Alibaba perde receitas com a desaceleração mundial do e-commerce

Por JORGE MARIN

05/08/2021 - 05:001 min de leitura

Alibaba perde receitas com a desaceleração mundial do e-commerce

Fonte:  Shu Zhang/Reuters 

Imagem de Alibaba perde receitas com a desaceleração mundial do e-commerce no tecmundo

O gigante do ecommerce chinês Alibaba, conhecido por comandar o Aliexpress, não conseguiu atingir os resultados previstos pelos analistas financeiros para o primeiro trimestre deste ano, conforme dados publicados pela agência Reuters nesta terça-feira (3). Apesar do incremento das receitas no período, houve uma queda nos lucros em função de pesados investimentos em novos negócios.

Além do aumento da concorrência, com o surgimento de outras empresas no próprio país, como JD.Com e Pinduoduo, também o contexto atual da pandemia da covid-19 impactou o desempenho do comércio eletrônico, a exemplo do que ocorreu com a Amazon nos EUA. Isso porque, com a flexibilização das restrições à movimentação, mais consumidores preferem comprar nas lojas físicas. 

As receitas totais do Alibaba apuradas no trimestre encerrado em junho subiram para 205,74 bilhões de yuans chineses (Remimbis), o equivalente a cerca de R$ 166 bilhões, o que representa um aumento de 34% em relação ao ano anterior, mas abaixo das estimativas de 209,39 bilhões de yuans projetados anteriormente.

Já o lucro líquido atribuível aos acionistas sofreu uma queda, de 47,59 bilhões de yuans no ano passado para os atuais 45,14 bilhões de yuans atuais (R$ 36,4 bilhões).

Resultados das demais empresas do grupo Alibaba

Fonte: Shu Zhang/Reuters/ReproduçãoFonte: Shu Zhang/Reuters/Reprodução

No primeiro trimestre de 2021, o Ant Group, fintech afiliada ao conglomerado Alibaba, registrou um lucro de cerca de 13,5 bilhões de yuans (R$ 10,9 milhões). Com isso, a gigante do ecommerce chinês, que detém cerca de um terço do capital do Ant, registrou lucro de 4,49 bilhões de yuans (R$ 3,6 bilhões) no trimestre encerrado em 30 de junho. 

Mais 16 bilhões de yuans (R$ 13 bilhões) vieram da divisão de computação em nuvem do Alibaba, que cresceu 29% ano a ano. Durante uma teleconferência de resultados com investidores, o CEO da Alibaba, Daniel Zhang, também revelou que a empresa continuaria a monitorar o impacto das mudanças regulatórias em andamento nos negócios da empresa.


Por JORGE MARIN

Especialista em Redator


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