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Descubra a ciência por trás da formação dos majestosos anéis ao redor de alguns planetas

No Universo, planetas emoldurados por uma delicada dança de partículas que formam vastos anéis são comuns. Esses adornos celestiais, como os de Saturno, têm fascinado a humanidade desde que Galileu Galilei os observou pela primeira vez em 1610. Mas como esses majestosos anéis planetários se formam?&nbsp;O que eles nos dizem sobre os processos dinâmicos e violentos do cosmos? Para entendê-los, é preciso explorar a física, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282231-caos-primitivo-estudo-revela-reviravolta-formacao-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a história formativa do Sistema Solar</a> e as descobertas que transcendem as suas fronteiras.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273514-aneis-saturno-desaparecerao-vista-2025.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os anéis de Saturno desaparecerão de vista em 2025</a></li></ul>Os anéis planetários se formam a partir de partículas de gelo, poeira e rocha que orbitam um planeta, mantidas em um delicado equilíbrio pela gravidade do corpo central e pelas forças de maré.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24122627560033.jpg" alt="Saturno, planeta com o primeiro sistema de anéis visto pela humanidade. "><figcaption>Saturno, planeta com o primeiro sistema de anéis visto pela humanidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Um fator crucial para a formação desses anéis é o limite de Roche, uma região ao redor de um planeta onde<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238155-gravidade-ela-influencia-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;a gravidade do próprio planeta</a> impede que objetos menores, como luas, permaneçam intactos. Dentro dessa região, qualquer satélite que se aproxime demais será fragmentado pela força gravitacional diferencial, formando um disco de detritos.Os anéis podem surgir de várias maneiras:<ul><li>Fragmentação de luas ou asteroides:&nbsp;quando uma lua entra no limite de Roche, as forças de maré superam a gravidade que mantém o corpo coeso, resultando em sua destruição e a formação de um disco de partículas.</li><li>Resquícios de formação planetária:&nbsp;durante os estágios iniciais da formação do Sistema Solar, materiais que não foram incorporados em planetas ou satélites podem permanecer orbitando, dando origem aos anéis.</li><li>Impactos cósmicos:&nbsp;colisões entre luas, asteroides ou cometas podem gerar detritos que se espalham e formam anéis temporários.</li></ul><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24123016371034.jpg" alt="Uma das formas possíveis de se construir um sistema de anéis ao redor de um planeta é através dos detritos remanescentes de uma colisão."><figcaption>Uma das formas possíveis de se construir um sistema de anéis ao redor de um planeta é através dos detritos remanescentes de uma colisão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Dentro do Sistema Solar, encontramos anéis ao redor de todos os gigantes gasosos – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno – embora variem em composição, densidade e visibilidade. Saturno é o exemplo mais icônico e espetacular de anéis planetários. Seus anéis, compostos principalmente de partículas de gelo e rocha, se estendem por cerca de 280.000 km, mas têm uma espessura média de apenas 10 metros.&nbsp;Observações da missão Cassini-Huygens, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150934-saturno-aneis-conheca-impressionante-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que explorou Saturno de 2004 a 2017</a>, revelaram que esses anéis podem ter se formado a partir de uma lua que foi destruída há cerca de 100 milhões de anos, embora sua origem ainda seja objeto de debate.Os anéis de Júpiter são muito mais tênues e compostos principalmente de partículas microscópicas de poeira, provavelmente originadas de impactos de micrometeoritos em suas pequenas luas internas. Descobertos pela missão Voyager 1 em 1979, foram um exemplo fascinante da diversidade dos anéis como característica planetária.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24123316547035.jpg" alt="Júpiter e seu sistema de anéis vistos em infravermelho."><figcaption>Júpiter e seu sistema de anéis vistos em infravermelho. (Fonte: NASA/ESA)</figcaption></figure></figure>Urano possui 13 anéis conhecidos, compostos de partículas escuras, possivelmente carbonáceas. Descobertos em 1977 durante uma ocultação estelar, seus anéis são muito estreitos e densos, sugerindo uma origem a partir da fragmentação de luas antigas.Netuno, por sua vez, possui anéis irregulares e tênues, com segmentos brilhantes chamados "arcos". Esses arcos são estáveis graças à influência gravitacional das luas pastoras, como Galatea, que confinam as partículas em regiões específicas.<ul><li>Leia mais:&nbsp; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289683-terra-ter-apresentado-sistema-aneis-saturno-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra pode ter apresentado sistema de anéis como em Saturno, diz estudo</a></li></ul>A astronomia moderna também revelou anéis ao redor de exoplanetas – planetas fora do Sistema Solar. Um exemplo intrigante é o J1407b, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274289-anel-invisivel-saturno-estudante-desvenda-transparencia-usando-dados-sonda-cassini.htm#:~:text=Os%20ic%C3%B4nicos%20an%C3%A9is%20principais%20de,se%20alinham%20com%20a%20Terra." rel="noopener noreferrer" target="_blank">um exoplaneta com um sistema de anéis gigantesco, cerca de 200 vezes maior que os de Saturno</a>. Esses anéis poderiam estar associados à formação de luas, fornecendo pistas sobre como os satélites naturais se formam ao redor de planetas massivos.A estabilidade dos anéis depende de uma interação delicada entre gravidade, velocidade orbital e colisões entre partículas. As partículas dos anéis orbitam o planeta em velocidades diferentes, e colisões entre elas podem dissipar energia, estabilizando suas órbitas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24123844926037.jpg" alt="Representação artística do exoplaneta J1407b com um dos maiores sistemas de anéis já descobertos. "><figcaption>Representação artística do exoplaneta J1407b com um dos maiores sistemas de anéis já descobertos. (Fonte: NASA/Ron Miller)</figcaption></figure></figure>Satélites naturais desempenham um papel vital nesse processo. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248301-aneis-saturno-restos-mortais-lua-chegou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Essas pequenas luas orbitam próximo aos anéis</a> e ajudam a confiná-los em faixas estreitas, como nos anéis de Saturno. A interação gravitacional entre as luas e as partículas dos anéis cria lacunas, como a famosa divisão de Cassini nos anéis de Saturno.A composição dos anéis também varia. Partículas de gelo são comuns, pois refletem a luz solar e tornam os anéis brilhantes, como os de Saturno. Em outros casos, como nos anéis de Urano, materiais mais escuros indicam a presença de compostos orgânicos ou rochas carbonáceas.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236738-sabemos-gigantes-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que sabemos sobre os gigantes do sistema solar?</a></li></ul>Embora magníficos, os anéis planetários são temporários em escalas de tempo cósmicas. As partículas que os compõem eventualmente caem no planeta devido ao arrasto atmosférico ou são ejetadas para o espaço por interações gravitacionais. Por exemplo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236401-aneis-saturno-sumindo-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os anéis de Saturno estão lentamente desaparecendo</a> em um fenômeno conhecido como “chuva de anéis”, em que é estimado que desapareçam por completo em cerca de 100 milhões de anos.Os anéis ao redor dos planetas não são apenas belos, mas também testemunhos do dinamismo e da violência do universo. Eles nos contam histórias sobre colisões cósmicas, fragmentação de luas e os processos de formação planetária. Ao estudar os anéis, aprendemos mais sobre as forças que moldam os sistemas planetários e, por extensão, o próprio cosmos.

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Como os anéis ao redor de planetas se formam?

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Recém-descoberto 2024 YR4 atualmente é a rocha espacial com maior chance de bater no planeta no futuro

Agências espaciais de todo o planeta estão observando atentamente a movimentação de um asteroide recém-descoberto no espaço. Isso porque ele, batizado de 2024 YR4, tem uma chance recorde de colidir com o planeta daqui a alguns anos.De acordo com pesquisadores financiados pela NASA, que descobriram o 2024 YR4, há uma chance atual entre 1,2% e 1,3% de que o asteroide atinja o planeta em dezembro de 2032. A porcentagem é pequena em número, mas é significativa no contexto: atualmente, não há outros corpos celestes monitorados que tenha mais de uma chance em cem de bater contra a Terra.<pre><code class="language-plaintext">&lt;blockquote class="twitter-tweet"&gt;&lt;p lang="en" dir="ltr"&gt;Recently-discovered &lt;a href="https://twitter.com/hashtag/asteroid?src=hash&amp;amp;ref_src=twsrc%5Etfw"&gt;#asteroid&lt;/a&gt; 2024 YR4 may make a very close approach to Earth in 8 years. It is thought to be 40-100 meters wide. Uncertainty is still high and more and more observations are needed confirm this. &lt;a href="https://t.co/u8PvZg3jaw"&gt;pic.twitter.com/u8PvZg3jaw&lt;/a&gt;&lt;/p&gt;&amp;mdash; Tony Dunn (@tony873004) &lt;a href="https://twitter.com/tony873004/status/1884065200569278466?ref_src=twsrc%5Etfw"&gt;January 28, 2025&lt;/a&gt;&lt;/blockquote&gt; &lt;script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"&gt;&lt;/script&gt;</code></pre>Apesar do valor recorde, ainda não há qualquer tipo de pânico por parte dos cientistas. Muitas variáveis estão em jogo nesse cálculo e a situação pode mudar consideravelmente nos próximos sete anos, até a data prevista da sua aproximação. Normalmente, esse percentual cai com o passar do tempo, seja por mudanças no trajeto ou maior obtenção de dados por parte das agências espaciais.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290810-5-asteroides-perigosos-terra-segundo-nasa.htm">Quais são os 5 asteroides mais perigosos para a Terra, segundo a NASA?</a></li></ul>Além do 2024 YR4, que será observado de perto por astrônomos, há várias outras rochas espaciais de grande porte que têm a movimentação acompanhada. É o caso do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286319-asteroide-assassino-tamanho-do-everest-aproximara-terra-dia-27.htm">2011 UL21</a>, também chamado de “assassino de planetas” e que chegou a ficar visível da Terra no ano passado, e o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278223-asteroide-colidir-terra-2029-animacao-mostra-resultado.htm">99942 Apophis</a>, que eventualmente vira notícia por riscos falsos de colisão com o planeta.<h2>O que já sabemos sobre o 2024 YR4?</h2>O 2024 YR4 foi descoberto em 27 de dezembro de 2024 por um telescópio do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), um laboratório de observação mantido no Chile pela NASA. Os astrônomos enviaram os dados para a agência norte-americana, que colocou o asteroide no sistema de monitoramento.Segundo as informações preliminares, o asteroide tem entre 40 metros e 100 metros de comprimento. A agência espacial europeia diz que asteroides dessas dimensões "impactam a Terra em média a cada várias centenas de anos" e "podem causar danos severos para uma região". O impacto é considerado próximo ao que aconteceu na Rússia em 1908, no chamado <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/248835-chance-sermos-atingidos-asteroide-gigante.htm">Evento de Tunguska,</a> quando uma região de 40 quilômetros foi devastada por uma rocha espacial que virou uma bola de fogo e explodiu pouco antes de bater no solo.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/293975-70-meteoritos-chegam-terra-ter-tres-origens.htm">70% dos meteoritos que chegam à Terra podem ter apenas três origens</a></li></ul>Por volta do fim de 2028, novas medidas serão possíveis quando o 2024 YR4 estiver em um ponto de observação mais próximo da Terra. Por enquanto, ele seguirá em monitoramento pelos laboratórios especializados, ainda sem qualquer tipo de alerta ou planejamento para uma catástrofe.

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Asteroide com grandes chances de bater na Terra em 2032 é descoberto pela NASA

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Uma pesquisa realizada na Índia indica que a matéria escura pode ser leve, já que uma massa grande demais poderia interferir em outras partículas.

Segundo cientistas do Instituto Indiano de Educação e Pesquisa Científica em Bhopal, na Índia, é possível que a misteriosa matéria escura não seja tão pesada assim. O artigo científico ainda aguarda a revisão por pares, mas dá um indicativo de que essa substância é mais leve do que pensávamos.Com uma natureza desconhecida, a matéria escura é uma propriedade que pode englobar cerca de 30% do universo, mas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282741-materia-escura-nao-podemos-ver-substancia-misteriosa-que-compoem-universo.htm">é algo totalmente invisível e complexo para a ciência</a>. O entendimento é que essa substância, por assim dizer, tem uma massa muito mais densa do que a de outros tipos de matéria, mas isso pode não ser totalmente verdade.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401961-relogio-do-juizo-final-bate-recorde-e-humanidade-parece-estar-mais-perto-do-fim.htm">Relógio do Juízo Final bate recorde e humanidade parece estar mais perto do fim</a></li></ul>O levantamento indica que a matéria escura mais pesada, como acreditamos, pode influenciar e interagir com a matéria normal. Em especial, o estudo considerou o Bóson de Higgs, uma partícula elementar no mundo da física que atribui massa a outras partículas, como um dos possíveis afetados pela matéria escura com massa mais pesada.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832289.jpg" alt="matéria escura" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418816287.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832290.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418832291.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/30/30131418816288.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Por afetar a gravidade, há a ideia de que a matéria escura é uma substância pesada (Imagem: Nasa/Reprodução)</figcaption></figure><h2>Nova percepção sobre a matéria escura</h2>O fato da matéria escura ser muito pesada faria com que as interações com o Bóson de Higgs bagunçassem todas as outras interações entre partículas. Assim, uma das hipóteses é que a matéria escura é uma propriedade mais leve e não necessariamente pesada, já que sua massa poderia afetar esses outros corpos.Por mais que seja uma discussão muito teórica e difícil de imaginar, isso significa que agora os cientistas podem se preocupar em pesquisar e encontrar partículas de matéria escura mais leves. Em outras palavras, a descoberta pode mudar a percepção da comunidade científica e auxiliar no entendimento sobre o funcionamento do universo.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401895-o-desafio-da-quimica-em-unir-todos-os-elementos-da-tabela-periodica.htm">O desafio da Química em unir todos os elementos da Tabela Periódica</a></li></ul>Vale reiterar que o artigo ainda precisa passar pela revisão por pares e se constitui apenas como uma hipótese a respeito do tema. &nbsp;

Nasa

Matéria escura pode ser mais leve do que pensávamos

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Os materiais espaciais analisados foram trazidos para a Terra por meio da missão OSIRIS-REx da NASA.

Ingredientes essenciais para a criação da vida foram encontrados nas amostras do asteroide Bennu coletadas durante uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271965-nave-nasa-volta-terra-maior-amostra-asteroide-feita.htm">missão da NASA que retornou à Terra em setembro de 2023</a>. É o que indicam novas análises feitas no material, cujos resultados foram divulgados na quarta-feira (29).Conforme os artigos publicados na Nature e na Nature Astronomy, a rocha espacial contém “ingredientes da vida” como uma ampla variedade de aminoácidos, incluindo 14 dos 20 que a vida na Terra usa para produzir proteínas. Também foram identificadas as nucleobases que formam o DNA — adenina, guanina, citosina e timina.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286443-amostras-asteroide-bennu-comecam-revelar-origens-do-sistema-solar.htm">Amostras do asteroide Bennu começam a revelar as origens do Sistema Solar</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://www.nasa.gov/wp-content/uploads/2025/01/jason2large.jpg?w=1920" alt="Um cientista de jaleco branco, máscara, rede de cabelo e luvas roxas segura um frasco transparente com uma substância preta dentro, perto da câmera."><figcaption>Material coletado pela missão da NASA enviada ao asteroide Bennu. (Imagem: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>Além disso, os cientistas encontraram grandes quantidades de sais e minerais, indicando que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143134-osiris-rex-melhor-registro-asteroide-bennu.htm">asteroide Bennu</a> já teve água, bem como a amônia, importante para as reações bioquímicas. Vale ressaltar que alguns desses elementos foram detectados em pedaços de outros corpos celestes que caíram na Terra, mas nem todos.“A missão OSIRIS-REx da NASA já está reescrevendo o livro didático sobre o que entendemos sobre os primórdios do nosso Sistema Solar. Os asteroides fornecem uma cápsula do tempo para a história do nosso planeta natal, e as amostras de Bennu são essenciais para a nossa compreensão de quais ingredientes em nosso sistema solar existiam antes do início da vida na Terra”, declarou o administrador da agência espacial americana, Nicky Fox, em comunicado.<h2>Espalhando a vida pelo Sistema Solar</h2>As descobertas mais recentes relacionadas às amostras do Bennu reforçam a tese de que as condições necessárias para o surgimento da vida estavam disseminadas em todo o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281844-sistemas-solares-nascem-ciencia-responde.htm">Sistema Solar primitivo</a>, conforme os autores da pesquisa. Além disso, dão suporte às teorias de que os aminoácidos essenciais para a vida em nosso planeta têm origem em outro lugar.Dessa forma, eles acreditam que as evidências aumentam as chances de que a vida pudesse ter se formado em outros planetas e luas. Apesar disso, ainda não se sabe os motivos pelos quais a vida fora da Terra não foi descoberta, pelo menos até agora.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/223149-nasa-asteroide-bennu-tem-pequena-chance-atingir-terra-2182.htm">NASA: Asteroide Bennu tem pequena chance de atingir a Terra em 2182</a></li></ul>Para responder a tal pergunta, os cientistas dizem ser necessária uma pesquisa ainda mais detalhada da poeira coletada no asteroide, que pode demorar décadas para ser concluída. Ao mesmo tempo, é preciso avançar nos projetos de exploração espacial, com missões direcionadas aos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282318-melhor-lugar-sistema-solar-encontrar-vida-extraterrestre.htm">planetas com mais chance de apresentar vida</a>.

NASA/Divulgação

Amostras do asteroide Bennu contêm 'ingredientes da vida', revelam estudos

O Tesla Roadster foi lançado ao espaço em 2018, na missão de estreia do foguete Falcon Heavy da SpaceX.

No dia 2 de janeiro, o Minor Planet Center (MPC) relatou a descoberta de um asteroide próximo à Terra que gerou preocupação com a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278223-asteroide-colidir-terra-2029-animacao-mostra-resultado.htm">possibilidade de colisão</a>, por conta da sua curta distância em relação ao planeta. Mas poucas horas depois, o órgão vinculado à União Astronômica Internacional retirou o alerta, pois se tratava de algo bem conhecido.O objeto confundido com um asteroide era, na verdade, o carro de Elon Musk no espaço, modelo que foi <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/127082-tesla-roadster-starman-oficialmente-corpos-celestiais.htm">lançado a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX</a> em fevereiro de 2018. Desde então, o Tesla Roadster contendo um manequim batizado de Starman no banco do motorista tem viajado em uma longa jornada pelo espaço sideral.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282197-ceu-noturno-identificar-cometas-asteroides.htm">O céu noturno: como identificar asteroides e cometas?</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28180730141712.jpg" alt="carro-de-elon-musk-espaco.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28180730172714.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28180730141713.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>O Tesla Roadster com o boneco Starman foi lançado ao espaço em 2018. (Imagem: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>Antes de saber exatamente do que se tratava, o MPC chamou o objeto de “2018 CN41”, considerando o ano e o mês em que ele foi observado pela primeira vez. Os cálculos indicavam uma órbita excêntrica que o levava para dentro da órbita da Lua, a menos de 240 mil km de distância da Terra.Porém, os astrônomos que revisaram os dados descobriram que a órbita correspondia ao objeto artificial 2018-017A, registrado como o estágio superior do foguete da SpaceX que segue transportando o carro de Musk em sua aventura espacial. “A designação 2018 CN41 está sendo excluída e será listada como omitida”, declarou o MPC, em comunicado.<h2>Chance razoável de atingir a Terra</h2>Vagando pelo espaço há quase sete anos, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/auto/287250-carro-eletrico-considerar-pensar-ter.htm">carro elétrico</a> de Musk tem aproximadamente 22% de chance de atingir a Terra, eventualmente, de acordo com cálculos feitos na época do lançamento. Mas isso só deve acontecer em alguns milhões de anos.Os cientistas que fizeram a estimativa também apontaram que ele deve voltar a se aproximar da Terra por volta de 2047. Além disso, há chances de encontros do veículo com outros corpos celestes, sendo 12% de probabilidade que ele caia em Vênus e 12% de probabilidade de colidir com o Sol.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/233599-onde-tesla-roadster-lancado-espaco-saiba-rastrea-lo.htm">Onde está o Tesla Roadster lançado ao espaço? Saiba como rastreá-lo</a></li></ul>Em relação à confusão dos astrônomos, outros objetos avistados já passaram pelo mesmo problema, como a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/60178-10-anos-espaco-satelite-rosetta-finalmente-chega-destino.htm">nave espacial Rosetta</a>. Em 2007, a espaçonave da Agência Espacial Europeia foi erroneamente classificada como um asteroide.

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Carro de Elon Musk no espaço é confundido com asteroide próximo à Terra; entenda

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Super-Terra-e-Sistema-Solar

Pesquisadores fizeram simulações 3D para entender o impacto de uma Super Terra no Sistema Solar e sua influência na dinâmica planetária.

O Sistema Solar é composto por oito planetas e milhões de outros corpos celestes, incluindo centenas de luas e uma imensidão de cometas. E, claro, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400637-apos-248-anos-plutao-concluira-sua-primeira-orbita-ao-redor-do-sol-em-2178.htm">não podemos esquecer Plutão</a>, que desde 2006 foi reclassificado como planeta anão pela União Astronômica Internacional (IAU). Mas e se existisse outro planeta nessa lista, uma Super Terra? O que isso significaria para o nosso sistema?Um novo estudo publicado na revista científica&nbsp;Icarus analisou o impacto da adição de um planeta extra ao Sistema Solar. Contudo, não se trata de um corpo celeste qualquer, mas sim de uma Super Terra. Os pesquisadores investigaram especificamente como um planeta desse tipo influenciaria na dinâmica do sistema caso estivesse posicionado especificamente entre Marte e Júpiter.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401776-sistema-solar-pode-ter-sido-deformado-por-objeto-gigante-diz-estudo.htm">Sistema solar pode ter sido 'deformado' por objeto gigante, diz estudo</a></li></ul>A equipe, composta pelos cientistas planetários Emily Simpson e Howard Chen, do Instituto de Tecnologia da Flórida (FIT), explica que o Sistema Solar funciona como uma espécie de valsa cósmica. Isso significa que planetas e outros corpos celestes seguem órbitas relativamente estáveis há bilhões de anos — um equilíbrio que deve perdurar por mais alguns bilhões antes de entrar em colapso.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/7kHP0rFmVg0?si=U2SxXcPxu_9YU8WE" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Para entender os impactos de uma Super Terra, os pesquisadores analisaram o que aconteceria se esse planeta estivesse entre Marte e Júpiter, onde hoje existe o cinturão de asteroides. A ideia surgiu a partir da observação de outros sistemas planetários, já que a ciência sugere que muitos deles possuem planetas desse tipo, geralmente localizados em órbitas internas e relativamente próximas de sua estrela principal.Para responder a essa questão, os pesquisadores criaram um modelo computacional 3D capaz de simular a evolução do Sistema Solar caso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153080-astronomos-descobrem-super-terra-orbita-semelhante-terrestre.htm">além dos planetas conhecidos, houvesse uma Super Terra </a>no lugar do cinturão de asteroides. Para isso, testaram diferentes cenários, com variações na massa: desde o equivalente à da Terra até dez vezes esse valor.“E se o cinturão de asteroides, em vez de formar o anel de asteroides menores que é hoje, tivesse formado um planeta entre Marte e Júpiter. Como isso afetaria os planetas internos, Vênus, Terra e Marte, especificamente?”, Simpson descreve em um comunicado oficia da FIT.<h2>O que é uma Super Terra?</h2>Segundo a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA), uma Super Terra é um tipo de planeta diferente de qualquer um dos oito que compõem o Sistema Solar. Esses mundos são mais massivos que a Terra, com uma massa entre duas e dez vezes maior que a do nosso planeta.Atualmente, os cientistas usam o termo Super Terra para classificar planetas com massa entre duas e dez vezes a da Terra, mas menores que Netuno; ou seja, isso é apenas um tipo de classificação dos objetos observados no cosmos. Vale destacar que essa denominação não está ligada à composição do planeta, então, ele não precisa necessariamente ser rochoso como a Terra.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286008-planeta-nove-falta-encontrarmos-ultimo-planeta-sistema-solar.htm">Planeta Nove: falta muito para encontrarmos o 'último' planeta do Sistema Solar?</a></li></ul>“Super Terras são classificadas apenas com base no tamanho — maiores que a Terra e menores que Netuno — sem indicar semelhança com o nosso planeta. A verdadeira natureza desses mundos ainda é um mistério, já que não há nada parecido no nosso Sistema Solar. Porém, elas são comuns entre os exoplanetas descobertos até agora na nossa galáxia”, a NASA explica em uma publicação oficial.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28121953437062.jpg" alt="A imagem apresenta uma renderização em 3D do exoplaneta Gliese 876 d, considerado a primeira Super Terra observada." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28121953500063.jpg 197w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28121953547066.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28121953547065.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28121953531064.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Semelhante a Netuno, o exoplaneta Gliese 876, possui uma massa de 6,83 Terras. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Descoberto em 2005, Gliese 876 d foi o primeiro exoplaneta classificado como Super Terra. Ele orbita uma anã vermelha relativamente próxima e está a cerca de 15 anos-luz da Terra. Sua massa é aproximadamente 7,5 vezes maior que a do nosso planeta. Desde então, diversos outros objetos celestes foram classificados como Super Terra.<h2>Uma Super Terra no Sistema Solar</h2>O estudo investiga o impacto de uma Super Terra na dinâmica do Sistema Solar. Para isso, os pesquisadores realizaram simulações computacionais e exploraram diversos cenários para analisar como um objeto cósmico extra afetaria a gravidade dos planetas internos: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.O objetivo é determinar se a introdução desse novo corpo celeste comprometeria a estabilidade orbital dos planetas rochosos e, consequentemente, entender se mudaria algo na possibilidade de habitabilidade nesses objetos.O modelo considerou Super Terras com cinco diferentes massas: 1%, 100%, duas vezes, cinco vezes e dez vezes a massa da Terra. Durante o estudo, os pesquisadores analisaram principalmente duas características: as variações na obliquidade, que indicam a inclinação do eixo dos planetas, e as mudanças na excentricidade, que medem o desvio das órbitas em relação a um formato perfeitamente circular.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28154353792456.jpg" alt="TRAPPIST-1D.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28154353760453.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28154353792457.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28154353776455.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/01/28/28154353776454.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Se o Sistema Solar, abrigasse uma Super-Terra, as posições dos planetas que conhecemos seria bem diferente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>"Se for uma ou duas massas terrestres, o que ainda é um planeta bem grande, nosso sistema solar interno ainda permaneceria bem agradável. Podemos experimentar verões um pouco mais quentes ou invernos mais frios porque há essa oscilação na obliquidade, mas ainda poderíamos viver nossas vidas", explicou Chen, orientador de Emily Simpson e um dos autores do estudo.No geral, os resultados apontam que os corpos celestes de menor massa tiveram pouco impacto na habitabilidade dos planetas internos, enquanto os mais massivos provocaram alterações significativas na estrutura do Sistema Solar.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275098-terra-2-0-existe-saiba-exoplanetas-semelhantes-nosso.htm">Terra 2.0 existe? Saiba mais sobre exoplanetas semelhantes ao nosso</a></li></ul>Por exemplo, a Super Terra com dez vezes a massa da Terra influenciou significativamente a obliquidade e a excentricidade dos planetas rochosos, o que resultou em variações expressivas de temperatura. Isso significa que talvez quando maior esses corpos celestes, menor a possibilidade de vida nessas regiões.Apesar de o estudo ainda ser uma hipótese sobre os possíveis cenários simulados, os cientistas acreditam que os dados podem contribuir para prever a habitabilidade de planetas em outros sistemas estelares.A ciência segue em busca de novos mundos capazes de abrigar vida como a conhecemos; descobertas recentes sugerem que esse cenário pode estar mais próximo do que imaginamos. Quer saber mais? Entenda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279628-astronomos-descobrem-nova-superterra-habitavel.htm">como astrônomos descobriram uma nova superterra que pode ser habitável</a>. Até a próxima!

O que aconteceria se o Sistema Solar tivesse um planeta tipo Super Terra?

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Alinhamento planetário, novas descobertas do Telescópio James Webb e os asteroides próximos da Terra nas principais notícias e curiosidades astronômicas da semana

Em parceria com o #AstroMiniBR, o TecMundo traz, toda semana, as novidades mais relevantes e curiosas sobre o nosso universo para você ficar sempre atualizado com tudo o que acontece no cosmos. Confira baixo!<h2>1. O telescópio mais potente procurando os menores objetos</h2>O Telescópio Espacial James Webb (JWST), conhecido por suas observações de galáxias distantes e exoplanetas, demonstrou recentemente uma habilidade inesperada:&nbsp;a detecção de pequenos asteroides.&nbsp;Em uma pesquisa publicada em dezembro de 2024 na revista Nature, cientistas relataram que o JWST <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/240854-asteroides-encontrados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">identificou acidentalmente asteroides</a> com apenas alguns metros de diâmetro no cinturão principal entre Marte e Júpiter, os menores já observados nessa região.&nbsp;Essa descoberta ocorreu enquanto o telescópio realizava observações de outros alvos, indicando que mesmo objetos diminutos podem ser detectados por seus instrumentos sensíveis.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21105251001040.jpg" alt="Representação artística do James Webb em órbita da Terra."><figcaption>Representação artística do James Webb em órbita da Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Embora o JWST não tenha sido projetado especificamente para caçar asteroides, sua capacidade de detectar essas pequenas rochas espaciais, pode complementar os esforços de defesa planetária. Identificar asteroides potencialmente perigosos antes que eles se aproximem da Terra&nbsp;é crucial para mitigar riscos de impactos e aprimorar as estratégias de defesa planetária.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272528-kuiper-novo-cinturao-asteroides-ter-sido-descoberto-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo cinturão de asteroides pode ter sido descoberto no Sistema Solar</a></li></ul>A habilidade do JWST em detectar pequenos asteroides também contribui para uma compreensão mais detalhada do cinturão de asteroides, remanescente da formação do Sistema Solar interno. Estudar essas cápsulas rochosas do tempo oferece insights sobre os processos que moldaram nosso sistema planetário.<h2>2. Quais são as chances de um asteroide massivo colidir com a Terra?</h2>A probabilidade de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278223-asteroide-colidir-terra-2029-animacao-mostra-resultado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um asteroide colidir com a Terra</a> depende de vários fatores, como o tamanho, a órbita e a proximidade do objeto. Felizmente, impactos catastróficos são eventos extremamente raros. A Terra é frequentemente atingida por pequenos fragmentos espaciais, mas a maioria deles queima na atmosfera, transformando-se em meteoros<div class="twitter-tweet twitter-tweet-rendered" style="display:flex;margin-bottom:10px;margin-top:10px;max-width:550px;width:100%;"><iframe style="display:block;flex-grow:1;height:921px;position:static;visibility:visible;width:550px;" id="twitter-widget-0" scrolling="no" frameborder="0" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" title="X Post" src="https://platform.twitter.com/embed/Tweet.html?dnt=false&amp;embedId=twitter-widget-0&amp;features=eyJ0ZndfdGltZWxpbmVfbGlzdCI6eyJidWNrZXQiOltdLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X2ZvbGxvd2VyX2NvdW50X3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9iYWNrZW5kIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19yZWZzcmNfc2Vzc2lvbiI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZm9zbnJfc29mdF9pbnRlcnZlbnRpb25zX2VuYWJsZWQiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X21peGVkX21lZGlhXzE1ODk3Ijp7ImJ1Y2tldCI6InRyZWF0bWVudCIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZXhwZXJpbWVudHNfY29va2llX2V4cGlyYXRpb24iOnsiYnVja2V0IjoxMjA5NjAwLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYmlyZHdhdGNoX3Bpdm90c19lbmFibGVkIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19kdXBsaWNhdGVfc2NyaWJlc190b19zZXR0aW5ncyI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdXNlX3Byb2ZpbGVfaW1hZ2Vfc2hhcGVfZW5hYmxlZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdmlkZW9faGxzX2R5bmFtaWNfbWFuaWZlc3RzXzE1MDgyIjp7ImJ1Y2tldCI6InRydWVfYml0cmF0ZSIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfbGVnYWN5X3RpbWVsaW5lX3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9mcm9udGVuZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9fQ%3D%3D&amp;frame=false&amp;hideCard=false&amp;hideThread=false&amp;id=1678067153893834752&amp;lang=en&amp;origin=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2Fd8vA3%2FZrAn5&amp;sessionId=cb77f596695947d121a917bf78350c01f396c45f&amp;theme=light&amp;widgetsVersion=2615f7e52b7e0%3A1702314776716&amp;width=550px" data-tweet-id="1678067153893834752"></iframe></div><script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>&nbsp;Impactos de asteroides maiores, com potencial de causar danos significativos, são muito mais incomuns, ocorrendo em uma escala de centenas de milhares a milhões de anos. Por exemplo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266629-impacto-asteroide-terra-matou-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o asteroide que se acredita ter causado a extinção dos dinossauros</a>, há 66 milhões de anos, era um evento extraordinariamente raro.O monitoramento de asteroides próximos à Terra (os chamados NEAs, sigla para Near-Earth Asteroids) é realizado por diversas agências espaciais e telescópios ao redor do mundo, como a NASA e a ESA. Programas como o NEOWISE e o Sistema de Alerta de Impacto Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) rastreiam objetos que podem representar riscos.Quando um asteroide é identificado com chance de impacto, as previsões são ajustadas continuamente, levando em conta novas medições para calcular a trajetória exata do objeto. Até agora, nenhum asteroide conhecido representa uma ameaça iminente para o nosso planeta nos próximos séculos.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290810-5-asteroides-perigosos-terra-segundo-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são os 5 asteroides mais perigosos para a Terra, segundo a NASA?</a></li></ul>Ainda assim, para os raros casos de asteroides que poderiam representar perigo, cientistas estão desenvolvendo estratégias de defesa do planeta: uma abordagem já testada é o desvio da trajetória do asteroide, como demonstrado pela missão DART (Double Asteroid Redirection Test) da NASA em 2022, que alterou com sucesso a órbita de um asteroide pequeno.<h2>3. O alinhamento planetário de janeiro</h2>No último dia 21, um evento relativamente raro ocorreu no céu noturno, proporcionando um espetáculo celeste para observadores em diversas partes do mundo: o alinhamento de seis planetas, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Netuno e Urano. Os 4 primeiros estavam visíveis a olho nu, enquanto os dois últimos puderam ser observados apenas com o auxílio de telescópios.Embora não seja um evento particularmente raro, visto que os planetas sempre aparecem em uma linha praticamente reta no céu, este desfile planetário, que se estendeu por algumas noites, ofereceu uma oportunidade única para entusiastas da astronomia apreciarem a dança dos planetas juntos no firmamento em uma única noite.&nbsp;Ainda que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400969-ceu-artificial-como-a-poluicao-luminosa-impacta-a-astronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a poluição luminosa em áreas urbanas tenha dificultado a observação</a> em algumas regiões, locais com céus escuros permitiram uma visualização clara do fenômeno.<figure class="image" data-fonte-url="https://apod.nasa.gov/apod/image/2112/PlanetsAligned_Finazzi_3757.jpg" data-fonte="&amp;nbsp;Antonio Finazzi&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/21/21105515044042.jpg" alt="Alinhamento planetário em 2021, na Itália."><figcaption>Alinhamento planetário em 2021, na Itália. (Fonte: Antonio Finazzi/ NASA)</figcaption></figure>Especialistas destacaram a importância de eventos como este para aumentar o interesse público na astronomia e na compreensão dos movimentos planetários. Além do interesse estético, o alinhamento também serviu como um lembrete da complexidade e beleza do nosso sistema solar, inspirando a curiosidade de explorarmos mais as belezas do cosmos.Curtiu o conteúdo? Aproveite e compartilhe as novidades astronômicas da semana com seus amigos, em suas redes sociais. &nbsp;Até a próxima!

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#AstroMiniBR: a nova função do Telescópio Espacial James Webb!

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Supernovas que surgiram pouco após o Big Bang podem ter espalhado água pelo universo, explicam pesquisadores em novo estudo.

As primeiras estrelas do universo surgiram alguns milhões de anos após o Big Bang, quando a gravidade começou a concentrar gás e poeira cósmica em regiões densas. Pouco tempo depois, algumas dessas estrelas explodiram como supernovas, fenômeno que acontece em alguns tipos específicos de objetos estelares. Agora, um novo estudo sugere que essas explosões podem ter espalhado água pelo universo.Por muito tempo, a ciência acreditava que a água era uma substância encontrada apenas na Terra, pois não havia indícios de sua presença em outros planetas ou corpos celestes. Contudo, nas últimas décadas, astrônomos e cientistas começaram a encontrar possíveis evidências de que a água realmente está presente em diversas regiões do cosmos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265031-estudo-revela-estrelas-massivas-supernovas-universo-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo revela estrelas massivas e supernovas do Universo antigo</a></li></ul>A primeira grande <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274284-telescopio-james-webb-descobre-agua-outros-elementos-aglomerado-estelar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evidência de água fora da Terra&nbsp;</a>surgiu nas observações da atmosfera de Vênus, em meados dos anos 1960, quando pesquisadores detectaram vapor de água no planeta. Mas existem diversos outros exemplos, como a descoberta de oceanos subterrâneos na lua Europa, de Júpiter.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/t7rMtVctvag?si=Q_oW_s91uiN6S7n6" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Desde os avanços tecnológicos durante a corrida espacial, foram encontradas evidências de água em diversos corpos celestes. Dados de missões espaciais confirmaram a presença de moléculas de água em cometas, asteroides e luas de planetas do Sistema Solar.&nbsp;Além disso, há indícios de vapor d'água na atmosfera de alguns exoplanetas distantes; porém, essas investigações continuam em andamento. Ou seja, evidências apontam que a água é relativamente comum em diferentes partes do universo.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266834-agua-detectada-interior-sistema-estelar-recem-nascido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Água é detectada no interior de um sistema estelar recém-nascido</a></li></ul>Mas, afinal, qual é a origem dessa substância espalhada pelo cosmos?&nbsp;Segundo o novo estudo, a água pode ter se espalhado pelo universo a partir das explosões das primeiras supernovas criadas após o Big Bang.“A água, em particular, é considerada crucial para a origem cósmica da vida, conforme a entendemos. Modelos recentes indicam que ela pode se formar em gás de baixa metalicidade, como o presente em redshifts (desvios para o vermelho). Aqui, apresentamos simulações numéricas que mostram que a primeira água do universo se formou em supernovas de colapso de núcleo e de instabilidade de pares da População III, em redshifts”, é descrito no estudo.<h2>Quando surgiram as primeiras supernovas?</h2>As primeiras estrelas do universo surgiram entre 100 e 250 milhões de anos após o Big Bang, em um ambiente de formação cósmica muito diferente do que a astronomia observa hoje.&nbsp;Elas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289665-nebulosas-gigantes-cosmicas-formam.htm#:~:text=As%20nebulosas%20s%C3%A3o%20aglomerados%20de,est%C3%A3o%20ativamente%20trabalhando%20para%20isso." rel="noopener noreferrer" target="_blank">se formaram em gigantescas nuvens de gás e poeira</a>, a partir de regiões densas compostas principalmente de hidrogênio e hélio.&nbsp;Além de serem extremamente massivas, essas estrelas primitivas tiveram uma vida muito mais curta do que as que surgiram nos bilhões de anos seguintes. Inclusive, essa primeira geração pertence a um grupo conhecido na comunidade científica como População III. Por viverem relativamente pouco tempo, algumas encerraram seu ciclo estelar e se transformaram nas primeiras supernovas da história.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236741-galaxias-elas-nascem-principais-formatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como as galáxias nascem e quais seus principais formatos</a></li></ul>No caso das estrelas mais jovens e ricas em metais, são chamadas de População I; aquelas mais velhas e com menos metais são conhecidas como População II.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24143323612072.jpg" alt="As primeiras estrelas do universo eram muito diferentes das atuais e viviam apenas alguns milhões de anos; atualmente, já observamos estrelas, como anãs vermelhas (ilustração), que podem viver trilhões de anos."><figcaption>As primeiras estrelas do universo eram muito diferentes das atuais e viviam apenas algumas centenas de milhões de anos; atualmente, já observamos estrelas, como anãs vermelhas (ilustração), que podem viver trilhões de anos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>As estrelas originárias eram massivas e mais quentes que o Sol, formadas apenas por hidrogênio e hélio, sem elementos mais pesados. Quando chegaram ao fim de suas vidas, explodiram como supernovas, liberando elementos como carbono, ferro e zinco.&nbsp;Esse processo foi essencial para enriquecer o espaço interestelar e permitir a formação de novos corpos celestes. Sem ele, planetas rochosos como a Terra não existiriam.Em 2019, um estudo publicado na revista The Astrophysical Journal utilizou simulações para <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/228958-supernovas-saiba-fim-explosivo-vida-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">investigar as características das primeiras supernovas do universo</a>. Os pesquisadores concluíram que os jatos expelidos nessas explosões espalharam os materiais remanescentes por várias galáxias, incluindo a Via Láctea.&nbsp;<h2>Água e supernovas</h2>Além de liberar elementos mais pesados, essas supernovas podem ter transportado altas quantidades de água para as primeiras galáxias.&nbsp;É o que sugere um estudo recente, publicado no servidor de pré-impressão arXiv. Se essa hipótese for realmente confirmada, essas explosões teriam um papel fundamental na origem da vida como a conhecemos.No artigo, os pesquisadores apresentam resultados de simulações de explosões estelares envolvendo estrelas com até 13 vezes a massa do Sol e outras ainda maiores, com 200 vezes a massa solar. Eles explicam que a água ‘espalhada’ pelas supernovas primordiais pode ter se formado a partir das nuvens de hidrogênio, oxigênio e outros elementos ejetados durante a explosão.<figure class="image" data-fonte-url="https://arxiv.org/pdf/2501.02051" data-fonte="&amp;nbsp;arXiv&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/24/24142839913070.jpg" alt="A imagem apresenta as simulações do estudo, revelando os efeitos das primeiras explosões de supernovas no universo. (Fonte: arXiv)"><figcaption>A imagem apresenta as simulações do estudo, revelando os efeitos das primeiras explosões de supernovas no universo. (Fonte: arXiv)</figcaption></figure>Atualmente, a ciência permite a observação de nuvens moleculares na Via Láctea, e o estudo indica que os restos dessas supernovas podem ter gerado até 30 vezes mais água do que a quantidade observada hoje. Com base nessa análise, os pesquisadores sugerem que a água surgiu no universo entre 100 e 200 milhões de anos após o Big Bang.“Esses núcleos densos e cheios de poeira também são fortes candidatos à formação de discos protoplanetários. Além de indicar que um dos principais ingredientes para a vida já estava presente no universo entre 100 e 200 milhões de anos após o Big Bang, nossas simulações sugerem que a água provavelmente foi um componente essencial das primeiras galáxias”, o artigo descreve.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272480-o-ultimo-espetaculo-saiba-surgem-novas-supernovas-hipernovas-kilonovas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como surgem as Novas, Supernovas, Hipernovas e as Kilonovas</a></li></ul>De qualquer forma, é importante destacar que o estudo foi publicado apenas em um servidor de pré-impressão, sem passar pelo processo de revisão por pares. Isso significa que os dados ainda são inconclusivos e o artigo não foi validado por especialistas nem publicado em uma revista científica.As supernovas são explosões estelares extremamente poderosas, capazes de liberar altas quantidades de energia e ejetar elementos essenciais pelo universo. Quer saber mais sobre o assunto? Aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281799-impacto-supernova-proxima-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">qual seria o impacto de uma Supernova próxima da Terra</a>. Até a próxima!

NASA, ESA, CSA, STScI, Tea Temim (Princeton University)

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Supernovas primitivas podem ter espalhado água para o universo, diz estudo

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Há muito tempo, um mito confunde as pessoas: as estrelas que vemos no céu estão mortas? Será que isso está realmente correto?

As estrelas iluminam o céu noturno há bilhões de anos;&nbsp;muitas delas já existiam antes mesmo da formação da Terra, há 4,6 bilhões de anos. Não é à toa que elas se tornaram um dos pilares do conhecimento humano mais antigo: a astronomia. Desde os tempos primitivos, os cientistas da época <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401377-a-ciencia-em-moana-como-os-povos-antigos-usavam-a-navegacao-pelas-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">utilizaram a disposição das estrelas como referência para a orientação e navegação</a>.A observação do céu noturno foi essencial para o desenvolvimento da sociedade primitiva; e continua sendo um dos temas mais relevantes na atualidade. Os sumérios, na Mesopotâmia, registraram astros e constelações em tábuas de argila e as associaram a divindades religiosas e ao ciclo do tempo. Além disso, usavam esses registros para organizar um calendário agrícola baseado em fases da Lua e outros movimentos celestes.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283073-primeiras-estrelas-universo-enormes-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que as primeiras estrelas do universo eram enormes?</a></li></ul>Alguns séculos depois, os babilônios aperfeiçoaram esse conhecimento de forma mais científica. Por isso, são considerados os primeiros a criar um sistema matemático avançado para prever eventos astronômicos, como eclipses e ciclos planetários. Essa inovação marcou uma revolução na astronomia; isso aconteceu há aproximadamente de 4 mil anos.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MJuVfVMJsc4?si=f-jMKIwgNRfQXddT" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Desde então, inúmeras descobertas científicas ampliaram nosso entendimento sobre as estrelas e outros corpos celestes. Assim como a Babilônia aprimorou o conhecimento astronômico herdado dos sumérios, muitos mistérios da astronomia foram desvendados. Contudo, ainda equívocos que persistem na sociedade, como a crença de que as estrelas visíveis no céu já ‘morreram’.Afinal, essa ideia está correta? A resposta mais simples e direta é: não. Na verdade, a maioria das estrelas visíveis no céu estão ativa, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269273-fissao-fusao-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passando pelo processo de fusão nuclear</a> em seu núcleo. Porém, elas estão a distâncias de dezenas a milhares de anos-luz de distância da Terra.“Uma estrela é um corpo celeste gasoso, massivo e autoluminoso que brilha devido à radiação gerada por suas fontes internas de energia. Das dezenas de bilhões de trilhões de estrelas que compõem o universo observável, apenas uma pequena porcentagem é visível a olho nu. Muitas delas aparecem em pares, sistemas múltiplos ou aglomerados estelares”, é descrito em uma publicação da enciclopédia Britannica.<h2>O nascimento das estrelas</h2>Assim como planetas e luas, as estrelas se formam a partir de nuvens gigantes de gás e poeira, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289665-nebulosas-gigantes-cosmicas-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conhecidas como nebulosas</a>. Eventos cósmicos como colisões entre essas nuvens, explosões de supernovas ou a influência gravitacional de estrelas massivas próximas podem desencadear o colapso de certas regiões. Então, essas áreas iniciam um estágio de compressão dos materiais da nuvem.&nbsp;Como resultado, a gravidade atrai mais material para essas áreas, aquece o gás e forma as protoestrelas. Esses objetos são núcleos densos e quentes que podem evoluir para estrelas caso atinjam massa suficiente para iniciar a fusão nuclear; caso contrário, podem se tornar anãs marrons, objetos que não chegam a brilhar como estrelas.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290589-somos-poeira-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afinal, por que somos poeira das estrelas?</a></li></ul>Quando o núcleo da protoestrela atinge aproximadamente 10 milhões de graus Celsius, é iniciado a fusão do hidrogênio em hélio —&nbsp;no caso do Sol, essa temperatura média é de 15 milhões de graus Celsius.Dessa forma, esse processo gera uma pressão que equilibra a força gravitacional e interrompe gradualmente a contração do corpo celeste. Assim, nasce uma estrela. A partir daí, ela passa a emitir luz de forma mais estável ao entrar no estágio conhecido como sequência principal.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23144947407055.jpg" alt="As estrelas que observamos no céu noturno nasceram há milhões ou bilhões de anos atrás, dependendo da distância de cada uma."><figcaption>As estrelas que observamos no céu noturno nasceram há milhões ou bilhões de anos, dependendo da distância de cada uma. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É importante destacar que nem sempre uma estrela se forma isoladamente. Como as nebulosas moleculares são gigantescas, elas podem dar origem a diversas estrelas de uma vez. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281750-pleiades-mito-astronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">É assim que surgem os aglomerados estelares, como as Plêiades</a> (M45), um jovem aglomerado aberto composto por centenas de estrelas formadas da mesma nuvem.“Os astrônomos sabem que nuvens em colapso atingem um ponto sem retorno, quando se tornam tão densas e frias que não conseguem mais evitar o colapso sob sua própria gravidade. Acima desse limite, formam-se estrelas; abaixo dele, não. Porém, ainda existem muitas questões em aberto sobre os detalhes do processo de formação estelar”, é descrito em uma publicação no site do Telescópio Espacial James Webb (JWST).<h2>A morte das estrelas</h2>Como mencionado,&nbsp;a maioria das estrelas visíveis no céu noturno estão ativas. Isso não significa que sejam eternas, mas que sua vida útil é muito longa — muito mais do que a existência da sociedade humana.De acordo com especialistas, a maioria das estrelas visíveis a olho nu continua 'viva', e sua luz leva de alguns anos a milhares de anos para chegar até nós. Embora algumas estejam a milhares de anos-luz, a maioria está bem mais próxima. No caso da<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154410-hubble-revela-morte-estrelas-interior-nebulosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;morte de uma estrela</a> massiva, seu brilho pode persistir por um bom tempo antes de desaparecer.Quando você observa as estrelas à noite,&nbsp;a luz que chega até seus olhos viajou por anos-luz até alcançar a Terra. Isso significa que você não está vendo a estrela em tempo real, mas sim como ela era no passado.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/23/23150347084058.jpg" alt="Antes de 'morrer', uma estrela pode dar origem a diferentes corpos celestes, como uma supernova, uma anã branca, uma estrela de nêutrons e até em um buraco negro."><figcaption>Antes de 'morrer', uma estrela pode dar origem a diferentes corpos celestes, como uma supernova, uma anã branca, uma estrela de nêutrons e até um buraco negro. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Mas como saber se a luz que enxergamos pertence a uma estrela ainda ativa ou a uma que já morreu há muito tempo? A maioria das estrelas tem ciclos de vida que duram milhões ou até bilhões de anos; isso torna extremamente improvável que um desses objetos visíveis a olho nu tenha morrido recentemente.Isso pode ter acontecido no passado ou estar acontecendo neste momento, mas a ciência explica que é um evento raro. Por isso, as estrelas visíveis no céu continuam lá. Contudo, ao utilizar um telescópio espacial como o James Webb, é possível captar a luz de estrelas que já desapareceram, pois ele consegue observar objetos a bilhões de anos-luz, registrando imagens do universo em épocas distantes.<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400335-por-que-venus-e-chamado-de-estrela-da-manha-ou-da-tarde-a-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que Vênus é chamado de estrela da manhã ou da tarde?</a></li></ul>As estrelas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289191-hidrogenio-saiba-tudo-primeiro-elemento-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queimam hidrogênio em seu núcleo por milhões ou bilhões de anos</a>, dependendo de sua massa. Quando o combustível se esgota, passam por diferentes transformações até o colapso final.&nbsp;O destino de cada uma defende da sua massa: estrelas menores se tornam anãs brancas, enquanto as massivas podem explodir como supernovas, dando origem a estrelas de nêutrons ou buracos negros. Tirou a dúvida? Agora pode espalhar para todo mundo que a maioria das estrelas não está morta.O universo primitivo era um lugar escuro e denso, mas algo mudou esse cenário para sempre. Quer saber mais? Aproveite para entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265376-surgiram-primeiras-estrelas-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando surgiram as primeiras estrelas no Universo</a>. Até a próxima!

NASA/ESA 

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As estrelas que vemos realmente estão mortas? A ciência responde!

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Um corpo celeste do tamanho de um planeta pode ter cruzado o Sistema Solar há bilhões de anos, modificando as interações orbitais dos planetas externos.

O Sistema Solar se formou há cerca de 4,6 bilhões de anos, quando uma imensa nuvem de gás e poeira cósmica entrou em colapso sob sua própria gravidade. A partir desse processo, os materiais remanescentes deram origem aos planetas, incluindo a Terra. Contudo, um grupo de cientistas propõe que interações com um objeto gigante tenham deformado sua configuração inicial.Um estudo publicado no servidor de pré-impressão arXiv sugere que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282231-caos-primitivo-estudo-revela-reviravolta-formacao-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a configuração inicial do Sistema Solar pode ter sido diferente da atual</a>. Pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá) e da Universidade do Arizona (Estados Unidos) apresentaram uma nova hipótese sobre um evento que possivelmente influenciou os planetas externos.<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294655-objetos-misteriosos-mundos-confins-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Objetos misteriosos e os mundos nos confins do Sistema Solar</a></li></ul>Os cientistas acreditam que um objeto do tamanho de um planeta pode ter atravessado o Sistema Solar naquela época, uma passagem que poderia ter alterado as órbitas de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O objetivo do estudo é compreender se essas possíveis mudanças explicam certas características incomuns observadas nesses planetas.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RT4OO0TFLHw?si=c61XxfcrnfKvXlYX" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Atualmente,&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282116-forca-gravitacional-orbitas-planetarias-nao-perfeitas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as órbitas excêntricas dos planetas gigantes do Sistema Solar</a> ainda representam um desafio para as teorias de sua formação. O artigo busca explicar essas características e sugere que a passagem de um corpo celeste massivo, nos estágios iniciais da formação solar, pode ter sido a causa dessas alterações orbitais.“Demonstramos que um único encontro com um objeto de 2 a 50 massas de Júpiter, atravessando o Sistema Solar com um periélio inferior a 20 UA e uma velocidade hiperbólica residual abaixo de 6 km/s, pode aumentar as excentricidades e inclinações mútuas dos planetas gigantes para valores semelhantes aos observados”, é descrito na introdução do estudo.<h2>Formação dos planetas do Sistema Solar</h2>Geólogos, astrônomos e outros especialistas estudam o Sistema Solar há décadas com base em informações coletadas por telescópios espaciais e terrestres. Segundo a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), essas análises permitiram estimar que o Sol se formou nos primeiros milhões de anos após o colapso da nuvem molecular, seguido pela formação dos planetas.Por muito tempo, as pessoas acreditavam que o Sistema Solar era composto por nove planetas. Porém, em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) revisou essa definição e reclassificou Plutão como um planeta anão. Com isso, o número oficial foi reduzido para oito, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285969-engenharia-estelar-possivel-mover-sistema-solar-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">É possível 'mover' o Sistema Solar pelo Universo?</a></li></ul>Especialistas também debatem a possível existência do chamado Planeta Nove ou Planeta X, um corpo celeste com massa estimada em dez vezes a da Terra, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283345-planeta-gigante-invisivel-escondido-nosso-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que poderia estar ‘escondido’ nos confins do Sistema Solar</a>. Até o momento, a sua presença continua apenas como uma hipótese discutida pela comunidade científica.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22143451761126.jpg" alt="O Sol se formou primeiro e, a partir de um disco protoplanetário composto por gás e poeira, começaram a surgir os planetesimais, que posteriormente deram origem aos planetas, luas e outros corpos celestes."><figcaption>A partir de um disco protoplanetário composto por gás e poeira ao redor do Sol jovem, começaram a surgir os planetesimais, que posteriormente deram origem aos planetas, luas e outros corpos celestes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os corpos celestes mais próximos do Sol são conhecidos como planetas terrestres ou rochosos, devido à predominância de materiais sólidos em sua composição. Isso ocorre porque elementos mais densos tendem a se concentrar nas regiões internas do Sistema Solar. São eles: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.Os quatro planetas mais afastados do Sol são significativamente maiores que os rochosos, porém menos densos, devido à composição predominantemente gasosa.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236738-sabemos-gigantes-sistema-solar.htm#:~:text=Os%20gigantes%20gasosos%20s%C3%A3o%20planetas,%2C%20Saturno%2C%20Urano%20e%20Netuno." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júpiter e Saturno são gigantes gasosos</a>, ricos em hidrogênio e hélio, enquanto Urano e Netuno são gigantes de gelo, pois possuem altas quantidades de água congelada, amônia e metano. Todos apresentam condições extremas e são conhecidos como planetas externos.“O Sistema Solar é um conjunto formado pelo Sol — uma estrela de porte médio na Via Láctea — e pelos corpos que orbitam ao seu redor: oito planetas (anteriormente nove), mais de 210 luas conhecidas, além de inúmeros asteroides, alguns com seus próprios satélites, cometas e outros corpos gelados. Também faz parte desse sistema uma extensa região de gás e poeira extremamente difusos, conhecida como meio interplanetário”, a enciclopédia Britannica explica.<h2>Objeto gigante deformou o Sistema Solar?</h2>No estudo recente, os cientistas Garett Brown, Hanno Rein e Renu Malhotra sugerem que&nbsp;um objeto com massa entre duas e 50 vezes a de Júpiter pode ter atravessado o Sistema Solar, próximo à órbita de Marte. Eles propõem que esse evento afastou possivelmente os quatro planetas externos e contribuiu para as peculiaridades de suas órbitas.Para chegar nesse resultado,&nbsp;os pesquisadores realizaram 50 mil simulações, explorando diferentes cenários para explicar essas peculiaridades.&nbsp;Após uma análise detalhada, apenas 1% dos casos mais confiáveis indicaram que um objeto cósmico com massa oito vezes maior que a de Júpiter pode ter influenciado a trajetória dos planetas gigantes.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22143849100127.jpg" alt="Júpiter é o maior planeta do Planeta Solar, não é á toa que ele é um dos objetos mais brilhante no céu noturno."><figcaption>Júpiter é o maior planeta do Planeta Solar, não é à toa que ele é um dos objetos mais brilhante no céu noturno. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Os pesquisadores também consideram a possibilidade de um evento semelhante ocorrer no futuro, o que poderia resultar em consequências parecidas com as observadas nas simulações. Porém, estimam que a probabilidade de algo assim ter ocorrido varia entre 1 em 1.000 e 1 em 10.000, embora não descartem a possibilidade.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280387-sistema-solar-viagens-interestelares-espaconaves-terrestres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Além do Sistema Solar e as viagens interestelares das espaçonaves terrestres</a></li></ul>Vale ressaltar que o artigo foi publicado apenas em um servidor de pré-impressão, ou seja, ainda não passou pela revisão por pares; esse processo é essencial para sua validação e aceitação em uma revista científica.“Descrevemos uma métrica para avaliar o quão próximo um sistema simulado corresponde aos modos seculares de excentricidade e inclinação do Sistema Solar. O cenário de um encontro próximo com um objeto subestelar oferece uma explicação plausível para a origem das excentricidades e inclinações moderadas, bem como para a arquitetura secular dos planetas”, o estudo explica.O Sistema Solar já passou por eventos cósmicos capazes de alterar sua estrutura ao longo do tempo. Mas será que poderia capturar um corpo celeste gigante? Entenda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400752-estudo-sugere-que-sistema-solar-poderia-capturar-um-planeta-interestelar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como o Sistema Solar poderia 'capturar um planeta interestelar'</a>. Até a próxima!

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Sistema solar pode ter sido 'deformado' por objeto gigante, diz estudo

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A imagem mostra o cometa Atlas passando pela capital federal ao entardecer

A foto de um cometa cruzando o céu de Brasília (DF) foi eleita a “Imagem Astronômica do Dia” pela NASA, na terça-feira (21). O registro é de autoria do fotógrafo Frederico Danin e também mostra alguns pontos conhecidos da cidade.Feita na sexta-feira (17), a fotografia exibe, em destaque, a cauda do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401503-hoje-tem-festa-no-ceu-lua-do-lobo-encontra-cometa-mais-brilhante-do-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cometa C/2024 G3 (ATLAS)</a>, de acordo com o site Astronomic Picture of the Day (APOD). Administrada pela agência espacial americana, a página divulga imagens de fenômenos astronômicos em todo o planeta.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284532-ver-alinhamento-planetario-acontece-proxima-segunda-feira-03.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como ver o Alinhamento Planetário que acontece nesta terça (21)?</a></li></ul><figure class="image" data-fonte-url="https://apod.nasa.gov/apod/ap250121.html" data-fonte="&amp;nbsp;Frederico Danin/Divulgação&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/22/22102509535023.jpg" alt="A foto mostra o cometa Atlas no céu de Brasília. (Imagem: Frederico Danin/Divulgação)"><figcaption>A foto mostra o cometa Atlas no céu de Brasília. (Imagem: Frederico Danin/Divulgação)</figcaption></figure>Na última semana, ele contornou o Sol dentro da órbita do planeta Mercúrio, chegando bem perto do astro celeste. Próximo ao periélio, o Atlas se tornou tão brilhante que possibilitou avistamentos até mesmo durante o dia por observadores mais atentos.Ainda conforme a publicação, o cometa Atlas desenvolveu uma longa cauda nos últimos dias, se tornando parcialmente visível a olho nu depois do por do Sol, especialmente no hemisfério Sul. Pessoas interessadas na observação podem contar com o auxílio de <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/236334-5-apps-voce-sempre-saber-lua-estamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apps de astronomia</a> para localizá-lo no céu.<h2>Fotografando o cometa em Brasília</h2>De acordo com Danin, a foto do cometa Atlas em Brasília foi feita no Parque das Garças, no Lago Norte, no final da tarde. Além do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401507-astrominibr-o-estranho-comportamento-de-um-buraco-negro-supermassivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômeno astronômico</a>, a bela imagem também mostra as luzes da capital federal e a famosa Torre de TV ao fundo.O fotógrafo foi ao local com duas câmeras, uma delas equipada com lente de 24 mm para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/234597-google-earth-usar-funcao-timelapse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">registro de time lapse</a> e a outra usando lente de 270 mm para captar mais detalhes do astro. Apesar das chuvas na região, o tempo acabou se abrindo no momento em que o cometa cruzava o céu, proporcionando a foto premiada.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401377-a-ciencia-em-moana-como-os-povos-antigos-usavam-a-navegacao-pelas-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A ciência em Moana: como os povos antigos usavam a navegação pelas estrelas</a></li></ul>Ele enviou a imagem ao APOD após sugestão de um seguidor no Instagram, e não demorou a receber uma resposta da NASA já com a prévia do texto que seria publicado. Apesar disso, preferiu aguardar a divulgação do site para comentar com familiares e amigos, temendo que a decisão fosse revertida.

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Foto de cometa no céu de Brasília é eleita a 'imagem do dia' pela NASA

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Uma estrela desaparecida, mundos submersos e um planeta se desintegrando as principais notícias e curiosidades astronômicas da semana.

O TecMundo e o <a href="https://twitter.com/AstroMiniBR" rel="noopener noreferrer" target="_blank">#AstroMiniBR</a>, selecionam semanalmente as melhores curiosidades astronômicas para compartilhar com você, um pouco mais sobre o fascinante universo da astronomia. Confira!<h2>1. Um planeta em estado de desintegração</h2>Uma equipe internacional de astrônomos, utilizando o satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, descobriu o planeta em estado de desintegração mais rápido já observado, denominado BD+05 4868 Ab.&nbsp;Este exoplaneta, localizado a aproximadamente 141 anos-luz de distância, está perdendo massa a uma taxa alarmante devido à intensa radiação de sua estrela hospedeira, BD+05 4868 A.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20103606976022.jpg" alt="Representação artística exagerada de uma desintegração planetária."><figcaption>Representação artística exagerada de uma desintegração planetária. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Estima-se que o planeta esteja perdendo uma quantidade de material equivalente à massa de uma lua a cada milhão de anos, o que o condena a desaparecer completamente em um futuro próximo.&nbsp;A rápida desintegração de BD+05 4868 Ab oferece uma oportunidade única para os cientistas estudarem a composição interna de planetas rochosos. Normalmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286820-viagem-centro-terra-exploracao-camadas-nosso-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as camadas internas desses planetas permanecem ocultas</a>, mas a perda de material expõe essas regiões, permitindo análises detalhadas.<ul><li>Confira:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283394-nasa-lanca-catalogo-126-exoplanetas-exoticos-abre-espaco-novas-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA lança catálogo com 126 exoplanetas exóticos e abre espaço para novas descobertas</a></li></ul>Dois grupos de pesquisa, incluindo a equipe do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) que descobriu o planeta, planejam utilizar o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para investigar mais profundamente a composição e as demais características dinâmicas deste mundo em desintegração.<h2>2. O misterioso caso da estrela que desapareceu</h2>A estrela N6946-BH1, localizada na galáxia NGC 6946, intrigou os astrônomos ao desaparecer de forma inesperada. Originalmente observada como uma estrela massiva, com cerca de 25 vezes a massa do Sol, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272480-?o-ultimo-espetaculo-saiba-surgem-novas-supernovas-hipernovas-kilonovas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela era esperada a produzir uma supernova</a> brilhante no final de sua vida, conforme comum em estrelas desse porte.&nbsp;No entanto, em vez de explodir, a N6946-BH1 gradualmente escureceu até sumir do campo de visão. Essa peculiaridade levou os cientistas a considerarem que ela pode ter colapsado diretamente em um buraco negro sem passar pela etapa tradicional de supernova.<div class="twitter-tweet twitter-tweet-rendered" style="display:flex;margin-bottom:10px;margin-top:10px;max-width:550px;width:100%;"><iframe style="display:block;flex-grow:1;height:774px;position:static;visibility:visible;width:550px;" id="twitter-widget-0" scrolling="no" frameborder="0" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" title="X Post" src="https://platform.twitter.com/embed/Tweet.html?dnt=false&amp;embedId=twitter-widget-0&amp;features=eyJ0ZndfdGltZWxpbmVfbGlzdCI6eyJidWNrZXQiOltdLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X2ZvbGxvd2VyX2NvdW50X3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9iYWNrZW5kIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19yZWZzcmNfc2Vzc2lvbiI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZm9zbnJfc29mdF9pbnRlcnZlbnRpb25zX2VuYWJsZWQiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X21peGVkX21lZGlhXzE1ODk3Ijp7ImJ1Y2tldCI6InRyZWF0bWVudCIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZXhwZXJpbWVudHNfY29va2llX2V4cGlyYXRpb24iOnsiYnVja2V0IjoxMjA5NjAwLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYmlyZHdhdGNoX3Bpdm90c19lbmFibGVkIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19kdXBsaWNhdGVfc2NyaWJlc190b19zZXR0aW5ncyI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdXNlX3Byb2ZpbGVfaW1hZ2Vfc2hhcGVfZW5hYmxlZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdmlkZW9faGxzX2R5bmFtaWNfbWFuaWZlc3RzXzE1MDgyIjp7ImJ1Y2tldCI6InRydWVfYml0cmF0ZSIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfbGVnYWN5X3RpbWVsaW5lX3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9mcm9udGVuZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9fQ%3D%3D&amp;frame=false&amp;hideCard=false&amp;hideThread=false&amp;id=1708891520622092312&amp;lang=en&amp;origin=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2Fmx7XD%2FZrAn5&amp;sessionId=fbdddc4439d61cf25675a79c2ff1537d2ef44b2f&amp;theme=light&amp;widgetsVersion=2615f7e52b7e0%3A1702314776716&amp;width=550px" data-tweet-id="1708891520622092312"></iframe></div><script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>O fenômeno observado em N6946-BH1 é particularmente interessante porque desafia os modelos tradicionais de evolução estelar. Geralmente,&nbsp;as estrelas massivas ejetam suas camadas externas durante uma supernova, deixando para trás uma estrela de nêutrons ou um buraco negro.&nbsp;No caso de N6946-BH1, não houve a emissão massiva de luz característica de uma explosão, mas os telescópios registraram um breve aumento de brilho antes de seu desaparecimento, sugerindo que a estrela pode ter liberado material antes de colapsar diretamente.O estudo da N6946-BH1 tem implicações significativas para a astrofísica, pois sugere que eventos como este podem não ser tão raros quanto se pensava e que muitos buracos negros de massa estelar podem ter se formado de maneira similar, escapando de observação por falta de uma supernova. Isso também impacta como astrônomos<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400785-observatorio-da-nasa-detalha-estruturas-em-buraco-negro-descoberto-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;contam e categorizam buracos negros no universo</a>.A pesquisa sobre a N6946-BH1, conduzida com telescópios terrestres e espaciais, continua a fornecer informações valiosas sobre o comportamento de estrelas massivas e os processos que levam à formação de buracos negros, abrindo novas perspectivas sobre os ciclos de vida estelar.<h2>3. “Mundos submersos” no nosso planeta</h2>Cientistas descobriram estruturas profundas no manto terrestre que podem ser fragmentos antigos da crosta terrestre, referidos como “mundos submersos”. Utilizando uma nova técnica <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265342-funciona-rede-sismografos-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de imageamento sismográfico</a>, os pesquisadores identificaram várias anomalias que se assemelham a placas subduzidas, ou seja, porções da crosta que foram puxadas para o manto por meio de zonas de subducção onde as placas tectônicas se encontram. Essas descobertas foram publicadas em 4 de novembro de 2024 na revista Scientific Reports.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/20/20104711266023.jpg" alt="Estruturas geofísicas do planeta Terra. "><figcaption>Estruturas geofísicas do planeta Terra. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O intrigante é que algumas dessas anomalias estão localizadas em regiões onde não há registro de atividade tectônica significativa, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401381-modelo-de-alta-resolucao-mostra-os-mundos-submersos-sob-o-pacifico-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como sob o oeste do Oceano Pacífico</a>. Tradicionalmente, placas subduzidas são encontradas em áreas com histórico de colisões tectônicas.&nbsp;A presença dessas estruturas em locais inesperados levanta questões sobre como elas chegaram lá, desafiando o entendimento atual da dinâmica interna da Terra.Embora o novo modelo de alta resolução revele essas anomalias em todo o manto terrestre, a natureza exata delas permanece desconhecida. Essa descoberta abre caminho para futuras pesquisas que busquem esclarecer a composição e a origem dessas estruturas misteriosas, revolucionando potencialmente o conhecimento sobre os processos geológicos que formaram e moldaram o nosso planeta.Gostou do conteúdo? Então, compartilhe a matéria em suas redes sociais e não perca a próxima #AstroMiniBr! Te esperamos por aqui, no TecMundo todas as semanas.

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#AstroMiniBR: um planeta desintegrando no espaço

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Se o Sol era mais fraco há bilhões de anos, por que a Terra não congelou? Esse é o Paradoxo do Jovem Sol Fraco. Entenda mais!

Em algumas regiões, o Sol é tão intenso que as pessoas precisam se proteger constantemente do calor e da radiação. Contudo, há bilhões de anos, a estrela emitia menos energia: isso sugere que a Terra deveria estar completamente congelada por falta de calor na superfície, mas o Paradoxo do Jovem Sol Fraco e as evidências mostram um cenário completamente diferente.&nbsp;Apesar do Sol jovem emitir menos energia, os dados apontam que o planeta já possuía oceanos líquidos e condições favoráveis ao surgimento da vida. Isso foi uma questão tão misteriosa que até chamou a atenção do físico e divulgador científico norte-americano Carl Sagan, que dedicou parte do seu tempo a tentar compreender o paradoxo.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289217-estudo-releva-correlacao-entre-temperatura-velocidade-ventos-solares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo releva a correlação entre a temperatura e velocidade dos ventos solares</a></li></ul>O interesse do cientista foi tão grande que, em 1972, Carl Sagan e o astrônomo George Mullen publicaram o artigo Earth and Mars: Evolution of Atmospheres and Surface Temperatures. Nele, eles analisaram <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401599-por-que-nao-sentimos-o-peso-da-atmosfera-a-ciencia-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a atmosfera primitiva da Terra</a> poderia ter mantido temperaturas amenas, apesar de um Sol mais fraco.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/w-41gAPmUG0?si=v0hxiaXVUX35VW-0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Na época, os cientistas sugeriram que altos níveis de amônia e metano na atmosfera primitiva poderiam ter intensificado o efeito estufa, isso poderia ter impedido que a Terra congelasse mesmo em condições tão frias.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401003-marte-de-um-planeta-habitavel-a-um-deserto-inospito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;O estudo também abordou Marte, mas o foco principal foi a evolução do clima terrestre</a>.Apesar de o artigo de Sagan e Mullen abordar o tema, o termo Paradoxo do Jovem Sol Fraco ainda não existia. Apenas em 1981, o geofísico norte-americano James C. G. Walker o utilizou em um artigo; isso ajudou a consolidar a questão, que já vinha sendo estudada por diversos cientistas. Nos anos seguintes, a expressão se popularizou e passou a ser amplamente usada para descrever esse enigma, que ainda intriga os pesquisadores.“Estudos astrofísicos indicam que a luminosidade do Sol era muito menor no início da história da Terra do que no [período] Fanerozoico. Na verdade, a emissão de radiação era tão baixa que toda a água na superfície do planeta deveria estar congelada. No entanto, as evidências mostram que isso não aconteceu”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>Como era o Sol primitivo?</h2>O Sol possui aproximadamente 1,39 milhão de quilômetros de diâmetro e foi formado há 4,6 bilhões de anos; ele exerce a principal força gravitacional no Sistema Solar. Sua influência mantém planetas como a Terra e Marte, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282197-ceu-noturno-identificar-cometas-asteroides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">além de cometas, asteroides</a> e outros pequenos corpos espaciais em trajetórias relativamente estáveis.&nbsp;No início de sua formação, o Sol tinha apenas 70% da sua luminosidade atual, ou seja, era cerca de 30% menos intenso. Apesar dessa diferença parecer pequena, cientistas estimam que isso teria resultado em temperaturas médias de -7&nbsp;°C na superfície da Terra. Se esse cenário fosse real, o planeta primitivo seria frio o suficiente para manter a água congelada e impossibilitaria a existência de oceanos líquidos.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/17/17155542986120.jpg" alt="ddddd"><figcaption>A luz solar é uma das responsáveis pela manutenção da vida na Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O conhecimento atual sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/239276-sabemos-idade-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a formação do Sol indica que, há 4,6 bilhões de anos</a>, uma nuvem interestelar de gás e poeira entrou em colapso gravitacional, possivelmente desencadeado por uma onda de choque de uma supernova ou por interações com outras estrelas massivas.&nbsp;À medida que a nuvem se contraiu, o material se concentrou em uma protoestrela, aumentando a temperatura e a pressão no núcleo. Após dezenas de milhões de anos, a temperatura atingiu um nível crítico, que iniciou a fusão nuclear do hidrogênio. Esse processo marcou a transição da protoestrela para uma estrela completa; assim nasceu o Sol como o conhecemos hoje.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267932-carl-sagan-certo-somo-feitos-poeira-estelar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carl Sagan estava certo! Somos feitos de poeira estelar</a></li></ul>Se o destino da Terra tivesse seguido a lógica de um Sol fraco, mantendo o planeta congelado, a vida como a conhecemos talvez nunca tivesse surgido. É nesse ponto que o paradoxo começa. As atuais evidências sugerem que, há cerca de 4,4 bilhões de anos, a superfície já possuía água líquida e condições propícias para o desenvolvimento da vida unicelular - que mais tarde deu origem a todas as formas de vida conhecidas."[O paradoxo do jovem Sol fraco] é uma questão fundamental sobre a habitabilidade da Terra ao longo de toda a sua história, e tem implicações significativas para a habitabilidade de exoplanetas", disse o cientista planetário do Observatório de Paris, Benjamin Charnay, em mensagem ao site Quanta Magazine.<h2>Resolvendo o Paradoxo do Jovem Sol Fraco</h2>Há algumas décadas, cientistas começaram a encontrar evidências de que a Terra primitiva não estava completamente congelada; por exemplo, amostras de algas indicam <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284626-agua-terra-ha-4-bilhoes-anos-cristal-antigo-mundo-reescrever-historia-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a presença de água líquida há bilhões de anos</a>. Para explicar esse paradoxo, Sagan e Mullen sugeriram que uma atmosfera mais densa no início da formação do planeta poderia ter retido calor suficiente para manter a água em estado líquido.Para manter a atmosfera aquecida, Sagan e Mullen sugeriram que a amônia poderia ter desempenhado esse papel. Contudo, estudos posteriores mostraram que esse gás não teria resistido à intensa radiação ultravioleta da época.&nbsp;<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/17/17150234447104.jpg" alt="Outro grande mistérios do Sol é o fato de sua coroa solar ser muito mais quente que a superfície: as temperaturas nessa região podem chegar a milhões de graus Celsius."><figcaption>Outro grande mistérios do Sol é o fato de sua coroa solar ser muito mais quente que a superfície: as temperaturas nessa região podem chegar a milhões de graus Celsius. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Já na década de 1970, outros cientistas propuseram um mecanismo semelhante ao de Sagan e Mullen, mas com o dióxido de carbono como principal responsável pela retenção do calor e pela manutenção dessas temperaturas elevadas. O metano também pode ter contribuído nesse processo.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289821-estudo-eventos-terra-bola-neve-explica-evolucao-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudo sobre eventos 'Terra Bola de Neve' explica evolução da vida na Terra</a></li></ul>“O dióxido de carbono é muito menos problemático. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401303-o-carbono-dos-nossos-corpos-foi-trazido-dos-confins-da-galaxia-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Há muito carbono no sistema da Terra</a> no início, então é uma suposição razoável que você pode produzir quantidades significativas de dióxido de carbono na atmosfera”, disse o pesquisador climático do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, Georg Feulner, ao Quanta Magazine.A atividade vulcânica também pode ter contribuído para o aquecimento da Terra, evitando um congelamento total. Além disso, a Lua, que estava muito mais próxima na época, pode ter gerado aquecimento por forças de maré.No fim, não há uma única resposta definitiva para o Paradoxo do Jovem Sol Fraco. Cientistas acreditam que diversos fatores contribuíram para o aquecimento da Terra, incluindo as hipóteses já mencionadas e outras que ainda podem ser descobertas.O Sol é fundamental para a vida na Terra, pois influencia o clima e a estabilidade do Sistema Solar. Mas o que aconteceria se ele sumisse? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294649-aconteceria-o-sol-desaparecesse-repente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entenda o que aconteceria se o Sol desaparecesse de repente</a>. Até mais!

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Paradoxo do Jovem Sol Fraco: entenda o conceito que intrigou Carl Sagan

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Planetas órfãos, um buraco supermassivo e oxigênio molecular, nas principais notícias e curiosidades astronômicas da semana.

Embarque em uma exploração pelo universo com o TecMundo! Toda semana, nós e o <a href="https://twitter.com/AstroMiniBR" rel="noopener noreferrer" target="_blank">#AstroMiniBR</a> selecionamos as últimas novidades e curiosidades astronômicas para compartilhar com você, um pouco mais sobre o nosso fantástico e vasto cosmo. Confira!<h2>1. Os jatos incomuns de um buraco negro supermassivo</h2>Astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) observaram rajadas incomuns de raios-X vindas do buraco negro supermassivo 1ES 1927+654, localizado a aproximadamente 270 milhões de anos-luz da Terra.&nbsp;Essas rajadas aumentaram em frequência ao longo de dois anos, passando de uma ocorrência a cada 18 minutos para uma a cada 7 minutos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/283379-buracos-negros-rebeldes-jatos-mudar-direcao-ameacar-formacao-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um comportamento que nunca havia sido documentado antes em buracos negros</a>.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13154314661157.jpg" alt="Representação artística dos jatos emitidos por um buraco negro supermassivo."><figcaption>Representação artística dos jatos emitidos por um buraco negro supermassivo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A equipe de pesquisa <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/265128-cientistas-descobriram-estrela-ana-branca-possivel-diamante-cosmico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">propõe que uma anã branca</a> — um remanescente estelar denso — pode estar orbitando perigosamente perto do horizonte de eventos do buraco negro. Essa proximidade poderia explicar as emissões periódicas de raios-X, sugerindo que anãs brancas podem sobreviver perto de buracos negros por períodos prolongados sem serem consumidas.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294617-universo-expande-energia-escura-contida-buracos-negros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo se expande com energia escura contida em buracos negros, diz estudo</a></li></ul>Detectar ondas gravitacionais desse sistema poderia fornecer mais evidências da presença da anã branca. Embora detectores atuais, como o LIGO, não tenham a sensibilidade necessária, instrumentos futuros, como o planejado Laser Interferometer Space Antenna (LISA) da NASA, podem ser capazes de realizar essas medições, o que abriria novas possibilidades para entender a dinâmica dos buracos negros e suas interações com objetos próximos.<h2>2. Os planetas órfãos da Via Láctea</h2>Planetas órfãos, também conhecidos como planetas interestelares, são objetos celestes que vagam pelo espaço sem estarem gravitacionalmente ligados a uma estrela.Diferentemente dos planetas tradicionais, que orbitam uma estrela central como o Sol no <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400752-estudo-sugere-que-sistema-solar-poderia-capturar-um-planeta-interestelar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nosso Sistema Solar, esses planetas percorrem trajetórias independentes</a>, navegando livremente pela escuridão do espaço interestelar. &nbsp;<div class="twitter-tweet twitter-tweet-rendered" style="display:flex;margin-bottom:10px;margin-top:10px;max-width:550px;width:100%;"><iframe style="display:block;flex-grow:1;height:841px;position:static;visibility:visible;width:550px;" id="twitter-widget-0" scrolling="no" frameborder="0" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" title="X Post" src="https://platform.twitter.com/embed/Tweet.html?dnt=false&amp;embedId=twitter-widget-0&amp;features=eyJ0ZndfdGltZWxpbmVfbGlzdCI6eyJidWNrZXQiOltdLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X2ZvbGxvd2VyX2NvdW50X3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9iYWNrZW5kIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19yZWZzcmNfc2Vzc2lvbiI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZm9zbnJfc29mdF9pbnRlcnZlbnRpb25zX2VuYWJsZWQiOnsiYnVja2V0Ijoib24iLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X21peGVkX21lZGlhXzE1ODk3Ijp7ImJ1Y2tldCI6InRyZWF0bWVudCIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfZXhwZXJpbWVudHNfY29va2llX2V4cGlyYXRpb24iOnsiYnVja2V0IjoxMjA5NjAwLCJ2ZXJzaW9uIjpudWxsfSwidGZ3X3Nob3dfYmlyZHdhdGNoX3Bpdm90c19lbmFibGVkIjp7ImJ1Y2tldCI6Im9uIiwidmVyc2lvbiI6bnVsbH0sInRmd19kdXBsaWNhdGVfc2NyaWJlc190b19zZXR0aW5ncyI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdXNlX3Byb2ZpbGVfaW1hZ2Vfc2hhcGVfZW5hYmxlZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdmlkZW9faGxzX2R5bmFtaWNfbWFuaWZlc3RzXzE1MDgyIjp7ImJ1Y2tldCI6InRydWVfYml0cmF0ZSIsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfbGVnYWN5X3RpbWVsaW5lX3N1bnNldCI6eyJidWNrZXQiOnRydWUsInZlcnNpb24iOm51bGx9LCJ0ZndfdHdlZXRfZWRpdF9mcm9udGVuZCI6eyJidWNrZXQiOiJvbiIsInZlcnNpb24iOm51bGx9fQ%3D%3D&amp;frame=false&amp;hideCard=false&amp;hideThread=false&amp;id=1621258517230280706&amp;lang=en&amp;origin=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2F4m0yz%2FZrAn5&amp;sessionId=996a0636cffbf5d38e6adaac21ebe0e5a02d06ec&amp;theme=light&amp;widgetsVersion=2615f7e52b7e0%3A1702314776716&amp;width=550px" data-tweet-id="1621258517230280706"></iframe></div><script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>Acredita-se que&nbsp;muitos desses planetas foram expulsos de seus sistemas originais devido a interações gravitacionais com outros corpos massivos, como estrelas próximas ou outros planetas gigantes, durante as fases iniciais de formação do sistema planetário.Esses planetas são difíceis de detectar porque não possuem uma fonte luminosa próxima para refletir a luz e revelar sua presença. No entanto, cientistas utilizam técnicas como o microlente gravitacional para identificá-los.&nbsp;Essa técnica se baseia na previsão da Teoria da Relatividade Geral, que afirma que um corpo massivo pode curvar a luz de objetos distantes, agindo como uma lente natural. Quando um planeta órfão passa na frente de uma estrela distante, sua gravidade distorce a luz da estrela, permitindo aos astrônomos inferir a presença do planeta.Estimativas sugerem que nossa galáxia, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281504-sistema-estelar-fraco-confirmado-orbitando-via-lactea-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Via Láctea, pode conter bilhões desses mundos solitários</a>. Alguns estudos até sugerem que planetas órfãos gigantes, com luas ao seu redor, poderiam criar condições habitáveis em suas luas devido ao calor gerado por interações de maré.<h2>3. Descoberta nova reação de oxigênio molecular</h2>Cientistas descobriram uma nova reação química que permite a formação de oxigênio molecular (O2) em atmosferas ricas em dióxido de carbono (CO2), como as de Marte e Vênus.&nbsp;Tradicionalmente, a presença de O2 na atmosfera de um planeta é considerada um possível indicador de vida, pois na Terra ele é majoritariamente produzido por organismos fotossintetizantes. No entanto, este estudo revela que o O2 pode ser gerado por processos não biológicos, desafiando <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275643-oxigenio-chave-civilizacoes-alienigenas-alta-tecnologia-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a ideia de que sua presença seja necessariamente um sinal de vida extraterrestre</a>.<figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13154359054158.jpg" alt="O oxigênio molecular pode ser sintetizado de outros modos que não apenas a presença de organismos vivos."><figcaption>O oxigênio molecular pode ser sintetizado de outros modos que não apenas a presença de organismos vivos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A pesquisa, conduzida por Shan Xi Tian e Jie Hu da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, identificou que íons de hélio (He) podem reagir com moléculas de CO2 para produzir O2.&nbsp;Esses íons de hélio são formados quando partículas alfa do vento solar interagem com moléculas na alta atmosfera, criando partículas carregadas que então reagem com o CO2. Este mecanismo pode ocorrer na alta atmosfera de Marte, onde há abundância de CO2 e exposição constante ao vento solar, sugerindo que o O2 detectado ali pode ser originado por este processo abiótico.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273600-cientistas-encontram-oxigenio-atomico-lado-diurno-venus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas encontram oxigênio atômico no lado diurno de Vênus</a></li></ul>Esta descoberta tem implicações significativas para a astrobiologia, indicando que a detecção de oxigênio em exoplanetas com atmosferas ricas em CO2 não deve ser imediatamente interpretada como evidência de vida, uma vez que processos químicos não biológicos podem produzir O2 em condições semelhantes.Gostou de saber dessas curiosidades sobre o universo? Acompanhe o #AstroMiniBR toda segunda-feira, aqui no TecMundo. Até mais!

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#AstroMiniBR: o estranho comportamento de um buraco negro supermassivo

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A Lua dos Lobos, primeira lua cheia de 2025, aparece em sua plenitude no dia 13 de janeiro, mesmo dia em que o cometa ATLAS C/2024 G3 atinge o periélio. 

Primeira lua cheia do ano, a chamada Lua do Lobo aparecerá nesta segunda-feira (13), em frente ao Sol (da perspectiva terrestre) às 19h27 no horário de Brasília. Esse é o momento em que a lua atingirá sua maior luminosidade, com uma magnitude de -12,5, o que significa muito brilhante nesta escala logarítmica, onde quanto mais negativo o número, maior é a luminosidade.Embora nosso satélite natural seja naturalmente o objeto mais brilhante do céu noturno, observável mesmo sem qualquer tipo de equipamento, se você quiser aproveitar para ver mais detalhes da superfície lunar, poderá usar um binóculo com aumento de 12x. Uma dica é apontar para a cratera Tycho, que pode ser localizada por apps de astronomia.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266312-mito-verdade-fases-lua-afetam-humor-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mito ou verdade? As fases da Lua afetam o humor das pessoas?</a></li></ul>Já o cometa ATLAS C/2024 G3, considerado potencialmente o mais brilhante de 2025, fez sua passagem mais próxima do Sol às 7h17 (horário de Brasília) desta segunda-feira (13), com sua aproximação da Terra ocorrendo algumas horas depois. Ele poderá ser observado após o pôr do sol, no horizonte oeste, subindo nas próximas noites mais alto no céu, onde será mais visível.<h2>Por que a Lua dos Lobos tem esse nome?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13122349188085.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os lobos uivavam muito nas noites frias de janeiro, no hemisfério norte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Nome de luas, como a Lua dos Lobos, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289962-mitologia-astronomia-origem-nomes-luas-cheias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">são atribuídos por pessoas de diferentes culturas através dos tempos</a>, principalmente os indígenas norte-americanos e europeus medievais. Os apelidos eram geralmente usados para marcar o ciclo lunar, e "agendar" atividades, condições climáticas ou característica naturais das diferentes épocas do ano.&nbsp;O icônico Manual do Velho Fazendeiro começou a publicar os nomes das luas cheias na década de 1930, de acordo com as tradições dos indígenas norte-americanos. Segundo a publicação, a primeira lua cheia de janeiro recebeu esse nome, pois os uivos dos lobos podiam ser ouvidos mais intensamente nas noites geladas desse mês.&nbsp;Também conhecida como Lua de Gelo ou Lua Velha, essa primeira lua cheia do ano é chamada de Lua após o Yule, antiga celebração do solstício de inverno na Europa pré-cristã. Na Índia, essa lua cheia marca o início do famoso festival de 44 dias Prayag Kumbh Mela, realizado a cada 12 anos, com um fluxo de cerca de 400 milhões de visitantes.<h2>Um cometa brilhante, mas difícil de observar</h2><blockquote class="twitter-tweet">Impressive evolution of comet C/2024 G3 (ATLAS) over the past 30 hours. Note the increasing blooming spikes, indicating the comet is brightening. It reaches peak brightness tomorrow, when it is closest to the Sun - at 0.09 a.u., more than 3x closer than Mercury! <a href="https://t.co/AmMriY4IAP">pic.twitter.com/AmMriY4IAP</a>— Jure Atanackov (@JAtanackov) <a href="https://twitter.com/JAtanackov/status/1878484251252842541?ref_src=twsrc%5Etfw">January 12, 2025</a></blockquote>Já nos primeiros dias do ano, observadores do hemisfério sul começaram a relatar o avistamento do cometa C/2024 G3, descoberto em abril de 2024 pelo sistema de alerta astronômico ATLAS. Paradoxalmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294498-cometa-halloween-morre-desintegrado-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ao chegar hoje ao periélio, o cometa se torna mais brilhante</a>, mas também mais difícil de ser observado, devido à proximidade com o brilho solar.&nbsp;No dia 11 de janeiro, o cometa entrou no campo de visão do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), da NASA e da ESA, que revelou imagens em tempo real (veja vídeo acima). Em algumas dessas imagens, você consegue observar “bigodes”, conhecidos tecnicamente como florescimento, que são faixas horizontais brilhantes perto da cabeça do corpo celeste de gás, poeira e água congelada.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237322-cometas-feitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O C/2024 G3 (ATLAS) está sendo considerado o mais brilhante de 2025&nbsp;</a>devido à sua magnitude aparente, prevista para ser superior a -3,5, o que significa que, além de visível a olho nu, ele poderá brilhar mais no céu noturno do que muitos planetas, como Vênus. Esse brilho resulta de uma combinação entre sua atividade e a forma como reflete a luz solar.&nbsp;<h2>Como observar a Lua dos Lobos e o cometa C/2024 G3?</h2><figure class="image" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/" data-fonte="&amp;nbsp;Getty Images&amp;nbsp;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/13/13151846721152.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Além do cometa, a Lua dos Lobos encontrará também o planeta Marte. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Antes de partir para um local com pouca poluição luminosa, como parques ou áreas abertas, confira a previsão do tempo, para garantir uma observação clara, pois há previsão de chuvas escassas e tempo nublado em grande parte do Brasil.A lua cheia, assim como o cometa e o planeta vermelho, poderão ser vistos a olho nu, mas o uso de binóculo ou telescópios poderá melhorar sua experiência. Para rastrear o C/2024 G3 (ATLAS), você pode usar aplicativos, como o Sky Tonight. Basta digitar o nome do cometa na barra de pesquisa e tocar no ícone de alvo.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294403-nuvem-oort-confins-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nuvem de Oort e os confins do Sistema Solar</a></li></ul>Um bônus oferecido pela Lua dos Lobos nesta noite é um "encontro" com o planeta Marte, que começa a se aproximar do seu estado mais brilhante até 2031. A boa notícia é que o "palco" celeste permitirá a visão simultânea de todos esses objetos, até mesmo a olho nu, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400852-sete-novos-cometas-escuros-sao-descobertos-por-pesquisadores-da-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pois o C/2024 G3 (ATLAS) aparecerá no lado oposto do céu ao nosso satélite natural</a>.Gostou das dicas sobre essa festa astronômica no céu noturno? Desejamos céus limpos e feliz observação! Compartilhe suas impressões em nossas redes sociais.

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Hoje tem festa no céu: 'Lua do Lobo' encontra cometa mais brilhante do ano

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