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Imagem de Darwin e Wallace: conflito de 150 anos na evolução de machos e fêmeas é 'resolvido' por IA no tecmundo

O conflito de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace sobre seleção sexual e seleção natural foi resolvido por uma IA; saiba mais.

A maior parte da comunidade cient&iacute;fica acredita <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/20839-teoria-da-evolucao-de-darwin-nao-e-um-plagio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na teoria da evolu&ccedil;&atilde;o de Charles Darwin</a>, mas tamb&eacute;m h&aacute; quem prefira acreditar nos estudos do tema desenvolvidos pelo naturalista e bi&oacute;logo brit&acirc;nico Alfred Russel Wallace.&nbsp;
No caso de Darwin,&nbsp;sua teoria afirma que a sele&ccedil;&atilde;o sexual impulsionou a varia&ccedil;&atilde;o de cores e padr&otilde;es em borboletas machos,&nbsp;contudo, n&atilde;o faz parte da sele&ccedil;&atilde;o natural; enquanto isso, Wallace discordou do conceito.
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273649-olhos-borboleta-ver-cancer-veja-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Olhos de borboleta para ver o c&acirc;ncer! Confira estudo</a></li>
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Segundo Alfred, a sele&ccedil;&atilde;o natural desempenhava um papel t&atilde;o importante quanto a sele&ccedil;&atilde;o sexual, mas Darwin descreve que a sele&ccedil;&atilde;o sexual estava apenas relacionada ao sucesso do acasalamento. Um novo estudo publicado na revista cient&iacute;fica Communications Biology sugere que um time de pesquisadores conseguiu entender melhor os conflitos dessa quest&atilde;o por meio do uso de intelig&ecirc;ncia artificial (IA).
Os cientistas utilizaram um modelo de aprendizagem autom&aacute;tica para analisar mais de 16 mil imagens de partes dorsais e ventrais de<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261738-cientistas-inventam-tinta-pigmentos-inspirada-borboletas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;borboletas asas-de-p&aacute;ssaro</a>.&nbsp;O objetivo foi compreender as varia&ccedil;&otilde;es sexuais e interespec&iacute;ficas desses insetos.&nbsp;
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/03/03103815095080.jpg" alt="O impasse entre Darwin e Wallace, sobre as varia&ccedil;&otilde;es de cores entre as borboletas persiste por 150 anos.&nbsp;" />O impasse entre Darwin e Wallace, sobre as varia&ccedil;&otilde;es de cores entre as borboletas persiste por 150 anos.&nbsp;
A esp&eacute;cie foi escolhida devido &agrave;s suas caracter&iacute;sticas distintas em machos e f&ecirc;meas. Comumente, as diferen&ccedil;as evolutivas s&atilde;o melhor observadas a olho nu nos machos, mas a IA permitiu que eles descobrissem evolu&ccedil;&otilde;es in&eacute;ditas nas borboletas f&ecirc;meas.
&ldquo;Este &eacute; um momento emocionante, quando a aprendizagem autom&aacute;tica permite testes novos e em grande escala de quest&otilde;es de longa data na ci&ecirc;ncia evolutiva. Pela primeira vez somos capazes de medir a extens&atilde;o vis&iacute;vel da evolu&ccedil;&atilde;o para testar quanta varia&ccedil;&atilde;o est&aacute; presente em diferentes grupos biol&oacute;gicos e entre machos e f&ecirc;meas. A aprendizagem autom&aacute;tica possibilita novas informa&ccedil;&otilde;es sobre os processos evolutivos que geram e mant&ecirc;m a biodiversidade, inclusive em grupos historicamente negligenciados&rdquo;, disse uma das autoras e associada da Universidade de Essex (Reino Unido), Jennifer Cuthill.
<h2>O conflito de Darwin e Wallace: machos e f&ecirc;meas</h2>
Darwin acreditava que os machos tinham mais varia&ccedil;&otilde;es evolutivas, enquanto as f&ecirc;meas tinham menos, pois suas escolhas eram baseadas na apar&ecirc;ncia de seus parceiros. Para Wallace, a sele&ccedil;&atilde;o sexual era justamente a maior diferen&ccedil;a. Os resultados da IA apontam que, apesar de os machos terem formas mais variadas, as f&ecirc;meas tamb&eacute;m apresentam uma diversidade evolutiva t&atilde;o grande quanto.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Natural History Museum / Universidade de Essex&nbsp;" data-fonte-url="https://www.essex.ac.uk/news/2024/07/01/ai-powered-study-explores-under-researched-female-evolution"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/03/03091853476026.jpg" alt="A imagem apresenta as borboletas asa-de-p&aacute;ssaro; &agrave; esquerda est&atilde;o as f&ecirc;meas e &agrave; direita, os machos." />A imagem apresenta as borboletas asa-de-p&aacute;ssaro; &agrave; esquerda est&atilde;o as f&ecirc;meas e &agrave; direita, os machos.
O modelo de Intelig&ecirc;ncia Artificial aponta que as diferen&ccedil;as evolutivas foram observadas nos dois sexos das borboletas. Os machos mostraram uma maior varia&ccedil;&atilde;o na apar&ecirc;ncia, provavelmente devido &agrave; caracter&iacute;stica descrita por Darwin. Por&eacute;m, as f&ecirc;meas tamb&eacute;m apresentaram evolu&ccedil;&otilde;es sutis que n&atilde;o podem ser observadas a olho nu.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/253422-raro-manuscrito-escrito-charles-darwin-1865-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Raro manuscrito escrito por Charles Darwin em 1865 vai a leil&atilde;o</a></li>
</ul>
Apesar de citar a borboleta asa-de-p&aacute;ssaro, os cientistas afirmam que as diferen&ccedil;as evolutivas s&atilde;o mais &oacute;bvias em machos de todas as esp&eacute;cies. Felizmente, a tecnologia atual conseguiu detectar as mudan&ccedil;as evolutivas nas f&ecirc;meas &mdash; no fim, tanto a sele&ccedil;&atilde;o sexual quanto a natural parecem ser de grande import&acirc;ncia. O resultado 'abre as portas' para mais estudos de evolu&ccedil;&atilde;o na &aacute;rea, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260072-aprendizado-maquina-ajuda-busca-inteligencia-extraterrestre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">principalmente com o uso de t&eacute;cnicas de aprendizado de m&aacute;quina</a>.
"No entanto, dentro do grupo de borboletas com asas de p&aacute;ssaros, encontramos exemplos contrastantes em que as f&ecirc;meas das borboletas com asas de p&aacute;ssaros s&atilde;o mais diversas no fen&oacute;tipo vis&iacute;vel do que os machos, e vice-versa. A alta diversidade vis&iacute;vel entre as borboletas machos apoia a import&acirc;ncia real da sele&ccedil;&atilde;o sexual a partir da escolha do parceiro feminino na varia&ccedil;&atilde;o masculina, como originalmente sugerido por Darwin", disse um dos autores do estudo, o Dr. Hoyal Cuthill, em um comunicado oficial.
Gostou do conte&uacute;do? Ent&atilde;o, fique por dentro de mais novidades sobre ci&ecirc;ncia aqui TecMundo. Se desejar, aproveite para entender como o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280884-conceito-darwin-mamiferos-machos-mudar-nova-evidencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conceito de Darwin sobre mam&iacute;feros machos pode mudar ap&oacute;s uma nova evid&ecirc;ncia.</a>

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Darwin e Wallace: conflito de 150 anos na evolução de machos e fêmeas é 'resolvido' por IA

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Imagem de Lobo mumificado de 44 mil anos encontrado no permafrost da Sibéria pode conter bactérias vivas no tecmundo

O corpo de lobo encontrado no permafrost do rio Tirekhtyakh, na Rússia Oriental, pode conter bactérias vivais não conhecidas pela ciência moderna. 

Uma equipe de pesquisadores&nbsp;descobriu uma esp&eacute;cie de lobo completamente mumificada em uma regi&atilde;o da Sib&eacute;ria, perto de um rio na Rep&uacute;blica de Sakha.&nbsp;O animal aparenta ter 44 mil anos e foi retirado do permafrost &mdash; se trata de uma camada de solo permanentemente congelada, comumente encontrada em regi&otilde;es &aacute;rticas, onde a temperatura do solo permanece <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282309-desafios-fisica-alcancar-zero-absoluto-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abaixo de 0 graus Celsius</a>.
A esp&eacute;cie foi descoberta cerca de 40 metros abaixo da superf&iacute;cie, no permafrost do rio Tirekhtyakh, na R&uacute;ssia Oriental. O mais impressionante &eacute; que o corpo do lobo est&aacute; consideravelmente preservado; ele foi transferido para a Academia de Ci&ecirc;ncias da Rep&uacute;blica de Sakha, onde cientistas de diferentes universidades realizaram uma aut&oacute;psia.
<ul>
<li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/241092-bebe-mamute-congelado-30-mil-anos-encontrado-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beb&ecirc; mamute congelado de 30 mil anos &eacute; encontrado no Canad&aacute;</a></li>
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Durante a an&aacute;lise, os pesquisadores coletaram amostras dos &oacute;rg&atilde;os e conte&uacute;dos que estavam armazenados no sistema digestivo do lobo. A equipe acredita que a esp&eacute;cie pode conter bact&eacute;rias vivas, pois n&atilde;o &eacute; t&atilde;o incomum que bact&eacute;rias sobrevivam em f&oacute;sseis por milhares de anos.&nbsp;No entanto, eles continuam estudando as amostras para entender se o animal mumificado pode conter alguma bact&eacute;ria.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28095902610044.jpg" alt="O esp&eacute;cime &eacute; o primeiro lobo adulto completamente preservado, datado do Pleistoceno tardio." />O esp&eacute;cime &eacute; o primeiro lobo adulto completamente preservado, datado do Pleistoceno tardio.
&ldquo;O est&ocirc;mago dele est&aacute; preservado de forma isolada, n&atilde;o h&aacute; contaminantes, ent&atilde;o a tarefa n&atilde;o &eacute; trivial. Como resultado da prepara&ccedil;&atilde;o, esperamos obter um instant&acirc;neo da biota do antigo Pleistoceno. Era um predador ativo e grande, temos a oportunidade de descobrir o que comia. Al&eacute;m disso, os objetos que suas v&iacute;timas consumiram tamb&eacute;m acabaram em seu est&ocirc;mago&rdquo;, disse o chefe do departamento de estudo da fauna de mamutes da Academia de Ci&ecirc;ncias, Albert Protopopov.
<h2>Lobo mumificado e bact&eacute;ria viva</h2>
O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/256962-o-permafrost-o-que-cientistas-encontrar-nele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost &eacute; uma camada congelada do subsolo</a> que oferece condi&ccedil;&otilde;es ideais para a preserva&ccedil;&atilde;o de corpos de animais, pois suas condi&ccedil;&otilde;es frias e secas desidratam os tecidos moles e permitem a mumifica&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
A primeira an&aacute;lise aponta que o lobo era um macho grande e ativo; os conte&uacute;dos alimentares das suas v&iacute;timas tamb&eacute;m estavam no est&ocirc;mago do lobo. Al&eacute;m das bact&eacute;rias, os cientistas tamb&eacute;m est&atilde;o procurando por algum tipo de v&iacute;rus que possa ter sobrevivido &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es extremas.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28090616160024.jpg" alt="O lobo mumificado de 44 mil anos foi encontrado em boas condi&ccedil;&otilde;es e est&aacute; sendo estudado por cientistas." />O lobo mumificado de 44 mil anos foi encontrado em boas condi&ccedil;&otilde;es e est&aacute; sendo estudado por cientistas.
As <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272901-retorno-mortos-vivos-conheca-5-virus-zumbi-permafrost.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poss&iacute;veis bact&eacute;rias, v&iacute;rus e outros microorganismos</a> do animal podem estar em estado de dorm&ecirc;ncia devido &agrave;s temperaturas abaixo de zero. O objetivo dos pesquisadores &eacute; utilizar essas bact&eacute;rias na &aacute;rea da biomedicina moderna.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/254791-estudo-derretimento-geleiras-libera-toneladas-bacterias-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Derretimento de geleiras libera toneladas de bact&eacute;rias ao ambiente</a></li>
</ul>
&ldquo;Esperamos bons resultados que nos permitam avan&ccedil;ar um pouco mais na compreens&atilde;o do que eram as antigas comunidades microbianas, que fun&ccedil;&atilde;o desempenhavam e at&eacute; que ponto bact&eacute;rias patog&ecirc;nicas perigosas estavam representadas em sua estrutura. Talvez sejam descobertos microrganismos que possam ser utilizados na medicina e na biotecnologia como produtores promissores de subst&acirc;ncias biologicamente ativas&rdquo;, disse o professor do Departamento de Epidemiologia, Parasitologia e Desinfec&ccedil;&atilde;o da North-Western State Medical University, Artemy Goncharov.
Gostou do conte&uacute;do? Ent&atilde;o, fique por dentro de mais novidades sobre ci&ecirc;ncia aqui TecMundo. Se desejar, aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279768-terra-virou-bola-neve-ha-717-milhoes-anos-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a Terra virou uma bola de neve h&aacute; 717 milh&otilde;es de anos.</a>

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Lobo mumificado de 44 mil anos encontrado no permafrost da Sibéria pode conter bactérias vivas

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Imagem de Cientistas descobrem fragmentos da crosta primordial da Terra na Austrália no tecmundo

No estudo, os pesquisadores desenvolveram um método inédito de amostragem por meio de componentes antigos dentro de diques.

<head></head><body>Pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália,&nbsp;tiveram acesso a fragmentos da antiga crosta continental da Terra. A idade e a composição dessas rochas primordiais foram "obtidas a partir de modelagem isotópica indireta ou por meio de minerais detríticos [que se originam da desintegração física e decomposição química] em bacias sobrejacentes", diz o estudo.Essas amostras, com idades próximas aos 4,5 bilhões de anos do nosso planeta, foram detectadas perto da cidade de Collie, uma das principais regiões de mineração de carvão na Austrália Ocidental. Isso mostra que as rochas antigas do país cobrem uma área muito maior do que as tradicionalmente estudadas no sítio de Murchison, que fica a mais de mil quilômetros do local.&nbsp;<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275164-conheca-importancia-3-principais-camadas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A importância das 3 principais camadas da Terra</a></li></ul>A crosta continental é uma camada relativamente fina do planeta, quando comparada às demais, mas é fundamental para a geologia e a vida na Terra,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279757-continente-desaparecer-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;pois é a base dos continentes e algumas áreas das plataformas continentais</a>, além de apoiar os ecossistemas e fornecer recursos, como a água doce, para a civilização.<h2>A costa primordial da Terra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Christopher Kirkland et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://images.theconversation.com/files/599383/original/file-20240609-21-ibir0g.jpg?ixlib=rb-4.1.0&amp;q=30&amp;auto=format&amp;w=754&amp;h=568&amp;fit=crop&amp;dpr=2"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24101840515053.jpg" alt="Corte transversal da crosta ao sul de Perth mostrando diques coletando zircão antigo.">Corte transversal da crosta ao sul de Perth mostrando diques coletando zircão antigo.Grande parte da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280485-crosta-terrestre-virou-cabeca-baixo-mergulhar-mediterraneo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crosta primordial da Terra está profundamente enterrada a grandes profundidades</a> ou foi quimicamente alterada ao longo do tempo. Somente algumas poucas áreas expostas podem ser diretamente observadas pelos pesquisadores. Por isso, os cientistas utilizam métodos indiretos de observação, para analisar minerais erodidos que ficaram preservados.&nbsp;No estudo atual, publicado na revista Communications Earth &amp; Environment, os autores "arrastaram" pequenas quantidades de minerais das profundezas e as transportaram até a superfície, por meio dos diques, estruturas escuras de magma semelhantes a dedos que se estendem a profundidades de aproximadamente 50 quilômetros até o manto da Terra.<h2>Como os pesquisadores dataram restos da crosta primordial?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Christopher Kirland et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://media.springernature.com/full/springer-static/image/art%3A10.1038%2Fs43247-024-01469-6/MediaObjects/43247_2024_1469_Fig7_HTML.png?as=webp"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/24/24114940683094.jpg" alt="Fotomicrografias de luz transmitidas de grãos de titanita dentro do dique.">Fotomicrografias de luz transmitidas de grãos de titanita dentro do dique.Na busca por vestígios de rochas antigas, os autores dataram cristais de zircão, um mineral extremamente resistente a alterações químicas e físicas, com traços de urânio que, com o passar do tempo, se decompõe em chumbo. A medição rigorosa dessa proporção chumbo-urânio permite descobrir quando o grão cristalizou.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283085-hadeano-podemos-aprender-primordios-terra-na-busca-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que podemos aprender com os primórdios da Terra na busca pela vida?</a></li></ul>Embora alguns cristais dos diques tenham perdido seus registros isotópicos, grande parte foi encapsulada em um mineral chamado titanita (ou esfena), que é ainda mais durável que o zircão. Blindados dessa forma, esses grãos forneceram um precioso indício do início da história da Terra, no caso avaliados em 3,44 bilhões de anos.Também datado, o próprio dique de 1,4 bilhões de anos permitiu a “abertura de uma janela” inédita que teria ficado escondida, não fossem os seus zircões blindados. Esse resultado ampliou em alguns milhões de anos a área reconhecida anteriormente <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271984-astenosfera-terra-importancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como mais antiga da crosta terrestre</a>, cujo recorde pertencia à área de Narryer, no distrito de Murchison.Fique sempre atualizado com os últimos estudos sobre a evolução do planeta Terra, aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber mais a respeito <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267522-maior-cratera-asteroide-mundo-enterrada-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da maior cratera de asteroide do mundo encontrada na Austrália</a>.</body>

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Cientistas descobrem fragmentos da crosta primordial da Terra na Austrália

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Imagem de Quantas placas tectônicas a Terra tem? A ciência responde! no tecmundo

As placas tectônicas são muito importantes para a geologia da superfície da Terra. Contudo, quantas placas existem no planeta?

<head></head><body>As placas tectônicas são grandes estruturas rochosas que formam parte da crosta litosférica da Terra e se movimentam sobre a astenosfera, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275164-conheca-importancia-3-principais-camadas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma camada menos rígida abaixo da litosfera</a>. Segundo os pesquisadores da área, a compreensão sobre o movimento das placas tectônicas é crucial para entender a geologia do planeta e alguns eventos naturais desastrosos, como terremotos e vulcões.A partir das placas tectônicas, os cientistas também podem compreender um pouco mais sobre a história da Terra. Há bilhões de anos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283085-hadeano-podemos-aprender-primordios-terra-na-busca-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o planeta era apenas uma bola de lava derretida</a>, mas quando ela esfriou gradualmente, formou uma concha rochosa que deu origem às placas na superfície da Terra. São elas que ajudam a formar fendas, áreas montanhosas, vulcões, entre outros fenômenos da natureza.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282829-impacto-formador-lua-deixou-bolhas-moldaram-placas-tectonicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Impacto formador da Lua deixou bolhas que moldaram as placas tectônicas</a></li></ul>Embora causem efeitos na Terra há milhões de anos, as placas tectônicas só foram aceitas após a formulação de uma teoria em meados dos anos 1960. Essa teoria se baseou, em parte, na obra do geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener, que propôs a hipótese da deriva continental.&nbsp;Wegener sugeriu que os continentes estavam em movimento e se separaram de um supercontinente chamado Pangeia. Sua ideia foi combinada com estudos sobre a expansão dos fundos oceânicos, só então a teoria das placas tectônicas foi sugerida e amplamente aceita.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/f6bWbDl2ItM?si=tl6iFuPGMbPPgnmD" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>"Antes das placas tectônicas, as pessoas tinham de encontrar explicações para as características geológicas da sua região que eram únicas daquela região em particular. As placas tectônicas unificaram todas essas descrições e disseram que você deveria ser capaz de descrever todas as características geológicas como se fossem impulsionadas pelo movimento relativo dessas placas tectônicas", disse o sismólogo do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Colúmbia (EUA), Nicholas van der Elst, em mensagem enviada ao site Live Science.Já que os geólogos e outros especialistas na área estão há tanto tempo estudando a formação rochosa do planeta, sabemos qual é o número de placas tectônicas da Terra? A verdade é que a resposta pode variar ligeiramente. Entenda.<h2>Qual é o papel das placas tectônicas para o planeta Terra?</h2>A compreensão das características das placas&nbsp;é fundamental para estudar a formação e a dinâmica da superfície da Terra; não é à toa que esse fenômeno geológico é conhecido por formar montanhas, vulcões e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286147-megaterremoto-ter-desviado-curso-rio-ganges-ha-2500-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produzir terremotos</a>. Além disso, elas também influenciam o desenvolvimento de recursos naturais, a evolução da biodiversidade e diversos outros aspectos essenciais do nosso planeta.A comunidade científica sugere que&nbsp;podem existir aproximadamente 100 placas tectônicas espalhadas pela Terra, mas também pode ser apenas seis placas. O número exato dependerá de como o geólogo decide investigar o assunto. Por exemplo, a maioria afirma que o planeta possui entre 12 e 14 placas principais e que, cada uma delas mede aproximadamente 20 milhões de quilômetros quadrados.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274162-pesquisadores-criam-mapa-definitivo-placas-tectonicas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores criam mapa definitivo das placas tectônicas da Terra</a></li></ul>Apesar do entendimento que a ciência alcançou nos últimos anos, é provável que muitas descobertas sejam realizadas em um futuro não tão distante — principalmente, se considerarmos o avanço da tecnologia. Portanto, provavelmente, o número de placas tectônicas continuará variando ao decorrer dos anos.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20083345929002.jpg" alt="O movimento das placas tectônicas (ilustração) é responsável por diversos processos naturais importantes para a Terra.">O movimento das placas tectônicas (ilustração) é responsável por diversos processos naturais importantes para a Terra.“Não sabemos realmente quando começaram as placas tectônicas como parecem hoje, mas sabemos que temos uma crosta continental que provavelmente foi raspada de uma laje em declínio [uma placa tectônica numa zona de subducção] que tem 3,8 bilhões de anos. Poderíamos adivinhar que isso significa que as placas tectônicas funcionavam, mas poderia ter parecido muito diferente de hoje”, Van der Elst acrescenta.<h3>As sete maiores placas tectônicas da Terra:</h3><ul><li>Placa Pacífica: a maior placa do Oceano Pacífico;</li><li>Placa Norte-Americana: cobre o continente norte-americano e partes do Oceano Atlântico;</li><li>Placa Eurasiática: abrange a Europa, a Rússia e a Ásia, menos a Índia;</li><li>Placa Sul-Americana: está presente na América do Sul e em partes do Oceano Atlântico;</li><li>Placa Africana: é formada em todo o continente africano e em parte da crosta no Oceano Atlântico;</li><li>Placa Indo-Australiana: a placa está presente em regiões da Austrália e Índia, mas alguns cientistas consideram que elas são duas placas;</li><li>Placa Antártica: está em toda a Antártica e é rodeada pelas placas da África, Austrália, América do Sul e Oceano Pacífico.</li></ul>Há também aquelas que&nbsp;são consideradas os menores fragmentos da crosta terrestre, conhecidos como placas do Mar das Filipinas, Cocos, Nazca, Árabe e Juan de Fuca.&nbsp;É justamente a junção das sete maiores placas com as cinco menores que formaliza o atual entendimento dos cientistas sobre a área e, por isso, muitos acreditam que a estimativa das placas deve ser entre 12 e 14.&nbsp;<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285934-zona-subduccao-cascadia-onde-megaterremotos-tsunamis-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Zona de Subducção de Cascádia, onde megaterremotos e tsunamis se formam</a></li></ul>Não podemos esquecer das placas que se fragmentaram e formaram microplacas, com extensões de até um milhão de quilômetros quadrados. Ao todo, é estimado que existem 54 dessas formações menores na Terra.Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais curiosidades sobre o nosso planeta Terra aqui TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir como uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272601-placa-tectonica-perdida-120-milhoes-anos-encontrada-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placa tectônica perdida de 120 milhões de anos foi encontrada na Ásia.</a></body>

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Quantas placas tectônicas a Terra tem? A ciência responde!

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Imagem de Lokiceratops: dinossauro 'chifrudo' é batizado em homenagem a vilão da Marvel no tecmundo

O Lokiceratops rangiformis é o maior e mais ornamentados dos dinossauros com chifres já descobertos até hoje. 

Uma esp&eacute;cie nova e diferente de dinossauro herb&iacute;voro foi anunciada recentemente na revista Paleology and Evolutionary Science: o&nbsp;Lokiceratops rangiformis. Batizado em homenagem ao deus mitol&oacute;gico (e tamb&eacute;m personagem de hist&oacute;rias em quadrinhos) Loki, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238852-embrioes-super-preservados-dinossauros-encontrados-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o dinossauro foi desenterrado</a> badlands (terras &aacute;ridas) do norte de Montana, nos EUA.
J&aacute; exibido no Museu de Hist&oacute;ria Natural de Utah, o dinossauro pode ser considerado um gigante. Al&eacute;m de pesar cerca de 5 toneladas e medir 6,7 metros de comprimento, o animal exibia uma esp&eacute;cie de capacete com dois chifres em forma de l&acirc;minas, como o que vimos no ador&aacute;vel vil&atilde;o do filme dos Vingadores.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dinossauros podem ser a 'causa' do envelhecimento r&aacute;pido dos humanos</a></li>
</ul>
Identificado a partir dos restos de um cr&acirc;nio, Loki foi reconstru&iacute;do de fragmentos do tamanho de pratos, e at&eacute; menores, e n&atilde;o se parecia com nenhum dinossauro conhecido at&eacute; ent&atilde;o. No entanto, seus chifres o colocaram em grupo do clado Ceratopsia (face com chifres) chamado centrossaurinos, que viveram na Terra durante o per&iacute;odo Cret&aacute;ceo, h&aacute; 78 milh&otilde;es de anos.&nbsp;
<h2>Como viviam os Lokiceratops?</h2>
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/rtlZ-bw99lc" title="Author Interview: Lokiceratops rangiformis from the Campanian Judith Riv" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Em sua &eacute;poca, os Lokiceratops habitavam os p&acirc;ntanos e plan&iacute;cies aluviais da costa oriental da Laram&iacute;dia, um continente insular formado pelo alagamento da parte central da Am&eacute;rica do Norte pelo chamado Western Interior Seaway. Esse <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/249286-cientistas-afirmam-oceanos-encolhendo-formar-supercontinente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mar dividiu o atual continente americano</a> em dois grandes territ&oacute;rios insulares: a Laram&iacute;dea a oeste e a Apalachia a leste.&nbsp;
O clima abrasador de Laram&iacute;dea foi atenuado ap&oacute;s a forma&ccedil;&atilde;o de montanhas e mudan&ccedil;as dram&aacute;ticas no n&iacute;vel do mar. Nessa paisagem mais acolhedora, os centrossaurinos se diversificaram em diversas fam&iacute;lias com seus imponentes ornamentos e chifres, sobrevivendo at&eacute; o fim da era dos dinossauros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273319-enorme-nuvem-poeira-ter-sido-causa-extincao-dinossauros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a chamada Extin&ccedil;&atilde;o em Massa do Cret&aacute;ceo-Pale&oacute;geno,</a> h&aacute; aproximadamente 66 milh&otilde;es de anos.
O Lokiceratops se diferencia dos seus primos chifrudos por algumas caracter&iacute;sticas &uacute;nicas, como "a aus&ecirc;ncia de chifre no nariz, chifres enormes e curvos em forma de l&acirc;mina na parte de tr&aacute;s do frill (coleira &oacute;ssea) &mdash; o maior j&aacute; encontrado em um dinossauro com chifres &mdash; e uma ponta distinta e assim&eacute;trica no meio do frill", diz o estudo.
<h2>O que o Lokiceratops revela sobre os demais dinossauros?</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20144708792175.jpg" alt="Cr&acirc;nio de Lokiceratops rangiformis, em exposi&ccedil;&atilde;o no Museu da Evolu&ccedil;&atilde;o em Maribo, Dinamarca." />Cr&acirc;nio de Lokiceratops rangiformis, em exposi&ccedil;&atilde;o no Museu da Evolu&ccedil;&atilde;o em Maribo, Dinamarca.
O cr&acirc;nio do Lokiceratops foi escavado na mesma camada rochosa onde haviam sido descobertas outras quatro esp&eacute;cies de dinossauros, o que significa um recorde, segundo o coautor principal do estudo, Joseph Sertich, da Universidade Estadual do Colorado. &ldquo;&Eacute; uma diversidade in&eacute;dita encontrar cinco vivendo juntos&rdquo;, diz o paleont&oacute;logo.&nbsp;
<ul>
<li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272989-diamantes-ancestrais-mudar-perspectiva-evolucao-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Diamantes ancestrais podem mudar perspectiva sobre a evolu&ccedil;&atilde;o da Terra</a></li>
</ul>
&Eacute; que, durante o Cret&aacute;ceo, os animais eram geograficamente limitados, ao contr&aacute;rio da ampla diversidade de grandes mam&iacute;feros selvagens que hoje habitam o oeste norte-americano, como os alces. O que o Loki nos diz &eacute; que essas esp&eacute;cies <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280550-chuva-torrencial-2-milhoes-anos-diluvio-carniano-moldou-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&iacute;ram de forma r&aacute;pida e em um habitat limitado</a>, como &eacute; comum observar em aves.&nbsp;
Segundo o primeiro autor do artigo, Mark Loewen, da Universidade de Utah, o Lokiceratops mostrou que, quando se trata da diversidade entre os dinossauros com chifres, "estamos apenas arranhando a superf&iacute;cie", conclui. &nbsp;
Mantenha-se atualizado com as &uacute;ltimas descobertas cientificas aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para descobrir, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/240517-cientistas-dao-nomes-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os cientistas d&atilde;o nomes para os dinossauros</a>.
<h2>Assista Loki no Disney+</h2>
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Fabrizio Lavezzi/Divulgação

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Lokiceratops: dinossauro 'chifrudo' é batizado em homenagem a vilão da Marvel

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Imagem de O giro do núcleo da Terra está diminuindo, e dias podem ficar mais longos no tecmundo

Ao confirmar que a rotação do núcleo da Terra está desacelerando, o estudo abre questões sobre o que está acontecendo e como isso pode nos afetar.

<head></head><body>Ao contrário de estudos científicos que afirmam <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275316-nucleo-interno-terra-desloca-misteriosamente-cada-8-5-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que o núcleo interno da Terra gira mais rápido do que a superfície do planeta</a>, um estudo recente divulgado por uma equipe internacional de cientistas provou que a gigantesca bola de ferro-níquel está atualmente desacelerando.&nbsp;O núcleo interno do nosso planeta é uma esfera sólida com uma composição de 85% de ferro e cerca de 10% de níquel, com pequenas quantidades de outros elementos como enxofre, oxigênio e silício. Do tamanho da Lua, e “mergulhada” em um líquido superquente com uma composição química parecida, ela gira devido ao arrasto viscoso.&nbsp;&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272337-atomos-ferro-movimentam-nucleo-interno-terra-diz-pesquisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Átomos de ferro se movimentam no núcleo interno da Terra</a></li></ul>Segundo o novo estudo, publicado na revista Nature, o núcleo interno começou a diminuir sua velocidade por volta de 2010. “Quando vi pela primeira vez os sismogramas que sugeriam essa mudança, fiquei perplexo”, afirmou em comunicado o autor correspondente John Vidale, da USC Dornsife. E, embora outros autores tenham defendido modelos semelhantes, "o nosso estudo mais recente fornece a resolução mais convincente", garante o professor.&nbsp;<h2>Como os cientistas conseguiram analisar o núcleo da Terra?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;USC Graphic/Edward Sotelo&nbsp;" data-fonte-url="https://earimediaprodweb.azurewebsites.net/Api/v1/Multimedia/5215812a-d9ec-4a8f-a3f0-be6d491fd78c/Rendition/low-res/Content/Public"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/14/14095427249047.png" alt="Em 2010, o núcleo interno começou a se mover mais lentamente do que a superfície da Terra.">Em 2010, o núcleo interno começou a se mover mais lentamente do que a superfície da Terra.A conclusão de que o núcleo interno está invertendo e retrocedendo seu movimento em relação à superfície do planeta,&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259785-cientistas-sugerem-nucleo-terra-parou-girar-direcao-oposta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pois é a primeira vez que ele está girando mais lento do que mais rápido nos últimos 40 anos</a>. Perceber isso representa um desafio, porque o núcleo interno não pode visitado ou visualizado, por se encontrar a mais de 4,8 mil quilômetros sob nossos pés.Para obter dados mais confiáveis, a equipe adotou uma abordagem inovadora, que consiste em estudar as ondas sísmicas de terremotos repetidos, ou seja, eventos sísmicos que ocorrem em um mesmo local e geram sismogramas idênticos.<h2>Quais as consequências da desaceleração do núcleo da Terra?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/14/14102326602068.jpg" alt="Os autores rastrearam a atividade das ondas sísmicas no mundo inteiro.">Os autores rastrearam a atividade das ondas sísmicas no mundo inteiro.Para comprovar suas hipóteses, os pesquisadores coletaram dados sísmicos de 121 terremotos repetidos nas Ilhas Sandwich do Sul entre 1991 e 2023, além de testes nucleares gêmeos soviéticos (1971-1974), franceses e americanos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282342-campo-magnetico-terra-velho-nucleo-planeta-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presentes em outros estudos do núcleo interno</a>.Conforme Vitale, a causa da desaceleração da velocidade do núcleo interno é um fenômeno complexo e ainda em estudo. Ela resulta da combinação de três fatores interligados: constante agitação do núcleo externo (que gera o campo magnético da Terra), bem como dos "puxões" gravitacionais do manto rochoso superior às duas camadas. &nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272939-gas-raro-formado-durante-big-bang-vazando-nucleo-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gás raro formado durante o Big Bang pode estar vazando do núcleo da Terra</a></li></ul>Quanto possíveis consequências da mudança no movimento do núcleo interno em relação à superfície da Terra, Vidale explicou que, embora exista a possibilidade real de um aumento da duração dos nossos dias, isso se dará apenas "na ordem de um milésimo de segundo, quase perdido no barulho dos oceanos agitados e da atmosfera", conclui.Mantenha-se atualizado com os últimos estudos sobre o nosso planeta a aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para entender também, como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281405-derretimento-gelo-polar-mudando-duracao-do-ano-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o derretimento do gelo polar está mudando duração do ano na Terra</a>.</body>

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O giro do núcleo da Terra está diminuindo, e dias podem ficar mais longos

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Imagem de Grande Evento de Oxidação da Terra demorou 200 milhões de anos; entenda no tecmundo

Dados obtidos no estudo mostram que o aumento de O2 na atmosfera da Terra ocorreu aos trancos e barrancos durante pelo menos 200 milhões de anos.

<head></head><body>Embora estejamos habituados ao oxigênio como uma parte inerente à nossa vida (afinal respiramos esse gás diatônico cerca de 20 mil vezes por dia), <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215305-terra-perdeu-oxigenio-ha-2-3-bilhoes-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esse precioso elemento nem sempre fez parte da atmosfera terrestre.</a> Na verdade, a sua formação ocorreu há cerca de 2,5 bilhões de anos, quando o chamado oxigênio livre (O2) começou a se acumular de forma considerável.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279829-quantidade-vida-existiu-existira-terra-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é a quantidade de vida que existiu e existirá na Terra?</a></li></ul>Esse fenômeno, referido pelos cientistas como Grande Evento de Oxidação (na sigla em inglês), não tem nada de eventual, segundo uma pesquisa recente liderada pelo biólogo Chadlin Ostrander, professor da Universidade de Utah, nos EUA.&nbsp;O processo, que propiciou o surgimento de vida complexa na Terra, pode ter durado até 200 milhões de anos, dizem os autores. Entretanto, pondera o biólogo, o surgimento do O2 ocorreu de forma irregular e intermitente, com a atmosfera e o oceano se tornando oxigenados e desoxigenados juntos, diz o estudo. &nbsp;<h2>Qual foi a prova geoquímica de uma atmosfera anóxica?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12180458731238.jpg" alt="Depósitos de pirita são uma forte evidência da ausência de oxigênio.">Depósitos de pirita são uma forte evidência da ausência de oxigênio.Conforme Ostrander, como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284626-agua-terra-ha-4-bilhoes-anos-cristal-antigo-mundo-reescrever-historia-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a ciência não tinha conhecimento do que estava acontecendo nos oceanos</a>, local onde as primeiras formas de vida terrestres provavelmente se originaram, a equipe se concentrou no estudo de xistos marinhos encontrados no chamado Supergrupo Transvaal, um conjunto de rochas antigas formado na África do Sul entre 2,5 bilhões e 2,1 bilhões de anos atrás.&nbsp;Analisando proporções estáveis de isótopos do metal tálio e outros elementos sensíveis redox (perda e ganho de elétrons), eles identificaram oscilações importantes nos níveis de O2 marinho.&nbsp;Já no caso da comprovação <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/212494-falta-oxigenio-acabara-vida-terra-1-bilhao-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de uma atmosfera anóxica (sem oxigênio)</a>, uma evidência "matadora" é a presença de assinatura de isótopos de enxofre em rochas sedimentares antigas. Na ausência de oxigênio, o enxofre se combina com o ferro, e forma depósitos de pirita (FeS2), conhecida como "ouro dos tolos".&nbsp;<h2>Qual a conclusão do estudo sobre o Grande Evento de Oxidação?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12181759033252.jpg" alt="Estromatólitos, rochas criadas por microrganismos fotossintetizadores que começaram a produzir o oxigênio da Terra.">Estromatólitos, rochas criadas por microrganismos fotossintetizadores que começaram a produzir o oxigênio da Terra.Produzido por cianobactérias já na segunda metade de existência da Terra, o O2&nbsp;chegou aos oceanos antes do GOE, dizem os pesquisadores, mas foi rapidamente destruído em reações com minerais expostos e gases vulcânicos. No entanto, as raras assinaturas de isótopos de enxofre desaparecem e reaparecem, sugerindo múltiplos aumentos e quedas do gás.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281655-cosmoquimica-ajudar-encontrar-vida-fora-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como a cosmoquímica pode nos ajudar a encontrar vida fora da Terra?</a></li></ul>Enquanto isso, a equipe que examinou o tálio no fundo do mar detectou um aumento da proporção do isótopo mais leve (203TI) em relação ao mais pesado (205Tl). A ocorrência é compatível com a presença de óxido de manganês na água, o que indica acúmulo de O2.Além disso, esses enriquecimentos foram encontrados em amostras sem as raras assinaturas de isótopos de enxofre, que também são um sinal da presença de oxigênio. Ou seja, quando a atmosfera fica oxigenada, o oceano também fica. E vice-versa.&nbsp;Curtiu o conteúdo? Então, fique por dentro de mais estudos como esse aqui no TecMundo e aproveite para entender, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275329-relacao-entre-clima-oceanos-planeta-descoberta-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qual é a relação do clima dos oceanos e do planeta Terra</a>.&nbsp;</body>

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Grande Evento de Oxidação da Terra demorou 200 milhões de anos; entenda

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Imagem de Cientistas detectam 'geada matinal' em região vulcânica de Marte; entenda no tecmundo

A descoberta de água congelada no topo dos vulcões de Marte tem implicações para o ciclo da água e a habitabilidade do Planeta Vermelho.

<head></head><body>Uma cena impensável foi descoberta por cientistas planetários na região equatorial de Marte: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277109-placas-massivas-agua-descobertas-marte-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestígios de água congelada no topo dos vulcões Tharsis</a>, que são as maiores montanhas vulcânicas do nosso Sistema Solar. Ao contrário da Terra, onde picos gelados são a norma, as altas temperaturas deveriam tornar a cena improvável, afirmam os autores em um release.Para Adomas Valentinas, primeiro autor do estudo publicado recentemente na Nature Geoscienes, "pensamos que era impossível a formação de geada em torno do equador de Marte, já que a mistura de luz solar e atmosfera tênue mantém as temperaturas relativamente altas tanto na superfície quanto no topo das montanhas".&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266924-maior-vulcao-sistema-solar-ter-sido-ilha-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O maior vulcão do Sistema Solar pode ter sido uma ilha em Marte</a></li></ul>Segundo o título do artigo, trata-se de uma espécie de "depósito efêmero de uma geada matinal" que ocorre apenas durante algumas horas após o nascer do sol, e se evapora antes do entardecer. E, embora seja tão fina quanto um centésimo de milímetro de espessura, o volume pode chegar a 150 mil toneladas de água circulando entre a superfície e a atmosfera, ou 60 piscinas olímpicas evaporando diariamente.<h2>Como os cientistas detectaram água gelada nos vulcões de Marte?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESA/DLR/FU Berlin/A. Valantinas&nbsp;" data-fonte-url="https://earimediaprodweb.azurewebsites.net/Api/v1/Multimedia/6bb5ead3-aa2b-480d-8b78-9b94a176ba06/Rendition/low-res/Content/Public"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/06/11/11093249423025.jpg" alt="Vista simulada em perspectiva oblíqua do Monte Olimpo, o vulcão mais alto do Sistema Solar.">Vista simulada em perspectiva oblíqua do Monte Olimpo, o vulcão mais alto do Sistema Solar.A surpreendente concentração de água congelada no topo dos vulcões marcianos foi detectada por meio de imagens coloridas de alta resolução enviada à Terra pelo instrumento Sistema de Imagens Estereoscópicas da Superfície (CaSSIS), <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282874-jornada-marciana-tempo-leva-caminhar-redor-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instalado no Orbitador de Rastreamento de Gases (TGO)</a>, lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA), que orbita o Planeta Vermelho desde outubro de 2016.As observações do TGO foram confrontadas com outras da sonda "veterana" Mars Express, também da ESA (na órbita marciana desde 2003), por meio de sua Câmara Estéreo de Alta Resolução.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284740-tras-enorme-buraco-negro-marte-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que está por trás do enorme "buraco negro" em Marte?</a></li></ul>O trabalho envolveu a análise de mais de 30 mil imagens somente para encontrar a camada de gelo, e depois confirmar sua existência. Para isso, Valatinas teve que criar um "filtro" de imagens para determinar a localização, a hora do dia em que foram tiradas e também a estação do ano. Mas o esforço valeu a pena, pois foram isoladas as assinaturas específicas de água congelada, e a sua origem na superfície do planeta.&nbsp;<h2>Qual a importância da descoberta da "geada" nos vulcões de Marte?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/06/11/11100117424034.jpg" alt="Imagens do &nbsp;CaSSIS, mostrando a fina camada de água congelada presente por algumas horas, antes de evaporar.&nbsp;">Imagens do &nbsp;CaSSIS, mostrando a fina camada de água congelada presente por algumas horas, antes de evaporar.&nbsp;A água congelada fica brevemente depositada nas chamadas caldeiras vulcânicas marcianas, que são grandes depressões em forma de tigela, que podem chegar a 10 mil quilômetros de largura e 8 quilômetros de profundidade, como é o caso da Valles Marineris.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284740-tras-enorme-buraco-negro-marte-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que está por trás do enorme "buraco negro" em Marte?</a></li></ul>Conforme os pesquisadores, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279994-vulcoes-marte-revelar-passado-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">modelar como essa água se forma poderia dar uma pista de onde ela está e como se forma</a>. A compreensão do atual ciclo da água em Marte é fundamental não só para futuras explorações, mas também para a busca por sinais de vida no planeta. Mantenha-se atualizado com os mais recentes estudos astronômicos aqui no TecMundo. Se desejar, aproveite para saber, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283121-ha-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que há depois do Sistema Solar</a>.</body>

Universidade de Berna

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Cientistas detectam 'geada matinal' em região vulcânica de Marte; entenda

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Imagem de Saiba como as 'extinções sombrias' estão destruindo a vida na Terra no tecmundo

O termo 'extinção escura' foi proposto para definir a eliminação de espécies antes de terem sido descritas pela ciência.

Quem se lamenta pela quantidade de recursos vitais destru&iacute;dos durante as crises ambientais n&atilde;o tem ideia do que perdemos pela a&ccedil;&atilde;o deliberada dos seres humanos sem tomar conhecimento. Desde &aacute;rvores rar&iacute;ssimas at&eacute; esp&eacute;cies inteiras n&atilde;o registradas pela taxonomia, a vida terrestre se esvai em sil&ecirc;ncio. &nbsp;
O fen&ocirc;meno, hoje conhecido pelos cientistas como &ldquo;extin&ccedil;&atilde;o sombria&rdquo;, define esp&eacute;cies que foram aniquiladas sem que ao menos soub&eacute;ssemos que existiam. O pior &eacute; que o processo pode estar acontecendo em todos os pontos do planeta de forma acelerada, e n&atilde;o &eacute; registrado, visto se tratar de classes ainda n&atilde;o cientificamente descobertas.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273319-enorme-nuvem-poeira-ter-sido-causa-extincao-dinossauros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enorme nuvem de poeira pode ter sido a causa da extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros</a></li>
</ul>
Esse apag&atilde;o an&ocirc;nimo da biodiversidade representa um grande desafio para a conserva&ccedil;&atilde;o da vida na Terra, pois, se j&aacute; &eacute; dif&iacute;cil tentar manter biomas conhecidos, quando o interesse econ&ocirc;mico prevalece sobre a vida, imagine o que significa defender o que &eacute; desconhecido de uma morte sem testemunhas.&nbsp;
<h2>Como s&atilde;o definidas as extin&ccedil;&otilde;es sombrias?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/22/22235941433031.jpg" alt="Muitas extin&ccedil;&otilde;es sombrias s&atilde;o detectadas apenas por paleont&oacute;logos." />Muitas extin&ccedil;&otilde;es sombrias s&atilde;o detectadas apenas por paleont&oacute;logos.
Para ser classificada como "extin&ccedil;&atilde;o sombria", a esp&eacute;cie perdida precisa, primeiramente, ser taxonomicamente desconhecida, e tamb&eacute;m ter "sa&iacute;do de cena" como consequ&ecirc;ncia de uma mudan&ccedil;a de habitat provocada pelo homem. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274298-extincao-dinossauros-comecou-asteroide-cair-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isso significa, que dinossauros extintos, por exemplo, n&atilde;o se enquadram no conceito</a>.&nbsp;
Obrigatoriamente antropog&ecirc;nicas, essas extin&ccedil;&otilde;es n&atilde;o precisam ter necessariamente acontecido na era moderna.&nbsp;
Na verdade, esse decl&iacute;nio n&atilde;o documentado de plantas e animais iniciou j&aacute; no momento em que os nossos antepassados come&ccedil;aram a colonizar o continente e ca&ccedil;ar, durante a pr&eacute;-hist&oacute;ria.
<h2>As extin&ccedil;&otilde;es escuras da Era Moderna e a taxonomia</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/22/22223749112003.jpg" alt="A taxonomia come&ccedil;ou a classificar plantas e animais somente no s&eacute;culo XIX." />A taxonomia come&ccedil;ou a classificar plantas e animais somente no s&eacute;culo XIX.
Movimento fundador da Era Moderna na Europa, as grandes navega&ccedil;&otilde;es deram in&iacute;cio, a partir do s&eacute;culo XIV, a uma grande onda de extin&ccedil;&atilde;o antropog&ecirc;nica em todo o planeta. Ao desembarcar em ilhas oce&acirc;nicas desconhecidas, esses colonizadores levaram ratos, gatos e outras esp&eacute;cies invasoras, que tiveram um impacto devastador na fauna nativa dos novos continentes.
Embora as bases da taxinomia tenham sido lan&ccedil;adas na Gr&eacute;cia Antiga, foi somente no in&iacute;cio do s&eacute;culo XIX, &eacute;poca de grandes descobertas cient&iacute;ficas, que diversos naturalistas come&ccedil;aram a viajar pelo mundo, coletando e descrevendo esp&eacute;cies at&eacute; ent&atilde;o desconhecidas de plantas e animais.
No entanto, mesmo no in&iacute;cio da nova ci&ecirc;ncia, muitas esp&eacute;cies se foram. Segundo Alexander Lees, pesquisador da Universidade Metropolitanos de Manchester, "sabemos o que perdemos e descrevemos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273190-existe-mesmo-chance-extincao-humana-seculo-conheca-conceito-probabilidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mas a grande inc&oacute;gnita &eacute; o que desapareceu antes da descri&ccedil;&atilde;o</a> e, em alguns casos, desapareceu antes mesmo de a ci&ecirc;ncia da taxonomia come&ccedil;ar", afirmou ele ao IFLScience.
<h2>Quantas esp&eacute;cies terrestres desapareceram em extin&ccedil;&otilde;es sombrias?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza (IUCN)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.iucn.org/sites/default/files/2024-04/imresizer-1713779506838.jpg"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/22/22221615076000.jpg" alt="A IUCN lan&ccedil;ou uma coopera&ccedil;&atilde;o global para conserva&ccedil;&atilde;o de corais." />A IUCN lan&ccedil;ou uma coopera&ccedil;&atilde;o global para conserva&ccedil;&atilde;o de corais.
Atualmente, todas as esp&eacute;cies de plantas e animais extintos s&atilde;o oficialmente catalogadas na chamada Lista Vermelha da Uni&atilde;o Internacional para a Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza (IUCN).
O documento totaliza 909 esp&eacute;cies, um n&uacute;mero que a pr&oacute;pria organiza&ccedil;&atilde;o reconhece como uma &ldquo;subestima&ccedil;&atilde;o significativa&rdquo;, por n&atilde;o considerar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269232-ancestrais-humanidade-chegaram-da-extincao-ha-cerca-900-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nem extin&ccedil;&otilde;es desconhecidas, nem esp&eacute;cies n&atilde;o descobertas</a>.
V&aacute;rios estudos tentam criar um modelo estat&iacute;stico capaz de calcular essas omiss&otilde;es, mas se trata de uma contabilidade dif&iacute;cil. Um estudo estima em cerca de 1,43 mil esp&eacute;cies de aves eliminadas por atividades humanas, enquanto outro prop&otilde;e que at&eacute; 60% de todas as extin&ccedil;&otilde;es de grupos taxon&ocirc;micos podem incluir esp&eacute;cies jamais catalogadas.&nbsp;
<h2>As extin&ccedil;&otilde;es sombrias poderiam ser algum dia evitadas?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/22/22235149891030.jpg" alt="Aumentar a produ&ccedil;&atilde;o taxon&ocirc;mica pode reduzir as extin&ccedil;&otilde;es sombrias." />Aumentar a produ&ccedil;&atilde;o taxon&ocirc;mica pode reduzir as extin&ccedil;&otilde;es sombrias.
E, para tornar esse quadro ainda mais obscuro, Lee lembra que cada extin&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica confirmada abre um leque de possibilidades para a elimina&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies comensais associadas a essas criaturas que deixaram de existir. Ou seja, embora a megafauna antiga possa ser detect&aacute;vel no registro f&oacute;ssil, o mesmo n&atilde;o acontece com seus parasitas.
<ul>
<li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266515-quao-proxima-planeta-terra-nova-extincao-massa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qu&atilde;o pr&oacute;ximo o planeta Terra est&aacute; de uma nova extin&ccedil;&atilde;o em massa?</a></li>
</ul>
Assim, uma das solu&ccedil;&otilde;es para reduzir o fen&ocirc;meno das extin&ccedil;&otilde;es sombrias &eacute; aumentar significativamente nossa produ&ccedil;&atilde;o taxon&ocirc;mica. Estima-se que, das 8,7 milh&otilde;es de esp&eacute;cies animais terrestres, somente 1,2 milh&atilde;o foi classificada nos &uacute;ltimos 200 anos.
Como a taxonomia &eacute; hoje grandemente subfinanciada, h&aacute; necessidade que esse quadro se reverta, afirma Lees. "Voc&ecirc; nunca descrever&aacute; tudo, mas espero que possamos chegar bem acima de 10%", conclui.&nbsp;
Ficou com alguma d&uacute;vida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a mat&eacute;ria com seus amigos. At&eacute; a pr&oacute;xima!

thumb-image-2024-05-24T17:01:37.566Z

Saiba como as 'extinções sombrias' estão destruindo a vida na Terra

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Imagem de Hadeano: o que podemos aprender com os primórdios na Terra na busca pela vida no tecmundo

O Hadeano é a primeiro era da história da Terra, um período que se estende até aproximadamente 4 bilhões de anos atrás.

<head></head><body>A Terra foi formada há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, durante o desenvolvimento do Sistema Solar, mas demorou muito para ela se tornar a 'casa da civilização humana'.&nbsp;Ao decorrer de bilhões de anos, a estrutura terrestre passou por alguns estágios cruciais para a história geológica do planeta. Esses períodos são divididos em quatro eras (ou quatro éons geológicos), são elas: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e Fanerozoico.As eras geológicas da Terra são subdivididas em diferentes intervalos de tempo, cada um representando os registros fósseis coletados por cientistas. Por exemplo, as amostras indicam que o Mesozoico (parte do Fanerozoico), subdividido em Triássico, Jurássico e Cretáceo, foi a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266629-impacto-asteroide-terra-matou-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">época em que os dinossauros dominaram a Terra</a> — esse período ocorreu entre 252 milhões de anos atrás e 66 milhões de anos atrás.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275098-terra-2-0-existe-saiba-exoplanetas-semelhantes-nosso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra 2.0 existe? Saiba mais sobre exoplanetas semelhantes ao nosso</a></li></ul>Atualmente, a era que apresenta os maiores mistérios é o Hadeano, pois é a etapa geológica mais antiga da história da Terra. Ao todo, os pesquisadores estimam que ela se estende até o momento final da formação do planeta, há cerca de 4 bilhões de anos. Parte da dificuldade em compreendê-la é por conta da falta de registros fósseis preservados daquela época, quando o clima e os eventos astronômicos eram extremamente intensos.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2LMfSTq4JIY?si=bXh0fcYkvnix0RFF" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>“Hadeano, é a divisão informal do tempo pré-cambriano que ocorreu entre cerca de 4,6 bilhões e cerca de 4,0 bilhões de anos atrás. O Éon Hadeano é caracterizado pela formação inicial da Terra — a partir da acumulação de poeira e gases e das frequentes colisões de planetesimais maiores — e pela estabilização do seu núcleo e crosta e pelo desenvolvimento da sua atmosfera e oceanos. Como tal, o nome do intervalo é uma referência a Hades, uma tradução grega da palavra hebraica para inferno”, é descrito na enciclopédia Britannica.Segundo os cientistas da área, entender o período Hadeano é fundamental para encontrar uma melhor compreensão sobre o início da evolução e da vida do planeta.&nbsp;Mas, o que a ciência já descobriu sobre essa época? Para responder à questão, reunimos informações de cientistas e especialistas da área.<h2>O que é o Hadeano?</h2>Por enquanto, a Terra é o único planeta que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281095-terra-habitavel-ciclos-biogeoquimicos-explicacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apresenta a vida como conhecemos</a>, isso faz o Hadeano ser ainda mais importante para a ciência. Os pesquisadores podem utilizar os dados sobre o período para entender como a atmosfera mudou radicalmente na formação do planeta. Por exemplo, seria possível determinar quais biomarcadores estavam presentes durante as etapas de evolução do corpo celeste, mas as evidências são limitadas.Mais importante que isso, os estágios primitivos do planeta poderiam revelar a história completa da biogeoquímica da Terra. Um estudo publicado na revista científica Reviews in Mineralogy descreve um pouco mais sobre o Hadeano, quando a atmosfera e os oceanos não tinham a presença de oxigênio molecular (O2)&nbsp;— foi apenas há 2,4 bilhões de anos que o oxigênio começou a se acumular na atmosfera.<ul><li>Confira:<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274811-terra-possuia-elementos-necessarios-vida-formou-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Terra já tinha todos os elementos necessários para vida quando se formou, diz estudo</a></li></ul>Conforme o artigo explica, apesar da complexidade crescente ao longo dos anos, o planeta possibilitava uma biosfera puramente microbiana durante o período. Além disso, a superfície terrestre era significativamente instável durante o início do Hadeano. Alguns cientistas acreditam que a primeira crosta externa do planeta pode ter se formado nessa ocasião, há cerca de 4,4 bilhões de anos.&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/16/16154902908184.jpg" alt="O termo Hadeano é derivado da palavra grega Hades, cunhado pelo geólogo estadunidense Preston Cloud, em 1927.">O termo Hadeano é derivado da palavra grega Hades, cunhado pelo geólogo estadunidense Preston Cloud, em 1927.“Um rico registo desta evolução geobiológica ao longo da maior parte da história da Terra fornece assim insights sobre a detectabilidade remota da vida microbiana sob uma variedade de condições planetárias. O planeta Terra evoluiu ao longo dos últimos 4,5 mil milhões de anos, de um planeta totalmente anóxico (sem oxigênio), possivelmente com um regime tectônico diferente, para o mundo oxigenado com as placas tectônicas horizontais que conhecemos hoje”, os autores explicam.O Hadeano também é caracterizado&nbsp;por uma atividade vulcânica massiva em toda a superfície da Terra, com erupções frequentes que causavam temperaturas extremas no clima.&nbsp;Foi justamente esta atividade vulcânica que pode ter contribuído para o desenvolvimento da primeira crosta externa e para a evolução da atmosfera e dos oceanos terrestres.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282609-vida-ter-evoluido-campo-magnetico-terra-entrou-colapso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vida pode ter evoluído quando o campo magnético da Terra entrou em 'colapso', diz estudo</a></li></ul>O objetivo dos cientistas é entender&nbsp;como a história da Terra, que era completamente diferente há bilhões de anos,&nbsp;moldou o ambiente e a atmosfera para criar um lugar propício para a formação da vida. Assim, eles podem compreender mais sobre a história do nosso planeta e sobre os processos que possibilitaram o início da civilização — talvez dessa forma, a busca pela vida fora da Terra seja mais promissora.Gostou do conteúdo? Então, aproveite para descobrir <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281655-cosmoquimica-ajudar-encontrar-vida-fora-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a cosmoquímica pode nos ajudar a encontrar vida fora da Terra.</a> E não esqueça de compartilhar a matéria com seus amigos nas redes sociais.&nbsp;</body>

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Hadeano: o que podemos aprender com os primórdios da Terra na busca pela vida

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Imagem de De onde veio a água da Terra? Novo estudo aponta para uma família de asteroides no tecmundo

A família de asteroides Erigone é constituída principalmente por rochas carbonáceas ricas em água e pode ter trazido a substância para a Terra.

<head></head><body>Teorias de que&nbsp;a Terra poderia ter recebido parte de sua água transportada por asteroides que colidiram com o nosso planeta durante a sua formação poderão ser testadas de forma consistente a partir de um estudo recente, publicado na revista Icarus. Nele, a estudante de doutorado em física da Universidade da Flórida Central, Brittany Harvison, analisa asteroides primitivos.No contexto <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/253443-agua-surgiu-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">da origem da água na Terra</a>, o trabalho liderado por Harvison teve como objetivo específico "compreender como esses asteroides primitivos foram transportados para o caminho da Terra. Portanto, explorar asteroides primitivos no Sistema Solar hoje poderia ajudar a traçar um quadro do que estava acontecendo há tantos anos", diz o estudo.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277197-agua-terra-ter-originado-blocos-construcao-planeta-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Água na Terra pode ter se originado nos "blocos de construção do planeta"</a></li></ul>Para isso, Harvison se debruçou sobre uma extensa biblioteca de dados de telescópios infravermelhos. A metodologia consistiu em analisar a composição espectral de 25 membros da Erigone, uma família de asteroides primitivos ricos em água, que pode fornecer pistas sobre a criação do nosso Sistema Solar.&nbsp;<h2>Buscando a origem da água na Terra em pedras</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/16/16123805900113.jpg" alt="Asteroides carbonáceos podem ter transportado água para a Terra.">Asteroides carbonáceos podem ter transportado água para a Terra.Compreender<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238134-feitos-asteroides-sao-formados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a natureza de asteroides primitivos&nbsp;</a>é um tema relevante, não só para rastrear a origem da água na Terra, como também para desvendar outros mistérios, como a formação do Sistema Solar, a busca por vida extraterrestre e até possíveis ameaças ao planeta. Nesse sentido, missões espaciais, como a Hayabusa2 da JAXA e a OSIRIS-REx da NASA, já coletaram amostra de Ryugu e Bennu.Uma das famílias de asteroides candidatas para trazer água ao nosso planeta, a Erigone, foi uma das últimas estudadas no projeto Levantamento Espectroscópico de Asteroides Primitivos (PRIMASS na sigla em inglês). Embora composta principalmente por rochas carbonáceas, que podem conter água, a família ainda não havia sido estudada, diz Harvison.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/276856-agua-terra-acabar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">E se água da Terra acabar?</a></li></ul>O grande achado na pesquisa atual é que todos os membros da família Erigone partilham uma espécie de "assinatura" única em sua composição, que não está presenta em nenhuma outra família primitiva de asteroides. Como os níveis de hidratação são exclusivos, conseguir saber quem transportava mais água no passado pode apontar os nossos "fornecedores".<h2>Qual a importância da pesquisa sobre os asteroides Erigone</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/16/16110453551058.jpg" alt="A missão Lucy visitará um asteroide Erigone em abril de 2025.&nbsp;">A missão Lucy visitará um asteroide Erigone em abril de 2025.&nbsp;O estudo dos dados obtidos sobre Bennu e Ryugu, enriquecido com a atual pesquisa sobre as famílias de asteroides primitivos Erigone e Polana, é um pontapé inicial não só para futuras observações do Telescópio Espacial James Webb, como também para estabelecer destinos de missões da NASA.&nbsp;Nesse sentido, a pesquisa de Harvison foi providencial no sentido de orientar a próxima missão Lucy da NASA, cuja espaçonave visitará o asteroide Donaldjohanson, um potencial membro da família Erigone (segundo seu espectro), na primavera de 2025, antes de seguir sua missão principal de observação de oito rochas troianas no planeta Júpiter. &nbsp;Mantenha-se atualizado com os últimos estudos astronômicos aqui no TecMundo. E aproveite para saber mais sobre o, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272528-kuiper-novo-cinturao-asteroides-ter-sido-descoberto-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo cinturão de asteroides que pode ter sido descoberto no Sistema Solar</a>.</body>

NASA/JPL-Caltech

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De onde veio a água da Terra? Novo estudo aponta para uma família de asteroides

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Imagem de Vulcão Monte Nemru com cratera 'yin-yang' é fotografado do espaço pela ISS no tecmundo

Como vários lugares na Terra vistos do espaço, o vulcão Monte Nemru assumiu o formato do símbolo do yin-yang quando visto da ISS.

<head></head><body>Fotografando a Terra a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), com uma câmera digital Nikon D5, um astronauta conseguiu fazer <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267112-bebe-vulcao-veja-erupcao-vulcao-novo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma imagem impressionante do vulcão</a> Nemrut, na Turquia. Embora o local seja um tradicional ponto turístico, a visão privilegiada do espaço revelou sua cratera dividida ao meio, como o tradicional símbolo do yin-yang.O Nemru, também chamado de Ninrode, é um estratovulcão, o que significa que é uma formação geológica composta, ou seja, uma montanha íngreme formada por camadas de material vulcânico expelido por erupções anteriores.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281386-supervulcao-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é um supervulcão?</a></li></ul>Vista do espaço, a cratera do vulcão se assemelha ao símbolo yin-yang, que representa o equilíbrio de forças opostas. No caso, o yin (lado escuro, passivo) <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237610-feita-lava-vulcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é representado pela lava escura e solidificada</a>. Já o lado yang (claro e ativo) é o belo lago que reflete o céu. A "moldura" representada pela neve torna a representação visual do taoismo ainda mais destacada.&nbsp;<h2>Como a cratera do vulcão Monte Nemru se formou?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/13/13105620652076.jpg" alt="Foto do monte Nemru, com as descrições geológicas.">Foto do monte Nemru, com as descrições geológicas.A enorme cratera do Nemrut se formou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281776-vulcoes-antartida-entrassem-erupcao-veja-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">através das erupções sucessivas do vulcão</a>, que hoje está totalmente extinto. Sua última atividade ocorreu em 1650 d.C., segundo o Observatório da NASA, formando altas paredes de lava solidificada.&nbsp;Essas elevações alongadas são chamadas de cristas de pressão, e possuem tamanhos, espessuras e orientações diferentes, conforme a viscosidade e a direção do fluxo da lava durante as erupções.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281155-erupcao-supervulcao-toba-ter-expulsado-humanos-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Erupção do supervulcão Toba pode ter 'expulsado' os humanos da África</a></li></ul>A cratera mede cerca de 8,5 quilómetros de diâmetro no seu ponto mais largo e chega a 610 metros de profundidade. Segundo um estudo publicado em janeiro de 2012, na revista Journal of Volcanology and Geothermal Research, a maioria&nbsp;dessa formação foi esculpida por uma erupção massiva ocorrida há cerca de 250 mil anos. O fluxo de lava também bloqueou um rio próximo, criando o lago Van, o maior da Turquia.<h2>Como o lago claro do símbolo do yin-yang surgiu?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/13/13115145313113.jpg" alt="O lago interno do Nemru se formou de chuva, neve derretida ou lençóis freáticos.">O lago interno do Nemru se formou de chuva, neve derretida ou lençóis freáticos.Depois que o cume do monte Nemrut se colapsou em forma de cratera, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281776-vulcoes-antartida-entrassem-erupcao-veja-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">após as grandes erupções ocorridas,</a> outras menores "vazaram" em aberturas na metade oriental da caldeira. Mas o outro lado da cratera, não coberto pela lava, acabou se enchendo de água, formando um lago interno, conhecido como Nemrut Dagi.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279994-vulcoes-marte-revelar-passado-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vulcões em Marte podem revelar mais sobre o passado da Terra</a></li></ul>Esse lago tem uma profundidade máxima de cerca de 176 m, e cobre outros fluxos de lava, mais antigos, de erupções anteriores. No local, há várias trilhas, por onde os turistas exploram a beleza natural da paisagem.No centro da borda norte da caldeira, existe também um lago menor com cerca de 11 metros de profundidade alimentado por fontes termais, o que indica que, apesar de morto, o vulcão mostra sinais de atividade abaixo de sua cratera.Gostou do conteúdo? Então, aproveite para<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271389-4-lugares-terra-vistos-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"> conhecer os 4 lugares na Terra que podem ser vistos do espaço</a>. Até a próxima!</body>

NASA Earth Obsrvatory/ISS

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Vulcão Monte Nemru com cratera 'yin-yang' é fotografado do espaço pela ISS

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Imagem de Corrente do Golfo suspendeu nutrientes na era glacial e pode parar de novo no tecmundo

Para entender os impactos de uma possível interrupção no fluxo de nutrientes da Corrente do Golfo, cientistas analisaram o que ocorreu durante era glacial.

Como uma art&eacute;ria gigantesca, a corrente mar&iacute;tima conhecida como Corrente do Golfo transporta calor e enormes quantidades de nutrientes essenciais &agrave; vida, desde o Estreito da Fl&oacute;rida, entre este estado americano e Cuba, contornando depois a costa leste dos EUA e Canad&aacute;, e chegando finalmente &agrave; Europa, ap&oacute;s cruzar o Atl&acirc;ntico Norte.
Parte da Circula&ccedil;&atilde;o Meridional do Atl&acirc;ntico (AMOC na sigla em ingl&ecirc;s), a Corrente do Golfo tamb&eacute;m participa do sistema de transporte de &aacute;guas amenas das regi&otilde;es tropicais do Hemisf&eacute;rio Sul at&eacute; o Hemisf&eacute;rio Norte.&nbsp;
<ul>
<li>Saiba tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275329-relacao-entre-clima-oceanos-planeta-descoberta-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rela&ccedil;&atilde;o entre clima dos oceanos e do planeta &eacute; explicada por cientistas</a></li>
</ul>
Um novo estudo, publicado na revista Science, alerta que, "<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266885-colapso-oceano-atlantico-alterar-corrente-regula-clima-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se as altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas antropog&ecirc;nicas provocarem um decl&iacute;nio na for&ccedil;a da AMOC</a> e, portanto, da Corrente do Golfo, ent&atilde;o esse fornecimento de nutrientes diminuir&aacute;". Para examinar os impactos de uma prov&aacute;vel mudan&ccedil;a no fluxo de recursos vitais, eles examinaram outra &eacute;poca do planeta na qual o fen&ocirc;meno ocorreu: o Dryas Recente.
<h2>O que foi a era glacial Dryas Recente?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/09/09225825459374.jpg" alt="O Dryas Recente congelou a Terra por cerca de mil anos." />O Dryas Recente congelou a Terra por cerca de mil anos.
O Dryas Recente foi <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279768-terra-virou-bola-neve-ha-717-milhoes-anos-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um forte inverno repentino que congelou toda a Terra</a> no final do per&iacute;odo Pleistoceno, entre 12,7 mil e 11,7 mil anos atr&aacute;s, um tempo considerado curto em termos geol&oacute;gicos. A onda de frio provocou queda nas temperaturas m&eacute;dias globais, revertendo temporariamente um per&iacute;odo de aquecimento que estava em curso.&nbsp;
Durante esse intervalo congelante, existem estudos mostrando que a AMOC enfraqueceu, diz o estudo.&nbsp;
&ldquo;Embora os detalhes do estado clim&aacute;tico de fundo e a escala temporal da mudan&ccedil;a sejam diferentes dos atuais, esse evento clim&aacute;tico passado oferece uma oportunidade para testar os mecanismos identificados nos modelos clim&aacute;ticos atuais&rdquo;, concluem os autores.
<h2>O que o estudo descobriu das correntes do Atl&acirc;ntico?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/10/correntes-oceanicas-10083000272009.gif" alt="Correntes oce&acirc;nicas" />Os modelos cient&iacute;ficos atuais preveem um colapso iminente da AMOC.
Para fazer uma modelagem fiel das condi&ccedil;&otilde;es prevalentes na Corrente do Golfo na &eacute;poca do Dryas Recente, os pesquisadores analisaram f&oacute;sseis microsc&oacute;picos que viveram no oceano durante a era glacial. Eles tamb&eacute;m estudaram os n&uacute;cleos de sedimento, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280676-antropoceno-holoceno-futuro-terra-debate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colunas de rocha acumuladas no fundo do mar desde o Pleistoceno</a>.
A an&aacute;lise dos f&oacute;sseis revelou que o conte&uacute;do de nutrientes caiu durante o Dryas Recente, quando comparado com os mil&ecirc;nios imediatamente anteriores e posteriores. Segundo o estudo, esse corte de elementos vitais deixou faminto o fitopl&acirc;ncton do Atl&acirc;ntico Norte.&nbsp;O decl&iacute;nio dessas algas e demais organismos fitossint&eacute;ticos provocou forte impacto na cadeia alimentar marinha e tamb&eacute;m na produ&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio nos oceanos.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281030-zona-subduccao-formaria-anel-fogo-engolir-oceano-atlantico-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zona de subduc&ccedil;&atilde;o pode formar "anel de fogo" capaz de engolir o Oceano Atl&acirc;ntico</a></li>
</ul>
Esse registro do Dryas Recente valida as simula&ccedil;&otilde;es dos atuais modelos clim&aacute;ticos, que preveem um ponto de inflex&atilde;o no transporte de nutrientes para o Atl&acirc;ntico Norte, se a AMOC e a Corrente do Golfo continuarem desacelerando. Os impactos seriam catastr&oacute;ficos para a pesca naquela regi&atilde;o, pois, se a AMOC enfraqueceu somente durante a era glacial, o seu colapso iminente parece agora irrevers&iacute;vel.&nbsp;
Ficou com alguma d&uacute;vida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a mat&eacute;ria. At&eacute; a pr&oacute;xima!

NASA

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Corrente do Golfo suspendeu nutrientes na era glacial e pode parar de novo

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Imagem de Impacto formador da Lua deixou bolhas que moldaram as placas tectônicas no tecmundo

O estudo sugere que o mesmo impacto gigante que formou a Lua também deixou material dentro da Terra que auxiliou formação das placas tectônicas.

<head></head><body>A hipótese científica do Grande Impacto,<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273491-pedacos-outro-planeta-enterrados-nucleo-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;que relata a colisão da Terra com um protoplaneta chamado Theia há 4,5 bilhões de anos</a>, pode ter produzido mais do que a criação da Lua. Um estudo recente, publicado por três geólogos e sismólogos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, propõe que o fenômeno possa ter impulsionado as placas tectônicas em nosso planeta.Conforme o estudo, publicado na Geophyscial Research Letters, bolhas misteriosas, chamadas cientificamente de grandes províncias de baixa velocidade (LLVPs) foram deixadas para trás durante a gigantesca colisão. Esse material quente e menos denso pode ter empurrado a crosta oceânica mais antiga e densa para abaixo, inaugurando a primeira subducção do nosso planeta.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/277043-placa-tectonica-indiana-partindo-duas-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Placa tectônica indiana está se partindo em duas abaixo do Tibete</a></li></ul>Fenômeno <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273196-venus-tinha-placas-tectonicas-parecidas-terra-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exclusivo da Terra entre todos os planetas conhecidos</a>, o regime de placas tectônicas, no qual a mais densa afunda sob outra menos densa em seus limites convergentes, é o processo geológico que alimenta todos os terremotos e vulcões, mas também criou condições propícias para a evolução da vida.&nbsp;<h2>Como os cientistas simularam a formação de placas tectônicas?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/09/09122428175134.jpg" alt="Evolução temporal mostrando iniciação de subducção induzida por bolhas.">Evolução temporal mostrando iniciação de subducção induzida por bolhas.Para testar suas teorias, a equipe direcionou modelos computacionais para mostrar diferentes tipos de impacto que as LLVPs possam ter causado à crosta terrestre desde o éon Hadeano, a ponto de serem os responsáveis <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274162-pesquisadores-criam-mapa-definitivo-placas-tectonicas-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pelas atuais placas tectônicas</a>. Um dado já revelado por leituras sísmicas é que os materiais das LLVPs e do manto são diferentes.&nbsp;Os modelos mostraram que, cerca de 200 milhões de anos após o Impacto, a pressão das LLVPs criou plumas quentes (as tais bolhas) que subiram do núcleo à superfície, fazendo com que algumas seções afundassem, ou seja, a estreia da subducção na Terra. &nbsp;<h2>Impacto de grande rocha pode gerar vida por meio de placas tectônicas?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/09/09130048136159.jpg" alt="Esquema ilustrativo do percurso desde o Grande Impacto até a formação de bolhas, no éon Hadeano.">Esquema ilustrativo do percurso desde o Grande Impacto até a formação de bolhas, no éon Hadeano.Além de ajudar a explicar o antigo mistério da origem de bolhas gigantes de material desconhecido perto do centro da Terra, o novo estudo também propõe que o grande impacto "também definiu as condições iniciais da nossa Terra", afirma o coautor do trabalho, Qian Yuan, ao The Washington Post.<ul><li>Entenda:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282665-manto-terra-moldou-topografia-da-superficie-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Manto da Terra moldou a topografia da superfície?</a></li></ul>Afinal, o constante movimento das placas tectônicas favorece a reciclagem de elementos químicos no interior do planeta. Conhecido como ciclo tectônico, o processo libera não só minerais, mas nutrientes essenciais à vida, na superfície. Além disso, o funcionamento conjunto da crosta terrestre com o manto pode ter funcionado como um termostato natural.&nbsp;Mas se tudo isso, a vida incluída, só começou com a queda de um protoplaneta, e se essa for uma condição para um planeta suportar vida avançada, então a existência de planetas parecidos com o nosso pode ser raríssima. Ou seja, se o estudo estiver certo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266590-o-paradoxo-fermi-que-elon-musk-pretende-solucionar-xai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a existência de vida fora da Terra pode até ser possível, mas bastante improvável</a>.&nbsp;Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com seus amigos que também gostam desses tipos de assunto. Até mais!&nbsp;</body>

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Impacto formador da Lua deixou bolhas que moldaram as placas tectônicas

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Imagem de Ondas gigantes em águas calmas: saiba por que os tsunâmis de lagos são tão perigosos no tecmundo

No Alasca, os tsunâmis de lagos têm se tornado um perigo emergente ligado às mudanças climáticas e ao derretimento das geleiras.

<head></head><body>Durante a reunião da Sociedade Sismológica da América (SSA), realizada em Anchorage, no Alasca, um pronunciamento ameaçador tratou de um assunto pouco conhecido: os tsunâmis de lago. Citando as localidades de Cowee Creek, Brabazon Range e Upper Pederson Lagoon, Bretwood Higman, da ONG Ground Truth Alaska, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269098-mudanca-climatica-causar-bilhao-mortes-2100-diz-cientista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">disse que são exemplos de tsunâmis lacustres ocorridos no Alasca</a>.Gerados por deslizamentos de terra em pequenos córregos, a maioria dessas ondas gigantes ocorreu em locais remotos até hoje, mas, segundo Higman, é só uma questão de tempo até que um tsunami atinja locais habitados, como o Lago Portage, próximo à cidade de Whittier, no Alasca, alerta Higman.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231044-tsunamis-possuem-campo-magnetico-detectado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tsunâmis possuem campo magnético que pode ser detectado</a></li></ul>Em se tratando de uma relação de localidades de risco, o Lago Portage “está praticamente no topo da minha lista”, disse Higman. Por se tratar de uma geleira de recuo tidewater (ou geleira maré), ele flui para um lago e eventualmente para o mar. Além de Whittier, outras cidades mais populosas também estão na lista, como Eklutna, Seward, Valdez e Juneau, a capital do Alasca.<h2>Como são formados tsunâmis em lagos?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/06/06113352573066.jpg" alt="Em regiões com geleiras de montanha, o tsunâmi pode ocorrer pelo derretimento da geleira.">Em regiões com geleiras de montanha, o tsunâmi pode ocorrer pelo derretimento da geleira.Da mesma forma que os tsunâmis oceânicos, causados por eventos submarinos (terremotos, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra), os tsunâmis lacustres também se originam de atividades sísmicas. Essa forma, os fenômenos podem perturbar o leito do lago e deslocar altas quantidades de água.&nbsp;No caso do Alasca e Colúmbia Britânica (no Canadá), explicou Higman em sua apresentação, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273567-ondas-mar-ficando-fortes-medida-aquecimento-global-aumenta-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os tsunâmis em lagos representam “um perigo emergente ligado ao clima”</a>.&nbsp;Com o aquecimento global, as geleiras que sustentam as paredes do vale ao seu redor derretem. Isso pode aumentar o risco de deslizamentos de terra, que podem causar os tsunamis em corpos d'água, existentes ou até mesmo em um lago formado pelo derretimento da própria geleira.&nbsp;<h2>Tsunâmis lacustres são perigosos?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2024/05/06/06120248527081.jpg" alt="Tsunâmi causado por geleira no Canadá em 2020 teve mais de 100 metros.">Tsunâmi causado por geleira no Canadá em 2020 teve mais de 100 metros.Tsunâmis lacustres são sempre catastróficos, independentemente da região onde acontecem. O mais alto deles, ocorrido justamente no Alasca em julho de 1958, provocou ondas de até 524 metros de altura e se passou em um fiorde, um tipo de vale glacial inundado pelo mar. A causa foi um terremoto de magnitude 7,9, que provocou deslizamento de terra maciço na encosta da montanha.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204438-descoberta-lagos-subterraneos-marte-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Descoberta de lagos subterrâneos em Marte intriga cientistas</a></li></ul>Outro deslizamento de terra gigantesco (18 milhões de metros cúbicos de rocha) ocorreu na Colúmbia Britânica em novembro de 2020, provocando um tsunâmi no lago com ondas de até 100 metros de altura. O fenômeno devastou toda a paisagem do local, inclusive um antigo córrego chamado Elliot Creek.O geomorfologista Marten Geertsema descreveu a cena, em entrevista à CBC: “imagine um deslizamento de terra com massa igual a de todos os automóveis no Canadá, viajando a uma velocidade de cerca de 140 quilômetros por hora quando atinge um grande lago”. Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para entender também o porquê, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271379-ondas-oceanos-representam-desafio-complexo-ciencia-nao-linear-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as ondas dos oceanos representam um desafio complexo da ciência não linear</a>. </body>

Bretwood Higman

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Ondas gigantes em águas calmas: saiba por que os tsunâmis de lagos são tão perigosos

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