Visitamos o novo Centro de Inovação e Experiência da Huawei em São Paulo

Por Marcelo Rodrigues

08/10/2015 - 13:364 min de leitura

Visitamos o novo Centro de Inovação e Experiência da Huawei em São Paulo

Fonte: TecMundo/Marcelo Rodrigues

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Deixando claro que o Brasil é um mercado importante para suas operações e que vale a pena ampliar ainda mais sua atuação local, a Huawei inaugurou nesta quinta-feira (8) seu novo Customer Solution Innovation & Integration Experience Center (Centro de Experiência em Solução, Inovação e Integração ao Cliente ou, simplesmente, CSIC). Assim, o TecMundo foi à sede da empresa em São Paulo para conferir de perto o que pode ser encontrado no novo espaço, que mistura treinamento, certificação, showroom e ambiente propício para parcerias.

Voltado principalmente para a área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e encontrado em instalações da companhia por outras partes do mundo, o CSIC ainda era inédito na região. “Este é o primeiro dos nossos centros do tipo na América Latina, trazendo uma experiência única em tecnologias e inovações”, explicou Sérgio Battaglia, consultor sênior da Huawei no Brasil. Segundo o profissional, essa proposta de apresentar evoluções para o mercado faz parte do DNA da empresa.

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Essa proposta, inclusive, ficou bastante clara no pronunciamento de abertura feito por Gavin Yang, diretor de relações públicas e comunicação. “Há uma demanda por conectividade, velocidade e experiência. Assim, a nossa ideia é que trazer as soluções que já existem na China para o Brasil possam ajudar no nosso objetivo de termos um mundo mais conectado”, analisou o executivo chinês. Com isso em mente, a Huawei se baseia em três pilares que sustentam o centro: experiência, inovação conjunta e soluções integradas.

Desse modo, o CSIC nacional se divide em cinco diferentes ambientes – repletos de conjuntos de hardware que são constantemente atualizados –, que podem simular situações reais de TIC e contam com toda a infraestrutura de equipamentos e know-how da chinesa e de seus parceiros. O propósito, de acordo com Huang Hailin, vice-presidente de marketing e soluções da Huawei, é atender a demanda do cenário brasileiro, que pede por processos mais ágeis para testar ideias e recursos e obter resultados com rapidez – sem a burocracia tradicional.

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Suporte e vitrine de soluções

Aproveitando o evento, a Huawei anunciou também a abertura de um centro de treinamento no mesmo local. Um programa semelhante era mantido em Campinas desde 2015, mas, para centralizar e dar fácil acesso ao material, a companhia decidiu transferir tudo para a capital paulista. Com sete salas – cada uma com capacidade para atender até 14 pessoas –, opção de acesso remoto, 11 instrutores brasileiros e um bom número de supervisores chineses, o espaço oferece contato direto com os itens desenvolvidos e comercializados pela Huawei.

Com essa ação, os profissionais podem ter contato direto com o equipamento e aprender a lidar com ele em um ambiente controlado, antes mesmo de ser colocado em uma situação de uso real – que geralmente não permite erros. Adicionalmente, quem for à sede da Huawei também tem a chance de conferir de perto um showroom capaz de fazer qualquer fã de tecnologia ficar de queixo caído. Espaçoso e bem organizado, o salão expõe um pouco do vasto catálogo da empresa – muitas vezes desconhecido do grande público.

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Lá dentro o material é separado em diferentes setores e temas, permitindo que seja mais fácil compreender as soluções oferecidas pela fabricante. Um dos cenários, por exemplo, faz as vezes de casa conectada, dando um gostinho do que a união de conectividade, hardware e serviços pode trazer para a sala de estar. Simulando a transmissão de vídeos em uma TV 4K e demonstrando um sistema de vigilância interativo, o espaço mostra como os parceiros que atendem o consumidor final podem oferecer diferenciais importantes para o usuário.

As demonstrações seguem por todo o lugar, seja para o ramo empresarial, para educação ou até mesmo com tecnologias voltadas para o público comum. Basta andar um pouco por lá para conferir novidades sobre conexões móveis, vLTE, servidores, recursos de segurança, Big Data, Internet das Coisas e muito mais. A experiência é bastante agradável e segue o mesmo nível dos showrooms da empresa nas cidades chinesas de Shenzhen e Xangai – visitados pela equipe do TecMundo recentemente.

Conectividade e IoT

Durante as apresentações, Julio Sgarbi, outro consultor sênior da Huawei, discorreu um pouco sobre o Global Conectivity Index 2015, estudo que apresenta o índice de conectividade e desenvolvimento tecnológico dos países. Este ano, o relatório trouxe alguns dados do Brasil, que ocupa atualmente a 26ª posição no ranking de 50 nações analisadas. A expectativa é alta para o crescimento brasileiro, com apostas nos setores de computação em nuvem, data centers e internet – graças ao Plano Nacional de Banda Larga, do governo federal.

Tito Ocampos, gerente de P&D da Huawei do Brasil, também aproveitou a ocasião para falar um pouco sobre as iniciativas da companhia no país. O executivo contou que, além de projetos, a fabricante também tem investido em parcerias com universidades e institutos por todo o país com o objetivo de criar soluções digitais feitas sob medida para as necessidades dos brasileiros. “A Huawei busca o desenvolvimento de produtos que, ao mesmo tempo que são viáveis comercialmente, tragam mudanças”, afirmou.

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Esse apoio ao talento nacional funciona tanto dentro como fora do país. Alguns dos estudantes mandados para a China pelo programa Ciência Sem Fronteiras, por exemplo, têm a oportunidade de participar de um curso intensivo por lá, o chamado Seeds of the Future –bancado pela própria Huawei. Aqui no Brasil, o destaque do momento ficou por conta do anúncio de uma colaboração da companhia com o centro de tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.

Para falar sobre o assunto, subiu ao palco Fabiano Hessel, professor e pesquisador da faculdade de Informática da instituição. O acadêmico falou como a IoT se mostra cada vez mais relevante com a produção de “novos objetos inteligentes e coisas conectadas” e que ela deve seguir um crescimento considerável até 2020. Apesar disso, ele ressaltou o fato de que a tecnologia também traz uma série de desafios para o mercado, como custos, segurança e o que fazer com o grande volume de dados gerados por esses dispositivos.

Integração é a palavra-chave

Essas dúvidas foram o ponto de partida para o projeto desenvolvido por Hessel e seu time no Smart City Innovation Center, que está sendo montado em parceria com a Huawei dentro do parque tecnológico da PUCRS – com previsão de inauguração oficial para o primeiro semestre de 2016. A ideia do grupo é propor um tipo de sistema operacional para gerenciar as cidades inteligentes, possibilitando que os desenvolvedores possam utilizar uma interface ou API comum para criar novas funcionalidades para a comunidade.

Na visão do professor, uma plataforma prática e unificada poderia resolver os burocráticos problemas com conflitos, programas legados, variedade de hardware disponível e padronizações na hora da introdução de novidades no sistema central. Para testar esses elementos realmente e o conceito de Conector InterCidades – no qual as smart cities conversariam constantemente entre si –, o projeto iniciado em março propõe algumas provas de conceito, entre administração eletrônica e iluminação pública inteligente.

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Uma delas, porém, chama atenção por ter como base a integração de todas as 1,2 mil câmeras instaladas em Porto Alegre pela prefeitura local, visando vencer as atuais barreiras de compatibilidade – já que esse número engloba equipamentos de diversas fabricantes. Em um primeiro momento, esse é o objetivo a ser concluído até o início do ano que vem. Entretanto, o projeto vai além, buscando ligar a rede de vigilância da capital gaúcha com o sistema do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (SAMU).

O resultado dessa ligação entre as duas partes pode fazer com que as imagens captadas nas ruas possam fazer com que a equipe de atendimento seja enviada ao local do acidente ou da emergência com o equipamento exato para a gravidade da ocorrência. Outra possibilidade do projeto, utilizando a infraestrutura da Huawei, é transmitir os dados vitais do socorrido para o hospital de destino em tempo real – facilitando o trabalho dos médicos por lá. Esses recursos, porém, ainda estão apenas no campo das ideias prováveis para o futuro.

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