IBM anuncia chip que pode quadruplicar a duração das baterias
13/05/2021 - 10:30•2 min de leitura
Fonte: IBM/Divulgação
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Imagine carregar a bateria do celular a cada quatro dias, em vez de plugá-la à tomada diariamente, se livrando da preocupação com a falta de energia. É o que promete o novo chip de 2 nanômetros de diâmetro desenvolvido pela IBM, revelado na última quinta-feira (6).
O primeiro chip de 2 nm do mundo foi desenvolvido ao longo de quatro anos, utilizando a tecnologia nanosheet. Ele permite adicionar até 50 bilhões de transistores em um componente do tamanho de uma unha, de acordo com a gigante da informática.
Este aumento na quantidade de transistores por chip os torna “menores, mais velozes, confiáveis e eficientes”, segundo a empresa. Além disso, possibilita o lançamento de processadores aprimorados para melhorar os recursos usados em trabalhos relacionados à computação na nuvem, inteligência artificial e criptografia, entre outros.
Chip de 2 nm em uma versão ampliada.
O chip de 2 nm da IBM tem um consumo de energia 75% menor do que os chips de 7 nm usados em celulares como o iPhone 11, Google Pixel 5 e Samsung Galaxy S10. A companhia afirma que ele também foi projetado para melhorar o desempenho dos dispositivos em 45%.
Quando estará disponível?
Além de aumentar a duração da bateria do celular em até quatro vezes, o minúsculo componente traz benefícios para diversos outros dispositivos. Nos computadores, ele é capaz de acelerar o processamento, otimizando tarefas como a abertura de softwares, a tradução simultânea e o acesso à internet.
Os carros autônomos também poderão aproveitar algumas vantagens, melhorando a velocidade do sistema de detecção de objetos. Já nos data centers, responsáveis por 1% do consumo global de energia, a opção pelos processadores de 2 nm reduzirá significativamente o gasto energético.
Mas ainda vai demorar para aproveitar estes e outros benefícios. A expectativa da companhia é de começar a produzir o novo chip entre 2024 e 2025. Os primeiros dispositivos com a tecnologia chegariam ao mercado em seguida.
Especialista em Redator
Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.