualmente, existem dois principais tipos de magnetismo: ferromagnetismo e antiferromagnetismo, mas novas evidências dão indício de uma nova possibilidade.Em um estudo publicado na revista Nature, pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, afirmam ter obtido a primeira evidência da possível existência de um terceiro tipo de magnetismo: o altermagnetismo. A equipe sugere que a descoberta pode ter um impacto significativo na pesquisa sobre materiais supercondutores, além de contribuir para o desenvolvimento de memórias magnéticas de alta velocidade.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm">O que acontece quando um átomo se divide? Estudo explica em nível quântico</a></li></ul>O altermagnetismo foi proposto pela primeira vez em 2022, mas na época, nenhuma evidência empírica foi apresentada pelos cientistas. O novo estudo traz dados que podem confirmar sua existência, detectados durante uma análise do telureto de manganês (MnTe), um composto químico formado por manganês (Mn) e telúrio (Te).<div class="raw-html-embed">
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/u36QpPvEh2c?si=wNLidn3DU_OLwh5U" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Para realizar o experimento, os cientistas utilizaram uma técnica com raios X em diferentes polarizações. Ao expor o material a um tipo específico de luz polarizada, eles registraram regiões no MnTe que revelaram as primeiras evidências do altermagnetismo: a simetria de reversão de tempo.Mas por que essa nova forma de magnetismo é tão relevante? E quais as diferenças entre ela e os outros dois tipos?“Tivemos dois tipos bem estabelecidos de magnetismo. Ferromagnetismo, onde os momentos magnéticos, que você pode imaginar como pequenas setas de bússola na escala atômica, apontam todos na mesma direção. E antiferromagnetismo, onde os momentos magnéticos vizinhos apontam em direções opostas — você pode imaginar isso mais como um tabuleiro de xadrez de peças brancas e pretas alternadas”, disse um dos autores do estudo e pesquisador na Universidade de Nottingham, Oliver Amin, ao site Live Science.<h2>Tipos de magnetismo</h2>O ferromagnetismo e o antiferromagnetismo são os tipos de magnetismo mais estudados e amplamente aplicados em diversas tecnologias. Porém, não são os únicos. Além deles, existem outras formas, como ferrimagnetismo, paramagnetismo e diamagnetismo. Com os resultados do novo estudo, o altermagnetismo também pode integrar essa lista.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29163111192080.jpg" alt="magnetismo.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29163111208081.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29163111255083.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29163111255082.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29163111271084.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Apesar do ferromagnetismo (imagem) ser o mais conhecido, existem diferentes tipos de magnetismos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Segundo a Universidade de Cambridge, os materiais magnéticos podem apresentar diferentes tipos de magnetismo, dependendo de sua composição e condições externas. É importante destacar que o termo ‘momento magnético’ é uma propriedade que explica o alinhamento desses sistemas.<h3>Conheça os tipos de magnetismos:</h3>O ferromagnetismo ocorre quando os momentos magnéticos dos átomos se alinham espontaneamente na mesma direção, mantendo a magnetização mesmo sem um campo externo. Um exemplo clássico de ferromagnetismo são os ímãs colocados nas portas de geladeiras.Já no antiferromagnetismo, os momentos magnéticos se organizam em direções opostas, o que geralmente resulta em um efeito de cancelamento. Nesse caso, as propriedades magnéticas não atraem e nem repelem os imãs.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288515-danca-eletrons-levar-supercondutores-temperatura-ambiente.htm">'Dança' de elétrons pode levar a supercondutores em temperatura ambiente</a></li></ul>No paramagnetismo, os momentos magnéticos individuais permanecem aleatórios na ausência de um campo magnético, mas se alinham temporariamente quando submetidos a um campo externo. Como resultado, esses materiais são levemente atraídos por ímãs, mas perdem a magnetização assim que o campo magnético é removido.O diamagnetismo acontece quando um material gera um campo magnético oposto ao de um campo externo aplicado; isso resulta em uma leve repulsão magnética. Como consequência, materiais diamagnéticos são ligeiramente repelidos por ímãs.&nbsp; Por fim, o ferrimagnetismo ocorre quando íons magnéticos de intensidades diferentes se orientam em direções opostas, mas sem um cancelamento completo. Ele é semelhante ao ferromagnetismo, mas menos intenso.<h2>Evidências de altermagnetismo</h2>Desde quando foi teorizado pela primeira vez em 2022, cientistas têm buscado maneiras de obter dados que comprovem a existência desse novo tipo de magnetismo. Segundo o estudo recente, esta é a primeira evidência conclusiva de que o altermagnetismo vai além de uma simples hipótese.Os pesquisadores afirmam que o magnetismo de um material está diretamente relacionado ao alinhamento dos momentos magnéticos dos elétrons, influenciados pelo spin. No altermagnetismo, os momentos magnéticos se orientam em direções opostas, mas sem um alinhamento perfeitamente antiparalelo; isso acontece devido a uma quebra da simetria de reversão do tempo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29141028029044.jpg" alt="A imagem apresenta uma ilustração do processo do altermagnetismo em dois tipos de materiais diferentes." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29141027998043.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29141028154046.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29141028045045.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/29/29141027982042.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>À esquerda, o quadro apresenta o padrão de altermagnetismo em telureto de mangânes e, à direita, em dióxido de rutênio. (Fonte:Libor Šmejkal/Wikimedia Commons)</figcaption></figure>Nos ferromagnetos, os momentos magnéticos se alinham na mesma direção. Já no antiferromagnetismo, eles se distribuem em direções opostas e se cancelam mutuamente.A simetria de reversão do tempo é um conceito que analisa como as propriedades de um material se comportam ao serem observadas tanto no sentido normal quanto no reverso do tempo. Em sistemas onde essa simetria se mantém, as características permanecem inalteradas independentemente da ‘direção do tempo’.No caso dos altermagnetos, essa simetria é quebrada porque esses materiais apresentam uma propriedade que, ao reverter o tempo, o spin dos elétrons também é revertido.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287276-levitacao-magnetica-nova-fronteira-fisica-desafia-gravidade.htm">Levitação magnética: a nova fronteira de física que desafia a gravidade</a></li></ul>"O benefício dos ferromagnetos é que temos uma maneira fácil de ler e escrever na memória usando esses domínios para cima ou para baixo. Os altermagnetos têm a velocidade e a resiliência de um antiferromagneto, mas também têm essa propriedade importante dos ferromagnetos chamada quebra de simetria de reversão do tempo", disse outro autor do estudo, Alfred Dal Din.Com base nas evidências, os cientistas desenvolveram diversos dispositivos altermagnéticos e acreditam que seus avanços poderão ser aplicados na fabricação de memórias magnéticas de última geração — com maior eficiência e velocidade em relação às opções atuais. Além disso, eles destacam que o altermagnetismo poderá contribuir para o desenvolvimento da supercondutividade.O spin dos elétrons não é uma rotação no sentido clássico, mas uma propriedade quântica intrínseca que influencia o magnetismo. Quer entender mais? Aproveite para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm">descobrir se os elétrons realmente giram</a>. Até a próxima!&nbsp; &nbsp;

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‘Nova’ forma de magnetismo foi detectada? Entenda o que é o Altermagnetismo

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Um estudo analisou o quark top, a partícula fundamental mais massiva, para verificar possíveis quebras na teoria de Einstein.

Há cerca de 110 anos, o físico alemão Albert Einstein formulou a Teoria da Relatividade Geral, um modelo que descreve a gravidade como a curvatura do espaço-tempo causada pela massa e energia.&nbsp;Até hoje, essa teoria é amplamente aceita como uma das melhores explicações para os fenômenos gravitacionais observados no universo. Contudo, cientistas ainda investigam se outras propriedades do cosmos seguem os mesmos princípios propostos por Einsten.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266979-cruz-einstein-descoberta-distorcendo-espaco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cruz de Einstein é descoberta distorcendo o espaço-tempo</a></li></ul>Em um novo estudo, um grupo de pesquisadores utilizou o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider), da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça, para compreender se os, quarks top<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273701-devaneios-einstein-luz-levaram-relatividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> também estão alinhados com a teoria da relatividad</a>e especial. Trata-se da partícula fundamental mais pesada observada pela ciência.Em um comunicado oficial, o CERN destacou que essa foi a primeira vez que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) foi utilizado para esse tipo de estudo. No experimento, os pesquisadores utilizaram o detector Solenoide de Múon Compacto para analisar se os quarks top seguem as previsões da teoria de Einstein. O estudo foi publicado na revista científica Physical Letters B.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lxWR16c9Kf0?si=K8zhnXoC0pmsUj_z" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Atualmente, a mecânica quântica e a teoria da relatividade especial servem de base para o estudo da física de partículas; nessa área, um dos conceitos mais fundamentais é a simetria de Lorentz. No artigo, os pesquisadores questionam se essa simetria realmente se mantém intacta, já que algumas teorias sugerem que a relatividade pode não se aplicar a energias extremamente altas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289798-quarks-top-estudo-atinge-emaranhamento-quantico-particulas-pesadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como nos quarks top</a>.Afinal, será que Einstein e outros cientistas modernos estavam equivocados sobre os conceitos da relatividade especial? Para investigar essa possibilidade,&nbsp;a equipe analisou dados de experimentos do CERN para testar a simetria de Lorentz por meio de quarks top.“Uma busca por violações da invariância de Lorentz na produção de pares de quarks top é apresentada. A seção de choque diferencial normalizada medida, em função do tempo sideral, é analisada em busca de possíveis modulações causadas por operadores que violam a invariância de Lorentz em uma extensão da teoria de campos efetiva do Modelo Padrão (SM)”, é descrito na introdução do estudo.<h2>O que são Quarks Tops?</h2>Em 1995, cientistas do Fermilab, um dos principais laboratórios de física de partículas de alta energia dos Estados Unidos, anunciaram a primeira observação do quark top.&nbsp;A equipe destacou que ele é o sexto e mais massivo dos quarks do Modelo Padrão, além de ser a partícula de maior massa já identificada pela ciência.&nbsp;"O quark top, também conhecido como quark t (símbolo: t) ou quark verdade, é uma partícula elementar e um constituinte fundamental da matéria", o CERN explica.Por ser a partícula fundamental mais massiva, a ciência investiga se o quark top pode ter um papel relevante em mecanismos que influenciam a quebra da interação eletrofraca.&nbsp;Apesar desta quebra de simetria ser explicada pelo mecanismo de Higgs, estudos sugerem que o quark top pode desempenhar um papel especial.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400053-cientistas-buscam-nas-interacoes-do-boson-de-higgs-uma-nova-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas buscam nas interações do bóson de Higgs uma 'nova física'</a></li></ul>Como a pesquisa nessa área continua em andamento, não há um consenso definitivo, mas entender melhor essa partícula pode revelar novas conexões entre a geração de massa e a física de altas energias.&nbsp;As seis partículas fundamentais do Modelo Padrão são:<ul><li>Quark up (u);</li><li>Quark down (d);</li><li>Quark charm (c);</li><li>Quark strange (s);</li><li>Quark top (t);</li><li>Quark bottom (b).</li></ul><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27142040952007.jpg" alt="s"><figcaption>Compreender o quark top e os demais quarks é essencial para a ciência, pois pode ajudar a desvendar como o universo funciona em escalas subatômicas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É importante destacar que os seis quarks não são as únicas partículas fundamentais do Modelo Padrão. Na verdade, ele inclui 12 férmions fundamentais, divididos em seis quarks e seis léptons. Além disso, o Modelo Padrão descreve os bósons fundamentais, responsáveis por <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mediar as interações entre partículas</a>, como o fóton, os glúons e outros.De forma simples, pense que a matéria no universo é composta por pequenas unidades: os átomos. Eles são formados por prótons, nêutrons e elétrons; no caso dos prótons e elétrons, eles são compostos por partículas ainda menores, os quarks.Apesar de ser o mais massivo, o quark top não faz parte dos átomos comuns, pois existe apenas por um tempo extremamente curto antes de se transformar em outras partículas. Por isso, sua observação direta não é possível, mas cientistas conseguem estudá-lo analisando os produtos do seu decaimento em aceleradores de partículas, como o LHC.<h2>Quark top e a simetria de Lorentz</h2>Os pesquisadores analisaram dados do CMS, no LHC, para investigar a possível quebra da simetria de Lorentz por meio da produção de pares de quarks top. Essa simetria estabelece que as leis da física e os resultados experimentais devem permanecer inalterados, independentemente da orientação ou velocidade do experimento no espaço-tempo.<figure class="image" data-fonte-url="https://home.cern/news/news/physics/clocking-natures-heaviest-elementary-particle" data-fonte="&amp;nbsp;CERN&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/27/27142106627009.jpg" alt="A imagem apresenta o detector CMS, no LHC, utilizado no estudo. (Fonte: CERN)."><figcaption>A imagem apresenta o detector CMS, no LHC, utilizado no estudo. (Fonte: CERN).</figcaption></figure>Algumas teorias que tentam explicar o cosmos além do Modelo Padrão, como a teoria das cordas, sugerem que essa simetria poderia ser violada em energias extremamente altas. Por isso, os cientistas analisaram se a taxa de produção dos quarks top em colisões de prótons mudava ao longo do tempo, o que poderia indicar uma direção preferencial no espaço-tempo e, consequentemente, uma possível quebra da simetria de Lorentz.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282635-einstein-lorentz-realmente-descobriu-relatividade-restrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Einstein ou Lorentz, quem realmente descobriu a relatividade restrita?</a></li></ul>Como já era esperado por alguns pesquisadores, o estudo confirma que a relatividade continua válida nesse aspecto.&nbsp;Isso significa que não foram encontradas evidências da quebra da simetria de Lorentz. Além disso, a pesquisa apresenta uma precisão até 100 vezes maior em comparação com estudos anteriores realizados no acelerador de partículas Tevatron, nos Estados Unidos.O bóson de Higgs é essencial para explicar como as partículas adquirem massa, mas suas interações podem revelar mistérios ainda não solucionados. Quer saber mais? Aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que acontece quando um átomo se divide</a>. Até a próxima!

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Quarks top seguem as regras de Einstein? Descubra

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Descubra quais são os conceitos e leis científicas que impossibilitam a construção de uma máquina eterna de rendimento total.

Imagine uma máquina que nunca para de funcionar, que gera energia para sempre sem a necessidade de combustível ou manutenção. Desde tempos antigos, engenheiros, inventores e filósofos sonharam com a criação de uma máquina de movimento perpétuo – uma máquina capaz de operar eternamente sem perder energia.&nbsp;Esse conceito, embora fascinante, desafia as leis fundamentais da física, tornando-o não apenas improvável, mas verdadeiramente impossível. Mas por quê? Para responder a essa pergunta, precisamos mergulhar na história, nas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288858-leis-termodinamica-apontam-fim-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leis da termodinâmica&nbsp;</a>e nos limites intransponíveis da realidade física.<figure class="image" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Moto-cont%C3%ADnuo#/media/Ficheiro:Boyle'sSelfFlowingFlask.png" data-fonte="&amp;nbsp;Domínio Público&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21101521694024.png" alt="O frasco de Robert Boyle preencheria a si próprio, mas tal efeito não se produz no mundo real."><figcaption>O frasco de Robert Boyle preencheria a si próprio, mas tal efeito não se produz no mundo real. (Fonte: Domínio Público)</figcaption></figure><h2>O que é uma máquina de movimento perpétuo?</h2>Uma máquina de movimento perpétuo é um dispositivo hipotético que pode realizar trabalho indefinidamente sem consumir energia externa ou perder eficiência. Existem dois tipos principais:<ul><li>Máquina de movimento perpétuo de primeira espécie: geraria energia continuamente, violando a Primeira Lei da Termodinâmica, que afirma que a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada;</li><li>Máquina de movimento perpétuo de segunda espécie: operaria sem perda de energia, desafiando a Segunda Lei da Termodinâmica, que afirma que a entropia (ou desordem) de um sistema isolado sempre aumenta ou, no melhor cenário, permanece constante.</li></ul>A ideia é tão sedutora que inspirou séculos de tentativas, desde engrenagens intrincadas na Idade Média <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/258044-eletromagnetismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até projetos baseados em magnetismo</a> e fluidos no século XIX. Contudo, nenhuma dessas invenções jamais funcionou.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21101735600025.jpg" alt="Exemplo de uma máquina de movimento perpétuo utilizando esferas e uma roda. "><figcaption>Exemplo de uma máquina de movimento perpétuo utilizando esferas e uma roda. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A impossibilidade das máquinas de movimento perpétuo está enraizada nas leis da termodinâmica, que governam todos os processos energéticos no universo.&nbsp;A Primeira Lei, conhecida como a lei da conservação da energia, estabelece que a energia total de um sistema fechado é constante. Isso significa que uma máquina de movimento perpétuo que cria energia do nada é impossível.&nbsp;Se uma máquina realiza trabalho, essa energia precisa vir de algum lugar – seja de uma fonte de combustível, eletricidade ou outra forma de energia armazenada. Por exemplo, imagine um moinho de água que tenta operar apenas com a energia da água que ele mesmo bombeia de volta ao topo. Esse sistema inevitavelmente perde energia para o atrito e para o calor, impossibilitando seu funcionamento eterno.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238930-leis-fisica-descobertas-inventadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As Leis da Física são descobertas ou inventadas?</a></li></ul>A Segunda Lei é ainda mais implacável: ela afirma que a entropia de um sistema isolado tende a aumentar com o tempo. Em termos simples, sempre há uma perda de energia útil em qualquer processo – seja na forma de calor, atrito ou outras formas de dissipação. Isso significa que qualquer máquina real está condenada a perder eficiência com o tempo.&nbsp;<blockquote>“Não importa quão bem projetada ela seja, parte da energia será sempre dissipada no ambiente, impossibilitando operar indefinidamente sem uma fonte externa de energia.”</blockquote>Outro obstáculo físico inescapável é o atrito. Em qualquer sistema mecânico, as partes em movimento geram resistência que dissipa energia na forma de calor. Mesmo em sistemas quase perfeitos, como giroscópios em vácuo, as interações com partículas subatômicas ou campos gravitacionais minúsculos ainda levam a perdas de energia.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21102111331026.jpg" alt="A segunda lei da termodinâmica implica que, quanto mais o tempo passa em sistemas fechados, mais o grau de complexidade aumenta."><figcaption>A segunda lei da termodinâmica implica que, quanto mais o tempo passa em sistemas fechados, mais o grau de complexidade aumenta. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>As primeiras tentativas documentadas de construir máquinas de movimento perpétuo remontam à Idade Média. Inventores como Villard de Honnecourt no século XIII desenharam máquinas baseadas em pesos e roldanas, acreditando que o equilíbrio instável dos pesos poderia gerar energia contínua.No Renascimento, cientistas como Leonardo da Vinci estudaram tais ideias e concluíram que eram inviáveis devido à perda inevitável de energia. Entretanto, isso não impediu que inventores nos séculos seguintes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271833-nao-deve-usar-imas-procurar-meteoritos-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tentassem criar dispositivos baseados em ímãs</a>, fluidos em movimento e até sistemas elétricos.No século XIX, com o advento da termodinâmica, cientistas como William Thomson (Lord Kelvin) e Rudolf Clausius formalizaram as leis que provaram definitivamente a impossibilidade dessas máquinas.<figure class="image" data-fonte-url="https://cdn.britannica.com/09/132209-050-9C302846/water-mill-Engraving-Robert-Fludd-perpetual-motion-machine.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Britannica&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21102233744027.jpg" alt="Gravura de um moinho de água de ciclo fechado, uma máquina de movimento perpétuo projetada por Robert Fludd no século XVII."><figcaption>Gravura de um moinho de água de ciclo fechado, uma máquina de movimento perpétuo projetada por Robert Fludd no século XVII. (Fonte: Britannica)</figcaption></figure>Embora as leis da termodinâmica pareçam inquebráveis, alguns sonhadores continuam a questioná-las, especialmente em áreas da ciência onde elas não foram testadas diretamente, como em escalas quânticas ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282741-materia-escura-nao-podemos-ver-substancia-misteriosa-que-compoem-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no comportamento da matéria escura</a>. Contudo, mesmo nesses domínios exóticos, a conservação de energia e o aumento da entropia continuam a ser pilares fundamentais.Algumas tecnologias, como painéis solares ou moinhos de vento, podem parecer máquinas de movimento perpétuo, mas elas não criam energia do nada – apenas convertem a energia disponível em outra forma utilizável.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401165-a-energia-escura-nao-existe-e-universo-tem-altos-e-baixos-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A energia escura não existe e Universo tem altos e baixos, diz novo estudo</a></li></ul>Apesar de sua impossibilidade, as tentativas de criar máquinas de movimento perpétuo não foram uma perda de tempo. Elas ajudaram a refinar nossa compreensão das leis da física e a desenvolver tecnologias mais eficientes. Por exemplo, as discussões sobre atrito e dissipação de energia levaram a avanços em rolamentos de baixa fricção e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288515-danca-eletrons-levar-supercondutores-temperatura-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">materiais supercondutores</a>.O sonho de uma máquina de movimento perpétuo pode ser eterno, mas o universo opera de forma implacável dentro de suas leis. As restrições impostas pela termodinâmica são um lembrete da beleza e da ordem do cosmos: cada processo tem um custo, cada energia precisa de uma fonte, e cada máquina está destinada a parar.

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Por que máquinas de movimento perpétuo são impossíveis de construir?

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Embora haja controvérsias sobre quem dividiu o átomo, se neozelandeses ou ingleses, certamente não foram os americanos.

Segundo fact-checkings divulgados nesta semana por diversos órgãos de comunicação do mundo inteiro, o discurso de posse do presidente dos EUA, Donald Trump, transitou entre a megalomania e muitas falsidades. Porém, um dos deslizes que mais chamaram a atenção foi a afirmação de que os americanos “dividiram o átomo”.A declaração provocou protestos imediatos vindos, principalmente, de duas cidades: Nelson, na Nova Zelândia; e Manchester, na Inglaterra. O prefeito da cidade neozelandesas, Nick Smith, se declarou “um pouco surpreso”, no Facebook, com a afirmação de Trump "quando essa honra pertence ao filho mais famoso e favorito de Nelson [o físico Ernest Rutherford]”.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400048-o-que-acontece-quando-um-atomo-se-divide-estudo-explica-em-nivel-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que acontece quando um átomo se divide? Estudo explica em nível quântico</a></li></ul>Mais protestos vieram da Universidade de Manchester, cujos cientistas fizeram o "avanço fundamental" na divisão do átomo, segundo o professor de história da tecnologia dr. James Sumner. De forma elegante, o historiador argumenta que o presidente pode ter confundido a descoberta com a criação posterior da bomba atômica.<h2>Afinal, o que é a “divisão do átomo” e quem fez isso?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23110119225021.jpg" alt="A divisão do átomo é . (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A divisão do átomo é o nome popular da fissão nuclear. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Também conhecida como fissão nuclear, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259984-voce-viu-atomo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a divisão do átomo consiste em quebrar o núcleo de um átomo</a>, separando seus prótons e nêutrons. O resultado é a liberação de uma quantidade imensa de energia.&nbsp;Isso demonstra, na prática, a famosa equação de Einstein, E = mc², ou seja, a matéria pode ser transformada em energia.Em entrevista ao The Washington Post, a professor de ciência na sociedade, Rebecca Priestley, da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, explicou que "dividir o átomo" não é uma frase científica precisa. O termo tem sido usado há mais de 120 anos para reconhecer os cientistas que identificaram e manipularam as partes de um átomo que, até então, era tido como a menor partícula de matéria conhecida.Nesse sentido, J.J. Thomson, um professor de física experimental na Universidade de Cambridge, descobriu o elétron em 1897 e propôs um modelo do átomo em 1904. Mas somente em 1911, Rutherford descobriu que o núcleo atômico é composto de partículas como prótons e nêutrons, após bombardear uma fina folha de ouro com partículas alfa.<h2>A primeira divisão (real) do átomo</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://ichef.bbci.co.uk/news/1536/cpsprodpb/8666/live/13641130-d7f1-11ef-b4b9-cb08e2f4af3d.jpg.webp" data-fonte="&amp;nbsp;Universidade de Manchester&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23105931011020.jpg" alt="x. (Fonte: Universidade de Manchester)"><figcaption>Ernest Rutherford com Hans Geiger (à esquerda) no famoso experimento de transformação de nitrogênio em oxigênio. (Fonte: Universidade de Manchester)</figcaption></figure>Todos esses experimentos relatados por Priestley eram modelos científicos baseados em observações experimentais, até que, em 1917, Rutherford e seus colegas “puseram a mão na massa”, ou seja, manipularam o próprio átomo. E aqui entra em cena a Universidade de Manchester, onde foram realizados os experimentos que transformaram átomos de nitrogênio em átomos de oxigênio.Embora, tecnicamente, isso tenha sido uma "transmutação de elementos químicos", Rutherford evitou usar o termo para evitar associações com a alquimia, chamando a descoberta de "desintegração". Mas as manchetes de jornais do mundo inteiro apregoaram que Rutherford havia “dividido o átomo”, explica Priestley.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281330-foto-3d-atomo-tirada-1-vez-microscopio-quantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A divisão real, no entanto, só veio em 1932</a>, mais uma vez sob a liderança de Rutherford, porém no Laboratório Cavendish, da Universidade de Cambridge. Usando um acelerador de partículas capaz de esmagar prótons em átomos de lítio, os físicos britânicos John Cockcroft e Ernest Walton fizeram uma importante observação: os núcleos de lítio se dividiram em dois núcleos de hélio, liberando um flash de energia.<h2>As reações nucleares em cadeia</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23110409091022.jpg" alt="As reações nucleares em cadeia culminaram com a invenção da bomba atômica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As reações nucleares em cadeia culminaram com a invenção da bomba atômica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Depois que Cockcroft e Walton dividiram pela primeira vez um átomo com meios artificiais, coube aos alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann realizar a primeira fissão nuclear no elemento pesado urânio em 1938, experimento fundamental para o desenvolvimento da primeira bomba atômica. Embora tenha feito parte ativa na descoberta, a física Lise Meitner teve que fugir da Alemanha nazista, por ser judia, antes do experimento final.Foi esse trabalho que deu “o pontapé inicial” na descoberta das reações nucleares em cadeia, que tanto serviram para gerar energia quanto para produzir armamentos. Pode ser que tenha sido nesse ponto que o presidente Trump tenha se confundido, pois a primeira reação em cadeia nuclear foi realizada em Chicago no ano de 1942, porém por um imigrante italiano, o físico Enrico Fermi.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401102-os-atomos-e-o-principio-de-exclusao-de-pauli.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os átomos e o princípio de exclusão de Pauli</a></li></ul>Em sua declaração à BBC, James Sumner se diz decepcionado com o descuido histórico de Trump, que confundiu fissão nuclear com a criação da bomba atômica. Tais mal-entendidos, pondera o professor de história, vêm da mitificação de avanços científicos, e do reducionismo de grandes descobertas complexas e colaborativas a uma só figura ou nação. "Eu não acho que ele [Trump] sabia realmente do que estava falando", conclui.Combata a propagação de informações falsas e imprecisas, compartilhando conteúdos informativos nas redes sociais. Até mais!

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Foram os EUA que dividiram o átomo ou o presidente Trump está mentindo?

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Um novo estudo científico sugere que uma evidência pode indicar a veracidade da teoria das cordas. Entenda o que isso significa!

Até o momento, não existe uma teoria unificada e cientificamente comprovada que conecte as quatro forças fundamentais da natureza, são elas: gravidade, eletromagnetismo, força forte e força fraca. Contudo, algumas hipóteses buscam essa unificação, como a teoria das cordas, desenvolvida para tentar oferecer um modelo coerente que explique tudo o que observamos no universo.Apesar de apresentar uma estrutura matemática convincente e ser considerada a mais promissora para unificar essas forças, ainda não há nenhuma comprovação científica. Isso acontece porque testar a teoria das cordas ainda é um grande desafio. Além da falta de evidências experimentais, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400130-nosso-universo-pode-nao-ser-o-melhor-para-o-surgimento-da-vida-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela não propõe uma única solução para o nosso universo</a>, mas sim várias possibilidades.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288552-3-grandes-problemas-teoria-cordas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 3 grandes problemas da Teoria das Cordas</a></li></ul>Talvez isso mude em breve: uma comprovação científica pode estar mais próxima. De acordo com um estudo recente publicado na revista Physical Review Letters, uma nova abordagem oferece uma nova evidências de que a teoria das cordas pode ser real.&nbsp;A pesquisa foi conduzida por um grupo de cientistas da Universidade de Nova York (NYU) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Da-2h2B4faU?si=hDZ4t5dGLETv_NNE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Os cientistas desenvolveram o estudo para entender se existe uma questão matemática cuja única resposta seja a teoria das cordas. Esse questionamento está relacionado ao conceito de bootstrap, uma abordagem da física teórica que busca formular modelos com base apenas em princípios fundamentais, sem depender de parâmetros adicionais.O método bootstrap&nbsp;já foi utilizado para verificar se a teoria da relatividade, as interações entre partículas e outras hipóteses seguem <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279618-florestas-quebram-leis-fractais-comumente-encontradas-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as estruturas matemáticas observadas na natureza</a>. Porém, os pesquisadores do artigo afirmam que essa abordagem ainda não havia sido aplicada à teoria das cordas.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282205-blocos-construcao-vida-terra-criar-espaco-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Blocos de construção da vida na Terra podem se criar no espaço, diz estudo</a></li></ul>“A teoria das cordas é um raro modelo funcional que consegue conciliar, de forma consistente, a mecânica quântica e a gravidade em distâncias arbitrariamente pequenas. Para isso, é proposto que os blocos fundamentais da natureza são cordas vibrantes, em vez de partículas pontuais. Mas essa suposição é, de alguma forma, única ou inevitável?”, a introdução do novo estudo descreve.<h2>O que é a teoria das cordas?</h2>Há décadas, cientistas procuram uma hipótese que explique todos os fenômenos físicos do universo, conhecida como Teoria de Tudo (ToE).&nbsp;A <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/233099-teoria-cordas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria das cordas é uma das principais candidatas a essa unificação</a>, pois apresenta a conexão entre as forças fundamentais do cosmos. Ainda assim, seus conceitos não foram comprovados experimentalmente e muitos de seus princípios lembram até elementos de ficção científica.Em meados da década de 1960, o físico italiano Gabriele Veneziano desenvolveu uma fórmula que descreve as interações entre hádrons, como prótons e nêutrons. Pouco depois, nos anos 1970, os físicos Leonard Susskind, Holger Bech Nielsen e Yoichiro Nambu interpretaram essa fórmula como evidência de que as partículas subatômicas poderiam ser descritas como cordas vibrantes, em vez de partículas.Após o trabalho do trio de cientistas, diversos outros pesquisadores fizeram contribuições significativas para a formulação da teoria das cordas. O principal objetivo da hipótese é fornecer uma base matemática capaz de descrever <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283167-gravidade-quantica-jornada-fisica-rumo-teoria-unificada.htm#:~:text=Assim%20como%20o%20eletromagnetismo%2C%20a,quatro%20for%C3%A7as%20fundamentais%20da%20natureza." rel="noopener noreferrer" target="_blank">as forças fundamentais da natureza</a>: gravidade, eletromagnetismo, força forte e força fraca.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21141726506113.jpg" alt="Um dos conceitos que mais se assemelham a um enredo de ficção científica é o número de dimensões sugerido pela teoria das corda: a hipótese propõe a existência de 10 dimensões."><figcaption>Um dos conceitos que mais se assemelham a um enredo de ficção científica é o número de dimensões sugerido pela teoria das cordas: a hipótese propõe a existência de 10 dimensões. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Diferentemente da explicação atual para o universo, que descreve as partículas elementares originadas após o Big Bang, a teoria das cordas propõe que essas partículas são, na verdade, cordas unidimensionais.&nbsp;Ela sugere que o modo de vibração de cada corda determina as propriedades específicas de cada partícula. Porém, a teoria ainda é considerada especulativa, pois ainda não há nenhuma comprovação experimental.Vale ressaltar que a teoria não discorda do modelo padrão sobre o Big Bang, mas tenta explicar as partículas que surgiram após o evento como cordas.“A teoria das cordas, na física de partículas, é uma teoria que tenta unir a mecânica quântica à teoria da<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280024-8-exemplos-teoria-da-relatividade-einstein-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;relatividade geral de Albert Einstein</a>. O nome ‘teoria das cordas’ vem da modelagem das partículas subatômicas como minúsculas entidades unidimensionais, semelhantes a ‘cordas’, em vez da abordagem convencional que as trata como partículas pontuais de dimensão zero”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>Bootstrap e a teoria das cordas</h2>Em um comunicado, os autores destacam que o método bootstrap permitiu aos cientistas concluir que, sob certas condições, a relatividade geral e as teorias de partículas emergem como soluções matematicamente consistentes. Em alguns contextos, elas são consideradas as estruturas mais compatíveis com os princípios fundamentais da física.Para realizar o estudo, os cientistas aplicaram condições matemáticas específicas à teoria das cordas. Com isso,&nbsp;eles propõem que os resultados forneçam evidências de que as amplitudes de espalhamento são a única hipótese matematicamente consistente.<figure class="image" data-fonte-url="https://journals.aps.org/prl/abstract/10.1103/PhysRevLett.133.251601#s4" data-fonte="&amp;nbsp;Physical Review Letters&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21141521747107.jpg" alt="A imagem apresenta um gráfico que representa os valores das configurações utilizadas para compreender as funções matemáticas de amplitude de espalhamento da teoria das cordas. (Fonte: Physical Review Letters)"><figcaption>A imagem apresenta um gráfico que representa os valores das configurações utilizadas para compreender as funções matemáticas de amplitude de espalhamento da teoria das cordas. (Fonte: Physical Review Letters)</figcaption></figure>“Este artigo fornece uma resposta a esta questão para a teoria das cordas pela primeira vez. Agora que essas condições matemáticas são conhecidas, isso nos deixa um passo mais perto de entender se e por que a teoria das cordas deve descrever nosso universo”, disse o estudante de física de partículas e um dos autores, Grant Remmen.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290102-efeito-zel-dovich-teoria-fisica-50-anos-confirmada-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Efeito Zel'dovich, a teoria física de 50 anos é confirmada pela primeira vez</a></li></ul>Os cientistas acreditam que os dados apresentados no artigo podem contribuir para novas pesquisas sobre a teoria das cordas — talvez, no futuro, ela seja consolidada como a Teoria de Tudo, mas nada mudou. Além disso, alguns pesquisadores destacam que a descoberta pode ser relevante para aprofundar o entendimento da gravidade quântica.Há muito tempo cientistas buscam unificar os princípios que regem o universo, conectando conceitos que são aparentemente incompatíveis. Mas isso já aconteceu antes! Entenda como uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289343-equacao-une-1-vez-fisica-quantica-relatividade-geral-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">equação uniu pela 1ª vez física quântica e relatividade geral de Einstein</a>. Até a próxima!

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Teoria das cordas é real? Estudo sugere evidência que reforça a hipótese

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Após seis anos de estudo, um grupo de pesquisadores conseguiu mapear o emaranhamento quântico dentro de prótons. Entenda!

Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional Brookhaven, do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), conduziu experimentos para analisar prótons e entender melhor seus processos internos. Os resultados indicam que quarks e glúons dentro dessas partículas estão envolvidos em um fenômeno característico da mecânica quântica: o emaranhamento quântico.O emaranhamento quântico foi observado pela primeira vez em meados da década de 1970, durante experimentos voltados a compreender mais sobre as partículas subatômicas. Apesar de cientistas já terem estudado esse fenômeno antes, eles nunca haviam encontrado evidências de sua ocorrência dentro dos prótons.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289139-emaranhamento-quantico-compreendendo-impossivel-forma-simples.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Emaranhamento quântico, compreendendo o 'impossível' de uma forma simples</a></li></ul>Como eles conseguiram chegar nessa descoberta? Os físicos desenvolveram uma nova abordagem para analisar dados de colisões de partículas de alta energia e explorar o interior dos prótons. Utilizando essa técnica, os autores mapearam os rastros deixados pelas partículas e identificaram evidências do emaranhamento <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289798-quarks-top-estudo-atinge-emaranhamento-quantico-particulas-pesadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quântico entre quarks e glúons nessas estruturas subatômicas</a>.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/rqmIVeheTVU?si=RiMKm3ykc-nyPXXs" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em um estudo publicado na revista científica Reports on Progress in Physics (ROPP), os pesquisadores relatam que o esforço foi realizado durante seis anos de pesquisa.&nbsp;A análise dos dados permitiu mapear com precisão como o emaranhamento influencia a distribuição de partículas estáveis que surgem em diferentes ângulos das colisões. Esse processo ocorre quando quarks e glúons liberados nesses eventos se fundem, formando novas partículas."Por décadas, tivemos uma visão tradicional do próton como uma coleção de quarks e glúons, e nos concentramos em entender as chamadas propriedades de partículas únicas, incluindo como quarks e glúons são distribuídos dentro do próton. Agora, com evidências de que quarks e glúons estão emaranhados, esse cenário mudou. Temos um sistema muito mais complicado e dinâmico", explica o coautor do estudo Zhoudunming Tu, físico do Laboratório Nacional Brookhaven, em um comunicado.&nbsp;<h2>O que é o emaranhamento quântico?</h2>O emaranhamento quântico é um dos fenômenos mais estudados da mecânica quântica, pois desafia os princípios da física clássica. Nesse processo,&nbsp;duas partículas permanecem correlacionadas de forma única; ao medir uma delas, o estado da outra é instantaneamente determinado, independentemente da distância entre elas.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20133234490085.jpg" alt="O estudo analisou um tipo de emaranhamento em que as partículas estavam próximas umas das outras; porém, cientistas já conseguiram testar esse fenômeno em fótons separados por até 1.200 quilômetros."><figcaption>O estudo analisou um emaranhamento em que as partículas estavam próximas umas das outras; porém, cientistas já conseguiram testar esse fenômeno em fótons separados por até 1.200 quilômetros. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Por exemplo, se uma partícula emaranhada tem seu spin medido como ‘para cima’ em um lado do campo de futebol, a outra no lado oposto, terá seu spin automaticamente definido como 'para baixo', mesmo sem qualquer transmissão de informação entre elas.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293843-nucleo-atomico-quarks-gluons-mostrados-1-vez-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Núcleo atômico: quarks e glúons são mostrados pela 1ª vez em novo estudo</a></li></ul>Apesar de o emaranhamento quântico poder acontecer a grandes distâncias, o estudo conduzido por cientistas do Laboratório Nacional Brookhaven analisou esse fenômeno em uma escala extremamente curta. As partículas permaneceram separadas por menos de um quatrilionésimo de metro dentro de prótons individuais.Em um comunicado oficial, os cientistas destacam a importância de mapear o emaranhamento quântico entre quarks e glúons dentro do núcleo dos prótons para entender melhor as propriedades complexas da física nuclear.&nbsp;Esse tema será um dos focos do Electron-Ion Collider (EIC), uma nova instalação do Laboratório Brookhaven, com construção prevista para ser concluída em meados de 2030.<h2>Emaranhamento quântico em quarks e glúons</h2>Até então, ninguém havia detectado o emaranhamento em um próton em dados de colisões de alta energia. Contudo, as evidências coletadas nesses últimos experimentos demonstram que a interação entre quarks e glúons é muito mais complexa e dinâmica do que se imaginava.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.eurekalert.org/multimedia/1051454" data-fonte="&amp;nbsp;Valerie Lentz / Brookhaven National Laboratory / Eureka Alert&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20120352758049.png" alt="A imagem apresenta dados de colisões de prótons e elétrons: os quarks são as esferas e os glúons os rabiscos. (Fontes: Valerie Lentz / Brookhaven National Laboratory / Eureka Alert.)"><figcaption>A imagem apresenta dados de colisões de prótons e elétrons: os quarks são as esferas e os glúons os rabiscos. (Fontes: Valerie Lentz / Brookhaven National Laboratory / Eureka Alert.)</figcaption></figure>Os pesquisadores recorreram à linguagem e às equações da ciência da informação quântica para analisar o impacto do emaranhamento nas partículas resultantes de colisões entre elétrons e prótons. A abordagem para investigar a estrutura do próton foi proposta em 2017, mas os resultados do estudo só agora passaram por revisão por pares.Antes dos experimentos, os cientistas acreditavam que, se quarks e glúons estivessem de fato emaranhados, as partículas geradas nas colisões exibiriam padrões previsíveis caracterizados por uma alta entropia — <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401628-entropia-entenda-a-medida-que-sugere-a-desordem-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a entropia é uma medida usada para entender o grau de desordem de um sistema</a>. A abordagem desenvolvida em 2017 já antecipava esse comportamento, mas os novos dados coletados confirmam que essa hipótese está correta.As colisões de partículas são processos extremamente complexos, com várias etapas influenciando os resultados. Mas o estudo mostrou que a entropia das partículas liberadas já é definida pelo emaranhamento quântico presente nos prótons antes da colisão.&nbsp;Isso significa que, mesmo com as interações intermediárias, a entropia segue um padrão previsível, o que facilita a exploração de fenômenos complexos da física nuclear.Um dos maiores mistérios da física nuclear e de partículas é entender por que os quarks e glúons permanecem confinados dentro dos prótons. Os cientistas pretendem utilizar o Electron-Ion Collider (EIC) justamente para investigar essa e outras questões relacionadas ao emaranhamento quântico.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as partículas fundamentais do Universo</a></li></ul>"Para um estado de quarks e glúons emaranhado ao máximo, existe uma relação simples que nos permite prever a entropia das partículas produzidas em uma colisão de alta energia. Em nosso estudo, testamos essa relação utilizando dados experimentais", disse o físico teórico associado ao Brookhaven Lab e à Stony Brook University, Dmitri Kharzeev.Para a equipe, essa abordagem é fundamental para avançar na compreensão das propriedades dos prótons e como elas podem variar em diferentes condições.&nbsp;Além da física nuclear, os resultados do estudo também podem contribuir para um melhor entendimento da computação quântica.O emaranhamento quântico é um dos fenômenos mais intrigantes da física, não é à toa que ele continua desafiando nossa compreensão sobre a natureza das partículas. Quer saber mais sobre o assunto? Entenda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294217-cientistas-cronometram-nascimento-emaranhamento-quantico-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como cientistas cronometram 'nascimento' do emaranhamento quântico pela 1ª vez</a>. Até a próxima!

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Cientistas conseguiram mapear emaranhamento quântico em quarks e glúons, diz estudo

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Descubra uma dos aspectos teóricos mais fascinantes da física moderna; saiba mais. 

Existe um aspecto do universo onde as leis da física como as conhecemos começam a falhar, onde o espaço e o tempo se desintegram em uma miscelânea caótica de possibilidades.&nbsp;Esse é o domínio da Escala de Planck, uma fronteira teórica que define os menores e mais fundamentais limites da realidade.É o ponto em que, em tese, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282616-novo-estudo-revela-natureza-quantica-gravidade-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a gravidade quântica</a> assume o controle e onde poderíamos entender a essência primeira do cosmos. A Escala de Planck não é, contudo, apenas uma curiosidade matemática: trata-se de uma das ideias mais profundas da física moderna.&nbsp;<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272083-fantastico-bizarro-mundo-fisica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O fantástico e bizarro mundo da física quântica</a></li></ul>Ela define um conjunto de unidades fundamentais – tempo, comprimento, massa, energia e temperatura – em que as constantes universais se unem de forma elegante. Para entendê-la, porém, precisamos revisitar a história, voltando aos trabalhos de um dos maiores nomes da física moderna: Max Planck.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14130846142081.jpg" alt="Na Escala de Tempo, conceitos como tempo e espaço perdem suas características comuns."><figcaption>Na Escala de Tempo, conceitos como tempo e espaço perdem suas características comuns. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No final do século XIX, a física parecia ser uma ciência quase completa. No entanto, um problema persistente surgiu ao tentar explicar a radiação emitida por corpos quentes – o chamado problema da radiação do corpo negro.&nbsp;"A teoria clássica previa que objetos quentes deveriam emitir energia infinita em comprimentos de onda curtos, algo que claramente não acontecia."Em 1900, Max Planck propôs uma solução radical: a energia não é emitida de forma contínua, mas em pacotes discretos chamados quanta. Essa ideia, embora inicialmente vista como um artifício matemático, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287407-4-fatos-bizarros-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deu início à mecânica quântica</a> e rendeu a Planck o Prêmio Nobel de Física em 1918.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14130940458082.jpg" alt="Representação artística de um quanta, uma "><figcaption>Representação artística de um quanta, uma "partícula" de valor discreto e bem definido de energia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Ao introduzir sua constante fundamental, conhecida como constante de Planck (h), ele criou a base para calcular a escala em que os efeitos quânticos e gravitacionais se tornam igualmente importantes – o que hoje chamamos de Escala de Planck.A Escala de Planck representa os menores valores possíveis para certas grandezas físicas fundamentais:<ul><li>Comprimento de Planck: Cerca de 1,6 × 10-35 metros. É o menor comprimento significativo no universo. Abaixo disso, a ideia de espaço contínuo deixa de fazer sentido;</li><li>Tempo de Planck: Aproximadamente 5,4 × 10-44&nbsp;segundos. É o intervalo mais curto de tempo que pode ser medido;</li><li>Massa de Planck:&nbsp;Cerca de 2,2 × 10-8 quilogramas. Representa uma massa extremamente pequena em escalas humanas, mas enorme em escalas quânticas;</li><li>Energia de Planck: Aproximadamente 1,2 × 1019 gigaeletronvolts. É a energia associada a partículas nessa escala.</li></ul><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14131156260083.jpg" alt="O Comprimento de Planck corresponde à distância que a luz percorre no vácuo durante um tempo de Planck, valor inacessível a qualquer instrumento de medida humano."><figcaption>O Comprimento de Planck corresponde à distância que a luz percorre no vácuo durante um tempo de Planck, valor inacessível a qualquer instrumento de medida humano. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Essas unidades são construídas combinando três constantes fundamentais da natureza:<ul><li>Constante de Planck (h):&nbsp;Determina os menores "pacotes" de energia no universo;</li><li>Velocidade da luz (c): A velocidade máxima permitida para qualquer coisa no universo;</li><li>Constante gravitacional (G):&nbsp;Mede a força da gravidade entre massas.</li></ul>Na Escala de Planck, as duas grandes teorias da física moderna – a mecânica quântica, que descreve o muito pequeno, e a relatividade geral, que descreve o muito grande – entram em conflito.A relatividade geral nos diz que a gravidade é a curvatura do espaço-tempo causada por massas. Já a mecânica quântica lida com probabilidades e incertezas em escalas microscópicas.&nbsp;Na Escala de Planck, o espaço-tempo é tão pequeno que suas flutuações quânticas se tornam significativas, criando uma "espuma quântica" imprevisível.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288552-3-grandes-problemas-teoria-cordas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 3 grandes problemas da Teoria das Cordas</a></li></ul>Isso significa que, para descrever corretamente o universo nessa escala, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283167-gravidade-quantica-jornada-fisica-rumo-teoria-unificada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">precisamos de uma teoria unificada da gravidade quântica&nbsp;</a>– algo que os cientistas continuam tentando desenvolver. Teorias como a Teoria das Cordas e a Gravidade Quântica em Loop tentam preencher essa lacuna, mas nenhuma foi comprovada experimentalmente.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14131655066085.jpg" alt="Uma série de teorias alternativas de gravitação quântica e supercordas tem sido propostas para descrever a natureza fundamental da realidade."><figcaption>Uma série de teorias alternativas de gravitação quântica e supercordas tem sido propostas para descrever a natureza fundamental da realidade.(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Além disso, a Escala de Planck também é fundamental para entender os primeiros momentos do universo. Durante o tempo de Planck, logo após o Big Bang, o universo tinha apenas 10-43 segundos de idade e era extremamente quente e denso. A física convencional não consegue descrever com precisão o que aconteceu nesse momento, já que as forças fundamentais – gravidade, eletromagnetismo, força forte e força fraca – poderiam estar unificadas.A Escala de Planck não é apenas um conceito matemático; ela levanta questões filosóficas sobre os limites do conhecimento humano. Se o espaço e o tempo deixam de fazer sentido abaixo do comprimento de Planck, será que existe um nível fundamental da realidade que nunca poderemos acessar?<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282431-5-maiores-misterios-ainda-nao-resolvidos-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 5 maiores mistérios ainda não resolvidos pela física</a></li></ul>Esta é mais uma das janelas para os mistérios mais profundos do universo. Ela marca o limite onde nosso entendimento atual da física encontra barreiras e onde novas teorias devem emergir. Enquanto cientistas continuam a explorar as fronteiras entre o infinitamente grande e o infinitamente pequeno, a Escala de Planck permanece como um lembrete de que, por mais que avancemos, o cosmos sempre terá novos segredos para nos revelar.

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Há um limite para a realidade física? Conheça a Escala de Planck

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Em um sistema isolado, a termodinâmica explica que a entropia causa a dissipação de energia e o aumento da desordem com o tempo.

A entropia é um conceito amplamente estudado na física e até mesmo na filosofia. Trata-se de uma forma de explicar como os fenômenos ocorrem ao nosso redor, representando o grau de desordem de um sistema. A ideia foi originalmente proposta pelo físico alemão Rudolf Clausius em meados de 1850, enquanto ele estudava os princípios da termodinâmica.A entropia pode ser descrita de diferentes maneiras, o que leva alguns a questionarem sua validade científica. Contudo, muitos cientistas argumentam que essa percepção é equivocada e que sua existência pode até ser demonstrada por meio de medições científicas. Afinal, quase tudo no cosmos está sujeito a mudanças espontâneas que ocorrem de forma desordenada.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288858-leis-termodinamica-apontam-fim-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como as leis da Termodinâmica apontam para o fim do Universo</a></li></ul>Por exemplo, alguns <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288617-entropia-paradoxos-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">especialistas sugerem que a própria vida está ligada à entropia</a>. Todos os seres vivos enfrentam momentos de desordem durante a jornada da vida e, inevitavelmente, ficarão doentes e deixarão de existir. O mesmo parece valer para o universo, que caminha para um colapso final — provavelmente, não estaremos mais aqui quando isso acontecer.Alguns físicos afirmam que a entropia é inevitável, sendo um dos princípios fundamentais da natureza. Não é à toa que o termo também é usado na segunda lei da termodinâmica, que estabelece que a entropia de um sistema isolado tende a aumentar com o tempo.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YM-uykVfq_E?si=o-S1BTEu3gk5fa_T" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Isso significa que a energia disponível se distribui de forma cada vez mais homogênea e reduz a capacidade do sistema de 'realizar trabalho'. Apesar de processos organizados poderem surgir em sistemas abertos, a tendência é a dissipação da energia, o que deixa a ‘organização’ mais complicada e distante com o passar do tempo.Em outras palavras, tudo pode começar organizado e estável, mas com o tempo acabará em desordem e imprevisibilidade.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273370-efeito-colateral-entropia-veja-estudo-onde-nasce-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Efeito colateral da Entropia? Veja estudo sobre onde nasce a consciência</a></li></ul>“A entropia é a medida da energia térmica de um sistema por unidade de temperatura que não pode ser convertida em trabalho útil. Como o trabalho é obtido a partir do movimento ordenado das moléculas, a entropia também representa o grau de desordem molecular ou aleatoriedade de um sistema. Esse conceito oferece uma compreensão profunda sobre a direção das mudanças espontâneas em diversos fenômenos do dia a dia”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>O que é a entropia?</h2>Embora o físico alemão Rudolf Clausius tenha cunhado o termo entropia, o estudo desse conceito começou com o engenheiro francês Sadi Carnot. Em 1824, ele publicou um livro sobre a força motriz do fogo, que abriu caminho para novos avanços na termodinâmica e explicava um pouco dessa desordem sugerida na entropia.Na obra 'Reflexões sobre a Força Motriz do Fogo', Sadi investigou o funcionamento das máquinas térmicas e demonstrou que sua eficiência depende exclusivamente da diferença de temperatura entre as fontes quente e fria, independentemente do combustível utilizado.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271380-machine-learning-chave-encontrar-sinais-vida-fora-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machine learning pode ser a chave para encontrar sinais de vida fora da Terra</a></li></ul>Décadas depois, o físico alemão Rudolf Clausius aprimorou essas ideias e formulou a Segunda Lei da Termodinâmica, quando introduziu em 1865 o conceito de entropia.&nbsp;O cientista demonstrou que&nbsp;a energia tende a se dissipar e se tornar menos disponível, e que a entropia total de um sistema isolado nunca diminui, levando os processos naturais a um estado de equilíbrio térmico irreversível.Ao todo, existem quatro leis da termodinâmica:<ul><li>Lei zero: define temperatura e equilíbrio térmico;</li><li>Primeira lei: a energia se conserva e pode ser transformada;</li><li>Segunda Lei: a entropia sempre aumenta em sistemas isolados;</li><li>Terceira Lei: no zero absoluto, a entropia é mínima.</li></ul>O conceito de entropia foi introduzido por Clausius para descrever a irreversibilidade dos processos térmicos e formalizar a Segunda Lei da Termodinâmica.&nbsp;Com o tempo, essa ideia foi aplicada em diversas áreas do conhecimento. Um exemplo é o trabalho do físico norte-americano E.T. Jaynes, que utilizou a noção de entropia na teoria da informação e na formulação estatística da termodinâmica, a fim de possibilitar uma abordagem probabilística.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/17/17075810720000.jpg" alt="O matemático norte-americano Claude Shannon descreveu a entropia como uma medida de incerteza em sistemas de comunicação, já que ela leva a desorganização."><figcaption>O matemático norte-americano Claude Shannon definiu a entropia como uma medida de incerteza em sistemas de comunicação, pois representa o grau de imprevisibilidade das informações transmitidas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Na prática, a entropia explica por que as coisas tendem naturalmente a se desgastar, se espalhar ou perder organização ao longo do tempo. Imagine um cubo de gelo fora da geladeira: ele derrete porque o calor do ambiente se espalha, assim, a energia se torna mais distribuída e menos aproveitável.&nbsp;Esse comportamento está intimamente ligado à Segunda Lei da Termodinâmica, que diz que a entropia de um sistema isolado sempre aumenta. Ou seja, com o tempo, tudo tende à desorganização e ao equilíbrio térmico,&nbsp;como acontece com o calor que se dissipa ou com um carro que não se arruma sozinho.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285960-tempo-nao-anda-frente-fisica-moderna-explica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O tempo não 'anda para frente'? Física moderna explica</a></li></ul>“A ideia de entropia oferece uma maneira matemática de representar a noção intuitiva de quais processos são impossíveis, mesmo sem violar a lei fundamental da conservação da energia. Por exemplo, um bloco de gelo colocado sobre um fogão quente certamente derrete, enquanto o fogão esfria. Esse tipo de processo é chamado de irreversível, pois nenhuma pequena mudança faria a água derretida voltar a se transformar em gelo enquanto o fogão aquece novamente”, a enciclopédia Britannica acrescenta.Seja na física, matemática, teoria da informação ou até como metáfora em estudos de sociologia e filosofia, a entropia está associada à desordem e à irreversibilidade dos processos. No contexto social, o termo é usado para descrever a tendência à instabilidade e ao colapso de sistemas organizados.&nbsp;Talvez, o possível colapso da sociedade devido às mudanças climáticas tenham alguma relação com a entropia do universo.Apesar de ter surgido para explicar a transferência de calor e a conversão de energia na termodinâmica, com o tempo, o conceito passou a ser estudado em outras áreas e se tornou fundamental em vários campos da ciência.A energia se espalha, a organização se perde e tudo segue rumo à desordem. Será que esse processo natural da entropia pode indicar o destino do cosmos? Então, aproveite para saber como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294272-hipotese-universo-espelho-explicar-inflacao-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a hipótese do ‘Universo espelho’ pode explicar a inflação cósmica</a>. Até a próxima!

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Entropia: entenda a medida que sugere a 'desordem do universo'

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A atmosfera exerce uma pressão de cerca de 10 toneladas a cada metro quadrados; mas por que exatamente não sentimos esse peso?

Para que a Terra seja habitável para a humanidade, diversos processos precisaram ocorrer de forma específica durante o seu período de formação. Nossa sobrevivência depende, por exemplo, da quantidade de oxigênio disponível e de inúmeros fatores que se desenvolveram ao longo de bilhões de anos. Inclusive, uma dúvida comum é: por que a atmosfera terrestre não esmaga tudo em sua superfície?Só podemos respirar e viver normalmente graças à presença do ar na atmosfera da Terra. Contudo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/212494-falta-oxigenio-acabara-vida-terra-1-bilhao-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se você pensou que a maioria dele é oxigênio</a>, está enganado. Os cientistas afirmam que cerca de 78% da atmosfera terrestre é composta por nitrogênio, enquanto o oxigênio representa apenas 21%. Além disso, há pequenas quantidades de argônio, dióxido de carbono, vapor de água e outros gases.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289181-terra-brilha-vista-espaco-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que a Terra brilha quando vista do espaço?</a></li></ul>Se você parar para pensar, a atmosfera envolve tudo ao nosso redor e exerce uma enorme pressão devido à gravidade da Terra. No nível do mar, essa pressão equivale a cerca de 10 toneladas-força por metro quadrado.&nbsp;Porém, não sentimos esse efeito porque existe um mecanismo do nosso corpo que permite continuarmos vivendo.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CsWp25SAPq4?si=zYwLiEuNZ1U4ofAD" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Quanto mais alto você subir,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290211-pirataria-fluvial-explicar-monte-everest-tao-grande.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;como no Monte Everest</a>, mais perceberá a queda da pressão atmosférica e a rarefação do ar. Isso acontece porque a maior parte da atmosfera se concentra nas camadas próximas à superfície devido ao peso da gravidade. Nessas altitudes, a densidade das moléculas de oxigênio e nitrogênio diminui; por isso é tão difícil respirar em locais de altitude elevada.O fato é que a pressão atmosférica exerce uma grande força sobre tudo ao nosso redor. Teoricamente, sem esse equilíbrio específico, a humanidade, os animais e toda a vida como conhecemos talvez nem existissem.&nbsp;A explicação pode parecer complexa, mas, na verdade, é bem simples. E é exatamente isso que vamos abordar no Ciência Responde desta semana.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282808-atmosfera-detectada-exoplaneta-rochoso-tipo-super-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Atmosfera é detectada em exoplaneta rochoso do tipo Super-Terra</a></li></ul>“A atmosfera da Terra exerce sobre nós uma pressão ao nível do mar equivalente a cerca de 10 toneladas por metro quadrado. Ou seja, simplesmente ficar em pé significa suportar o peso de um carro pequeno”, o físico Robert Matthews disse em uma publicação no site Science Focus, em resposta a uma questão sobre o motivo de os humanos não serem esmagados pela pressão atmosférica.<h2>O que é a atmosfera?</h2>Quando você pensa na atmosfera, talvez a imagine como uma camada invisível que envolve o planeta. Contudo, ela é composta por várias camadas de gases que protegem a Terra e a vida nela.&nbsp;Funciona como uma bolha protetora que cobre todo o globo.&nbsp;Além de permitir que respiremos o ar, a atmosfera nos oferece proteção contra a radiação solar e ajuda a manter a temperatura do planeta estável.A atmosfera terrestre é composta por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Cada uma possui características distintas, como composição química, temperatura e densidade do ar.&nbsp;Se você estiver viajando em um foguete espacial, precisará passar por esses cinco ‘obstáculos’ antes de entrar no vácuo do espaço. Esse limite entre a atmosfera na Terra e o espaço é <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282326-linha-karman-onde-termina-terra-comeca-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecido como linha de Kárman</a>.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.britannica.com/science/atmospheric-pressure" data-fonte="&amp;nbsp;Britannica&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/16/16102248047030.jpg" alt="A imagem ilustra como a pressão atmosférica varia de acordo com a altitude. (Fonte: Britannica)."><figcaption>A imagem ilustra como a pressão atmosférica varia segundo a altitude. (Fonte: Britannica).</figcaption></figure>A mudança climática impacta diretamente a atmosfera da Terra. A poluição e a emissão de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289574-explorando-aquecimento-global-guia-completo-gases-efeito-estufa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gases do efeito estufa</a> alteram sua composição, o que intensifica o aquecimento global e modifica padrões climáticos. Como consequência, podem ocorrer eventos extremos, como ondas de calor, secas e chuvas intensas, que também afetam a saúde humana. Aliás, a degradação da qualidade do ar pode agravar doenças respiratórias e cardiovasculares.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286015-balanca-cosmica-descubra-peso-terra-quilogramas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é o peso da Terra em quilogramas?</a></li></ul>“A atmosfera é uma mistura de gases que envolve a Terra. Ela torna a vida possível ao fornecer o ar que respiramos, proteger contra a radiação ultravioleta (UV) do Sol, reter o calor para aquecer o planeta e evitar variações extremas de temperatura entre o dia e a noite. Sem a atmosfera, as temperaturas na superfície da Terra seriam muito abaixo de zero em todas as regiões”, é descrito no site da Corporação Universitária para Pesquisa Atmosférica (UCAR).É importante destacar que a Terra não é o único planeta com atmosfera. Na verdade, quase todos os planetas do Sistema Solar possuem algum tipo de camada gasosa, embora variem em densidade e composição.&nbsp;Por exemplo, Saturno tem uma atmosfera espessa formada principalmente por hidrogênio e hélio, enquanto Mercúrio possui apenas uma exosfera extremamente fina, quase indistinguível do vácuo espacial.<h2>Por que não sentimos o peso da atmosfera?</h2>Aproximadamente 99,9% da atmosfera está concentrada até cerca de 48 quilômetros de altitude em relação à superfície.&nbsp;Considerando sua massa total, os cientistas estimam que ela exerce uma força equivalente a bilhões de toneladas sobre tudo o que está abaixo. Em menores escalas, ela possui cerca de 10 toneladas por metro quadrado.Se há toneladas de ar nos pressionando, por que não somos esmagados, como uma pessoa pisando em formigas? A resposta está no próprio corpo humano: a pressão interna equilibra a força exercida pela atmosfera e impede qualquer 'efeito esmagador'.O ar dentro do nosso corpo exerce a mesma pressão que a atmosfera, uma reação que cria um equilíbrio essencial para a nossa sobrevivência. Isso ocorre porque a pressão é distribuída uniformemente pelo corpo.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/16/16102641063035.jpg" alt="A atmosfera é formada por cinco camadas distintas."><figcaption>A atmosfera é formada por cinco camadas distintas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em grandes altitudes, a pressão atmosférica diminui, o que pode causar desconforto durante viagens de avião.&nbsp;Essa mudança de pressão é a responsável por sensações como estalos nos ouvidos e até zumbidos. Mas se você for ainda mais alto, como no espaço, começaria a sentir os efeitos da falta de atmosfera.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281125-gravidade-empurra-baixo-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que a gravidade nos empurra para baixo?</a></li></ul>"[A pressão] é uma das razões pelas quais não podemos viajar no espaço sideral sem um traje espacial. A pressão no espaço é essencialmente zero. Sem a pressão do ar empurrando o corpo humano para baixo, a pressão interna dentro do corpo faria o corpo inflar como um balão até que a pressão fosse liberada", disse Michael Wood, professor de ciências quantitativas na Canisius University em Buffalo (NY), em mensagem ao site LiveScience.Eventos naturais e biológicos ao longo da história deixaram marcas invisíveis na atmosfera da Terra; desde grandes erupções vulcânicas até mudanças climáticas moldaram a composição do ar que respiramos hoje. Quer descobrir mais sobre esse fenômeno? Saiba como,&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280630-pandemias-alteraram-atmosfera-terra-ha-milhares-anos-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as pandemias alteraram a atmosfera da Terra há milhares de anos</a>. Até mais!

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Por que não sentimos o peso da atmosfera? A ciência responde!

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A partícula hipotética Majoron pode explicar a matéria escura, a matéria bariônica e outros grandes mistérios do universo.

A matéria escura é um dos maiores mistérios do universo;&nbsp;cientistas estimam que o cosmos seja composto por 5% de matéria observável (bariônica), 27% de matéria escura e 68% de energia escura. Apesar de sua relevância na astronomia, a natureza dessa forma hipotética de matéria ainda é desconhecida e segue sendo objeto de diversos estudos. Uma possibilidade é que o Majoron esteja relacionado a esse fenômeno.Em um estudo publicado na revista de pré-impressão arXiv, um grupo de pesquisadores propõe que a partícula hipotética conhecida como Majoron pode ser a chave para explicar a existência de toda a matéria no universo.&nbsp;Além disso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282285-medicao-precisa-revelar-massa-particulas-fantasmas-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os resultados indicam que essa ‘partícula fantasma’</a> também pode estar relacionada à assimetria da matéria na totalidade no cosmos.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281043-revolucao-cosmologica-fisico-diz-nao-existe-materia-escura-universo-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução cosmológica? Físico diz que não existe matéria escura no universo; entenda</a></li></ul>Antes de investigar o que é a matéria escura, muitos estudos buscam compreender por que o universo é formado pela matéria como a conhecemos. Por exemplo, as evidências atuais sugerem que, após o Big Bang, foram criadas quantidades iguais de matéria e antimatéria. Contudo, apenas a matéria é observada em quantidade, enquanto a maioria da antimatéria parece ter ‘desaparecido’ de forma misteriosa.A escassez de antimatéria observada no universo está relacionada a um fenômeno conhecido como&nbsp;assimetria bariônica, caracterizado pelo desequilíbrio entre a matéria e sua versão contrária,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400875-particula-de-antimateria-mais-pesada-ate-hoje-e-detectada-por-pesquisadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a antimatéria</a>.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lAAmAbJvvJg?si=bbp-xju-PFk7X_Qd" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Apesar de a origem precisa desse desequilíbrio ainda não ser totalmente compreendida, a ciência sugere que os modelos de leptogênese e bariogênese oferecem possíveis explicações para a violação da simetria cósmica.“Demonstramos que o Majoron resultante é um candidato viável para matéria escura do tipo freeze-in. Assumimos que dois neutrinos destros possuem massas predominantemente fora da diagonal, sugerindo que a leptogênese ressonante pode ser a origem da assimetria bariônica do Universo”, a introdução do artigo descreve.<h2>O que é Majoron?</h2>Os Majorons são partículas hipotéticas propostas na física teórica, associadas a modelos que explicam as massas de neutrinos Majorana. O nome é uma homenagem ao físico italiano Ettore Majorana, que ficou conhecido por seus estudos envolvendo neutrinos.Teoricamente,&nbsp;o Majoron é um bóson de Goldstone que emerge da quebra espontânea de uma simetria global, frequentemente vinculada ao número leptônico.&nbsp;Apesar de sua importância em teorias cosmológicas e na física de partículas, sua existência permanece teórica, já que nenhum experimento científico conseguiu detectá-lo.O número leptônico é uma propriedade associada aos léptons, partículas fundamentais como o elétron, múon, tau e seus respectivos neutrinos.&nbsp;O Majoron está justamente relacionado à quebra espontânea da simetria global do número leptônico. Mas o que é a leptogênese?<figure class="image" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:First_neutrino_observation.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;WikiMedia Commons / Argonne National Laboratory&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14141936162108.jpg" alt="A imagem apresenta a primeira observação de um neutrino, em 1970. (Fonte: WikiMedia Commons / Argonne National Laboratory)"><figcaption>A imagem apresenta a primeira observação de um neutrino, em 1970. (Fonte: WikiMedia Commons / Argonne National Laboratory).</figcaption></figure>Segundo o CERN,&nbsp;a leptogênese é uma teoria que descreve o mecanismo pelo qual surgiu a assimetria entre matéria e antimatéria no universo. Esse processo teria ocorrido nos primeiros <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282778-existia-algo-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">momentos após o Big Bang</a>, devido ao decaimento desequilibrado de partículas pesadas. Como resultado, simetrias fundamentais foram violadas.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289359-nosso-universo-tem-irmao-gemeo-conheca-hipotese-antiuniverso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nosso universo tem um irmão gêmeo? Conheça a hipótese do antiuniverso</a></li></ul>“O Majoron pode adquirir massa por meio de efeitos da gravidade quântica e, possivelmente, representar a componente de matéria escura observada no Universo. O cenário de matéria escura baseado no Majoron é consistente com as observações atuais da anisotropia do fundo cósmico de micro-ondas, desde que o tempo de vida do Majoron como matéria escura”, destaca outro estudo sobre o tema, publicado no arXiv.<h2>Majoron e a matéria escura</h2>Além da matéria visível, o universo também contém uma alta quantidade de matéria escura — sem contar, na maior parte, composta por energia escura. No entanto, as evidências indicam que matéria e antimatéria foram criadas em quantidades semelhantes <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282102-viagem-tempo-cosmico-telescopio-consegue-ver-inicio-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no início do cosmos</a>. Não é à toa que um dos grandes mistérios está em entender por que quase toda a antimatéria desapareceu.Para os cientistas do recente estudo, a resposta para o desaparecimento da antimatéria pode estar nos neutrinos.&nbsp;Essas partículas possuem propriedades que ainda desafiam explicações completas. Por exemplo, os neutrinos conhecidos apresentam spin alinhado exclusivamente à esquerda em relação ao seu movimento, diferentemente de outras partículas que podem apresentar rotação em ambas as direções.As evidências atuais confirmam a existência de três tipos de neutrinos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282093-teoria-sugere-existe-eletron-universo-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">associados ao elétron</a>, múon e tau. Apesar de suas propriedades, como massa e oscilações, sejam amplamente investigadas, alguns cientistas ainda consideram a possibilidade de existirem outros tipos de neutrinos. Caso realmente existam, sua detecção direta seria extremamente difícil devido às interações muito mais fracas em comparação com os neutrinos conhecidos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.darkenergysurvey.org/des-year-3-cosmology-results-papers/" data-fonte="&amp;nbsp;DES&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14142559000110.jpg" alt="O mapa acima mostra a quantidade de matéria escura no universo, criado pelo Dark Energy Survey (DES) com o uso de inteligência artificial (IA). (Fonte: DES)."><figcaption>O mapa acima mostra a quantidade de matéria escura no universo, criado pelo Dark Energy Survey (DES) com o uso de inteligência artificial (IA). (Fonte: DES).</figcaption></figure>Os resultados do estudo sugerem, hipoteticamente, a existência de dois neutrinos com rotação à direita e massas extremamente altas. Segundo os cientistas, esses ‘neutrinos destros’ inicialmente estavam em equilíbrio com os neutrinos conhecidos. Porém, com a expansão e o resfriamento do universo, essa simetria foi rompida, o que resultou no desaparecimento dos neutrinos destros.O estudo não se limita ao desaparecimento dessas partículas. Os cientistas explicam que essa reação também pode ter provocado o desequilíbrio entre matéria e antimatéria. Mas qual é a relação disso com o Majoron? A teoria sugere que os neutrinos destros se combinaram, originando o Majoron, uma partícula hipotética&nbsp;que poderia ter sido criada em abundância nos primeiros instantes do universo.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282741-materia-escura-nao-podemos-ver-substancia-misteriosa-que-compoem-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matéria escura: por que não podemos ver a substância misteriosa que compõem o Universo?</a></li></ul>A hipótese explica que, além dessas duas reações, o Majoron também pode ser a matéria escura.&nbsp;Os pesquisadores acreditam que essa partícula hipotética poderia fornecer uma explicação para esses três grandes mistérios do universo.&nbsp;De qualquer forma, não há evidências científicas que comprovem sua existência, mas os cientistas esperam que detectores de neutrinos como o Super-Kamiokande (no Japão) e o Borexino (na Itália) possam contribuir para sua descoberta.É importante destacar que o estudo foi publicado em um servidor de pré-impressão e ainda não passou pelo processo de revisão por pares, essencial para validar suas conclusões.As partículas que compõem tudo ao nosso redor são fundamentais para entender o universo, desde os átomos até as maiores estruturas cósmicas. Quer saber mais sobre o assunto? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Descubra quais são as partículas fundamentais do Universo</a>. Até a próxima!

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Majoron: a partícula hipotética que pode explicar matéria escura e outros mistérios

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Ao descobrir por que as células tumorais morrem de formas diferentes após a radioterapia, os pesquisadores criaram oportunidades para melhorar os tratamentos.

Após a descoberta dos raios X por Wilhelm Röntgen, em 1895, tiveram início as primeiras sessões de radioterapia para tratamento do câncer. O procedimento envolve feixes de radiação direcionados exatamente para o tumor para que as células cancerosas, mais sensíveis à radiação, tenham seu DNA atacado e morram.No entanto, por um motivo que há décadas desafia a compreensão dos cientistas, a exposição à radiação mata células de tumores iguais de formas diferentes. Isso é importante, pois algumas dessas mortes passam despercebidas pelo sistema imunológico, enquanto outras incitam uma resposta imune que mata as células cancerosas remanescentes.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/230756-radiacao-saude-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nem toda radiação faz mal à saúde</a></li></ul>Agora, um estudo publicado recentemente na Nature Cell Biology garante ter solucionado o mistério. Após passar seis anos pesquisando a questão, o autor principal, Radoslaw Szmyd, da Universidade de Sydney, em Westmead na Austrália, conseguiu resolvê-la após rastrear células irradiadas por uma semana, com microscópios de última geração.<h2>Como funciona a radioterapia na prática?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14085341350005.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A radioterapia libera o sistema imunológico do paciente para matar células cancerosas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Em um cenário ideal, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149589-descoberta-dar-origem-tratamento-universal-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o tratamento do câncer libera o sistema imunológico do paciente</a> para matar células cancerosas e limpar tumores. Para isso, a radioterapia que mata algumas células neoplásicas, “denuncia” sua presença ao sistema imunológico, que mata aquelas que sobreviveram à radiação direta.No entanto, o que seria uma estratégia literalmente matadora para a sobrevivência de muitos pacientes acaba falhando, porque algumas dessas células malignas morrem de maneira incorreta, ou seja, não imunogênica. Isso significa que parte das mortes faz só metade do trabalho, e não libera sinais capazes de ativar o sistema imunológico.Para o coautor Tony Cesare, professor do Instituto de Pesquisa Médica Infantil de Sydney, "O resultado surpreendente de nossa pesquisa é que o reparo do DNA, que normalmente protege as células saudáveis, determina como as células cancerosas morrem após a radioterapia", afirma ele em um comunicado.<h2>Por que o reparo do DNA nem sempre reconhece as células irradiadas?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14090936161009.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O sistema nem sempre reconhece células cancerosas irradiadas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Fundamental para o funcionamento das nossas células, o DNA está o tempo todo sujeito a danos causados por processos metabólicos naturais, produtos químicos e a radioterapia. Embora o material genético corrija os danos, nesse último caso, os danos são tão severos, que o próprio processo de reparo reconhece a gravidade e “sinaliza” para que a célula inicie sua autodestruição (apoptose), o que faz do DNA uma ferramenta de combate ao câncer.Se esse reparo fosse capaz de funcionar de forma que as células malignas não morressem, a radioterapia seria inócua. Mas as doses são calibradas de tal maneira, que, na maioria dos casos, causam danos além da capacidade de recuperação do processo de reparo.No entanto, pondera Cesare, "Quando o DNA danificado pela radioterapia foi reparado por um método chamado recombinação homóloga, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264008-descoberto-novo-mecanismo-celular-causar-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as células cancerígenas morrem durante o processo de reprodução</a> — um mecanismo chamado divisão celular ou mitose". Nesses casos, a morte passa totalmente despercebida pelo sistema imunológico, e não ativa uma resposta imune.<h2>Como ativar o sistema imunológico nos casos de morte durante a mitose?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/14/14091455519010.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mortes celulares ocorridas durante a mitose não ativam o sistema imune. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A solução para que o corpo inicie uma resposta imune capaz de combater o câncer de uma maneira mais ampla, raciocinaram os autores, foi bloquear a recombinação homóloga (mecanismo de reparo que utiliza uma cópia intacta do DNA como molde). Tendo que se reparar de outras formas, as células acabariam flagradas pelo sistema imunológico, e mortas. &nbsp;A hipótese foi testada em experimentos em cultura, e confirmada, pois as células liberaram interferons, proteínas produzidas pelas células do sistema imunológico em resposta a infecções virais e células tumorais. No entanto, a eficácia ainda precisa ser demonstrada em modelos animais e em ensaios clínicos.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263455-tratamento-desenvolvido-brasileiro-realmente-cura-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tratamento desenvolvido por brasileiro, realmente cura o câncer?</a></li></ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401042-russia-diz-ter-desenvolvido-vacina-contra-o-cancer-e-que-vai-distribuir-de-graca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alguns medicamentos que inibem a recombinação homóloga</a>, como os inibidores da enzima ATR, podem aumentar a eficácia da radioterapia, permitindo reduzir as doses. Uma mutação no gene BRCA2, ligada ao câncer de mama, também impede a recombinação homóloga e, portanto, a morte durante a mitose. Como outra mutação aumenta o reparo, os autores estão explorando novas estratégias terapêuticas para melhorar os tratamentos.Gostou dessa descoberta? Conte para gente em nossas redes sociais, e aproveite para compartilhar a matéria com amigos e parentes. Até mais!

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Por que algumas células cancerosas resistem à radioterapia? Estudo explica

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O mundo clássico segue leis tradicionais, mas universos quânticos paralelos sugerem que esses conceitos podem emergir de sistemas quânticos.

O mundo clássico abrange tudo o que conhecemos e é governado pelas leis da física tradicional, como as de Newton, que explicam o movimento dos objetos. Outro exemplo é a lei da gravitação universal, que descreve a atração entre dois corpos com força proporcional às suas massas. Mas há muito, além disso; alguns cientistas defendem a ideia de universos quânticos paralelos.No reino microscópico, os cientistas conseguem estudar átomos, elétrons, fótons e suas interações no mundo quântico. Nesse contexto, muitas regras são significativamente diferentes das observadas no mundo clássico. Isso mostra o grande desafio da ciência em unificar essas duas áreas para criar uma teoria ou explicação em comum.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401469-modelos-matematicos-revelam-3-particula-impossivel-na-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Modelos matemáticos revelam 3ª partícula 'impossível' na mecânica quântica</a></li></ul>Diferente da física tradicional, a mecânica quântica apresenta comportamentos probabilísticos e conceitos únicos, como o princípio da incerteza de Heisenberg, a dualidade da onda-partícula e o emaranhamento quântico. Contudo, um novo estudo sugere que os mundos clássicos surgem naturalmente <a href="https://www.tecmundo.com.br/fisica/19527-universos-paralelos-afinal-que-piracao-e-essa-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em universos quânticos paralelos</a>.Um artigo publicado na revista científica Physical Review X apresentou simulações computacionais realizadas por uma equipe de físicos teóricos na Espanha. O objetivo foi investigar se algumas características do chamado mundo clássico podem surgir a partir de sistemas quânticos.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/p9pPjASnnxw?si=-dZTfdsKPUczcisL" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Dessa forma, os pesquisadores buscam entender como os conceitos tradicionais da física podem ser reinterpretados à luz <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287407-4-fatos-bizarros-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da mecânica quântica</a>.“No formalismo das histórias, a funcional de decorrência é uma ferramenta formal para investigar o surgimento da clássica em sistemas quânticos isolados. No entanto, uma avaliação explícita dela a partir dos primeiros princípios ainda não havia sido relatada. Nós apresentamos tal avaliação para até cinco histórias temporais, com base na diagonalização numérica exata da equação de Schrödinger”, a introdução do estudo descreve.<h2>Diferenças entre a física clássica e a quântica</h2>A física clássica se baseia em leis que descrevem com grande precisão o movimento e o comportamento de objetos macroscópicos.&nbsp;É por isso que é possível prever com exatidão a trajetória de um carro ou a localização futura de uma nave no espaço; basta conhecer a posição, a velocidade inicial e as forças que agem sobre ela.&nbsp;Esse grau de previsibilidade reflete a experiência do nosso dia-a-dia. Ou seja, chaves não aparecem do nada na geladeira, roupas não mudam de cor sozinhas no armário e uma bola de futebol não some repentinamente durante uma partida.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os elétrons realmente giram?</a></li></ul>Já a física quântica, que acontece em escalas microscópicas, apresenta um caráter probabilístico muito mais forte. Segundo o Centro de Ciência e Tecnologia da Informação Quântica de Illinois (IQUIST), em vez de seguirem trajetórias únicas, as partículas quânticas são descritas por uma função de onda que representa uma superposição de estados.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13134515862124.jpg" alt="O conceito de universos quânticos paralelos começou a ser estudado em meados da década de 1950, quando o físico Hugh Everett sugeriu a Interpretação de Muitos Mundos."><figcaption>O conceito de universos quânticos paralelos começou a ser estudado em meados da década de 1950, quando o físico Hugh Everett sugeriu a Interpretação de Muitos Mundos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Isso significa que, até serem medidas, essas partículas têm probabilidades de estarem em diferentes posições ou estados. Só quando são medidas, seu estado ‘colapsa’ para um valor específico. Algo semelhante ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282590-ciencia-tras-paradoxo-do-gato-schrodinger.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que o experimento mental do Gato de Schrodinger</a> propõe.Além disso, na física quântica, algumas propriedades só podem ter valores fixos, como se fossem números inteiros. Por exemplo, um elétron só pode ocupar níveis específicos de energia em um átomo, sem valores intermediários entre eles.Conceitos como dualidade onda-partícula, emaranhamento e spin são considerados contraintuitivos, mas os cientistas explicam que sua eficácia preditiva é notável. Não é à toa que a física quântica é um dos pilares da compreensão moderna do universo e ajuda a&nbsp;explicar a estrutura dos átomos, as propriedades dos elementos e os diferentes fenômenos que não são respondidos pela física clássica.<h2>Mundo clássico em universos quânticos paralelos</h2>Conforme os pesquisadores, as simulações numéricas indicaram que características do mundo clássico, como a trajetória de uma bola em um campo de futebol, podem surgir naturalmente do comportamento de sistemas quânticos.Os resultados também sugerem que nesses mundos clássicos, originados de universos quânticos paralelos, os efeitos quânticos desaparecem, assim como ocorre no nosso próprio universo.&nbsp; Isso ajuda a entender por que não observamos fenômenos quânticos diretamente no nosso dia a dia.Apesar de abordar a mecânica quântica, o objetivo principal do artigo é entender como o mundo clássico surge em condições aparentemente contraintuitivas. O estudo também destaca o conceito de decorrência quântica, que explica <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273803-misterios-universo-quantico-descoberta-fotons-albert-einstein.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por que os efeitos do mundo quântico</a> parecem ‘desaparecer’ quando observados no contexto clássico.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13135037126128.jpg" alt="Os cientistas atuais buscam unificar a mecânica quântica com a física clássica, mas ainda não desenvolveram uma teoria capaz de descrever o universo em todas as escalas. "><figcaption>Os cientistas atuais buscam unificar a mecânica quântica com a física clássica, mas ainda não desenvolveram uma teoria capaz de descrever o universo em todas as escalas. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Em resumo, os pesquisadores mostram como tudo o que conhecemos pode ter se originado de sistemas quânticos complexos. Ainda não existe nenhuma prova consistente desse cenário, mas o estudo reforça o que pode acontecer nos processos microscópicos do universo.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282616-novo-estudo-revela-natureza-quantica-gravidade-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo estudo revela a natureza quântica da gravidade</a></li></ul>"A física quântica contraria nossa experiência clássica no que diz respeito ao comportamento de elétrons individuais, átomos ou fótons. Contudo, ao ampliarmos a perspectiva e considerarmos quantidades macroscópicas que nós, humanos, podemos perceber (como a temperatura do nosso café da manhã ou a posição de uma pedra), nossos resultados indicam que os efeitos de interferência quântica, responsáveis pelos comportamentos estranhos da quântica, desaparecem", explicou o principal autor do estudo e associado da Universidade Autônoma de Barcelona, Philipp Strasberg.É importante destacar que o estudo sobre os universos quânticos paralelos é baseado na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286383-interpretacao-mundos-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Interpretação de Muitos Mundos (IMM)</a>, uma teoria da mecânica quântica que sugere a existência de universos paralelos — popularmente conhecida como 'multiverso' em obras de ficção científica. O conceito foi desenvolvido, em 1957, pelo físico norte-americano Hugh Everett III.Conceitos como a dualidade onda-partícula e a superposição ajudam a entender os fenômenos microscópicos que diferem das regras do mundo clássico, mas a transição entre esses dois universos ainda não foi completamente compreendida pela ciência. Gostou do conteúdo? Aproveite para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289139-emaranhamento-quantico-compreendendo-impossivel-forma-simples.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entender mais sobre o emaranhamento quântico de uma forma simples</a>. Até a próxima!

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Mundo clássico surge naturalmente em universos quânticos paralelos, diz estudo

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Conheça um dos problemas contemporâneos mais intrigantes e que reúne juntos os campos da física, da filosofia e da cosmologia.

Imagine, por um instante, que tudo ao seu redor – as pessoas, o mundo, o universo – não passa de uma ilusão. Que você, sua mente e suas memórias, são o produto de uma flutuação aleatória <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401002-entenda-quais-sao-as-particulas-fundamentais-do-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no vasto oceano de partículas do cosmos</a>.&nbsp;Entretanto, essa ideia não é apenas material para ficção científica; ela emerge de uma das discussões mais fascinantes e controversas da física teórica: o Paradoxo do Cérebro de Boltzmann.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06115937206075.jpg" alt="E se tudo que percebêssemos do universo não passasse de uma ilusão? "><figcaption>E se tudo que percebêssemos do universo não passasse de uma ilusão? (Fonte Getty Images)</figcaption></figure>Essa questão enigmática, que parece desafiar nossa intuição, nasce de reflexões sobre a natureza do universo, o papel da entropia e a probabilidade de configurações espontâneas em sistemas físicos. Trata-se de uma jornada que une termodinâmica, cosmologia e filosofia, questionando a própria ideia de realidade e consciência.No final do século XIX, o físico austríaco Ludwig Boltzmann revolucionou a física ao introduzir o conceito de entropia estatística, uma medida da desordem em sistemas termodinâmicos.&nbsp;<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288617-entropia-paradoxos-origem-da-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A entropia e os paradoxos da origem da vida</a></li></ul>Segundo a Segunda Lei da Termodinâmica, a entropia de um sistema isolado tende a aumentar com o tempo, movendo-se de estados organizados para estados mais caóticos. Essa ideia explica, por exemplo, porque um copo de água quente esfria até atingir a temperatura ambiente e nunca o contrário.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06115743512074.jpg" alt="O físico austríaco Ludwig Boltzmann."><figcaption>O físico austríaco Ludwig Boltzmann. (Fonte Getty Images)</figcaption></figure>Boltzmann sugeriu que o universo é um sistema gigantesco que obedece às mesmas regras. Ele propôs que a estrutura atual do Cosmos, aparentemente organizada e de baixa entropia (com galáxias, estrelas e planetas), poderia ter surgido de uma flutuação espontânea em um estado muito mais desordenado.&nbsp;Embora <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273370-efeito-colateral-entropia-veja-estudo-onde-nasce-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estados de alta entropia sejam prováveis</a>, pequenas regiões de baixa entropia poderiam surgir ocasionalmente devido ao acaso. Essa visão levou a um problema profundo.&nbsp;<blockquote>“Se o universo é regido por probabilidades, e flutuações espontâneas podem gerar estados ordenados, qual seria a configuração viável a surgir?”</blockquote>A resposta, surpreendentemente, é que uma flutuação criando um único cérebro autoconsciente –&nbsp;completo com memórias falsas e a ilusão de um universo externo – seria muito possível do que uma flutuação gerando um cosmos inteiro tão vasto e complexo quanto o que observamos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120243824078.jpg" alt="O Universo que observamos parece possuir um nível significativo de organização."><figcaption>O Universo que observamos parece possuir um nível significativo de organização. (Fonte Getty Images)</figcaption></figure>Essa ideia, chamada de Cérebro de Boltzmann, coloca em xeque nossa percepção da realidade. Se cérebros autoconscientes podem surgir com mais frequência do que universos inteiros organizados, como podemos ter certeza de que não somos simplesmente uma dessas entidades isoladas, flutuando em um mar de partículas aleatórias?<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286383-interpretacao-mundos-mecanica-quantica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é a interpretação de Muitos Mundos da mecânica quântica?</a></li></ul>Esse problema desafia a noção de realidade objetiva e levanta questões sobre a validade das nossas observações científicas. Afinal, se tudo o que sabemos é percebido por meio da consciência, e essa consciência poderia ser o produto de uma flutuação aleatória, como podemos confiar em qualquer coisa que percebemos?O Paradoxo do Cérebro de Boltzmann não é apenas um exercício filosófico. Ele tem profundas implicações para a física e a cosmologia. A questão central é: se nosso universo é o resultado de uma flutuação aleatória, por que ele parece tão organizado e consistente?<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120308691079.jpg" alt="Para contemplar o universo, o desenvolvimento da inteligência é uma premissa necessária."><figcaption>Para contemplar o universo, o desenvolvimento da inteligência é uma premissa necessária. (Fonte Getty Images)</figcaption></figure>Uma resposta possível está no conceito de universos inflacionários. Conforme a teoria da inflação cósmica, o universo passou por um breve período de expansão exponencial logo após o Big Bang. Esse processo teria criado as condições para um cosmos ordenado e homogêneo, explicando por que observamos um universo de baixa entropia.Além disso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274188-multiversos-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muitos físicos argumentam que a teoria do multiverso pode resolver o paradoxo</a>. Se existem infinitos universos, cada um com propriedades físicas diferentes, talvez nosso universo seja simplesmente aquele onde as condições permitiram a vida e a consciência, em vez de cérebros isolados flutuando no caos. Essa abordagem, no entanto, ainda não foi confirmada experimentalmente e permanece altamente especulativa.Outra maneira de abordar o paradoxo é considerar a probabilidade e a consistência de observações. Se fôssemos cérebros de Boltzmann, seria improvável que experimentássemos um universo tão detalhado, consistente e regido por leis físicas bem definidas.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/06/06120437579084.jpg" alt="Um cérebro de Boltzmann teria pensamentos, memórias e percepções completamente ilusórias, criados sem necessidade de um cosmos real"><figcaption>Um cérebro de Boltzmann teria pensamentos, memórias e percepções completamente ilusórias, criados sem necessidade de um cosmos real. (Fonte Getty Images)</figcaption></figure>Em vez disso, nossas percepções seriam muito mais desordenadas e fragmentadas. Isso sugere que o paradoxo, embora intrigante, pode não refletir a realidade que observamos.Embora o Paradoxo do Cérebro de Boltzmann seja discutido principalmente em contextos de física teórica, ele levanta questões filosóficas profundas. Qual é a natureza da realidade? O que significa existir? Como podemos confiar em nossas percepções e no conhecimento científico?<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294272-hipotese-universo-espelho-explicar-inflacao-cosmica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A hipótese do ‘Universo espelho’ pode explicar a inflação cósmica</a></li></ul>Longe de invalidar a ciência, essas questões destacam a complexidade de entender o cosmos e reforçam a necessidade de rigor na busca por respostas. Elas também nos lembram que, por mais que avancemos em nosso conhecimento, sempre haverá mistérios a desvendar e paradoxos a enfrentar.

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O Paradoxo do Cérebro de Boltzmann

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O SSD externo Lexar SL400 é um acessório que promete entregar um setup profissional para você que usa sempre o celular para criar conteúdo. Ele traz um pacote muito completo que inclui até um hub USB-C, aí você consegue plugar microfones, carregadores e outros acessórios ao mesmo tempo. 🔥 Extensão do TecMundo: encontre cupons escondidos nas principais lojas online: <a href="http://" target="_blank" rel="nofollow noopener">http://</a>bit.ly/3ZkKOji - Os melhores cupons Online para você! <a href="https://www." target="_blank" rel="nofollow noopener">https://www.</a>tecmundo.com.br/cupons 💡 Participe dos canais do TecMundo no WhatsApp! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatstecmundo - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsmegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JSpOKX 💡 Temos grupos também no Telegram! - TecMundo: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3JZoTbm - Voxel: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramvoxel - Mega Curioso: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegrammegacurioso - Minha Série: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramminhaserie - The BRIEF: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramthebrief CRÉDITOS Roteiro e apresentação: Wellington Arruda Imagens e áudio: Wellington Arruda Edição de vídeo: Rodrigo Doze Motion Graphics: Gustavo Silva A melhor programação está no TecMundo - História da Tecnologia - Entenda - Análises, Unboxings e tudo sobre Produtos! - TecDocs - Matérias especiais - Assistência Tec - Drops de Notícias - Listas - Hoje no TecMundo #Lexar #Computex2024 #ssd #TecMundo

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Será que Karla Sofia Gascón pode perder a indicação ao Oscar pelas falas sobre a equipe de Fernanda Torres? Saiba mais sobre a polêmica aqui! #karlasofiagascon #oscar2025 #fernandatorres #oscars #aindaestouaqui #emiliaperez #polemica #treta #notícia #news #oscar

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