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Tentativas de cultivo de alimentos na Antártica começaram há mais de 1 século; agora, são fundamentais para o futuro de viagens espaciais

Temperatura anual m&eacute;dia de 43 &deg;C negativos, umidade relativa do ar pr&oacute;xima a zero, ventos constantes. Neve e gelo s&atilde;o elementos predominantes de 98% dessa paisagem, cuja extens&atilde;o &eacute; de aproximadamente 14 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros. Nela, pouqu&iacute;ssimas esp&eacute;cies conseguem resistir a condi&ccedil;&otilde;es t&atilde;o in&oacute;spitas.
Justamente ali, no Polo Sul, que se encontra aqui, na Terra, pode estar uma das chaves para a sobreviv&ecirc;ncia da humanidade em viagens interplanet&aacute;rias tripuladas (com pessoas que passariam de meses a anos longe de quaisquer recursos essenciais &agrave; manuten&ccedil;&atilde;o da vida).
Isso porque pesquisas realizadas na regi&atilde;o s&atilde;o capazes de desbloquear conhecimentos a respeito do cultivo de alimentos em locais, &agrave; primeira vista, incapazes de sustentar a gera&ccedil;&atilde;o de refei&ccedil;&otilde;es fresquinhas.
Estudos do tipo come&ccedil;aram h&aacute; mais de um s&eacute;culo, quando empreitadas pelo espa&ccedil;o n&atilde;o passavam de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. Entretanto, com a evolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica e a idealiza&ccedil;&atilde;o de passos em solos extraterrenos &mdash; e, quem sabe, a instala&ccedil;&atilde;o de col&ocirc;nias em outras "vizinhan&ccedil;as" &mdash;, esses esfor&ccedil;os passaram a ser direcionados ao atendimento de necessidades cada vez mais ambiciosas.
Afinal, como planta&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica ajudam astronautas e qual &eacute; o papel delas no planejamento da explora&ccedil;&atilde;o do Universo?
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ast-28191325654511.jpg" alt="ast" />Com ambiente in&oacute;spito, Ant&aacute;rtica carece de elementos essenciais &agrave; sobreviv&ecirc;ncia humana. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>D&eacute;cadas e d&eacute;cadas de hist&oacute;ria</h2>
De acordo com a historiadora e professora assistente Daniella McCahey, da Universidade da Calif&oacute;rnia, as primeiras tentativas de planta&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica (h&aacute; mais de 120 anos) visavam garantir nutri&ccedil;&atilde;o para exploradores da regi&atilde;o &mdash; e, em 1902, o f&iacute;sico e bot&acirc;nico Reginald Koettlitz foi o primeiro a ter sucesso com a a&ccedil;&atilde;o.
Em amostras de solo do Estreito de McMurdo (colocadas em caixas que ficavam sob uma claraboia do navio de expedi&ccedil;&atilde;o), Koettlitz cultivou mostarda e agri&atilde;o. A tripula&ccedil;&atilde;o, enfrentando um surto de escorbuto, beneficiou-se da colheita, consumindo-a para evitar sintomas da condi&ccedil;&atilde;o.
J&aacute; o bot&acirc;nico escoc&ecirc;s Robert Rudmose-Brown, em 1904, n&atilde;o teve a mesma sorte, conta McCahey. Das sementes de 22 plantas do &Aacute;rtico tolerantes ao frio que levou &agrave; Ilha Laurie, nenhuma germinou, e o cientista atribuiu a falha tanto &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es ambientais quanto &agrave; aus&ecirc;ncia de um especialista que acompanhasse o desenvolvimento delas.
Ali&aacute;s, n&atilde;o faltaram movimentos malsucedidos de introdu&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies n&atilde;o nativas nesse tipo de terreno, j&aacute; que nada sobrevivia por muito tempo. Felizmente, nos anos 1940, as esta&ccedil;&otilde;es de pesquisas come&ccedil;aram a surgir por l&aacute;, com estufas que passaram a proporcionar tanto alimentos quanto bem-estar a seus residentes. Ainda assim, notou-se que o solo ant&aacute;rtico n&atilde;o suportava muito, al&eacute;m dos j&aacute; citados agri&atilde;o e mostarda, perdendo a fertilidade depois de um ano ou dois.
Ent&atilde;o, j&aacute; na d&eacute;cada de 1960, expedi&ccedil;&otilde;es passaram a apostar em m&eacute;todos hidrop&ocirc;nicos. Esses sistemas dispensam solo e se valem de &aacute;gua quimicamente aprimorada (na qual ra&iacute;zes de plantas s&atilde;o imersas), assim como de ilumina&ccedil;&otilde;es natural e artificial combinadas. Apesar de a abordagem dizer respeito &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de condi&ccedil;&otilde;es artificiais, tratou-se de um aprendizado igualmente valioso pelos frutos que gerou.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ast-28191348676512.jpg" alt="ast" />Primeiras tentativas de planta&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica visavam fornecer suprimentos para expedi&ccedil;&otilde;es. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Por que a Ant&aacute;rtica?</h2>
Em 2015, o mundo contava com pelo menos 43 diferentes instala&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica (em que pesquisadores cultivavam plantas por diversas raz&otilde;es). O impulso para esse tipo de dedica&ccedil;&atilde;o se iniciou tamb&eacute;m na d&eacute;cada de 1960, junto &agrave; corrida espacial. Afinal, a hostilidade da regi&atilde;o pode ser comparada ao que astronautas podem enfrentar em viagens fora da Terra, permitindo o desenvolvimento de protocolos variados capazes de proteger quem desbrava territ&oacute;rios desconhecidos.
Por isso, em 2004, a Funda&ccedil;&atilde;o Nacional da Ci&ecirc;ncia (EUA) e o Centro de Agricultura de Meio Ambiente Controlado da Universidade do Arizona decidiram construir a South Pole Food Growth Chamber na regi&atilde;o, um projeto voltado &agrave; maximiza&ccedil;&atilde;o do cultivo de plantas com o uso m&iacute;nimo de recursos.
A instala&ccedil;&atilde;o imita condi&ccedil;&otilde;es de uma base lunar e fornece "um an&aacute;logo na Terra para alguns dos problemas que surgir&atilde;o quando a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos for transferida para habita&ccedil;&otilde;es espaciais", segundo seus idealizadores. Funciona at&eacute; hoje, fornecendo comida &agrave; Esta&ccedil;&atilde;o Polo Sul Amundsen-Scott.
Outras iniciativas, como a EDEN ISS (uma estufa constru&iacute;da tamb&eacute;m na Ant&aacute;rtica), aprimoraram t&eacute;cnicas e tiveram resultados sem precedentes. Em 2018, a EDEN recriou um ambiente com 65% de umidade relativa do ar que mant&eacute;m a temperatura a 21 &deg;C, enquanto o entorno enfrenta frios inferiores a -40 &deg;C. O resultado? Em um espa&ccedil;o de 13 m&sup2;, cientistas colheram 77 quilos de alface, 51 de pepino, 29 de tomate e 12 de couve-nabo, entre outros vegetais.
&Eacute; justamente na EDEN ISS que a NASA busca as respostas de que precisa para melhorar as condi&ccedil;&otilde;es de quem vai para a Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (ISS) e para futuras miss&otilde;es tripuladas &agrave; Lua e ao planeta vermelho, Marte.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ast-28191409118513.jpg" alt="ast" />Na EDEN ISS, cientistas cultivaram centenas de quilos de alimentos em espa&ccedil;o limitado. (Fonte: Hanno M&uuml;ller/AWI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Da Ant&aacute;rtica para o espa&ccedil;o</h2>
Em dezembro de 2020, a Administra&ccedil;&atilde;o Nacional da Aeron&aacute;utica e Espa&ccedil;o (NASA) dos Estados Unidos anunciou a ida de especialistas &agrave; estufa na EDEN ISS para investigar os benef&iacute;cios que sistemas de suporte &agrave; vida semelhantes ao de l&aacute; podem gerar quando replicados.&nbsp;
S&oacute; para se ter ideia, em apenas nove meses e meio, a instala&ccedil;&atilde;o gerou 268 quilos de alimentos frescos &mdash; isso em um espa&ccedil;o equivalente ao de um quarto em um apartamento. A pesquisadora Jess Bunchek &eacute; quem encabe&ccedil;ou a expedi&ccedil;&atilde;o.
Junto &agrave; sua equipe, passaria meses dedicada a superar desafios impostos &agrave; agricultura em ambientes limitados. Na EDEN ISS, testaria o plantio de cultivares j&aacute; utilizados na ISS, al&eacute;m de outros.&nbsp;
As descobertas do time, destacou a ag&ecirc;ncia norte-americana, ajudariam a moldar pesquisas futuras sobre a produ&ccedil;&atilde;o de culturas espaciais, al&eacute;m de beneficiar a humanidade.
Antes de embarcar na nova jornada, Jess afirmou: "Prepara&ccedil;&atilde;o &eacute; tudo. Devemos estar preparados para qualquer situa&ccedil;&atilde;o". Certamente, todo o conhecimento acumulado em d&eacute;cadas passadas sobre planta&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica ajudaram &mdash; e muito &mdash; tanto o grupo isolado em neve e gelo quanto astronautas nos passeios que fazem. Planta&ccedil;&otilde;es na Ant&aacute;rtica ajudam nos preparativos dos passeios que astronautas ainda far&atilde;o.

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Como plantações na Antártica ajudam astronautas?

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Imagem de Comunidades para devs Full Stack; como começar ou alavancar carreira? no tecmundo

Vida de programador não precisa (nem deve) ser solitária, e comunidades online ajudam a desenvolver habilidades e fazer contatos

A carreira de&nbsp;<a href="https://www.locaweb.com.br/blog/temas/codigo-aberto/habilidades-para-ser-dev-full-stack/" target="_blank" rel="sponsored">desenvolvedor full stack</a>&nbsp;ainda &eacute; uma excelente op&ccedil;&atilde;o para quem deseja entrar na &aacute;rea, especialmente por se trata de um&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/238443-dev-sumiu-o-desafio-gestao-carreiras-tecnicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mercado ainda crescimento</a>. No entanto, estar constantemente atualizado &eacute; t&atilde;o importante quanto uma forma&ccedil;&atilde;o inicial, seja buscando cursos aprofundados, bootcamps ou estudando por conta pr&oacute;pria.&nbsp;
As comunidades online colaborativas s&atilde;o essenciais em todos os casos, mas principalmente para usu&aacute;rios que preferem se especializar de maneira independente. Elas permitem autonomia aos devs, o que torna poss&iacute;vel definir ritmo de estudos, ou foco espec&iacute;fico, fatores que nem sempre agradam em programas de treinamento fechados.
<blockquote class="twitter-tweet">
How does a knowledge-sharing and collaboration culture support the Three Ways of DevOps? We interviewed <a href="https://twitter.com/RealGeneKim?ref_src=twsrc%5Etfw">@RealGeneKim</a> to create our new DevOps Handbook Companion Guide to find out. Get your copy today: <a href="https://t.co/qBtcZVbdzz">https://t.co/qBtcZVbdzz</a> <a href="https://t.co/JgAEyHLKVy">pic.twitter.com/JgAEyHLKVy</a>
&mdash; Stack Overflow (@StackOverflow) <a href="https://twitter.com/StackOverflow/status/1544758123340365824?ref_src=twsrc%5Etfw">July 6, 2022</a></blockquote>

<h2>Comunidades Full Stack para alavancar a carreira&nbsp;</h2>
Al&eacute;m de complementar as habilidades t&eacute;cnicas do desenvolvedor, muitas dessas comunidades servem tamb&eacute;m como ambientes em que os usu&aacute;rios podem divulgar seus trabalhos a outros programadores ou pedir ajuda. Com isso, &eacute; poss&iacute;vel receber feedbacks sobre como melhorar seus c&oacute;digos, e at&eacute; estabelecer contatos profissionais valiosos.&nbsp;
<h3>Women Who Code&nbsp;</h3>
A comunidade&nbsp;Women Who Code, &eacute; uma organiza&ccedil;&atilde;o internacional sem fins lucrativos, que visa promover eventos, recursos, mentoria e at&eacute; vagas de trabalho para&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/214312-empregabilidade-mulheres-mercado-tech.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres no cen&aacute;rio de tecnologia</a>. Os materiais de estudo incluem artigos, tutoriais, livros e conte&uacute;do de diversas linguagens para programadoras de todos os n&iacute;veis que buscam investir em suas habilidades e carreiras.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28184616286492.jpg" alt="dev" />WWCode ajuda desenvolvedoras a se destacarem no mercado, e educa empresas a valorizarem essa profissionais. (Fonte: WomenWhoCode/Divulga&ccedil;&atilde;o)
O&nbsp;WWCode&nbsp;&eacute; um excelente espa&ccedil;o para impulsionar o crescimento de desenvolvedoras em um cen&aacute;rio que, ainda hoje, sofre com a disparidade de g&ecirc;nero &mdash; tanto em oportunidades, quanto em condi&ccedil;&otilde;es de trabalho.&nbsp;
<h3>Hashnode</h3>
O&nbsp;Hashnode&nbsp;&eacute; uma comunidade de cria&ccedil;&atilde;o de blogs voltados para o mercado&nbsp;full stack. Apesar de ser gratuita, um dos atrativos da plataforma &eacute; n&atilde;o inserir an&uacute;ncios e pop-ups no meio dos textos dos usu&aacute;rios, o que evita quebra de formata&ccedil;&atilde;o e fluidez de leitura do conte&uacute;do.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/bQqN0fK3Gjg?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Todos os artigos postados s&atilde;o publicados automaticamente na p&aacute;gina principal, sem que o autor precise contratar pacotes de benef&iacute;cios para influenciar a entrega de seus conte&uacute;dos. Outro diferencial importante &eacute; que &eacute; poss&iacute;vel fazer o mapeamento e direcionamento para um dom&iacute;nio pr&oacute;prio, caso um autor eventualmente contrate algum, sem a necessidade de utilizar plataformas complexas de migra&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28184853689494.jpg" alt="dev" />Hashnode &eacute; uma plataforma de blogs espec&iacute;fica para desenvolvedores criarem e compartilharem seus artigos e experi&ecirc;ncias. (Fonte: Hashnode/Divulga&ccedil;&atilde;o)
A plataforma tamb&eacute;m conta com backup autom&aacute;tico via&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/239584-github-sponsors-apoio-financeiro-desenvolvedores-chega-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">GitHub&nbsp;</a>e utiliza tecnologia&nbsp;Next.js, da&nbsp;Vercel, como rede de entrega de conte&uacute;do (CDN&nbsp;/&nbsp;Content Delivery Network).
<h3>freeCodeCamp&nbsp;</h3>
A&nbsp;freeCodeCamp&nbsp;&eacute; outra organiza&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos, gratuita, que fornece uma excelente diversidade de materiais de estudo sobre programa&ccedil;&atilde;o. O intuito da plataforma &eacute; auxiliar programadores de todos os n&iacute;veis a desenvolverem suas habilidades e participar de grupos de estudo com desenvolvedores do mundo todo.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28184730732493.jpg" alt="dev" />HfreeCodeCamp conta com milhares de materiais gratuitos de ensino de programa&ccedil;&atilde;o, e f&oacute;rum de comunidade que d&aacute; acesso a grupos de estudo. (Fonte: Hashnode/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com milhares de v&iacute;deos, artigos e aulas interativas, o dev aprofunda seu conhecimento, inclusive participando de desafios e projetos com certifica&ccedil;&atilde;o.
<h3>JavaScript Mastery&nbsp;</h3>
O&nbsp;JavaScript Mastery, criado por&nbsp;Adrian Hajdin, &eacute; um dos canais do YouTube mais populares com conte&uacute;do de programa&ccedil;&atilde;o. O perfil ainda conta com uma conta no Instagram, mas o destaque fica para a sua comunidade no Discord.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/7x-qQ_187rM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Atualmente, com cerca de 12 mil usu&aacute;rios, al&eacute;m da categoria de boas-vindas, a comunidade conta com tr&ecirc;s categorias principais bem interessantes para devs. A categoria de Comunidade traz canais mais abrangentes, onde os usu&aacute;rios podem interagir para procurar parcerias, tirar d&uacute;vidas mais gen&eacute;ricas e compartilhar seus projetos.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28185211869498.jpg" alt="dev" />Adrian Hajdin, idealizador do JavaScript Mastery, busca facilitar o acesso a guias e treinamentos para programadores. (Fonte: GitHub/Adrian Hajdin/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A categoria "Ask for help", por sua vez, &eacute; subdividida em canais espec&iacute;ficos para as linguagens&nbsp;HTML/CSS,&nbsp;JavaScript,&nbsp;TypeScript,&nbsp;ReactJS,&nbsp;Material UI,&nbsp;MERN,&nbsp;Web3,&nbsp;PHP,&nbsp;Node&nbsp;e&nbsp;Firebase, onde &eacute; poss&iacute;vel sanar quest&otilde;es mais direcionadas referentes a c&oacute;digos e implementa&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas.
Por fim, em "Career Corner", a comunidade compartilha dicas e sana d&uacute;vidas sobre&nbsp;cria&ccedil;&atilde;o de portf&oacute;lios, desenvolvimento de projetos. Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel auxiliar outros usu&aacute;rios a adequarem seus curr&iacute;culos &agrave;s demandas tanto do mercado quanto de vagas espec&iacute;ficas, al&eacute;m de responder &agrave;s perguntas mais comuns e importantes em entrevistas de emprego.
<h3>Learn w/ Leon &amp; Friends&nbsp;</h3>
A comunidade&nbsp;Learn w/ Leon &amp; Friends&nbsp;&eacute; mais um excelente servidor para devs. Com um formato e apresenta&ccedil;&atilde;o similares &agrave;s da JavaScript Mastery, ela conta ainda com o sub-servidor&nbsp;100Devs, que se prop&otilde;e a levar desenvolvedores da estaca zero &agrave; capacita&ccedil;&atilde;o para o mercado&nbsp;MERN Stack&nbsp;(MongoDB,&nbsp;Express,&nbsp;React,&nbsp;Node).
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/O6cy4_4uvw?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A comunidade tamb&eacute;m possui canais para an&aacute;lise de curr&iacute;culo e portf&oacute;lio, conselhos de carreira, vagas de emprego, al&eacute;m de um dedicado exclusivamente para auxiliar alunos do 100Devs com atividades de estudo dos n&iacute;veis iniciais aos mais avan&ccedil;ados.
<h3>Commit your Code&nbsp;</h3>
Criado pelo programador&nbsp;Danny Thompson,&nbsp;Commit your Code&nbsp;&eacute; um servidor do Discord, mas focado em aproximar desenvolvedores do mundo todo e auxiliar a estabelecer uma boa rede de contatos profissionais.
Apesar de n&atilde;o ter canais dedicados a linguagens espec&iacute;ficas, o&nbsp;CyC&nbsp;tamb&eacute;m oferece &aacute;reas para tirar d&uacute;vidas avan&ccedil;adas, buscar aux&iacute;lio com curr&iacute;culo e organizar eventos para devs Full Stack. O servidor ainda possui canais n&atilde;o relacionados &agrave; programa&ccedil;&atilde;o com t&oacute;picos como jogos, anime, e temas gerais.
<h3>Nodeiflux&nbsp;</h3>
A&nbsp;Nodeiflux&nbsp;n&atilde;o &eacute; um servidor para programadores full stack, focando apenas em&nbsp;backend&nbsp;de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/137805-o-node-js.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Node.js</a>, mas merece ser mencionado devido sua demanda elevada no mercado atual. A linguagem &eacute; muito usada para cria&ccedil;&atilde;o de jogos de navegador, plataformas de streaming, APIs e aplicativos com alto volume de processamento de dados em tempo real, como gerenciadores de tarefas (<a href="https://www.tecmundo.com.br/software/231962-9-aplicativos-ajudar-estudar-smartphone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Trello</a>) ou interface para servi&ccedil;os de armazenamento em nuvem (<a href="https://www.tecmundo.com.br/software/236669-dropbox-facilita-gerenciamento-backups-nuvem-novidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dropbox</a>,&nbsp;Mega.nz).&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28185344833500.jpg" alt="dev" />Node.js &eacute; muito utilizada na cria&ccedil;&atilde;o de APIs para bancos de dados com alto volume de processamento em tempo real. (Fonte: Educba/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Sua estrutura &eacute; bem similar a de outras comunidades no Discord, com canais para divulga&ccedil;&atilde;o de vagas, d&uacute;vidas, an&aacute;lise de c&oacute;digos e disponibiliza&ccedil;&atilde;o de bibliotecas (libs) &uacute;teis.
<h3>SpeakJS&nbsp;</h3>
Dentre os servidores listados, a&nbsp;SpeakJS&nbsp;&eacute; o que traz a comunidade mais completa. Em junho de 2022 eles j&aacute; possu&iacute;am mais de 26 mil usu&aacute;rios cadastrados e categorias espec&iacute;ficas n&atilde;o apenas para linguagens, mas tamb&eacute;m para implementa&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/dev-28185426297501.jpg" alt="dev" />SpeakJS &eacute; um dos mais completos servidores de Discord voltado para desenvolvedores. (Fonte: Discord/SpeackJS/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma das categorias mais interessantes &eacute; a "Libraries and Frameworks", que oferece&nbsp;libs&nbsp;dedicadas a linguagens populares, como&nbsp;React,&nbsp;Angular,&nbsp;Vue,&nbsp;Remix,&nbsp;Svelte,&nbsp;JQuery,&nbsp;Gatsby,&nbsp;Ryjs&nbsp;e&nbsp;NextJS.
<h3>StackOverflow&nbsp;</h3>
StackOverflow&nbsp;&eacute;, possivelmente, a maior (ou no m&iacute;nimo mais popular) comunidade para desenvolvedores&nbsp;full stack, com a proposta de um site de Perguntas e Respostas (Q&amp;A) espec&iacute;fico para programadores.&nbsp;
A interface ainda lembra bastante a do finado&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/215016-fim-yahoo-respostas-desativado-maio-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Yahoo Respostas</a>, no entanto, o site &eacute; extremamente ativo e com usu&aacute;rios engajados. Programadores com todos os n&iacute;veis de experi&ecirc;ncia podem submeter suas d&uacute;vidas e a pr&oacute;pria comunidade responde (geralmente em quest&atilde;o de horas, ou menos), sugerindo solu&ccedil;&otilde;es para um dado problema ou alternativas mais eficientes para uma mesma implementa&ccedil;&atilde;o.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/MQxlE0ICumI?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A curadoria org&acirc;nica utiliza a mec&acirc;nica de votar positiva ou negativamente em respostas, elegendo assim a melhor solu&ccedil;&atilde;o para uma quest&atilde;o. Apesar desse tipo de vota&ccedil;&atilde;o ser respons&aacute;vel pelos famigerados "flames", em outras plataformas com formato de f&oacute;rum aberto, como&nbsp;Reddit, a base de usu&aacute;rios do StackOverflow &eacute; bem s&eacute;ria e &eacute; raro encontrar "trolls" desse tipo.
<h2>Dividir para conquistar</h2>
Ainda que o ato espec&iacute;fico de programar seja, geralmente, uma atividade que exige muita concentra&ccedil;&atilde;o e estar sozinho pode ser ben&eacute;fico para muitos profissionais, a profiss&atilde;o de programar exige colabora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
&Eacute; indispens&aacute;vel estabelecer redes de contatos para trazer uma vis&atilde;o externa de c&oacute;digos que parecem quebrados, ou debater quest&otilde;es t&eacute;cnicas buscando solu&ccedil;&otilde;es inovadoras para problemas comuns. Dessa forma, estar em constante contato com outros profissionais &eacute; t&atilde;o importante para o mercado quanto uma forma&ccedil;&atilde;o inicial robusta.

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Comunidades para devs Full Stack; como começar ou alavancar carreira?

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Imagem de Senso comum pode tornar inteligências artificiais mais espertas no tecmundo

Estudo pretende conceder às máquinas uma capacidade natural e inerente a seres humanos: o senso comum; veja como isso é possível

Solu&ccedil;&otilde;es baseadas em intelig&ecirc;ncia artificial (IA) vieram para ficar. Um estudo da Lambda3, empresa de desenvolvimento de software focada em conceitos e metodologias &aacute;geis, revela que 80% das pessoas no Brasil j&aacute; utilizaram tecnologias do tipo pelo menos uma vez. O Chief Data Officer da companhia, Diego Nogare, destaca que os demais 20% negaram o uso por aparente desconhecimento, pois declararam ter tido contato com aplicativos como Waze, Google Maps, Facebook e Instagram.
Uma pesquisa da Ipsos &mdash; empresa de pesquisa e intelig&ecirc;ncia de mercado &mdash;, realizada para o&nbsp;F&oacute;rum Econ&ocirc;mico Mundial, mostrou que 57% dos brasileiros acreditam que servi&ccedil;os e produtos com IA oferecem mais vantagens do que desvantagens.
Empresas est&atilde;o atentas a esse movimento, pois 41% delas afirmam que j&aacute; usam recursos dessa categoria em&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/mercado-tech/por-que-e-tao-dificil-vender-produtos-de-ia-e-machine-learning/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">opera&ccedil;&otilde;es comerciais</a>, como aponta o&nbsp;&Iacute;ndice Global de Ado&ccedil;&atilde;o de IA de 2022, desenvolvido pela Morning Consult, da IBM; j&aacute; 34% dizem que est&atilde;o explorando o uso.
Grande parte do sucesso da intelig&ecirc;ncia artificial pode ser explicado pelos avan&ccedil;os do setor. Isso porque, al&eacute;m de ela estar presente no dia a dia de maneiras mais sutis (como em sistemas operacionais de celulares e computadores, chatbots e recomenda&ccedil;&otilde;es de servi&ccedil;os de streaming, redes sociais e afins), vem se destacando pela aplica&ccedil;&atilde;o em cen&aacute;rios mais avan&ccedil;ados, como na&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/mercado-tech/ia-pode-ajudar-a-prever-e-prolongar-vida-util-de-baterias-de-evs/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">otimiza&ccedil;&atilde;o do tempo de vida &uacute;til de baterias de ve&iacute;culos el&eacute;tricos</a>&nbsp;e at&eacute; na&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/atualidades/ia-da-vida-a-curta-metragem-premiado-em-cannes-saiba-como/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica</a>.
Ainda assim, cientistas continuam se dedicando ao aprimoramento de solu&ccedil;&otilde;es de IA visando a torn&aacute;-las mais eficientes na realiza&ccedil;&atilde;o das tarefas para as quais s&atilde;o constru&iacute;das &mdash; e a resposta para intelig&ecirc;ncias artificiais mais espertas pode estar na capacidade de elas desenvolverem senso comum, considerado uma esp&eacute;cie de "mat&eacute;ria escura" da &aacute;rea.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ia-28183642472487.jpg" alt="ia" />Cientistas se dedicam continuamente ao aprimoramento de intelig&ecirc;ncias artificiais. (Fonte: rawpixel.com/Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Nem s&oacute; de regras vive a humanidade</h2>
Intelig&ecirc;ncia artificial &eacute; a disciplina que busca, por meio da tecnologia, permitir que m&aacute;quinas e aplica&ccedil;&otilde;es computacionais mimetizem a intelig&ecirc;ncia humana, como explica um artigo da Colorado State University Global. Sistemas que se baseiam nela conseguem responder a perguntas, prever situa&ccedil;&otilde;es e oferecer solu&ccedil;&otilde;es estrat&eacute;gicas gra&ccedil;as ao aprendizado que adquirem via experi&ecirc;ncia baseada em processamento iterativo (execu&ccedil;&atilde;o repetida de uma sequ&ecirc;ncia de instru&ccedil;&otilde;es e valida&ccedil;&atilde;o conforme resultados) e treinamento algor&iacute;tmico.
Essencialmente, um sistema de IA atua a partir de grandes conjuntos de dados, identificando padr&otilde;es e funcionalidades voltados &agrave; resolu&ccedil;&atilde;o de problemas complexos. Acontece que, apesar de algumas ferramentas atualmente transformarem qualquer coisa em&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/atualidades/dall-e-musical-conheca-ai-que-transforma-qualquer-coisa-em-letra-de-musica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">letra de m&uacute;sica</a>&nbsp;e gerarem&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/atualidades/dall-e-como-a-ia-pode-contribuir-para-uma-revolucao-criativa-2/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todo tipo de imagem</a>, uma das limita&ccedil;&otilde;es impostas a modelos de aprendizado atuais &eacute; a aus&ecirc;ncia de senso comum que apresentam, mesmo que haja alega&ccedil;&otilde;es de um&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/mercado-tech/ia-da-google-e-senciente-segundo-engenheiro-o-que-isso-significa/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prot&oacute;tipo senciente</a>&nbsp;por a&iacute;.
Rob&ocirc;s, por enquanto, atuam baseados em algoritmos, que, de forma simples, s&atilde;o apenas comandos. Por outro lado, o senso comum, diferente da intelig&ecirc;ncia, &eacute; algo inerente e natural a seres humanos, uma habilidade que n&atilde;o se pode ensinar.
Uma vez que o objetivo de pesquisas em IA &eacute; aplic&aacute;-la efetivamente a situa&ccedil;&otilde;es do mundo real &mdash; em que problemas s&atilde;o imprevis&iacute;veis, vagos e n&atilde;o definidos por regras &mdash;, solu&ccedil;&otilde;es baseadas nessa ci&ecirc;ncia, ao menos no est&aacute;gio em que se encontra, acabam invariavelmente esbarrando em obst&aacute;culos incontorn&aacute;veis.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ia-28183659088488.jpg" alt="ia" />Modelos atuais esbarram em conceitos existentes no mundo real. (Fonte: rawpixel.com/Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Por que o senso comum importa?</h2>
M&aacute;quinas, se munidas de senso comum, poderiam garantir melhor assist&ecirc;ncia ao consumidor, ultrapassando os limites de intera&ccedil;&otilde;es pr&eacute;-programadas baseadas na oferta de alternativas e respostas prontas, bem como mais seguran&ccedil;a ao funcionamento de carros aut&ocirc;nomos em eventos n&atilde;o previstos em rodovias, por exemplo. Entretanto, a implementa&ccedil;&atilde;o de tal capacidade n&atilde;o &eacute; uma tarefa simples.
Desde 1958, houve poucos avan&ccedil;os relacionados &agrave; concretiza&ccedil;&atilde;o da proposta. Naquele ano, o pioneiro da Ci&ecirc;ncia da Computa&ccedil;&atilde;o John McCarthy publicou o artigo&nbsp;Programas com senso comum&nbsp;(em tradu&ccedil;&atilde;o livre), em que analisou como a l&oacute;gica poderia ser usada como m&eacute;todo de representa&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o em mem&oacute;ria computacional. A dificuldade, que se estende at&eacute; hoje, tem a ver com fato de que senso comum n&atilde;o se trata de uma caracter&iacute;stica precisa, portanto repleta de vari&aacute;veis ocultas.
Senso comum compreende n&atilde;o apenas habilidades sociais e racioc&iacute;nio, mas tamb&eacute;m um "senso ing&ecirc;nuo de F&iacute;sica", segundo defende Michael Witbrock, pesquisador de IA da Universidade de Auckland (Nova Zel&acirc;ndia). Com o senso comum, seres humanos det&ecirc;m certos conhecimentos de F&iacute;sica sem a necessidade de resolver equa&ccedil;&otilde;es (como quando evitam se aproximar de um precip&iacute;cio em um dia de vento forte). Nesse sentido, entra na conta, tamb&eacute;m, o conhecimento b&aacute;sico de elementos abstratos, a exemplo de tempo e espa&ccedil;o, possibilitando planejamentos, estimativas e organiza&ccedil;&otilde;es.
Desse modo, antes mesmo de se pensar no lan&ccedil;amento de intelig&ecirc;ncias artificiais capazes de inferir coisas baseadas em situa&ccedil;&otilde;es reais &mdash; a&ccedil;&atilde;o executada por pessoas desde a inf&acirc;ncia &mdash;, &eacute; preciso avaliar o que, de fato, caracterizaria tal capacidade e qu&atilde;o perto essas tecnologias est&atilde;o de conquist&aacute;-la. Cientistas da IBM, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade Harvard criaram um teste justamente para esse tipo de avalia&ccedil;&atilde;o, o AGENT, uma ferramenta de diagn&oacute;stico promissora.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/28/ia-28183716866489.jpg" alt="ia" />Senso comum &eacute; essencial para a evolu&ccedil;&atilde;o de solu&ccedil;&otilde;es baseadas em IA. (Fonte: rawpixel.com/Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>AGENT: tornando intelig&ecirc;ncias artificiais mais espertas</h2>
A sigla AGENT contempla termos em ingl&ecirc;s para a&ccedil;&atilde;o, objetivo, efici&ecirc;ncia, limita&ccedil;&atilde;o e utilidade e se refere a um conjunto de dados em grande escala de anima&ccedil;&otilde;es 3D, inspiradas em experimentos que estudam o desenvolvimento cognitivo em crian&ccedil;as, um conjunto voltado ao treinamento de m&aacute;quinas.
De acordo com a IBM, "os v&iacute;deos compreendem ensaios distintos (cada um incluindo um ou mais v&iacute;deos de 'familiariza&ccedil;&atilde;o' do comportamento t&iacute;pico de um agente em determinado ambiente f&iacute;sico) emparelhados com v&iacute;deos de 'teste' do comportamento do mesmo agente em um novo ambiente, que s&atilde;o rotulados como 'esperado' ou 'surpreendente', dado o comportamento do agente nos v&iacute;deos de familiariza&ccedil;&atilde;o correspondentes".
Para o benchmark, &eacute; necess&aacute;rio que modelos de aprendizado de intelig&ecirc;ncias artificiais classifiquem os v&iacute;deos de teste com os quais s&atilde;o alimentados a partir do que assimilaram com os conte&uacute;dos voltados &agrave; familiariza&ccedil;&atilde;o.
Trata-se de uma valida&ccedil;&atilde;o do potencial anal&iacute;tico da m&aacute;quina comparado aos resultados de ensaios de avalia&ccedil;&atilde;o humana em grande escala; o sucesso resulta na possibilidade de garantir &agrave;s IAs um espectro de&nbsp;<a href="https://tecme.tecmundo.com.br/mercado-tech/a-inteligencia-artificial-podera-dotar-as-maquinas-de-consciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consci&ecirc;ncia social</a>, o que as torna aptas a interagir com humanos em ambientes reais.
Esse experimento, o AGENT, sugere que representa&ccedil;&otilde;es integradas de como os humanos planejam coisas s&atilde;o essenciais para que rob&ocirc;s desenvolvam uma esp&eacute;cie de senso comum. Nesse sentido, &eacute; preciso combinar senso b&aacute;sico de F&iacute;sica e "trocas baseadas em custo-benef&iacute;cio", o que significa garantir &agrave;s intelig&ecirc;ncias artificiais uma compreens&atilde;o de como os humanos agem "com base na utilidade, equilibrando as recompensas de seu objetivo com os custos de alcan&ccedil;&aacute;-lo".
Futuramente, a IBM acredita que diagn&oacute;sticos como esse podem reduzir significativamente a necessidade de treinamento de modelos de aprendizado, garantindo a empresas redu&ccedil;&atilde;o de demanda computacional, tempo e dinheiro, al&eacute;m de intelig&ecirc;ncias artificiais mais espertas com menos esfor&ccedil;o.

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Senso comum pode tornar inteligências artificiais mais espertas

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Imagem de Conheça os produtos que a Microsoft “matou” nos últimos 30 anos no tecmundo

Microsoft é uma das empresas mais inovadoras do mundo, mas nem todas as ideias duram para sempre

A&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/microsoft" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Microsoft</a>&nbsp;&eacute; uma das principais empresas de tecnologia do mundo, e seus produtos revolucionaram o uso de computadores. A companhia tem um amplo portf&oacute;lio, que vai desde sistema operacionais e hardwares at&eacute; solu&ccedil;&otilde;es de educa&ccedil;&atilde;o. Para se ter uma ideia da import&acirc;ncia da empresa, os&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/software/226537-deixar-windows-10-parecido-o-windows-11.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Windows 10 ou 11</a>&nbsp;est&atilde;o presentes em mais de 1,4 bilh&atilde;o de dispositivos.
Mesmo com toda a participa&ccedil;&atilde;o no mercado, a big tech fundada por Bill Gates resolveu repensar, em 2020, a forma como lan&ccedil;a seus produtos. O processo de entrada de cada servi&ccedil;o no mercado era isolado e estava desalinhado com o novo modelo de vendas integrado da Microsoft, que agrupa produtos, dispositivos e servi&ccedil;os em nuvem.
A estrat&eacute;gia faz parte de uma mudan&ccedil;a de mercado. Com a ascens&atilde;o dos dispositivos m&oacute;veis e dos servi&ccedil;os baseados em nuvem, o computador se tornou consideravelmente menos essencial. Sob a lideran&ccedil;a de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/satya-nadella" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Satya Nadella</a>&nbsp;desde 2014, a Microsoft passou a ter um foco em software e servi&ccedil;os de neg&oacute;cios, reduzindo drasticamente os produtos de consumo.
Naturalmente, essa transi&ccedil;&atilde;o provocou a descontinua&ccedil;&atilde;o de muitas solu&ccedil;&otilde;es. Somente nos &uacute;ltimos 8 anos, a companhia "matou" cerca de 100 produtos, segundo um levantamento do Version Museum, um museu virtual especializado em tecnologia.&nbsp;
Quando considerado o hist&oacute;rico desde 1992, mais de 300 produtos foram retirados do portf&oacute;lio da empresa.
<h2>O que leva uma empresa de tecnologia a descontinuar seus produtos?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151644876354.jpg" alt="win" />Google Tez foi lan&ccedil;ado na &Iacute;ndia com sucesso, mas n&atilde;o durou um ano. (Fonte: Google/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As empresas de tecnologia descontinuam produtos por motivos que v&atilde;o muito al&eacute;m das mudan&ccedil;as de estrat&eacute;gia ou de demandas dos consumidores. Big techs como Microsoft, Alphabet (Google), Meta (Facebook), Apple e&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/amazon" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazon</a>&nbsp;trabalham com um alto n&iacute;vel de inova&ccedil;&atilde;o. O efeito colateral disso &eacute; a "morte" de uma s&eacute;rie de solu&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o conseguiram se consolidar ou se tornaram&nbsp;obsoletas.
&ldquo;Fail fast&rdquo; (falhar rapidamente, em tradu&ccedil;&atilde;o livre) &eacute; um mantra conhecido no Vale do Sil&iacute;cio. Algumas vezes, os produtos s&atilde;o sacrificados para serem incorporados ou fundidos a servi&ccedil;os j&aacute; existentes.
A Google &eacute; uma das companhias mais aficionadas por essa filosofia. A empresa gosta de lan&ccedil;ar ideias para testar a aceita&ccedil;&atilde;o do mercado e retir&aacute;-las do ar em um curto per&iacute;odo. Depois, a solu&ccedil;&atilde;o pode reaparecer de maneira mais robusta e com outro nome, embora a ess&ecirc;ncia ainda permane&ccedil;a a mesma.
Um dos exemplos dessa estrat&eacute;gia &eacute; o Google Tez, um servi&ccedil;o de pagamentos m&oacute;veis voltado para usu&aacute;rios na &Iacute;ndia, lan&ccedil;ado em 2017. O aplicativo teve mais de 55 milh&otilde;es de downloads, com mais de 22 milh&otilde;es de pessoas e empresas usando o recurso ativamente para transa&ccedil;&otilde;es digitais durante todos os meses.
Apesar do sucesso, o app foi descontinuado em menos de 1 ano. No entanto, ressurgiu batizado de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/google-pay" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google Pay</a>, destinado a usu&aacute;rios globais, e ainda agregou as funcionalidades do Google Wallet e do Android Pay.
Em outros casos, as solu&ccedil;&otilde;es apresentaram problemas que n&atilde;o valiam a pena ser corrigidos e foram simplesmente abandonadas, sem qualquer tipo de aproveitamento. Esse &eacute; o caso de erros em desenvolvimento de c&oacute;digo (bugs) ou de falta de envolvimento dos usu&aacute;rios.
<h2>O cemit&eacute;rio virtual da Microsoft</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151707892355.jpg" alt="win" />Skype for Business foi descontinuado em 2021, pois Microsoft preferiu focar no Teams. (Fonte: Microsoft/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A descontinua&ccedil;&atilde;o dos projetos da Microsoft atingiu todas as divis&otilde;es de neg&oacute;cios. Muitos produtos deixaram saudades nos usu&aacute;rios, enquanto outros simplesmente j&aacute; tinham sido abandonados pelo p&uacute;blico quando a companhia decidiu enterr&aacute;-los. Conhe&ccedil;a quais s&atilde;o as principais solu&ccedil;&otilde;es que foram parar no "cemit&eacute;rio virtual" da empresa.
<h3>Sistemas operacionais</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151731916356.jpg" alt="win" />MS-DOS teve carreira de duas d&eacute;cadas. (Fonte: Tony Webster/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/11968-ms-dos-completou-30-anos-de-existencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Microsoft Disk Operation System (MS-DOS)</a>&nbsp;foi lan&ccedil;ado em 1981 e durou at&eacute; 2000. O sistema operacional serviu inicialmente como plataforma para o Windows, que tinha como novidade a interface gr&aacute;fica, mas ainda n&atilde;o tinha c&oacute;digo pr&oacute;prio. Tudo come&ccedil;ou a mudar em 1990, com a chegada do Windows 3.1, que passou a ser um sistema independente do DOS.
A companhia abandonou pelo menos outros 14 projetos, entre eles Windows Mobile (2000-2010), Windows Phone (2010-2015), Nokia Asha Plataform (2013-2014), Windows RT (2012-2015) e Windows 10 Mobile (2015-2019), todos para dispositivos m&oacute;veis. Atualmente, o Windows 11 pode rodar em smartphones, ainda que n&atilde;o seja uma solu&ccedil;&atilde;o nativa.
<h3>Ferramentas para desenvolvedores</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14152013497363.jpg" alt="win" />Microsoft BASIC chegou a ser licenciada para o videogame Atari. (Fonte: Wikimedia Commons/Mogor/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As ferramentas para desenvolvedores s&atilde;o um importante segmento de neg&oacute;cios para a Microsoft. A empresa ainda mant&eacute;m produtos como Visual Studio Code, GitHub, .NET e Azure, mas j&aacute; desistiu de pelo menos 50. O mais longevo deles, o (1990-2013), conseguiu sobreviver do Windows 3.0 at&eacute; o Windows XP.
Entre os mais antigos que foram descontinuados est&atilde;o Microsoft COBOL (1980-1993), Microsoft BASIC (1975-1995) e Microsoft Java Virtual Machine (1996-2002). Os mais novos incluem Microsoft AppFabric (2010-2017), Windows App Studio (2013-2017), HockeyApp (2014-2017) e Azure RemoteApp (2014-2017), direcionados para o desenvolvimento de aplicativos.
<h3>Sites</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151958169362.gif" alt="win" />Conte&uacute;do da MSDN Magazine ainda pode ser acessado nos arquivos da Microsoft.. (Fonte: Microsoft/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nas &uacute;ltimas 2 d&eacute;cadas, a Microsoft fechou quase 70 sites. Uma boa parte deles sofreu a concorr&ecirc;ncia brutal de servi&ccedil;os de outras empresas e foi repaginada, como Bing Maps 3D (2007-2010), Windows Live (2005-2012), Microsoft Clip Art Library (2010-2014), Microsoft eBook Store (2017-2019) e Translator Web Widget (2011-2019).
Outros produtos, por&eacute;m, foram embora e desapareceram sem deixar rastros, a exemplo do MSN Music Store (2004-2008), que perdeu a batalha para o&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/apple-music" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apple Music</a>&nbsp;e o Spotify; Microsoft JobLens (2013-2015); Surface Plus Financing (2017-2018); e a publica&ccedil;&atilde;o&nbsp;MSDN Magazine&nbsp;(2000-2019), que nasceu da fus&atilde;o entre o&nbsp;Microsoft Systems Journal&nbsp;e o&nbsp;Microsoft Internet Developer.
<h3>Hardwares</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151938818361.jpg" alt="win" />Microsoft lan&ccedil;ou v&aacute;rias linhas de smartphones, mas nenhuma persistiu. (Fonte: Pixabay/Dennis Buntrock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de ser conhecida pelo desenvolvimento de softwares, a Microsoft tamb&eacute;m se aventura pelo mundo do hardware, tendo o Xbox como um dos principais produtos de sucesso. Muitos outros, entretanto, n&atilde;o tiveram a mesma sorte. A lista de abandono inclui placas, telefones sem fio, celulares, tablet, brinquedos, caixa de som, smartwatches, fitbands e MP3 player, como o&nbsp;Zune.
Justi&ccedil;a seja feita, alguns produtos desaparecidos foram substitu&iacute;dos por vers&otilde;es mais aprimoradas da mesma ferramenta, como Microsoft Fingerprint Reader (2004-2007), Courier Tablet (2008-2010), Kin Phones (2010-2011), Lumia Phones (2014-2017) e Microsoft Band (2014-2016).
<h3>A lista continua&hellip;</h3>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/win-14151917878360.jpg" alt="win" />Windows 10 n&atilde;o permite mais a instala&ccedil;&atilde;o do Microsoft Explorer. (Fonte: Microsoft/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A lista de produtos aposentados &eacute; muito grande e n&atilde;o d&aacute; para cobrir tudo em apenas um texto. Mas cabe destacar a descontinua&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Windows Movie Maker&nbsp;(2000-2017), Microsoft Internet Explorer (1995-2015) e Skype for Business Online (2014-2021).
Ainda em 2022, devem ser aposentados o Windows Server (em agosto) e o&nbsp;PowerShell&nbsp;(em dezembro), dois componentes que foram muito importantes para a linha de sistemas operacionais da Microsoft.
Seguindo a Pol&iacute;tica de Ciclo de Vida Moderna, a empresa planeja descontinuar a M&aacute;quina Virtual do Microsoft Azure cl&aacute;ssica (em mar&ccedil;o de 2023) e o Windows 11 Home e Pro Vers&atilde;o 21H2 (outubro de 2023).

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Conheça os produtos que a Microsoft “matou” nos últimos 30 anos

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Imagem de Falando com mortos: conheça nova e controversa tecnologia no tecmundo

Iniciativas de grief tech usam inteligência artificial para recriar conversas com pessoas falecidas

Com certeza voc&ecirc; j&aacute; imaginou poder conversar mais uma vez com algum amigo ou familiar j&aacute; falecido. Essa, inclusive, &eacute; uma das formas recomendadas por especialistas para lidar com o luto.
Em&nbsp;entrevista concedida ao portal UOL em 2021, a professora aposentada do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de S&atilde;o Paulo) e membro-fundadora do Laborat&oacute;rio de Estudos sobre a Morte Maria J&uacute;lia Kov&aacute;cs explicou que, quando acontece uma perda por morte, o v&iacute;nculo presencial &eacute; interrompido; no entanto, os la&ccedil;os com pessoas pr&oacute;ximas, como irm&atilde;os, pai, m&atilde;e, av&oacute;s e parceiros, jamais s&atilde;o cortados: &nbsp;
"Muitas vezes, &eacute; como se a pessoa estivesse presente. A gente continua falando com ela, contando as coisas. Isso favorece a mem&oacute;ria. A pessoa se mant&eacute;m em nossa vida, n&atilde;o de forma presencial, porque n&atilde;o &eacute; mais poss&iacute;vel, mas como lembran&ccedil;a&rdquo;, disse Kov&aacute;cs ao UOL.
Hoje, o processo de luto, que &eacute; composto por diversas etapas, vem sendo afetado pela tecnologia. Muito al&eacute;m das fotografias e v&iacute;deos gravados com celular, &eacute; poss&iacute;vel visitar os perfis de pessoas queridas nas redes sociais, receber lembran&ccedil;as inesperadas de aplicativos como Google Photos ou TimeHop, e at&eacute; mesmo, em casos mais inusitados, descobrir que um amigo ou parente falecido foi&nbsp;capturado pelas lentes do Google Street View.
Tudo isso nos fornece novas e diferentes maneiras de revisitar lembran&ccedil;as e rememorar as pessoas que j&aacute; n&atilde;o est&atilde;o mais conosco. No entanto, n&atilde;o p&aacute;ra por a&iacute;.
Por meio dos avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos, a chamada &ldquo;grief tech&rdquo; (tecnologia do luto) vem dando passos cada vez mais largos. Um deles &eacute; o controverso sistema de intelig&ecirc;ncia artificial que permite conversar com quem j&aacute; partiu.&nbsp;
<h2>Como funciona?</h2>
Recentemente, portais internacionais noticiaram que uma mulher de 87 anos "conversou" com as pessoas que compareceram ao seu vel&oacute;rio. Falecida em junho deste ano, Marina Smith surpreendeu amigos e familiares, que puderam ter uma&nbsp;&uacute;ltima conversa&nbsp;com ela por meio de uma experi&ecirc;ncia conversacional hologr&aacute;fica em v&iacute;deo.
Isso foi proporcionado pela&nbsp;StoryFile, startup baseada em Los Angeles e fundada pelos filho de Marina, Stephen Smith, e por Heather Maio-Smith. Tudo come&ccedil;ou como um projeto de Heather para preservar a mem&oacute;ria de sobreviventes do Holocausto, ainda em 2010.
Assista ao StoryFile de Marina Smith,&nbsp;<a href="https://storyfile.com/wp-content/uploads/2022/08/MarinaSmithClip.mp4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dispon&iacute;vel aqui</a>.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/ia-14144233243317.jpg" alt="ia" />StoryFile de Marina Smith, m&atilde;e do co-fundador da startup (Fonte: StoryFile/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o desenvolvimento de um prot&oacute;tipo em 3D, Maio-Smith levou o projeto &agrave; Funda&ccedil;&atilde;o Shoah e ao Institute of Creative Technologies, ambos da Universidade do Sul da Calif&oacute;rnia, e firmou a parceria para desenvolver a metodologia de entrevista interativa.
Funciona assim: com 20 c&acirc;meras, a pessoa cuja mem&oacute;ria ser&aacute; preservada responde em torno de 250 perguntas. Os dados gerados por essa entrevista s&atilde;o armazenados em um&nbsp;software&nbsp;que pode recriar virtualmente a fala da pessoa, mesmo ap&oacute;s sua morte.
Em 2017, Smith lan&ccedil;ou a StoryFile para criar uma plataforma autom&aacute;tica, sem c&oacute;digo e baseada na nuvem, com a inten&ccedil;&atilde;o de ampliar o alcance dessa tecnologia.
De acordo com o portal Futurism, no vel&oacute;rio de Marina Smith, as rea&ccedil;&otilde;es foram diversas: houve quem achou a tecnologia extraordin&aacute;ria, mas tamb&eacute;m quem tenha ficado assustado com o que &eacute; poss&iacute;vel fazer por meio de intelig&ecirc;ncia artificial.
<h2>Outras iniciativas</h2>
A startup StoryFile n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico exemplo de empresas que est&atilde;o trabalhando em tecnologia para se reconectar com os mortos.
Em 2021, o&nbsp;Fant&aacute;stico&nbsp;noticiou o uso de intelig&ecirc;ncia artificial para a troca de mensagens com pessoas falecidas. O canadense Joshua&nbsp;[sobrenome n&atilde;o divulgado pela reportagem]&nbsp;usou um programa de intelig&ecirc;ncia artificial desenvolvido pela Open AI para simular cerca de dez horas de conversa com a noiva falecida h&aacute; oito anos; a&nbsp;HereAfter AI&nbsp;permite intera&ccedil;&otilde;es com entes queridos por meio de um aplicativo de celular; entre outros.
<h2>E o que isso significa?</h2>
Para o diretor do departamento de rob&oacute;tica da Universidade da Calif&oacute;rnia, Amit Rooy-Chowdhury, &eacute; comum que, ao se desenvolver uma tecnologia t&atilde;o sofisticada, haja uma tend&ecirc;ncia a extrapolar a situa&ccedil;&atilde;o.
Exemplos de situa&ccedil;&otilde;es em que sistemas semelhantes foram utilizados s&atilde;o a&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/star-wars/113464-legado-leia-futuros-star-wars-nao-terao-versao-cg-carrie-fisher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apari&ccedil;&atilde;o da atriz Carrie Fischer no filme&nbsp;Star Wars: Epis&oacute;dio IX &ndash; A Ascens&atilde;o Skywalker</a>, lan&ccedil;ado em 2019, tr&ecirc;s anos ap&oacute;s sua morte, e a&nbsp;narra&ccedil;&atilde;o do chef Anthony Bourdain, que morreu em 2018, em um document&aacute;rio sobre sua vida lan&ccedil;ado em 2021.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/04/14/ia-14144310919319.jpg" alt="ia" />Carrie Fischer no filme Star Wars: Epis&oacute;dio XI, feito ap&oacute;s a morte da atriz (Fonte: Disney/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Casos como esses levantam a discuss&atilde;o sobre de que maneira essa tecnologia pode ser utilizada para a produ&ccedil;&atilde;o de&nbsp;deep fakes, mas tamb&eacute;m como afetam a forma como a sociedade encara a morte e o processo de luto.
Joanna Stern, colunista de tecnologia do&nbsp;Wall Street Journal,&nbsp;escreveu na&nbsp;newsletter&nbsp;Modern Loss: "Essa &eacute; a quest&atilde;o quando se trata da morte &mdash; na maior parte do tempo, ela nos pega de surpresa. N&atilde;o existe uma forma de entender completamente como ser&aacute; o vazio em nossas vidas uma vez que as pessoas queridas se forem. E n&atilde;o h&aacute; como magicamente mand&aacute;-lo embora. Mas, &agrave;s vezes, publicar uma homenagem, enviar uma mensagem ou at&eacute; mesmo falar com um rob&ocirc; pode ajudar um pouquinho" (tradu&ccedil;&atilde;o nossa).
A preserva&ccedil;&atilde;o da mem&oacute;ria de entes queridos &mdash; o que motivou a cria&ccedil;&atilde;o da StoryFile &mdash; &eacute; uma forma importante para manter essas pessoas em nossas vidas, mesmo que n&atilde;o presencialmente. Isso possibilita at&eacute; mesmo que as pr&oacute;ximas gera&ccedil;&otilde;es conhe&ccedil;am melhor seus antepassados e a hist&oacute;ria da fam&iacute;lia.
Essas formas de comunica&ccedil;&atilde;o com as pessoas falecidas s&atilde;o, inclusive, uma forma de elaborar e processar internamente a perda. Escrever cartas, conversar, revisitar mem&oacute;rias, tudo isso ajuda a atravessar as fases do luto.
De acordo com a psic&oacute;loga Deusa Samu, em entrevista ao&nbsp;UOL, a decis&atilde;o de usar esses recursos &eacute; exclusivamente da pessoa que est&aacute; vivendo o luto. "Independentemente de incentivar ou n&atilde;o a atitude do enlutado, as pessoas que convivem com ele devem oferecer uma parceria incondicional. &Eacute; dizer 'estou aqui' e esse 'estou aqui' engloba solicitude, companhia e acolhimento, e n&atilde;o julgamento. &Eacute; n&atilde;o interferir dizendo 'n&atilde;o vai ler, n&atilde;o vai fazer, n&atilde;o vai mandar mensagem'. Esse tipo de postura &eacute; desrespeitosa e anti-humana".

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Falando com mortos: conheça nova e controversa tecnologia

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Imagem de Doomscrolling: o que é e como evitar? no tecmundo

Com tantas notícias tristes a que somos expostos diariamente nas redes sociais é fácil se sentir perdido, mas existem meios para sair deste ciclo

Perder horas lendo not&iacute;cias em redes sociais n&atilde;o &eacute; mais novidade para ningu&eacute;m. As plataformas digitais e os seus algoritmos j&aacute; tem lugar cativo na nossa sociedade. Mas desde<a href="https://www.tecmundo.com.br/the-brief/256857-covid-mercado-mudou-1-000-dias-pandemia.htm" target="_blank" rel="sponsored"> o in&iacute;cio da pandemia da covid-19 essa experi&ecirc;ncia n&atilde;o tem sido mais a mesma</a>.
Cada vez mais, no Brasil e no mundo, as m&iacute;dias transbordam de not&iacute;cias ruins. S&atilde;o fatos escandalosos e desagrad&aacute;veis que despertam sentimentos inc&ocirc;modos e at&eacute; mesmo traumas em n&oacute;s. Nos &uacute;ltimos anos navegar pelas redes tem sido sin&ocirc;nimo de chafurdar nesse meio. A tend&ecirc;ncia &eacute; t&atilde;o comum, que ganhou nome l&aacute; fora: doomscrolling.
<figure class="wp-block-image"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/08/23/23173941286436.jpg" alt="Com tanta not&iacute;cia ruim, navegar nas redes sociais pode fazer mal (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Com tanta not&iacute;cia ruim, navegar nas redes sociais pode fazer mal (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
<h2>O que &eacute; doomscrolling?</h2>
Em ingl&ecirc;s a palavra "doom" faz refer&ecirc;ncia ao ju&iacute;zo final, na f&eacute; crist&atilde;, mas que tamb&eacute;m ganhou uma conota&ccedil;&atilde;o moderna associada com destrui&ccedil;&atilde;o ou ru&iacute;na e "scrolling" &eacute; o ato de ficar passando pelas not&iacute;cias ou publica&ccedil;&otilde;es em redes sociais. Assim, o Doomscrolling &eacute; a tend&ecirc;ncia, &agrave;s vezes involunt&aacute;ria, de navegarmos por not&iacute;cias ruins
Desde a ascens&atilde;o do coronav&iacute;rus, os brasileiros aumentaram o tempo de tela. Ficamos muito mais conectado, e, de quebra, atento a informa&ccedil;&otilde;es como aumento no n&uacute;mero de casos ou surgimento de novas variantes.
<figure class="wp-block-image"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/08/23/23173943583437.jpg" alt="Doomscrolling &eacute; o h&aacute;bito de navegar por not&iacute;cias ruins (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Doomscrolling &eacute; o h&aacute;bito de navegar por not&iacute;cias ruins (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Mas n&atilde;o &eacute; s&oacute; de pandemia que se alimentam as trag&eacute;dias. Pode ser qualquer tema: pol&iacute;tica, guerra, trag&eacute;dias naturais, crimes. Come&ccedil;amos a navegar e de repente vemos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/262251-uso-prolongado-tablet-celular-causa-dores-costas-adolescentes.htm" target="_blank" rel="sponsored">nossa timeline repleta de not&iacute;cias tr&aacute;gicas</a>.
Por pior que o h&aacute;bito seja, podemos cair nele, e uma parte da culpa &eacute; do nosso pr&oacute;prio c&eacute;rebro. N&oacute;s somos programados para dar aten&ccedil;&atilde;o ao lado negativo da vida. Esse &eacute; uma ferramenta evolutiva para a nossa pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia.
<figure class="wp-block-image"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/08/23/23173947364438.jpg" alt="Com a pandemia a timeline foi inundada de not&iacute;cias tristes" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Com a pandemia a timeline foi inundada de not&iacute;cias tristes &nbsp;(Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
<h2>Ler not&iacute;cias ruins o tempo todo faz mal</h2>
Para nossos antepassados, prestar aten&ccedil;&atilde;o aos acidentes que aconteciam a sua volta era a principal forma de aprender a evit&aacute;-los. Aos poucos, com a evolu&ccedil;&atilde;o, fomos aprimorando nossa "antena para desastres".
Mas no mundo moderno, essa habilidade pode nos trair, na medida que dar aten&ccedil;&atilde;o tanta not&iacute;cia ruim que sobrecarrega a nossa cabe&ccedil;a. O resultado deixa de ser uma vantagem para sobreviv&ecirc;ncia e pode se tornar um pesadelo.
O impacto do doomscrolling varia, podendo causar ou piorar diversos transtornos psicol&oacute;gicos e psiqui&aacute;tricos, como ansiedade, depress&atilde;o, ainda causando a sensa&ccedil;&atilde;o de isolamento. Estudos mostraram que as not&iacute;cias relacionadas &agrave; covid-19 promoveram o aumento destes transtorno, prejudicando a sa&uacute;de mental de quem os consome.
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<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/dispositivos-moveis/147752-sete-dicas-diminuir-estresse-causado-uso-celular.htm" target="_blank" rel="sponsored">7 dicas para diminuir o estresse causado pelo uso do celular</a></li>
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Outros sintomas do problema incluem dist&uacute;rbios do sono, preju&iacute;zos no trabalho e at&eacute; mesmo fobia social, por conta do estresse elevado. Al&eacute;m disso, quem &eacute; suscet&iacute;vel a problemas como infarto ou hipertens&atilde;o pode ter agravamento na sa&uacute;de.
<h2>Dicas para parar com esse h&aacute;bito ruim</h2>
Em meio a tantas not&iacute;cias ruins, existe uma boa: &eacute; poss&iacute;vel parar com esse h&aacute;bito. Muitas pessoas j&aacute; venceram o problema e deixaram seus relatos na internet. Reunimos a seguir 5 dicas para vencer o doomscrolling.
<h3>1. Apele para os jogos de celular</h3>
Dois fatores contribuem para que a gente passe muito tempo nas redes sociais. Em primeiro lugar, elas s&atilde;o f&aacute;ceis de acessar, est&atilde;o sempre &agrave; m&atilde;o no nosso celular. E depois s&atilde;o prazerosas.
Essa afirma&ccedil;&atilde;o pode parecer estranha para quem sofre com doomscrolling, mas ela &eacute; verdadeira. Atrav&eacute;s dos likes e intera&ccedil;&otilde;es os aplicativos fornecem fontes de prazer em um n&iacute;vel mais profundo do c&eacute;rebro, e ficamos viciados mesmo que elas nos fa&ccedil;am mal.
<figure class="wp-block-image"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/08/23/23173949067439.jpg" alt="Trocar o tempo das redes sociais por jogos no celular &eacute; uma boa sa&iacute;da para o problema (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Trocar o tempo das redes sociais por jogos no celular &eacute; uma boa sa&iacute;da para o problema (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Por isso, uma boa forma de reduzir o tempo nessas plataformas &eacute; usando jogos de celular. Eles solucionam os dois problemas ao mesmo tempo pois, assim como as redes sociais, estar&atilde;o sempre &agrave; m&atilde;o.
E tamb&eacute;m fornecem est&iacute;mulos que agradam o c&eacute;rebro, alguns at&eacute; mais que as redes, com o benef&iacute;cio de n&atilde;o carregarem conte&uacute;dos que podem ser considerados t&atilde;o t&oacute;xicos.&nbsp;
<h3>2. Bloqueie as redes</h3>
Outra<a href="https://www.tecmundo.com.br/tutorial/49651-google-chrome-como-bloquear-o-bbb-no-twitter-e-no-facebook.htm" target="_blank" rel="sponsored"> estrat&eacute;gia que pode ajudar &eacute; bloquear as redes</a>, ou pelo menos reduzir o tempo gasto dentro delas. Uma boa maneira de fazer isso &eacute; escondendo o aplicativo dentro do celular (colocando dentro de pastas ou n&atilde;o os deixando na tela principal, por exemplo).&nbsp;
Aplicativos como o Social Fever ou o StayFree podem nos ajudar nessa tarefa, eles monitoram o tempo que o usu&aacute;rio passa nas redes sociais lembrando-os de fazer pausas, beber &aacute;gua e olhara para o mundo &agrave; sua volta.
<h3>3. Encontre um novo hobby</h3>
Para aqueles que n&atilde;o s&atilde;o muito f&atilde;s de jogos de celular, outros hobbies podem funcionar tamb&eacute;m. Voc&ecirc; pode ler aquele livro parado na estante, montar um quebra-cabe&ccedil;as, desenhar, aprender um instrumento musical, come&ccedil;ar uma nova s&eacute;rie ou qualquer atividade que voc&ecirc; curta fazer no tempo livre &eacute; v&aacute;lido.
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<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260701-tipo-atividade-fisica-traz-beneficios-saude-mental.htm" target="_blank" rel="sponsored">Que tipo de atividade f&iacute;sica traz mais benef&iacute;cios para a sa&uacute;de mental?</a></li>
</ul>
<h3>4. Busque hist&oacute;rias mais positivas</h3>
Dar um tempo das redes sociais &eacute; bom, mas n&atilde;o precisa ser a &uacute;nica op&ccedil;&atilde;o. Outra alternativa &eacute; criar uma timeline menos deprimente. Busque p&aacute;ginas que fa&ccedil;am trabalhos sociais para causas que voc&ecirc; acredite ou, ent&atilde;o, siga p&aacute;ginas de viagens, livros, filmes e outros interesses que voc&ecirc; tenha.
<h3>5. Exercite-se mais</h3>
Adotar a pr&aacute;tica de atividade f&iacute;sica tamb&eacute;m &eacute; uma maneira de colocar fim ao doomscrolling. Ao inv&eacute;s de gastar horas nas redes sociais, se programe para gastar esse tempo fazendo exerc&iacute;cios f&iacute;sicos. Al&eacute;m de tirar a tela da nossa frente, eles tamb&eacute;m s&atilde;o excelentes para estimular o c&eacute;rebro e ajudam em problemas como depress&atilde;o e ansiedade.
N&atilde;o se trata aqui de alienar-se do mundo e fingir que nada de grave est&aacute; acontecendo. Pelo contr&aacute;rio, devemos adotar medidas no nosso dia-a-dia para nos prepararmos para lidar com os aspectos negativos do mundo a nossa volta, sem deixar que eles prejudiquem nossa sa&uacute;de mental.

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Doomscrolling: o que é e como evitar?

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Imagem de O papel das bicicletas na luta contra mudanças climáticas no tecmundo

Substituir o carro pela bicicleta como meio de transporte faz bem, tanto para sua saúde como para o meio ambiente; saiba mais

Um novo estudo cient&iacute;fico mostrou que o ciclismo pode reduzir um quinto do total atual de emiss&otilde;es de di&oacute;xido de carbono (CO2) por carros. Na pesquisa, os especialistas reuniram dados do uso de bikes de 60 pa&iacute;ses entre 1962 e 2015.
A melhor performance ficou por conta da Holanda. Os pesquisadores estimam que, se toda a popula&ccedil;&atilde;o mundial adotar os mesmo h&aacute;bitos desse pa&iacute;s, o aquecimento global pode ser at&eacute; mesmo desacelerado.
<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/09172014332308.jpg" alt="" class="wp-image-10983" /><figcaption class="wp-element-caption">Os holandeses s&atilde;o os maiores amantes do ciclismo em nosso planeta. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Juntas, as 60 na&ccedil;&otilde;es inclu&iacute;das no estudo representam mais de 95% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial no setor de ciclismo. O artigo foi publicado na revista cient&iacute;fica&nbsp;<a href="https://www.nature.com/articles/s43247-022-00497-4" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Communications Earth &amp; Environment</a>, do prestigiado grupo Nature.
Os holandeses est&atilde;o entre as popula&ccedil;&otilde;es que mais usam bicicletas para trafegar pelas grandes cidades no mundo. A m&eacute;dia &eacute; de que cada pessoa do pa&iacute;s pedale 2,6 quil&ocirc;metros por dia.
Se essa tend&ecirc;ncia fosse reprodut&iacute;vel em todo o globo, a economia seria de 686 milh&otilde;es de toneladas de di&oacute;xido de carbono emitidos a cada ano. Isso equivale a um quinto do total de fuma&ccedil;a liberada por escapamentos de ve&iacute;culos de passeio em 2015, o &uacute;ltimo ano inclu&iacute;do no estudo.
<h2>Carros s&atilde;o grandes poluidores</h2>
Atualmente, entre as fontes de libera&ccedil;&atilde;o de gases do efeito estufa por queima de combust&iacute;veis, destacam-se os ve&iacute;culos como grande poluidor, sendo respons&aacute;vel por colocar um quarto em volume dessas subst&acirc;ncias na atmosfera.
S&oacute; <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/248071-dia-mundial-carro-entenda-celebrado-22-setembro.htm" target="_blank" rel="sponsored">os ve&iacute;culos de passeio s&atilde;o culpados por pelo menos metade dessa quantia</a>. &Eacute; por isso que a tecnologia emergente de ve&iacute;culos el&eacute;tricos tem chamado a aten&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos anos.&nbsp;
Por exemplo, ao trocarmos um carro tradicional por um el&eacute;trico, somos capazes de reduzir o consumo de combust&iacute;vel sem perder todas as vantagens de um transporte convencional: espa&ccedil;o para passageiro, bagageiro, comodidade, prote&ccedil;&atilde;o contra o clima, etc.
<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/09172018362310.jpg" alt="" class="wp-image-10984" /><figcaption class="wp-element-caption">No ritmo atual, os carros el&eacute;tricos n&atilde;o dar&atilde;o conta de frear o aumento das emiss&otilde;es de CO2. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Apesar disso, essa transi&ccedil;&atilde;o de tecnologias tem sido lenta e apenas paliativa. Esse tipo de transporte tamb&eacute;m precisa de energia proveniente de outras fontes. &Eacute; a&iacute; que as bikes surgem como alternativas prontas para serem aplicadas em larga escala.
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<li>Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/259205-mobilidade-eletrica-avancou-2022-deve-crescer-ainda-em-2023.htm" target="_blank" rel="sponsored">Mobilidade el&eacute;trica avan&ccedil;ou em 2022 e deve crescer ainda mais em 2023</a></li>
</ul>
Elas s&atilde;o &oacute;timas para substituir o carros no dia a dia, principalmente em trajetos que s&atilde;o muito longos para andar a p&eacute;, mas curtos demais para encarar o tr&acirc;nsito das grandes cidades &mdash; e n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; os autores do estudo que pensam assim.
<h2>Cada vez mais populares</h2>
Os dados mostram que a produ&ccedil;&atilde;o de bicicletas no mundo, entre os anos de 1962 e 2015, cresceu mais r&aacute;pido do que a de carros. Isso significa que mais pessoas t&ecirc;m bikes em casa do que carros, mas, apesar disso, n&atilde;o vemos tantas na rua.&nbsp;
Ter uma bicicleta guardada no quintal n&atilde;o significa que ela seja efetivamente usada. Nos Estados Unidos e no Brasil, as bikes s&atilde;o mais lembradas nos momentos de lazer ou da pr&aacute;tica de atividade f&iacute;sica.
Essa &eacute; uma vis&atilde;o cultural, que muda entre diferentes regi&otilde;es. Na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, o ve&iacute;culo de duas rodas &eacute; a primeira op&ccedil;&atilde;o de muita gente no cotidiano, principalmente como meio de transporte para ir ao trabalho.
<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/09172020521311.jpg" alt="" class="wp-image-10986" /><figcaption class="wp-element-caption">No Brasil, as bicicletas s&atilde;o usadas para lazer ou esporte. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Mas qual &eacute; a regra? O estudo mostra que a realidade brasileira &eacute; mais pr&oacute;xima do que a holandesa ao comportamento m&eacute;dio mundial. Na maioria dos pa&iacute;ses, a bicicleta &eacute; usada em menos de 5% das viagens di&aacute;rias das pessoas.
N&atilde;o &eacute; s&oacute; a cultura local que influencia esse n&uacute;mero, mas tamb&eacute;m existem outros fatores, por exemplo o tr&acirc;nsito. Em cidades onde as taxas de mortalidade por acidente s&atilde;o altas, trafegar entre ve&iacute;culos grandes pode ser mais perigoso do que em lugares com motoristas mais cuidadosos.
Outro problema &eacute; a falta de infraestrutura. De forma geral, existem poucas ciclovias dedicadas para esse tipo de ve&iacute;culo, o que aumenta a exposi&ccedil;&atilde;o de quem escolhe pedalar a perigos.
<h2>Projetos de investimento</h2>
Uma forma de resolver o problema &eacute; por meio de incentivos financeiros. O governo da Litu&acirc;nia, oferecendo um aux&iacute;lio de at&eacute; 1 mil euros (quase 5 mil reais), conseguiu mais de 8 mil novos usu&aacute;rios de diferentes meios de transporte limpos para o pa&iacute;s, incluindo ciclistas.
A Fran&ccedil;a, com vontade de alcan&ccedil;ar os vizinhos Holanda, Alemanha e Dinamarca, foi ainda mais longe. Apenas 3% dos habitantes desse pa&iacute;s s&atilde;o ciclistas, e o governo pretende aumentar a cifra para at&eacute; 9% ao dar um aux&iacute;lio de 4 mil euros (20 mil reais) para quem trocar o carro por uma bike.
Al&eacute;m disso, os franceses devem gastar 250 milh&otilde;es de euros para tornar a capital inteira apropriada para o ciclismo. A prefeita da cidade, Anne Hidalgo, prometeu expandir em 130 quil&ocirc;metro as ciclovias parisienses.
<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/09172022569312-1.jpg" alt="" class="wp-image-10987" /><figcaption class="wp-element-caption">Os franceses querem instalar 130 quil&ocirc;metros de ciclovias na capital, Paris. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
No mundo das bikes, outro participante com um grande papel &eacute; a China. O pa&iacute;s tem hoje um quarto da frota mundial de bicicletas e &eacute; l&iacute;der no n&uacute;mero absoluto de vendas do ve&iacute;culo. Contudo, essa na&ccedil;&atilde;o vive um retrocesso apesar das boas coloca&ccedil;&otilde;es.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/261887-modelos-bicicleta-aro-29-outros-tamanhos-conhecer.htm" target="_blank" rel="sponsored">Modelos de bicicleta aro 29 e outros tamanhos para conhecer</a></li>
</ul>
As bicicletas chinesas j&aacute; viveram &eacute;pocas mais gloriosas. At&eacute; meados da d&eacute;cada de 1990, elas eram as "queridinhas" dos chineses, pois o pa&iacute;s detinha quase 40% do com&eacute;rcio mundial desse meio de transporte. Mas ent&atilde;o veio o projeto de motoriza&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s, e o n&uacute;mero de ciclistas s&oacute; decresceu.
Ap&oacute;s a China e os Estados Unidos, o Brasil figura como o maior consumidor de bicicletas, seguido do Jap&atilde;o e da Alemanha. Em termos de usu&aacute;rios per capita, entretanto, os pa&iacute;ses n&oacute;rdicos s&atilde;o os que "nadam de bra&ccedil;ada" &mdash; ou melhor, "pedalam de pernada".
<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/09172025642313.jpg" alt="" class="wp-image-10988" /><figcaption class="wp-element-caption">O Brasil det&eacute;m o terceiro maior mercado mundial de bicicletas. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Os autores do estudo estimam que a demanda por mobilidade urbana deve aumentar em tr&ecirc;s vezes at&eacute; 2050. No ritmo atual, o surgimento de ve&iacute;culos el&eacute;tricos pode n&atilde;o dar conta de neutralizar a emiss&atilde;o de poluentes.
Com todo esse di&oacute;xido de carbono na atmosfera,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261963-aquecimento-global-gera-chuvas-secas-fortes-reforca-estudo-nasa.htm" target="_blank" rel="sponsored"> os resultados ser&atilde;o catastr&oacute;ficos para o meio ambiente</a>. Portanto, voltar os nossos olhos para um meio de transporte antigo &eacute; uma boa solu&ccedil;&atilde;o. &Eacute;... pedalar como os holandeses pode n&atilde;o ser uma m&aacute; ideia, afinal.

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O papel das bicicletas na luta contra mudanças climáticas

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Imagem de Você seria enganado por uma deepfake? A resposta é sim! no tecmundo

Deepfake pode causar muitos estragos a pessoas, empresas e até democracia, mas também podem ser o futuro da criação de conteúdo 

O deepfake usa t&eacute;cnicas de Intelig&ecirc;ncia Artificial (IA) <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/206706-deepfake-funciona.htm" target="_blank" rel="sponsored">para alterar conte&uacute;dos de audiovisual existentes ou criar algo novo.</a> Ele t&ecirc;m alguns prop&oacute;sitos inocentes &ndash; como s&aacute;tira e educa&ccedil;&atilde;o &ndash; mas &eacute; cada vez mais usado de formas ruins. Os conte&uacute;dos pornogr&aacute;ficos, por exemplo, respondem por 96% desse tipo de conte&uacute;do, segundo relat&oacute;rio da Deep Trace &mdash; empresa italiana de Tecnologia, com foco em IA.
No entanto, al&eacute;m das amea&ccedil;as de difama&ccedil;&atilde;o contra pessoas f&iacute;sicas, os deepfakes podem causar preju&iacute;zos &agrave; sociedade como um todo, ao disseminar fake news para manipular a opini&atilde;o p&uacute;blica e <a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/243725-deepfake-video-editado-jornal-nacional-mostra-pesquisa-falsa.htm" target="_blank" rel="sponsored">interferir em resultados eleitorais</a>. Se a pr&aacute;tico n&atilde;o ocorrer de forma controlada, as pessoas n&atilde;o ser&atilde;o mais capazes de diferenciar v&iacute;deos e &aacute;udios verdadeiros dos falsos.
Para empresas, os deepfakes podem aumentar a efic&aacute;cia dos ataques de phishing e de engenharia social, facilitar a fraude de identidade e manipular a reputa&ccedil;&atilde;o da empresa para causar um colapso injustificado no valor das a&ccedil;&otilde;es. E ainda, podem ser utilizados para burlar dispositivos de seguran&ccedil;a, como a valida&ccedil;&atilde;o do login de usu&aacute;rios por reconhecimento facial.
A velocidade de conex&atilde;o 5G e o poder de computa&ccedil;&atilde;o da nuvem podem deixar a situa&ccedil;&atilde;o ainda mais complicada, permitindo que o v&iacute;deo seja manipulado em tempo real. As tecnologias deepfake podem, portanto, ser aplicadas em configura&ccedil;&otilde;es de videoconfer&ecirc;ncia, servi&ccedil;os de v&iacute;deo ao vivo e televis&atilde;o.
<h2>Como funciona a tecnologia do deepfake?</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_1108919579.jpg" alt="o que &eacute; deepfake" class="wp-image-5510" /><figcaption class="wp-element-caption">Redes neurais s&atilde;o capazes de criar deepfakes de dif&iacute;cil detec&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Enquanto alguns deepfakes podem ser <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/257388-10-personagens-criados-computacao-grafica-realistas.htm" target="_blank" rel="sponsored">criados por efeitos visuais ou abordagens de computa&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica</a>, as manipula&ccedil;&otilde;es mais convincentes s&atilde;o desenvolvidas usando modelos de aprendizado profundo, como autoencoders e redes generativas adversariais (GANs), que t&ecirc;m amplamente aplicado no dom&iacute;nio da vis&atilde;o computacional.
Como em todo aprendizado de m&aacute;quina, a quantidade de dados que pode ser usada para treinamento &eacute; cr&iacute;tica &ndash; quanto maior o conjunto de dados, mais preciso &eacute; o algoritmo. Os alvos iniciais dessa t&eacute;cnica de manipula&ccedil;&atilde;o s&atilde;o celebridades e pol&iacute;ticos, uma vez que grandes conjuntos de dados de treinamento est&atilde;o dispon&iacute;veis gratuitamente na internet.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/261515-twitch-fala-pornografia-deepfake-promete-tolerancia-zero.htm" target="_blank" rel="sponsored">Twitch promete toler&acirc;ncia zero com pornografia deepfake</a></li>
</ul>
As redes neurais operam com dois modelos: generativo e discriminante. O modelo discriminante testa repetidamente o modelo generativo contra o conjunto de dados original. Com os resultados desses testes, os modelos melhoram continuamente at&eacute; que o conte&uacute;do gerado n&atilde;o possa ser detectado pelo olho humano.
Os softwares para criar deepfakes s&atilde;o gratuitos, de c&oacute;digo aberto e podem ser baixados facilmente. No entanto, as habilidades significativas de edi&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica e dublagem de &aacute;udio necess&aacute;rias para criar um deepfake cr&iacute;vel n&atilde;o s&atilde;o comuns. Al&eacute;m disso, o trabalho empregado para criar tal deepfake requer um investimento de tempo de v&aacute;rias semanas, a meses, para treinar o modelo e corrigir imperfei&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
<h2>Dificuldade de detec&ccedil;&atilde;o</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_1991871815-1.jpg" alt="Deepfake" class="wp-image-5511" /><figcaption class="wp-element-caption">Sistemas de seguran&ccedil;a biom&eacute;trica podem ser enganados pelo deepfake. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
At&eacute; mesmos os softwares t&ecirc;m dificuldade para detectar os v&iacute;deos manipulados. A quest&atilde;o &eacute;, geralmente, tratada como um problema de classifica&ccedil;&atilde;o bin&aacute;ria onde os classificadores s&atilde;o usados para diferenciar v&iacute;deos aut&ecirc;nticos e dos adulterados. Esse tipo de m&eacute;todos requer um grande banco de dados de v&iacute;deos reais e falsos para treinar modelos de classifica&ccedil;&atilde;o.
Embora o n&uacute;mero de v&iacute;deos falsos est&aacute; cada vez mais dispon&iacute;vel, ainda limitado em termos de estabelecer um benchmark para validar v&aacute;rios m&eacute;todos de detec&ccedil;&atilde;o. Para superar a quest&atilde;o, os especialistas em dados biom&eacute;tricos Pavel Korshunov e Sebastien Marcel produziram um not&aacute;vel conjunto de dados deepfake composto por 620 v&iacute;deos baseados no GAN.
Um banco de v&iacute;deos p&uacute;blicos foi utilizado para gerar v&iacute;deos deepfake de baixa e alta qualidade, que podem imitar efetivamente as express&otilde;es faciais, movimentos da boca e piscar de olhos. Esses v&iacute;deos foram ent&atilde;o usados para testar v&aacute;rios m&eacute;todos de detec&ccedil;&atilde;o. Os resultados dos testes mostram que os sistemas populares de reconhecimento facial baseados em modelos VGG e Facenet s&atilde;o incapazes de detectar deepfakes de forma eficaz.
Outros m&eacute;todos incluem sinais biol&oacute;gicos baseados em imperfei&ccedil;&otilde;es nas mudan&ccedil;as naturais do tom da pele causadas pelo fluxo sangu&iacute;neo; correla&ccedil;&atilde;o imperfeita entre a correspond&ecirc;ncia palavra e boca; movimentos faciais; e modelos convolucionais recorrentes que procuram inconsist&ecirc;ncias entre os quadros individuais que comp&otilde;em um v&iacute;deo.
Mas, h&aacute; dificuldades. Assim como uma pequena varia&ccedil;&atilde;o no malware pode ser suficiente para enganar os mecanismos de detec&ccedil;&atilde;o, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/233730-deepfake-usado-app-namoro-engana-mulher.htm" target="_blank" rel="sponsored">uma pequena altera&ccedil;&atilde;o no m&eacute;todo usado para gerar um deepfake tamb&eacute;m pode enganar a detec&ccedil;&atilde;o existente</a>.
<h2>Usos leg&iacute;timos</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-large"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/27104349614096-1024x597.jpg" alt="como identificar uma deepfake" class="wp-image-5512" /><figcaption class="wp-element-caption">Tecnologia usada em deepfakes foi utilizada para envelhecer jogador de futebol em campanha contra mal&aacute;ria. (Fonte: Malarie No More/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Apesar de toda a preocupa&ccedil;&atilde;o com o mau uso, a tecnologia deepfake tem um potencial positivo em diversos campos. Na educa&ccedil;&atilde;o, poderia revolucionar nossas aulas de hist&oacute;ria com interatividade, preservando n&atilde;o apenas os fatos descritos nos livros, mas o impacto que os eventos hist&oacute;ricos tiveram nas pessoas reais.
Em 2018, o Illinois Holocaust Museum and Education Center criou entrevistas hologram&aacute;ticas, que permitiu que os visitantes interagissem com os sobreviventes do Holocausto. Eles poderiam fazer perguntas e ouvir suas hist&oacute;rias. &Agrave; medida que a tecnologia deepfake avan&ccedil;a, esse tipo de hist&oacute;ria virtual pode se tornar alcan&ccedil;&aacute;vel em uma escala muito maior.
Como os deepfakes podem replicar vozes e alterar v&iacute;deos, eles podem permitir uma s&eacute;rie de usos criativos em filmes, como dublagem, cria&ccedil;&atilde;o de personagens mais consistentes e at&eacute; usando atores que j&aacute; faleceram. Em 2020, o jogador David Beckham apareceu em uma campanha contra a mal&aacute;ria com 70 anos, falando nove idiomas diferentes.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:<a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/261140-in-seguranca-digital-principais-riscos-ter-voz-copiada-.htm" target="_blank" rel="sponsored"> (In)Seguran&ccedil;a digital: quais os principais riscos de ter sua voz copiada?</a></li>
</ul>
Na medicina, os v&iacute;deos manipulados podem dar um impulso &agrave; privacidade dos dados, ao mesmo tempo em que ajuda no desenvolvimento de novas pr&aacute;ticas de diagn&oacute;stico e monitoramento. Os hospitais podem usar dados de pacientes para testes e experimenta&ccedil;&otilde;es que s&atilde;o realistas, mas n&atilde;o colocam pacientes reais em risco.
A tecnologia tamb&eacute;m pode ser &uacute;til para treinamentos empresariais. Por exemplo, treinamento de atendimento ao cliente. &Eacute; poss&iacute;vel utilizar &ldquo;humanos virtuais&rdquo; substituindo clientes reais para treinar seus novos membros da equipe, sem jog&aacute;-los de cabe&ccedil;a em intera&ccedil;&otilde;es reais.
<h2>Tend&ecirc;ncias para o futuro</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_1714069345.jpg" alt="deefake o que &eacute;" class="wp-image-5513" /><figcaption class="wp-element-caption">Deepfakes podem tornar ainda mais dif&iacute;cil o combate contra as fake news. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A caixa de Pandora foi aberta e parece que a competi&ccedil;&atilde;o entre a cria&ccedil;&atilde;o, detec&ccedil;&atilde;o e preven&ccedil;&atilde;o de deepfakes se tornar&aacute; cada vez mais acirrada no futuro, com a tecnologia n&atilde;o apenas se tornando mais f&aacute;cil de acessar, mas o conte&uacute;do manipulado mais f&aacute;cil de criar e progressivamente mais dif&iacute;cil de distinguir real.
Embora o uso de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/257287-henry-cavill-vira-wolverine-video-deepfake-criado-fa-veja.htm" target="_blank" rel="sponsored">deepfakes para o bem esteja aumentando em setores como entretenimento</a>, not&iacute;cias e educa&ccedil;&atilde;o, esses desenvolvimentos, por outro lado, tamb&eacute;m introduzir&atilde;o amea&ccedil;as ainda mais s&eacute;rias ao p&uacute;blico, incluindo o aumento da atividade criminosa, a dissemina&ccedil;&atilde;o de desinforma&ccedil;&atilde;o, fraude de identidade e interfer&ecirc;ncia eleitoral.
A quest&atilde;o a ser resolvida &eacute;: como restringir o uso de uma tecnologia para fins criminosos, sem demoniz&aacute;-la e impedir sua aplica&ccedil;&atilde;o em situa&ccedil;&otilde;es inofensivas ou, at&eacute; mesmo ben&eacute;ficas? As deepfakes j&aacute; circulam em diversas capacidades, at&eacute; termos um meio de diferenci&aacute;-las da realidade, deveremos tomar cada vez mais cuidado com as informa&ccedil;&otilde;es que consumimos e sua proced&ecirc;ncia.

Getty Images

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Você seria enganado por uma deepfake? A resposta é sim!

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Imagem de 5 tecnologias antigas que ainda são utilizadas no tecmundo

Apesar de serem menos avançadas, tecnologias antigas como disquetes e até mesmo, a internet discada ainda entregam resultados de confiança 

Nos &uacute;ltimos 20 anos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/253693-5g-estrada-transformacao-digital-acontecer.htm" target="_blank" rel="sponsored">a tecnologia transformou as sociedades radicalmente</a>. A internet se tornou parte de nossas vidas di&aacute;rias, criando uma verdadeira realidade paralela; os dispositivos se tornaram extens&otilde;es imprescind&iacute;veis das habilidades humanas no cotidiano e h&aacute; quem diga que estamos perto, inclusive, de fundir o mundo f&iacute;sico com o digital.
No entanto, nem todas as pessoas e empresas acompanham o ritmo alucinante da inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica, e isso n&atilde;o quer dizer que elas n&atilde;o tenham a capacidade financeira para atualizar suas ferramentas. Na verdade, algumas tecnologias antigas se mostram mais confi&aacute;veis e &uacute;teis do outras mais atuais. Por isso, ainda s&atilde;o adotadas por grandes empresas e segmentos espec&iacute;ficos da popula&ccedil;&atilde;o. Confira cinco tecnologias antigas que ainda s&atilde;o utilizadas atualmente.
<h2>1. Disquetes</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_1991430875-1.jpg" alt="Disquetes" class="wp-image-5449" /><figcaption class="wp-element-caption">Governo do Jap&atilde;o usou disquetes at&eacute; 2021. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Quando a empresa International Business Machines (IBM) criou o primeiro disquete, em 1967, revolucionou o armazenamento de dados por ser um sistema barato, confi&aacute;vel e port&aacute;til. Na &eacute;poca, embora as grandes empresas j&aacute; utilizassem discos r&iacute;gidos em m&aacute;quinas, as pessoas ainda usavam cart&otilde;es perfurados de papel para a entrada de dados e programa&ccedil;&atilde;o de software.
Os primeiros disquetes tinham oito polegadas e capacidade de armazenar 80 KB. Com o tempo, &agrave; medida que a densidade de dados cresceu, o tamanho do dispositivo diminuiu e a capacidade de armazenamento dele aumentou, chegando at&eacute; a vers&atilde;o de 3,5 polegadas com 5,76 MB. A vers&atilde;o mais popular, contudo, tem o mesmo tamanho e abriga 1,44 MB.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/261297-volta-nao-retorno-nostalgico-dos-mp3.htm" target="_blank" rel="sponsored">A volta dos que n&atilde;o foram: o retorno nost&aacute;lgico dos MP3</a></li>
</ul>
Em meados dos anos 1990, mais de 5 bilh&otilde;es de unidades foram vendidas por ano, contribuindo para a revolu&ccedil;&atilde;o dos computadores e da ind&uacute;stria de software. A partir do surgimento dos discos compactos (CDs), os disquetes come&ccedil;aram a cair em desuso. Com o advento do pen drive, a tecnologia parecia que estava definitivamente condenada, mas isso n&atilde;o aconteceu.&nbsp;
Os disquetes continuaram oferecendo seguran&ccedil;a e confiabilidade para o armazenamento de dados para m&iacute;sseis nucleares dos Estados Unidos at&eacute; 2019. Alguns modelos das aeronaves comerciais Boeing 747 e AirBus 320, al&eacute;m de caixas eletr&ocirc;nicos, dependem desses dispositivos antigos para atualizar os sistemas.
<h2>2. Fitas magn&eacute;ticas</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_620763566-1.jpg" alt="Fitas magn&eacute;ticas" class="wp-image-5450" /><figcaption class="wp-element-caption">Unidades de LTO s&atilde;o a tecnologia mais confi&aacute;vel de backup para grandes quantidades de dados. (Fonte: Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Na d&eacute;cada de 1950, os engenheiros descobriram que as fitas magn&eacute;ticas que eram utilizadas para gravar &aacute;udio poderiam servir para armazenar outros tipos de dado. As fitas magn&eacute;ticas, como a digital audio tape (DAT) e a linear tape-open (LTO), rapidamente se tornaram a forma padr&atilde;o de guardar grandes volumes de informa&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o precisam ser acessadas com frequ&ecirc;ncia.
Isso nunca mudou. Apesar do surgimento dos discos r&iacute;gidos (HDs) e solid-state drive (SSDs), <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/261366-ssds-300-tb-devem-chegar-custarao-caro.htm" target="_blank" rel="sponsored">a tecnologia antiga consegue ser mais barata e armazenar muito mais</a>. As primeiras fitas DAT conseguiam guardar at&eacute; 2 MB, uma quantidade impressionante para a &eacute;poca, e continuaram avan&ccedil;ando na capacidade. A &uacute;ltima vers&atilde;o de unidade LTO permite gravar at&eacute; 580 TB em dados brutos.
As bibliotecas de fitas (tapes libraries), que permitem a realiza&ccedil;&atilde;o de backups complexos sem intera&ccedil;&atilde;o humana, continuam sendo muito usadas para armazenamento de conte&uacute;do de arquivamento na ind&uacute;stria do entretenimento, bem como para outras aplica&ccedil;&otilde;es de armazenamento digital em geral, em que o baixo custo &eacute; mais importante do que o acesso r&aacute;pido.
Longe de estar em extin&ccedil;&atilde;o, a fita magn&eacute;tica &eacute; vista como o melhor custo-benef&iacute;cio para guardar uma grande quantidade de dados, por exemplo grandes parques tecnol&oacute;gicos ou empresas que oferecem os servi&ccedil;os de nuvem. Por essa raz&atilde;o, fabricantes importantes, como IBM e Sony, continuam apostando na tecnologia e desenvolvendo novos produtos.
<h2>3. Pagers</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-large"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/shutterstock_1313145035-1-1024x683.jpg" alt="Pagers" class="wp-image-5451" /><figcaption class="wp-element-caption">Pagers ainda s&atilde;o muito &uacute;teis para m&eacute;dicos. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Quando foram lan&ccedil;ados em 1950, os pagers eram grandes, volumosos e pesavam quase meio quilo. Com o tempo, encolheram e ficaram mais baratos, popularizando-se. Em 1994, havia mais de 61 milh&otilde;es de pagers sendo usados em todo o mundo. Contudo, desde o advento dos telefones celulares no final do s&eacute;culo 20, esse uso diminuiu.
Existem atualmente cerca de 5 milh&otilde;es de pagers em servi&ccedil;o. Isso acontece porque os pagers t&ecirc;m pontos fortes que a tecnologia mais recente n&atilde;o tem. Eles s&atilde;o mais baratos do que os smartphones, mais f&aacute;ceis de carregar e s&atilde;o praticamente imunes a ataques hackers. O fato de s&oacute; permitirem a comunica&ccedil;&atilde;o unidirecional evita a distra&ccedil;&atilde;o dos usu&aacute;rios.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/147090-recuperar-mensagens-apagadas-acidentalmente-whatsapp.htm" target="_blank" rel="sponsored">Como recuperar mensagens apagadas do WhatsApp?</a></li>
</ul>
Quase 80% dos hospitais dos Estados Unidos ainda usam pagers, de acordo com um estudo do&nbsp;Journal of Hospital&nbsp;Medicine. Uma comunica&ccedil;&atilde;o confi&aacute;vel &eacute; particularmente importante durante uma grande emerg&ecirc;ncia. O equipamento permite o uso de centenas de pessoas ao mesmo tempo, n&atilde;o distrai os usu&aacute;rios e ainda permite separar a vida pessoal da profissional.
Os hospitais t&ecirc;m zonas em que o celular n&atilde;o funciona. Algumas paredes s&atilde;o constru&iacute;das para impedir que os raios X penetrem, o que dificulta tamb&eacute;m a passagem de sinais de celulares. Os pagers n&atilde;o t&ecirc;m esse mesmo problema, pois se comunicam por meio de sinais de r&aacute;dio de alt&iacute;ssima frequ&ecirc;ncia, como uma transmiss&atilde;o de r&aacute;dio FM.
<h2>4. Internet discada</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/22225956520040.jpg" alt="Internet discada" class="wp-image-5452" /><figcaption class="wp-element-caption">Internet discada ainda n&atilde;o morreu, pelo menos nos Estados Unidos. (Fonte: Chrome/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Quem usou a internet em seus prim&oacute;rdios, ao longo dos anos 1990, <a href="https://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/237823-orkut-relembre-9-funcoes-populares-existiam-rede-social.htm" target="_blank" rel="sponsored">deve se lembrar da sequ&ecirc;ncia de ru&iacute;dos que anunciava a conex&atilde;o discada</a>. A tecnologia foi substitu&iacute;da pela banda larga a partir dos anos 2000, o que propiciou conex&otilde;es de internet mais r&aacute;pidas, silenciosas e sem impedir o uso do telefone. Depois, formas de conex&atilde;o em dispositivos m&oacute;veis chegaram, fazendo o dial-up cair no esquecimento.
Mas ainda tem quem lembre e, na verdade, precise desse servi&ccedil;o. Para usu&aacute;rios em &aacute;reas onde a internet a cabo ou sat&eacute;lite n&atilde;o est&aacute; dispon&iacute;vel ou que t&ecirc;m restri&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas, o dial-up oferece uma maneira de se conectar. Por isso, quase 2 milh&otilde;es de pessoas nos Estados Unidos ainda se conectam via telefone.
A internet discada funciona tomando o sinal de uma linha telef&ocirc;nica existente e mudando-o de comunica&ccedil;&atilde;o de voz para comunica&ccedil;&atilde;o de dados. A quantidade de dados que a internet discada pode transferir pela linha telef&ocirc;nica &eacute; muito limitada, o que resulta em velocidades baixas, geralmente de at&eacute; 56 kbps.
O servi&ccedil;o continua sendo &uacute;til para usu&aacute;rios que n&atilde;o veem ou transmitem v&iacute;deos, n&atilde;o jogam online nem compartilham fotos. No entanto, a internet discada &eacute; &oacute;tima para quem est&aacute; sobrecarregado com a complexidade dos planos modernos de internet de alta velocidade e querem apenas uma maneira simples de verificar e-mails.
<h2>5. Sondas Voyager</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-large"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/05/22230736958043-1024x734.jpg" alt="Sondas Voyager" class="wp-image-5453" /><figcaption class="wp-element-caption">Voyager I apresentou problemas, mas continua enviando informa&ccedil;&otilde;es sobre o espa&ccedil;o. (Fonte: G. Bacon/NASA/ESA/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Uma viagem ao espa&ccedil;o representa um dos maiores feitos alcan&ccedil;ados pela humanidade, mas tamb&eacute;m representa um grande desafio. Depois que as naves espaciais s&atilde;o lan&ccedil;adas, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/217140-nasa-voyager-detecta-zumbidos-universo-sistema-solar.htm" target="_blank" rel="sponsored">&eacute; quase imposs&iacute;vel realizar reparos ou upgrades de hardware.</a> Por isso, algumas naves espaciais em &oacute;rbita da Terra utilizam tecnologias ultrapassadas.
Esse &eacute; o caso das Voyager I e II. As embarca&ccedil;&otilde;es interestelares foram lan&ccedil;adas em 1977 para coletar informa&ccedil;&otilde;es relevantes do universo. Elas carregam tamb&eacute;m mensagens da humanidade, com fotos, m&uacute;sicas e sauda&ccedil;&otilde;es em v&aacute;rios idiomas escolhidos cuidadosamente pelo astrof&iacute;sico Carl Sagan e sua esposa, Ann Druyan.
A miss&atilde;o tinha como objetivo explorar J&uacute;piter e Saturno, mas logo o programa foi ampliado para enviar informa&ccedil;&otilde;es de Urano, Netuno e Plut&atilde;o. Na d&eacute;cada de 1990, as naves j&aacute; tinham alcan&ccedil;ado essas metas e, mais uma vez, a miss&atilde;o ganhou um novo objetivo: sair do Sistema Solar.
Viajando a mais de 60 mil km/h, as Voyagers I e II se tornaram os objetos feitos pela humanidade que foram mais longe e est&atilde;o h&aacute; mais de 23 bilh&otilde;es de quil&ocirc;metros da Terra. Tudo isso com os mesmos computadores de bordo da d&eacute;cada de 1970. De acordo com as estimativas da National Aeronautics and Space Administration (NASA), as espa&ccedil;onaves v&atilde;o continuar em opera&ccedil;&atilde;o at&eacute; 2025.

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5 tecnologias antigas que você nem imagina que ainda são utilizadas

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Imagem de A briga europeia sobre a legislação de Inteligências Artificiais no tecmundo

Entenda como o projeto de lei busca conter os riscos provocados pelas IAs, podendo se tornar um marco revolucionário no âmbito tecnológico 

O uso e <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/207666-inteligencia-artificial-aplicacoes.htm" target="_blank" rel="sponsored">o desenvolvimento de intelig&ecirc;ncias artificiais</a> t&ecirc;m gerado discuss&otilde;es cada vez mais relevantes, principalmente quando esse assunto est&aacute; vinculado aos impactos jur&iacute;dicos e &eacute;ticos resultantes da evolu&ccedil;&atilde;o da IA.
Enquanto a China e os EUA vivem uma disputa sobre quem avan&ccedil;a mais em aplica&ccedil;&otilde;es de intelig&ecirc;ncia artificial, a Uni&atilde;o Europeia est&aacute; mais preocupada com a conten&ccedil;&atilde;o de riscos em rela&ccedil;&atilde;o ao uso mal&eacute;fico das IAs, abstendo-se dessa disputa tecnol&oacute;gica a fim de preservar sua popula&ccedil;&atilde;o.
<ul>
<li>Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/261287-tres-cenarios-tecnologicos-acompanhar-2023-segundo-mit.htm" target="_blank" rel="sponsored">Tr&ecirc;s cen&aacute;rios tecnol&oacute;gicos para acompanhar em 2023, segundo MIT</a></li>
</ul>
Muito se questiona sobre o poder disruptivo que essas intelig&ecirc;ncias artificiais possam ter nos valores humanos, e isso &eacute; ainda mais intenso quando se fala na intera&ccedil;&atilde;o entre a vulnerabilidade dos direitos frente a essa tecnologia.
<h2>IAs e Direitos Humanos</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/GettyImages-643293802.jpg" alt="Intelig&ecirc;ncia Artficial" class="wp-image-10588" /><figcaption class="wp-element-caption">A Intelig&ecirc;ncia Artificial, iBorderCtrl usada em 2019, al&eacute;m de pol&ecirc;mica apresentou diversas falhas.&nbsp; Fonte: (Getty Images) </figcaption></figure>
Um exemplo disso &eacute; um caso ocorrido em 2019, quando guardas, alocados nas fronteiras da Gr&eacute;cia, Hungria e Let&ocirc;nia, passaram a testar detectores de mentiras alimentados atrav&eacute;s de uma intelig&ecirc;ncia artificial. O sistema, nomeado como &ldquo;iBorderCtrl&rdquo; tinha como objetivo analisar movimentos faciais com o fim de detectar sinais caso uma pessoa estivesse mentindo para o agente da fronteira.
Apesar do investimento milion&aacute;rio de US$ 5 milh&otilde;es financiado pela Uni&atilde;o Europeia, bem como os quase 20 anos de pesquisa na Manchester Metropolitan University, no Reino Unido, a pr&aacute;tica resultou em um julgamento pol&ecirc;mico, uma vez que a tecnologia de intelig&ecirc;ncia artificial apresentou diversas falhas. Not&iacute;cias da &eacute;poca relataram que o pr&oacute;prio site do projeto afirmou reconhecer os riscos aos direitos humanos fundamentais afetados pela tecnologia.
Muitas empresas como a "iBorderCtrl" t&ecirc;m sido dissolvidas em raz&atilde;o do uso desregulado de intelig&ecirc;ncias artificiais. A explica&ccedil;&atilde;o para isso vem da press&atilde;o que a lei da Uni&atilde;o Europeia de regula&ccedil;&atilde;o da IA tem exercido sobre elas, visto que uma das emendas consideradas pela lei &eacute;, justamente, o banimento de sistemas que alegam detectar fraudes humanas na imigra&ccedil;&atilde;o, usando o caso da iBorderCtrl como um exemplo daquilo que pode dar errado.
<h2>Legisla&ccedil;&atilde;o e regula&ccedil;&atilde;o Intelig&ecirc;ncia Artificial</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/GettyImages-1206928964.jpg" alt="Legisla&ccedil;&atilde;o IA" class="wp-image-10589" /><figcaption class="wp-element-caption">Al&eacute;m de, proteger os direitos fundametais da popula&ccedil;&atilde;o a lei tamb&eacute;m pretende estabelecer diretrizes mais claras para a produ&ccedil;&atilde;o de sistemas de IA. Fonte: (Getty Images) </figcaption></figure>
O prop&oacute;sito dessa legisla&ccedil;&atilde;o &eacute;, em suma, proteger os direitos fundamentais dos cidad&atilde;os da Uni&atilde;o Europeia, assim como o direito de buscar asilo ou de viver sem qualquer tipo de discrimina&ccedil;&atilde;o. Ela, portanto, procura rotular os casos de IA que possam ser considerados como &ldquo;alto risco&rdquo; ou &ldquo;baixo risco&rdquo;, e pro&iacute;be outros.
Al&eacute;m de tudo, h&aacute; a press&atilde;o exercida por grupos de direitos humanos, sindicatos, advogados, ativistas e at&eacute; <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/262135-bing-chatgpt-ganha-espaco-mercado-buscas-google-recua.htm" target="_blank" rel="sponsored">mesmo empresas como o Google e a Microsoft</a>, que esperam que a Lei da IA diferencie aqueles que produzem sistemas de intelig&ecirc;ncia artificial para um prop&oacute;sito geral e aqueles que os instituem para fins espec&iacute;ficos.
Ainda em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pol&ecirc;mica dos detectores de mentiras, em maio desse ano, grupos de defesa voltados para os Direitos Digitais Europeus e a Plataforma para Coopera&ccedil;&atilde;o Internacional sobre Imigrantes Indocumentados solicitaram que a lei passasse a proibir o uso de pol&iacute;grafos de IA nas fronteiras, respons&aacute;veis por avaliar a movimenta&ccedil;&atilde;o dos olhos, express&atilde;o facial e tom de voz.
Segundo a diretora associada do Refugee Law Lab, Petra Molnar, o uso de detectores dessa tecnologia nas fronteiras cria uma pol&iacute;tica de imigra&ccedil;&atilde;o que rotula todos como poss&iacute;veis suspeitos. Sendo assim, mesmo imigrantes refugiados s&atilde;o considerados mentirosos, a menos que provem o oposto.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/259879-eua-europa-lancam-acordo-inteligencia-artificial.htm" target="_blank" rel="sponsored">EUA e Europa lan&ccedil;am acordo de intelig&ecirc;ncia artificial</a></li>
</ul>
Molnar defende que muitas pessoas que passam pela imigra&ccedil;&atilde;o tendem a evitar o contato visual por diversas raz&otilde;es, sejam elas culturais, religiosas e at&eacute; mesmo provenientes de algum trauma, o que acaba sendo interpretado equivocadamente como um sinal de mentira ou de que essa pessoa esteja escondendo algo.
Para ela, se at&eacute; mesmo os humanos t&ecirc;m dificuldades para lidar com a comunica&ccedil;&atilde;o intercultural, n&atilde;o faz o menor sentido que uma m&aacute;quina movida por IA, desprovida de qualquer tipo de humanidade, se saia melhor nesse quesito.
<h2>Objetivos da regula&ccedil;&atilde;o</h2>
Em conson&acirc;ncia com os seus Estados-Membros, a Uni&atilde;o Europeia tem, a partir de um novo Plano Coordenado, procurado garantir a seguran&ccedil;a e a defesa dos direitos fundamentais tanto da sociedade, como das empresas, sem deixar de refor&ccedil;ar o investimento e a utiliza&ccedil;&atilde;o de Intelig&ecirc;ncias Artificiais na UE.
Essas regras surgiram com o intuito de regular e complementar como esses sistemas devem ser utilizados e adaptados &agrave;s novas normas de seguran&ccedil;a, com a finalidade de garantir um resultado mais satisfat&oacute;rio, bem como passar mais confian&ccedil;a aos seus usu&aacute;rios.
O novo regulamento se prop&otilde;e a evitar situa&ccedil;&otilde;es como a da &ldquo;iBorderCtrl&rdquo;, j&aacute; que trata de implementar regras que abordam os riscos colocados pelos sistemas de IA, estabelecendo padr&otilde;es r&iacute;gidos e ainda mais elevados.
Outros objetivos relacionados a essa regulamenta&ccedil;&atilde;o tratam-se de:&nbsp;
<ul>
<li>Defini&ccedil;&atilde;o de regras de transpar&ecirc;ncia de sistemas de IA que exer&ccedil;am intera&ccedil;&atilde;o com pessoas</li>
<li>Regras para sistemas que manipulam e geram &aacute;udios, imagens e v&iacute;deos</li>
<li>Regras para sistemas de identifica&ccedil;&atilde;o biom&eacute;trica &agrave; dist&acirc;ncia &mdash; sendo considerados de alto risco.</li>
<li>Assegurar que o mercado europeu de intelig&ecirc;ncia artificial passe a se desenvolver de forma mais saud&aacute;vel, inclusiva e sustent&aacute;vel.</li>
</ul>
Al&eacute;m disso, os sistemas nomeados como &ldquo;progn&oacute;sticos de criminalidade&rdquo;, cujo intuito &eacute; dirigir as a&ccedil;&otilde;es de policiamento, tamb&eacute;m est&atilde;o em debate entre seus defensores e aqueles que os consideram como pouco transparentes e reprodutores de racismo e desigualdades. Com o advento da&nbsp;AI Act, esses poder&atilde;o sofrer limites mais criteriosos ou at&eacute; mesmo serem banidos, uma vez que seu risco seja considerado excessivo.
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/260492-mercado-trabalho-educacao-impactos-ia.htm" target="_blank" rel="sponsored">Do mercado de trabalho &agrave; educa&ccedil;&atilde;o: quais os impactos da IA</a></li>
</ul>
<h2>Repercuss&atilde;o no cen&aacute;rio mundial&nbsp;</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/GettyImages-1147011145.jpg" alt="Cen&aacute;rio mundial da IA" class="wp-image-10590" /><figcaption class="wp-element-caption">Especialistas apontam que apesar do cen&aacute;rio para aprova&ccedil;&atilde;o da lei seja promissor, na pr&aacute;tica ele pode ser invi&aacute;vel. Fonte: (Getty Images) </figcaption></figure>
A&nbsp;AI Act&nbsp;(Lei da IA), um dos principais projetos em discuss&atilde;o no Parlamento Europeu atualmente, tem sido considerada uma precursora em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s leis do tipo, devido ao tamanho de sua ambi&ccedil;&atilde;o de regular, em uma &uacute;nica pe&ccedil;a legislativa, todo o setor de intelig&ecirc;ncia artificial.
Conforme o MIT Technology Review, caso a Uni&atilde;o Europeia consiga que esse marco regulat&oacute;rio cumpra satisfatoriamente os objetivos propostos de discernimento de riscos e limites na aplica&ccedil;&atilde;o de intelig&ecirc;ncias artificiais, &eacute; prov&aacute;vel que essa legisla&ccedil;&atilde;o sirva como par&acirc;metro para que outros pa&iacute;ses &mdash; como no caso do Brasil, que, segundo a Ag&ecirc;ncia C&acirc;mara de Not&iacute;cias, j&aacute; tem o Projeto de Lei 21/20 com diretrizes semelhantes &mdash; tamb&eacute;m o adotem.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/260457-chatgpt-seguro-veja-riscos-ferramenta.htm" target="_blank" rel="sponsored">ChatGPT &eacute; seguro? Veja os riscos da ferramenta </a></li>
</ul>
&Eacute; interessante, estrategicamente, que outros pa&iacute;ses, como os EUA, por exemplo, se mantenham em harmonia com a Uni&atilde;o Europeia nesse quesito, principalmente considerando a r&aacute;pida evolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica da China frente &agrave;s AIs. Esse cen&aacute;rio ganha mais relev&acirc;ncia ao passo em que a pr&oacute;pria China j&aacute; se adiantou, tornando-se o primeiro desenvolvedor a lan&ccedil;ar um marco regulat&oacute;rio de IA.
Embora o cen&aacute;rio para a aprova&ccedil;&atilde;o da Lei da IA seja bastante promissor, s&atilde;o diversas as controv&eacute;rsias e disputas pol&iacute;ticas e econ&ocirc;micas que dificultam a sua finaliza&ccedil;&atilde;o. Muitos especialistas, segundo a MIT Technology Review, acreditam que a transpar&ecirc;ncia e a presta&ccedil;&atilde;o de contas quanto a essas regula&ccedil;&otilde;es, s&atilde;o, na pr&aacute;tica, invi&aacute;veis.
Estima-se, portanto, que as medidas finais de aprova&ccedil;&atilde;o ou rejei&ccedil;&atilde;o desse projeto possam acontecer at&eacute; o fim do pr&oacute;ximo ano, levando, ainda, mais um per&iacute;odo para que o mercado e os pr&oacute;prios Estados se ad&eacute;quem &agrave;s novas normativas no caso de aprova&ccedil;&atilde;o.

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A briga europeia sobre a legislação de Inteligências Artificiais

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Imagem de Voos do futuro: 6 interiores que prometem revolucionar o modo de viajar no tecmundo

De 'assentos em pé' a hotéis-cápsula, cabines de passageiros do futuro podem variar com a distância do trajeto

<div _ngcontent-ipv-c43="" class="content__subtitle ng-star-inserted"></div>
A&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/233698-embarque-100-digital-oficializado-aeroportos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">avia&ccedil;&atilde;o comercial</a>&nbsp;passa por constantes atualiza&ccedil;&otilde;es com o intuito de tornar a experi&ecirc;ncia de se deslocar pelo mundo cada vez mais r&aacute;pida e segura. Alguns desses percursos s&atilde;o mais longos e desgastantes que outros, e as cabines de passageiros tamb&eacute;m precisam ser reformuladas para se adequar &agrave; demanda crescente.
Essas&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/237764-qatar-airways-leva-visitantes-metaverso-tripulacao-virtual.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inova&ccedil;&otilde;es</a>&nbsp;podem variar de cabines em posi&ccedil;&atilde;o vertical, para translados mais curtos e baratos, a hot&eacute;is-c&aacute;psula para percursos mais longos e at&eacute; cabines privativas relaxantes, que s&atilde;o muito mais caras.&nbsp;
<h2>Cabines do futuro</h2>
A premia&ccedil;&atilde;o&nbsp;Crystal Cabin Award&nbsp;elege anualmente os melhores conceitos de inova&ccedil;&atilde;o no segmento de avia&ccedil;&atilde;o; apesar de nem todos esses projetos parecerem economicamente vi&aacute;veis, alguns t&ecirc;m potencial para revolucionar como viajaremos de avi&atilde;o em um futuro n&atilde;o muito distante.
<h3>Skyrider</h3>
A empresa italiana&nbsp;Aviointeriors&nbsp;apresentou em 2018 o conceito&nbsp;Skyrider&nbsp;de assentos verticais. O projeto, que parece ter sa&iacute;do de uma atra&ccedil;&atilde;o (nada confort&aacute;vel) de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/209080-parque-nintendo-ganha-tour-virtual-site-oficial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parques de divers&atilde;o</a>, conta com "poltronas" em que o passageiro fica apoiado no encosto, preso ao cinto de seguran&ccedil;a e apenas com um microassento para descansar levemente as pernas. A experi&ecirc;ncia &eacute; o equivalente a&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/234767-mapa-cptm-metro-conheca-5-apps-deslocar-sp.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viajar em p&eacute; no metr&ocirc;</a>&nbsp;apoiado na parede do vag&atilde;o.
<blockquote class="twitter-tweet">
It&rsquo;s baaaaaack! The AvioInteriors Skyrider saddle seat is returning to <a href="https://twitter.com/hashtag/AIX18?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AIX18</a> after its controversial reception. Will the fact that 28&rdquo; is normal on low-cost carriers mean that a 23&rdquo; squat for a (very) short flight seems more <a href="https://twitter.com/hashtag/PaxEx?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#PaxEx</a> palatable? <a href="https://twitter.com/hashtag/avgeek?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#avgeek</a> <a href="https://t.co/zLylr91NiT">pic.twitter.com/zLylr91NiT</a>
&mdash; John Walton (@thatjohn) <a href="https://twitter.com/thatjohn/status/983753678237716481?ref_src=twsrc%5Etfw">April 10, 2018</a></blockquote>
Algumas das vantagens do Skyrider s&atilde;o oferecer aumento aproximado de 20% na capacidade de passageiros e reduzir pela metade o peso das poltronas. Segundo a Aviointeriors, essa conta seria suficiente para, em teoria, garantir que trajetos curtos e r&aacute;pidos, como pontes a&eacute;reas, conseguissem transportar mais passageiros de maneira eficiente sem afetar a seguran&ccedil;a, o consumo de combust&iacute;vel e o tamanho da aeronave, apesar do n&uacute;mero maior de pessoas.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/23/aviointeriors-23155441459356.jpg" alt="Aviointeriors" />Conceito Skyrider aproveita espa&ccedil;o interno de aeronaves ao m&aacute;ximo com passageiros sem violar certifica&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a. (Aviointeriors/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h3>Assento econ&ocirc;mico chaise longue</h3>
O assento&nbsp;chaise longue&nbsp;(ou espregui&ccedil;adeira) &eacute; um conceito projetado por&nbsp;Alejandro N&uacute;&ntilde;ez Vicente&nbsp;com o intuito de garantir mais espa&ccedil;o para os passageiros&nbsp;esticarem as pernas. No entanto, para tornar isso poss&iacute;vel, as poltronas ficariam posicionadas muito pr&oacute;ximas umas das outras, com um desn&iacute;vel as deixando quase sobrepostas.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/LZ_Yi-Nni4U?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
No espa&ccedil;o onde caberia uma &uacute;nica fileira de poltronas, o projeto introduz um degrau pouco acima do n&iacute;vel das pernas dos passageiros, alocando uma&nbsp;segunda fileira elevada.&nbsp;
A despeito do espa&ccedil;o extra para esticar as pernas, a ideia parece bem desagrad&aacute;vel, especialmente para uma experi&ecirc;ncia que, mesmo com poltronas convencionais, j&aacute; &eacute; bem claustrof&oacute;bica para algumas pessoas.
<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/Ce6jvqOMvCN/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);">
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/Ce6jvqOMvCN/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" target="_blank">A post shared by Alejandro Nu&ntilde;ez Vicente (@alex.nvb)</a>
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</blockquote>

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Em entrevista ao&nbsp;CNN Travel, o criador do conceito afirmou que, apesar de terem sido projetados para o prot&oacute;tipo&nbsp;Flying-V&nbsp;da Universidade de Tecnologia Delft (TU Delft), os assentos-espregui&ccedil;adeiras podem ser implementados em&nbsp;Boeings 747,&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/198385-airbus-revela-3-avioes-movidos-hidrogenio-2035.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Airbus</a>&nbsp;A330&nbsp;e outras aeronaves de pequeno e grande porte.
<h3>Cabine Cafeteria</h3>
Em 2021, o projeto ganhador do Crystal Cabin Award na categoria universit&aacute;ria foi o da cabine&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/237085-dia-mundial-cafe-saiba-escolher-cafeteria-ideal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cafeteria</a>. Projetada para avi&otilde;es de grande porte, a fileira do meio daria lugar a um conjunto de mesas com uma divis&oacute;ria no meio em vez das tradicionais tr&ecirc;s poltronas.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/23/university-of-cincinnati-23155256076352.jpg" alt="University of Cincinnati" />Cabine cafeteria &eacute; o conceito voltado para quem costuma trabalhar durante os voos. (University of Cincinnati/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda que isso reduza a capacidade m&aacute;xima de passageiros, essa configura&ccedil;&atilde;o inusitada de cabine oferece a op&ccedil;&atilde;o de lugares mais apropriados para quem costuma trabalhar durante o voo, sem o risco de a poltrona da frente reclinar e causar acidentes com o laptop ou bebidas quentes.
<h3>Elevate</h3>
A&nbsp;Teague Desing&nbsp;desenvolveu a cabine&nbsp;Elevate&nbsp;em parceria com a&nbsp;NORDAM, empresa aeron&aacute;utica estadunidense. O design moderno cria um espa&ccedil;o com m&oacute;veis suspensos para aumentar a sensa&ccedil;&atilde;o de amplitude do ambiente da cabine.
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/uip3vk2ExNo&amp;t=66s?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O acabamento em madeira e os tons remetendo a ambientes naturais tamb&eacute;m colaboram para proporcionar muito mais conforto aos passageiros. Todavia, o conceito das cabines Elevate, evidentemente, n&atilde;o &eacute; voltado para a classe econ&ocirc;mica, podendo transformar a viagem em jatos privados em uma experi&ecirc;ncia, al&eacute;m de confort&aacute;vel, relaxante.
<h3>SpaceChiller</h3>
Tamb&eacute;m voltado para voos luxuosos, a Collins Aerospace projetou o minibar&nbsp;SpaceChiller&nbsp;para cabines privativas. O conceito &eacute; at&eacute; 50% mais eficiente em consumo de energia que os modelos tradicionais e a tecnologia utilizada consiste em dissipadores de calor avan&ccedil;ados desenvolvidos pela&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204575-darpa-investe-us-14-milhoes-desenvolvimento-foguetes-termicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ag&ecirc;ncia de Projetos de Pesquisa Avan&ccedil;ada de Defesa&nbsp;(DARPA)</a>.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/23/collins-aerospace-23155123732348.jpg" alt="Collins Aerospace" />Minibar desenvolvido pela Collins Aerospace &eacute; compacto e tem baixo impacto ambiental por n&atilde;o utilizar gases de resfriamento. (Collins Aerospace/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O sistema de resfriamento termoel&eacute;trico inovador &eacute; bem menor que outros sistemas com o mesmo prop&oacute;sito e n&atilde;o depende de gases de refrigera&ccedil;&atilde;o, reduzindo o impacto ambiental. Outra vantagem dessa tecnologia &eacute; que, por ser extremamente compacta e eficiente, ela pode ser aplicada a diversas funcionalidades e servi&ccedil;os, reduzindo inclusive a massa da aeronave utilizada por solu&ccedil;&otilde;es tradicionais de resfriamento.
<h3>Cloud Capsule</h3>
A&nbsp;Cloud Capsule, ou c&aacute;psula nuvem, foi projetada pela&nbsp;Toyota Boshoku Design&nbsp;e &eacute; um miniquarto privativo posicionado acima dos assentos normais, onde ficaria o compartimento de bagagem, que &eacute; posicionado sob os assentos.&nbsp;
<iframe width="853" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/gOEox1twmsM?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A proposta desses quartos inspirados em&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/tecnologia/112165-14-hoteis-capsula-incriveis-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">hot&eacute;is-c&aacute;psula</a>&nbsp;&eacute; permitir que as companhias a&eacute;reas aumentem as margens de lucro ao oferecer uma experi&ecirc;ncia de luxo sem necessariamente perder o espa&ccedil;o de passageiros regulares.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2023/03/23/aa-23155014192344.jpg" alt="aa" />Conceito da Toyota Boshoku transforma compartimento superior de bagagem em hot&eacute;is-c&aacute;psula para a classe econ&ocirc;mica. (Toyota Boshoku/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com as Cloud Capsules, passageiros da classe econ&ocirc;mica poderiam utilizar o compartimento superior para, por exemplo, trabalhar em um espa&ccedil;o privativo durante viagens longas. Apesar de interessante, a ideia n&atilde;o &eacute; totalmente original, j&aacute; que o&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/232704-boeing-investe-us-450-milhoes-carro-voador-ex-google.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Boeing</a>&nbsp;337 Stratocruiser, que realizou voos transatl&acirc;nticos em 1950, j&aacute; substitu&iacute;a o compartimento de bagagem por camas.
<h2>Inova&ccedil;&atilde;o leva tempo</h2>
Tratando-se de tecnologia aeroespacial, altera&ccedil;&otilde;es significativas, principalmente envolvendo o aumento da capacidade de passageiros, podem gerar riscos desnecess&aacute;rios. Mesmo que um conceito inovador esteja nas especifica&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas, projetos de engenharia trabalham com margens de erro por&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/145395-anac-restringe-embarque-passageiros-macbook-pro-15-alvo-recall.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quest&otilde;es de seguran&ccedil;a</a>.
Introduzir muitos elementos pode acarretar longos per&iacute;odos de teste e revis&atilde;o de c&aacute;lculos, al&eacute;m do tempo necess&aacute;rio para a troca da frota das empresas, que depende da conclus&atilde;o do ciclo de opera&ccedil;&atilde;o de um modelo para s&oacute; ent&atilde;o o substituir sem haver preju&iacute;zo para a companhia a&eacute;rea.
<blockquote class="twitter-tweet">
One step closer! The jury has selected 24 finalists for the Crystal Cabin Awards 2022. Congratulations to the all the entrants who made it into the final round - we're thrilled to be holding the event in-person again on 14 June in Hamburg!<a href="https://twitter.com/hashtag/paxex?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#paxex</a><a href="https://t.co/3a0afnBmNo">https://t.co/3a0afnBmNo</a>
&mdash; Hamburg Aviation (@HamburgAviation) <a href="https://twitter.com/HamburgAviation/status/1522191918024826880?ref_src=twsrc%5Etfw">May 5, 2022</a></blockquote>
Dessa forma, essas e outras ideias t&ecirc;m, sim, potencial para revolucionar a avia&ccedil;&atilde;o comercial, mas &eacute; importante frisar que mudan&ccedil;as em cabines de passageiros podem demorar bastante at&eacute; serem implementadas. Diferentemente de inova&ccedil;&otilde;es em itens e tecnologias voltadas para seguran&ccedil;a e otimiza&ccedil;&atilde;o de custos, altera&ccedil;&otilde;es em projetos internos n&atilde;o s&atilde;o necessariamente urgentes.
<script src="https://platform.twitter.com/widgets.js" async="" charset="utf-8"></script>

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Voos do futuro: 6 interiores que prometem revolucionar o modo de viajar

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Imagem de TerraPower: a aposta nuclear de Bill Gates contra as mudanças climáticas no tecmundo

Entenda por que Bill Gates quer combater o aquecimento global utilizando energia nuclear 

As mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas provocadas pelo&nbsp;aquecimento global&nbsp;est&atilde;o relacionadas &agrave; emiss&atilde;o de gases de efeito estufa (GEE). Um dos principais emissores dos poluentes s&atilde;o os combust&iacute;veis f&oacute;sseis, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/260703-uniao-europeia-aprova-fim-carros-gasolina-diesel-2035.htm" target="_blank" rel="sponsored">utilizados tanto para movimentar ve&iacute;culos de transporte</a> quanto para gerar energia el&eacute;trica.
As fontes n&atilde;o renov&aacute;veis, como petr&oacute;leo, carv&atilde;o mineral e g&aacute;s natural, respondem por 84% da matriz energ&eacute;tica mundial, de acordo com o Centro de Estudos de Energia da Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV Energia). Elas tamb&eacute;m s&atilde;o respons&aacute;veis por quase 100% dos GEE emitidos para a produ&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica. Segundo a Ag&ecirc;ncia Internacional de Energia (IEA), a queima de carv&atilde;o, bastante utilizada para a gera&ccedil;&atilde;o de eletricidade, lidera as emiss&otilde;es do setor, com mais de 43% dos gases lan&ccedil;ados na atmosfera.
Nesse cen&aacute;rio,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260930-chuvas-cada-vez-fortes-ligadas-aquecimento-global.htm" target="_blank" rel="sponsored"> as altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas, como o aumento de secas, as inunda&ccedil;&otilde;es e o avan&ccedil;o do mar s&atilde;o inevit&aacute;veis</a>. No entanto, h&aacute; um esfor&ccedil;o mundial para tentar conter o aumento da temperatura global em rela&ccedil;&atilde;o ao per&iacute;odo pr&eacute;-industrial a apenas 1,5 &deg;C at&eacute; 2100, o que significa evitar cat&aacute;strofes ainda maiores. Mas a negocia&ccedil;&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil e lenta.
O Protocolo de Quioto, de 1997, estabelecia apenas compromissos volunt&aacute;rios, por&eacute;m em sua maior parte n&atilde;o foi cumprido. O documento foi substitu&iacute;do pelo Acordo de Paris, em 2015, que estabeleceu medidas mais incisivas, mas que demoram para ser implementadas por conta da resist&ecirc;ncia dos maiores poluidores.
Durante a &uacute;ltima Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre as Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas, realizada em 2021 (COP26), mais de 40 pa&iacute;ses pretendiam assinar um acordo para eliminar gradualmente a utiliza&ccedil;&atilde;o de carv&atilde;o nas pr&oacute;ximas d&eacute;cadas. O primeiro e o terceiro maiores consumidores globais de carv&atilde;o, China e &Iacute;ndia, trabalharam para retirar do compromisso a palavra "elimina&ccedil;&atilde;o" e substitu&iacute;-la por "redu&ccedil;&atilde;o", o que foi alvo de cr&iacute;tica de ambientalistas de todo o mundo. O segundo maior consumidor, os Estados Unidos, sequer assinou o tratado.
<h2>Como evitar um desastre clim&aacute;tico, por Bill Gates</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/10165237681052.jpg" alt="" class="wp-image-5096" /><figcaption class="wp-element-caption">(Fonte: Flickr/Masaru Kamikura/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O fundador da Microsoft,&nbsp;Bill Gates, que j&aacute; foi a pessoa mais rica do mundo, tem se dedicado a investir tempo para refletir sobre os problemas globais e<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/253432-fundo-bill-gates-investira-adaptacao-mudancas-climaticas.htm" target="_blank" rel="sponsored"> aplicar iniciativas com potencial para reverter as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas ao longo de mais de uma d&eacute;cada</a>. Seu conhecimento foi consolidado no livro&nbsp;Como evitar um desastre clim&aacute;tico: as solu&ccedil;&otilde;es que temos e as inova&ccedil;&otilde;es de que precisamos, publicado em 2021.
&ldquo;Tenho visto um progresso empolgante nos mais de 15 anos em que aprendi sobre energia e mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas&rdquo;, escreveu Gates. O bilion&aacute;rio acredita que o atual momento &eacute; crucial para o futuro da humanidade. Enquanto o custo da gera&ccedil;&atilde;o energia renov&aacute;vel do sol e do vento caiu drasticamente, cresceu o apoio p&uacute;blico para realizar a&ccedil;&otilde;es mais efetivas para evitar um desastre clim&aacute;tico.
<ul>
<li>Veja mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260429-energia-nuclear-renovavel.htm" target="_blank" rel="sponsored">Energia nuclear &eacute; renov&aacute;vel?</a></li>
</ul>
Gates afirma que &ldquo;para evitar um desastre clim&aacute;tico, temos que chegar a zero emiss&atilde;o de gases de efeito estufa&rdquo;. Para isso, argumenta que &eacute; preciso implantar as ferramentas dispon&iacute;veis de forma mais r&aacute;pida e inteligente, mas tamb&eacute;m criar e implementar tecnologias inovadoras.
&ldquo;A implementa&ccedil;&atilde;o desse novo sistema de energia requer uma a&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica concentrada&rdquo;, defende ele em um trecho do livro. Por isso, &eacute; necess&aacute;ria uma press&atilde;o maior sobre os governos. &ldquo;As autoridades eleitas adotar&atilde;o planos espec&iacute;ficos para as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas se seus eleitores assim exigirem&rdquo;, afirma Gates.
Para colocar a quest&atilde;o em pr&aacute;tica, um grupo de investidores do setor privado liderado pelo bilion&aacute;rio decidiu fundar a TerraPower em 2006. A empresa tem como principal objetivo <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/218578-bill-gates-anuncia-construcao-reator-nuclear-us-1-bi-eua.htm" target="_blank" rel="sponsored">desenvolver energia limpa</a> para conter as altera&ccedil;&otilde;es dr&aacute;sticas no mundo provocadas pelo aquecimento global.
<h2>A proposta da TerraPower</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-large"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/10165812884056-1024x752.jpg" alt="" class="wp-image-5097" /><figcaption class="wp-element-caption">(Fonte: TerraPower/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
A&nbsp;TerraPower&nbsp;considera que a energia nuclear &eacute; um elemento essencial para a infraestrutura energ&eacute;tica, por isso come&ccedil;ou a desenvolver uma tecnologia batizada de reator de ondas viajantes (TWR), que pretende ser um m&eacute;todo mais seguro de gerar eletricidade a partir de fontes at&ocirc;micas.
A fiss&atilde;o nuclear, um processo em que os &aacute;tomos se dividem e liberam uma grande quantidade de energia, gera muito calor. Nas usinas nucleares convencionais, a &aacute;gua absorve esse calor, transformando-o em vapor, o qual gira uma turbina para produzir eletricidade. O problema &eacute; que o vapor tamb&eacute;m pode criar press&atilde;o dentro de um reator e causar uma explos&atilde;o.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261033-conheca-reator-nuclear-meio-paulo.htm" target="_blank" rel="sponsored">Conhe&ccedil;a o reator nuclear que fica no meio de S&atilde;o Paulo</a></li>
</ul>
A TerraPower usa um m&eacute;todo diferente, substituindo a &aacute;gua por s&oacute;dio l&iacute;quido como agente de resfriamento. A subst&acirc;ncia tem ponto de ebuli&ccedil;&atilde;o mais alto e pode absorver muito mais calor do que a &aacute;gua, o que significa que a alta press&atilde;o n&atilde;o se acumula dentro do reator.
O sistema de refrigera&ccedil;&atilde;o inovador, chamado de Natrium, n&atilde;o depende de uma fonte externa de energia para operar em caso de desligamento de emerg&ecirc;ncia do reator. Em vez disso, seu sistema funciona com o ar quente que sobe da circula&ccedil;&atilde;o natural dentro do sistema. Isso pode evitar acidentes como o da f&aacute;brica de Fukushima, no Jap&atilde;o: depois que um tsun&acirc;mi desligou o reator da usina, o sistema de resfriamento de backup, que era alimentado por motores a diesel, falhou. Sem o resfriamento do reator, a usina enfrentou o derretimento de componentes e outros problemas.
A nova tecnologia tamb&eacute;m elimina a necessidade de ur&acirc;nio enriquecido (produto controlado devido ao potencial de gerar armas at&ocirc;micas), produz menos lixo nuclear e permite redu&ccedil;&atilde;o de custos para a implanta&ccedil;&atilde;o de usinas.
Os reatores nucleares do TerraPower ainda est&atilde;o em fase experimental. O&nbsp;primeiro&nbsp;grande teste de opera&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ocorrer at&eacute; 2028, quando a primeira usina da companhia dever&aacute; come&ccedil;ar a funcionar, aproveitando a estrutura de uma antiga ind&uacute;stria de carv&atilde;o, em Wyoming, nos EUA.
A planta conta com US$ 4 bilh&otilde;es em investimentos, sendo metade bancada pela empresa e a outra parte pelo governo dos Estados Unidos. A previs&atilde;o, contudo, &eacute; que as pr&oacute;ximas instala&ccedil;&otilde;es custem pelo menos um quarto desse volume.
<h2>A energia nuclear pode n&atilde;o ser vi&aacute;vel</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/10170249993058.jpg" alt="" class="wp-image-5098" /><figcaption class="wp-element-caption">(Fonte: Wikimedia Commons/Nife/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O uso da<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/256949-cientistas-geram-energia-positiva-experimento-fusao-nuclear.htm" target="_blank" rel="sponsored"> energia nuclear como alternativa para a gera&ccedil;&atilde;o de eletricidade</a>, no entanto, n&atilde;o &eacute; consenso entre os cientistas. A maior cr&iacute;tica ao sistema at&ocirc;mico &eacute; que a principal mat&eacute;ria-prima utilizada nos reatores nucleares, o&nbsp;ur&acirc;nio, &eacute; uma subst&acirc;ncia n&atilde;o renov&aacute;vel que pode ser utilizada em uma guerra nuclear.
Al&eacute;m disso, as usinas nucleares demoram muito tempo para serem constru&iacute;das e s&atilde;o muito caras. &ldquo;Investir em nova energia nuclear &eacute; o caminho mais seguro para o desastre clim&aacute;tico&rdquo;, alerta Mark Jacobson, professor da Universidade Stanford (EUA).
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/229188-terrapower-bill-gates-avanca-usina-nuclear-experimental.htm" target="_blank" rel="sponsored">TerraPower: Bill Gates avan&ccedil;a com usina nuclear experimental</a></li>
</ul>
A pr&oacute;pria tecnologia utilizada pela iniciativa de Gates pode ser perigosa. &ldquo;A onda viajante &eacute; uma subesp&eacute;cie de um reator r&aacute;pido refrigerado a s&oacute;dio, e o hist&oacute;rico desses reatores n&atilde;o &eacute; animador&rdquo;, lembra Richard Martin, editor s&ecirc;nior da&nbsp;MIT Technology Review. O s&oacute;dio tem alta reatividade qu&iacute;mica que pode provocar acidentes, como o ocorrido em 1995 na Usina Nuclear de Monju, no Jap&atilde;o.
&ldquo;Reatores r&aacute;pidos em geral nunca foram comercialmente vi&aacute;veis, e n&atilde;o vi nada da TerraPower que sugira que seu projeto seja melhor&rdquo;, argumenta M.V. Ramana, f&iacute;sico nuclear da University of British Columbia. &ldquo;E o s&oacute;dio, por ser opaco, torna a manuten&ccedil;&atilde;o e os reparos do reator notoriamente dif&iacute;ceis&rdquo;, completa.
Certamente Gates e sua equipe est&atilde;o cientes das cr&iacute;ticas ao sistema e buscam solu&ccedil;&otilde;es para superar os desafios. Se eles v&atilde;o conseguir ou n&atilde;o desenvolver uma alternativa de energia at&ocirc;mica vi&aacute;vel, s&oacute; o futuro poder&aacute; dizer.

TerraPower/Reprodução

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TerraPower: a aposta nuclear de Bill Gates contra as mudanças climáticas

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Imagem de Como funcionam as baterias de veículos elétricos? no tecmundo

Cada vez mais populares, os elétricos prometem tomar conta das estradas nos próximos anos 

Os ve&iacute;culos el&eacute;tricos n&atilde;o s&atilde;o novidades, a inven&ccedil;&atilde;o deles precede at&eacute; mesmo os carros a combust&atilde;o, que s&atilde;o os mais usados atualmente. Apesar disso, s&oacute; muito recentemente come&ccedil;aram a ganhar uma grande proje&ccedil;&atilde;o mundial.
Com grandes preocupa&ccedil;&otilde;es como as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, esses autom&oacute;veis receberam investimentos em pesquisa e foram remodelados, tornando-se cada vez mais popular. Para isso, entretanto, uma pe&ccedil;a fundamental teve que ser repensada do zero: a bateria.
<figure class="wp-block-image aligncenter"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/10/05/05170229368238.jpg" alt="As baterias s&atilde;o o cora&ccedil;&atilde;o dos ve&iacute;culos el&eacute;tricos (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">As baterias s&atilde;o "o cora&ccedil;&atilde;o" dos ve&iacute;culos el&eacute;tricos. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
As baterias n&atilde;o s&atilde;o exclusividade dos carros el&eacute;tricos. Hoje, todo ve&iacute;culo tem uma. Naqueles de combust&atilde;o, a fun&ccedil;&atilde;o principal &eacute; dar a partida no motor e todo o resto que faz &eacute; secund&aacute;rio &mdash; acionar o r&aacute;dio, levantar os vidros e ligar os limpadores de para-brisa.
Essa limita&ccedil;&atilde;o estava ligada, em grande parte, aos limites da pr&oacute;pria tecnologia. H&aacute; algumas d&eacute;cadas, n&atilde;o era poss&iacute;vel fabricar baterias em larga escala que sustentassem um carro funcionando por v&aacute;rias horas. Mas isso come&ccedil;ou a mudar com o advento de um material especial.
<h2>Como funciona uma bateria?</h2>
Todas as baterias funcionam, em linhas gerais, de um mesmo modo,<a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/243228-nova-geracao-baterias-deve-recarregar-veiculos-eletricos-minutos.htm" target="_blank" rel="sponsored"> o que muda em cada gera&ccedil;&atilde;o &eacute; a qualidade e a pot&ecirc;ncia dos materiais usados</a>. Esses dispositivos s&atilde;o capazes de armazenar energia qu&iacute;mica que pode ser convertida em eletricidade.
Isso &eacute; feito usando dois compartimentos, um com abund&acirc;ncia de el&eacute;trons e outro com falta. Transferindo essas part&iacute;culas entre as duas metades, &eacute; gerada a famosa corrente el&eacute;trica, que faz funcionar desde brinquedos a pilha at&eacute; carros el&eacute;tricos.
Entretanto, essa estrat&eacute;gia tem um problema: quando o sistema atinge o equil&iacute;brio de cargas nas duas metades, a vida da bateria acaba. Isso foi superado quando aprendemos a recarreg&aacute;-la, ou seja, for&ccedil;ar que os el&eacute;trons voltem para o compartimento original.
<figure class="wp-block-image aligncenter"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/10/05/05170231368239.jpg" alt="Qualquer pilha ou bateria funciona a partir do mesmo princ&iacute;pio: transfer&ecirc;ncia de el&eacute;trons (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Qualquer pilha ou bateria funciona a partir do mesmo princ&iacute;pio: transfer&ecirc;ncia de el&eacute;trons. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
<h2>Quais s&atilde;o os tipos de bateria que existem?</h2>
Todas as baterias funcionam com base nesse mesmo princ&iacute;pio. A novidade que permite o surgimento de dispositivos cada vez mais poderosos consiste em novos materiais usados na produ&ccedil;&atilde;o.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/258024-cuidar-bateria-veiculo-eletrico.htm" target="_blank" rel="sponsored">Como cuidar da bateria de um ve&iacute;culo el&eacute;trico?</a></li>
</ul>
Cada um desses materiais, ou combina&ccedil;&atilde;o deles, determinar&aacute; fatores como capacidade de carga, vida &uacute;til, velocidade de recarga, entre outros. Para os ve&iacute;culos el&eacute;tricos, tr&ecirc;s tecnologias podem ser usadas: chumbo-&aacute;cido, hidreto met&aacute;lico de n&iacute;quel ou &iacute;on l&iacute;tio.
<h3>Chumbo-&aacute;cido</h3>
Inventadas em 1859, s&atilde;o as mais antigas ainda em uso e fizeram parte da primeira gera&ccedil;&atilde;o de el&eacute;tricos &mdash; que "n&atilde;o foi para a frente". Apesar disso, s&atilde;o comumente utilizadas em ve&iacute;culos de combust&atilde;o, j&aacute; que s&atilde;o baratas de produzir.
Em contrapartida, elas t&ecirc;m carga muito poluente, e sua performance n&atilde;o &eacute; t&atilde;o boa quanto das suas concorrentes mais modernas.
<h3>Hidreto e n&iacute;quel met&aacute;lico</h3>
Mais modernas que as de chumbo-&aacute;cido, come&ccedil;aram a ser usadas pela ind&uacute;stria em 1980. Diferentemente das antecessoras, s&atilde;o mais seguras, n&atilde;o cont&ecirc;m metais t&oacute;xicos e s&atilde;o f&aacute;ceis de reciclar.
Ainda hoje, o uso delas &eacute; predominante em ve&iacute;culos h&iacute;bridos, que exigem menor autonomia, j&aacute; que s&atilde;o mais baratas e t&ecirc;m uma cadeia produtiva mais madura do que as de &iacute;on de l&iacute;tio. Mas a tend&ecirc;ncia &eacute; que, aos poucos, sejam cada vez menos empregadas.
<h3>&Iacute;ons de l&iacute;tio</h3>
A novidade que permitiu <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231912-litio-importante-o-futuro-sustentavel-humanidade.htm" target="_blank" rel="sponsored">o crescimento dos el&eacute;tricos na &uacute;ltima d&eacute;cada &eacute; a bateria de &iacute;on de l&iacute;tio</a>. Desenvolvida inicialmente nos anos de 1990, elas t&ecirc;m uma densidade de energia muito alta e menor tend&ecirc;ncia de autodescarga.
As vantagens n&atilde;o param por a&iacute;. Esse material tamb&eacute;m &eacute; muito mais leve do que os demais e exige muito menos manuten&ccedil;&atilde;o, o que &eacute; um atrativo para os consumidores. Hoje, s&atilde;o populares tamb&eacute;m na ind&uacute;stria de computadores e celulares.
<figure class="wp-block-image aligncenter"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/10/05/05170233509240.jpg" alt="Com maior poder de performance, as baterias de &iacute;on l&iacute;tio s&atilde;o as mais desejadas do mercado (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Com maior poder de performance, as baterias de &iacute;on de l&iacute;tio s&atilde;o as mais desejadas do mercado. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
Essa tecnologia tamb&eacute;m contribui para resolver outro grande problema dos el&eacute;tricos: a recarga. Alguns especialistas acreditam, inclusive, que ela chega o mais pr&oacute;ximo poss&iacute;vel da capacidade total de recarga do que uma bateria poderia alcan&ccedil;ar.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261245-funciona-bateria-silicio-carbono-celulares.htm" target="_blank" rel="sponsored">Como funciona a bateria de sil&iacute;cio-carbono para celulares?</a></li>
</ul>
<h2>Como um carro el&eacute;trico &eacute; carregado?</h2>
A quest&atilde;o da recarga &eacute;, talvez, o principal gargalo na populariza&ccedil;&atilde;o de ve&iacute;culos de passeio el&eacute;tricos em todo o planeta. Afinal, conseguir uma carga completa de um carro pode levar v&aacute;rias horas, causando inconvenientes.
Existem duas formas de resolver o problema. A primeira, &eacute; &oacute;bvia: encurtando o tempo de carregamento. Existem muitos esfor&ccedil;os mundiais, volumosos em termos de quantias de dinheiro investidas anualmente, para avan&ccedil;ar nessa tecnologia. 
Apesar disso, os avan&ccedil;os ainda s&atilde;o t&iacute;midos, pois estamos muito longe de uma bateria que possa ser carregada na velocidade como a qual enchemos um tanque de combust&iacute;vel. <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/261051-mercedes-benz-anuncia-sistema-operacional-voltado-carro-eletrico.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por isso, as grandes montadoras apostam em uma solu&ccedil;&atilde;o paliativa</a>.
<figure class="wp-block-image aligncenter"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/10/05/05170235805241.jpg" alt="Recarregar uma bateria completamente leva tempo (Fonte: Shutterstock)" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Recarregar uma bateria completamente leva tempo. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
A segunda alternativa encontrada foi apostar no tempo de dura&ccedil;&atilde;o da carga. A maioria dos el&eacute;tricos do mercado atual tem autonomia o suficiente para ser usada durante uma jornada t&iacute;pica de trabalho em uma cidade grande sem precisar ser carregada.
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/249054-mesmo-usadas-baterias-veiculos-eletricos-ter-destino-nobre.htm" target="_blank" rel="sponsored">Mesmo usadas, baterias de ve&iacute;culos el&eacute;tricos podem ter destino nobre</a></li>
</ul>
Assim, os propriet&aacute;rios podem usar as horas noturnas que o ve&iacute;culo estiver ocioso para recarreg&aacute;-lo. Mas &eacute; claro, isso ainda gera inconvenientes, principalmente para pessoas que precisam percorrer muitos quil&ocirc;metros por dia.&nbsp;
Para ter uma boa compara&ccedil;&atilde;o entre as tecnologias dispon&iacute;veis no mercado, na m&eacute;dia, as baterias de chumbo-&aacute;cido t&ecirc;m autonomia de 128 km por carga, frente aos 193 alcan&ccedil;ados pelas de hidreto e n&iacute;quel met&aacute;lico. Vencedoras absolutas no quesito, as de &iacute;ons de l&iacute;tio alcan&ccedil;am impressionantes 354 km.
<h2>Vantagens e desvantagens dos el&eacute;tricos</h2>
O maior atrativo dos el&eacute;tricos &eacute; o apelo ambiental. Como n&atilde;o queimam combust&iacute;veis f&oacute;sseis, liberam menos gases de efeito estufa na atmosfera. Ve&iacute;culos a combust&atilde;o s&atilde;o os principais poluidores nas grandes cidades.
Al&eacute;m disso, se forem combinados com fontes renov&aacute;veis de eletricidade, como usinas e&oacute;licas ou solares, t&ecirc;m o potencial de reduzir drasticamente o impacto ambiental causado pelos seres humanos. N&atilde;o &eacute; por menos que governos como os dos Estados Unidos e o da China t&ecirc;m feito investimentos bilion&aacute;rios no setor nos &uacute;ltimos anos.
Mas n&atilde;o &eacute; s&oacute; o meio ambiente que ganha com a tecnologia, o consumidor tamb&eacute;m. De maneira geral, a gasolina e o diesel s&atilde;o muito mais caros do que a eletricidade, e a tend&ecirc;ncia &eacute; que o pre&ccedil;o continue a aumentar nos pr&oacute;ximos anos com a escassez de recursos.
<figure class="wp-block-image aligncenter"><a href="https://www.shutterstock.com/"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2022/10/05/05170238180245.jpg" alt="teste" /></a><figcaption class="wp-element-caption">Aliadas &agrave;s fontes de energia e&oacute;lica e solar, as baterias s&atilde;o ferramentas poderosas de combate &agrave;s mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. (Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
J&aacute; falando das desvantagens, o tempo de carregamento &eacute; a grande "pedra no sapato" das grandes montadoras. Ainda que o aumento da autonomia dos ve&iacute;culos diminua a necessidade de paradas para abastecimento, a solu&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; paliativa.
&Eacute; certo que os carros el&eacute;tricos ainda n&atilde;o conquistaram o mundo. A populariza&ccedil;&atilde;o deles ainda est&aacute; limitada por conta das tecnologias dispon&iacute;veis atualmente, que encarecem o ve&iacute;culo em compara&ccedil;&atilde;o aos de combust&atilde;o. Mas, com esfor&ccedil;os globais no investimento em uma frota de ve&iacute;culos &mdash; tanto p&uacute;blicos como privados &mdash; ambientalmente amig&aacute;veis, &eacute; poss&iacute;vel render boas mudan&ccedil;as no futuro.

Gettyimages

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Como funcionam as baterias de veículos elétricos?

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Imagem de 10 empregos do futuro que ainda não têm profissionais preparados no tecmundo

Com o avanço da tecnologia, novas áreas estão surgindo  e com elas a demanda por profissionais qualificados

Houve uma &eacute;poca na qual as pessoas temiam que a tecnologia "roubasse" os empregos. Hoje, com todos os novos avan&ccedil;os, j&aacute; aprendemos que ela pode criar novas oportunidades e, at&eacute; mesmo, carreiras antes inimagin&aacute;veis.
De fato, o trabalho nunca vai desaparecer, mas ele muda de muitas maneiras. Conhe&ccedil;a dez <a href="https://www.locaweb.com.br/blog/temas/de-olho-no-digital/como-se-preparar-para-as-profissoes-do-futuro/" target="_blank" rel="sponsored">carreiras do futuro</a> que s&atilde;o t&atilde;o novas que ainda n&atilde;o t&ecirc;m nem mesmo profissionais preparados para trabalhar nelas.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/261532-data-driven-areas-crescentes-marketing.htm" target="_blank" rel="sponsored">Tecnologia pode gerar 800 mil vagas at&eacute; 2025 e Marketing entra na conta</a></li>
</ul>
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/13153318214297.jpg" alt="" class="wp-image-5700" />A tecnologia promete mudar a forma como lidamos com o trabalho. (Fonte: Shutterstock)
<h2>1. Detetive de dados</h2>
Atualmente, estamos coletando uma quantidade enorme de informa&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o &eacute; analisada. Um detetive de dados ser&aacute; o profissional respons&aacute;vel por "chafurdar" nessas bases e gerar questionamento dos problemas comerciais de diferentes neg&oacute;cios e respostas a eles.
Quem exercer a fun&ccedil;&atilde;o deve ser curioso, implac&aacute;vel e resiliente para enfrentar uma quantidade de conhecimento nunca antes encarada por outras pessoas. O candidato ideal tamb&eacute;m dever&aacute; ter conhecimentos nas &aacute;reas de Ci&ecirc;ncia de Dados, Estat&iacute;stica e Direito.
<h2>2. Facilitador de TI pessoal</h2>
Hoje, o "card&aacute;pio" de funcionalidades que os programas e aplicativos oferecem &eacute; imensa, mas nem sempre atendem exatamente a nossas demandas. Quem nunca instalou diversos aplicativos de agenda no celular at&eacute; encontrar um que fosse mais adequado?
O facilitador de Tecnologia da Informa&ccedil;&atilde;o (TI) ser&aacute; o funcion&aacute;rio respons&aacute;vel por montar um ambiente de trabalho digital ideal para pessoas e empresas. Esse profissional deve ser capaz de identificar e entender as demandas do cliente, al&eacute;m de encontrar as melhores funcionalidades para atend&ecirc;-las. Experi&ecirc;ncia anterior e forma&ccedil;&atilde;o em TI ser&atilde;o desej&aacute;veis.
<h2>3. Diretor de negocia&ccedil;&otilde;es &eacute;ticas</h2>
Cada vez mais as corpora&ccedil;&otilde;es est&atilde;o preocupadas com o compromisso &eacute;tico dos seus neg&oacute;cios. Pressionados por clientes e acionistas que n&atilde;o admitem mais empresas que violem direitos humanos e sem compromisso ambiental, ser&aacute; necess&aacute;rio um profissional capaz de supervisionar esses aspectos.
Para atuar como diretor de negocia&ccedil;&otilde;es &eacute;ticas, o candidato ideal dever&aacute; ter forma&ccedil;&atilde;o em Direito, Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas ou Filosofia, capacidade diplom&aacute;tica e vis&atilde;o de neg&oacute;cios. Ele ser&aacute; membro do comit&ecirc; de &eacute;tica e respons&aacute;vel por garantir que a empresa atenda &agrave;s exig&ecirc;ncias de seus&nbsp;stakeholders.
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/13153325948298.jpg" alt="" class="wp-image-5701" />Cada vez mais, especialistas de diversas &aacute;reas dever&atilde;o aprender a lidar com uma grande quantidade de dados. (Fonte: Shutterstock)
<h2>4. Gerente de neg&oacute;cios de intelig&ecirc;ncia artificial (IA)</h2>
Conforme a intelig&ecirc;ncia artificial avan&ccedil;a, novas empresas surgir&atilde;o no setor e necessitar&atilde;o de um colaborador capaz de criar e gerenciar um modelo de vendas para esses produtos.
O gerente de neg&oacute;cios de IA ser&aacute; respons&aacute;vel por criar valor e organizar as equipes de desenvolvimento de produtos, vendas, marketing e outros parceiros. Ser&aacute; necess&aacute;rio experi&ecirc;ncia na &aacute;rea, talento para neg&oacute;cios e forma&ccedil;&atilde;o em Administra&ccedil;&atilde;o.
<h2>5. Mestre de computa&ccedil;&atilde;o na borda</h2>
A computa&ccedil;&atilde;o de borda &mdash; intimamente ligada &agrave; Internet das Coisas (IoT) &mdash;, &eacute; feita na regi&atilde;o mais pr&oacute;xima &agrave; gera&ccedil;&atilde;o de dados poss&iacute;vel, com capacidade de processamento, an&aacute;lise e armazenamento quase em tempo real. Com o avan&ccedil;o dessa &aacute;rea, cada vez mais ser&aacute; necess&aacute;rio um colaborador capaz de executar essas fun&ccedil;&otilde;es cotidianamente.
Al&eacute;m de <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/228839-ciencia-dados.htm" target="_blank" rel="sponsored">forma&ccedil;&atilde;o em Ci&ecirc;ncias de Dados</a>, quem atuar nesse setor ter&aacute; que conhecer a fundo o segmento de atua&ccedil;&atilde;o da empresa. Afinidade e conhecimento com novos campos, como o da IoT, ser&aacute; um diferencial para os candidatos.
<ul>
<li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/seguranca/261287-tres-cenarios-tecnologicos-acompanhar-2023-segundo-mit.htm" target="_blank" rel="sponsored">Tr&ecirc;s cen&aacute;rios tecnol&oacute;gicos para acompanhar em 2023, segundo MIT</a></li>
</ul>
<h2>6. T&eacute;cnico de sa&uacute;de a dist&acirc;ncia</h2>
O avan&ccedil;o da IA tamb&eacute;m chegar&aacute; &agrave; &aacute;rea da sa&uacute;de. Com aux&iacute;lio de supercomputadores, diagn&oacute;sticos e tratamentos n&atilde;o ser&atilde;o mais atividades exclusivas para m&eacute;dicos. No futuro, com aux&iacute;lio de superalgoritmos, bastar&aacute; um t&eacute;cnico capaz de prescrever medicamentos e avaliar pacientes.
Ainda assim, ser&aacute; necess&aacute;ria alguma qualifica&ccedil;&atilde;o superior na Sa&uacute;de, como Farm&aacute;cia ou Enfermagem, bem como conhecimentos suficientes de inform&aacute;tica. Tamb&eacute;m ser&aacute; desej&aacute;vel pessoas com habilidades interpessoais fortes para atender bem os pacientes.
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/13153330964299.jpg" alt="" class="wp-image-5702" />A Internet das Coisas precisar&aacute; de profissionais capazes de gerir, manipular e interpretar os dados coletados de clientes (Fonte: Shutterstock)
<h2>7. Analista de cidades inteligentes</h2>
Em breve, com o avan&ccedil;o da Internet das Coisas, todas as cidades ter&atilde;o um fluxo enorme de conte&uacute;do digital para gerir, indo desde informa&ccedil;&otilde;es sobre os cidad&atilde;os &mdash; como n&uacute;mero do Cadastro de Pessoas F&iacute;sicas (CPF) ou o cadastro no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) &mdash; at&eacute; dados de tr&aacute;fego, criminalidade ou polui&ccedil;&atilde;o.
Por isso, ser&atilde;o necess&aacute;rios analistas qualificados para controlar toda essa informa&ccedil;&atilde;o. Engenheiros de dados ser&atilde;o particularmente requisitados para a fun&ccedil;&atilde;o, principalmente aqueles com boas habilidades em manuten&ccedil;&atilde;o de circuitos.
<h2>8. Diretor de portf&oacute;lio gen&ocirc;mico</h2>
Cada vez mais nossa capacidade de manipular o c&oacute;digo gen&eacute;tico para criar produtos biotecnol&oacute;gicos avan&ccedil;a e, com isso, surgir&aacute; a necessidade de um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259739-genomica-futuro-ciencia-entre.htm" target="_blank" rel="sponsored">profissional capaz de manejar todo o portf&oacute;lio gen&ocirc;mico das empresas desse segmento</a>.
Com uma forma&ccedil;&atilde;o s&oacute;lida em Gen&eacute;tica e Biologia, al&eacute;m de um "olho agu&ccedil;ado" para o mercado, esses servidores dever&atilde;o elaborar estrat&eacute;gias para criar um banco de material gen&eacute;tico competitivo e interessante no mercado de Biotecnologia.
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/13153335151300.jpg" alt="" class="wp-image-5703" />A evolu&ccedil;&atilde;o da Biotecnologia e da Rob&oacute;tica tamb&eacute;m trar&atilde;o novidades para o mercado de trabalho (Fonte: Shutterstock)
<h2>9. Gestor de equipes mistas humano-m&aacute;quina</h2>
A automa&ccedil;&atilde;o veio para ficar. Com o aumento do n&uacute;mero de rob&ocirc;s atuando nos mais distintos setores da economia, &eacute; comum que haja equipes de trabalhadores humanos e m&aacute;quinas trabalhando em conjunto.
Tamb&eacute;m n&atilde;o ser&aacute; raro que surjam problemas e disputas entre profissionais com demandas t&atilde;o distintas e, por isso, algu&eacute;m capaz de liderar essas equipes ser&aacute;, n&atilde;o s&oacute; desej&aacute;vel, como necess&aacute;rio. Um profissional dessa fun&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ter forma&ccedil;&atilde;o em Psicologia e especializa&ccedil;&atilde;o em intera&ccedil;&otilde;es entre humanos e rob&ocirc;s.
<h2>10. Alfaiate digital</h2>
Com o aumento da demanda do com&eacute;rcio digital, novas profiss&otilde;es no setor de atendimento ao cliente tamb&eacute;m surgir&atilde;o. Uma delas &eacute; o alfaiate digital, colaborador capaz de atender e elaborar uma vestimenta com o caimento perfeito para os clientes &mdash; tudo isso a dist&acirc;ncia.
Esse profissional dever&aacute; ter uma forma&ccedil;&atilde;o na &aacute;rea de moda e costura, al&eacute;m de ser capaz de operar dispositivos como pulseiras inteligentes para tirar medidas e coletar outras informa&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias de maneira remota.
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/13153343229301.jpg" alt="" class="wp-image-5704" />At&eacute; mesmo profissionais tradicionais, como alfaiates, ter&atilde;o que se adaptar &agrave;s novas tecnologias. (Fonte: Shutterstock)
O mercado de trabalho nunca foi est&aacute;tico. H&aacute; 10 anos nunca pensar&iacute;amos que carreiras como youtuber ou gamer profissional fossem poss&iacute;veis e t&atilde;o atrativas. Por&eacute;m, tarefas como ascensorista praticamente n&atilde;o existem mais.
Todo emprego, novo e antigo, tem algo em comum: foi alterado pela tecnologia. E n&atilde;o se trata apenas das &aacute;reas de TI e desenvolvimento web. A forma como geramos energia, locomovemo-nos e produzimos alimentos, tudo isso est&aacute; sujeito ao avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico.
Por isso, esta lista de profiss&otilde;es do futuro passa por &aacute;reas t&atilde;o diferentes, desde Inform&aacute;tica at&eacute; Direito, Biotecnologia e Atendimento ao Cliente. Considerando isso, algo &eacute; certo: o futuro profissional ser&aacute; dos mais preparados e adapt&aacute;veis aos avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos.

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10 empregos do futuro que ainda não têm profissionais preparados

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Imagem de Wi-Fi 6: vale a pena migrar para a nova geração da internet sem fio? no tecmundo

Tecnologia Wi-Fi 6 foi criada há 3 anos e está aprovada pela Anatel para ser utilizada no Brasil 

O n&uacute;mero de dispositivos conectados via&nbsp;Wi-Fi&nbsp;vem crescendo exponencialmente. Isso se deve, em especial, aos equipamentos da Internet das Coisas (IoT), que saltaram de 800 milh&otilde;es de unidades em 2010 para 13,8 bilh&otilde;es em 2021, segundo levantamento da empresa Statista, especializada em dados do mercado.
Esse n&uacute;mero deve continuar crescendo, e o total de gadgets conectados &agrave; IoT deve chegar a 30,9 bilh&otilde;es em 2025. Assim como as tend&ecirc;ncias tecnol&oacute;gicas anteriores, como os dispositivos m&oacute;veis, essa mudan&ccedil;a no ambiente operacional representa um impacto consider&aacute;vel na gest&atilde;o da rede de sistemas conectados &agrave; internet.
De acordo com dados da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Internet (Abranet), em 2023 cada pessoa no mundo ter&aacute; uma m&eacute;dia de 3,6 dispositivos e conex&otilde;es, frente a 2,4 per capita registrados em 2018. Cada resid&ecirc;ncia ter&aacute; quase 10 equipamentos conectados. As aplica&ccedil;&otilde;es de IoT representar&atilde;o metade do total mundial de dispositivos e conex&otilde;es.
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<li>Veja tamb&eacute;m:<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/230884-internet-coisas-entenda-funciona.htm" target="_blank" rel="sponsored"> Internet das coisas: entenda o que &eacute; e como funciona</a></li>
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Toda essa transforma&ccedil;&atilde;o<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/218089-quantos-dispositivos-conectados-roteador-aguenta.htm" target="_blank" rel="sponsored"> coloca uma press&atilde;o extra nos&nbsp;roteadores</a>, podendo prejudicar a velocidade e a qualidade das conex&otilde;es. Para conseguir atender &agrave; demanda, o wireless vem sendo aprimorado constantemente desde a cria&ccedil;&atilde;o, em 1999, at&eacute; atingir o &uacute;ltimo padr&atilde;o Wi-Fi, na sexta gera&ccedil;&atilde;o da tecnologia.
<h2>O que &eacute; Wi-Fi 6?</h2>
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/31145232870387-1024x590.jpg" alt="" class="wp-image-5044" />(Fonte: Wi-Fi Alliance/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Wi-Fi 6, tamb&eacute;m conhecido como 802.11AX, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/145966-wifi-6-novo-padrao-conexao-fio-lancado-oficialmente.htm" target="_blank" rel="sponsored">&eacute; a vers&atilde;o mais recente do padr&atilde;o que permite conex&atilde;o sem fio &agrave; internet</a>. A nova especifica&ccedil;&atilde;o, lan&ccedil;ada em 2019, tem v&aacute;rias novas tecnologias que a tornam mais r&aacute;pida e eficiente do que a gera&ccedil;&atilde;o anterior, o Wi-Fi 5 (802.11AC), que ainda domina o mercado de wireless.
Al&eacute;m de oferecer maior velocidade de conex&atilde;o, o novo padr&atilde;o dobra a banda Wi-Fi, de 80 MHz para 160 MHz. Isso permite melhor desempenho do wireless em &aacute;reas congestionadas com centenas e at&eacute; milhares de dispositivos conectados, como espa&ccedil;os p&uacute;blicos, redes corporativas e at&eacute; resid&ecirc;ncias com muitos equipamentos de IoT.
A Wi-Fi Alliance, respons&aacute;vel pela tecnologia, j&aacute; certificou mais de 400 dispositivos e roteadores Wi-Fi 6E. A International Data Corporation (IDC) prev&ecirc; que, neste ano, a ind&uacute;stria produzir&aacute; cerca de 350 milh&otilde;es de equipamentos com o padr&atilde;o mais recente. A maioria dos modelos lan&ccedil;ados depois do Samsung Galaxy S10 e do iPhone 11 j&aacute; v&ecirc;m com Wi-Fi 6.
Em 2020, os recursos e as capacidades do padr&atilde;o foram estendidos para a banda de 6 GHz, no que foi conhecido como Wi-Fi 6E. A especifica&ccedil;&atilde;o pode utilizar at&eacute; 14 canais adicionais de 80 MHz ou 7 canais adicionais super-wide de 160 MHz para aplica&ccedil;&otilde;es como streaming de v&iacute;deo de alta defini&ccedil;&atilde;o e realidade virtual.
<h2>Quais s&atilde;o as tecnologias embutidas?</h2>
<img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/31150016294393-1.jpg" alt="" class="wp-image-5045" />(Fonte: TP-Link/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Wi-Fi 6 &eacute; o pr&oacute;ximo passo para projetos de alta capacidade. O padr&atilde;o otimiza o n&iacute;vel de desempenho de tal forma que deve mudar o modo como o mundo funciona. Tudo isso &eacute; garantido por um pacote de novas tecnologias que permitem maior efici&ecirc;ncia nas redes wireless.
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<li>Leia tamb&eacute;m: <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/261020-impacto-wi-fi-6-latencia-jogos-diferenca.htm" target="_blank" rel="sponsored">O impacto do Wi-Fi 6 na lat&ecirc;ncia dos jogos: faz diferen&ccedil;a?</a></li>
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<h3>Acesso m&uacute;ltiplo por OFDMA</h3>
A multiplexa&ccedil;&atilde;o por divis&atilde;o de frequ&ecirc;ncias ortogonais (OFDMA) compartilha canais de forma eficaz para aumentar a capacidade da rede e diminuir a lat&ecirc;ncia para o tr&aacute;fego de&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/conexao/2669-o-que-e-hspa-.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">uplink e downlink</a>. A partir da atribui&ccedil;&atilde;o de subcanais, o recurso permite a aloca&ccedil;&atilde;o de esta&ccedil;&otilde;es m&oacute;veis dependendo das condi&ccedil;&otilde;es do canal e dos requisitos de servi&ccedil;o.
<h3>MU-MIMO</h3>
A tecnologia multiusu&aacute;rio, entrada m&uacute;ltipla, sa&iacute;da m&uacute;ltipla (MU-MIMO) foi criada para ajudar a aumentar o n&uacute;mero de usu&aacute;rios simult&acirc;neos que um &uacute;nico ponto de acesso pode suportar. No Wi-Fi 5, a tecnologia &eacute; limitada a transmiss&otilde;es de downlink; j&aacute; no Wi-Fi 6, o recurso inclui o uplink, permitindo que um ponto de acesso transmita e receba simultaneamente de v&aacute;rios transmissores.
<h3>TWT</h3>
O target wake time (TWT) reduz o consumo de energia e melhora a efici&ecirc;ncia espectral, permitindo que os dispositivos determinem com que frequ&ecirc;ncia ligar para enviar ou receber dados. Essa tecnologia permite que as implanta&ccedil;&otilde;es de 802.11ax forne&ccedil;am consistentemente maior qualidade de servi&ccedil;o a muitos dispositivos diferentes com m&iacute;nima conten&ccedil;&atilde;o ou sobreposi&ccedil;&atilde;o.
<h3>1024-QAM</h3>
O 1024-QAM permite aumento de 25% na taxa de dados em pontos de acesso e dispositivos Wi-Fi 6. Variando tanto a fase quanto a amplitude das ondas de r&aacute;dio, a tecnologia melhora a efici&ecirc;ncia espectral ao incorporar mais dados em cada transmiss&atilde;o.
<h3>Transmit beamforming</h3>
Transmit beamforming &eacute; uma t&eacute;cnica vers&aacute;til para transmiss&atilde;o de sinal de um conjunto de v&aacute;rias antenas para um ou v&aacute;rios usu&aacute;rios. Nas comunica&ccedil;&otilde;es sem fio, o objetivo &eacute; aumentar a pot&ecirc;ncia do sinal no usu&aacute;rio pretendido e reduzir a interfer&ecirc;ncia em usu&aacute;rios n&atilde;o previstos.
<h3>BSS Coloring</h3>
O Basic Service Set (BSS) Coloring marca frequ&ecirc;ncias compartilhadas para permitir que os pontos de acesso de Wi-Fi 6 determinem se o uso simult&acirc;neo do espectro &eacute; permitido. Essa tecnologia reduz a interfer&ecirc;ncia devido ao congestionamento e garante um servi&ccedil;o consistente para v&aacute;rios dispositivos conectados em ambientes de alta densidade.
<h2>Para que serve o novo padr&atilde;o?</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/31150343247396-1.jpg" alt="" class="wp-image-5046" /><figcaption class="wp-element-caption">(Fonte: Samsung/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O&nbsp;Wi-Fi 6&nbsp;fornece a base para uma s&eacute;rie de usos atuais e emergentes, desde streaming de filmes em 8K at&eacute; a utiliza&ccedil;&atilde;o de jogos que exigem alta largura de banda e baixa lat&ecirc;ncia. Mesmo em redes grandes e congestionadas em est&aacute;dios, aeroportos, esta&ccedil;&otilde;es de metr&ocirc; e trem, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/231416-wi-fi-6-ganha-comunicacao-multipla-gerenciamento-energia.htm" target="_blank" rel="sponsored">a tecnologia garante uma conex&atilde;o produtiva</a>.
O padr&atilde;o pode beneficiar corpora&ccedil;&otilde;es em que os funcion&aacute;rios acessam grandes arquivos de servidores de internos e da nuvem, permitindo colabora&ccedil;&atilde;o de alta performance. O Wi-Fi 6 permite ainda que institui&ccedil;&otilde;es de ensino expandam os sistemas de aprendizagem digital, aumentando a participa&ccedil;&atilde;o de treinamentos em&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/realidade-virtual" rel="noreferrer noopener" target="_blank">realidade virtual</a>&nbsp;(RV) e realidade aumentada (RA).
Na Sa&uacute;de, a tecnologia possibilita o aumento da telemedicina, a transmiss&atilde;o de imagens em 3D em tempo real, as cirurgias remotas e o aprimoramento do acompanhamento a dist&acirc;ncia de pacientes cr&iacute;ticos. O padr&atilde;o oferece tamb&eacute;m a possibilidade de upgrade de softwares industriais para garantir seguran&ccedil;a e opera&ccedil;&otilde;es mais eficientes das m&aacute;quinas.
<h2>Quais s&atilde;o as diferen&ccedil;as na pr&aacute;tica entre Wi-Fi 6 e Wi-Fi 5?</h2>
<figure class="wp-block-image aligncenter size-full"><img src="https://tecme_stg.tecmundo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/06180509302377.jpg" alt="" class="wp-image-5047" /><figcaption class="wp-element-caption">(Fonte: Shutterstock)</figcaption></figure>
O Wi-Fi 6 permite velocidades de at&eacute; 9,6 gigabits por segundo (Gbps), acima dos 3,5 Gbps do Wi-Fi 5. &Eacute; bom lembrar que esses n&uacute;meros s&atilde;o te&oacute;ricos e provavelmente nunca ser&atilde;o alcan&ccedil;ados, mas ainda &eacute; quase o triplo da largura de banda do Wi-Fi 5, o que significa mais velocidade para todos os dispositivos em uma rede.
O suporte multiusu&aacute;rio do OFDMA do Wi-Fi 6, comparado ao suporte de usu&aacute;rio &uacute;nico do OFDM do Wi-Fi 5, pode tornar o novo padr&atilde;o mais eficiente e permitir tempos de resposta de solicita&ccedil;&atilde;o r&aacute;pidos e simult&acirc;neos.
O padr&atilde;o anterior de wireless usa apenas a banda de frequ&ecirc;ncia de 5 GHz para a transmiss&atilde;o de dados. A gera&ccedil;&atilde;o mais recente pode usar bandas de 2,4 GHz, 5 GHz e at&eacute; 6 GHz, suportando melhor a taxa de transfer&ecirc;ncia.
<h2>Vale a pena migrar agora?</h2>
O Wi-Fi 6 tem mais benef&iacute;cios do que apenas a velocidade e &eacute; focado na implementa&ccedil;&atilde;o de IoT. Para quem tem mais de 20 dispositivos na rede dom&eacute;stica inteligente ou planeja expandi-la, o upgrade vale a pena. No entanto, &eacute; preciso garantir que a maioria, se n&atilde;o todos, desses dispositivos tenha suporte a Wi-Fi 6, para que possam se beneficiar de wireless atualizada.
No caso de configura&ccedil;&otilde;es de escrit&oacute;rio ou p&uacute;blicas com muitos usu&aacute;rios, &eacute; mais prov&aacute;vel que a migra&ccedil;&atilde;o para o Wi-Fi 6 seja um bom neg&oacute;cio. Contudo, o Wi-Fi 6 ainda &eacute; novo, portanto roteadores e outros hardwares custar&atilde;o mais caros que os da gera&ccedil;&atilde;o anterior.

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Wi-Fi 6: vale a pena migrar para a nova geração da internet sem fio?

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Tem cor nova chegando para os fones mais diferenciados da #Huawei ! #huaweifreeclip #fashioedge

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