Oppo fecha subsidiária que fabricava processadores MariSilicon
15/05/2023 - 04:35•2 min de leitura
Fonte: Oppo/Divulgação
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A Oppo confirmou na sexta-feira (12) o encerramento das atividades da Zeku, divisão responsável pela fabricação de chips próprios da marca, pegando o mercado e os funcionários de surpresa. A medida afeta o desenvolvimento da linha de processadores MariSilicon.
Em comunicado, a fabricante chinesa alegou “incertezas na economia global e no mercado de smartphones” para justificar o fechamento da subsidiária, que tinha aproximadamente 3 mil funcionários, conforme estimativas. Ela citou ainda uma “decisão difícil” de ser tomada ao optar pela descontinuidade do negócio.
De acordo com o South China Morning Post, os contratados da Zeku foram avisados sobre o fim das atividades da marca na quinta-feira (11), sendo instruídos a não comparecer mais ao trabalho. Um deles, que não teve o nome revelado, contou que foi impedido de voltar ao escritório para buscar seu notebook.
Dispositivos que já utilizam os processadores MariSilicon não serão afetados pela decisão da marca.
Curiosamente, a unidade que fabricava chips para a Oppo estava em busca de novos contratados há menos de 15 dias, com anúncios de empregos para cargos como engenheiro de arquitetura de processadores e codificadores de software, entre outros. As vagas de emprego seriam preenchidas em Pequim, Xangai e outras cidades da China.
Queda nas remessas
Mesmo encerrando o primeiro trimestre deste ano como a quarta maior fabricante de celulares globalmente, a marca chinesa tem sido afetada pelo declínio no mercado de smartphones nos últimos meses. Em 2022, as remessas da Oppo caíram 22%, chegando a 103 milhões de unidades vendidas.
Isso pode ter contribuído para o encerramento da Zeku, criada em 2019 para desenvolver componentes como o processador de imagem MariSilicon X, que estreou nos telefones da série Find X. No ano passado, a marca lançou o MariSilicon Y, destinado à otimização das transmissões de áudio via Bluetooth.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.
