'Taxa das blusinhas' pode ter gerado prejuízo milionário para Correios; entenda

Por Igor Almenara Carneiro

02/12/2024 - 13:161 min de leitura

'Taxa das blusinhas' pode ter gerado prejuízo milionário para Correios; entenda

Fonte: GettyImages

A "taxa das blusinhas" pode ter impactado negativamente no faturamento dos Correios. Entre julho e setembro de 2024, a estatal faturou R$ 200 milhões a menos do que o mesmo período no ano passado.

Nos primeiros nove meses do ano (janeiro a setembro), os Correios registraram R$ 2 bilhões de prejuízo. O número é significativamente maior que 2023, que gerou o saldo negativo de R$ 824 milhões.

Somente no trimestre finalizado em setembro (julho-setembro), o impacto negativo foi de R$ 785 milhões — no ano passado, o trimestre registrou R$ 89 milhões. Durante essa janela, a estatal faturou pouco mais de R$ 1 bilhão em operações cross border (entregas internacionais).

Taxa das blusinhas afetou negativamente no faturamento dos Correios no terceiro trimestre de 2024. (Fonte: GettyImages)
Taxa das blusinhas afetou negativamente no faturamento dos Correios no terceiro trimestre de 2024. (Fonte: GettyImages)

No mesmo trimestre de 2023, os Correios faturaram R$ 1,3 bilhões nas encomendas internacionais. Portanto, há um menor volume de importações. 

Entre janeiro e setembro de 2024, foi registrado R$ 3,1 bilhões em postagens internacionais. No ano passado, o número chegava a R$ 3,3 bilhões no mesmo período. 

Impacto da taxa das blusinhas

A queda mais significativa do terceiro trimestre deve se dar pela aplicação da "taxa das blusinhas". Ela é parte da Lei 14.902/2024 que determina que todas as compras internacionais abaixo de US$ 50 sejam taxadas em Imposto de Importação (II) de 20%.

A legislação começou a valer em 1° de agosto deste ano.

Anteriormente, graças ao Programa Remessa Conforme, produtos de até US$ 50 eram isentos de Imposto de Importação, sendo taxados apenas em ICMS (17% em todo o Brasil).

 


Por Igor Almenara Carneiro

Especialista em Redator

Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.


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