Pesquisa da Uber mostra importância da plataforma na pandemia
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
17/09/2021 - 07:30•2 min de leitura
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A Accenture realizou uma pesquisa no Brasil para melhor compreender como o trabalho em serviços de transporte, como o que é oferecido pela Uber, mudou desde o início da pandemia da covid-19 e como tem sido a rotina de quem só começou a atuar como motorista no último ano.
Resumidamente, o trabalho foi tido como fonte de renda "essencial" ou "importante" para 81% dos entrevistados, sendo uma fonte alternativa ou principal de finanças na casa. Além disso, 24% dos novos motoristas estavam desempregados antes de entrar na plataforma, enquanto 58% tiveram horas reduzidas ou estavam em processo de desligamento de outra empresa. Mais da metade (57%) relatou ainda que não conseguiu receber ou não cumpria os requisitos do Auxílio Emergencial.
As dificuldades financeiras relatadas se relacionam com a oportunidade no app: 73% concordou com a afirmação de que "trabalhar na plataforma funcionou como uma rede de proteção financeira durante a pandemia" e 87% acha que poderia ter problemas financeiros sem o serviço.
Flexibilidade e dinamismo
Para o estudo, que foi encomendado pela própria Uber, foram entrevistados 4.941 motoristas e entregadores de seis países (Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, França e Reino Unido) entre março e abril de 2021. Os relatos foram cruzados com pesquisas acadêmicas sobre trabalho em plataformas e dados da própria Uber sobre a chegada de novos parceiros no app desde 2019.
Os motoristas e entregadores relataram que foram atraídos para o app pela flexibilidade de horários e o acesso facilitado à renda, fora a possibilidade de interromper o trabalho a qualquer momento — como ao conseguir um novo emprego, por exemplo. Neste caso, 74% dos novos motoristas relataram que o serviço pode ajudá-los a buscar vagas futuras com as habilidades adquiridas no tempo de serviço.
Situação complicada
No total, 76% dos motoristas e entregadores que entraram no app durante a pandemia relatam o serviço como "um trabalho satisfatório".
Vale lembrar, entretanto, que os serviços de transporte também não passam por um bom momento: fatores como o alto preço da gasolina reduziram ainda mais a renda gerada no Brasil, o que até gerou recentemente uma alteração de tarifa por parte das empresas do setor.
Por Nilton Cesar Monastier Kleina
Especialista em Analista
Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.