Youtubers de games tiveram conteúdo roubado e vendido como NFTs

Por Carlos Palmeira

17/01/2022 - 07:002 min de leitura

Youtubers de games tiveram conteúdo roubado e vendido como NFTs

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Imagem de YouTubers de games tiveram conteúdo roubado e vendido por NFTs no tecmundo

Vários youtubers de gamers notaram, nos últimos dias, que as imagens utilizadas por eles em seus canais foram roubadas e estão sendo vendidas sem autorização em formato de tokens não fungíveis (NFT) na internet. Além das fotos, os próprios canais foram colocados à venda em uma loja online chamada OpenSea, que abriga esse tipo de tokens.

Dentre os produtores de conteúdos afetados está Jim Caddick, conhecido como “Caddicarus”, que falou sobre a situação no Twitter durante o último final de semana. Ele tem 915 mil inscritos no YouTube e fala principalmente sobre jogos antigos e nostálgicos.

“Pelo menos se você roubou minhas m*** e tentou vendê-las, faça uma camisa. Uma caneca. Um relógio. Alguma coisa que você possa usar e aproveitar. Trocar uma foto de perfil por uma coleção que você pode fazer em um álbum de fotos do Facebook é honestamente um novo nível de patético”, disse Caddick.

Jim Stephanie Sterling foi outra pessoa que comentou o caso de roubo de conteúdo. O assunto foi sugerido por um seguidor, que mostrou o canal do YouTube famoso pelo quadro The Jimquisition sendo vendido em formato de NFT. Sterling disse que não forneceu permissão para a comercialização do token não fungível e definiu esse mercado como "desrespeitoso e explorador."

Caso machista

Alanah Pearce foi outra vítima da gangue de ladrões de conteúdo. Bastante conhecida como jornalista de games e atualmente trabalhando como escritora no Santa Monica Studio, da Sony, ela foi vítima de um ataque machista.

Pearce teve uma imagem roubada que foi utilizada em uma montagem de uma capa de uma produtora de filmes pornográficos. A montagem também estava sendo vendida no OpenSea como um NFT.

“Em uma notícia extremamente previsível, acabei de ser informada de que alguém tirou uma foto minha, que *eu* tenho, adicionou um logotipo pornô de marca registrada a ela e a ‘cunhou’ para vendê-la com lucro como um NFT. Naturalmente, não me pediram permissão. Não vejo a hora da ação judicial”, publicou a escritora.

OpeanSea se pronuncia

Em um comunicado enviado ao site TheGamer, a plataforma OpeanSea se pronunciou sobre os casos. A plataforma de NFTs informou que dá suporte para um ecossistema aberto e criativo para que as pessoas possam criar novas ideias de tokens não fungíveis. Contudo, a marca repudiou o roubo da propriedade intelectual de outras pessoas.

“É contra nossa política vender NFTs usando conteúdo plagiado, que aplicamos regularmente de várias maneiras, incluindo deslistagem e, em alguns casos, banimento de contas (como foi o caso nessas situações). Estamos expandindo ativamente nossos esforços em suporte ao cliente, bem como a confiança, segurança e integridade do site para que possamos avançar mais rapidamente para proteger e capacitar tanto nossa comunidade quanto criadores”, pontuou a OpenSea.


Por Carlos Palmeira

Especialista em Redator

Paulistano, corintiano e pedestre desde 1993. Jornalista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, escrevo sobre games, tecnologia, ciência e cultura pop. Fã de Red Hot Chili Peppers e apaixonado por maracujá, pão de queijo e rap.


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