Mais barato impossível: Índia vai ganhar smartphone de 59 reais
Por Paulo Guilherme
28/10/2015 - 09:56•2 min de leitura
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A fabricante canadense DataWind, em parceria com a provedora indiana Reliance Communications, está trabalhando em um smartphone exclusivo para o público indiano que vai fazer os aparelhos de entrada que temos por aqui parecerem artigos de luxo. O motivo? Esse celular vai custar apenas 999 rupias – o equivalente a R$ 59,50, metade do preço que você pagaria mesmo no mais básico dos modelos disponíveis aqui no Brasil.
Parece barato mesmo para um smartphone Android? Bem... O fato é que o aparelho, na verdade, não vai rodar o sistema operacional da Google, mas um SO baseado em Linux, segundo as informações trazidas pelo jornal The Economic Times. Da mesma maneira, ele provavelmente não vai ter conexão 3G, limitando-se ao 2G.
O hardware hoje é uma ferramenta de aquisição de consumidor. Uma vez que as pessoas começam a usá-lo, nós podemos lucrar através da oferta de serviços
Pode parecer que esse é um aparelho incrivelmente limitado, mas as duas empresas se mostram bastante otimistas quanto a ele. Isso porque, desde o fim de 2014, a Índia vem apresentando a tendência de trocar seus celulares comuns por smartphones de entrada; além disso, a DataWind tem histórico com aparelhos baratos por lá desde 2011, quando lançou seu tablet escolar de 7 polegadas Aakash por apenas 150 reais.
Barato no software, mas caro no hardware?
Criar um aparelho tão barato não é fácil, obviamente. Sobre isso, Suneet Singh Tulu explica que alcançar um smartphone nessa faixa de preço só é possível graças ao preço cada vez menor de processadores e memória do mercado; ajuda muito, é claro, o fato de a DataWind estar tentando fechar negócio com uma fabricante chinesa ou taiwanesa para conseguir o hardware ainda mais barato.
Mesmo com tudo isso, é difícil acreditar que a empresa teria qualquer lucro na venda de um modelo de smartphone tão barato. E realmente parece que é verdade: seguindo a estratégia de tantas companhias, eles pretendem trazer um hardware acessível para então compensar em software, serviços e afins.
“Nosso grande foco é em serviços de rede, aplicativos e conteúdo”, explicou Tulu. “O hardware hoje é uma ferramenta de aquisição de consumidor. Uma vez que as pessoas começam a usá-lo, nós podemos lucrar através da oferta de serviços,” continuou.
É importante citar que, embora o aparelho ainda seja um grande mistério quanto às suas especificações em geral, já há até mesmo uma previsão para a chegada do modelo às lojas: 28 de dezembro. Resta esperar para ver se o resultado de tudo isso será bom ou pouco interessante.
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