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Imagem de Novo dinossauro gigante é identificado no Chile no tecmundo

Fósseis do titanossauro foram descobertos no deserto de Atacama

<head></head><body>Em 1993, o geólogo Carlos Arévalo escavou um conjunto de ossos fossilizados em um sítio ao norte do Chile, a cerca de 600 quilômetros da capital Santiago. O achado (partes de um fêmur, um úmero, o ísquio e vértebras do pescoço e das costas) revelou-se os restos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauro</a> desconhecido pela paleontologia: o Arackar licanantay, apresentado nesta segunda (19) por pesquisadores do Museu Nacional de História Natural do Chile (MNHN).Os paleontólogos David Rubilar (chefe da área de Paleontologia do MNHN), Alexander Vargas e José Iriarte-Díaz (todos autores do trabalho publicado agora na revista Cretaceous Research) escavam a região onde o A. licanantay foi achado, no deserto de Atacama, desde 2000 – em 2006, 2007 e 2001, eles voltaram ao Atacama para recuperar também ossos de outro titanossauro, ainda não identificado.&nbsp;<iframe src="https://www.youtube.com/embed/kqx8xiBBZc8" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Ao morrer, o A. licanantay (que quer dizer "ossos atacamenhos" na extinta língua Kunza, falada no Deserto de Atacama) ainda era jovem, com presumíveis 6 metros de comprimento. O exame do que restou de seu esqueleto revelou que ele andava de maneira diferente de outros titanossauros.<h2>Nós dos dedos</h2>“Uma característica de muitos dinossauros gigantes é a disposição de suas pernas, em um ângulo aberto. Nosso A. licanantay não tem esse ângulo: seu fêmur é bastante reto. Há outros com essa característica, como o Atacamatitan chilensis, o primeiro titanossauro descoberto no país –&nbsp;seria interessante explorar porque justamente os dois dinossauros chilenos são assim; pode haver relação entre eles ou alguma peculiaridade biogeográfica", disse o diretor da Rede Paleontológica da Universidade do Chile, Alexander Vargas.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20190906956289.jpg" alt="O ângulo entre o corpo e as patas do A. licanantay era reto, ao contrário de outros titanossauros.">O ângulo entre o corpo e as patas do A. licanantay era reto, ao contrário de outros titanossauros.Não somente suas pernas eram diferentes: a redução progressiva das falanges dos dedos nas patas traseiras e seu desaparecimento nas patas dianteiras fazia com que o A. licanantay andasse sobre os nós dos dedos.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20191536655292.jpg" alt="."> <a class="fonte_imagem" href="https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0195667121000495">&nbsp;Cretaceous Research/Rubilar et al/Divulgação&nbsp;</a></figure>Outras singularidades chamaram a atenção dos paleontólogos, como a disposição de suas vértebras dorsais (ele tinha as costas mais achatadas que outros titanossauros); isso levou os pesquisadores a determinar que o exemplar do Atacama era, na verdade, de uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/137256-cientistas-novo-mexico-descobrem-nova-especie-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie desconhecida</a>.<h2>Achado ímpar</h2>Segundo Rubilar, ele “corresponde ao terceiro dinossauro não aviário descrito e reconhecido pelo Chile, depois de Atacamatitan chilensis e Chilesaurus diegosuarezi. O grupo dos titanossauros é muito amplo e diverso, com repetidos achados na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/214897-dinossauro-descoberto-argentina-maior-predador-epoca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Argentina</a> e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143073-especie-inedita-dinossauro-descoberta-parana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">no Brasil</a>; porém, é muito menos frequente encontrá-los deste lado da cordilheira. Há poucos registros de titanossauros em nosso território, o que torna o A. licanantay um achado ímpar".Os titanossauros foram os maiores dinossauros que andaram na Terra. Herbívoros, quadrúpedes com cabeça pequena, pescoço longo e uma grande cauda, eles ocuparam todos os continentes do Período Cretáceo – vértebras foram encontradas até na Antártida. <figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20190251060285.jpg" alt="."> <a class="fonte_imagem" href="https://www.mnhn.gob.cl/sitio/Contenido/Noticias/99553:Un-nuevo-dinosaurio-para-Chile">&nbsp;MNHN/Mauricio Alvarez/Divulgação&nbsp;</a></figure>A América do Sul é um terreno fértil para a coleta de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149707-alossauro-dino-recem-descoberto-terrores-jurassico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a>. O maior de todos os titanossauros andou pela Patagônia argentina há 95 milhões de anos: o Argentinosaurus huinculensis tinha 35 metros de comprimento, 20 metros de altura e pesava 90 toneladas (um Tyrannosaurus rex tinha sete toneladas). Segundo o paleontólogo Bernardo González Riga (também coautor da pesquisa sobre o A. licanantay), "das 80 espécies conhecidas no mundo, 55 vêm da América do Sul."O ambiente era propício para esses herbívoros. Há 80 milhões de anos, o Atacama era coberto por florestas de coníferas, grandes palmeiras, samambaias e plantas com flores. As temperaturas, em vez das oscilações entre 0°C à noite e 45°C durante o dia, giravam em torno de amenos 24°C.</body>

Museo Nacional de Historia Natural/Divulgação

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Novo dinossauro gigante é identificado no Chile

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Imagem de Arena de gladiadores de 1,8 mil anos é descoberta na Turquia no tecmundo

A estrutura, que recebia 'sangrentas batalhas' entre gladiadores e também animais selvagens, estava quase totalmente coberta pela vegetação

Uma arena de gladiadores da era romana foi descoberta nas colinas da antiga cidade de Mastaura, localizada no oeste da Turquia, conforme anunciaram pesquisadores da Universidade Adnan Menderes, recentemente. A estrutura, que teria sido palco de sangrentas batalhas, apresenta um bom estado de conserva&ccedil;&atilde;o e est&aacute; parcialmente enterrada em um bosque na regi&atilde;o.
Descrito como uma r&eacute;plica do Coliseu de Roma, o anfiteatro turco, de 1,8 mil anos, foi encontrado durante uma expedi&ccedil;&atilde;o autorizada pelo Minist&eacute;rio da Cultura e Turismo do pa&iacute;s, ocorrida em 2020, com o objetivo de realizar <a href="https://www.tecmundo.com.br/arqueologia" target="_blank">pesquisas arqueol&oacute;gicas</a> em Mastaura.
A arena, com o caracter&iacute;stico estilo de anfiteatro circular similar ao usado em constru&ccedil;&otilde;es pelos romanos, estava coberta por &ldquo;arbustos e &aacute;rvores selvagens&rdquo;, de acordo com o arque&oacute;logo da Universidade Adnan Menderes Sedat Akkurnaz. Logo ap&oacute;s a descoberta, foi preciso fazer uma limpeza da &aacute;rea para estud&aacute;-la melhor.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20163810476200.jpg" alt="A estrutura est&aacute; bem preservada." />A estrutura est&aacute; bem preservada.
No in&iacute;cio dos trabalhos, os pesquisadores j&aacute; estimaram a idade da constru&ccedil;&atilde;o, que teria sido inaugurada por volta do ano 200 d.C., durante a Dinastia Severa. O per&iacute;odo, marcado pelo governo sucessivo de cinco imperadores, entre os anos 193 e 235 d.C., foi uma &eacute;poca de grande desenvolvimento e riqueza em Mastaura, gra&ccedil;as ao apoio dos administradores romanos.
<h2>Capacidade para 20 mil pessoas</h2>
Embora tenha um formato que parece inspirado no Coliseu, a arena de gladiadores da Turquia era bem menor. Constru&iacute;do em 70 d.C., o edif&iacute;cio da capital italiana tem paredes externas com 48 m de altura, arena central com di&acirc;metro de 87 m x 55 m e capacidade m&eacute;dia para 65 mil pessoas.
Com dimens&otilde;es inferiores, a edifica&ccedil;&atilde;o turca conta com paredes externas de 25 m de altura, arena central com di&acirc;metro de 40 m x 30 m e capacidade estimada entre 15 a 20 mil pessoas, segundo os pesquisadores, consistindo em uma arena de tamanho m&eacute;dio para a &eacute;poca da constru&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20164013821202.jpg" alt="Parte da arena ainda est&aacute; enterrada." />Parte da arena ainda est&aacute; enterrada.
Durante a limpeza do local, os arque&oacute;logos tamb&eacute;m encontraram alguns espa&ccedil;os diferenciados dentro do anfiteatro, como uma esp&eacute;cie de sala de entretenimento particular para espectadores que provavelmente tinham algum tipo de privil&eacute;gio. A estrutura tamb&eacute;m disp&otilde;e de salas de espera para os gladiadores.
Segundo o diretor de Cultura e Turismo local Mehmet Umut Tuncer, a parte da estrutura que est&aacute; enterrada chamou a aten&ccedil;&atilde;o pela solidez, como se tivesse acabado de ser constru&iacute;da. J&aacute; nas &aacute;reas acima do solo, ainda &eacute; poss&iacute;vel notar algumas fileiras de assento para o p&uacute;blico, a arena de luta e as paredes que formavam a &aacute;rea externa do pr&eacute;dio.
<h2>Atra&ccedil;&atilde;o para moradores de cidades vizinhas</h2>
Outro detalhe revelado pelos pesquisadores &eacute; que a arena provavelmente funcionava como uma atra&ccedil;&atilde;o tur&iacute;stica da regi&atilde;o, atraindo moradores das antigas cidades da Anat&oacute;lia Ocidental de Afrodisias, Magn&eacute;sia, &Eacute;feso, Priene e Mileto.
&ldquo;Pessoas de cidades vizinhas estavam vindo a Mastaura para assistir aos grandes eventos na arena especialmente projetada para shows sangrentos&rdquo;, afirmaram os pesquisadores. Entre as atra&ccedil;&otilde;es, haviam lutas entre gladiadores e tamb&eacute;m entre animais selvagens, que geravam apostas na plateia.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/20/20164106009203.jpg" alt="As lutas entre gladiadores atra&iacute;am moradores de outras regi&otilde;es." />As lutas entre gladiadores atra&iacute;am moradores de outras regi&otilde;es.
Depois de desenterrar o anfiteatro de Mastaura por completo, a equipe de arque&oacute;logos planeja iniciar os trabalhos de conserva&ccedil;&atilde;o e preserva&ccedil;&atilde;o da arena, corrigindo rachaduras nas paredes e pedras de alvenaria que est&atilde;o caindo, entre outros problemas estruturais.
Eles tamb&eacute;m querem fazer varreduras a <a href="https://www.tecmundo.com.br/laser" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laser</a> da estrutura, para criar uma imagem <a href="https://www.tecmundo.com.br/3d" rel="noopener noreferrer" target="_blank">3D</a> da antiga arena de gladiadores.

Universidade Adnan Menderes/Divulgação

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Arena de gladiadores de 1,8 mil anos é descoberta na Turquia

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Imagem de Tyrannosaurus rex: cerca de 2,5 bilhões andaram sobre a Terra no tecmundo

Até 20 mil animais coexistiram no que é hoje os EUA

O pequenino dinossauro Hor&aacute;rio, das tirinhas da Turma da M&ocirc;nica, &eacute; um filhote de <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/21742-tiranossauro-chines-tinha-penas-pelo-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tyrannosaurus rex</a> em busca de sua m&atilde;e e de seus semelhantes. Sua solid&atilde;o, agora, foi quantificada: segundo o paleont&oacute;logo Charles Marshall, diretor do Museu de Paleontologia da Universidade da Calif&oacute;rnia, at&eacute; 20 mil animais dividiram na mesma &eacute;poca o continente norte-americano; cerca de 2,5 bilh&otilde;es desses gigantes pr&eacute;-hist&oacute;ricos andaram sobre a Terra antes da extin&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/19/19010358995001.jpg" alt="Dos bilh&otilde;es de T. rex que andaram sobre o planeta, poucos f&oacute;sseis chegaram at&eacute; n&oacute;s." />Dos bilh&otilde;es de T. rex que andaram sobre o planeta, poucos f&oacute;sseis chegaram at&eacute; n&oacute;s.
Por anos, Marshall se perguntou se era poss&iacute;vel calcular quantos Tyrannosaurus rex haviam vivido no per&iacute;odo entre 1,2 a 3,6 milh&otilde;es de anos que dominaram a Terra. Restaram poucos ossos desses animais, e isso era tudo o que ele e sua equipe de alunos de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o tinham &ndash; e eles souberam aproveit&aacute;-los bem.
&ldquo;O projeto come&ccedil;ou como uma brincadeira, de certa forma. Quando seguro um f&oacute;ssil na m&atilde;o, n&atilde;o consigo deixar de me perguntar sobre a improbabilidade de que essa mesma besta estivesse viva h&aacute; milh&otilde;es de anos, e aqui estou eu segurando parte de seu esqueleto. A pergunta n&atilde;o parava de surgir em minha cabe&ccedil;a: 'Qu&atilde;o improv&aacute;vel &eacute; isso? &Eacute; um em mil, em um milh&atilde;o, um em um bilh&atilde;o? ' E ent&atilde;o comecei a perceber que talvez pud&eacute;ssemos realmente estimar quantos estavam vivos&rdquo;, disse o paleont&oacute;logo.
<h2>Milhares de gera&ccedil;&otilde;es</h2>
O primeiro passo foi estimar o ciclo biol&oacute;gico do <a href="https://www.tecmundo.com.br/erro-404/52944-erro-404-coisas-que-os-t-rex-fariam-melhor-do-que-voce-ilustracao-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">T. rex</a>, usando padr&otilde;es microsc&oacute;picos de crescimento nos ossos e estipulando que uma nova gera&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/19782-tiranossauro-sex-como-era-o-sexo-dos-dinossauros-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nascia</a> a cada 19 anos &ndash; em 2,4 milh&otilde;es de anos de exist&ecirc;ncia na Terra, houve de 66 mil a 188 mil gera&ccedil;&otilde;es. Faltava determinar quantos indiv&iacute;duos existiam a cada gera&ccedil;&atilde;o.
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&ldquo;Em ecologia, existe uma rela&ccedil;&atilde;o entre a massa corporal e a densidade populacional, a lei de Damuth: animais maiores e com mais alto metabolismo precisam de mais espa&ccedil;o para sobreviver. Com boas estimativas da massa corporal do T. rex e de seu metabolismo (pouco mais baixo que o de um le&atilde;o), estimamos que havia cerca de um T. rex a cada 109,9 km quadrados&rdquo;, disse o paleont&oacute;logo Ashley Poust, coautor do estudo, publicado na revista Science.
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Segundo ele, &ldquo;multiplicando a densidade populacional pela &aacute;rea em que viveu o T. rex , isso nos deu uma estimativa de 20 mil indiv&iacute;duos por gera&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
O pr&oacute;prio Marshall destaca que as incertezas no c&aacute;lculo s&atilde;o grandes: &nbsp;o chamado intervalo de confian&ccedil;a (aquele dentro do qual h&aacute; 95% de chance de que o n&uacute;mero real esteja) &eacute; de 1.300 a 328 mil indiv&iacute;duos &ndash; isso significa que o n&uacute;mero total de T. rex que caminharam sobre a Terra varia entre 140 milh&otilde;es a 42 bilh&otilde;es.
<h2>F&oacute;sseis perdidos</h2>
A maneira como Marshall e sua equipe chegaram at&eacute; a essa popula&ccedil;&atilde;o de T. rex pode ser usada tanto para estimar popula&ccedil;&otilde;es extintas como para calcular quantas os paleont&oacute;logos podem ter perdido ao escavar f&oacute;sseis.
&ldquo;Com o tamanho m&eacute;dio da popula&ccedil;&atilde;o, calculamos a taxa de fossiliza&ccedil;&atilde;o do T. rex &ndash; a chance de que um &uacute;nico esqueleto sobrevivesse para ser descoberto 66 milh&otilde;es de anos depois. A resposta: cerca de um em 80 milh&otilde;es. Ou seja, para cada 80 milh&otilde;es de T. rex adultos, h&aacute; apenas um esp&eacute;cime em um museu&rdquo;, disse o paleont&oacute;logo Daniel Varaj&atilde;o de Latorre, coautor do estudo.
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Para o pesquisador, &ldquo;esse n&uacute;mero destaca o qu&atilde;o incompleto &eacute; o registro <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204944-fossil-t-rex-vendido-us-31-8-milhoes-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;ssil</a>. Essa t&eacute;cnica permitir&aacute; aos pesquisadores perguntar o qu&atilde;o rara uma esp&eacute;cie poderia ser sem desaparecer inteiramente, sem deixar vest&iacute;gios&rdquo;.

Shutterstock/Reprodução

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Tyrannosaurus rex: cerca de 2,5 bilhões andaram sobre a Terra

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Imagem de Escavação em rodovia de SP revela fósseis de dinossauros no tecmundo

Durante operação, que visava o escoamento da água da chuva do local, trabalhadores encontraram fragmentos fósseis de dinossauros, possivelmente oriundos do período Cretáceo

Uma recente escava&ccedil;&atilde;o na rodovia Comandante Jo&atilde;o Ribeiro de Barros (SP-294), que tinha como objetivo o escoamento de &aacute;gua da chuva, revelou algo inusitado: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153446-datacao-carbono-recalibrada-deve-mudar-idade-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fragmentos f&oacute;sseis de dinossauros</a>, localizados a 20 metros da superf&iacute;cie do solo. A descoberta aconteceu no quil&ocirc;metro 623 da estrada, entre as cidades de Irapuru e Pacaembu, em <a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/215606-novo-aviao-promete-voo-paulo-paris-2-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&atilde;o Paulo.</a>
Conforme as informa&ccedil;&otilde;es divulgadas pela concession&aacute;ria da rodovia, Eixo SP, as pe&ccedil;as foram encontradas nas obras de uma pra&ccedil;a de ped&aacute;gio. Com a descoberta, as atividades no local foram interrompidas para dar lugar a trabalhos paleontol&oacute;gicos.&nbsp;
<h2>Regi&atilde;o abrigava lagos e rios</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/19/19081539902004.jpg" alt="a" /> <a class="fonte_imagem" href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-04/escavacao-em-rodovia-de-sp-revela-fragmentos-de-dinossauro">&nbsp;Eixo SP/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O paleont&oacute;logo Fabiano Vidoi Iori e o bi&oacute;logo Leonardo Paschoa, ambos pesquisadores do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, em Uchoa (SP), lideraram a pesquisa. Entre as dezenas de fragmentos f&oacute;sseis, foram identificados ossos dos gigantes titanossauros &ndash; os dinossauros &ldquo;pesco&ccedil;udos&rdquo;, quadr&uacute;pedes e herb&iacute;voros que alcan&ccedil;avam cerca de 20 metros de altura.&nbsp;
A equipe tamb&eacute;m mapeou dentes de abelissaur&iacute;deos, dinossauros predadores b&iacute;pedes, que chegavam a at&eacute; nove metros de comprimento. Outros fragmentos coletados indicam que, no per&iacute;odo Cret&aacute;ceo (que durou 145 milh&otilde;es de anos terminando h&aacute; 65 milh&otilde;es de anos), a regi&atilde;o era formada por rios e lagos.&nbsp;
<h2>Esp&eacute;cies podem ser in&eacute;ditas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Eixo SP/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-04/escavacao-em-rodovia-de-sp-revela-fragmentos-de-dinossauro"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/19/19081603695005.jpg" alt="Fragmento de mand&iacute;bula de um Peirosauridae." />Fragmento de mand&iacute;bula de um Peirosauridae.
Entre os in&uacute;meros f&oacute;sseis encontrados pelos trabalhadores durante a escava&ccedil;&atilde;o, estavam ainda ossos, escamas e dentes de crocodiliformes; escamas de peixes; e restos de cascos e esqueletos de c&aacute;gados &ndash; animais que viveram por volta de 85 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
&ldquo;Dentre os f&oacute;sseis coletados, temos pe&ccedil;as bem importantes, em especial os fragmentos cranianos, que v&atilde;o permitir investigar mais a fundo se as esp&eacute;cies descobertas s&atilde;o in&eacute;ditas ou j&aacute; catalogadas na regi&atilde;o&rdquo;, destacou o paleont&oacute;logo Fabiano Vidoi Iori. Uma vez reunidos, os f&oacute;sseis foram encaminhados para o Museu de Paleontologia de Uchoa e ser&atilde;o expostos na reabertura do espa&ccedil;o, atualmente fechado<a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/215701-dublador-dario-castro-morre-72-anos-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;em raz&atilde;o da pandemia de covid-19.</a>

Eixo SP/Divulgação

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Escavação em rodovia de SP revela fósseis de dinossauros

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Imagem de 6 coisas bizarras que os cientistas encontraram no fundo do mar no tecmundo

Cientistas já encontraram de cavernas cheias de esqueletos a bactérias sem comer e mal respirando desde o Jurássico

O fundo dos oceanos &eacute; menos conhecido que a superf&iacute;cie da Lua. Ali podem ser encontrados de gigantescas estruturas a micr&oacute;bios vivos cuja &uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o foi h&aacute; 86 milh&otilde;es de anos. Confira abaixo as coisas mais bizarras que os pesquisadores j&aacute; encontraram <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/100293-7-descobertas-intrigantes-feitas-debaixo-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">debaixo d'&aacute;gua</a>:
<h2>1. Criaturas abissais</h2>
Desde a antiguidade existem hist&oacute;rias sobre <a href="https://www.tecmundo.com.br/google-earth/106600-monstro-marinho-120-metros-visto-antartida-google-earth.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monstros</a> imensos capazes de engolir navios inteiros. Com o advento da <a href="http://www.tecmundo.com.br/tecnologia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a> (capaz tanto de preservar as criaturas bizarras que emergem das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117686-oceano-qual-a-sua-profundidade-e-ate-onde-o-homem-conseguiu-ir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundezas do oceano</a> como tamb&eacute;m registrar imagens dela), os mitos deram lugar &agrave; ci&ecirc;ncia &ndash; mas nem tanto.
Enquanto os seguidores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/101558-nao-e-papo-de-pescador-russo-posta-fotos-de-seres-insanos-das-profundezas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pescador russo Roman Fedortsov</a> se assustam com as criaturas que caem nas redes de pesca de sua traineira, cientistas que exploram as <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/9480-expedicao-submarina-atingira-ponto-mais-fundo-do-oceano-ja-visitado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundezas do mar</a> ainda se espantam ao ver, ao vivo e a cores, criaturas cujos registros datavam do in&iacute;cio do s&eacute;culo e, mesmo assim, muitas vezes exageradamente retratadas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://news.uchicago.edu/story/giant-squids-full-genome-revealed-providing-clues-about-mysterious-creature"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16213426031000.jpg" alt="O lend&aacute;rio monstro marinho conhecido como Kraken (na verdade, uma lula gigante), encontrado na prov&iacute;ncia canadense de Terra Nova e Labrador, em 1877." />O lend&aacute;rio monstro marinho conhecido como Kraken (na verdade, uma lula gigante), encontrado na prov&iacute;ncia canadense de Terra Nova e Labrador, em 1877.
Um bom exemplo &eacute; a lula do g&ecirc;nero Magnapinna, que pode chegar a at&eacute; oito metros e cujo primeiro registro que se tem not&iacute;cia data de 1907. O primeiro animal adulto, por&eacute;m, s&oacute; foi filmado em setembro de 1988 pela tripula&ccedil;&atilde;o do submers&iacute;vel Nautile, na costa norte do Brasil, a 4.735 metros de profundidade. Na maioria das vezes, os poucos esp&eacute;cimes foram encontrados nadando nas profundezas do Golfo do M&eacute;xico e da costa da Austr&aacute;lia.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shell Oil/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2509830/Alien-invader-No-26ft-long-Mangapinna-SQUID-discovered-lurking-underneath-offshore-oil-rig.html"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16214045770001.jpg" alt="Imagem da lula gigante, capturada no Golfo do M&eacute;xico em 2013. Avistamentos como esse s&atilde;o extremamente raros." />Imagem da lula gigante, capturada no Golfo do M&eacute;xico em 2013. Avistamentos como esse s&atilde;o extremamente raros.
Outros animais estranhos, gigantescos e de apar&ecirc;ncia monstruosa ainda se escondem nas profundezas dos oceanos. Um bom exemplo &eacute; o que voc&ecirc; v&ecirc; no v&iacute;deo abaixo. Alguns dizem ser uma ctenophora (conhecida como carambola-do-mar), outros discordam &ndash; &nbsp;mas certeza, n&atilde;o h&aacute; nenhuma.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BaX6BK66v9A" title="YouTube video player" allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0"></iframe>
<h2>2. Po&ccedil;o maldito</h2>
O Sac Actun (yucateca <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109445-as-caracteristicas-mais-marcantes-da-civilizacao-maia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maia</a> para "sistema de cavernas brancas") &eacute; um sistema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115161-mina-de-12-mil-anos-e-descoberta-sob-as-aguas-do-mexico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavernas subaqu&aacute;ticas</a> na pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico, perto da vila de Tulum. Os moradores das redondezas sempre evitaram chegar perto do cenote (nome de po&ccedil;os profundos naturais comuns no pa&iacute;s, resultado do colapso de camadas de calc&aacute;rio; o desmoronamento exp&otilde;e len&ccedil;&oacute;is de &aacute;gua que se ligam a cavernas marinhas).&nbsp;
A m&aacute; fama do lugar remonta aos antigos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/70270-20-coisas-interessantes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-os-maias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maias</a> &ndash; e foi isso que chamou a aten&ccedil;&atilde;o do arque&oacute;logo Bradley Russell, da Universidade de Albany, que conduziu, em 2013, uma expedi&ccedil;&atilde;o &agrave;s profundezas do po&ccedil;o (antes que a equipe entrasse no cenote, um xam&atilde; conduziu uma cerim&ocirc;nia para acalmar o lend&aacute;rio guardi&atilde;o dem&ocirc;nio do po&ccedil;o, uma enorme serpente emplumada).&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic/Bradley Russell/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographic.com/adventure/article/140116-maya-mexico-yucatan-cenote-bones-haunted-taboo-archaeology-science"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16214632509002.jpg" alt="A entrada do cenote seria guardada por um dem&ocirc;nio, que afastaria intrusos." />A entrada do cenote seria guardada por um dem&ocirc;nio, que afastaria intrusos.
Ao mergulhar na caverna submarina, Russell encontrou o ch&atilde;o das duas c&acirc;maras que comp&otilde;em o sistema forrado de ossos humanos. N&atilde;o se sabe quem eram as pessoas no fundo do po&ccedil;o ou como foram parar l&aacute;.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic/Bradley Russell/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographic.com/adventure/article/140116-maya-mexico-yucatan-cenote-bones-haunted-taboo-archaeology-science"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16214901464003.jpg" alt="Restos humanos de indiv&iacute;duos de diferentes idades foram encontrados no ch&atilde;o de duas c&acirc;maras." />Restos humanos de indiv&iacute;duos de diferentes idades foram encontrados no ch&atilde;o de duas c&acirc;maras.
O cenote, segundo Russell, &eacute; o &uacute;nico fora das muralhas da antiga cidade maia de Mayap&aacute;n, a cerca de 40 quil&ocirc;metros ao sul de M&eacute;rida, a capital do estado mexicano de Yucat&aacute;n. "O que podemos supor &eacute; que as pessoas dentro do po&ccedil;o sejam v&iacute;timas da peste. Ningu&eacute;m iria querer os infectados por perto, ou beber da &aacute;gua desse po&ccedil;o&rdquo;, disse &agrave; &eacute;poca Russell.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic/Bradley Russell/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographic.com/adventure/article/140116-maya-mexico-yucatan-cenote-bones-haunted-taboo-archaeology-science"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16215101309004.jpg" alt="Nenhum dos ossos t&ecirc;m marcas que indiquem a causa da morte; por isso, os arque&oacute;logos n&atilde;o acreditam em sacrif&iacute;cio humano." />Nenhum dos ossos t&ecirc;m marcas que indiquem a causa da morte; por isso, os arque&oacute;logos n&atilde;o acreditam em sacrif&iacute;cio humano.
Na regi&atilde;o, ainda prevalece a hist&oacute;ria do dem&ocirc;nio, a serpente que se enrosca em um galho, salta no ar e, depois de tr&ecirc;s voltas, mergulha no po&ccedil;o amaldi&ccedil;oado cuja m&aacute; fama remonta ao s&eacute;culo 12.
<h2>3. Uma supernova que virou jantar</h2>
Ao perfurar o fundo do Oceano Pac&iacute;fico, um grupo de pesquisadores liderado pelo f&iacute;sico Peter Ludwig, da Universidade T&eacute;cnica de Munique, encontrou os restos de uma supernova que explodiu h&aacute; de 2,7 milh&otilde;es de anos, depois de eles serem comidos por bact&eacute;rias. N&atilde;o foi uma estrela qualquer: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/212616-astronomos-revelam-primeiro-caso-supernova-rara-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supernovas</a> tipo II terminam sua vida com o colapso gravitacional de seu n&uacute;cleo, explodindo violentamente e ejetando, entre outros elementos, ferro 60 (um is&oacute;topo radioativo inst&aacute;vel).
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16231516206021.jpg" alt="O que restou da supernova 1987A (uma supernova do tipo II), captada pelo telesc&oacute;pio espacial Hubble." />O que restou da supernova 1987A (uma supernova do tipo II), captada pelo telesc&oacute;pio espacial Hubble.
Pois foi esse elemento que os pesquisadores encontraram em bact&eacute;rias magnetot&aacute;ticas fossilizada &ndash; esses pequeninos seres se orientam ao longo das linhas do campo magn&eacute;tico da Terra e, gra&ccedil;as a estruturas especializadas chamadas de magnetossomos, conseguem formar e armazenar diminutos cristais magn&eacute;ticos. Por causa deles, mesmo depois de mortas, elas ainda se comportam como min&uacute;sculas b&uacute;ssolas &ndash; e foi assim que foram encontradas no fundo do oceano.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16220336585009.jpg" alt="As imagens mostram min&uacute;sculos magnetof&oacute;sseis contendo cadeias de cristais, onde foram encontrados os is&oacute;topos de ferro produzidos por uma supernova." />As imagens mostram min&uacute;sculos magnetof&oacute;sseis contendo cadeias de cristais, onde foram encontrados os is&oacute;topos de ferro produzidos por uma supernova.
Depois que as bact&eacute;rias morreram, o material org&acirc;nico de decomp&ocirc;s. Os cristais em seu interior, por&eacute;m, foram preservados e detectados, milh&otilde;es de anos depois, por um espectr&ocirc;metro de massa, revelando &aacute;tomos de ferro-60 nas cadeias fossilizadas de magnetita produzidos pelas bact&eacute;rias. Como a meia-vida do ferro-60 &eacute; de apenas 2,6 milh&otilde;es de anos, depois de ca&iacute;rem sobre o planeta por 800 mil anos os is&oacute;topos em terra e no mar h&aacute; muito desapareceram &ndash; mas foram preservados nos est&ocirc;magos bacterianos.
<h2>4. Ru&iacute;nas de tr&ecirc;s mil anos</h2>
Muitos dizem que as estruturas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116276-cidades-perdidas-3-ruinas-de-civilizacoes-submersas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Yonaguni</a>, uma forma&ccedil;&atilde;o rochosa submersa na costa de Yonaguni, a mais meridional das ilhas Ryukyu, no Jap&atilde;o, s&atilde;o de origem natural; outros, vest&iacute;gios de uma civiliza&ccedil;&atilde;o desaparecida h&aacute; dez mil anos. O ge&oacute;logo marinho Masaaki Kimura diz ter identificado vest&iacute;gios de uma cidade submersa, com um zigurate, estradas, monumentos e um est&aacute;dio. (As imagens a seguir s&atilde;o do fot&oacute;grafo franc&ecirc;s Franck Seguin, que acompanhou o mergulhador Guillaume N&eacute;ry.)
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16221930084010.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.jeandeniswalter.fr/?s=Yonaguni">&nbsp;Franck Seguin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O conjunto seria o que restou de Yamatai, um reinado da antiguidade japonesa cuja localiza&ccedil;&atilde;o &eacute; incerta e centro de controv&eacute;rsia entre historiadores.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16222201546012.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.jeandeniswalter.fr/?s=Yonaguni">&nbsp;Franck Seguin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Por outro lado, arque&oacute;logos acreditam que a origem das estruturas seja natural. Outras forma&ccedil;&otilde;es rochosas na ilha de Yonaguni tamb&eacute;m t&ecirc;m a mesma disposi&ccedil;&atilde;o em degraus. Segundo ge&oacute;logos, como a regi&atilde;o &eacute; propensa a terremotos, estes podem fraturar as rochas regularmente.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16222001363011.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.jeandeniswalter.fr/?s=Yonaguni">&nbsp;Franck Seguin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Essa hip&oacute;tese &eacute; refutada pelo grupo que defende a origem artificial: segundo eles, n&atilde;o h&aacute; blocos soltos nas &aacute;reas planas da forma&ccedil;&atilde;o &ndash; o que &eacute; explicado pelos defensores da origem natural: fortes correntes marinhas seriam respons&aacute;veis por &ldquo;limpar&rdquo; o terreno em volta da estrutura.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16222349870013.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.jeandeniswalter.fr/?s=Yonaguni">&nbsp;Franck Seguin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>5. Rios debaixo do mar</h2>
No fundo do Mar Negro, corre um imenso rio que, se estivesse em terra, seria o sexto maior do planeta, com um quil&ocirc;metro de largura e at&eacute; 35 metros de profundidade, e mais cachoeiras e redemoinhos ao longo de seu leito. Ele &eacute; formado pela &aacute;gua salgada que verte do Mediterr&acirc;neo para o Mar Negro, onde a &aacute;gua tem um teor de sal menor.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Leeds/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://www.leeds.ac.uk/news/article/866/leeds_researchers_study_undersea_rivers_with_a_yellow_submarine"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16224950035015.jpg" alt="A imagem em 3D, feita por um radar, mostra o canal submarino do rio, no ponto em que o Estreito de B&oacute;sforo se encontra com o Mar Negro" />A imagem em 3D, feita por um radar, mostra o canal submarino do rio, no ponto em que o Estreito de B&oacute;sforo se encontra com o Mar Negro
At&eacute; agora, &eacute; o maior rio submarino ativo identificado &ndash; mas n&atilde;o, o mais famoso. (As imagens abaixo s&atilde;o do fot&oacute;grafo russo Anatoly Beloshchin.)
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16223702792014.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://anatoly.pro/albums/tags/mexico">&nbsp;Anatoly Beloshchin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
Esse t&iacute;tulo &eacute; do rio que corre abaixo do conjunto de cavernas submarinas acess&iacute;veis pelo cenote Angelita, na pen&iacute;nsula Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico. A &aacute;gua salgada, com uma grande quantidade de sulfeto de hidrog&ecirc;nio, se separa da &aacute;gua doce acima.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16225612915017.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://anatoly.pro/albums/tags/mexico">&nbsp;Anatoly Beloshchin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
O resultado &eacute; um rio como os da superf&iacute;cie, inclusive com &aacute;rvores ca&iacute;das e folhas em suas &ldquo;margens&rdquo;.
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16225723729018.jpg" alt="." /> <a class="fonte_imagem" href="https://anatoly.pro/albums/tags/mexico">&nbsp;Anatoly Beloshchin/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a></figure>
<h2>6. Jejum jur&aacute;ssico</h2>
Enquanto algumas bact&eacute;rias no fundo do oceano Pac&iacute;fico se banquetearam com restos de supernovas, outras est&atilde;o em jejum h&aacute; 86 milh&otilde;es de anos, &agrave; espera de um sopro de oxig&ecirc;nio e que saia o jantar. Uma equipe de pesquisadores dinamarqueses e alem&atilde;es, liderada pelo microbi&oacute;logo Hans R&oslash;y, da Universidade de Aarhus, coletaram amostras de argila do fundo do oceano, ao longo da linha do equador e mais em regi&otilde;es do Pac&iacute;fico Norte, datando do Jur&aacute;ssico.&nbsp;
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16230903191020.jpg" alt="A argila recolhida mostrou col&ocirc;nias de bact&eacute;rias que datam do per&iacute;odo Jur&aacute;ssico." />A argila recolhida mostrou col&ocirc;nias de bact&eacute;rias que datam do per&iacute;odo Jur&aacute;ssico.
Ao testar as amostras, encontraram organismos vivos, respirando o pouco oxig&ecirc;nio restante muito lentamente. Quanto mais fundo as amostras foram coletadas, menos, menos comida e oxig&ecirc;nio havia.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16230425422019.jpg" alt="Amostras do fundo do oceano foram coletadas em 30 pontos diferentes do Pac&iacute;fico." />Amostras do fundo do oceano foram coletadas em 30 pontos diferentes do Pac&iacute;fico.
Segundo R&oslash;y e seus colegas, as comunidades microbianas no subsolo do pac&iacute;fico vivem no limite absoluto da sobreviv&ecirc;ncia, mantendo seus n&iacute;veis de energia no m&iacute;nimo necess&aacute;rio apenas para manter seu DNA intacto e o conjunto de prote&iacute;nas funcionando. A equipe de pesquisadores calculou que os micr&oacute;bios encontrados se dividam apenas uma vez a cada mil&ecirc;nio.

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6 coisas bizarras que os cientistas encontraram no fundo do mar

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Imagem de "Elo perdido" na história do alfabeto é descoberto em Israel no tecmundo

O fragmento de uma tigela de argila do século XV a.C. revelou a inscrição alfabética mais antiga do Oriente Próximo 

<head></head><body>Arqueólogos trabalhando em uma antiga <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/214109-pergaminho-biblico-2-mil-anos-encontrado-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidade bíblica em Israel</a> fizeram importante achado em um fragmento de argila, que pode ser o “elo perdido” na história do alfabeto: uma inscrição, que aparenta ser o nome de uma pessoa, foi datada em torno de 1450 a.C., estabelecendo uma nova origem da escrita alfabética nas sociedades levantinas da Idade do Bronze.Descrita em um estudo publicado na quinta-feira (15) na revista científica Antiquity, a descoberta ocorreu em uma antiga fortificação na região de Tel Lachish, em Israel, onde ficava a cidade de Laquis, que, <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/176533-ia-treinada-biblia-reescreve-trechos-livro-sagrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conforme a Bíblia</a>, foi destruída pelos hebreus quando eles chegaram a Canaã, depois de passar 40 anos no deserto fugindo do Egito.Segundo o principal autor da pesquisa, o arqueólogo do Instituto <a href="https://www.tecmundo.com.br/arqueologia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arqueológico&nbsp;</a>Austríaco Felix Höflmayer, essa inscrição datada do século XV a.C. é não apenas “a inscrição alfabética com data segura mais antiga do sul do Levante”, região do Oriente Médio, como também indica um momento na evolução do alfabeto que não era explicado até então.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16154215357296.jpg" alt="Locais de surgimento dos alfabetos, o do Egito e o do Levante (Fonte: Antiquity/Reprodução)">Locais de surgimento dos alfabetos, o do Egito e o do Levante (Fonte: Antiquity/Reprodução)<h2>Como é o "elo perdido" dos alfabetos?</h2>Por si só, o pequeno objeto não passa de um caco de quatro centímetros de comprimento que deve ter sido parte da borda de uma tigela cipriota importada. Várias letras aparecem escritas em tinta escura na diagonal, do lado interno do fragmento enquanto a parte de fora mostra um padrão angular escuro.Para os pesquisadores, a maioria das letras inseridas na cerâmica são parecidas com os <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/155242-google-lanca-ferramenta-capaz-traduzir-hieroglifos-egipcios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hieróglifos egípcios</a>, que já existiam há centenas de anos. Essa semelhança permitiu identificar parcialmente a inscrição, que pode significar “escravo”, seguido de parte do nome, que pode ser “néctar” ou “mel”.De acordo com a pesquisa, a evidência mais antiga de uma escrita alfabética inicial foi encontrada entre os cananeus, uma população de fala semítica que trabalhava em minerações na Península do Sinai, no Egito, por volta de 1982 a.C. a 1802 a.C. A partir daí, essa escrita se espalhou para o Levante, na região mediterrânea oriental da Ásia Ocidental, de onde evoluiu para os alfabetos grego e latino.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/16/16153332305289.jpg" alt="Áreas de escavação P e S que continuam sob investigação em Tel Lachish (Fonte: Antiquity/Reprodução)&nbsp;">Áreas de escavação P e S que continuam sob investigação em Tel Lachish (Fonte: Antiquity/Reprodução)&nbsp;<h2>A utilização do alfabeto por outras culturas</h2>Höflmayer explicou ao site Live Science que essa proliferação do alfabeto primitivo para o sul do Levante, ocorrida no século XIV ou XIII era considerada uma consequência da dominação egípcia na região naquela época. Mas a análise do fragmento, feita com técnicas de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153446-datacao-carbono-recalibrada-deve-mudar-idade-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">datação por radiocarbono</a>, mostrou que o alfabeto primitivo foi introduzido antes da chegada dos egípcios.Posteriormente, os gregos também iniciaram o uso de um sistema de alfabeto, seguidos pelos romanos, que criaram o latim. Aos poucos, a utilização de um alfabeto passou a ser comum em várias culturas. No entanto, faltavam evidências entre a introdução do alfabeto na península do Sinai e sua chegada ao Levante, e essa lacuna foi preenchida com essa inscrição descoberta recentemente.Embora as escavações iniciais no sítio de Tel Lachish tenham se realizado nas décadas de 1970 e 1980, elas foram retomadas em 2017, segundo a pesquisa para “aprofundar a compreensão dos estratos da Idade do Bronze Médio e Final” com uso do radiocarbono. O “elo perdido” foi encontrado em 2018, em um locus anteriormente escavado na região de Sefelá, no centro-sul de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/215237-israel-ter-atingido-imunidade-rebanho-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Israel</a>. &nbsp;</body>

J. Dye/Academia Austríaca de Ciências/Antiquity Publications Ltd.

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'Elo perdido' na história do alfabeto é descoberto em Israel

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Imagem de Antigos humanos em alucinações faziam artes rupestres em cavernas no tecmundo

Novo estudo sugere que alguns indivíduos da pré-história criavam representações artísticas devido a estados alterados de consciência, gerados por baixos níveis de oxigênio, por vontade própria

Antepassados humanos na pr&eacute;-<a href="http://www.tecmundo.com.br/historia/" target="_blank" title="Hist&oacute;ria">hist&oacute;ria</a> podem ter criado arte rupestre enquanto experimentavam alucina&ccedil;&otilde;es, por vontade pr&oacute;pria. Segundo um novo estudo conduzido pela Universidade de Tel Aviv (Israel), alguns indiv&iacute;duos Cro-Magnon &mdash; popula&ccedil;&atilde;o primitiva de Homo sapiens &mdash; se direcionavam para cavernas profundas, estreitas e escuras em busca de efeitos ocasionados por baixos n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio. Sob essa condi&ccedil;&atilde;o, eles pintavam em preto e vermelho desenhos de animais, impress&otilde;es de m&atilde;os e sinais abstratos geom&eacute;tricos.
No s&eacute;culo 19, foram descobertas na Fran&ccedil;a e Espanha uma s&eacute;rie de cavernas datadas entre 40 mil e 14 mil anos, per&iacute;odo que se remete ao Paleol&iacute;tico Superior e final da Idade da Pedra Lascada marcado pela arte rupestre. Naquela &eacute;poca, humanos habitavam os ambientes fechados devido ao clima frio extremo presenciado no planeta, com &aacute;reas cobertas de gelo. Por&eacute;m, a nova pesquisa apontou que nem todas as atividades estariam relacionadas &agrave; sobreviv&ecirc;ncia &mdash; como ca&ccedil;a e desenvolvimento de ferramentas &mdash;, mas tamb&eacute;m com a&ccedil;&otilde;es para escapar da realidade.
Al&eacute;m de as cavernas servirem de abrigo para as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas adversas na &eacute;poca, Yafit Kedar, l&iacute;der do estudo, comentou em entrevista ao Live Science que elas tamb&eacute;m traziam um significado especial para civiliza&ccedil;&otilde;es antigas, vistas como &ldquo;portais que se conectam ao submundo&rdquo;. Nesse sentido, as descobertas sugeriram que a altera&ccedil;&atilde;o da consci&ecirc;ncia era uma pr&aacute;tica para &ldquo;manter a conex&atilde;o com entidades do mundo inferior&rdquo;.
A equipe respons&aacute;vel pelo trabalho executou simula&ccedil;&otilde;es de computador para analisar mudan&ccedil;as nas concentra&ccedil;&otilde;es de oxig&ecirc;nio ao longo de diferentes caminhos nos abrigos. O grupo levou em considera&ccedil;&atilde;o o fogo de tochas &mdash; o qual esgota quantidades do elemento &mdash; que os antigos humanos utilizavam para iluminar os interiores e a circula&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio nesses ambientes.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/14/14181900889450.jpeg" alt="A equipe analisou as concentra&ccedil;&otilde;es de oxig&ecirc;nio em cavernas, atrav&eacute;s de simula&ccedil;&otilde;es" />A equipe analisou as concentra&ccedil;&otilde;es de oxig&ecirc;nio em cavernas, atrav&eacute;s de simula&ccedil;&otilde;es
Baseados nas simula&ccedil;&otilde;es, eles indicaram que as concentra&ccedil;&otilde;es de oxig&ecirc;nio diminu&iacute;ram de 21%, observados na atmosfera, para 18% dentro das cavernas durante 15 minutos iniciais. Tais n&iacute;veis poderiam induzir hip&oacute;xia no corpo, uma condi&ccedil;&atilde;o de aus&ecirc;ncia de oxig&ecirc;nio que pode causar falta de ar, dor de cabe&ccedil;a, confus&atilde;o e inquieta&ccedil;&atilde;o.
Entretanto, eles destacaram que a hip&oacute;xia tamb&eacute;m aumenta dopamina no c&eacute;rebro, horm&ocirc;nio que &agrave;s vezes ocasiona em alucina&ccedil;&otilde;es e experi&ecirc;ncias &ldquo;fora do corpo&rdquo;. Em espa&ccedil;os ainda mais estreitos, o teor de oxig&ecirc;nio caiu para 11%, podendo trazer sintomas mais graves para os indiv&iacute;duos que buscavam induzir estados alterados de consci&ecirc;ncia.
&ldquo;A hip&oacute;xia pode ser uma explica&ccedil;&atilde;o plaus&iacute;vel para muitos dos locais de representa&ccedil;&atilde;o, que est&atilde;o longe da entrada da caverna e exigem a passagem por caminhos profundos, baixos e estreitos. Afirmamos que adentrar nessas &aacute;reas foi uma escolha consciente, motivada pela compreens&atilde;o da natureza transformadora de um espa&ccedil;o subterr&acirc;neo sem oxig&ecirc;nio&rdquo;, escreveram os autores.

touropia/Reprodução

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Antigos humanos em alucinações faziam artes rupestres em cavernas

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Imagem de "Cidade de ouro perdida" de 3 mil anos é descoberta no Egito no tecmundo

A importância da descoberta da 'maior cidade antiga do Egito' é oferecer uma visão sobre a vida dos antigos egípcios do Novo Império

<head></head><body>Um comunicado divulgado pelo Conselho Supremo de Antiguidades do <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/152386-explore-tumbas-egipcias-3d-sair-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito&nbsp;</a>na última quinta-feira (8) anunciou o que pode ser a <a href="https://www.tecmundo.com.br/arqueologia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descoberta arqueológica</a> mais importante desde a <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/152386-explore-tumbas-egipcias-3d-sair-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumba de Tutancâmon</a>: a mítica “Cidade de Ouro Perdida”, desenterrada sob a antiga capital de Luxor.Chefiada pelo arqueólogo Zahi Hawass, ex-ministro de Antiguidades, uma missão egípcia descobriu a “maior cidade antiga do Egito” perdida sob a areia. Também conhecida como “Ascensão de Aton” (o deus único), a localidade remonta ao reinado de Amenhotep III e foi também usada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/42849-7-fatos-bizarros-sobre-tutancamon-e-sua-mumia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Tutancâmon</a>, ou seja, há 3 mil anos.No comunicado, Hawass explica que muitas missões estrangeiras tentaram, em vão, descobrir essa cidade. Quando sua equipe começou a trabalhar no local, o objetivo era encontrar o templo mortuário do Rei Tut. A região foi escolhida por ser um sítio arqueológico, no qual já haviam sido descobertos os templos de Horemheb e Ay.Conta o arqueólogo que todos ficaram muito surpresos quando, em todos os lugares que cavaram, descobriram muitos tijolos de argila. Logo perceberam que se tratava de uma grande cidade, que se encontrava em bom estado. As ruas eram ladeadas por casas “com paredes quase inteiras e salas repletas de utensílios do dia a dia”.<h2>A importância da descoberta da Cidade Dourada</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/13/13201033523421.webp" alt="Fonte: STR/Picture Alliance/Getty Images">Fonte: STR/Picture Alliance/Getty ImagesA descoberta dessa cidade permitirá, segundo o comunicado do órgão ministerial, “nos oferecer uma visão geral incomum da vida dos antigos egípcios durante as horas mais luxuosas do [Novo] Império”. Talvez seja também possível uma compreensão dos motivos pelos quais Akhenaton e Nefertiti decidiram transferir sua capital para Amarna.Na cidade recém-descoberta, além do centro administrativo e industrial do Império, existem três palácios reais. Além disso, foram também localizadas pelos arqueólogos uma área de preparação de alimentos, com uma antiga padaria, um bairro administrativo e uma oficina de construção, por onde transitava um grande número de trabalhadores e funcionários.&nbsp;Embora o objetivo inicial da missão tenha sido localizar o templo funerário de Tutancâmon, construído pelo rei Ay, algumas inscrições hieroglíficas encontradas em tampas cerâmicas de vasos de vinho faziam referências à cidade dos três palácios reais de Amenhotep III.Seguindo com as escavações, a equipe encontrou um grande número de descobertas arqueológicas, como anéis, escaravelhos, mais cerâmicas coloridas e, finalmente, os tijolos de barro com os selos do rei Amenhotep III. Com apenas sete meses de escavações, já foi possível descobrir diversas áreas e bairros inteiros da cidade.<h2>Informações que irão mudar a história</h2><iframe src="https://www.youtube.com/embed/jTpoOh7D7AY" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="853" height="480" frameborder="0"></iframe>Além de palácios e casas, também um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209924-missao-arqueologica-descobre-cemiterio-3-mil-anos-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande cemitério</a> foi encontrado na cidade sob a areia. Sua extensão, no entanto, ainda não foi determinada, tendo sido descoberto pela equipe, um grupo de túmulos esculpidos em rochas de tamanhos variados que podem ser acessados por escadas talhadas na rocha.&nbsp;Como apenas um terço da área total da cidade foi descoberto até agora, a missão espera detectar muitos tesouros ainda ocultos em tumbas intocadas. Embora as escavações já realizadas tenham permitido o acesso à camada original de atividades da cidade, existe ainda muito a ser revelado sobre a família Tutancâmon.Segundo os arqueólogos, a continuação dos trabalhos de escavação irão abranger em seguida a área identificada como o potencial templo funerário do Rei Tut. Para Hawass, apesar de terem muitas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208112-cientistas-usam-raio-x-analisar-mumia-2-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">informações sobre tumbas</a> e templos, "esta é a primeira vez que segredos foram revelados sobre a vida dos reis da idade de ouro do Egito".</body>

Khaled Desouki/AFP/Getty Images

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'Cidade de ouro perdida' de 3 mil anos é descoberta no Egito

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Imagem de Meteoro que extinguiu dinossauros deu origem à floresta amazônica no tecmundo

O novo estudo propõe que as atuais florestas tropicais podem ter sido uma consequência da colisão do asteroide que exterminou os dinossauros

A origem da Amaz&ocirc;nia, assim como das florestas tropicais modernas, pode ser uma consequ&ecirc;ncia do impacto do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211123-nova-teoria-indica-origem-asteroide-fim-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grande asteroide que caiu na Terra</a> no final do per&iacute;odo Cret&aacute;ceo e extinguiu os dinossauros. A conclus&atilde;o &eacute; de um estudo publicado na semana passada (2), na revista Science.
Segundo os cientistas, antes de o terr&iacute;vel b&oacute;lido de 12 km de largura atingir a pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico, as florestas tropicais da Am&eacute;rica do Sul eram constitu&iacute;das por um tipo de vegeta&ccedil;&atilde;o muito diferente da exuber&acirc;ncia de plantas com flores agora existente. A floresta era &ldquo;um dossel aberto com muitas samambaias, muitas con&iacute;feras e dinossauros&rdquo;, diz um autor do estudo, Carlos Jaramillo.
Jaramillo e seus colegas do Smithsonian Tropical Research Institute analisaram dezenas de milhares de amostras de p&oacute;len f&oacute;ssil e folhas encontradas na Col&ocirc;mbia, que datavam da &eacute;poca do per&iacute;odo Cret&aacute;ceo imediatamente anterior &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118339-cratera-de-kaali-o-local-formado-por-um-meteoro.htm" target="_blank">colis&atilde;o do asteroide</a>, e outras amostras do per&iacute;odo Paleoceno, posteriores &agrave; queda do asteroide. &nbsp;
<h2>Por que o impacto do asteroide deu origem &agrave; floresta tropical atual?</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/05/05150338948186.jpg" alt="Fonte: Davide Bonadonna/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: Davide Bonadonna/Reprodu&ccedil;&atilde;o
A pesquisadora-l&iacute;der do projeto, dra. M&oacute;nica Carvalho, explicou &agrave; BBC&nbsp;que, ap&oacute;s examinar mais de 50 mil registros de p&oacute;len f&oacute;ssil e mais de 6 mil f&oacute;sseis de folhas, de antes e depois do impacto, a equipe passou a trabalhar com tr&ecirc;s hip&oacute;teses diferentes.
A primeira delas prop&otilde;e que os enorme saur&oacute;podes herb&iacute;voros, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204594-terra-teria-ajudado-asteroide-destruir-dinossauros-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aqueles dinossauros pesco&ccedil;udos</a> que vemos nos filmes, poderiam ter impedido que as florestas da &eacute;poca se tornassem muito densas, alimentando-se ou pisoteando as plantas que cresciam nos n&iacute;veis mais baixos.
Uma segunda explica&ccedil;&atilde;o diz respeito &agrave;s cinzas que ca&iacute;ram do c&eacute;u depois do impacto. Segundo os pesquisadores, esses res&iacute;duos podem ter funcionado como uma esp&eacute;cie de fertilizante para criar um solo rico em nutrientes. Esse fato permitiu que a floresta se recuperasse nos seis milh&otilde;es de anos seguintes.
A terceira hip&oacute;tese tamb&eacute;m se refere &agrave; substitui&ccedil;&atilde;o de esp&eacute;cies: a extin&ccedil;&atilde;o particular das con&iacute;feras, que deixavam &aacute;reas abertas e iluminadas pelo sol, criaram oportunidade para plantas com flores (angiospermas) tomarem o seu lugar. A partir da&iacute;, as copas das &aacute;rvores se tornaram mais espessas, reduzindo a quantidade de luz solar que chegava no solo.
<h2>Import&acirc;ncia da pesquisa</h2>
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/05/05150837358191.webp" alt="Fonte: Pexels" />Fonte: Pexels
Para a paleontologista Elena Stiles, da Universidade de Washington, em Seattle nos EUA, que n&atilde;o participou da pesquisa, a import&acirc;ncia deste estudo &eacute; fornecer uma explica&ccedil;&atilde;o abrangente do que pode ter acontecido nos ecossistemas tropicais logo ap&oacute;s a extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros. At&eacute; ent&atilde;o, afirmou ela &agrave; revista Science, os estudos se limitavam &agrave;s florestas da Am&eacute;rica do Norte e, no m&aacute;ximo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/214897-dinossauro-descoberto-argentina-maior-predador-epoca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&agrave; Patag&ocirc;nia</a>.
O estudo tamb&eacute;m responde &agrave; quest&atilde;o b&aacute;sica sobre "de onde vem toda essa diversidade" de esp&eacute;cies, pergunta que, conforme Stiles, era justificada pelo clima do continente ou seu isolamento de outras regi&otilde;es. Portanto, colocar o evento de extin&ccedil;&atilde;o como um dos mecanismos que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177707-meteoro-dizimou-dinossauros-outro-trouxe-vida-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moldaram esse importante ecossistema</a>" &eacute; realmente interessante", diz a paleontologista.
Em alguns lugares estudados, afirmou Carlos Jaramillo, foi poss&iacute;vel observar "como essa floresta que levou 66 milh&otilde;es de anos para ser formada acabou em um dia". Essa <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204415-amazonia-aproxima-ponto-nao-se-recuperar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">taxa de desmatamento</a> impressiona, diz ele, porque o estudo mostra a quantidade absurda de tempo que leva para reconstruir uma floresta com tal diversidade.

Jarnoverdonk

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Meteoro que extinguiu dinossauros deu origem à floresta amazônica

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Imagem de Cientistas descobrem meteoro que acertou Antártida há 430 mil anos no tecmundo

Evidências apontam que asteroide explodiu antes de impacto com o solo e pode ajudar estudos de incidentes similares

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Kent, no Reino Unido, descobriu evid&ecirc;ncias sobre um meteorito que explodiu na regi&atilde;o da Ant&aacute;rtida h&aacute; 430 mil anos.
Liderados pelo professor Matthias van Ginneken, os cientistas encontraram as evid&ecirc;ncias necess&aacute;rias ap&oacute;s coletar materiais no cume do monte Walnumfjellet, que fica na regi&atilde;o de Queen Maud Land, no leste da Ant&aacute;rtida.
De acordo com o estudo, o asteroide de at&eacute; 100 metros de di&acirc;metro teria explodido em pleno ar antes de entrar em contato com o solo &mdash; algo relativamente comum, mas que deixa poucos tra&ccedil;os. O evento teria sido de "m&eacute;dio impacto", sem qualquer presen&ccedil;a humana, mas provavelmente assustando a fauna local.
<h2>Encontrando pistas</h2>
A pesquisa de van Ginneken envolveu analisar a composi&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica de rochas encontradas na regi&atilde;o, possivelmente resultantes da explos&atilde;o do meteorito.
As part&iacute;culas coletadas t&ecirc;m entre 100 e 300 micr&ocirc;metros e possuem uma alta quantidade de n&iacute;quel, o que &eacute; comum em corpos celestes que caem na Terra, al&eacute;m de um is&oacute;topo de oxig&ecirc;nio da regi&atilde;o, sugerindo contato com o gelo da regi&atilde;o. Essa mistura n&atilde;o &eacute; comum nem aos materiais nativos do solo nem em asteroides que colidem com a Terra, indicando que o sedimento foi formado por um processo de explos&atilde;o em pleno ar.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/04/04225244627009.jpg" alt="Alguns dos fragmentos coletados e analisados pelos pesquisadores." />Alguns dos fragmentos coletados e analisados pelos pesquisadores.
Entretanto, nem todas as respostas foram encontradas: ainda n&atilde;o se sabe o motivo de o asteroide ter explodido ao cair em vez de deixar uma cratera no solo. Eventos do tipo acontecem quando a pedra, que est&aacute; em alta temperatura, tinha rachaduras em sua composi&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o suporta a alta press&atilde;o ao entrar na atmosfera e &eacute; vaporizada. Os destro&ccedil;os se espalham sem grandes danos &agrave; terra.
Esse fen&ocirc;meno de explos&atilde;o &eacute; tido como prov&aacute;vel explica&ccedil;&atilde;o para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114689-meteoro-que-atingiu-a-siberia-pode-ter-apenas-ralado-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que aconteceu na regi&atilde;o de Tunguska</a>, na Sib&eacute;ria, em 1908, quando um meteoro devastou a floresta local.
<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/04/04225543520010.jpg" alt="O local da queda e onde as amostras de sedimento foram coletadas." />O local da queda e onde as amostras de sedimento foram coletadas.
As conclus&otilde;es do estudo ainda sugerem que impactos de m&eacute;dio porte como esse deve ser melhor estudados, inclusive para preparar o planeta para eventuais quedas do tipo. Metodologias similares tamb&eacute;m podem ser aplicadas para detectar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116577-asteroide-meteoro-ou-cometa-conheca-as-diferencas-entre-eles.htm" target="_blank">quedas de asteroides</a> em outros pontos do planeta t&atilde;o antigas quanto a agora registrada.
O estudo completo pode ser lido <a href="https://advances.sciencemag.org/content/7/14/eabc1008" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na revista Science Advances</a>.

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Cientistas descobrem meteoro que acertou Antártida há 430 mil anos

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Imagem de Dinossauro descoberto na Argentina foi o maior predador da época no tecmundo

O Llukalkan aliocranianus tinha 5 metros de comprimento, dentes superafiados e uma mordida extremamente poderosa

<head></head><body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211870-titanossauro-antigo-mundo-encontrado-argentina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas argentinos</a> encontraram no sul daquele país uma nova espécie de dinossauro bípede carnívoro, batizado como Llukalkan aliocranianus, termo que, na língua dos índios mapuches, significa “aquele que causa medo”. Para fazer jus ao nome, os pesquisadores afirmam que a criatura estava “provavelmente entre os principais predadores” da sua época.Descrito em um artigo publicado hoje (1º) na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology, o dinossauro, com cerca de 80 milhões de anos, tinha um crânio esquisito, mas que pode ter lhe dado algumas vantagens especiais em relação aos seus “primos” tiranossauros do hemisfério norte.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/01/01141706468285.jpg" alt="Fonte: Gianechini et al./Divulgação">Fonte: Gianechini et al./DivulgaçãoEsse crânio diferente era curto e com ossos ásperos, o que dava à cabeça do dinossauro algumas protuberâncias e proeminências como as existentes em alguns répteis com chifres atuais. A conformação craniana sugere, segundo o artigo, que a espécie possuía uma audição bem melhor do que a de outros abelissauros, e semelhante aos atuais crocodilos.Com um focinho um pouco atrofiado, mas com dentes afiados e uma “mordida extremamente poderosa”, o Llukalkan atingia cinco metros de comprimento. Embora bem menor que o mundialmente conhecido <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204944-fossil-t-rex-vendido-us-31-8-milhoes-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tyrannosaurus rex</a>, que chegava aos 12 metros, a espécie recém-descoberta contava, além da audição, com um olfato extremamente apurado.<h2>Por que essa descoberta é importante?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/01/01143618936310.jpg" alt="Fonte: Federico Gianechini/Reprodução">Fonte: Federico Gianechini/ReproduçãoPrincipal autor do estudo, o paleontólogo Federico Gianechini afirmou em comunicado que a descoberta é “particularmente importante” porque sugere uma abundância desses abelissaurídeos, não apenas na Patagônia, em um período de decadência dos dinossauros.Os abelissaurídeos constituíam uma família dominante de dinossauros terópodes (pés com três dedos), com porte entre cinco a nove metros, que habitavam na Patagônia e outras áreas do supercontinente chamado de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152087-lagarto-pre-historico-brasil-ganha-nome-homenagem-senhor-aneis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gondwana</a>, que agregava África, Índia, Antártida, Austrália e América do Sul.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ezequiel Vera&nbsp;" data-fonte-url="https://4.bp.blogspot.com/-p0G6EMSTghU/VvNm8lvgM1I/AAAAAAAAzwo/vmjHGaVaAZAcnACBwPcPiK6M9Xan-4Esg/w1200-h630-p-k-no-nu/Viavenator_exxoni-novataxa_2016-Filippi"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/04/01/01142617152295.jpg" alt="Viavenator Exxoni (Fonte: Ezequiel Vera/Reprodução)">Viavenator Exxoni (Fonte: Ezequiel Vera/Reprodução)O Llukalkan aliocranianus, cujos restos fósseis foram encontrados a cerca de 700 metros da formação conhecida como Bajo de la Carpa, na Argentina, próximo ao depósito de fósseis de La Invernada, teria convivido com outro abelissauro também localizado no mesmo lugar: o Viavenator exxoni, um braquirostrano que possibilitou a identificação do clado (grupo com ancestral comum) Furileusauria.Sem entrar nos detalhes dos estilos de vida dos dois dinossauros, Gianechini explica que ambos os vestígios fósseis sugerem que esses abelissauros estavam em franca expansão, que ocorreu pouco antes da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207014-dinossauros-dominar-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção total dos demais dinossauros</a>. Isso levar a crer que podem ainda existir muitos outros animais ainda não encontrados. “Por isso continuamos à procura de outras espécies”, concluiu o paleontólogo.</body>

Jorge Blanco

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Dinossauro descoberto na Argentina foi o maior predador da época

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Imagem de Cratera de meteoro mais velha do mundo é contestada por novo estudo no tecmundo

Os pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, concluíram que a cratera é uma depressão causada pelas placas tectônicas durante eras

<head></head><body>O medo de que um meteorito ou um cometa possa colidir com a Terra, como aquele objeto celeste que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211123-nova-teoria-indica-origem-asteroide-fim-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exterminou os dinossauros</a> há 66 milhões de anos, sempre habitou o imaginário popular e também a problemática em diversos estudos científicos.Por isso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/100319-7-crateras-espetaculares-que-foram-formadas-pelo-impacto-de-meteoritos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as crateras de impacto</a>, espécie de impressão geológica que ocorre quando um objeto menor do espaço colide com um maior, no caso a Terra, têm sido estudadas por cientistas do mundo inteiro. Nesse sentido, em 2012, um estudo publicado na revista Earth and Planetary Science Letters localizou a cratera de impacto mais antiga da Terra na região de Maniitsoq, na Groenlândia.Porém, um estudo publicado na mesma revista no início deste mês (1º) contesta essa pesquisa, afirmando até que a depressão de 100 km da Groenlândia não é nem mesmo uma cratera, e que a formação geológica de cerca de 3 bilhões de anos seria resultado da ação de força naturais.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/24/24154017898272.jpg" alt="Estrutura de de Maniitsoq (Fontes: University of Waterloo/Reprodução)">Estrutura de de Maniitsoq (Fontes: University of Waterloo/Reprodução)<h2>As duas versões da cratera de Maniitsoq</h2>Quando em 2012 o geólogo Adam Garde, do Geological Survey of Denmark and Greenland, pesquisou com sua equipe a gigantesca cratera localizada 55 km a sudeste da cidade de Maniitsoq, na Groenlândia, concluiu que ela foi produzida pelo impacto de um meteoro, e afirmou que se tratava do primeiro caso do tipo ocorrido na Terra.O autor do novo estudo, Chris Yakymchuk, geólogo da Universidade de Waterloo, no Canadá, afirmou ao site Live Science que uma extensa pesquisa conduzida na região não revelou qualquer vestígio microscópico de deformação de choque, que é uma característica “encontrada em quase todas as outras crateras de impacto".Por isso, o estudo atual concluiu que as relações de campo são inconsistentes com uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/98910-descubra-quais-sao-7-das-maiores-crateras-de-impacto-que-existem-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cratera de impacto circular</a>, e sugere "que a estrutura na região é o produto do movimento, deformação e aquecimento das placas tectônicas antigas ao longo de centenas de milhões de anos". Mas Adam Garde não concorda&nbsp;<h2>Por que Maniitsoq não é uma cratera de Impacto?</h2><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/24/24155450363289.jpg" alt="Fonte: Chris Yakymchuk et al./Divulgação">Fonte: Chris Yakymchuk et al./DivulgaçãoO principal argumento de Garde e seus colegas para garantir que Maniitsoq é um cratera de impacto foi a estrutura das rochas centrais. Na pesquisa de 2012, eles escreveram que a profundidade desses agregados sólidos e a forma com que foram forçados para dentro do solo só poderia ser justificada pelo impacto de um meteorito.Yakymchuk reconheceu na entrevista ao Live Science que, “com os dados que eles dispunham na época”, essa explicação era aceitável. Mas, ao coletar mais dados, utilizando tecnologia recente, a equipe chegou com a “mente aberta” para descobrir e apresentar novas evidências contra a teoria do impacto. &nbsp;A principal delas veio da análise de <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/42264-cientistas-confirmam-ter-encontrado-particula-mais-antiga-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristais de zircônio</a>, pequenas estruturas desse metal, extremamente duráveis sob a forma de silicato. Após examinar atentamente as estruturas de cerca de 5 mil desses pequenos grãos, a equipe não localizou nenhum sinal, como possíveis fraturas internas, indicando qualquer tipo de impacto.<h2>A réplica dos defensores da teoria do impacto</h2>Após a apresentação dos elementos da nova pesquisa, Adam Garde continua defendendo o seu ponto de vista de 2012, admitindo que “ficaria feliz em mudar minha interpretação”, caso os novos estudiosos do assunto apresentassem uma explicação física alternativa convincente para o formato da parte central da estrutura, cujas observações não foram discutidas no estudo atual.Quanto aos cristais de zircônio, ele entende que eles não podem ser tomados como fonte confiável, quando se considera a antiguidade da cratera, que pode ter apagado as evidências de um impacto através de processos geológicos de longa data.&nbsp;Seja qual for o resultado do debate, o Banco de Dados de Impacto da Terra considera que a estrutura Yarrabubba, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116241-mineradores-descobrem-cratera-de-100-milhoes-de-anos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">na Austrália Ocidental</a>, é hoje a cratera mais antiga do mundo.</body>

Getty Images

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Cratera de meteoro mais velha do mundo é contestada por novo estudo

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Imagem de Pergaminho bíblico de quase 2 mil anos é encontrado em Israel no tecmundo

Além disso, arqueólogos se depararam com moedas também da época da Revolta de Barcoquebas, uma criança mumificada de 6 mil anos e uma cesta de aproximadamente 10 milênios de idade; entenda

<head></head><body>Arqueólogos israelitas anunciaram, nessa semana, a descoberta de fragmentos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/73045-pergaminho-hebraico-de-1-500-anos-e-decifrado-gracas-a-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pergaminho bíblico</a> de aproximadamente 1.900 anos na Caverna do Horror, localizada no Deserto da Judeia.&nbsp;O local é famoso por 40 esqueletos humanos encontrados na década de 1960, que morreram de fome durante a Revolta de Barcoquebas, rebelião de judeus contra o Império Romano ocorrida no período de 132 a 135 depois de Cristo. De acordo com antigos escritores, o evento teria dizimado mais de 500 mil pessoas.No documento, pode-se ler passagens em grego dos livros de Zacarias e Naum, ambos do Velho Testamento, explica um comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) publicado na última terça-feira (16).&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/17/17202952291066.webp" alt="Imagem dos fragmentos encontrados.">Imagem dos fragmentos encontrados.Na Bíblia Hebraica, os manuscritos fazem parte de um livro de 12 profetas menores. Ainda segundo a entidade, esta é a primeira vez em 60 anos em que projetos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115791-tesouro-de-moedas-de-ouro-de-24-quilates-e-encontrado-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escavações arqueológicas</a> científicas se depararam com algo do tipo, não envolvidos com saques ou procedimentos ilegais."Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas. E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio – diz o Senhor", apresenta um dos trechos, originado de Zacarias 8:16 – 17.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/17/17203628966068.webp" alt="Equipe envolvida na descoberta.">Equipe envolvida na descoberta.<h2>Achados milenares</h2>Há quem considere que os artefatos pertençam à coleção <a href="https://www.tecmundo.com.br/historia/13699-google-digitaliza-os-pergaminhos-do-mar-morto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pergaminhos do Mar Morto</a>, composta de milhares de fragmentos de cerca de 900 textos encontrados nas décadas de 1940 e 1950 em cavernas próximas à "ruína da mancha cinzenta", apelido de um sítio arqueológico na Cisjordânia, batizado de Qumran.&nbsp;Entretanto, a IAA, que desde 2017 realiza uma campanha para evitar pilhagens e retomar antiguidades, contesta a atribuição, ressaltando a distância entre os locais."Os fragmentos de pergaminho recém-descobertos são um alerta para o Estado. Os recursos devem ser alocados para a conclusão desta operação historicamente importante. Devemos garantir que recuperemos tudo o que não foi catalogado nas cavernas antes que os ladrões o façam", defende Israel Hasson, diretor da instituição.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/17/17202817947065.webp" alt="Caverna escondia outras surpresas.">Caverna escondia outras surpresas.Por fim, além da bíblia milenar, havia uma criança <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149657-cientistas-recriaram-voz-mumia-3-mil-anos-confira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificada</a> de 6.000 anos dentro da mesma caverna. Com idade estimada de 6 a 12 anos, a suposta menina foi enterrada em uma fossa rasa, sugere uma análise de uma tomografia computadorizada dos restos mortais.&nbsp;Aliás, estavam por lá moedas carimbadas com imagens de símbolos judaicos, incluindo uma harpa e uma tamareira, também da época da Revolta de Barcoquebas.Completando o tesouro, os cientistas explicam que, em um complexo separado, se encontrava o que pode ser a cesta completa mais antiga do mundo, com cerca de 10.500 anos de idade.<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/17/17203111151067.webp" alt="Esta pode ser a cesta inteira mais antiga do mundo.">Esta pode ser a cesta inteira mais antiga do mundo.</body>

Reprodução

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Pergaminho bíblico de quase 2 mil anos é encontrado em Israel

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Imagem de Encontrado meteorito vulcânico mais antigo do que a própria Terra no tecmundo

Rocha possui 4,565 bilhões de anos, acumulando cerca de 2 milhões de anos a mais do que planeta Terra

Pesquisadores identificaram um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206341-meteorito-caiu-mg-pedaco-gigante-asteroide-vesta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteorito&nbsp;</a>cerca de 2 milhões de anos mais antigo do que o planeta Terra. A rocha foi encontrada no ano passado em meio ao deserto do Saara, na Argélia, e teve sua estrutura analisada por uma equipe de cientistas franceses e japoneses. Segundo os resultados do estudo, o meteorito se formou durante as primeiras eras do Sistema Solar.A equipe identificou que sua formação ocorreu por processos vulcânicos e levou pelo menos 100 mil anos para resfriar e endurecer. Devido a isso, o palpite é que a rocha seja um fragmento de um protoplaneta que foi destruído antes de se estabilizar.&nbsp;<h2>Composição rara</h2>Nomeado Erg Chech 002 (ou EC 002), o meteorito possui uma composição bastante curiosa e rara. Embora a maioria dos meteoritos de origem vulcânica encontrados na Terra sejam feitos de basalto, ele é constituído por andesito. Essa rocha se concentra nas zonas de subducção, ou seja, onde as placas tectônicas colidiram e uma foi empurrada para baixo da outra.&nbsp;<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/09/09090116710030.jpg" alt="a"> <a class="fonte_imagem" href="https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=meteorito-vulcanico-mais-antigo-terra&id=020130210309#.YEdaG2hKjIU">&nbsp;A. Irving/Reprodução&nbsp;</a></figure>Por ser muito antiga, ela guarda informações importantes sobre o processo de formação do planeta. Apesar disso, ao cruzar os dados dos elementos que compõem o EC 002 e as informações disponíveis para asteroides, a equipe não encontrou nada que correspondesse à composição do meteorito."Este meteorito é a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206216-meteorito-revela-havia-agua-marte-que-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rocha magmática</a> mais antiga analisada até hoje e lança luz sobre a formação das crostas primordiais que cobriam os protoplanetas mais antigos," escreveram os cientistas.<h2>Meteorito mais antigo já descoberto</h2>Ao analisar os isótopos de alumínio e magnésio presentes no EC 002, o pesquisador Jean-Alix Barrat e seus colegas descobriram que os dois minerais se cristalizaram há cerca de 4,565 bilhões de anos. Considerando que a idade estimada da Terra é de 4,540 bilhões de anos, o meteorito ganha no quesito idade.Essa é a primeira vez que os geólogos têm uma rocha tão antiga para estudar, o que indica que novas descobertas acerca deste meteorito serão publicadas ao longo dos próximos anos.

Sputinik Brasil/Reprodução

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Encontrado meteorito vulcânico mais antigo do que a própria Terra

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Imagem de Núcleo interno da Terra pode ser, na verdade, dois em um no tecmundo

Cristais de ferro na parte mais exterior do coração do planeta foram retorcidos por evento cataclísmico, há 4,6 bilhões de anos

<head></head><body>Para quem se lembra das aulas de geografia na escola, a Terra é dividida em camadas: a mais externa é a atmosfera, seguida de crosta, manto, núcleo externo e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177155-1-bi-anos-nucleo-terra-jovem-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">núcleo interno</a>. Pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália (ANU) anunciaram agora que essa estrutura vai precisar ser corrigida, frente aos indícios de que, no interior do planeta, haveria um terceiro núcleo.&nbsp;"Encontramos evidências que podem indicar uma mudança na estrutura do ferro no <a href="https://www.tecmundo.com.br/novidade/16856-nucleo-da-terra-pode-ser-diferente-de-tudo-o-que-ja-se-viu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interior da Terra</a>, o que sugere talvez dois eventos separados de resfriamento na história do planeta", disse autora principal do estudo, a sismóloga e geofísica matemática Joanne Stephenson.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/04/04204141586470.jpg" alt="."> <a class="fonte_imagem" href="https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/rendering-3d-inner-structure-earth-scientific-785502640">&nbsp;Shutterstock/Reprodução&nbsp;</a></figure>Em 2015, uma equipe de pesquisadores das universidade de Illinois (EUA) e Nanjing (China) analisou ecos de terremotos e descobriu que os cristais de ferro do centro e os da parte externa do núcleo interno têm estruturas muito diferentes: enquanto os do interior (ocupando cerca de metade do diâmetro da estrutura) apontam na direção leste-oeste, aqueles no limite com o núcleo externo estavam alinhados norte-sul.Não apenas o arranjo geológico é diferente: o comportamento das duas partes que compõem o núcleo interno também não é igual – o que os pesquisadores consideraram uma evidência de que o material também não é o mesmo.<h2>Mudanças drásticas</h2>"O fato de termos duas regiões distintas pode nos dizer algo sobre como o núcleo interno está evoluindo. Ao longo da história da Terra, ele pode ter sofrido mudanças drásticas ao se formar, e esse processo seria a chave de como o planeta evoluiu", disse à época, em comunicado, um dos autores do estudo, o geólogo Xiaodong Song.A mudança durante a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formação do núcleo terrestre</a>, há 4,6 milhões de anos, foi um período turbulento e que deixou marcas profundas no interior do planeta, conforme revelou o estudo de 2015.<div style="position:relative; padding-bottom:calc(56.25% + 44px);"><iframe src="https://gfycat.com/ifr/SafeImaginaryAiredaleterrier" scrolling="no" style="position:absolute;top:0;left:0;" allowfullscreen="" width="100%" height="100%" frameborder="0"></iframe></div>"Os pesquisadores notaram diferenças na forma como as ondas sísmicas viajam pelas partes externas do núcleo interno e seu interior, mas nunca antes fora sugerido que o alinhamento do ferro cristalino que compõe esta região é completamente torto, em comparação com as partes externas", disse o geólogo Simon Redfern, da Universidade de Cambridge, em entrevista à BBC News.Para o cientista, que não participou do estudo, “se isso for verdade, implicaria que algo muito substancial aconteceu para inverter a orientação do núcleo, modificando o alinhamento dos cristais de ferro para o sentido norte-sul". Ele acrescentou que o estudo é fundamental para entender o que acontecerá com o planeta em bilhões de anos, já que o núcleo da Terra está crescendo a uma taxa de 0,05 mm ao ano.<h2>Terremotos e <a href="http://www.tecmundo.com.br/inteligencia-artificial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IA</a></h2>O próximo passo foi conseguir evidências da diferenciação do núcleo interno pelos cientistas da ANU, envolvidos em uma pesquisa que trata especificamente do interior da Terra. Em 2018, o grupo voltou às ondas sísmicas e comprovou que o núcleo terrestre é sólido e, ao mesmo tempo, mais macio do que se imaginava, o que significa que ele pode se deformar mais facilmente.&nbsp;<img src="https://tm.ibxk.com.br/2021/03/04/04211246407476.jpg" alt="O eco de ondas sísmicas tem sido usado para investigar o núcleo da Terra.">O eco de ondas sísmicas tem sido usado para investigar o núcleo da Terra.Ecos de terremotos também foram empregados na pesquisa de Stephenson, com uma ajuda a mais: “A ideia de outra camada distinta foi proposta há décadas, mas todas as pesquisas em relação a isso sempre retornaram dados não eram muito claros. Conseguimos contornar isso usando um algoritmo de busca muito inteligente, treinado para vasculhar milhares de modelos do núcleo interno”, disse ela.Apesar das evidências, ainda não se sabe o que causou essa separação nas entranhas do planeta. "Os detalhes deste grande evento ainda são <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154182-estruturas-inesperadas-nucleo-terra-detectadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um pouco misteriosos</a>, mas adicionamos outra peça do quebra-cabeça quando se trata de nosso conhecimento do núcleo interno da Terra."</body>

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Núcleo interno da Terra pode ser, na verdade, dois em um

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