Bill Gates culpa redes sociais pelas fake news sobre a covid-19
28/07/2020 - 14:00•2 min de leitura
Fonte: Pixabay
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Em entrevista ao canal CNBC, nesta terça-feira (28), o cofundador da Microsoft Bill Gates disse que as notícias falsas tendem a se espalhar mais rapidamente do que a verdade nas redes sociais, facilitando a disseminação de teorias da conspiração, principalmente em relação à pandemia do novo coronavírus.
Para ele, é bem claro que os fatos reais são difundidos mais lentamente em comparação com as fake news, nas plataformas de mídias sociais. Isso dificultaria a tomada de ações do Facebook, Twitter e demais serviços do tipo, que não conseguem encontrar um equilíbrio entre as publicações dos usuários.
Na conversa com o apresentador Andrew Ross Sorkin, Gates comentou ainda que algumas empresas utilizam a tecnologia como desculpa para não intervir na propagação de conteúdos inverídicos em suas redes e se eximir de qualquer responsabilidade. O exemplo citado por ele foi a criptografia das mensagens no WhatsApp.
Alvo de teorias da conspiração, Gates está financiando a produção de vacinas contra covid-19.
“Para não ter nenhuma responsabilidade, eles tornaram isso opaco. Você sabe, sejam quais forem os problemas, anti-vacina, pornografia infantil, eles garantiram que não poderiam intervir nessas coisas”, se referindo ao app de mensagens pertencente ao Facebook.
Crítica a Elon Musk
Outro ponto abordado na entrevista foram os comentários controversos do CEO da Tesla e da SpaceX Elon Musk a respeito da doença causada pelo novo coronavírus. Em algumas ocasiões, ele usou as redes sociais para criticar as determinações de isolamento social para evitar a disseminação da covid-19 e sugerir que havia um excesso na contagem de mortes nos Estados Unidos, entre outras coisas.
Sobre isso, Gates disse o o seguinte: “Ele (Musk) não está muito envolvido em vacinas. Ele faz um ótimo carro elétrico. E seus foguetes funcionam bem. Então, ele tem permissão para dizer essas coisas. Espero que ele não confunda áreas em que não está envolvido demais”, finalizou.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.