Google deixa de exibir cotação do dólar após novo erro; AGU pedirá informações ao BC
26/12/2024 - 06:50•2 min de leitura
Após o terceiro erro seguido, o Google retirou a cotação do dólar do site de buscas na última quarta-feira (25). No mesmo dia, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que o Banco Central acione Google sobre o engano.
Ontem, o buscador mais famoso do mundo exibia o valor de negociação do dólar em R$ 6,36. Contudo, o mercado de compra e venda não funcionou no feriado de Natal e, portanto, a moeda havia fechado sua cotação em R$ 6,18 no dia 23.
O Google mostrou a cotação errada do dólar durante o Natal, mas retirou a função do ar. (Fonte: GettyImages)
Esta foi a terceira vez que o valor da moeda norte-americana foi exibido com erro ou pelo menos uma imprecisão. O primeiro equívoco aconteceu em novembro, quando o dólar foi exibido a R$ 6,19, sendo que a cotação real era de cerca de R$ 5,67.
Na semana passada, em 17 de novembro, outro erro foi verificado. Enquanto o painel do buscador exibia o valor de R$ 6,15, a cotação real era de cerca de R$ 6,09.
AGU comunicou o BC sobre o engano
Após o erro de ontem, a AGU enviou um ofício para o Banco Central (BC), cobrando por ações da autoridade. No comunicado, a AGU pede para que o BC questione o Google sobre a cotação errada; qual a cotação em outros países; se há outros países com a cotação errada; e se o engano é suficiente para impactar a cotação da moeda na quarta.
A AGU tratará o assunto com um senso de urgência e informou ainda que os dados enviados pelo BC poderão basear uma possível ação da Procuradoria-Geral da União (PGR).
Outro lado
Em comunicado, o Google confirmou a retirada "por ora" do painel de moedas estrangeiras do buscador. Nesta quinta-feira (26), quem pesquisa por termos como "dólar hoje" não mostra a cotação do dia.
“Os dados em tempo real exibidos na Busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros”, diz trecho da nota do Google enviada para o site Metrópoles.
“Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui“, acrescentou a big tech.
Especialista em Redator
Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.