Algoritmos do Twitter favorecem conteúdos políticos de direita
22/10/2021 - 10:30•1 min de leitura
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Recentemente, o Twitter realizou um estudo para analisar os algoritmos e entender se existe algum viés político na rede social. A companhia descobriu que a combinação de usuários na plataforma pode, sim, criar favorecimento: dessa vez, no espectro da direita.
Há alguns meses, a empresa revelou estar estudando o algoritmo para entender se ele poderia causar danos ou contribuir com injustiças. Assim, ao analisar milhões de tuítes publicados entre 1 de abril e 15 de agosto de 2020, os especialistas da companhia perceberam que os algorítimos amplificavam o movimento de alguns grupos políticos mais do que outros.
O estudo descobriu que 6 países tiveram conteúdos políticos de direita amplificados com mais alcance na plataforma — o problema é que apenas 7 nações foram analisadas no estudo. O Twitter também pesquisou se os algorítimos favorecem veículos de notícias com foco em política e chegou na mesma conclusão: os conteúdos de direita obtiveram mais alcance que publicações de esquerda na rede social.
Investigando a raiz do problema
“Nesse estudo, identificamos o que está acontecendo: determinado conteúdo político é amplificado na plataforma. Estabelecer porque esses padrões observados ocorrem é uma questão significativamente mais difícil de responder, pois é um produto das interações entre as pessoas e a plataforma”, revelou o diretor de engenharia de software do Twitter, Rumman Chowdhury.
Here’s what’s complex: The team did phenomenal work identifying *what* is happening. Establishing *why* these observed patterns occur is a significantly more difficult question to answer and something META will examine.
— Rumman Chowdhury (@ruchowdh) October 21, 2021
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Apesar de a companhia perceber o favorecimento de publicações com viés político de direita, a empresa disse entendeu o que está acontecendo. Por isso, os especialistas vão continuar analisando dados para tentar entender quais mudanças são necessárias para criar uma rede social mais justa.
Especialista em Redator
Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.