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Imagem de Novo método de fusão nuclear pode alimentar espaçonaves no futuro no tecmundo

Forma inédita de conduzir reações em cadeia dispensaria o uso de equipamentos gigantes

Ainda que a gera&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155646-engenheiros-iniciam-construcao-maior-reator-fusao-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia por meio de fus&atilde;o nuclear esteja engatinhando</a>, pesquisadores da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> sugerem um m&eacute;todo que dispensaria o uso de estruturas massivas como o tokamak e exigiria apenas um pouco de metal, um pouco de hidrog&ecirc;nio e um acelerador de el&eacute;trons. Com a novidade, pode ser que no futuro <a href="https://www.tecmundo.com.br/nave-espacial/117763-nasa-foguetes-movidos-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">naves espaciais sejam alimentadas desse jeito inovador</a>.
De acordo com os cientistas, atrav&eacute;s de uma t&eacute;cnica chamada de fus&atilde;o por confinamento de rede, uma estrutura formada por &aacute;tomos que constituem um fragmento de metal s&oacute;lido &eacute; submetida a alta press&atilde;o com g&aacute;s deut&eacute;rio, is&oacute;topo de hidrog&ecirc;nio com um pr&oacute;ton e um n&ecirc;utron. Nos testes, foram utilizados &eacute;rbio e tit&acirc;nio, e no processo os metais "capturam" os n&uacute;cleos de deut&eacute;rio at&eacute; a hora da fus&atilde;o.
Theresa Benyo, f&iacute;sica anal&iacute;tica e l&iacute;der de diagn&oacute;stico nuclear do projeto, explica: "Durante o carregamento, a estrutura met&aacute;lica come&ccedil;a a se quebrar para reter o g&aacute;s, tornando-se uma esp&eacute;cie de p&oacute;". Isso permite superar a repuls&atilde;o eletrost&aacute;tica m&uacute;tua entre os n&uacute;cleos deut&eacute;rio carregados positivamente, a chamada barreira de Coulomb, e dar in&iacute;cio &agrave; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/112142-nova-teoria-deixa-humanidade-proxima-controlar-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gera&ccedil;&atilde;o de energia</a> por meio de uma sequ&ecirc;ncia de colis&atilde;o e intera&ccedil;&atilde;o de part&iacute;culas que atingem velocidade suficiente para se fundirem.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/08/10/10202544866086.jpeg" alt="Theresa Benyo, Jim Scheid e Larry Forsley, respons&aacute;veis pelo estudo." />Theresa Benyo, Jim Scheid e Larry Forsley, respons&aacute;veis pelo estudo.
<h2>Otimiza&ccedil;&atilde;o m&aacute;xima</h2>
Mesmo em alta velocidade, &eacute; poss&iacute;vel que as coisas n&atilde;o ocorram de acordo com o esperado, e a fus&atilde;o, de fato, n&atilde;o aconte&ccedil;a. Entretanto, a "rede" d&aacute; uma ajuda e tanto. "Os el&eacute;trons na estrutura met&aacute;lica formam uma tela ao redor do deut&eacute;rio estacion&aacute;rio", conta Benyo, prendendo-o e submetendo-o &agrave;s colis&otilde;es mesmo "contra a vontade". Entretanto, a otimiza&ccedil;&atilde;o de gera&ccedil;&atilde;o de energia n&atilde;o para por a&iacute;.
Ainda que dois deut&eacute;rios acabem n&atilde;o se tornando um s&oacute;, a colis&atilde;o de um deles com um dos &aacute;tomos do metal d&aacute; origem a um novo elemento, produzindo, tamb&eacute;m, sua parcela de eletricidade. Lawrence Forsley, l&iacute;der s&ecirc;nior do projeto, comenta que essa n&atilde;o &eacute; uma "fus&atilde;o a frio", mas uma nova maneira de conduzir os acontecimentos.
Agora, os cientistas buscam criar rea&ccedil;&otilde;es mais consistentes, para, quem sabe, empreender uma miss&atilde;o no espa&ccedil;o profundo ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145507-sol-artificial-fusao-nuclear-impactar-futuro-energetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">beneficiar a Terra</a> com novas tecnologias.

Pixabay

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Novo método de fusão nuclear pode alimentar espaçonaves no futuro

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Imagem de Engenheiros iniciam a construção do maior reator de fusão do mundo no tecmundo

Equipamento idealizado por 35 países pode atingir temperaturas 10 vezes mais altas que as encontradas no núcleo do Sol

No sul da Fran&ccedil;a, foi iniciada a constru&ccedil;&atilde;o do maior reator de fus&atilde;o nuclear do mundo. O projeto, chamado de ITER, &eacute; resultado de um esfor&ccedil;o colaborativo envolvendo 35 pa&iacute;ses que t&ecirc;m um objetivo ambicioso: provar a viabilidade econ&ocirc;mica da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145507-sol-artificial-fusao-nuclear-impactar-futuro-energetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gera&ccedil;&atilde;o desse tipo de energia</a> com o uso de um dispositivo magn&eacute;tico gigantesco batizado de Tokamak.
Em teoria, o poder dessa modalidade surge a partir da energia liberada por dois n&uacute;cleos at&ocirc;micos mais leves que se fundem para formar um mais pesado, transformado em eletricidade. Caso a m&aacute;quina seja economicamente vantajosa (gerando mais energia que a necess&aacute;ria para iniciar o processo), lan&ccedil;ar&aacute; as bases de uma maneira in&eacute;dita de produ&ccedil;&atilde;o de energia limpa quase ilimitada em escala comercial.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/07/28/28213417277353.jpg" alt="Tokamak, dispositivo magn&eacute;tico presente dentro do ITER." />Tokamak, dispositivo magn&eacute;tico presente dentro do ITER.
A energia nuclear de fus&atilde;o seria mais segura que a convencional, de fiss&atilde;o, uma vez que n&atilde;o apresenta riscos de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colapsos</a> ou de gerar res&iacute;duos. Entretanto, para isso, &eacute; preciso superar uma dificuldade estudada h&aacute; 6 d&eacute;cadas pela &aacute;rea: &eacute; dif&iacute;cil de prever o comportamento do plasma extremamente quente dentro dos reatores, respons&aacute;vel pela m&aacute;gica, e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/112142-nova-teoria-deixa-humanidade-proxima-controlar-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de control&aacute;-lo</a>.
<h2>Constru&ccedil;&atilde;o monumental</h2>
Como se poderia imaginar, o ITER ser&aacute; um verdadeiro colosso da engenharia. Seu reator final pesar&aacute; 23 mil toneladas, incluindo 3 toneladas de &iacute;m&atilde;s supercondutores conectados uns aos outros por 200 quil&ocirc;metros de cabos, mantidos resfriados a -269 &deg;C por sistemas de criog&ecirc;nio &ndash; pr&oacute;ximo do zero absoluto. Bernard Bigot, diretor geral do projeto, declarou: "Construir a m&aacute;quina pe&ccedil;a por pe&ccedil;a ser&aacute; como montar um quebra-cabe&ccedil;a tridimensional em uma intrincada linha do tempo e com a precis&atilde;o de um rel&oacute;gio su&iacute;&ccedil;o".
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/07/28/28213326495352.jpg" alt="Vis&atilde;o a&eacute;rea das instala&ccedil;&otilde;es." />Vis&atilde;o a&eacute;rea das instala&ccedil;&otilde;es.
A equipe envolvida, por sua vez, est&aacute; otimista quanto aos testes que poder&atilde;o ser realizados a partir do momento em que tudo entrar em funcionamento, em 2025. Isso porque, com o <a href="https://www.tecmundo.com.br/energia-limpa/95038-energia-limpa-alemaes-replicam-reacao-similar-acontece-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plasma de autoaquecimento</a>, a expectativa &eacute; que seja gerada uma quantidade de energia 10 vezes superior &agrave; de entrada, cerca de 500 MW a partir de 50 MW &ndash; uma fra&ccedil;&atilde;o da menor usina nuclear dos Estados Unidos.
De qualquer maneira, o mais impressionante &eacute; que temperaturas 10 vezes mais altas que a do n&uacute;cleo solar podem ser atingidas pelo equipamento &ndash; que n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico idealizado, uma vez que um grande n&uacute;mero de startups pelo planeta quer tornar a fus&atilde;o nuclear uma fonte comercialmente vi&aacute;vel de energia.&nbsp;
Sobre a temperatura? Estamos falando de 150 milh&otilde;es de graus Celsius!

Reprodução

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Engenheiros iniciam a construção do maior reator de fusão do mundo

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Imagem de Níveis anormais de radiação são detectados na atmosfera da Europa no tecmundo

Ainda sem origem determinada, misterioso pico supostamente estaria relacionado a usinas nucleares da Rússia

Segundo informa&ccedil;&otilde;es reportadas pelo site Live Science, o norte europeu registrou, nas &uacute;ltimas semanas, um pico de radia&ccedil;&atilde;o na atmosfera. Apesar de os n&iacute;veis constatados n&atilde;o representarem amea&ccedil;as &agrave;&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a> humana e ao <a href="http://www.tecmundo.com.br/meio-ambiente/" target="_blank" title="Meio ambiente">meio ambiente</a>, poderiam ser reflexo de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">combust&iacute;vel nuclear</a> utilizado em usinas da R&uacute;ssia &mdash; por&eacute;m ag&ecirc;ncias de monitoramento n&atilde;o foram capazes de identificar uma fonte espec&iacute;fica.
Finl&acirc;ndia, sul da Escandin&aacute;via e &Aacute;rtico foram as regi&otilde;es que mais tiveram os n&iacute;veis elevados de radionucl&iacute;deos (c&eacute;sio-134, c&eacute;sio-137 e rut&ecirc;nio-103) detectados por &oacute;rg&atilde;os de vigil&acirc;ncia de seguran&ccedil;a nuclear na Europa. Esses is&oacute;topos radioativos s&atilde;o subprodutos inst&aacute;veis da fiss&atilde;o nuclear, cujo processo de gera&ccedil;&atilde;o de energia libera o excesso atrav&eacute;s de decaimento radioativo; logo, s&atilde;o artificiais e resultado de atividade humana.
Ap&oacute;s a observa&ccedil;&atilde;o, a Autoridade Sueca de Seguran&ccedil;a Radiol&oacute;gica ressaltou que ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel confirmar qual poderia ser a fonte dos n&iacute;veis anormais, supostamente origin&aacute;rios dos c&eacute;us orientais no continente. &Oacute;rg&atilde;os finlandeses e noruegueses tamb&eacute;m n&atilde;o especularam sobre o assunto.
<blockquote class="twitter-tweet">
22 /23 June 2020, RN <a href="https://twitter.com/hashtag/IMS?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#IMS</a> station SEP63 <a href="https://twitter.com/hashtag/Sweden?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Sweden</a>???? detected 3isotopes; Cs-134, Cs-137 &amp; Ru-103 associated w/Nuclear fission @ higher[ ] than usual levels (but not harmful for human health). The possible source region in the 72h preceding detection is shown in orange on the map. <a href="https://t.co/ZeGsJa21TN">pic.twitter.com/ZeGsJa21TN</a>
&mdash; Lassina Zerbo (@SinaZerbo) <a href="https://twitter.com/SinaZerbo/status/1276559857731153921?ref_src=twsrc%5Etfw">June 26, 2020</a></blockquote>
J&aacute; o Instituto Nacional de Sa&uacute;de P&uacute;blica e Meio Ambiente da Holanda disse que, ap&oacute;s a an&aacute;lise de dados, "os c&aacute;lculos mostram que os radionucl&iacute;deos (is&oacute;topos radioativos) v&ecirc;m do oeste da R&uacute;ssia", sugerindo poss&iacute;veis danos em usinas nucleares do pa&iacute;s.
A empresa de opera&ccedil;&otilde;es de energia nuclear Rosenergoatom negou problemas relacionados &agrave;s instala&ccedil;&otilde;es na pen&iacute;nsula de Kola e em Leningrado, as duas usinas ativas na regi&atilde;o. "Elas funcionam normalmente, com os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o dentro dos padr&otilde;es", disse a companhia &agrave; ag&ecirc;ncia de not&iacute;cias russa TASS.
<h2>Eventos que preocupam o mundo</h2>
A not&iacute;cia preocupou a comunidade cient&iacute;fica, pois a repercuss&atilde;o soa muito similar aos eventos posteriores ao colapso de Chernobyl, maior desastre nuclear da hist&oacute;ria. Poucos dias ap&oacute;s a falha, altos n&iacute;veis de radioatividade foram detectados por outras usinas nucleares em &aacute;reas pr&oacute;ximas, o que levou ao fortalecimento de instrumentos para emiss&atilde;o de alertas.
Outros casos de pico repentino tamb&eacute;m foram observados nos &uacute;ltimos anos, entre eles nuvens radioativas misteriosas sobre a Europa, com n&iacute;veis anormais do radionucl&iacute;deo rut&ecirc;nio-106, em 2017.

Pixabay/Reprodução

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Níveis anormais de radiação são detectados na atmosfera da Europa

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Imagem de NASA estuda produção de energia nuclear para missão em Marte no tecmundo

Engenheiros consideram energia nuclear versátil o bastante para levá-la para solos lunar e marciano

Em um impasse de como levar energia el&eacute;trica para outros planetas, engenheiros da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> pensam em enviar reatores nucleares para o espa&ccedil;o. Encarando problemas como a car&ecirc;ncia de luz solar e o tempo crescente de miss&otilde;es espaciais, cientistas consideram esse tipo de energia como a solu&ccedil;&atilde;o mais simples para o problema.
A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o espacial">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a> &eacute; de enorme interesse para as ag&ecirc;ncias espaciais. Transportar humanos ou m&aacute;quinas para outros planetas j&aacute; tem solu&ccedil;&atilde;o definida, mas como proporcionar conforto e suporte para os viajantes durante a estadia fora da Terra? Para a NASA, a resposta &eacute; simples: <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">energia nuclear</a>.
Levar energia el&eacute;trica para o espa&ccedil;o &eacute; uma quest&atilde;o discutida h&aacute; anos, mas agora engenheiros da NASA acreditam que a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; mais simples do que imaginavam. A energia nuclear &eacute; um dos meios de produ&ccedil;&atilde;o mais explorados aqui na Terra e pode ser enviada para outras &oacute;rbitas.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/05/21/21202623326398.jpg" alt="a" />&nbsp; (Fonte: NASA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figure>
"Eu odeio chamar isso de inova&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que n&atilde;o &eacute; assim t&atilde;o complicado", comentou David Poston, engenheiro nuclear da Los Alamos National Laboratory, &agrave; Chemical &amp; Engineering News. Para ele, essa solu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; das mais complexas, mas outras quest&otilde;es devem ser analisadas antes. Uma delas &eacute; o tamanho das instala&ccedil;&otilde;es.
Para a NASA, construir uma unidade de produ&ccedil;&atilde;o de energia nuclear completa na Lua est&aacute; fora de cogita&ccedil;&atilde;o, por isso o instituto trabalha em uma alternativa de tamanho reduzido e que se adapte &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es do ambiente lunar.
<h3>"Na Lua, voc&ecirc; est&aacute; mais perto de casa"</h3>
Os engenheiros afirmam que quatro reatores renderiam energia suficiente para seis tripulantes viverem em Marte utilizando a Lua como ambiente de teste. "Na Lua, voc&ecirc; est&aacute; mais perto de casa; ent&atilde;o, se algo falhar, ser&aacute; uma viagem significativamente curta. J&aacute; em Marte, &eacute; melhor que o sistema funcione corretamente", comentou Michelle Rucker, engenheira da NASA, &agrave; C&amp;EN.
Atualmente, o reator de fiss&atilde;o nuclear depende n&atilde;o s&oacute; do sucesso do projeto mas tamb&eacute;m de investimento financeiro. Dionne Hern&aacute;ndez-Lugo, pesquisador do Centro de Pesquisa John H. Glenn, diz que o plano or&ccedil;ado pela equipe prepara o terreno para constru&iacute;rem e enviarem um sistema de produ&ccedil;&atilde;o de energia de superf&iacute;cie &agrave; Lua.
Se o projeto der certo, o pr&oacute;ximo passo &eacute; mandar esta&ccedil;&otilde;es para Marte. Para isso, ser&aacute; necess&aacute;rio o estudo de todas as tecnologias j&aacute; testadas para a produ&ccedil;&atilde;o de energia fora da Terra, incluindo energia nuclear. Todas as condi&ccedil;&otilde;es do ambiente marciano ser&atilde;o consideradas, assim como quais altera&ccedil;&otilde;es precisam ser feitas antes da viagem.

C&EN/Reprodução

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NASA estuda produção de energia nuclear para missão em Marte

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Imagem de Foguetes nucleares podem ser o futuro da exploração espacial no tecmundo

A tecnologia tornaria as viagens rumo ao espaço mais rápidas e seguras

A tecnologia de foguetes com propuls&atilde;o nuclear pode ser a pe&ccedil;a que faltava para levar a humanidade a voos mais long&iacute;nquos no espa&ccedil;o, como a sonhada viagem tripulada a Marte. Quem defende esta ideia &eacute; o professor de Engenharia Aerospacial da Universidade do Colorado Boulder Iain Boyd.
De acordo com ele, os foguetes movidos a <a href="https://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia nuclear</a> oferecem muitas vantagens em rela&ccedil;&atilde;o aos movidos a combust&atilde;o e a <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-solar/" target="_blank" title="Energia solar">energia solar</a>. Um dos principais benef&iacute;cios est&aacute; na velocidade proporcionada, tornando as viagens espaciais muito mais r&aacute;pidas, trazendo menos riscos para os astronautas.
H&aacute; dois sistemas de foguetes nucleares para viagens espaciais, segundo Boyd. Um deles &eacute; o de propuls&atilde;o t&eacute;rmica nuclear, que usa um pequeno reator de fiss&atilde;o nuclear para gerar impulso. Ele faria com que a viagem a Marte fosse de 20% a 25% mais r&aacute;pida se comparada &agrave; miss&atilde;o impulsionada por foguetes tradicionais, conforme estimativas da <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/05/21/21190704416374.jpg" alt="Os foguetes convencionais ainda dominam os lan&ccedil;amentos espaciais." />Os foguetes convencionais ainda dominam os lan&ccedil;amentos espaciais.
O outro, de propuls&atilde;o el&eacute;trica nuclear, utiliza um reator de fiss&atilde;o de alta pot&ecirc;ncia para gerar a eletricidade que alimenta um sistema de propuls&atilde;o el&eacute;trica. Ainda n&atilde;o foi constru&iacute;do um modelo como este, mas o professor acredita que ele apresentaria uma efici&ecirc;ncia tr&ecirc;s vezes superior ao primeiro sistema. Com isso, se tornaria a melhor escolha para miss&otilde;es ainda mais longas.
<h2>Dificuldades para desenvolver a tecnologia</h2>
Mesmo com todas as vantagens oferecidas, incluindo a diminui&ccedil;&atilde;o da exposi&ccedil;&atilde;o dos astronautas &agrave; radia&ccedil;&atilde;o durante as viagens, aconteceram apenas oito lan&ccedil;amentos espaciais carregando reatores nucleares nos &uacute;ltimos 40 anos, nos Estados Unidos.
Isso se deve a uma s&eacute;rie de normas do governo americano ao longo do tempo, dificultando o desenvolvimento da tecnologia, de acordo com Boyd. A situa&ccedil;&atilde;o s&oacute; come&ccedil;ou a mudar em agosto de 2019, quando a administra&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.tecmundo.com.br/donald-trump" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donald Trump</a> emitiu um memorando defendendo a utiliza&ccedil;&atilde;o dos foguetes nucleares.
Para o acad&ecirc;mico, esta atitude pode significar o in&iacute;cio de &ldquo;uma nova era de explora&ccedil;&atilde;o espacial&rdquo;, depois de 60 anos de estagna&ccedil;&atilde;o.

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Foguetes nucleares podem ser o futuro da exploração espacial

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Imagem de Cientistas querem desenvolver reator nuclear com impressão 3D no tecmundo

A equipe acredita que esse projeto, se concluído com sucesso, pode gerar grandes mudanças na indústria de energia nuclear

Um grupo de engenheiros e f&iacute;sicos nucleares do Laborat&oacute;rio Nacional de Oak Ridge, nos Estados Unidos, querem desenvolver um reator nuclear com impress&atilde;o 3D. Eles acreditam que essa nova t&eacute;cnica pode revolucionar a ind&uacute;stria de energia.
Apesar de grande parte do reator ser composta por pe&ccedil;as convencionais, seu n&uacute;cleo ser&aacute; inteiramente impresso em 3D com carboneto de sil&iacute;cio, material extremamente resistente.&nbsp;
O n&uacute;cleo ter&aacute; um tamanho reduzido em compara&ccedil;&atilde;o aos n&uacute;cleos tradicionais. A equipe estima que o reator fique pronto em 2023 e, apesar de suas dimens&otilde;es, seja capaz de gerar at&eacute; 3 megawatts de energia &mdash; o suficiente para atender &agrave;s necessidades de 1.000 resid&ecirc;ncias m&eacute;dias.&nbsp;
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2020/05/15/15194116561439.jpg" alt="a" /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.wired.com/story/coming-soon-a-nuclear-reactor-with-a-3d-printed-core/">&nbsp;Wired/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
A <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/144257-conheca-5-areas-revolucionadas-impressao-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impress&atilde;o 3D</a> tamb&eacute;m pode ajudar engenheiros nucleares a entenderem melhor o que acontece dentro do n&uacute;cleo enquanto o reator estiver funcionando. Em um projeto convencional, o comportamento do n&uacute;cleo deve ser monitorado de fora. No entanto, essa t&eacute;cnica permite a utiliza&ccedil;&atilde;o de sensores internos que reportam o comportamento da m&aacute;quina.
Segundo a equipe, a impress&atilde;o das pe&ccedil;as pode levar de 8 horas at&eacute; um dia inteiro. Durante esse processo, os pesquisadores podem ter controle sobre a produ&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de um sistema equipado com&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/machine-learning/" target="_blank" title="Machine Learning">machine learning</a> que ajuda a determinar poss&iacute;veis defeitos &mdash; o que n&atilde;o ocorre durante uma fabrica&ccedil;&atilde;o convencional.
&ldquo;A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">ind&uacute;stria nuclear</a> n&atilde;o pode ser a &uacute;nica a n&atilde;o a adotar novas tecnologias&rdquo;, afirmou um dos pesquisadores de Oak Ridge, Kurt Terrani, ao Wired. O cientista acredita que a impress&atilde;o 3D, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/inteligencia-artificial/" target="_blank" title="Intelig&ecirc;ncia artificial">intelig&ecirc;ncia artificial</a> e outras tecnologias podem fazer com que essa ind&uacute;stria se desenvolva mais rapidamente.

Sputnik News

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Cientistas querem desenvolver reator nuclear com impressão 3D

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Imagem de Incêndio nos arredores de Chernobil faz nível de radiação aumentar no tecmundo

A boa notícia é que a radiação parece ter ficado concentrada na área das queimadas

Em plena pandemia de covid-19, outro evento assustador chamou a aten&ccedil;&atilde;o do mundo: inc&ecirc;ndios nos arredores de Chernobil fizeram o n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o no ar aumentar em at&eacute; 16 vezes. As queimadas aconteceram pr&oacute;ximas &agrave; vila de Vladimirovka, que fica dentro da zona de exclus&atilde;o da antiga usina nuclear, atualmente desabitada. O fogo iniciou no s&aacute;bado e, at&eacute; segunda-feira de manh&atilde;, ainda n&atilde;o havia sido controlado.
O n&iacute;vel normal de radia&ccedil;&atilde;o atual na &aacute;rea &eacute; de 0,14 &micro;Sv/h (microsievert por hora), enquanto a m&aacute;xima permitida &eacute; de 0,5 &micro;Sv/h. Entretanto, no centro dos inc&ecirc;ndios, a medi&ccedil;&atilde;o chegou a 2,3 &micro;Sv/h. N&atilde;o h&aacute; ind&iacute;cios de que essa radia&ccedil;&atilde;o tenha se movimentado em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; capital Kiev e nem mesmo a Chernobil, que segue com n&iacute;veis normais de radia&ccedil;&atilde;o. Outra medi&ccedil;&atilde;o, feita no domingo, aprontou 0,34 &micro;Sv/h, pouco abaixo do limite.
Ao todo, cerca de 20 hectares foram consumidos pelas chamas. Mais de 120 bombeiros, dois avi&otilde;es e um helic&oacute;ptero trabalham para conter os inc&ecirc;ndios. A &aacute;rea fica dentro do per&iacute;metro de 2,5 mil quil&ocirc;metros quadrados que foi desabitada ap&oacute;s o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente nuclear de 1986</a>. Hoje em dia, ela &eacute; tomada por florestas, que podem gerar inc&ecirc;ndios.&nbsp;
Por&eacute;m, muitas queimadas s&atilde;o provocadas por pessoas que moram pr&oacute;ximas &agrave; regi&atilde;o, ainda que de maneira acidental. O servi&ccedil;o de inspe&ccedil;&atilde;o ecol&oacute;gica da Ucr&acirc;nia cobra leis mais duras para quem for pego ateando fogo no quintal, pois isso agrava as queimadas, principalmente durante o outono e a primavera.

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Incêndio nos arredores de Chernobil faz nível de radiação aumentar

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Imagem de Fukushima: vida selvagem floresce na zona de exclusão da usina nuclear no tecmundo

Animais de 20 espécies, entre javalis, macacos, lebres e raposas, retomam a área impregnada de radiação ao redor da usina japonesa

"Os seres humanos s&atilde;o o c&acirc;ncer da natureza, mas ela &eacute; resiliente. Se a presen&ccedil;a humana for reduzida, as popula&ccedil;&otilde;es silvestres&nbsp;se recuperam e crescem&rdquo;, disse o radioecologista do Instituto de Radioatividade Ambiental da Universidade de Fukushima, Thomas Hinton. Pois &eacute; o que est&aacute; acontecendo na zona de exclus&atilde;o da usina nuclear japonesa.
Quase uma d&eacute;cada depois do acidente nuclear, a vida silvestre retornou e ocupa a &aacute;rea ao redor da usina de Fukushima, hoje sem vida humana. A descoberta, de pesquisadores da Universidade da Ge&oacute;rgia (UGA), foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as &agrave; instala&ccedil;&atilde;o de 106 c&acirc;meras em tr&ecirc;s zonas delimitadas pelo governo japon&ecirc;s: circula&ccedil;&atilde;o proibida/ alto n&iacute;vel de contamina&ccedil;&atilde;o; circula&ccedil;&atilde;o restrita/n&iacute;vel intermedi&aacute;rio de contamina&ccedil;&atilde;o; circula&ccedil;&atilde;o livre/ n&iacute;veis baixos de radia&ccedil;&atilde;o.
<figure class="image"><img alt="" height="750" src="https://tm.ibxk.com.br/2020/01/08/08163544325237.jpg" width="1000" /> <figcaption>Macacos circulam &agrave; noite pela zona proibida de Fukushima. (Fonte: UGA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;</figcaption></figure>
Por 120 dias (e mesmo que 14 delas tivessem falhado), as c&acirc;meras capturaram mais de 267 mil imagens. Desse acervo, 46 mil imagens s&atilde;o de javalis, ariscos ao homem. Mais de 26 mil foram tiradas na &aacute;rea desabitada; 13 mil, nas zonas restritas; e sete mil, nas zonas habitadas &ndash;&nbsp;retornaram 20 esp&eacute;cies,&nbsp;entre javalis, lebres, macacos, guaxinins, fais&otilde;es e raposas.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/b-KR9_pHkQA?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A equipe de cientistas, incluindo Hinton, n&atilde;o avaliou a sa&uacute;de dos animais. "A pesquisa mostra que a presen&ccedil;a ou n&atilde;o de atividade humana e o tipo de habitat foram os principais fatores que levaram os animais a voltar, e n&atilde;o os n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o."
<h2>A vida floresce, apesar da radia&ccedil;&atilde;o</h2>
O estudo&nbsp;responde &agrave;s perguntas feitas pela comunidade cient&iacute;fica sobre como a vida selvagem se desenvolve e reocupa as &aacute;reas interditadas &agrave; presen&ccedil;a humana. Como a cidade de Pripyat, evacuada e hoje tomada pela vida selvagem, as cidades abandonadas ao redor da usina de Fukushima (Okuma, Namie, Futaba, Tamioka) est&atilde;o sendo reconquistadas pela natureza.
"Nossos resultados s&atilde;o a primeira evid&ecirc;ncia de que a vida selvagem agora &eacute; abundante em toda a zona de exclus&atilde;o&nbsp;de Fukushima, sem humanos e apesar da alta presen&ccedil;a de contamina&ccedil;&atilde;o radiol&oacute;gica", resumiu o bi&oacute;logo da UGA para vida selvagem, James Beasley.

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Fukushima: vida selvagem floresce na zona de exclusão da usina nuclear

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Imagem de Mapa mostra (quase) todas as explosões nucleares da História no tecmundo

Desde os primeiros testes, há mais de 70 anos, foram mais de 2 mil detonações atômicas em todo o planeta

J&aacute; se passaram mais de 70 anos desde que&nbsp;o primeiro teste com explos&atilde;o nuclear foi realizado no deserto do Novo M&eacute;xico&nbsp;e levou a sociedade para&nbsp;uma nova era. Com ela, vieram mais de 2 mil explos&otilde;es ao redor do mundo.
Para voc&ecirc; entender um pouco melhor a dimens&atilde;o disso tudo, mostramos alguns&nbsp;mapas com pontos luminosos que representam essas explos&otilde;es.&nbsp;As artes foram criadas por <a href="https://peteratwoodprojects.wordpress.com">Peter Atwood</a>, um modelista especialista na t&eacute;cnica.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/09/17/a-17165118877045.jpg" alt="a" />
Fonte: Bored Panda
Nesse mapa,&nbsp;em escala global, voc&ecirc; pode observar de modo geral todas as explos&otilde;es que ocorreram pelo mundo desde 1945, deixando de fora apenas&nbsp;a Am&eacute;rica do Sul e a Ant&aacute;rtica, que nunca apresentaram relato desses testes nucleares.
<h3>Nevada, Estados Unidos</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/09/17/a-17165134970046.jpg" alt="a" />
Fonte: Bored Panda
Aproximando um pouco o mapa da Am&eacute;rica do Norte, podemos observar que muitos dos pontos que indicam locais de&nbsp;testes&nbsp;est&atilde;o concentrados nos Estados Unidos, mais precisamente no estado de Nevada, a 130 quil&ocirc;metros de Las Vegas. Entre 1951 e 1992, foram mais de 980 testes realizados no estado, fazendo com que&nbsp;cogumelos de explos&atilde;o fossem vistos&nbsp;subindo pelo ar e&nbsp;criando uma nuvem radioativa que chegou at&eacute; Chicago, localizado a cinco&nbsp;estados de dist&acirc;ncia, em Illinois. Entretanto, n&atilde;o pense que s&oacute; americanos causaram explos&otilde;es nucleares no pa&iacute;s:&nbsp;pelo menos 24 desses testes em solo estadunidense foram realizados&nbsp;pelos brit&acirc;nicos.
<h3>Semipalatinsk, Cazaquist&atilde;o</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/09/17/a-17165150986047.jpg" alt="a" />
Fonte: Bored Panda
Um total de 456 testes de explos&atilde;o nuclear foram realizados no local.&nbsp;Tamb&eacute;m conhecido como "O Pol&iacute;gono", a regi&atilde;o foi o&nbsp;ber&ccedil;o da primeira arma nuclear da URSS em 1951, se estendendo at&eacute; 1991, quando o Cazaquist&atilde;o foi separado da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica. Atualmente, &eacute; poss&iacute;vel visitar o local e cientistas ainda estudam os efeitos a longo prazo&nbsp;causados pelas explos&otilde;es.&nbsp;
<h3>Lop Nur, China</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/09/17/a-17165201782048.jpg" alt="a" />
Fonte: Bored Panda
O terceiro exemplo&nbsp;&eacute; a China, que se sabe ter realizado pelo menos 45 testes no lago Lop Nur, ao norte do pa&iacute;s, entre 1964 e 1996. Mesmo que sua incid&ecirc;ncia de explos&otilde;es&nbsp;nucleares&nbsp;n&atilde;o tenha&nbsp;sido t&atilde;o alta quanto de outros pa&iacute;ses, seu governo admitiu em 2009&nbsp;que provavelmente milhares das mortes que ocorreram nos arredores do local &mdash; causadas pelos efeitos da radia&ccedil;&atilde;o.
Muitos outros locais al&eacute;m desses&nbsp;realizaram testes, mas n&atilde;o est&atilde;o relatados no mapa, como a&nbsp;Cor&eacute;ia do Norte, que promoveu explos&otilde;es entre 2006 e&nbsp;2017.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112034-mapa-mostra-todas-as-explosoes-nucleares-da-historia.htm">Mapa mostra (quase) todas as explosões nucleares da História</a> via <a href="https://www.megacurioso.com.br">Mega Curioso</a>

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Mapa mostra (quase) todas as explosões nucleares da História

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Imagem de “Sol artificial”: como a fusão nuclear poderá impactar o futuro energético? no tecmundo

Voc&ecirc; soube do projeto chin&ecirc;s de criar um &ldquo;Sol artificial&rdquo; aqui na Terra? Na realidade, a iniciativa est&aacute; focada no desenvolvimento de novas tecnologias para a obten&ccedil;&atilde;o de energia limpa &ndash; uma vez que os modelos atuais, especialmente os baseados na queima de carv&atilde;o, g&aacute;s natural ou petr&oacute;leo, precisam ser revistos, j&aacute; que, al&eacute;m de a demanda energ&eacute;tica n&atilde;o parar de aumentar, eles produzem um gigantesco volume de emiss&otilde;es.
Mais especificamente, a iniciativa chinesa consiste na constru&ccedil;&atilde;o de um reator de fus&atilde;o nuclear &ndash; muito mais eficiente do que os de fiss&atilde;o nuclear em atividade atualmente no mundo &ndash; que gera o mesmo tipo de calor produzido pelo Sol e pode revolucionar a forma como se obt&eacute;m energia no futuro.
<h2>Sol artificial?</h2>
Antes de falarmos mais sobre o reator, deixe a gente explicar que papo &eacute; esse de &ldquo;Sol artificial&rdquo;. Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar que a nossa estrela &ldquo;funciona&rdquo; a partir da queima do hidrog&ecirc;nio presente em seu n&uacute;cleo, certo? O que ocorre &eacute; que, por conta da extrema press&atilde;o presente por l&aacute;, devido &agrave; alt&iacute;ssima for&ccedil;a gravitacional, os &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio se aproximam e colidem uns contra os outros, se fundindo em h&eacute;lio &ndash; e liberando colossais quantidades de energia no processo, essa que &eacute; emitida pela estrela por todo o Sistema Solar e que permite que a vida exista na Terra.
<figure class="image"><img alt="" src="https://tm.ibxk.com.br/2019/08/31/31150224349024.jpg" width="2048" height="1573" /> <figcaption>(Fonte: The Independent / Maximilian Stock Ltd/Science Photo Library / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Obviamente, replicar essas mesmas condi&ccedil;&otilde;es em um reator aqui no nosso planeta &eacute; um desafio e tanto, mas se trata de algo que faz algum tempo que cientistas de v&aacute;rias partes do mundo v&ecirc;m tentando reproduzir. Para se ter ideia, a fus&atilde;o nuclear produz pelo menos 4 milh&otilde;es de vezes mais energia do que a que se conseguiria em usinas termel&eacute;tricas com a queima do carv&atilde;o, g&aacute;s ou petr&oacute;leo, e 4 vezes mais do que a gerada em usinas nucleares, que trabalham com a fiss&atilde;o nuclear.
Entretanto, os chineses conseguiram avan&ccedil;os importantes com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; fus&atilde;o nuclear e muitos outros pa&iacute;ses decidiram se unir ao esfor&ccedil;o. O &ldquo;Sol artificial&rdquo; constru&iacute;do na China consiste em um reator em forma de rosquinha conhecido pela sigla EAST &ndash; de Experimental Advanced Superconducting Tokamak ou Tokamak Supercondutor Avan&ccedil;ado Experimental em tradu&ccedil;&atilde;o livre &ndash; que se tornou o primeiro no mundo a proporcionar as condi&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para que a fus&atilde;o nuclear pudesse acontecer.
Foi no EAST, ali&aacute;s, que os cientistas conseguiram sustentar as rea&ccedil;&otilde;es de fus&atilde;o por mais de 100 segundos &ndash; 102, para sermos mais exatos, o que &eacute; todo um recorde &ndash; e atingir temperaturas de 100 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius, equivalentes a 6 vezes a temperatura no n&uacute;cleo do Sol. Impressionante, voc&ecirc; n&atilde;o concorda? Pois, quando finalmente formos capazes de controlar e sustentar a fus&atilde;o nuclear de forma eficiente, a promessa &eacute; que as rea&ccedil;&otilde;es se tornem fontes praticamente inesgot&aacute;veis de energia. E o mais importante: de energia limpa.
<h2>Onde a m&aacute;gica acontece</h2>
Sobre o funcionamento dos Tokamak, como aqui no nosso planeta n&atilde;o temos como reproduzir a for&ccedil;a gravitacional que existe no n&uacute;cleo do Sol, is&oacute;topos de hidrog&ecirc;nio precisam ser expostos a temperaturas absurdas at&eacute; se transformarem em um plasma e come&ccedil;arem a fundir seus &aacute;tomos, liberando, com isso, energia. &Eacute; preciso que exista uma grande quantidade de part&iacute;culas, para garantir o maior n&uacute;mero de colis&otilde;es poss&iacute;vel, assim como campos magn&eacute;ticos poderos&iacute;ssimos para se obter um tempo de confinamento elevado para que essas &ldquo;trombadas&rdquo; aconte&ccedil;am cada vez mais depressa.
<figure class="image"><img alt="" src="https://tm.ibxk.com.br/2019/08/31/31150546738027.jpg" width="1320" height="770" /> <figcaption>(Fonte: South China Morning Post / AFP / Chinese Academy of Sciences / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Essas rea&ccedil;&otilde;es todas ocorrem no interior de uma c&acirc;mara a v&aacute;cuo repleta de sensores e outros equipamentos. Suas paredes absorvem o calor produzido &ndash; que, por sua vez, &eacute; utilizado por uma central para gerar vapor e, ent&atilde;o, produzir energia el&eacute;trica a partir de turbinas e alternadores. O bacana do processo &eacute; que, al&eacute;m de empregar materiais com n&iacute;veis superbaixos de radia&ccedil;&atilde;o e cujos subprodutos podem ser reutilizados nas pr&oacute;prias rea&ccedil;&otilde;es, ele n&atilde;o resulta em emiss&otilde;es de gases de efeito estufa e nem em rejeitos radioativos, como &eacute; o caso das usinas termel&eacute;tricas e de fiss&atilde;o nuclear, e oferece menos riscos de acidentes.
<h2>Futuro energ&eacute;tico</h2>
Hoje existem 18 reatores Tokamak em testes no mundo, incluindo esse famoso da China, e existe um projeto bilion&aacute;rio de coopera&ccedil;&atilde;o internacional chamado International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) &ndash; ou Reator Termonuclear Experimental Internacional &ndash; que conta com a participa&ccedil;&atilde;o de 35 pa&iacute;ses, incluindo os EUA, R&uacute;ssia, &Iacute;ndia, Coreia do Sul, Jap&atilde;o, China e a Uni&atilde;o Europeia. A expectativa &eacute; que esse reator produza temperaturas na ordem de 150 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius.
<figure class="image"><img alt="" src="https://tm.ibxk.com.br/2019/08/31/31150726394028.jpg" /> <figcaption>(Fonte: South China Morning Post / AFP / Chinese Academy of Sciences / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A iniciativa est&aacute; focada na constru&ccedil;&atilde;o de um Tokamak no sul da Fran&ccedil;a, na regi&atilde;o de Provence, e que dever&aacute; incorporar tecnologias do EAST e de outros reatores de fus&atilde;o nuclear para a realiza&ccedil;&atilde;o de pesquisas. Ademais, existe outro centro em constru&ccedil;&atilde;o na prov&iacute;ncia de Sichuan, na China, que ser&aacute; capaz de produzir temperaturas 13 vezes superiores &agrave;s do n&uacute;cleo do Sol &ndash; ou na ordem de 200 milh&otilde;es de graus C&eacute;lsius &ndash;, o que permitir&aacute; que as pesquisas relacionadas com a fus&atilde;o nuclear avancem ainda mais.
<figure class="image"><img alt="" src="https://tm.ibxk.com.br/2019/08/31/31150816659030.jpg" width="1670" height="944" /> <figcaption>(Fonte: ITER / Oak Ridge Leadership Computing Facility / Jamison Daniel / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Se tudo correr como esperado, a constru&ccedil;&atilde;o do reator em Sichuan deve ser conclu&iacute;da em 2021, bem como a do ITER, e o local deve iniciar os primeiros testes com plasma em 2025. E se os experimentos forem satisfat&oacute;rios e a tecnologia progredir, a expectativa &eacute; de que em 2035 j&aacute; seja poss&iacute;vel construir um prot&oacute;tipo industrial &ndash; e que por volta de 2050 uma planta com capacidade para produzir energia em larga escala comercial entre em funcionamento.

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“Sol artificial”: como a fusão nuclear poderá impactar o futuro energético?

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Remoção de lixo radioativo de área contaminada

A minissérie 'Chernobyl' está fazendo um grande sucesso no mundo, mas você sabia que um dos piores acidentes nucleares do mundo aconteceu aqui no Brasil?

Pouco mais de 30 anos depois, o pior acidente&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">nuclear</a> j&aacute; acontecido no mundo est&aacute; sendo recontado pela s&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.minhaserie.com.br/serie/1965-chernobyl" target="_blank">Chernobyl</a>&rdquo;, da HBO. A hist&oacute;ria dessa cat&aacute;strofe est&aacute; fresca na cabe&ccedil;a das pessoas e &eacute; bastante conhecida &mdash; inclusive, j&aacute; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141908-chernobyl-causou-o-pior-acidente-nuclear-historia.htm" target="_blank">falamos sobre ela</a> aqui no TecMundo &mdash;, mas o que poucas pessoas sabem &eacute; que um dos epis&oacute;dios mais preocupantes do mundo envolvendo radioatividade se passou no interior do Brasil.
Tudo aconteceu h&aacute; pouco mais de 30 anos, em setembro de 1987, apenas um ano e cinco meses ap&oacute;s o acidente da Usina Nuclear de Chernobyl. Em Goi&acirc;nia, capital do estado de Goi&aacute;s, um instituto de radiologia havia sido fechado e abandonou no pr&eacute;dio onde funcionava um aparelho usado para realizar radioterapia, uma modalidade de tratamento para eliminar tumores cancer&iacute;genos. Esse aparelho utiliza o is&oacute;topo c&eacute;sio-137 para gerar radia&ccedil;&otilde;es ionizantes com pequeno comprimento de onda e alta frequ&ecirc;ncia.
Quem mais sofreu foi sua sobrinha de seis anos de idade, Leide das Neves Ferreira, que acabou ingerindo o p&oacute; como se fosse sal de cozinha
O aparelho abandonado no pr&eacute;dio desocupado foi encontrado por catadores de sucata, que buscavam materiais dentro da antiga cl&iacute;nica para venderem para ferros-velhos. Foi o comprador da sucata dos catadores, Devair Ferreira, quem acessou o material radioativo &mdash; o c&eacute;sio-137 &mdash; que estava dentro do aparelho de radioterapia. Tratava-se de cloreto de c&eacute;sio, um sal muito parecido com o sal de cozinha (cloreto de s&oacute;dio), mas que emitia uma luz azulada quando em ambientes escuros. Essa caracter&iacute;stica chamou aten&ccedil;&atilde;o de Devair, que levou o c&eacute;sio para casa para mostrar para familiares e amigos.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06200322640095.jpg" alt="a" />Ferro-velho onde o c&eacute;sio-137 foi obtido no desmanche do aparelho de radioterapia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
<h2 dir="ltr">Cat&aacute;strofe nuclear brasileira</h2>
A partir da&iacute;, o cen&aacute;rio para a cat&aacute;strofe estava montado: dentre os amigos e parentes de Devair que tiveram contato com o sal de c&eacute;sio-137, quem mais sofreu foi sua sobrinha de seis anos de idade, Leide das Neves Ferreira, que acabou ingerindo o p&oacute; como se fosse sal de cozinha, e a esposa do dono do ferro velho, Maria Gabriela. As duas morreram pouco mais de um m&ecirc;s depois do contato e foram sepultadas em caix&otilde;es de chumbo &mdash; da mesma forma que &eacute; mostrado no terceiro cap&iacute;tulo da miniss&eacute;rie &ldquo;Chernobyl&rdquo;, da HBO &mdash; para evitar a contamina&ccedil;&atilde;o do solo e dos arredores.
A radia&ccedil;&atilde;o provoca a degrada&ccedil;&atilde;o celular e causa danos &agrave; estrutura do DNA
O c&eacute;sio-137, por ser uma subst&acirc;ncia capaz de absorver umidade, tem uma grande capacidade de &ldquo;grudar&rdquo; em objetos, como roupas e utens&iacute;lios, o que espalhou o material radioativo por muitas partes de Goi&acirc;nia em poucos dias. Muitas pessoas em torno da fam&iacute;lia de Devair come&ccedil;aram a exibir sintomas de s&iacute;ndrome aguda da radia&ccedil;&atilde;o, que inclui n&aacute;useas, v&ocirc;mito e predisposi&ccedil;&atilde;o para infec&ccedil;&otilde;es e hemorragias. Pior ainda do que isso, a radia&ccedil;&atilde;o provoca a degrada&ccedil;&atilde;o celular e causa danos &agrave; estrutura do DNA.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201242026100.jpg" alt="a" />A menina Leide das Neves Ferreira, uma das v&iacute;timas fatais do acidente com c&eacute;sio-137
<h2 dir="ltr">Contamina&ccedil;&atilde;o radioativa</h2>
Demorou 15 dias ap&oacute;s os primeiros contatos com o c&eacute;sio-137 para que o alerta de contamina&ccedil;&atilde;o fosse dado em Goi&acirc;nia &mdash; depois que os m&eacute;dicos da cidade ligaram os pontos devido aos atendimentos cada vez mais frequentes de pessoas com os sintomas de s&iacute;ndrome aguda da radia&ccedil;&atilde;o e que a esposa de Devair comentou sobre o desmonte do aparelho radioterap&ecirc;utico.
Mais de 112 mil pessoas foram levadas pelo Cnen para o Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia e foram testadas em busca de n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o
Uma opera&ccedil;&atilde;o complexa foi organizada para descontaminar a cidade e minimizar o impacto da radia&ccedil;&atilde;o sobre as pessoas em Goi&acirc;nia. Ao todo, quatro pessoas morreram diretamente por causa da radia&ccedil;&atilde;o do c&eacute;sio-137 nos dias posteriores ao acidente &mdash; al&eacute;m da esposa e da sobrinha de Devair, dois funcion&aacute;rios de seu ferro-velho, respons&aacute;veis pela abertura do aparelho e a remo&ccedil;&atilde;o do chumbo que aproveitariam da m&aacute;quina, faleceram dias depois.
Devair e seu irm&atilde;o Ivo, pai da menina Leide, morreram anos depois, o primeiro de c&acirc;ncer em 1994, e o segundo com enfisema pulmonar em 2003, devido ao h&aacute;bito de fumar que adquiriu devido &agrave; depress&atilde;o pela perda da filha
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201435259102.jpg" alt="a" />Contaminadas gravemente, muitas pessoas buscaram tratamento m&eacute;dico no Rio de Janeiro (Foto: Lorisvaldo de Paula)
<h2 dir="ltr">Acidente de alto risco</h2>
Na &eacute;poca, logo ap&oacute;s o acidente, mais de 112 mil pessoas foram levadas pelo Cnen (Comiss&atilde;o Nacional de Energia Nuclear)&nbsp;para o Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia e foram testadas em busca de n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o. Dessas, 271 apresentaram contamina&ccedil;&atilde;o pelo c&eacute;sio-137. No anivers&aacute;rio de 25 anos do acidente, em 2012, em torno de 104 pessoas vieram a falecer nos anos ap&oacute;s o desastre por causa da contamina&ccedil;&atilde;o, seja decorrente de c&acirc;ncer ou de outros problemas, e cerca de 1.600 haviam sido afetadas diretamente pela radia&ccedil;&atilde;o.
O acidente com o c&eacute;sio-137 em Goi&acirc;nia foi considerado de n&iacute;vel 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de 1 at&eacute; 7, sendo que Chernobyl &eacute; classificada no valor m&aacute;ximo e Fukushima apresentou n&iacute;vel 6. De acordo com essa escala, o n&iacute;vel 5 apresenta &ldquo;libera&ccedil;&atilde;o de quantidade limitada de materiais radioativos com v&aacute;rias mortes ou grande quantidade dentro de uma instala&ccedil;&atilde;o.&rdquo;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06200839920097.jpg" alt="a" />Pessoas sendo analisadas pelo Cnen em busca de tra&ccedil;os de radia&ccedil;&atilde;o no Est&aacute;dio Ol&iacute;mpico de Goi&acirc;nia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
<h2>Rescaldo do acidente</h2>
A limpeza da &aacute;rea afetada pelo acidente com o c&eacute;sio-137 gerou 13,4 toneladas de res&iacute;duo radioativo que foram armazenadas em cont&ecirc;ineres especiais, enterrados sob uma montanha artificial de terra e camadas de concreto e chumbo para evitar a propaga&ccedil;&atilde;o de radioatividade.
Eu me contaminei e acabei virando uma fonte radioativa
Hoje, Odesson Alves Ferreira, outro irm&atilde;o de Devair, &eacute; presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de V&iacute;timas do C&eacute;sio-137 (AVC&eacute;sio), formada para defender os direitos das v&iacute;timas da contamina&ccedil;&atilde;o. Ele tinha 32 anos na &eacute;poca do acidente e foi gravemente afetado. &ldquo;Eu me contaminei e acabei virando uma fonte radioativa. As pessoas que passaram por mim foram irradiadas por mim, inclusive a minha fam&iacute;lia&rdquo;, disse Ferreira para a BBC em uma entrevista em 2011.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/06/06/a-06201033934098.jpg" alt="a" />Parte do lixo at&ocirc;mico causado pelo acidente nuclear em Goi&acirc;nia (Foto: Yoshikazu Maeda / O Popular)
A hist&oacute;ria &eacute; profundamente triste e preocupante, mas, da mesma maneira que acontece com o caso de Chernobyl, retratado com perfei&ccedil;&atilde;o na miniss&eacute;rie da HBO, precisa servir como li&ccedil;&atilde;o e aviso sobre os perigos do uso de tecnologias nucleares sem cuidado. As consequ&ecirc;ncias s&atilde;o grav&iacute;ssimas e muita gente acaba pagando pelos erros de poucos, que geralmente saem ilesos quando coisas assim acontecem.

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Chernobyl brasileiro: Goiás teve um dos piores acidentes nucleares até hoje

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Imagem de Chernobyl: afinal, o que causou o pior acidente nuclear da História? no tecmundo

A Usina Nuclear de Chernobyl explodiu em 1986 e lançou uma quantidade imensa de radiação, que causou a morte de muitas pessoas e desolou cidades inteiras na Ucrânia

H&aacute; pouco mais de 33 anos, a Central Nuclear V. I. Lenin, mais conhecida como Usina Nuclear de Chernobyl, sofreu o maior acidente radioativo da hist&oacute;ria da humanidade at&eacute; hoje. A hist&oacute;ria &eacute; relativamente bem conhecida e vem sendo recontada na miniss&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.minhaserie.com.br/serie/1965-chernobyl" target="_blank">Chernobyl</a>&rdquo;, produzida pela HBO: na madrugada de 25 para 26 de abril de 1986, o reator nuclear n&uacute;mero 4 da usina explodiu e espalhou material radioativo, levando 134 pessoas para o hospital, das quais 28 morreram em quest&atilde;o de meses e outras 14 faleceram de c&acirc;ncer nos anos seguintes.
Durante um teste de funcionamento de emerg&ecirc;ncia usando baixa energia, o reator n&uacute;mero 4 da Usina de&nbsp;Chernobyl&nbsp;explodiu
Como na maioria das situa&ccedil;&otilde;es em que um erro grave &eacute; cometido por institui&ccedil;&otilde;es governamentais, as explica&ccedil;&otilde;es viraram um jogo de batata quente: cada um dos poss&iacute;veis respons&aacute;veis &mdash; dos que sobreviveram, claro &mdash; jogava a culpa de um para o outro e no fim das contas ningu&eacute;m ficou sabendo exatamente o que aconteceu.
Independentemente de quem foram os verdadeiros culpados pelo acidente, vamos tentar explicar do ponto de vista t&eacute;cnico e cient&iacute;fico, de maneira simples e direta para uma compreens&atilde;o mais f&aacute;cil, o que aconteceu no reator da Usina de Chernobyl que causou a explos&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/05/29/a-29182355617120.jpg" alt="a" />A destrui&ccedil;&atilde;o no reator 4 da Usina de Chernobyl ap&oacute;s o fim do inc&ecirc;ndio (Foto: Volodymir Repik)
<h2>Como a usina operava?</h2>
Durante um teste de funcionamento de emerg&ecirc;ncia usando baixa energia, o reator n&uacute;mero 4 da Usina de Chernobyl explodiu, destruindo o edif&iacute;cio onde se encontrava, causando um inc&ecirc;ndio que durou dias e expelindo material radioativo pelo ar. Isso aconteceu porque o reator, do tipo RBMK (Reaktor Bolshoy Moshchnosty Kanalnyy em russo, Reator Canalizado de Alta Pot&ecirc;ncia em portugu&ecirc;s), sofreu um aumento repentino de energia durante esse procedimento e n&atilde;o aguentou a sobrecarga.
Para que o calor extremo dessa rea&ccedil;&atilde;o em cadeia n&atilde;o derreta o n&uacute;cleo do reator, as usinas usam algum m&eacute;todo de resfriamento
Funciona mais ou menos assim: a Usina de Chernobyl gera eletricidade por meio de fiss&atilde;o nuclear. Para isso, s&atilde;o usados como combust&iacute;vel elementos como o ur&acirc;nio ou o plut&ocirc;nio. Quando um &aacute;tomo dessas subst&acirc;ncias tem seu n&uacute;cleo explodido, ele expele part&iacute;culas, que como min&uacute;sculas balas de canh&atilde;o destroem os outros &aacute;tomos em volta, que expelem mais part&iacute;culas e isso gera uma rea&ccedil;&atilde;o em cadeia que, diferentemente de uma bomba at&ocirc;mica, &eacute; realizada em um ambiente controlado.
Quando o n&uacute;cleo de um &aacute;tomo desse tipo &eacute; fendido (da&iacute; o nome fiss&atilde;o nuclear), uma quantidade imensa de energia &eacute; liberada. Essa energia &eacute; usada para aquecer &aacute;gua, que no estado de vapor em alta press&atilde;o gira as turbinas da usina, que por sua vez acabam produzindo eletricidade. Al&eacute;m de emitir muita energia, a fiss&atilde;o de um &aacute;tomo libera uma quantidade enorme de part&iacute;culas radioativas e ondas eletromagn&eacute;ticas que s&atilde;o extremamente danosas para os seres vivos.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/05/29/a-29182611771121.jpg" alt="a" />O pr&eacute;dio do reator 4 destru&iacute;do (Foto: Getty Images)
<h2>Qual era a falha de seguran&ccedil;a?</h2>
Bom, sabendo como a fiss&atilde;o nuclear funciona para a gera&ccedil;&atilde;o de eletricidade, devemos acrescentar uma informa&ccedil;&atilde;o importante: nesse processo, cerca de 6% da energia gerada &eacute; proveniente do que &eacute; chamado de desintegra&ccedil;&atilde;o radioativa. Isso significa que a usina aproveita para gerar mais um pouco de eletricidade usando o calor que continua sendo emitido pela rea&ccedil;&atilde;o em cadeia mesmo depois que ela para.
Os geradores movidos a diesel que serviam como reserva para manter as bombas funcionando demoravam mais de um minutos para faz&ecirc;-las funcionar adequadamente
Para que o calor extremo dessa rea&ccedil;&atilde;o em cadeia n&atilde;o derreta o n&uacute;cleo do reator, as usinas usam algum m&eacute;todo de resfriamento &mdash; e no caso de Chernobyl, a pr&oacute;pria &aacute;gua. E para que essa &aacute;gua seja conduzida pelo reator para realizar o resfriamento, &eacute; necess&aacute;rio usar bombas el&eacute;tricas.
O grande dilema da usina &mdash; e sua maior falha de seguran&ccedil;a &mdash; era que caso algum defeito cortasse a alimenta&ccedil;&atilde;o el&eacute;trica das bombas, o resfriamento do reator seria comprometido e o combust&iacute;vel de ur&acirc;nio poderia derreter, destruindo tudo ao redor e emitindo altos n&iacute;veis de radia&ccedil;&atilde;o. Os geradores movidos a diesel que serviam como reserva para manter as bombas funcionando demoravam mais de um minutos para faz&ecirc;-las funcionar adequadamente, o que era tempo demais.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/05/29/a-29182819878123.jpg" alt="a" />A cidade abandonada de Pripyat no ano 2000 (Foto: Getty Images)
<h2>Como resolver esse problema?</h2>
A ideia criada pelos engenheiros da usina era cobrir essa lacuna de pouco mais de um minuto at&eacute; os geradores a diesel estarem funcionando completamente usando a energia el&eacute;trica gerada pela rota&ccedil;&atilde;o dos geradores enquanto eles iam parando de girar ap&oacute;s um poss&iacute;vel desligamento da usina. A in&eacute;rcia dos geradores ainda seria capaz de produzir o que a bomba principal precisava at&eacute; passar a ser movida pela eletricidade do gerador reserva.
O problema &eacute; que isso nunca deu muito certo. Tr&ecirc;s testes foram feitos nos anos anteriores e nenhum deles apresentou os resultados esperados. O teste do dia 26 de abril de 1986, data do acidente, estava agendado para acontecer durante um desligamento de manuten&ccedil;&atilde;o programado do reator 4 da Usina de Chernobyl.
Alguns segundos depois, um pico de energia ainda mais alto foi registrado, o que causou um enorme aumento da temperatura do n&uacute;cleo do reator
Ningu&eacute;m imaginou, por&eacute;m, a cat&aacute;strofe que estava para acontecer. Por isso mesmo, o teste foi tratado como uma atividade corriqueira, e n&atilde;o teve sequer aprova&ccedil;&atilde;o dos respons&aacute;veis pela cria&ccedil;&atilde;o do reator, apenas do diretor geral da usina e, mesmo assim, nada passou pelos procedimentos exigidos pelas regras estabelecidas.
Uma s&eacute;rie de procedimentos errados fez com que, no momento do teste, o reator apresentasse uma sobrecarga incomum e o bot&atilde;o do sistema de prote&ccedil;&atilde;o de emerg&ecirc;ncia do reator foi ativado &mdash; n&atilde;o se sabe exatamente quando, nem por quem. Alguns segundos depois, um pico de energia ainda mais alto foi registrado, o que causou um enorme aumento da temperatura do n&uacute;cleo do reator e, por consequ&ecirc;ncia, da press&atilde;o do vapor.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2019/05/29/a-29182714051122.jpg" alt="a" />Novo revestimento do pr&eacute;dio do reator 4 para a prote&ccedil;&atilde;o contra a radia&ccedil;&atilde;o que ainda &eacute; emitida de l&aacute; (Foto: Gleb Garanich)
<h2>Por que explodiu?</h2>
A explos&atilde;o foi causada pelo inesperado e repentino aumento de press&atilde;o da &aacute;gua em forma gasosa, que lan&ccedil;ou tudo para os ares: pr&eacute;dio, estrutura, reator, tudo, como no estouro de uma caldeira. Ao entrar em contato com o oxig&ecirc;nio, o grafite que revestia o combust&iacute;vel de ur&acirc;nio entrou em combust&atilde;o. Parte dele foi lan&ccedil;ada longe, e os bombeiros que tiveram contato com o material morreram em alguns dias por causa da radioatividade, como tamb&eacute;m acontece na s&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.minhaserie.com.br/serie/1965-chernobyl" target="_blank">Chernobyl</a>&rdquo;.
O que aconteceu da&iacute; para a frente &eacute; bem conhecido: centenas de pessoas foram afetadas pela radia&ccedil;&atilde;o que foi emitida na hora da explos&atilde;o e continuou sendo propagada pelo vento e pela fuma&ccedil;a do inc&ecirc;ndio. A cidade mais pr&oacute;xima, Pripyat, com quase 50 mil habitantes, foi completamente evacuada nos dias posteriores ao acidente e at&eacute; hoje ningu&eacute;m mais mora l&aacute;. Estima-se que de 4 mil a 93 mil pessoas tenham sido afetadas de alguma forma pelo desastre.
Viktor Bryukhanov, gerente da Usina de Chernobyl, Nikolai Fomin, engenheiro-chefe e Anatoly Dyatlov, engenheiro-chefe adjunto, foram condenados a 10 anos de pris&atilde;o em 1987 como respons&aacute;veis pelo pior acidente nuclear que o planeta j&aacute; viu.

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Chernobyl: afinal, o que causou o pior acidente nuclear da História?

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Imagem de Quem são os cientistas que estão sempre em vigilância nuclear? no tecmundo

Algumas pessoas são responsáveis por vigiar o mundo contra a ameaça nuclear. Quem são esses “heróis” desconhecidos?

Vivemos em uma &eacute;poca em que, por mais que n&atilde;o se compare com a Guerra Fria, a amea&ccedil;a de um ataque nuclear n&atilde;o &eacute; algo assim t&atilde;o distante. As disputas pol&iacute;ticas e ideol&oacute;gicas entre Estados Unidos e Coreia do Norte e os conflitos incessantes na S&iacute;ria s&atilde;o palcos perfeitos para um bombardeio nuclear surpresa, o que poderia ser catastr&oacute;fico para o planeta inteiro.
Pensando nesse risco que a humanidade corre, uma organiza&ccedil;&atilde;o especial foi criada para fazer a vigil&acirc;ncia desse tipo de evento, mais precisamente de testes nucleares que s&atilde;o proibidos h&aacute; 22 anos por meio de um tratado intermediado pela ONU, mas que nem todo pa&iacute;s aceitou (como a Coreia do Norte, o Ir&atilde;, a China e, claro, os Estados Unidos).
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/05/09/a-09185635806497.jpg" alt="a" />Sistema de monitoramento mundial da CTBTO
<h2>Teste nucleares proibidos</h2>
O sistema automatizado alerta os respons&aacute;veis por essa fiscaliza&ccedil;&atilde;o quando identifica ondas s&iacute;smicas diferentes das naturais &ndash; aquelas produzidas pela movimenta&ccedil;&atilde;o das placas tect&ocirc;nicas
A Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization (Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado de Proibi&ccedil;&atilde;o Completa de Testes Nucleares), tamb&eacute;m conhecida como CTBTO, &eacute; uma esp&eacute;cie de instituto que tem a responsabilidade de fiscalizar se testes clandestinos est&atilde;o sendo feitos em qualquer lugar do mundo. A CTBTO tem sede em Viena, na &Aacute;ustria, e conta com cientistas &ndash; especialmente sism&oacute;logos &ndash; especialistas em identificar poss&iacute;veis explos&otilde;es at&ocirc;micas, como a que aconteceu perto da Coreia do Norte em setembro do ano passado.
S&atilde;o quatro cientistas que ficam em alerta &ndash; de olho em seus celulares &ndash; durante as 24 horas do dia caso os sensores do CTBTO detectem algum tipo de atividade s&iacute;smica que pode ser ligada &agrave; detona&ccedil;&atilde;o de bombas nucleares. O sistema automatizado alerta os respons&aacute;veis por essa fiscaliza&ccedil;&atilde;o quando identifica ondas s&iacute;smicas diferentes das naturais &ndash; aquelas produzidas pela movimenta&ccedil;&atilde;o das placas tect&ocirc;nicas e que podem causar terremotos e outros tremores.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/05/09/a-09185332164496.jpg" alt="a" />Cientistas do CTBTO, da esquerda para a direita: Haijun Wang, Marcela Villaroel Garrido, Fekadu Kebede Alamneh e Ezekiel Jonathan
<h2>An&aacute;lise que n&atilde;o permite erros</h2>
&Eacute; o trabalho dos cientistas em alerta analisar o registro e entender se aquilo realmente n&atilde;o se trata de dados equivocados ou algum erro dos sensores. As ondas s&iacute;smicas t&ecirc;m sua profundidade, dire&ccedil;&atilde;o, tipo e localiza&ccedil;&atilde;o encaminhados para os pa&iacute;ses que assinaram o tratado de 22 anos atr&aacute;s para que seus cientistas cheguem &agrave; conclus&atilde;o que se trata mesmo de uma detona&ccedil;&atilde;o at&ocirc;mica e n&atilde;o alguma manifesta&ccedil;&atilde;o natural.
Com o mundo com os nervos &agrave; flor da pele como est&aacute; nesse momento, provavelmente os cientistas do CTBTO v&atilde;o estar muito mais alertas do que o comum
A responsabilidade pelo envio dos dados, por&eacute;m, &eacute; dos cientistas do CTBTO e qualquer erro que possam cometer &eacute; capaz de desencadear uma sequ&ecirc;ncia de an&aacute;lises e decis&otilde;es equivocadas por parte dos pa&iacute;ses membros da organiza&ccedil;&atilde;o, o que pode ter consequ&ecirc;ncias grav&iacute;ssimas, como at&eacute; declara&ccedil;&otilde;es de guerra infundadas.
Com o mundo com os nervos &agrave; flor da pele como est&aacute; nesse momento, provavelmente os cientistas do CTBTO v&atilde;o estar muito mais alertas do que o comum para tentar flagrar testes nucleares que podem levar a grandes cat&aacute;strofes no mundo. S&oacute; nos resta torcer para que tenham menos trabalho do que o esperado.

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Quem são os cientistas que estão sempre em vigilância nuclear?

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Imagem de Rússia lança ao mar a primeira usina nuclear flutuante do mundo  no tecmundo

Obra controversa teve início em 2009 e é chamada ironicamente de “Titanic Nuclear” e “Chernobyl flutuante” por ativistas do meio ambiente

A R&uacute;ssia anunciou o lan&ccedil;amento da primeira usina nuclear flutuante do planeta, a Academik Lomonosov. Esse monstro mar&iacute;timo j&aacute; ganhou as &aacute;guas do Mar B&aacute;ltico e tem como destino final o &Aacute;rtico, onde servir&aacute; como planta energ&eacute;tica para um porto, uma usina dessanilizadora e plataformas russas de extra&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo instaladas na regi&atilde;o.
Atualmente, o equipamento se desloca pelo mar sem qualquer tipo de combust&iacute;vel nuclear, o que deve acontecer somente na &uacute;ltima parada, no porto de Murmansk, onde a Academik Lomonosov ser&aacute; abastecida. A programa&ccedil;&atilde;o divulgada pela R&uacute;ssia prev&ecirc; que a usina flutuante seja rebocada ao longo de mais de 5 mil quil&ocirc;metros at&eacute; a costa da cidade de Chukotka, quase no Alasca. A estimativa &eacute; de que todo o trajeto seja finalizado em 2019, quando a usina entra em funcionamento.
A op&ccedil;&atilde;o por transportar a estrutura sem combust&iacute;vel veio ap&oacute;s cr&iacute;ticas dos pa&iacute;ses pelos quais ela passar&aacute;. Diante do temor de poss&iacute;veis acidentes nucleares, autoridades da Rosatom, companhia estatal russa respons&aacute;vel pela fabrica&ccedil;&atilde;o da primeira usina nuclear flutuante do planeta, pensaram em uma alternativa e inclu&iacute;ram a parada no porto da cidade russa localizada a 200 km ao norte do C&iacute;rculo Polar &Aacute;rtico.
At&eacute; o seu destino final, a Academik Lomonosov contornar&aacute; a costa de cinco pa&iacute;ses: Est&ocirc;nia, Finl&acirc;ndia, Su&eacute;cia, Dinamarca e Noruega.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/eo-HuA8ISQw?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Cr&iacute;ticas</h2>
O Greenpeace, um dos principais grupos ativistas do meio ambiente do mundo, considerou &ldquo;irrespons&aacute;vel&rdquo; a exist&ecirc;ncia de uma estrutura nuclear flutuando no &Aacute;rtico. Para os ativistas, o equipamento, ironicamente chamado de "<a href="https://www.greenpeace.org/international/press-release/16218/worlds-first-floating-nuclear-power-plant-bound-for-the-arctic-warns-greenpeace/" target="_blank">Titanic nuclear</a>" e "<a href="https://www.greenpeace.org/international/story/16149/32-years-on-chernobyl-on-ice/" target="_blank">Chernobyl flutuante</a>", representa uma amea&ccedil;a ao ecossistema da regi&atilde;o.
&ldquo;Testar um reator nuclear em uma &aacute;rea densamente povoada como o centro de S&atilde;o Petersburgo &eacute; irrespons&aacute;vel, para dizer o m&iacute;nimo&rdquo;, declarou Jan Haverkamp, especialista em energia nuclear do Greenpeace para a Europa Central e Oriental. &ldquo;Entretanto, levar o teste desse &lsquo;Titanic nuclear&rsquo; para longe da vis&atilde;o do p&uacute;blico n&atilde;o o faz menos irrespons&aacute;vel: reatores nucleares pelo oceano &Aacute;rtico representar&atilde;o uma amea&ccedil;a incrivelmente &oacute;bvia ao fr&aacute;gil meio ambiente que j&aacute; est&aacute; sob a enorme press&atilde;o da mudan&ccedil;a clim&aacute;tica.&rdquo;
Como outros pa&iacute;ses j&aacute; demonstraram interesse em contratar usinas flutuantes, o Greenpeace v&ecirc; a situa&ccedil;&atilde;o como uma amea&ccedil;a ampla. &ldquo;Esse empreendimento perigoso &eacute; uma amea&ccedil;a n&atilde;o apenas ao &Aacute;rtico, mas, potencialmente, tamb&eacute;m a outras regi&otilde;es naturais vulner&aacute;veis e densamente povoadas&rdquo;, completou Haverkamp.

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Rússia lança ao mar a primeira usina nuclear flutuante do mundo 

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Imagem de Gênio vs Gênio #2: o combate atômico entre Oppenheimer e Edward Teller no tecmundo

Série do TecMundo coloca cara a cara grandes mentes da ciência e da tecnologia para batalharem e mostrarem qual foi a diferença que fizeram para a humanidade

O segundo epis&oacute;dio da s&eacute;rie G&ecirc;nio vs G&ecirc;nio vai trazer um combate at&ocirc;mico entre dois grandes cientistas que terminou de maneira triste, com um deles exilado nas Ilhas Virgens e o outro praticamente exclu&iacute;do da comunidade cient&iacute;fica por diverg&ecirc;ncias no campo da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> no qual trabalhavam e at&eacute; estranhas motiva&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas.
A luta aconteceu no contexto da Segunda Guerra Mundial e, mais ainda, durante a Guerra Fria, quando a corrida at&ocirc;mica estava em seu auge e a paranoia do comunismo dominava a cabe&ccedil;a do mundo Ocidental. Os dois cientistas &ndash; provavelmente os seres humanos que mais contribu&iacute;ram para o desenvolvimento de armas&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-nuclear/" target="_blank" title="Energia nuclear">nucleares</a> &ndash; bateram de frente no laborat&oacute;rio e o que aconteceu voc&ecirc; confere a seguir.
Veja aqui as outras lutas:
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/126415-genio-vs-genio-1-rivalidade-eletrica-entre-thomas-edison-nikola-tesla.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">G&ecirc;nio vs G&ecirc;nio #1: a rivalidade el&eacute;trica entre Thomas Edison e Nikola Tesla</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/126895-genio-vs-genio-3-tem-boi-linha-briga-entre-graham-bell-meucci.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">G&ecirc;nio vs G&ecirc;nio #3: tem boi na linha nessa briga entre Graham Bell e Meucci</a></li>
</ul>
<h2>Que come&ccedil;em os jogos! (ou "iiiiiit's tiiiiiime!!!")</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29203441319359.jpg" alt="a" />TALE OF THE TAPE
Robert Oppenheimer era o cientista chefe do Laborat&oacute;rio de Los Alamos no projeto Manhattan, que durou de 1942 e 1946 e culminou com a produ&ccedil;&atilde;o de bombas at&ocirc;micas
No corner esquerdo, Julius Robert Oppenheimer, famoso por ser ningu&eacute;m menos que o l&iacute;der do projeto Manhattan, aquele que desenvolveu a bomba at&ocirc;mica durante a Segunda Guerra Mundial e que culminou nos ataques a Hiroshima e Nagasaki, no Jap&atilde;o. Considerado o pai da bomba at&ocirc;mica, Oppenheimer fez estudos cruciais para o avan&ccedil;o da fiss&atilde;o nuclear, o tipo de rea&ccedil;&atilde;o que permitiu ao ser humano dominar a energia nos &aacute;tomos.
No corner direito, Edward Teller, h&uacute;ngaro de fam&iacute;lia judia que fugiu do nazismo na Europa para ajudar os Estados Unidos a acabar com a guerra desenvolvendo armamento nuclear. Seus estudos em fus&atilde;o nuclear &ndash; ao contr&aacute;rio da fiss&atilde;o que acontece na bomba at&ocirc;mica &ndash; foram a base para a cria&ccedil;&atilde;o da bomba H, ou bomba de hidrog&ecirc;nio, que viria a ter um potencial de destrui&ccedil;&atilde;o muito maior que as anteriores.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205048909360.jpg" alt="a" />Robert Oppenheimer (&agrave; esquerda) e Edward Teller (&agrave; direita): os combatentes de hoje
<h2>Round 1: um objetivo, meios diferentes</h2>
Robert Oppenheimer era o cientista chefe do Laborat&oacute;rio de Los Alamos no projeto Manhattan, que durou de 1942 e 1946 e culminou com a produ&ccedil;&atilde;o de bombas at&ocirc;micas, que funcionavam com a fiss&atilde;o do n&uacute;cleo de &aacute;tomos de ur&acirc;nio e tinham um poder de destrui&ccedil;&atilde;o devastador. Foram essas bombas que destru&iacute;ram por completo as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Jap&atilde;o, j&aacute; em 1946, quando o fronte de guerra na Europa j&aacute; havia sido extinguido.
Cientistas alem&atilde;es tamb&eacute;m trabalhavam dia e noite atr&aacute;s de dominar o &aacute;tomo e os norte-americanos arrendavam quem fosse poss&iacute;vel para ajud&aacute;-los
Durante esse per&iacute;odo, houve uma corrida nuclear, da qual participaram os pa&iacute;ses envolvidos na Segunda Guerra Mundial e tinha como objetivo desenvolver com sucesso esse tipo de armamento para &ldquo;acabar de uma vez por todas com a Guerra&rdquo;. Cientistas alem&atilde;es tamb&eacute;m trabalhavam dia e noite atr&aacute;s de dominar o &aacute;tomo e os norte-americanos arrendavam quem fosse poss&iacute;vel para ajud&aacute;-los na &aacute;rdua tarefa.
Foi assim que Edward Teller foi parar nos Estados Unidos: vindo de fam&iacute;lia judia, ele emigrou para o Novo Mundo ainda nos anos 1930 e j&aacute; fez parte desde o in&iacute;cio do projeto Manhattan, em 1942, com a inten&ccedil;&atilde;o de ajudar os Aliados contra o Eixo na Guerra Mundial. Oppeinheimer era o cientista s&ecirc;nior do projeto e, portanto, superior a Teller, e seus problemas come&ccedil;aram quando suas ideias cient&iacute;ficas entraram em rota de colis&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205147236361.jpg" alt="a" />Oppenheimer realiza c&aacute;lculos cient&iacute;ficos no Laborat&oacute;rio de Los Alamos
<h2>Round 2: os filhos do &aacute;tomo</h2>
Durante o per&iacute;odo inicial em que trabalharam juntos, Oppenheimer e Teller n&atilde;o tiveram problemas. Casa fazia sua parte do trabalho e desenvolviam juntos as&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/" target="_blank" title="Tecnologia">tecnologias</a> que tornaram poss&iacute;vel a cria&ccedil;&atilde;o da bomba at&ocirc;mica. As coisas come&ccedil;aram a sair dos trilhos quando Teller descobriu a possibilidade de fundir &aacute;tomos, o oposto do que acontecia no trabalho do projeto Manhattan.
A diferen&ccedil;a de massa entre os reagentes e os produtos aparecem na rea&ccedil;&atilde;o como uma emiss&atilde;o de energia ainda maior que no caso da fiss&atilde;o
Para ficar um pouco mais claro, fiss&atilde;o e fus&atilde;o nuclear s&atilde;o rea&ccedil;&otilde;es contr&aacute;rias que utilizam &aacute;tomos e que desprendem uma quantidade absurda de energia, sendo poss&iacute;vel utiliz&aacute;-la para fins destrutivos, como no caso das bombas, ou mesmo para a gera&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica. Na fiss&atilde;o, um &aacute;tomo, como o do Ur&acirc;nio, recebe um disparo de n&ecirc;utrons em seu n&uacute;cleo, que explode e emite tanto part&iacute;culas radioativas como uma energia gigantesca.
J&aacute; no caso da fus&atilde;o &ndash; a flor dos olhos de Teller &ndash; dois &aacute;tomos s&atilde;o atirados um contra o outro (no caso, &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio). Seus n&uacute;cleos se fundem e resultam em um novo elemento &ndash; nesse caso, o h&eacute;lio &ndash; e part&iacute;culas subat&ocirc;micas tamb&eacute;m s&atilde;o emitidas. A diferen&ccedil;a de massa entre os reagentes e os produtos aparecem na rea&ccedil;&atilde;o como uma emiss&atilde;o de energia ainda maior que no caso da fiss&atilde;o nuclear.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205355972362.jpg" alt="a" />Depoimento de Teller retirou Oppenheimer de sua vida cient&iacute;fica
<h2>Round 3: paix&atilde;o pela fus&atilde;o</h2>
O problema &eacute; que no momento em que Teller passou a estudar a fus&atilde;o nuclear, ele perdeu completamente o interesse pelo desenvolvimento da bomba at&ocirc;mica, que usa fiss&atilde;o. O h&uacute;ngaro se afastou tanto do trabalho na bomba at&ocirc;mica que Oppenheimer o afastou da equipe principal do projeto, mesmo sem t&ecirc;-lo removido totalmente do empreendimento.
Com a bomba finalmente pronta e todos os testes devidamente realizados no deserto dos Estados Unidos, a bomba at&ocirc;mica foi utilizada em civis no Jap&atilde;o ap&oacute;s o final da primeira guerra. Enquanto isso, Teller trabalhava em uma bomba que usaria fus&atilde;o nuclear e seria muito mais poderosa que sua antecessora.
Teller seguiu com seu projeto de fus&atilde;o para criar a famigerada bomba H e acabou se tornando rival de Oppenheimer dado que o mesmo &oacute;rg&atilde;o patrocinava o projeto de ambos
Oppenheimer claramente percebeu que a bomba n&atilde;o era brincadeira e que tinha consequ&ecirc;ncias aterrorizantes tanto para pessoas quanto para a natureza, desistindo de focar no desenvolvimento de armas e voltando-se para criar modelos menores de fiss&atilde;o at&ocirc;mica que poderiam ser ben&eacute;ficos para a humanidade, como a gera&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica, ainda sem saber que mesmo isso poderia ser danoso, ou de explosivos menores para o uso no mercado da constru&ccedil;&atilde;o.
Teller seguiu com seu projeto de fus&atilde;o para criar a famigerada bomba H e acabou se tornando rival de Oppenheimer dado que o mesmo &oacute;rg&atilde;o patrocinava o projeto de ambos. Ningu&eacute;m sabia o que daria mais certo em termos de recep&ccedil;&atilde;o de financiamento: a bomba ainda maior e mais poderosa ou menores e mais focadas em tarefas construtivas?
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205442503363.jpg" alt="a" />Oppenheimer conversa com Albert Einstein
<h2>Round 4: acusa&ccedil;&atilde;o e trai&ccedil;&atilde;o</h2>
Foi nesse ponto crucial do combate que algo aconteceu e mudou completamente o rumo da hist&oacute;ria da <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>: Robert Oppenheimer foi formalmente acusado pelo governo norte-americano de liga&ccedil;&atilde;o com o comunismo e teve todas as suas autoriza&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a canceladas pela Comiss&atilde;o de Energia At&ocirc;mica dos Estados Unidos. Ele necessitava dessas permiss&otilde;es para acessar o laborat&oacute;rio onde trabalhava e, obviamente, continuar tocando seus projetos.
Eu discordava completamente dele em in&uacute;meras quest&otilde;es e suas a&ccedil;&otilde;es, francamente, me pareceram confusas e complicadas
Impedido de trabalhar, Oppenheimer teria que ser submetido a um julgamento especial, que ficou conhecido como &ldquo;audi&ecirc;ncia de seguran&ccedil;a de Oppenheimer&rdquo;, que aconteceu em 1954. A paranoia em torno das acusa&ccedil;&otilde;es sobre comunismo estava em seu auge, assim como a Guerra Fria, e o planeta tremia a cada declara&ccedil;&atilde;o dos governos norte-americano e sovi&eacute;tico.
Durante a audi&ecirc;ncia que decidiria se Oppenheimer realmente poderia ser um espi&atilde;o a mando da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica (mesmo ap&oacute;s anos e anos de trabalho a favor da ci&ecirc;ncia e dos Estados Unidos), diversas pessoas deram depoimentos e opinaram sobre as autoriza&ccedil;&otilde;es do cientista serem realmente canceladas ou se seriam devolvidas a ele.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205555363364.jpg" alt="a" />Edward Teller, j&aacute; idoso, &eacute; recebido pelo presidente norte-americano Ronald Reagan na Casa Branca
Chegada a vez de Teller, o cientista deu uma declara&ccedil;&atilde;o extremamente confusa que deixou a audi&ecirc;ncia se perguntando se ele estava aliviando para Oppenheimer de uma maneira meio duvidosa ou se tentava incrimin&aacute;-lo de um jeito mais discreto. A resposta n&atilde;o ficou mais clara com seu voto para que o norte-americano n&atilde;o mais tivesse sua permiss&atilde;o de acesso especial.
O que Teller disse foi mais ou menos o seguinte: &ldquo;Em um grande n&uacute;mero de casos, vi o Dr. Oppenheimer agir &ndash; eu entendo que o Dr. Oppenheimer agiu &ndash; de uma maneira que, para mim, era extremamente dif&iacute;cil de entender. Eu discordava completamente dele em in&uacute;meras quest&otilde;es e suas a&ccedil;&otilde;es, francamente, me pareceram confusas e complicadas. Dessa maneira, sinto que gostaria de ver os interesses vitais deste pa&iacute;s em m&atilde;os que eu compreenda melhor e, portanto, confie mais&rdquo;.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29205832739367.jpg" alt="a" />O h&aacute;bito de fumar causou c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e matou Oppenheimer em seu ex&iacute;lio
<h2>Round 5: o fim dos g&ecirc;nios</h2>
Acho que vale afirmar que quem mais perdeu nessa luta foi a ci&ecirc;ncia. Ou talvez tenhamos nos livrado de algu&eacute;m que pretendia levar a energia nuclear at&eacute; as &uacute;ltimas consequ&ecirc;ncias. Ap&oacute;s o ocorrido na audi&ecirc;ncia, Oppenheimer se desiludiu completamente e exilou-se nas Ilhas Virgens. Ele abandou por completo o estudo cient&iacute;fico que praticava para fazer parte de movimentos contra a prolifera&ccedil;&atilde;o de armas nucleares. Quem melhor que um pr&oacute;prio pai para conhecer o potencial negativo do filho?
O pai da bomba de hidrog&ecirc;nio &ndash; e esse sim, orgulhoso do t&iacute;tulo &ndash; n&atilde;o ligava muito para o potencial perigo que esse tipo de tecnologia representava para a natureza
Oppenheimer viveu seus &uacute;ltimos anos em uma casa simples na beira de uma das praias mais bonitas do mundo navegando com sua esposa e sua filha at&eacute; morrer em 1967 em decorr&ecirc;ncia de um c&acirc;ncer de pulm&atilde;o que adquiriu por seu h&aacute;bito de fumar efusivamente. Ficou lembrado na hist&oacute;ria &ndash; para seu pr&oacute;prio desgosto &ndash; como o pai da bomba at&ocirc;mica, contra a qual lutou at&eacute; o fim de sua vida.
Edward Teller ganhou uma reputa&ccedil;&atilde;o extremamente negativo por sua atitude na audi&ecirc;ncia de Oppenheimer e acabou sofrendo, tamb&eacute;m, uma esp&eacute;cie de ex&iacute;lio, mas este, acad&ecirc;mico. Apesar de ter continuado na carreira e desenvolvendo suas pesquisas por algum tempo, o cientista era mal visto por seus colegas, muitos dos quais boicotavam seu trabalho e ignoravam seus estudos.
O pai da bomba de hidrog&ecirc;nio &ndash; e esse sim, orgulhoso do t&iacute;tulo &ndash; n&atilde;o ligava muito para o potencial perigo que esse tipo de tecnologia representava para a natureza. Ao contr&aacute;rio de Oppenheimer, ele queria usar sua cria&ccedil;&atilde;o para realizar tarefas que, hoje em dia, qualquer pessoa em s&atilde; consci&ecirc;ncia diria ser arriscado &ndash; como a cria&ccedil;&atilde;o de um porto artificial no Alasca que seria explodido com suas bombas. Imagine as consequ&ecirc;ncias disso.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2018/01/29/a-29210030834370.jpg" alt="a" />Teller j&aacute; nos &uacute;ltimos anos de sua vida: cientista morreu em 2003
<h2>Resultado final</h2>
No fim das contas, uma esp&eacute;cie de sabotagem cient&iacute;fica para ganhar espa&ccedil;o, notoriedade e um pouco mais de dinheiro &ndash; para n&atilde;o dizer impor uma opini&atilde;o &ldquo;clubista&rdquo; sobre um colega de laborat&oacute;rio &ndash; acabou levando Teller a acusar Oppenheimer de algo que muito provavelmente n&atilde;o era real e que acabou afundando a carreira n&atilde;o apenas de um, mas de ambos.
Ainda assim, muito do que eles criaram e descobriram &eacute; de import&acirc;ncia sem tamanho para a humanidade, seja para se beneficiar com isso da melhor maneira poss&iacute;vel, seja para evitar o que pode se tornar uma grande cat&aacute;strofe para os homens e para a natureza.
Agora &eacute; a sua vez: quem voc&ecirc; acha que ganha esse combate: Robert Oppenheimer, o o pai da bomba at&ocirc;mico e posterior inimigo delas, ou o criador da bomba H Edward Teller, que achava que sua fus&atilde;o nuclear resolveria os problemas do mundo? Deixe sua opini&atilde;o a&iacute; nos coment&aacute;rios!

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Gênio vs Gênio #2: o combate atômico entre Oppenheimer e Edward Teller

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