ByteDance estaria planejando usar chips da Huawei em novo modelo de IA
01/10/2024 - 06:33•2 min de leitura
Fonte: Getty Images/Reprodução
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A ByteDance, dona do TikTok, quer usar chips fabricados pela Huawei para o treinamento de um novo modelo de inteligência artificial generativa, conforme revelou a Reuters na segunda-feira (30). Com essa medida, a gigante chinesa não passaria aperto com as sanções impostas pelos Estados Unidos.
Fontes com conhecimento do assunto informaram à agência de notícias que a empresa quer usar o chip Huawei Ascend 910B no desenvolvimento e treinamento de um modelo de linguagem ampla. A plataforma já vem sendo aproveitada pela companhia em tarefas com menor exigência de desempenho computacional.
A ByteDance é a empresa por trás do TikTok.
Mas como a nova IA supostamente terá capacidade e complexidade menos poderosas do que o modelo atual, denominado Doubao, o processador da marca chinesa atenderia aos requisitos, conforme um dos informantes entrevistados. Os projetos mais antigos da big tech usam chips H20 da Nvidia.
Uma outra fonte confirmou à publicação que o novo modelo de IA realmente está a caminho, no entanto disse não saber se o mecanismo terá chips da Huawei. Já o porta-voz da ByteDance, Michael Hughes, negou planos de uma nova IA, enquanto a marca parceira se recusou a fornecer qualquer explicação.
Entregas atrasadas
Mesmo optando por usar processadores de uma fabricante local, a dona do TikTok supostamente está tendo problemas em seus programas de IA. Conforme a reportagem, a empresa recebeu apenas 30% dos chips encomendados à Huawei, atrasando o desenvolvimento dos projetos.
Ela teria solicitado 100 mil chips Ascend 910B em 2023, porém foram enviados cerca de 30 mil até julho deste ano. Desta forma, a empresa ainda não conseguiu definir um cronograma para o lançamento do seu novo modelo de linguagem, de acordo com as fontes.
Lançado em agosto do ano passado, o chatbot Doubao da ByteDance passou por atualizações recentes focadas em vídeo para concorrer com a tecnologia da OpenAI. A ferramenta rapidamente se tornou uma das mais populares entre os chineses, alcançando 10 milhões de usuários ativos mensais.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.
