Drex vai ajudar em inclusão financeira e trabalhar com o Pix, diz agência de risco

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

28/01/2025 - 13:302 min de leitura

Drex vai ajudar em inclusão financeira e trabalhar com o Pix, diz agência de risco

A chegada do Drex, o real digital que está em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil, será positiva para o cenário financeiro do país em vários aspectos. Essa é uma das conclusões de um relatório da agência de classificação de crédito e risco Moody's, que publicou comentários sobre a futura implementação do serviço.

Segundo a Moody's, a implementação do real digital, que ainda está prevista para começar em 2025 mesmo após alguns atrasos, vai ajudar na inclusão financeira dos brasileiros — algo que já tem acontecido com o Pix, mas pode aumentar depois do novo projeto. O Brasil é tido pelo estudo como uma das regiões mais avançadas em economia digital, mas com potencial para crescer ainda mais nessa área.

Ainda de acordo com o documento, o Drex vai "pavimentar o caminho" tanto para novos participantes quanto veteranos no setor bancário do Brasil. E ele fará isso a partir de contratos inteligentes e da implementação de uma blockchain voltada para transações totalmente digitais.

O Drex deve ainda "promover inovação e competitividade no sistema financeiro, além de aprimorar o papel do real brasileiro no comércio regional" e "facilitar o oferecimento de produtos financeiros inovadores" sob custos mais baixos de produto e serviço. Na prática, isso deve incluir serviços de crédito, investimento ou até seguro.

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Por fim, a criação ainda pode "incentivar o uso da moeda local em vez de estrangeiras para instituições", o que também reduziria a dependência do país da flutuação de outras economias, como é o caso do dólar. O documento da Moody's sobre o Brasil pode ser lido neste link (em inglês).

O Drex como um complemento do Pix

A Moody's destaca ainda que o Drex vai ampliar capacidades já estabelecidas por outra tecnologia de digitalização bancária já bem sucedida: o Pix, que já há alguns anos oferece transações instantâneas e versáteis para a população.

O formato de pagamento sem taxas para pessoas físicas e a preços acessíveis no caso de empresas é elogiado no relatório por ser "uma alternativa mais acessível" em comparação a métodos como cartões de crédito ou débito e transferências tradicionais. O documento ressalta ainda como ele pode ser feito por vários formatos, sendo ativado até pela leitura de um QR Code.

Apesar de ter sido prejudicado por desinformação a respeito de um falso imposto, o Pix segue como o meio de pagamentos favorito do brasileiro e, segundo o relatório, ajudou a integrar até a população sem uma conta bancária.


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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Fontes