Após processo por substância tóxica, Apple garante que Apple Watch é seguro
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
24/01/2025 - 11:06•2 min de leitura
A Apple se manifestou oficialmente sobre uma polêmica envolvendo as pulseiras do Apple Watch. A companhia foi alvo de um processo coletivo que acusa a fabricante de usar materiais tóxicos nos relógios inteligentes, o que poderia gerar prejuízos a saúde dos usuários.
Além de rejeitar as acusações e citar que todos os produtos passam por testes de nível de presença dessas substâncias, a empresa alega que age continuamente para remover "produtos químicos potencialmente danosos" dos seus produtos e de processos de fabricação. Veja abaixo o comunicado da companhia:
"Pulseiras do Apple Watch são seguras para usuários usarem. Em adição aos nossos próprios testes, nós também trabalhamos com laboratórios independentes para conduzir testes rigosos e análises de materiais que usamos em nossos produtos, incluindo pulseiras do Apple Watch", diz a nota.
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Até o momento, nem a companhia ou os responsáveis pela ação judicial detalharam quais seriam os modelos de Apple Watch potencialmente perigosos. Outras empresas também foram acusadas no processo, como a Nike, e ainda não se manifestaram sobre o caso.
Qual a polêmica com as pulseiras do Apple Watch?
A ação judicial coletiva que gerou o debate sobre as pulseiras do Apple Watch partiu de um estudo publicado pela Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, pulseiras de fluoroelastômero da Maçã tinha níveis elevados de ácido perfluorohexanoico (PFHxA), uma substância potencialmente tóxica se absorvida pelo corpo em contato direto com a pele — algo que acontece naturalmente durante o uso, potencializado por causa de suor e água.
A pesquisa não chegou a medir níveis presentes da PFHxA em voluntários e nem lista potenciais danos à saúde, pois eles não foram detectados na prática até o momento. Ainda assim, como o risco existe, a indicação é preferir pulseiras de materiais como o silicone.
Segundo o site MacRumors, a própria Apple confirmou que a começaria descontinuar o uso da substância a partir do fim de 2022. Porém, o processo era desde aquela época considerado gradual e demorado, por envolver vários desafios a nível de cadeira de produção e desenvolvimento de uma alternativa que não piores o desempenho do aparelho.
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Até agora, o processo não foi analisado nos tribunais dos EUA, mas pode resultar em um julgamento contra a marca.
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
Especialista em Analista
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.