YouTube remove vídeo com crianças em testes de carros da Tesla

Por André Luiz Dias Gonçalves

22/08/2022 - 10:302 min de leitura

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O YouTube excluiu um vídeo de teste do sistema Full Self-Driving (FSD) da Tesla no qual crianças eram usadas para verificar a eficiência da tecnologia na prevenção de atropelamentos. A gravação foi feita pelo investidor da montadora, Tad Park, e havia sido postada no domingo (14).

No conteúdo, compartilhado no Twitter após a remoção, Park dirige seu Model 3 em direção a um dos filhos, em uma estrada de São Francisco, nos Estados Unidos. O objetivo era checar a capacidade do sistema de direção autônoma da Tesla de reconhecer a criança e frear o veículo — o teste terminou sem incidentes.

O homem afirma que tem total confiança no software de piloto automático da montadora de Elon Musk. “Estou muito confiante de que ele detectará meus filhos e também estou no controle do volante para poder frear a qualquer momento”, contou o homem na gravação, que teve mais de 60 mil visualizações antes da exclusão.

À CNBC, o YouTube disse que o vídeo foi classificado como conteúdo nocivo e perigoso, violando as políticas de uso do serviço. “Especificamente, não permitimos conteúdo que mostre ou incentive menores em situações prejudiciais que possam levar a lesões, incluindo acrobacias perigosas, desafios ou brincadeiras”, explicou a big tech.

FSD deveria ser proibido, diz especialista

O vídeo postado por Park, que também é CEO da Volt Equity, aparentemente foi uma resposta às críticas feitas pelo especialista em informática Dan O’Dowd. Alguns dias antes, o projeto liderado por ele divulgou um teste no qual um carro com o sistema autônomo ativado atropelava um boneco do tamanho de uma criança.

Segundo O’Dowd, o sistema de assistência de direção da Tesla deveria ser proibido pelas autoridades americanas “até que Elon Musk prove que a tecnologia não vai matar crianças”. Em relação à discussão, a Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA) pediu aos consumidores que não realizem testes por conta própria, principalmente usando pessoas.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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